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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: alguns exemplos
0. INTRODUÇÃO
Alguns dos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados citam-se a seguir:
1. Listas de verificação
2. Grelhas de observação
3. Escalas de classificação
4. Questionários na sala de aula
5. Testes (teóricos, práticos e teórico-práticos)
6. Portfolios
7. Registos de incidentes críticos
8. Entrevistas
Estes instrumentos podem ser usados pelo professor ou pelos alunos facilitando assim formas de
auto e hetero-avaliação. Quando utilizados pelos alunos podem alterar de forma positiva as suas
atitudes verificando-se que, por iniciativa própria, eles corrigem ou alteram os seus
comportamentos.
1. LISTAS DE VERIFICAÇÃO
As listas de verificação destinam-se a registar a presença ou ausência de um comportamento ou
de um resultado de aprendizagem. Podem ser utilizadas por professores, mas também por
alunos, para registar comportamentos individuais ou de um grupo. O seu preenchimento é
simples, sendo, por isso, um instrumento de fácil aplicação e objectivo a nível da observação.
Exemplo:
Sugestões para a sua construção:
• Identificar os comportamentos ou características importantes;
• Registar com clareza e objectividade cada elemento da lista;
• Colocar itens relativos às dificuldades mais frequentes;
• Colocar as acções previstas pela ordem que deseja que ocorram;
• Referir-se a uma só característica ou comportamento em cada item;
• Certificar-se de que só existe um modo de realizar o desempenho de forma eficaz;
• Juntar à descrição, sempre que possível, o critério de um desempenho aceitável;
• Elaborar listas curtas e de fácil manuseamento (por exemplo, não ocupar frente e verso
de uma folha).
2. GRELHAS DE OBSERVAÇÃO
As grelhas permitem registar a frequência dos comportamentos e observar a progressão dos
mesmos. Devido às dificuldades de utilização deste instrumento é conveniente definir
previamente o grupo de alunos a observar e seleccionar apenas os comportamentos que ainda
não são, mas pretendemos que venham a ser, típicos de uma turma.
Como têm normalmente de ser registadas em simultâneo com o que está a ser observado, uma
das melhores formas que os professores encontraram para ultrapassar as dificuldades inerentes a
esta simultaneidade tem sido o recurso à auto-avaliação, o que não quer dizer que assim seja
sempre.
Exemplo:
Sugestões para a sua construção:
• Incluir apenas um número reduzido de comportamentos;
• Apresentar uma forma de registo rápida e simples;
• Ser fácil de manusear.
3. ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO
As escalas de classificação integram um conjunto de características ou qualidades, distribuídas
por níveis, que se pretendem avaliar. Dos vários tipos de escalas, numéricas, gráficas e gráficas
descritivas, estas últimas são as mais indicadas em educação porque os vários níveis aparecem
explicitados por frases claras e concisas. Permitem, além disso, o esclarecimento de certas
opções do observador no espaço reservado aos comentários.
Exemplo:
Escola:__________________________________________________ Data:________
Aluno:_________________________________________ Nº:___ Tª:___ Ano:______
Instruções:
Coloque uma cruz ao longo da linha horizontal por baixo de cada nível. No espaço para
os comentários inclua elementos que clarifiquem as suas opções.
1. Comportamento na sala de aula
Comentário:________________________________________________________
2. Participação oral
Comentário:_______________________________________________________
3. Colaboração com os colegas
Comentário:_________________________________________________________
Outros exemplos:
Sugestões para a sua construção:
• Para serem instrumentos de avaliação adequados, as escalas não devem ter muitos níveis
(os quais indicam o grau de cada atributo);
• Têm que estar adaptados para registar a qualidade ou extensão de um dado
comportamento.
4. QUESTIONÁRIOS NA SALA DE AULA
Um questionário é uma lista organizada de perguntas que visa obter informações de natureza
muito diversa tais como interesses, motivações, atitudes ou opiniões das pessoas. Permitem
recolher informação de um elevado número de alunos, de forma rápida e podem até servir de
instrumento diagnóstico.
