SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
VISITE E CONHEÇA MEU BLOG

   WWW.GEOGRAFIADOBEM.BLOGSPOT.COM


Microbiologia do Solo
Introdução

Solo: maior reservatório de microrganismos do planeta
       • direta ou indiretamente recebe todos os dejetos dos seres
         vivos
       • local de transformação da matéria orgânica em substâncias
         nutritivas


• com grande abundância e diversidade de
  microrganismos
• 1 hectare de solo pode conter até 4 tons de
  microrganismos
Definição:
         Em agricultura e geologia, solo é a
         camada que recobre as rochas, sendo
         constituído de proporções e tipos
         variáveis de minerais de húmus


        Solos minerais
        Solos orgânicos




Perfil do solo

        Centenas de anos
O solo como hábitat microbiano




   Principais fatores que afetam a atividade:
   - Umidade
   - Status nutricional
Rizosfera
Região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato




                                                   O efeito rizosférico
Constituintes do solo
• Minerais:
   – sílica (SiO2), Fe, Al, Ca,Mg, K
   – P, S, Mn, Na, N ...



• Matéria orgânica: origem vegetal, animal e microbiana
   – insolúvel (húmus): melhora a estrutura, libera nutrientes
      • efeito tampão, retenção de água
   – solúvel: produtos da degradação de polímeros complexos:
      • Açúcares, fenóis, aminoácidos
Constituintes do solo

• Água
  – livre: poros do solo
  – adsorvida: ligada aos colóides (argilas)


• Gases:
     CO2, O2, N2 ...


  – composição variável em função dos processos
    biológicos
Constituintes do solo

• Sistemas biológicos:
  – plantas
  – animais
  – Microrganismos: grande diversidade e abundância

      Dependendo de:
         nutrientes
         umidade
         aeração
         temperatura
         pH
         interações
Presença de microrganismos nas várias profundidades do solo

Profundidade   Umidade   Mat. orgânica            Bactérias               Fungos
    (cm)        (%)          (%)                   (x 106)/g               (m/g)


                                         aeróbias      anaeróbias
   0-8           18,2      4,4               24          2,7                280

   8- 20         10,0      1,5              3,1            0,4               43

  20-40          11,5      0,5              1,9            0,4               0

   40-60          13,5      0,6             0,9            0,04                  0

   60-80          7,9       0,4             0,7            0,03                  0

   80-100         5,3       0,4            0,15            0,01                  0


                                              Fonte: Lindegreen & Jensen, 1973
A microbiota do solo
• Bactérias:
  – grupo mais numeroso e mais diversificado
     3 x 106 a 5 x 108 por g de solo seco
     • limitações impostas pelas discrepâncias entre técnicas
     • heterotróficos são mais facilmente detectados

  Gêneros mais freqüentes:
     • Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Nocardia,
       Streptomyces, Micromonospora, Rizóbios
     • Cianobactérias: pioneiras, fixação de N2




                                         Streptomyces
A microbiota do solo

• Fungos:
  – 5 x 103 - 9 x 105 por g de solo seco
  – limitados à superfície do solo
  – favorecidos em solos ácidos
  – ativos decompositores de tecidos vegetais
  – melhoram a estrutura física do solo

  Gêneros mais freqüentes:
     • Penicillium, Mucor, Rhizopus, Fusarium, Aspergillus,
       Trichoderma
A microbiota do solo

• Algas
  – 103 - 5 x 105 por g de solo seco
  – abundantes na superfície
  – acumulação de matéria orgânica: solos nus, erodidos



• Protozoários e vírus
   - equilíbrio das populações
   - predadores de bactérias
   - parasitas de bactérias, fungos, plantas, ...
Microrganismos e os ciclos da matéria

• Terra: quantidade praticamente constante de matéria

    Mudanças no estado químico produzindo uma grande diversidade
    de compostos.

