SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 16
Descargar para leer sin conexión
ano 3 I outubro • novembro • dezembro 2011 I nº 10
                                                         R      E     V      I    S        T   A




                                                         A sua revista Ampla sobre
                                                         responsabilidade socioambiental




                                                         Ampla é a primeira empresa
                                                           brasileira a apoiar bancos
                                                        comunitários – págs. 8, 9 e 10




Joaquim Melo

Confira a entrevista exclusiva com o
fundador do Instituto Palmas, referência
de organização popular voltada para a
inclusão financeira no país – págs. 4, 5 e 6
diálogo                                                                                  programe-se

 “Indico o @Conscienciampla                                                            Consciência Ampla na Tela
 para quem quer viver melhor
 usando de forma racional os
                                        Consciência                                    Outubro
                                                                                        Saquarema                      28
 recursos naturais!” (via Twitter)
 Rafael Guimarães
                                        Ampla na                                        Maricá
                                                                                       Novembro
                                                                                                                       29




 “Todos nós devemos bus-
                                        Tela e sobre                                    Teresópolis
                                                                                        Petrópolis
                                                                                        Santa Maria Madalena
                                                                                                                       11
                                                                                                                       12
                                                                                                                       18
 car soluções para a reutili-
 zação dos diversos mate-               Rodas                                          Consciência Ampla sobre Rodas
 riais (valiosos) que jogamos                                                          Outubro
                                        Quer aprender mais sobre cinema
 fora. Tenho reutilizado as                                                            São Fidélis                   3a7
                                        e consumo consciente de energia?
 garrafas PET, os rolos de                                                             Rio das Ostras               10 a 14
                                        Confira então as datas do Consciência
                                                                                       Maricá                       17 a 21
 papel higiênico e as caixas            Ampla na Tela e do Consciência Am-             Rio Bonito                   24 a 28
 de papelão.” (via blog)                pla sobre Rodas.                               Petrópolis                     31
 Eunice Batista
                                                                                      Novembro
                                        Os demais projetos do Consciência               Petrópolis                    1a4
 “Quero deixar aqui meus                Ampla continuam percorrendo ci-                 Duque de Caxias              7 a 11
 parabéns e registrar a ad-             dades em 2011, levando cultura e                Teresópolis                 21 a 25
 miração que tenho pelo                 educação para o consumo conscien-               Itaboraí                    28 a 30
 trabalho da Ampla. Viverí-             te. Acompanhe toda a programação               Dezembro
 amos em um mundo me-                   pelo blog e pelo twitter do Consciên-           Cachoeiras de Macacu         5a9
 lhor se a responsabilidade                                                             Niterói                     12 a 16
                                        cia Ampla.
 social, hoje tão falada, ti-
 vesse ações mais práticas
 de todas as empresas. Que,                                                       transparência
 além das lâmpadas, a Am-
 pla consiga espalhar mais
 luzes para todos!” (via blog)
 Heloisa Vieira
                                     Um semestre de realizações
                                     Entre janeiro e junho de 2011, a maioria dos projetos do Consciência Ampla superou as expecta-
                                     tivas e atingiu um número maior de beneficiados. No caso do Projeto Férias sem Risco, realizado
 “@Conscienciampla           por
                                     em junho deste ano, a história não foi diferente. Um total de 26.712 alunos da rede pública rece-
 um mundo melhor, sem-
                                     beu orientação sobre o perigo de soltar pipas perto da rede elétrica. Os resultados obtidos com os
 pre alerta.” (via Twitter)
                                     programas nos dão mais ânimo para seguirmos com nosso trabalho. E esperamos contar sempre
 Erivaldo Caico
                                     com sua colaboração nessa jornada.

