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Dados da solicitação
            Número                       Tipo da solitação               Titulo do projeto
                                                                 Levantamento florístico de
                                 Autorização para atividades com
10331                                                            Apocynaceae s.str. do Parque
                                 finalidade científica
                                                                 Nacional da Serra da Canastra

                                    Dados do pesquisador
      Nome          Nacionalidade            CPF               Fone              E-mail
Luiza Sumiko                                             (0xx19) 3287-     luizakin@unicam
                   Brasileira         27697070863
Kinoshita                                                4732              p.br




        Dados do relatório


                   Data da
                  liberação
Número Situação
                     das
                informações
5037 Submetido25/06/2012




                  Atividades

   Descrição das atividades cadastradas
Pesquisa em unidade de conservação federal
Coleta/transporte de amostras biológicas in situ




                                       Resultados/Discussão
                 Pergunta/Item                                         Resposta
                                                   O levantamento florístico desenvolvido neste
                                                   estudo revelou a existência de 30 espécies de
                                                   Apocynaceae s. str. no Parque Nacional da Serra
                                                   da Canatra (PNSC) distribuídas em 14 gêneros:
Resultados / Discussão:                            Aspidosperma australe Müll. Arg.,
                                                   Aspidosperma cylindrocarpon Müll. Arg.,
                                                   Aspidosperma macrocarpon Mart.,
                                                   Aspidosperma ramiflorum Müll. Arg.,
                                                   Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg.,
Aspidosperma subincanum Mart., Aspidosperma
                                          tomentosum Mart., Condylocarpon isthmicum
                                          (Vell.) A.DC., Forsteronia pubescens A. DC.,
                                          Forsteronia velloziana (A.DC.) Woodson,
                                          Hancornia speciosa B.A. Gomes, Himatanthus
                                          obovatus (Müll. Arg.) Woodson, Mandevilla
                                          hirsuta (A. Rich.) K. Schum., Mandevilla illustris
                                          (Vell.) Woodson, Mandevilla longiflora (Desf.)
                                          Pichon, Mandevilla martii (Müll. Arg.) Pichon,
                                          Mandevilla novocapitalis Markgr., Mandevilla
                                          pohliana (Stadelm) Gentry, Mandevilla tenuifolia
                                          (J.C. Mikan) Woodson, Mandevilla velame (A.
                                          St.-Hil.) Pichon, Mesechites mansoanus (A. DC.)
                                          Woodson, Odontadenia lutea (Vell.) Woodson,
                                          Peltastes peltatus (Vell.) Woodson, Prestonia
                                          coalita (Vell.) Woodson, Prestonia riedelii (Müll.
                                          Arg.) Markgr., Prestonia tomentosa R. Br.,
                                          Rhodocalyx rotundifolius Müll. Arg., Secondatia
                                          densiflora A. DC., Tabernaemontana
                                          catharinensis A. DC., Temnadenia violacea
                                          (Vell.) Miers. A subfamília Apocynoideae está
                                          representada por 19 espécies distribuídas em
                                          nove gêneros, enquanto a subfamília
                                          Rauvolfioideae esta representada por 11 espécies
                                          pertencentes a cinco gêneros. O PNSC possui
                                          uma diversidade de formações vegetacionas o
                                          que propicia uma ausência de um hábito
                                          predominante. As espécies de hábito liana
                                          somam 40% das espécies levantadas e estão
                                          distribuídas preferencialmente em matas. As
                                          espécies de hábito arbóreo somam 33,3% das
                                          espécies levantadas, são encontradas somente em
                                          matas ou somente em cerrado com exceção de
                                          duas espécies (A. subincanum, A. tomentosum)
                                          que ocorrem tanto em mata como em cerrado. O
                                          hábito arbustivo é de 26,7% e quase a totalidade
                                          das espécies arbustivas pertencentes ao gênero
                                          Mandevilla, ocorrem principalmente em cerrado
                                          e suas subformações. O PNSC apresentou maior
                                          similaridade de Apocynaceae s. str. com a região
                                          de Carrancas, em Minas Gerais. Isso pode ser
                                          decorrente da similaridade de formações
                                          vegetais, da proximidade entre as duas regiões ou
                                          do esforço amostral.
                                Informações para UC
  Unidade de conservação           Pergunta/Item                     Resposta
                           Recomendações ao               Algumas espécies ocorrem
PARQUE NACIONAL DA
                           manejo/gestão da unidade de    somente na região não
SERRA DA CANASTRA
                           conservação federal ou à       legalizada do PNSC. Essas
proteção das espécies, como   espécies são geralmente de
também à(s) cavidade(s)       cerrado como Aspidosperma
subterrânea(s) (se houver).   macrocarpon, Hancornia
                              speciosa, Himatanthus
                              obovatus, Mandevilla martii e
                              Rhodocalyx rotundifolius,
                              outras são de mata como
                              Aspidosperma cylindrocarpon,
                              A. australe, A. ramiflorum, A.
                              subincanum, Prestonia coalita,
                              Prestonia riedelii e
                              Tabernaemontana
                              catharinensis. Uma das
                              possíveis explicações para a
                              ocorrência de espécies de
                              cerrado na região não
                              legalizada do parque, e sua
                              aparente ausência na parte
                              legalizada seria a não
                              existência de um cerrado mais
                              desenvolvido nesta última.
                              Este fato sugere que essas duas
                              regiões, além de apresentarem
                              uma geomorfologia diferente,
                              também possuem uma
                              composição florística
                              diferente, ao menos no que diz
                              respeito à família
                              Apocynaceae. Estudos
                              florísticos com outras famílias
                              de angiospermas abrangendo
                              a área total do parque
                              poderiam fornecer novas
                              evidências para comprovar
                              esta hipótese. Com esse
                              resultado seria interessante
                              que a área proposta no plano
                              de manejo inicial (200.000 ha)
                              do Parque fosse preservado
                              por abrigar diferente espécies
                              e garantir a conservação da
                              biodiversidade.