•   Ciclo carbono
•   Ciclo nitrogênio
•   Ciclo do enxofre
•   Ciclo do ferro
O ciclo do carbono




Principais reservatórios de carbono na Terra

Reservatório           Carbono (gigatons)             % total de carbono na Terra
Oceanos                38 x 103 (>95% C inorgânico)              0,05
Rochas e sedimentos    75 x 106 (>80% C inorgânico)            > 99,5
Biosfera terrestre     2 x 103                                 0,003
Biosfera aquática      1-2                                     0,000002
Combustíveis fósseis   4,2 x 103                               0,006
Hidratos de metano     104                                     0,014
Transformações bioquímicas do carbono
O mecanismo mais rápido de transferência global do carbono ocorre pelo CO2




• Fixação do CO2
       • CO2 + 4H                   (CH2O) + H2O
            –   Plantas
            –   bactérias verdes e púrpuras fotossintetizantes
            –   algas
            –   cianobactérias
            –   bactérias quimiolitróficas
            –   algumas bactérias heterotróficas:
                  » CH3COCOOH + CO2               HOOCCH2COCOOH
                   ácido pirúvico                  ácido oxaloacético
Transformações bioquímicas do carbono

• Degradação de substâncias orgânicas complexas
        • celulose (40-50% dos tecidos vegetais)
        • hemiceluloses (10-30% dos tecidos vegetais)
        • lignina (20-30%)




Celulose                    celobiose (n moléculas)
            celulases

Celobiose                   2 glicose
            β-glicosidase

Glicose + 6CO2              6CO2 + 6H2O
Transformações bioquímicas do nitrogênio
O N é encontrado em vários estados de oxidação (-3 a +5)
O nitrogênio gasoso corresponde a forma mais estável, assim a atmosfera é o
maior reservatório (contrário do carbono)



                                               - A alta energia para quebra de
                                                 N2 indica que o processo
                                                 demanda energia.
                                               - Relativamente, um número
                                                 pequeno de microrganismos é
                                                 capaz disso

                                               - Em diversos ambientes, a
                                                produtividade é limitada pelo
                                                suprimento de N.
                                               - Importância ecológica e
                                                econômica envolvida na fixação
Transformações bioquímicas do nitrogênio
       • Fixação do nitrogênio atmosférico
              N2              NH3            aminoácidos



• Fixação simbiótica: 60-600 Kg/ha.ano
• 90% pelas leguminosas
• Economia em fertilizantes nitrogenados

• Associações simbióticas fixadoras:
   – Anabaena - Azolla
   – Frankia - Alnus
   – Rizóbios - Leguminosas
Transformações bioquímicas do nitrogênio
 Rizóbios - Leguminosas

• etapas da formação de um nódulo:
   – reconhecimento: lectinas
   – disseminação:
       • citocininas        células tetraplóides
   – formação dos bacteróides nas células
   – leghemoglobina
   – maturidade: fixação do nitrogênio
   – senescência do nódulo: deterioração
Associação simbiótica rizóbios-leguminosas
Associação simbiótica rizóbios-leguminosas
Redução de acetileno: medida da capacidade fixadora
Transformações bioquímicas do nitrogênio

• Proteólise:

     Proteínas Peptídeos  Aminoácidos



• Amonificação (desaminação)

        – CH3-CHNH2-COOH + ½O2  CH3-CO-COOH + NH3
           » alanina                   ác. pirúvico   amônia

           » A amônia é rapidamente reciclada, mas uma parte
             volatiliza
Transformações bioquímicas do nitrogênio

Nitrificação: - produção de nitrato
                   - Solos bem drenados e pH neutro
Embora seja rapidamente utilizado pelas plantas, também pode ser
lixiviado quando chove muito (muito solúvel).
Uso de inibidores da nitrificação na agricultura
- Etapas:

    Nitritação: oxidação de amônia a nitrito
      2NH3+ 3O2  2HNO2 + 2H2O
    (Nitrosomonas, Nitrosovibrio, Nitrosococcus, Nitrosospira, Nitrosolobus)


    Nitratação: oxidação de nitrito a nitrato
     NO2- + ½O2  NO3-
      (Nitrobacter, Nitrospina, Nitrococcus, Nitrospira)
Transformações bioquímicas do nitrogênio

Utilização do nitrato:
• Redução assimilatória: plantas e microrganismos
              – NO3- + 8e- + 9H+  NH3 + 3H2O


• Desnitrificação: ocorre em condições de anaerobiose como
   aceptor de elétrons.

redução de nitratos a N2 (nitrogênio atmosférico)
             – 2NO3  2NO2  2NO  N2O  N2
   (Agrobacterium, Alcaligenes, Thiobacillus, Bacillus etc.)