Exemplos:
Os questionários podem ser usados para obter informação acerca de hábitos de estudo, da
compreensão da utilização de determinado material/equipamento ou do tempo dispendido num
determinado desempenho ou tarefa. No entanto, também podem ser usados para obter registos
acerca do que os alunos fizeram (ou fariam) numa dada situação.
Sugestões para a sua construção:
Ter o cuidado de não ser muito extenso, para não gerar desmotivação e negligência nas
respostas;
As questões devem ser claras, utilizando de uma linguagem acessível a todos;
Podem ser elaboradas questões abertas ou fechadas, lembrando que estas oferecem maior
fidelidade;
Deverá conter instruções quanto à forma de preenchimento e oferecer garantias de anonimato e
confidencialidade, caso as circunstâncias o aconselhem.
5. TESTES
Os testes não são o instrumento privilegiado da avaliação dos alunos e, como todos os
instrumentos de avaliação usados na sala de aula, a sua utilização só faz sentido se estiverem
alinhados com o currículo, ou seja, com aquilo que se pretende que os alunos aprendam. Assim,
os testes não podem ser o único meio de proceder à avaliação da aprendizagem, uma vez que o
currículo dos ensino básico e secundário inclui não só a aquisição de conhecimentos mas
também o desenvolvimento de capacidades e a promoção de atitudes e valores. Por outro lado,
este tipo de instrumento de avaliação visa o desempenho máximo dos alunos e não o
comportamento típico, sobretudo, quando contém exclusivamente itens de verdadeiro/falso, de
escolha múltipla, de completamento, associação, ordenação e de resposta curta. Um teste
objectivo como este, promove a memorização, limita-se, por vezes, a determinar o
conhecimento inerte existente na memória a curto prazo e não avalia as capacidades de pensar
criticamente e de raciocinar eficazmente, ou seja, não estimula a aprendizagem significativa.
Sugestões para a sua construção:
• Os testes deverão ser construídos utilizando diferentes tipos de itens;
• Os comportamentos de memória, classificação/compreensão, análise e resolução de
problemas, devem encontrar-se harmoniosamente distribuídos pelo conjunto das questões
formuladas;
• Deve apresentar as mesmas questões a todos os alunos, com o mesmo formato e as
mesmas instruções e nas mesmas condições;
• Todo o teste deve ser apresentado de forma completamente legível e interpretável pelos
alunos;
• Os alunos devem ter familiaridade com a linguagem utilizada, não podendo revelar
qualquer ambiguidade nas questões;
• O tempo de execução não deve afectar as respostas dos alunos, ainda que o seu ritmo seja
bastante inferior ao médio, mas também não poderá ser muito curto, sob pena de perder a
sua validade;
• A forma de correcção e pontuação deve ser do conhecimento prévio dos alunos ou estar
claramente definida no próprio teste;
• No caso de existir uma folha de resposta separada devem ser dadas indicações precisas;
• Se existir agrupamento de itens este deve ser feito em função de objectivos estreitamente
correlacionados e ter, na medida do possível, forma idêntica.
• No caso de existirem opções de escolha apenas entre itens que testem os mesmos
objectivos (o que deve ser evitado) esses itens devem ter o mesmo grau de dificuldade e a
mesma cotação;
• Os itens devem ser identificados por um número de série e serem apresentados
completamente na mesma página.
• A forma de resposta a cada item deve estar claramente definida e separada da pergunta,
nomeadamente quanto ao formato de apresentação.
NOTA: Na sessão nº8, falar-se-á da avaliação do trabalho experimental/laboratorial e,
nomeadamente, das provas experimentais e teórico-práticas).