                                                   Projeto                  Número de beneficiados no 1º semestre              META
                                      Consciência Ampla Saber                             64.080                               64.159
                                      Consciência Ampla Cidadania                         10.951                                6.670
                                      Consciência Ampla com Arte                           3.625                                3.200
                                      Consciência Ampla Futuro                            58.154                               31.111
                                      Consciência Ampla sobre Rodas                       28.149                               19.600
                                      Consciência Ampla Oportunidade                         634                                  650
                                      Consciência Ampla na Tela                            5.879                               19.500
                                      Consciência EcoAmpla                                   863                                1.000
                                      Consciência Ampla Cultural                          18.060                               15.000
                                      Consciência Ampla Eficiente                          16.108                               14.000
                                      TOTAL                                              234.834                              174.890

  2                                                                                               Papel reciclável de origem certificada
Cara a Cara ............................................. 4
                          índice                                                                             Caso de Sucesso ...................................... 7
                                                                                                             Capa ....................................................... 8
                                                                                                             Fique por Dentro...................................11
                                                                                                             Em Foco ................................................13
                                                                                                             Rede do Saber .......................................14
                                                                                                             Consciência Digital ................................15
                                                                                                             Dicas .....................................................16
                                                                                                             Divirta-se ...............................................16


            editorial


Pela valorização do ser humano
Economia solidária: um conceito que tem se                     outro em Duque de Caxias – e contamos
traduzido em prática por meio de projetos que                  cada detalhe destas duas inciativas que pro-
se multiplicam como nunca. Um bom exem-                        metem desenvolver ainda mais as comuni-
plo são as ações desenvolvidas pela Secretaria                 dades onde estão instaladas.
Nacional de Economia Solidária (Senaes). Em
Rede do Saber, Paul Singer, titular do órgão,                  Na seara tecnológica, você vai ver em Fique
mostra que tem muito a dizer sobre esta forma                  por Dentro algumas novidades que a Ampla
de produção, consumo e distribuição de rique-                  vem pesquisando. Para o último 6º Citenel,
za centrada na valorização do ser humano.                      congresso de inovação em energia elétrica, le-
                                                               vamos produtos como um poste de luz mais
A sociedade civil também se movimenta                          leve – criado para garantir o restabelecimento
nesse sentido. É o que conta Joaquim Melo,                     rápido do fornecimento de energia – e uma
fundador do primeiro banco comunitário do                      luva que sinaliza a presença de tensão na rede.
Brasil. Em Cara a Cara, ele conta como uma
pergunta – “Por que somos pobres?” – foi res-                  Estes e outros assuntos foram escolhidos es-
ponsável por uma rede que já ultrapassa 60                     pecialmente para você.
instituições do gênero país afora.


Em nossa reportagem de capa, é possível                                                                  Boa leitura!
ver como a economia solidária pode tomar
uma forma concreta, e bem perto de nós.
Acompanhamos a inauguração dos dois pri-                                                        Marcelo Llévenes
meiros bancos comunitários do país apoia-                                                Responsável pela Ampla
dos por uma empresa – um em Niterói e                                                          e pela Endesa Brasil


                                                                                                                                 Você conhece a
   Expediente
                                                                                                                                  versão on-line
   Publicação trimestral da Ampla. Criação e produção – Marketing Ampla: Denise Monteiro (Mb: 21.1407),                                da revista
   Tatianna Togashi, Patrícia Gismonti e Pryscilla Civelli; Projetos Sociais Ampla: Aladia Guerino, Cristiane Baena,          Consciência Ampla?
   Felipe Conti, Gislene Rodrigues e Katia Ramos; Colaboração – Comunicação Externa e Responsabilidade                                    Acesse www.
   Social Ampla: Janaína Vilella, Ana Paula Caporal e Beatriz Stutzel; Reportagem – Ana Clara Werneck,
   Annie Nielsen, Carlos Vasconcellos, Carolina Silveira, Letícia Mota, Lissandra Torres e Maíra Gonçalves.
                                                                                                                                       job360.com.br/
   Coordenação Editorial – Ana Clara Werneck. Edição – Eliane Levy de Souza. Projeto Gráfico e Diagramação:                       conscienciaampla10 e
   Casa do Cliente Comunicação 360º. Revisão: Juliana Carvalho. Fotos: Antonio Pinheiro, Banco de Imagem                       confira uma revista com
   Casa do Cliente e Mazé Mixo.                                                                                                   ainda mais conteúdo
                                                                                                                                            para você!

