O documento resume as projeções econômicas da Pine Research para o Brasil, revisando as projeções de inflação para cima devido aos aumentos recentes do IGP-DI e do IPCA, e discute os riscos inflacionários da seca nos EUA e da desvalorização do real.
A micro e pequena empresa exportadora no Brasil – desafios e oportunidades - ...
PINE: IPCA E SEUS CONDICIONAMENTOS ATUAIS
1. Na agenda brasileira desta semana destacamos as surpresas negativa, em termos de maior
inflação, na divulgação do IGP-DI (observado: 1,52%, Pine: 1,45%, último: 0,69%) e do IPCA de
julho (observado: 0,43%, Pine: 0,39%, último: 0,08%). Com isto, o IGP-DI acumulado nos
últimos 12 meses passou de 5,7% para 7,3%, maior patamar desde setembro/11, enquanto o
IPCA teve sua primeira aceleração (5,2%) desde setembro último também. Para agosto, a
nossa expectativa preliminar é de IPCA em 0,36%, abaixo portanto da variação mensal de
julho, e IGP-DI pouco abaixo de 1,00%.
Fontes: IBGE, FGV e Pine Research
Neste ambiente, revisamos para cima nossas projeções de IPCA de 2012 para 5,0% (4,8%
anterior), em linha com a mediana das projeções do Relatório Focus, e de IGPs mais próximos
de 8,0% (anteriormente em 7,5%). Como temos alertado há um tempo, diferente do cenário
de melhora proeminente da inflação no 1S12, para segundo é importante considerar os riscos
inflacionários advindos (i) da seca norte-americana, que hoje afeta o preço dos grãos e os
preços ao produtor brasileiro e (ii) da opção do governo em manter o real em nível
relativamente desvalorizado (ver gráfico abaixo), fato que tende a potencializa o efeito
inflacionário da alta das commodities.
2. Fontes: IBGE, BCB e Pine Research
Isto, não devemos esquecer, em um ambiente de pleno emprego e com perspectiva de
aceleração da atividade: ainda que a hiato do produto, segundo nosso cálculos, deva
permanecer negativo (produto efetivo abaixo do “potencial”) pelos próximos trimestres, a
manutenção da taxa de desemprego abaixo de 6,0%-6,5% implica o crescimentodo PIB real
acima do seu potencial (estimado) no início de 2013 (gráficos abaixo).
3. Fontes: IBGE e Pine Research
A crise externa, de fato, amortece esta tendência. De qualquer forma, é necessário perceber
a discrepância entre a produção brasileira e a demanda doméstica e, da mesma forma, a
desconexão entre a inflação de bens comercializáveis no exterior e não-comercializáveis, os
quais são diretamente ligados à economia interna. Em resumo, os riscos daqui para frente são
de inflação maior, contidos pela perspectiva de baixo crescimento mundial e pela
possibilidade de novas rodadas de desonerações por parte do governo. Assim, estimamos IPCA
vindo de 5,0% em 2012 para 5,3% ao final de 2013.
4. Fontes: IBGE e Pine Research
Research: Economia - PINE
Marco Maciel
Marco Antonio Caruso
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