6. PORTFOLIOS
Um portfolio de evidências de aprendizagens é uma colecção organizada e devidamente
planeada de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um dado período de tempo, de
forma a poder proporcionar uma visão tão alrgada e pormenorizada quanto possível das
diferentes componentes do seu desenvolvimento (e.g. cognitivo, metacognitivo, afectivo,
moral). Quer o professor, quer o aluno, partilham responsabilidades na sua elaboração decidindo
o que incluir no portfolio, em que condições, com que objectivos e qual é o processo de
avaliação.
Os portfolios são usados para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva,
na medida em que se elaboram sucessivas versões de uma folha/página com base nas reflexões
sobre o trabalho que se foi fazendo, nos comentários das pessoas envolvidas e nas consultas
bibliográficas ou multimédia. No fundo, trata-se do desenvolvimento de um projecto em que as
pessoas fazem, pensam sobre o que fazem, refazem e assim sucessivamente até ao produto final.
Um projecto deste tipo exige capacidades fundamentais para que as crianças e jovens possam,
no futuro, ser cidadãos livres, responsáveis e confiantes. Estas capacidades permitem-lhes:
planificar, pensar criticamente, reformular, avaliar, reinventar, arriscar, aceitar o erro, aceitar
críticas, aprender a ter sucesso e persistir.
Sugestões para a sua construção, por parte dos alunos:
• Listam-se vários tópicos que parecem importantes e escrevem-se algumas frases
relativamente a cada um deles;
• Consultam-se notas e referências bibliográficas;
• Acrescentam-se mais ideias reformulando-se e aprofundando-se o texto, dando cor à
página, imagem, etc,etc.
• Fazem-se novas revisões, solicitando a opinião de outros colegas.
7. REGISTOS DE INCIDENTES CRÍTICOS
Os registos de incidentes críticos consistem numa forma de descrever comportamentos pouco
habituais, negativos ou positivos, que se revelam espontaneamente dentro ou fora da sala de
aula. Os comportamentos a registar devem essencialmente contribuir para aumentar o
conhecimento dos alunos e ultrapassar a impressão vaga e geral que muitas vezes formamos
deles. Desta forma, os dados de observação que vamos recolhendo tornam-se mais precisos,
sobretudo em domínios onde as técnicas objectivas ou são inexistentes ou pouco adequadas. Tal
situação verifica-se quando queremos avaliar as relações sócio-afectivas, as atitudes e alguns
traços da personalidade do aluno.
Exemplo:
Sugestões para a sua construção:
Como se trata de um instrumento de registo pouco estruturado e sem mecanismos que possam
controlar a subjectividade do observador, no sentido de a diminuir, o incidente deve ser descrito
com o máximo de rigor e detalhe e, separadamente, interpretado, conforme foi sugerido no
exemplo anterior.
8. ENTREVISTAS
A entrevista é uma técnica muito usada quando se pretende reunir informação detalhada sobre o
modo como alguns alunos realizam ou realizaram uma tarefa, o que pensam acerca de um
assunto ou qual é a sua opinião sobre o que poderiam fazer para melhorar a sua aprendizagem..
Na situação de ensino-aprendizagem, a entrevista é uma conversa entre professor-aluno,
podendo assumir um carácter mais ou menos formal e com vista à recolha de informação
relativamente ao desenvolvimento cognitivo e/ou sócio-afectivo. Mas não deverá ser confundida
com as tradicionais “chamadas orais”, sob pena de desestabilizarem emocionalmente os alunos.
A entrevista pode ser adequada para a recolha de dados sobre o processo de ensino-
aprendizagem e os seus produtos, para diagnosticar progressos e dificuldades de vária ordem, ou
para fornecer pistas para ultrapassar dificuldades e identificar soluções.
Exemplo e sugestões para a sua estruturação:
Observação: Nem sempre a entrevista terá de ser estruturada. Uma entrevista não estruturada é
semelhante a uma conversa entre duas pessoas sem que seja necessário, por parte do professor,
um guião rígido, embora estejam presentes os objectivos e as grandes questões de referência, as
quais surgem normalmente no decorrer da conversa.