Papel reciclável de origem certificada                                                                                                                        3
cara a cara

                      Joaquim Melo
                      Um sonhador
                      com os pés no chão
                      Joaquim Melo é o nome que está por trás do primeiro banco comunitário no Brasil. Seminarista na
                      década de 1980, ele se mudou de Belém para Fortaleza com o objetivo de colaborar na prática para
                      tornar a vida das pessoas melhor. Morando na comunidade Conjunto Palmeira, criou uma associa-
                      ção de moradores e reuniu os vizinhos com uma pergunta: “Por que somos pobres?”. Noventa e
                      seis assembleias depois, nasceu o Banco Palmas, (praticamente) sem dinheiro e com 5 mil donos, o
                      número de moradores do bairro na época. A instituição fez sucesso e, totalmente envolvido com a
                      inclusão social, ele abandonou o plano de ser padre. Hoje, dá palestras em todo o país e sonha com
                      o dia em que os bancos comunitários serão legitimados pelo Estado. “Nunca estudei Economia,
                      tudo o que sei aprendi com o povo”, conta ele, com a certeza dos que acreditam em um mundo
                      melhor feito com as próprias mãos. É o que ele comprova nesta entrevista exclusiva que o coorde-
                      nador do Banco Palmas e do Instituto Palmas concedeu à Consciência Ampla.


                      Como surgiu a ideia de criar o Banco Palmas, o     Foram 96 reuniões com os moradores para
                      primeiro banco comunitário do Brasil?              definir como manter o dinheiro deles ali. Em
 ‘A maneira como      Joaquim Melo – Na década de 1980, depois           1998, o Banco Palmas surgiu, com o objetivo
     consumimos       da urbanização da favela do Conjunto Pal-          de estimular o desenvolvimento por meio da
define a sociedade     meira, em Fortaleza, seus moradores ficaram         produção e do consumo locais, e esta é a ló-
                      ainda mais pobres economicamente. Isso             gica dos bancos comunitários até hoje. No úl-
    que queremos
                      porque tiveram de passar a pagar contas de         timo Mapa da Produção e do Consumo, feito
         construir’   luz, água, IPTU etc. Como o povo não tinha         este ano, vimos que 93% dos moradores do
                      dinheiro para isso, começou a ir embora do         Conjunto Palmeira fazem compras lá.
                      bairro. A grande pergunta que fizemos neste
                      momento, e que originou o banco, foi “Por          Na época, não havia iniciativas deste tipo
                      que somos pobres?”. As pessoas diziam “Por-        no Brasil. Você teve alguma fonte de inspi-
                      que não temos dinheiro”. Mas não me con-           ração externa?
                      formava com esta resposta.                         J. M. – Tinha a referência do Grameen Bank,
                                                                         em Bangladesh [criado por Muhammad Yunus,
                      Nesta época, conduzi o primeiro Mapa da            conhecido como o banqueiro dos pobres]. Mas
                      Produção e do Consumo – que até hoje é fei-        era um banco bem diferente, pois só trabalhava
                      to no Conjunto Palmeira: fomos de casa em          com crédito produtivo para aldeias rurais. A nos-
                      casa perguntando para as pessoas o que e           sa ideia não era de apenas estimular a produção,
                      onde consumiam. Como resultado, descobri-          mas também o consumo, por meio de uma mo-
                      mos que só 20% das pessoas faziam compras          eda que só circulasse no bairro, para que as pes-
                      no bairro. Ou seja: não eram pobres, pois          soas consumissem majoritariamente ali. A ideia
                      tinham algum dinheiro. A verdade é que se          do Banco Palmas foi completamente endógena.
                      empobreciam, na medida em que perdiam
                      suas poupanças locais comprando fora do            A inovação do nosso banco foi o estímulo
                      bairro produtos fabricados em outros lugares.      ao consumo. Os pobres sempre produziram,