- Como o N2 é menos facilmente utilizado que o nitrato como fonte de N, esse
   processo é prejudicial pois remove o N fixado no ambiente.
- Por outro lado, é importante no tratamento de efluentes
Transformações bioquímicas do enxofre
As transformações do enxofre são ainda mais complexas que do nitrogênio:
- Devido à variedade de estados de oxidação (-2 a +6) (S-orgânico a sulfato)
- Porém, apenas 3 estados de oxidação se encontram em quantidade
  significativas na natureza (-2, 0, +6)

Alguns componentes do ciclo:


 • Oxidação do enxofre elementar:

     – 2S + 2H2O + 3O2                      2H2SO4


                                        2H+        + SO4=
     – ex. Thiobacillus thioxidans


     • O S0 também pode ser reduzido pela respiração anaeróbia
Transformações bioquímicas do enxofre

• Degradação (oxid/red) de comp. orgânicos sulfurados:
          – cisteína + H2O        ácido pirúvico + NH3 + H2S




• Utilização dos sulfatos:
– plantas
– microrganismos
      • S é incorporado a aminoácidos:
              » cistina
              » cisteína
              » metionina
Transformações bioquímicas do enxofre

• Redução de sulfatos (por bactérias amplamente distribuídas na natureza)
   – anaerobiose
      • CaSO4 + 8H                    H2S + Ca(OH)2 + 2H2O
                » Desulfovibrio
                - Necessidade da presença de compostos orgânicos
                  (doadores de e-)

• Oxidação de sulfato

    – bactérias fototróficas
       • CO2 + 2H2S          (CH2O) + H2O + 2S
                            enzimas/luz
Transformações bioquímicas do ferro
Um dos elementos mais abundantes
Naturalmente encontrado em apenas dois estados de oxidação




O O2 é o único aceptor
de elétrons que pode
oxidar o ferro Fe2+, e
em pH neutro.                                            Comum em solos
                                                         alagados e pântanos
Em condições ácidas
ocorre o crescimento
de acidófilos oxidantes
do ferro.


Precipitação de depósitos
marrons de ferro
MS
                                              MS




                                                            Resíduos
                                Máquina                     orgânicos
                              decompositora
 Nitrogênio
 Carbono          MS
                                                                 MS


 Fósforo                                           MS
 Potássio
 Cálcio
 Magnésio
 Ferro
 Enxofre
 Manganês                                                  Microrganismo
 Cobre                                                     operário
 outros


          MS




                                  Húmus
Decomposição de restos vegetais no solo: máquina decompositora
operada pelos microrganismos (Siqueira & Franco, 1988)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do soloFabíola Mello
 
Sistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoSistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoGeagra UFG
 
Nutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoNutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoGeagra UFG
 
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoes
 microrganismos do solo   formacao do solo, microrganismos e funcoes microrganismos do solo   formacao do solo, microrganismos e funcoes
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoesEditecminas
 
Aula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralAula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralBruno Rodrigues
 
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJAFIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJAGeagra UFG
 
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJAFIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJAGeagra UFG
 
apostila-de-olericultura-nad-pdf
apostila-de-olericultura-nad-pdfapostila-de-olericultura-nad-pdf
apostila-de-olericultura-nad-pdfSaul Ramos
 
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIO
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIOMANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIO
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIOGeagra UFG
 
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosSlides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosGuilherme Lucio Martins
 

Mais procurados (20)

Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do solo
 
Sistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio DiretoSistema de Plantio Direto
Sistema de Plantio Direto
 
Classificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNewClassificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNew
 
Nutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milhoNutrição e adubação do milho
Nutrição e adubação do milho
 
Aula 1 solos
Aula 1 solosAula 1 solos
Aula 1 solos
 
Solo
SoloSolo
Solo
 
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoes
 microrganismos do solo   formacao do solo, microrganismos e funcoes microrganismos do solo   formacao do solo, microrganismos e funcoes
microrganismos do solo formacao do solo, microrganismos e funcoes
 
Adubação orgânica
Adubação orgânicaAdubação orgânica
Adubação orgânica
 
Manejo e Conservação do Solo
Manejo e Conservação do SoloManejo e Conservação do Solo
Manejo e Conservação do Solo
 
Aula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineralAula de nutrição mineral
Aula de nutrição mineral
 
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJAFIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA SOJA
 
AGROECOLOGIA
AGROECOLOGIAAGROECOLOGIA
AGROECOLOGIA
 
Adubação verde e plantio direto
Adubação verde e plantio diretoAdubação verde e plantio direto
Adubação verde e plantio direto
 
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
 
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJAFIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJA
FIXAÇÃO BIOLÓGICA NA CULTURA DA SOJA
 
apostila-de-olericultura-nad-pdf
apostila-de-olericultura-nad-pdfapostila-de-olericultura-nad-pdf
apostila-de-olericultura-nad-pdf
 