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Recomenda es luisa s kinoshita apocynaceae

  • 1. Dados da solicitação Número Tipo da solitação Titulo do projeto Levantamento florístico de Autorização para atividades com 10331 Apocynaceae s.str. do Parque finalidade científica Nacional da Serra da Canastra Dados do pesquisador Nome Nacionalidade CPF Fone E-mail Luiza Sumiko (0xx19) 3287- luizakin@unicam Brasileira 27697070863 Kinoshita 4732 p.br Dados do relatório Data da liberação Número Situação das informações 5037 Submetido25/06/2012 Atividades Descrição das atividades cadastradas Pesquisa em unidade de conservação federal Coleta/transporte de amostras biológicas in situ Resultados/Discussão Pergunta/Item Resposta O levantamento florístico desenvolvido neste estudo revelou a existência de 30 espécies de Apocynaceae s. str. no Parque Nacional da Serra da Canatra (PNSC) distribuídas em 14 gêneros: Resultados / Discussão: Aspidosperma australe Müll. Arg., Aspidosperma cylindrocarpon Müll. Arg., Aspidosperma macrocarpon Mart., Aspidosperma ramiflorum Müll. Arg., Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg.,
  • 2. Aspidosperma subincanum Mart., Aspidosperma tomentosum Mart., Condylocarpon isthmicum (Vell.) A.DC., Forsteronia pubescens A. DC., Forsteronia velloziana (A.DC.) Woodson, Hancornia speciosa B.A. Gomes, Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson, Mandevilla hirsuta (A. Rich.) K. Schum., Mandevilla illustris (Vell.) Woodson, Mandevilla longiflora (Desf.) Pichon, Mandevilla martii (Müll. Arg.) Pichon, Mandevilla novocapitalis Markgr., Mandevilla pohliana (Stadelm) Gentry, Mandevilla tenuifolia (J.C. Mikan) Woodson, Mandevilla velame (A. St.-Hil.) Pichon, Mesechites mansoanus (A. DC.) Woodson, Odontadenia lutea (Vell.) Woodson, Peltastes peltatus (Vell.) Woodson, Prestonia coalita (Vell.) Woodson, Prestonia riedelii (Müll. Arg.) Markgr., Prestonia tomentosa R. Br., Rhodocalyx rotundifolius Müll. Arg., Secondatia densiflora A. DC., Tabernaemontana catharinensis A. DC., Temnadenia violacea (Vell.) Miers. A subfamília Apocynoideae está representada por 19 espécies distribuídas em nove gêneros, enquanto a subfamília Rauvolfioideae esta representada por 11 espécies pertencentes a cinco gêneros. O PNSC possui uma diversidade de formações vegetacionas o que propicia uma ausência de um hábito predominante. As espécies de hábito liana somam 40% das espécies levantadas e estão distribuídas preferencialmente em matas. As espécies de hábito arbóreo somam 33,3% das espécies levantadas, são encontradas somente em matas ou somente em cerrado com exceção de duas espécies (A. subincanum, A. tomentosum) que ocorrem tanto em mata como em cerrado. O hábito arbustivo é de 26,7% e quase a totalidade das espécies arbustivas pertencentes ao gênero Mandevilla, ocorrem principalmente em cerrado e suas subformações. O PNSC apresentou maior similaridade de Apocynaceae s. str. com a região de Carrancas, em Minas Gerais. Isso pode ser decorrente da similaridade de formações vegetais, da proximidade entre as duas regiões ou do esforço amostral. Informações para UC Unidade de conservação Pergunta/Item Resposta Recomendações ao Algumas espécies ocorrem PARQUE NACIONAL DA manejo/gestão da unidade de somente na região não SERRA DA CANASTRA conservação federal ou à legalizada do PNSC. Essas
  • 3. proteção das espécies, como espécies são geralmente de também à(s) cavidade(s) cerrado como Aspidosperma subterrânea(s) (se houver). macrocarpon, Hancornia speciosa, Himatanthus obovatus, Mandevilla martii e Rhodocalyx rotundifolius, outras são de mata como Aspidosperma cylindrocarpon, A. australe, A. ramiflorum, A. subincanum, Prestonia coalita, Prestonia riedelii e Tabernaemontana catharinensis. Uma das possíveis explicações para a ocorrência de espécies de cerrado na região não legalizada do parque, e sua aparente ausência na parte legalizada seria a não existência de um cerrado mais desenvolvido nesta última. Este fato sugere que essas duas regiões, além de apresentarem uma geomorfologia diferente, também possuem uma composição florística diferente, ao menos no que diz respeito à família Apocynaceae. Estudos florísticos com outras famílias de angiospermas abrangendo a área total do parque poderiam fornecer novas evidências para comprovar esta hipótese. Com esse resultado seria interessante que a área proposta no plano de manejo inicial (200.000 ha) do Parque fosse preservado por abrigar diferente espécies e garantir a conservação da biodiversidade.