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Instrumentos de avaliaçã1

  • 1. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: alguns exemplos 0. INTRODUÇÃO Alguns dos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados citam-se a seguir: 1. Listas de verificação 2. Grelhas de observação 3. Escalas de classificação 4. Questionários na sala de aula 5. Testes (teóricos, práticos e teórico-práticos) 6. Portfolios 7. Registos de incidentes críticos 8. Entrevistas Estes instrumentos podem ser usados pelo professor ou pelos alunos facilitando assim formas de auto e hetero-avaliação. Quando utilizados pelos alunos podem alterar de forma positiva as suas atitudes verificando-se que, por iniciativa própria, eles corrigem ou alteram os seus comportamentos. 1. LISTAS DE VERIFICAÇÃO As listas de verificação destinam-se a registar a presença ou ausência de um comportamento ou de um resultado de aprendizagem. Podem ser utilizadas por professores, mas também por alunos, para registar comportamentos individuais ou de um grupo. O seu preenchimento é simples, sendo, por isso, um instrumento de fácil aplicação e objectivo a nível da observação. Exemplo: Sugestões para a sua construção: • Identificar os comportamentos ou características importantes; • Registar com clareza e objectividade cada elemento da lista; • Colocar itens relativos às dificuldades mais frequentes; • Colocar as acções previstas pela ordem que deseja que ocorram; • Referir-se a uma só característica ou comportamento em cada item; • Certificar-se de que só existe um modo de realizar o desempenho de forma eficaz; • Juntar à descrição, sempre que possível, o critério de um desempenho aceitável; • Elaborar listas curtas e de fácil manuseamento (por exemplo, não ocupar frente e verso de uma folha). 2. GRELHAS DE OBSERVAÇÃO As grelhas permitem registar a frequência dos comportamentos e observar a progressão dos mesmos. Devido às dificuldades de utilização deste instrumento é conveniente definir previamente o grupo de alunos a observar e seleccionar apenas os comportamentos que ainda não são, mas pretendemos que venham a ser, típicos de uma turma. Como têm normalmente de ser registadas em simultâneo com o que está a ser observado, uma das melhores formas que os professores encontraram para ultrapassar as dificuldades inerentes a esta simultaneidade tem sido o recurso à auto-avaliação, o que não quer dizer que assim seja sempre. Exemplo:
  • 2. Sugestões para a sua construção: • Incluir apenas um número reduzido de comportamentos; • Apresentar uma forma de registo rápida e simples; • Ser fácil de manusear. 3. ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO As escalas de classificação integram um conjunto de características ou qualidades, distribuídas por níveis, que se pretendem avaliar. Dos vários tipos de escalas, numéricas, gráficas e gráficas descritivas, estas últimas são as mais indicadas em educação porque os vários níveis aparecem explicitados por frases claras e concisas. Permitem, além disso, o esclarecimento de certas opções do observador no espaço reservado aos comentários. Exemplo:
  • 3. Escola:__________________________________________________ Data:________ Aluno:_________________________________________ Nº:___ Tª:___ Ano:______ Instruções: Coloque uma cruz ao longo da linha horizontal por baixo de cada nível. No espaço para os comentários inclua elementos que clarifiquem as suas opções. 1. Comportamento na sala de aula Comentário:________________________________________________________ 2. Participação oral Comentário:_______________________________________________________ 3. Colaboração com os colegas Comentário:_________________________________________________________
  • 4. Outros exemplos: Sugestões para a sua construção: • Para serem instrumentos de avaliação adequados, as escalas não devem ter muitos níveis (os quais indicam o grau de cada atributo); • Têm que estar adaptados para registar a qualidade ou extensão de um dado comportamento. 4. QUESTIONÁRIOS NA SALA DE AULA Um questionário é uma lista organizada de perguntas que visa obter informações de natureza muito diversa tais como interesses, motivações, atitudes ou opiniões das pessoas. Permitem recolher informação de um elevado número de alunos, de forma rápida e podem até servir de instrumento diagnóstico. Exemplos: Os questionários podem ser usados para obter informação acerca de hábitos de estudo, da compreensão da utilização de determinado material/equipamento ou do tempo dispendido num determinado desempenho ou tarefa. No entanto, também podem ser usados para obter registos acerca do que os alunos fizeram (ou fariam) numa dada situação.