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIO
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIOMANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIO
MANEJO DO SOLOS EM SISTEMAS DE PLANTIO
 
Aula 03 ecologia do solo
Aula 03   ecologia do soloAula 03   ecologia do solo
Aula 03 ecologia do solo
 
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregadosSlides complexo organo-mineral e formação de agregados
Slides complexo organo-mineral e formação de agregados
 

Destaque

Introdução fauna do solo
Introdução fauna do soloIntrodução fauna do solo
Introdução fauna do soloLivia Pian
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
MicrorganismosAna Sofia
 
002. f.t. rizosfera
002. f.t. rizosfera002. f.t. rizosfera
002. f.t. rizosferaCarlos Pijo
 
Aulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologiaAulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologiaOdonto ufrj
 
04 factores abióticos_solo_tc_20102011
04 factores abióticos_solo_tc_2010201104 factores abióticos_solo_tc_20102011
04 factores abióticos_solo_tc_20102011Teresa Monteiro
 
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do C
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do CMicrobiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do C
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do CMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosMorfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosLeide Sayuri Ogasawara
 
Microbiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 soloMicrobiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 soloAmanda Fraga
 
Por que aplicar elearning em sua empresa?
Por que aplicar elearning em sua empresa?Por que aplicar elearning em sua empresa?
Por que aplicar elearning em sua empresa?decoagencia
 
Prevenção, chance e causalidade
Prevenção, chance e causalidadePrevenção, chance e causalidade
Prevenção, chance e causalidadeRicardo Alexandre
 
4ºbim microorganismos - para impressão
4ºbim   microorganismos - para impressão4ºbim   microorganismos - para impressão
4ºbim microorganismos - para impressãoDaniela
 
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
Aula 8   prevenção, chance e causalidadeAula 8   prevenção, chance e causalidade
Aula 8 prevenção, chance e causalidadeRicardo Alexandre
 

Destaque (20)

Introdução fauna do solo
Introdução fauna do soloIntrodução fauna do solo
Introdução fauna do solo
 
Os organismos do solo
Os organismos do soloOs organismos do solo
Os organismos do solo
 
Microbiologia da água
Microbiologia da águaMicrobiologia da água
Microbiologia da água
 
Ecologia, microbiologia do solo
Ecologia, microbiologia do soloEcologia, microbiologia do solo
Ecologia, microbiologia do solo
 
Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
002. f.t. rizosfera
002. f.t. rizosfera002. f.t. rizosfera
002. f.t. rizosfera
 
Aula 11 fungos
Aula   11 fungosAula   11 fungos
Aula 11 fungos
 
Aulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologiaAulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologia
 
04 factores abióticos_solo_tc_20102011
04 factores abióticos_solo_tc_2010201104 factores abióticos_solo_tc_20102011
04 factores abióticos_solo_tc_20102011
 
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do C
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do CMicrobiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do C
Microbiologia do Solo - Ciclo Biogeoquímico do C
 
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosMorfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
 
Microbiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 soloMicrobiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 solo
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Por que aplicar elearning em sua empresa?
Por que aplicar elearning em sua empresa?Por que aplicar elearning em sua empresa?
Por que aplicar elearning em sua empresa?
 
Capitulo204
Capitulo204Capitulo204
Capitulo204
 
Movimentodosflagelosbacterianos
MovimentodosflagelosbacterianosMovimentodosflagelosbacterianos
Movimentodosflagelosbacterianos
 
Prevenção, chance e causalidade
Prevenção, chance e causalidadePrevenção, chance e causalidade
Prevenção, chance e causalidade
 
4ºbim microorganismos - para impressão
4ºbim   microorganismos - para impressão4ºbim   microorganismos - para impressão
4ºbim microorganismos - para impressão
 
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
Aula 8   prevenção, chance e causalidadeAula 8   prevenção, chance e causalidade
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
 
Rizosfera
RizosferaRizosfera
Rizosfera
 

Semelhante a Microbiologia do solo

Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no Solo
Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no SoloMicrobiologia do Solo - Processos Microbianos no Solo
Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no SoloMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Palestra ucdb - campo grande
Palestra   ucdb - campo grandePalestra   ucdb - campo grande
Palestra ucdb - campo grandeSamara RH
 
Turma 211 desequilíbrio ambiental
Turma 211 desequilíbrio ambientalTurma 211 desequilíbrio ambiental
Turma 211 desequilíbrio ambientalAntonio Fernandes
 
