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Somos um monstro, niilismo na educação
Emerson Mathias1
Não é necessário citar a cor, a raça, a etnia. Para não magoar e nem chatear
aqueles que acreditam no coelhinho da Páscoa ou em Gilberto Freire e sua “Democracia
Racial”. Na verdade não conheço e nunca vi o autor da redação que transcrevo abaixo,
portanto este artigo é um alerta para nós professores. Precisamos fazer algumas
perguntas antes de entrarmos numa sala de aula. Que professor pretendo ser? Aquele
que reproduz o discurso da classe hegemônica dominante? Que não leva e não dá
alternativas ao aluno ser pensante e ativo na sociedade? Que legitime os estereótipos e
preconceitos históricos? Que o faça sentir-se mais excluído e abandonado na escola do
que na rua? Segue:
Minha vida escolar
Minha vida é péssima não faço nada, falo muito palavrão e por isso já fui expulso de
uma escola, não gostava de fazer lição e ainda não gosto. Iludo umas meninas. Mais
essa vida é muito chata, porque eu não posso fazer nada que ficam olhando para mim e
eu me sinto um monstro. Porque eu não faço nada e já estão pondo a culpa em mim,
por isso eu não gosto da escola. (M.A. dos S, 10 anos).2
Esse relato é um grito, um pedido de socorro e ao mesmo tempo um “tapa na
cara” de nossa sociedade. Não vou falar contra o Estado, contra a “elite” ou contra
nossos governantes. Estes dentro da nossa história já demonstraram e continuam
demonstrando sua intenção e seus projetos para o povo, ou seja, excluí-los, explorá-los
e eliminá-los. Portanto, não farão nada. Ou melhor, parafraseando Tolstoi; “Eles farão
de tudo pelos pobres, menos sair de suas costas”. Peço desculpas mais uma vez aos
nossos “turistas” das mais distantes galáxias que estão aqui de passagem pelo nosso
pequeno e humilde Orbe.
Vamos tratar unicamente da nossa responsabilidade como professores. Lendo e
relendo essa carta percebo que temos um trabalho fundamental na sociedade. Não
podemos nos eximir ao nos depararmos com um relato como este (e muitos outros). Não
1
Professor de História.
2
Redação de um aluno cedida por uma professora Eventual. Obs.: Não podemos chamar cinco linhas de
redação, mas isso é outro problema para ser discutido em outro artigo. Ver foto da redação no fim do
artigo.
é possível continuar omisso a essa realidade, é inadmissível colocar a cabeça no
travesseiro e dormir em paz. Existe realmente a paz? Pergunta estúpida a minha não!?
Lógico que sim, para muitos é uma casa, um carro, um celular de última geração, um
emprego qualquer (pode ser dar aulas mesmo), com um salário garantido no fim do
mês, viajar nas férias. E reclamar, reclamar e reclamar! Quando formos assaltados ou
quando um ente querido for assassinado (todos nós clamaremos pela redução da
maioridade penal). A guerra bate a nossa porta.
Que mundo é esse que uma criança de dez anos diz que a vida é péssima, que se
sente um monstro? Ele se sente um monstro. O que um monstro faz? Tenho a hipótese
que ele não se acha um monstro dos desenhos da Disney. Algo está errado. Muito
errado! Até quando ajudaremos a reproduzir o discurso que nos afasta, que nos humilha,
que nos torna cada vez mais submissos, que nos torna em monstros? Só sabemos
reclamar e achar que tudo é difícil, que esse sistema não tem solução, que não existe
saída, enfim, caímos no niilismo e cada vez mais, esquecemos que somos agentes
transformadores neste mundo.
Antes que os viajantes de outras “galáxias” digam que essas crianças não tem
educação em casa, que os pais são os responsáveis (e é lógico que também são), o
governo, o pastor, o bispo, o papa. Lembremos que estes pais, também são fruto e
retrato desta mesma sociedade. Entender os conceitos e contextos, para descobrir os
preconceitos, nessa situação a ordem dos fatores alteram o produto. A ponto de
transformar a escola numa fábrica de pessoas desmotivadas, alienadas e depressivas. E
também numa fábrica de bandidos, para alegrar os reacionários de plantão, que assim,
justificam suas teses de que essas crianças não querem nada, que são vagabundos e não
vão ser nada na vida. Logicamente que sem embasamento algum e com total
desconhecimento dos processos históricos. Ou fingem não conhecer?