   4                                                                                Papel reciclável de origem certificada
mas não tinham para quem vender. Na ver-          mais forte que já passei. Foi ali que
dade, o problema é que historicamente só          decidi que me comprometeria para
compram dos ricos. A grande tecnologia so-        o resto da vida com os pobres e me
cial deste tipo de empreendimento é mos-          dedicaria à superação da miséria. Em
trar que a solução para os pobres está com        1984, o cardeal da época solicitou que
eles mesmos. Cunhamos uma frase que usa-          eu fosse morar no Conjunto Palmeira. Lá,
mos sempre: “A maneira como consumimos            não havia água, luz nem saneamento básico.
define a sociedade que queremos construir”.        Criei a associação de moradores e trabalhava
                                                  na comunidade. Em 1988, eu deveria me or-
As pessoas reclamam da violência juvenil, mas     denar, mas já era presidente da associação e
não entendem que, quando alguém compra            estava muito envolvido com a missão. Decidi
um produto de uma multinacional em um hiper-      abandonar o futuro como padre e continuar
mercado, está estimulando o desemprego em         morando no Conjunto Palmeira.
sua própria comunidade, e a violência advém                                                           ‘Em 1988, eu
daí. Queremos uma sociedade igualitária, que      Quando reuniu as pessoas para fazer as assem-
distribui renda e dá oportunidade para os mais    bleias antes de formar o banco, você tinha algum
                                                                                                      deveria me
pobres. Quando a Ampla cria na comunidade         conhecimento formal de Economia ou Finanças?        ordenar, mas já
um fundo de crédito, como está fazendo no Pre-    J. M. – Nunca estudei Economia. Tudo o que sei      era presidente
ventório (Niterói), e em Saracuruna (Duque de     sobre o assunto aprendi com o povo. As pesso-
                                                                                                      da associação
Caxias), está apostando que a comunidade pode     as têm a ideia de que Economia é para econo-
resolver seus problemas econômicos – e isso vai   mistas, mas os mais pobres praticam Economia        [de moradores]
muito além de pagar a conta de luz em dia.        Doméstica com perfeição. Eles precisam de           e estava muito
                                                  Educação Financeira para pensar em negócios,        envolvido com
Já temos 64 bancos comunitários no Brasil –       mas têm desejo de pagar suas contas em dia.
contando com os do Preventório e de Saracu-
                                                                                                      a missão. Decidi
runa. Estas instituições não têm filiais, nenhu-   Essas pessoas são socioeconomistas popula-          abandonar o futuro
ma é dona da outra, todas são organizadas         res, pois o mais importante na relação eco-         como padre e
em rede. Temos o projeto de um dia fazer um       nômica é a sociedade, não a economia, o in-
                                                                                                      ficar no Conjunto
corredor comercial, para que um banco pos-        verso do capitalismo, em que se “topa tudo
sa vender para o outro os produtos que sua        por dinheiro”. A lógica da economia solidária       Palmeira’
comunidade fabrique. Hoje, temos uma rede         é que o dinheiro está a serviço das pessoas,
de troca de tecnologia, mas queremos fazer        e não o contrário. Não há donos no Banco
outra, de negócios. Mas o primeiro passo é        Palmas, toda a comunidade é proprietária,
fortalecer o desenvolvimento regional.            desde o bêbado que fica na praça ao homem
                                                  mais rico, que tem um pequeno comércio.
Como você chegou ao Conjunto Palmeira?
J. M. – Vim na década de 1980, como semina-       Hoje você é uma autoridade em bancos comu-
rista. Morava em um seminário tradicional em      nitários. Pessoas do Brasil inteiro lhe pedem
Belém, onde cheguei aos 11 anos de idade.         consultoria. Como você vê esse retorno?
Mas me angustiava ficar longe das pessoas,         J. M. – Quando o Banco Palmas começou a dar
queria colaborar na prática para uma sociedade    resultados, recebemos convites de prefeituras e
melhor. Soube que em Fortaleza havia um pro-      comunidades de várias partes do país, pedindo
jeto chamado Padres da Favela e, aos 22 anos,     orientação. Por isso, criamos, em 2003, o Ins-
me mudei. No primeiro ano, morei na Rampa         tituto Palmas, uma Organização da Sociedade
do Lixo, ao lado do lixão da cidade. Viver com    Civil de Interesse Público (Oscip). E saímos pelo
os catadores foi uma experiência muito forte, a   Brasil em uma cruzada, dizendo que as co-