Microbiologia do Solo.pptx
Microbiologia do Solo.pptxMicrobiologia do Solo.pptx
Microbiologia do Solo.pptxJordanaCastro2
 
Conceitos em Ecologia e Ecossitemas
Conceitos em Ecologia e EcossitemasConceitos em Ecologia e Ecossitemas
Conceitos em Ecologia e EcossitemasAntonio Fernandes
 
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3cissaccf
 
Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Marcelo Forest
 
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoDomingos Oliveira
 
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
Aula 4   ciclos biogeoquímicos iAula 4   ciclos biogeoquímicos i
Aula 4 ciclos biogeoquímicos iGrupo UNIASSELVI
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosprofatatiana
 
Ciclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNioCiclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNioecsette
 
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia AmbientalICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia AmbientalRicardo Portela
 
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do solo
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do soloSlides Efeito dos pesticidas na microbiota do solo
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do soloGuilherme Lucio Martins
 
Microbiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 águaMicrobiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 águaAmanda Fraga
 
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020Blanco agriCultura
 

Semelhante a Microbiologia do solo (20)

Seminario micro geral_ciclos
Seminario micro geral_ciclosSeminario micro geral_ciclos
Seminario micro geral_ciclos
 
Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no Solo
Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no SoloMicrobiologia do Solo - Processos Microbianos no Solo
Microbiologia do Solo - Processos Microbianos no Solo
 
Palestra ucdb - campo grande
Palestra   ucdb - campo grandePalestra   ucdb - campo grande
Palestra ucdb - campo grande
 
Turma 211 desequilíbrio ambiental
Turma 211 desequilíbrio ambientalTurma 211 desequilíbrio ambiental
Turma 211 desequilíbrio ambiental
 
Microbiologia do Solo.pptx
Microbiologia do Solo.pptxMicrobiologia do Solo.pptx
Microbiologia do Solo.pptx
 
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
 
Conceitos em Ecologia e Ecossitemas
Conceitos em Ecologia e EcossitemasConceitos em Ecologia e Ecossitemas
Conceitos em Ecologia e Ecossitemas
 
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3
Ciclos biogeoqumicos-120580002541556-3
 
Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)
 
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
 
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
Aula 4   ciclos biogeoquímicos iAula 4   ciclos biogeoquímicos i
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
Ciclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNioCiclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNio
 
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbonoAula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
Aula 6 ecologia_gestao_solo_carbono
 
Tratamento águas residuárias
Tratamento águas residuáriasTratamento águas residuárias
Tratamento águas residuárias
 
3 s ciclos biogeo 21122012
3 s ciclos biogeo 211220123 s ciclos biogeo 21122012
3 s ciclos biogeo 21122012
 
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia AmbientalICSA06 - Biotecnologia Ambiental
ICSA06 - Biotecnologia Ambiental
 
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do solo
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do soloSlides Efeito dos pesticidas na microbiota do solo
Slides Efeito dos pesticidas na microbiota do solo
 
Microbiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 águaMicrobiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 água
 
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020
Palestra Online Cat Sorriso MT jul 2020
 

Mais de Pessoal

Introduoao sensoriamentoremoto
Introduoao sensoriamentoremotoIntroduoao sensoriamentoremoto
Introduoao sensoriamentoremotoPessoal
 
Metodologia de fotointerpretação geológica
Metodologia de fotointerpretação geológicaMetodologia de fotointerpretação geológica
Metodologia de fotointerpretação geológicaPessoal
 
Pesquisa aplicada
Pesquisa aplicadaPesquisa aplicada
Pesquisa aplicadaPessoal
 
Projetos metodologias
Projetos   metodologiasProjetos   metodologias
Projetos metodologiasPessoal
 
Serra do tepequém – roraima
Serra do tepequém – roraimaSerra do tepequém – roraima
Serra do tepequém – roraimaPessoal
 
Solo e agricultura
Solo e agriculturaSolo e agricultura
Solo e agriculturaPessoal
 
Poluição do ar
Poluição do arPoluição do ar
Poluição do arPessoal
 
Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Pessoal
 
Ser geografo
Ser geografoSer geografo
Ser geografoPessoal
 
Sensoriamento remoto
Sensoriamento remotoSensoriamento remoto
Sensoriamento remotoPessoal
 
Poluição do solo
Poluição do soloPoluição do solo
Poluição do soloPessoal
 
Origem e tipos de solos
Origem e tipos de solosOrigem e tipos de solos
Origem e tipos de solosPessoal
 