Voltando a nossa responsabilidade dentro deste contexto. Precisamos decidir se
realmente temos competência para tal tarefa. Ser professor não é meramente ou
simplesmente reproduzir uma apostila ou um livro didático. Primeiramente é gostar do
humano, é sentir prazer e saber como ajudar o aluno tornar-se participante do ambiente
social em que vive, incluir todos os aspectos e dimensões da vida social. É perceber e
entender que seu papel é fundamental, é perceber-se como um intelectual orgânico,
como diria Gramsci, aquele que é engajado politicamente, não necessariamente num
partido (se o for tanto melhor), sindicato ou qualquer outra associação, e sim também,
no seu dia-a-dia, na sua casa, no seu lazer e principalmente na escola, para nós
professores. Enfim, consciência política, para que assim possamos nos perceber como
classe (MARX), e com isso, teremos a condição de ajudarmos a transformar nossos
alunos em cidadãos críticos e atuantes.
Eles não querem nada! Aquelas meninas são umas periguetes! Esses moleques
vão virar tudo ladrão! (ouvi com essa concordância mesmo) São preguiçosos! São
vagabundos e drogados! O governo não faz nada, porque vou fazer! Os pais deixam
soltos na rua, não dão educação, eu é que não vou dar!
Se pensas assim, é melhor trabalhar com TI (Tecnologia da Informação),
Robótica ou alguma coisa afins. Não seja infeliz e não tire a chance de quem pode fazer
a diferença. Não ajude a “elite” terminar o seu serviço asqueroso e sujo. Não auxilie o
Estado na sua empreitada excludente. Pode não parecer, mas é uma crítica construtiva.
Eu sei o que escrevi, mas não posso saber o que você interpretou.
E antes que os “reaças de plantão” me acusem de “Menocchio” de Carlo
Ginzburg, embasei este artigo nos conceitos de Libâneo, Paulo Freire, Dhurkeim entre
outros que já citei no decorrer do texto.
Para concluir, deixo uma mensagem a esse garoto (que não vai recebê-la), porém
declaro minha profunda tristeza em ver uma criança assim, tão amarga, depressiva e
sem esperanças na vida. Posso dizer com toda certeza que existem muitos professores
engajados e dispostos, que não vão abandonar a luta e muito menos deixar de acreditar
que muitas crianças, que sentem e passam pela mesma situação se percam sem ao
menos tentarmos transformar essa cruel realidade da nossa educação.
Efeito colateral. Somos monstros, no sonho
daqueles que não nos deixaram dormir, somos pesadelo
e queremos ver o homem acordar...
SP, 30/08/2013.

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Somos um monstro, niilismo na educação

  • 1. Somos um monstro, niilismo na educação Emerson Mathias1 Não é necessário citar a cor, a raça, a etnia. Para não magoar e nem chatear aqueles que acreditam no coelhinho da Páscoa ou em Gilberto Freire e sua “Democracia Racial”. Na verdade não conheço e nunca vi o autor da redação que transcrevo abaixo, portanto este artigo é um alerta para nós professores. Precisamos fazer algumas perguntas antes de entrarmos numa sala de aula. Que professor pretendo ser? Aquele que reproduz o discurso da classe hegemônica dominante? Que não leva e não dá alternativas ao aluno ser pensante e ativo na sociedade? Que legitime os estereótipos e preconceitos históricos? Que o faça sentir-se mais excluído e abandonado na escola do que na rua? Segue: Minha vida escolar Minha vida é péssima não faço nada, falo muito palavrão e por isso já fui expulso de uma escola, não gostava de fazer lição e ainda não gosto. Iludo umas meninas. Mais essa vida é muito chata, porque eu não posso fazer nada que ficam olhando para mim e eu me sinto um monstro. Porque eu não faço nada e já estão pondo a culpa em mim, por isso eu não gosto da escola. (M.A. dos S, 10 anos).2 Esse relato é um grito, um pedido de socorro e ao mesmo tempo um “tapa na cara” de nossa sociedade. Não vou falar contra o Estado, contra a “elite” ou contra nossos governantes. Estes dentro da nossa história já demonstraram e continuam demonstrando sua intenção e seus projetos para o povo, ou seja, excluí-los, explorá-los e eliminá-los. Portanto, não farão nada. Ou melhor, parafraseando Tolstoi; “Eles farão de tudo pelos pobres, menos sair de suas costas”. Peço desculpas mais uma vez aos nossos “turistas” das mais distantes galáxias que estão aqui de passagem pelo nosso pequeno e humilde Orbe. Vamos tratar unicamente da nossa responsabilidade como professores. Lendo e relendo essa carta percebo que temos um trabalho fundamental na sociedade. Não podemos nos eximir ao nos depararmos com um relato como este (e muitos outros). Não 1 Professor de História. 2 Redação de um aluno cedida por uma professora Eventual. Obs.: Não podemos chamar cinco linhas de redação, mas isso é outro problema para ser discutido em outro artigo. Ver foto da redação no fim do artigo.