Papel reciclável de origem certificada                                                                             5
munidades não precisam depender dos gran-           falar das semelhanças entre esses bancos.
                      des bancos, pois eles não foram criados para        Todos passaram pelo mesmo processo:
                      atender os pobres, não têm capilaridade para        um seminário inicial de sensibilização,
                      isso. A grande tarefa do Instituto Palmas são as    para saber da comunidade se ela quer ou
                      milhares de palestras que fazemos pelo país.        não o banco comunitário – lembrando
                      Tanto nas comunidades quanto nos governos,          que, nesse caso, ela terá de geri-lo. A dife-
                      nas universidades e nos próprios bancos. Nosso      rença é a fonte do financiamento. Quan-
                      discurso é “não queremos competir com vocês,        do o Banco Palmas começou, não tinha
                      queremos ser complementares”. E, felizmente,        recursos. O pouco capital inicial veio do
                      os bancos comunitários são discutidos hoje em       povo. Depois que a iniciativa provou ser
                      dia em todas as esferas do país.                    sustentável, governos e instituições passa-
                                                                          ram a investir.
                      Há uma lei da deputada Luiza Erundina, que
                      está tramitando no Congresso, para regula-          O fato de os recursos serem oriundos de
                      mentar os bancos comunitários como entes fi-         fontes externas à comunidade não é proble-
                      nanceiros no Brasil. Seria um avanço o governo      ma, desde que os moradores estejam cons-
                      reconhecer que, além dos bancos públicos e          cientes e motivados a arcar com as respon-
                      dos privados, há os comunitários. Mas já avan-      sabilidades do banco. No caso do Palmas,
‘O mais importante    çamos nesse sentido: o Banco Central tem um         erramos muito. A vantagem das comunida-
                      departamento para discutir o assunto. Além dis-     des que começam agora é que houve mui-
         na relação
                      so, há mais de 15 universidades no país – como      tos testes, os erros não se repetem. O papel
    econômica é a     UFF, UFBA, FGV e USP – que criaram núcleos e        da Ampla neste caso é importantíssimo. É
  sociedade, não a    formaram cursos para estudar esses bancos.          a primeira vez que uma empresa privada
         economia’                                                        ajuda a criar um banco comunitário. E cer-
                      E temos orgulho de s
                                         saber que essa ideia não         tamente o do Preventório e o de Saracuruna
                      nasceu em um grande centro acadêmico nem            serão observados de perto, como case.
                      na Europa. Veio da pe
                                         periferia do Nordeste. Não
                      diria que sou uma au
                                        autoridade, só estou cum-         Um exemplo de aprendizado é com relação
                      prindo a missão de mostrar essa alternativa.
                                         m                                à gestão do banco. Até hoje, no Palmas,
                      Segundo o Ipea, 52% da população brasilei-          tudo é feito por meio de planilhas de Excel,
                                          s
                      ra não têm acesso a serviços financeiros nem         não temos softwares, o que passou a ser im-
                      bancários (crédito, co
                                          conta corrente, poupan-         perativo. Mas, com 3,8 mil clientes ativos, já
                      ça, banco próximo de casa etc.). O Brasil tem       não há planilha que suporte.
                                           um demanda enorme de
                                           uma
                                            p
                                            pessoas que querem ser        Por falta de dados consolidados, alguns in-
                                             incluídas nesse sistema.     vestidores em potencial ainda questionam os
                                                                          resultados dos bancos comunitários. Até de-
                                             Quais as diferenças en-      zembro, implantaremos um software de ges-
                                            tre o Banco Palmas, que       tão de carteira, para contabilizar o número
                                             nasceu da comunidade,        de clientes, a porcentagem de inadimplência,
                                             em relação aos associa-      os empregos gerados, o percentual de cresci-
                                            d a prefeituras e aos
                                            dos                           mento de cada negócio, o aumento da renda
                                           b
                                           bancos do Preventório e        de cada comunidade etc. Isso vai abrir portas
                                          Sa
                                       de Saracuruna, que estão sur-      para nós. Para se ter uma ideia, há três anos
                                        ap
                            gindo com o apoio de uma empresa?             muitos bancos comunitários faziam a conta-
                            J. M. – Em primeiro lugar, devemos
                                       pri                                bilidade em cadernos.