Origem dos oceanos
Origem dos oceanosOrigem dos oceanos
Origem dos oceanosPessoal
 
Modelos de aprendizagem
Modelos de aprendizagemModelos de aprendizagem
Modelos de aprendizagemPessoal
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografiaPessoal
 
Dominios morfoclimáticos
Dominios morfoclimáticosDominios morfoclimáticos
Dominios morfoclimáticosPessoal
 
Cartografia interpretando mapas
Cartografia interpretando mapasCartografia interpretando mapas
Cartografia interpretando mapasPessoal
 
Bacia hidrografica
Bacia hidrograficaBacia hidrografica
Bacia hidrograficaPessoal
 
Aula conceitos básicos monografia
Aula conceitos básicos monografiaAula conceitos básicos monografia
Aula conceitos básicos monografiaPessoal
 
Análise morfoestrutural
Análise morfoestruturalAnálise morfoestrutural
Análise morfoestruturalPessoal
 

Mais de Pessoal (20)

Introduoao sensoriamentoremoto
Introduoao sensoriamentoremotoIntroduoao sensoriamentoremoto
Introduoao sensoriamentoremoto
 
Metodologia de fotointerpretação geológica
Metodologia de fotointerpretação geológicaMetodologia de fotointerpretação geológica
Metodologia de fotointerpretação geológica
 
Pesquisa aplicada
Pesquisa aplicadaPesquisa aplicada
Pesquisa aplicada
 
Projetos metodologias
Projetos   metodologiasProjetos   metodologias
Projetos metodologias
 
Serra do tepequém – roraima
Serra do tepequém – roraimaSerra do tepequém – roraima
Serra do tepequém – roraima
 
Solo e agricultura
Solo e agriculturaSolo e agricultura
Solo e agricultura
 
Poluição do ar
Poluição do arPoluição do ar
Poluição do ar
 
Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil Solos e a agricultura no brasil
Solos e a agricultura no brasil
 
Ser geografo
Ser geografoSer geografo
Ser geografo
 
Sensoriamento remoto
Sensoriamento remotoSensoriamento remoto
Sensoriamento remoto
 
Poluição do solo
Poluição do soloPoluição do solo
Poluição do solo
 
Origem e tipos de solos
Origem e tipos de solosOrigem e tipos de solos
Origem e tipos de solos
 
Origem dos oceanos
Origem dos oceanosOrigem dos oceanos
Origem dos oceanos
 
Modelos de aprendizagem
Modelos de aprendizagemModelos de aprendizagem
Modelos de aprendizagem
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografia
 
Dominios morfoclimáticos
Dominios morfoclimáticosDominios morfoclimáticos
Dominios morfoclimáticos
 
Cartografia interpretando mapas
Cartografia interpretando mapasCartografia interpretando mapas
Cartografia interpretando mapas
 
Bacia hidrografica
Bacia hidrograficaBacia hidrografica
Bacia hidrografica
 
Aula conceitos básicos monografia
Aula conceitos básicos monografiaAula conceitos básicos monografia
Aula conceitos básicos monografia
 
Análise morfoestrutural
Análise morfoestruturalAnálise morfoestrutural
Análise morfoestrutural
 