  • 2. é possível continuar omisso a essa realidade, é inadmissível colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. Existe realmente a paz? Pergunta estúpida a minha não!? Lógico que sim, para muitos é uma casa, um carro, um celular de última geração, um emprego qualquer (pode ser dar aulas mesmo), com um salário garantido no fim do mês, viajar nas férias. E reclamar, reclamar e reclamar! Quando formos assaltados ou quando um ente querido for assassinado (todos nós clamaremos pela redução da maioridade penal). A guerra bate a nossa porta. Que mundo é esse que uma criança de dez anos diz que a vida é péssima, que se sente um monstro? Ele se sente um monstro. O que um monstro faz? Tenho a hipótese que ele não se acha um monstro dos desenhos da Disney. Algo está errado. Muito errado! Até quando ajudaremos a reproduzir o discurso que nos afasta, que nos humilha, que nos torna cada vez mais submissos, que nos torna em monstros? Só sabemos reclamar e achar que tudo é difícil, que esse sistema não tem solução, que não existe saída, enfim, caímos no niilismo e cada vez mais, esquecemos que somos agentes transformadores neste mundo. Antes que os viajantes de outras “galáxias” digam que essas crianças não tem educação em casa, que os pais são os responsáveis (e é lógico que também são), o governo, o pastor, o bispo, o papa. Lembremos que estes pais, também são fruto e retrato desta mesma sociedade. Entender os conceitos e contextos, para descobrir os preconceitos, nessa situação a ordem dos fatores alteram o produto. A ponto de transformar a escola numa fábrica de pessoas desmotivadas, alienadas e depressivas. E também numa fábrica de bandidos, para alegrar os reacionários de plantão, que assim, justificam suas teses de que essas crianças não querem nada, que são vagabundos e não vão ser nada na vida. Logicamente que sem embasamento algum e com total desconhecimento dos processos históricos. Ou fingem não conhecer? Voltando a nossa responsabilidade dentro deste contexto. Precisamos decidir se realmente temos competência para tal tarefa. Ser professor não é meramente ou simplesmente reproduzir uma apostila ou um livro didático. Primeiramente é gostar do humano, é sentir prazer e saber como ajudar o aluno tornar-se participante do ambiente social em que vive, incluir todos os aspectos e dimensões da vida social. É perceber e entender que seu papel é fundamental, é perceber-se como um intelectual orgânico, como diria Gramsci, aquele que é engajado politicamente, não necessariamente num
  • 3. partido (se o for tanto melhor), sindicato ou qualquer outra associação, e sim também, no seu dia-a-dia, na sua casa, no seu lazer e principalmente na escola, para nós professores. Enfim, consciência política, para que assim possamos nos perceber como classe (MARX), e com isso, teremos a condição de ajudarmos a transformar nossos alunos em cidadãos críticos e atuantes. Eles não querem nada! Aquelas meninas são umas periguetes! Esses moleques vão virar tudo ladrão! (ouvi com essa concordância mesmo) São preguiçosos! São vagabundos e drogados! O governo não faz nada, porque vou fazer! Os pais deixam soltos na rua, não dão educação, eu é que não vou dar! Se pensas assim, é melhor trabalhar com TI (Tecnologia da Informação), Robótica ou alguma coisa afins. Não seja infeliz e não tire a chance de quem pode fazer a diferença. Não ajude a “elite” terminar o seu serviço asqueroso e sujo. Não auxilie o Estado na sua empreitada excludente. Pode não parecer, mas é uma crítica construtiva. Eu sei o que escrevi, mas não posso saber o que você interpretou. E antes que os “reaças de plantão” me acusem de “Menocchio” de Carlo Ginzburg, embasei este artigo nos conceitos de Libâneo, Paulo Freire, Dhurkeim entre outros que já citei no decorrer do texto. Para concluir, deixo uma mensagem a esse garoto (que não vai recebê-la), porém declaro minha profunda tristeza em ver uma criança assim, tão amarga, depressiva e sem esperanças na vida. Posso dizer com toda certeza que existem muitos professores engajados e dispostos, que não vão abandonar a luta e muito menos deixar de acreditar que muitas crianças, que sentem e passam pela mesma situação se percam sem ao menos tentarmos transformar essa cruel realidade da nossa educação. Efeito colateral. Somos monstros, no sonho daqueles que não nos deixaram dormir, somos pesadelo e queremos ver o homem acordar... SP, 30/08/2013.