  • 5. Sugestões para a sua construção: Ter o cuidado de não ser muito extenso, para não gerar desmotivação e negligência nas respostas; As questões devem ser claras, utilizando de uma linguagem acessível a todos; Podem ser elaboradas questões abertas ou fechadas, lembrando que estas oferecem maior fidelidade; Deverá conter instruções quanto à forma de preenchimento e oferecer garantias de anonimato e confidencialidade, caso as circunstâncias o aconselhem. 5. TESTES Os testes não são o instrumento privilegiado da avaliação dos alunos e, como todos os instrumentos de avaliação usados na sala de aula, a sua utilização só faz sentido se estiverem alinhados com o currículo, ou seja, com aquilo que se pretende que os alunos aprendam. Assim, os testes não podem ser o único meio de proceder à avaliação da aprendizagem, uma vez que o currículo dos ensino básico e secundário inclui não só a aquisição de conhecimentos mas também o desenvolvimento de capacidades e a promoção de atitudes e valores. Por outro lado, este tipo de instrumento de avaliação visa o desempenho máximo dos alunos e não o comportamento típico, sobretudo, quando contém exclusivamente itens de verdadeiro/falso, de escolha múltipla, de completamento, associação, ordenação e de resposta curta. Um teste objectivo como este, promove a memorização, limita-se, por vezes, a determinar o conhecimento inerte existente na memória a curto prazo e não avalia as capacidades de pensar criticamente e de raciocinar eficazmente, ou seja, não estimula a aprendizagem significativa. Sugestões para a sua construção: • Os testes deverão ser construídos utilizando diferentes tipos de itens; • Os comportamentos de memória, classificação/compreensão, análise e resolução de problemas, devem encontrar-se harmoniosamente distribuídos pelo conjunto das questões formuladas; • Deve apresentar as mesmas questões a todos os alunos, com o mesmo formato e as mesmas instruções e nas mesmas condições; • Todo o teste deve ser apresentado de forma completamente legível e interpretável pelos alunos; • Os alunos devem ter familiaridade com a linguagem utilizada, não podendo revelar qualquer ambiguidade nas questões; • O tempo de execução não deve afectar as respostas dos alunos, ainda que o seu ritmo seja bastante inferior ao médio, mas também não poderá ser muito curto, sob pena de perder a sua validade; • A forma de correcção e pontuação deve ser do conhecimento prévio dos alunos ou estar claramente definida no próprio teste; • No caso de existir uma folha de resposta separada devem ser dadas indicações precisas; • Se existir agrupamento de itens este deve ser feito em função de objectivos estreitamente correlacionados e ter, na medida do possível, forma idêntica. • No caso de existirem opções de escolha apenas entre itens que testem os mesmos objectivos (o que deve ser evitado) esses itens devem ter o mesmo grau de dificuldade e a mesma cotação; • Os itens devem ser identificados por um número de série e serem apresentados completamente na mesma página.