Microbiologia do solo

  • 1. VISITE E CONHEÇA MEU BLOG WWW.GEOGRAFIADOBEM.BLOGSPOT.COM Microbiologia do Solo
  • 2. Introdução Solo: maior reservatório de microrganismos do planeta • direta ou indiretamente recebe todos os dejetos dos seres vivos • local de transformação da matéria orgânica em substâncias nutritivas • com grande abundância e diversidade de microrganismos • 1 hectare de solo pode conter até 4 tons de microrganismos
  • 3.
  • 4. Definição: Em agricultura e geologia, solo é a camada que recobre as rochas, sendo constituído de proporções e tipos variáveis de minerais de húmus Solos minerais Solos orgânicos Perfil do solo Centenas de anos
  • 5. O solo como hábitat microbiano Principais fatores que afetam a atividade: - Umidade - Status nutricional
  • 6. Rizosfera Região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato O efeito rizosférico
  • 7. Constituintes do solo • Minerais: – sílica (SiO2), Fe, Al, Ca,Mg, K – P, S, Mn, Na, N ... • Matéria orgânica: origem vegetal, animal e microbiana – insolúvel (húmus): melhora a estrutura, libera nutrientes • efeito tampão, retenção de água – solúvel: produtos da degradação de polímeros complexos: • Açúcares, fenóis, aminoácidos
  • 8. Constituintes do solo • Água – livre: poros do solo – adsorvida: ligada aos colóides (argilas) • Gases: CO2, O2, N2 ... – composição variável em função dos processos biológicos
  • 9. Constituintes do solo • Sistemas biológicos: – plantas – animais – Microrganismos: grande diversidade e abundância Dependendo de: nutrientes umidade aeração temperatura pH interações
  • 10. Presença de microrganismos nas várias profundidades do solo Profundidade Umidade Mat. orgânica Bactérias Fungos (cm) (%) (%) (x 106)/g (m/g) aeróbias anaeróbias 0-8 18,2 4,4 24 2,7 280 8- 20 10,0 1,5 3,1 0,4 43 20-40 11,5 0,5 1,9 0,4 0 40-60 13,5 0,6 0,9 0,04 0 60-80 7,9 0,4 0,7 0,03 0 80-100 5,3 0,4 0,15 0,01 0 Fonte: Lindegreen & Jensen, 1973
  • 11. A microbiota do solo • Bactérias: – grupo mais numeroso e mais diversificado 3 x 106 a 5 x 108 por g de solo seco • limitações impostas pelas discrepâncias entre técnicas • heterotróficos são mais facilmente detectados Gêneros mais freqüentes: • Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Nocardia, Streptomyces, Micromonospora, Rizóbios • Cianobactérias: pioneiras, fixação de N2 Streptomyces
  • 12. A microbiota do solo • Fungos: – 5 x 103 - 9 x 105 por g de solo seco – limitados à superfície do solo – favorecidos em solos ácidos – ativos decompositores de tecidos vegetais – melhoram a estrutura física do solo Gêneros mais freqüentes: • Penicillium, Mucor, Rhizopus, Fusarium, Aspergillus, Trichoderma
  • 13. A microbiota do solo • Algas – 103 - 5 x 105 por g de solo seco – abundantes na superfície – acumulação de matéria orgânica: solos nus, erodidos • Protozoários e vírus - equilíbrio das populações - predadores de bactérias - parasitas de bactérias, fungos, plantas, ...
  • 14. Microrganismos e os ciclos da matéria • Terra: quantidade praticamente constante de matéria Mudanças no estado químico produzindo uma grande diversidade de compostos. • Ciclo carbono • Ciclo nitrogênio • Ciclo do enxofre • Ciclo do ferro
  • 15. O ciclo do carbono Principais reservatórios de carbono na Terra Reservatório Carbono (gigatons) % total de carbono na Terra Oceanos 38 x 103 (>95% C inorgânico) 0,05 Rochas e sedimentos 75 x 106 (>80% C inorgânico) > 99,5 Biosfera terrestre 2 x 103 0,003 Biosfera aquática 1-2 0,000002 Combustíveis fósseis 4,2 x 103 0,006 Hidratos de metano 104 0,014
  • 16. Transformações bioquímicas do carbono O mecanismo mais rápido de transferência global do carbono ocorre pelo CO2 • Fixação do CO2 • CO2 + 4H (CH2O) + H2O – Plantas – bactérias verdes e púrpuras fotossintetizantes – algas – cianobactérias – bactérias quimiolitróficas – algumas bactérias heterotróficas: » CH3COCOOH + CO2 HOOCCH2COCOOH ácido pirúvico ácido oxaloacético
  • 17. Transformações bioquímicas do carbono • Degradação de substâncias orgânicas complexas • celulose (40-50% dos tecidos vegetais) • hemiceluloses (10-30% dos tecidos vegetais) • lignina (20-30%) Celulose celobiose (n moléculas) celulases Celobiose 2 glicose β-glicosidase Glicose + 6CO2 6CO2 + 6H2O
  • 18.
  • 19. Transformações bioquímicas do nitrogênio O N é encontrado em vários estados de oxidação (-3 a +5) O nitrogênio gasoso corresponde a forma mais estável, assim a atmosfera é o maior reservatório (contrário do carbono) - A alta energia para quebra de N2 indica que o processo demanda energia. - Relativamente, um número pequeno de microrganismos é capaz disso - Em diversos ambientes, a produtividade é limitada pelo suprimento de N. - Importância ecológica e econômica envolvida na fixação
  • 20. Transformações bioquímicas do nitrogênio • Fixação do nitrogênio atmosférico N2 NH3 aminoácidos • Fixação simbiótica: 60-600 Kg/ha.ano • 90% pelas leguminosas • Economia em fertilizantes nitrogenados • Associações simbióticas fixadoras: – Anabaena - Azolla – Frankia - Alnus – Rizóbios - Leguminosas
  • 21. Transformações bioquímicas do nitrogênio Rizóbios - Leguminosas • etapas da formação de um nódulo: – reconhecimento: lectinas – disseminação: • citocininas células tetraplóides – formação dos bacteróides nas células – leghemoglobina – maturidade: fixação do nitrogênio – senescência do nódulo: deterioração
  • 24. Redução de acetileno: medida da capacidade fixadora
  • 25. Transformações bioquímicas do nitrogênio • Proteólise: Proteínas Peptídeos  Aminoácidos • Amonificação (desaminação) – CH3-CHNH2-COOH + ½O2  CH3-CO-COOH + NH3 » alanina ác. pirúvico amônia » A amônia é rapidamente reciclada, mas uma parte volatiliza
  • 26. Transformações bioquímicas do nitrogênio Nitrificação: - produção de nitrato - Solos bem drenados e pH neutro Embora seja rapidamente utilizado pelas plantas, também pode ser lixiviado quando chove muito (muito solúvel). Uso de inibidores da nitrificação na agricultura - Etapas: Nitritação: oxidação de amônia a nitrito 2NH3+ 3O2  2HNO2 + 2H2O (Nitrosomonas, Nitrosovibrio, Nitrosococcus, Nitrosospira, Nitrosolobus) Nitratação: oxidação de nitrito a nitrato NO2- + ½O2  NO3- (Nitrobacter, Nitrospina, Nitrococcus, Nitrospira)
  • 27. Transformações bioquímicas do nitrogênio Utilização do nitrato: • Redução assimilatória: plantas e microrganismos – NO3- + 8e- + 9H+  NH3 + 3H2O • Desnitrificação: ocorre em condições de anaerobiose como aceptor de elétrons. redução de nitratos a N2 (nitrogênio atmosférico) – 2NO3  2NO2  2NO  N2O  N2 (Agrobacterium, Alcaligenes, Thiobacillus, Bacillus etc.) - Como o N2 é menos facilmente utilizado que o nitrato como fonte de N, esse processo é prejudicial pois remove o N fixado no ambiente. - Por outro lado, é importante no tratamento de efluentes
  • 28. Transformações bioquímicas do enxofre As transformações do enxofre são ainda mais complexas que do nitrogênio: - Devido à variedade de estados de oxidação (-2 a +6) (S-orgânico a sulfato) - Porém, apenas 3 estados de oxidação se encontram em quantidade significativas na natureza (-2, 0, +6) Alguns componentes do ciclo: • Oxidação do enxofre elementar: – 2S + 2H2O + 3O2 2H2SO4 2H+ + SO4= – ex. Thiobacillus thioxidans • O S0 também pode ser reduzido pela respiração anaeróbia
  • 29. Transformações bioquímicas do enxofre • Degradação (oxid/red) de comp. orgânicos sulfurados: – cisteína + H2O ácido pirúvico + NH3 + H2S • Utilização dos sulfatos: – plantas – microrganismos • S é incorporado a aminoácidos: » cistina » cisteína » metionina
  • 30. Transformações bioquímicas do enxofre • Redução de sulfatos (por bactérias amplamente distribuídas na natureza) – anaerobiose • CaSO4 + 8H H2S + Ca(OH)2 + 2H2O » Desulfovibrio - Necessidade da presença de compostos orgânicos (doadores de e-) • Oxidação de sulfato – bactérias fototróficas • CO2 + 2H2S (CH2O) + H2O + 2S enzimas/luz
  • 31. Transformações bioquímicas do ferro Um dos elementos mais abundantes Naturalmente encontrado em apenas dois estados de oxidação O O2 é o único aceptor de elétrons que pode oxidar o ferro Fe2+, e em pH neutro. Comum em solos alagados e pântanos Em condições ácidas ocorre o crescimento de acidófilos oxidantes do ferro. Precipitação de depósitos marrons de ferro
  • 32. MS MS Resíduos Máquina orgânicos decompositora Nitrogênio Carbono MS MS Fósforo MS Potássio Cálcio Magnésio Ferro Enxofre Manganês Microrganismo Cobre operário outros MS Húmus Decomposição de restos vegetais no solo: máquina decompositora operada pelos microrganismos (Siqueira & Franco, 1988)