  • 6. • A forma de resposta a cada item deve estar claramente definida e separada da pergunta, nomeadamente quanto ao formato de apresentação. NOTA: Na sessão nº8, falar-se-á da avaliação do trabalho experimental/laboratorial e, nomeadamente, das provas experimentais e teórico-práticas). 6. PORTFOLIOS Um portfolio de evidências de aprendizagens é uma colecção organizada e devidamente planeada de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um dado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão tão alrgada e pormenorizada quanto possível das diferentes componentes do seu desenvolvimento (e.g. cognitivo, metacognitivo, afectivo, moral). Quer o professor, quer o aluno, partilham responsabilidades na sua elaboração decidindo o que incluir no portfolio, em que condições, com que objectivos e qual é o processo de avaliação. Os portfolios são usados para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva, na medida em que se elaboram sucessivas versões de uma folha/página com base nas reflexões sobre o trabalho que se foi fazendo, nos comentários das pessoas envolvidas e nas consultas bibliográficas ou multimédia. No fundo, trata-se do desenvolvimento de um projecto em que as pessoas fazem, pensam sobre o que fazem, refazem e assim sucessivamente até ao produto final. Um projecto deste tipo exige capacidades fundamentais para que as crianças e jovens possam, no futuro, ser cidadãos livres, responsáveis e confiantes. Estas capacidades permitem-lhes: planificar, pensar criticamente, reformular, avaliar, reinventar, arriscar, aceitar o erro, aceitar críticas, aprender a ter sucesso e persistir. Sugestões para a sua construção, por parte dos alunos: • Listam-se vários tópicos que parecem importantes e escrevem-se algumas frases relativamente a cada um deles; • Consultam-se notas e referências bibliográficas; • Acrescentam-se mais ideias reformulando-se e aprofundando-se o texto, dando cor à página, imagem, etc,etc. • Fazem-se novas revisões, solicitando a opinião de outros colegas. 7. REGISTOS DE INCIDENTES CRÍTICOS Os registos de incidentes críticos consistem numa forma de descrever comportamentos pouco habituais, negativos ou positivos, que se revelam espontaneamente dentro ou fora da sala de aula. Os comportamentos a registar devem essencialmente contribuir para aumentar o conhecimento dos alunos e ultrapassar a impressão vaga e geral que muitas vezes formamos deles. Desta forma, os dados de observação que vamos recolhendo tornam-se mais precisos, sobretudo em domínios onde as técnicas objectivas ou são inexistentes ou pouco adequadas. Tal situação verifica-se quando queremos avaliar as relações sócio-afectivas, as atitudes e alguns traços da personalidade do aluno. Exemplo:
  • 7. Sugestões para a sua construção: Como se trata de um instrumento de registo pouco estruturado e sem mecanismos que possam controlar a subjectividade do observador, no sentido de a diminuir, o incidente deve ser descrito com o máximo de rigor e detalhe e, separadamente, interpretado, conforme foi sugerido no exemplo anterior. 8. ENTREVISTAS A entrevista é uma técnica muito usada quando se pretende reunir informação detalhada sobre o modo como alguns alunos realizam ou realizaram uma tarefa, o que pensam acerca de um assunto ou qual é a sua opinião sobre o que poderiam fazer para melhorar a sua aprendizagem.. Na situação de ensino-aprendizagem, a entrevista é uma conversa entre professor-aluno, podendo assumir um carácter mais ou menos formal e com vista à recolha de informação relativamente ao desenvolvimento cognitivo e/ou sócio-afectivo. Mas não deverá ser confundida com as tradicionais “chamadas orais”, sob pena de desestabilizarem emocionalmente os alunos. A entrevista pode ser adequada para a recolha de dados sobre o processo de ensino- aprendizagem e os seus produtos, para diagnosticar progressos e dificuldades de vária ordem, ou para fornecer pistas para ultrapassar dificuldades e identificar soluções. Exemplo e sugestões para a sua estruturação: Observação: Nem sempre a entrevista terá de ser estruturada. Uma entrevista não estruturada é semelhante a uma conversa entre duas pessoas sem que seja necessário, por parte do professor, um guião rígido, embora estejam presentes os objectivos e as grandes questões de referência, as quais surgem normalmente no decorrer da conversa.