    6                   Leia mais sobre os próximos passos de Joaquim
                        Melo no endereço eletrônico: www.job360.com.br/
                                                                                     Papel reciclável de origem certificada
                        conscienciaampla10
caso de sucesso


Vida simples e um grande ideal
Na vida, todos nós temos um sonho. O de           plano de defesa pela comunidade. Devemos
João Luiz Ramos, líder do quilombo Fazenda        lutar por isso, essa forma de pensar nos ca-
Santa Rita do Bracuí, é conseguir a titulação     racteriza e nos legitima. Conseguimos
das terras da comunidade, para que os legíti-     tudo juntos.”, explica. Ele aponta o pro-
mos donos do território possam viver de for-      jeto realizado com os jovens quilom-
ma digna e manter as tradições quilombolas.       bolas de conservação da cultura negra
Só assim ele acredita que será possível pre-      como uma ação que merece destaque.
servar a cultura negra em nosso país. Foi na      “É importante mostrarmos para a ju-
Fazenda Santa Rita do Bracuí que João nasceu      ventude o orgulho de ser quilombola.
e vive até hoje, criando seus dois filhos. Loca-   Hoje, por conta dos exemplos de vio-
lizada na cidade de Angra dos Reis (RJ), a área   lência social e preconceito vivenciados
de 1.380 hectares abriga cerca de 250 famí-       desde a escravidão, alguns expressam
lias e vive da lavoura de subsistência. Desde     resistência para assumir sua identidade. Por
maio deste ano, a comunidade de Seu João          isso, trabalhamos para aumentar esse senso de
é atendida pela área de Projetos Sociais da       pertencimento. Toda ação que promova bem-
Ampla. Os palestrantes ajudam os moradores        estar e qualidade de vida para os moradores
a se cadastrarem na Tarifa Social Baixa Ren-      de Santa Rita do Bracuí é bem-vinda”, enfatiza.
da e realizam palestras sobre educação para
o consumo consciente. (Saiba mais sobre este      João conta que seu grupo tem profundo res-
trabalho na reportagem Em Foco)                   peito pela natureza. “Desejamos passar essa
                                                                               os
                                                  noção de pai para filho. Hoje, por exemplo,
Depois de décadas trabalhando em favor da         o palmito não faz parte de nossa alimenta-
                                                                              ossa
comunidade – incluindo um período como            ção. Considero essa atitude uma prova de
                                                                               ma
presidente da Associação Quilombola, funda-       que queremos viver em harmonia com toda a
                                                                             nia
da em 2003 –, João se aposentou, deixando o       sociedade e o meio ambiente”. João se define
filho Edson em seu lugar. “A associação com-       como uma pessoa que preza a vida simples e
prova a constante luta do povo do quilombo        diz que sabe viver com pouco. “Gosto de pes-
                                                                                 Gosto
pela legitimação do território de Santa Rita do   car, andar pela mata, acampar e ‘tocar’ mi-
Brascuí”, conta. E emenda: “Temos de ser arti-    nha lavoura. A única coisa que o quilombola
culadores e trabalhar pelos direitos conquista-   consciente precisa é de seu espaço, de sua
                                                                                 aço,
dos com a Constituição Federal de 1988. Vou       terra. Eu vou continuar minha luta para
sempre defender os interesses da comunidade       cultivar as tradições e a cultura negra. Mi-
                                                                                     egra.
quilombola. Isso me orgulha e é a minha razão     nha vida é trabalhar pela comunidade e
                                                                                nidade
de viver”, confessa, emocionado.                  não medirei esforços para isso”, conclui.


Quilombo: expressivo
senso de coletividade

Quando perguntado se obteve alguma con-
quista significativa para os moradores do
quilombo, João responde: “Nenhum benefí-
cio alcançado pelo meu povo foi uma vitória
exclusivamente minha. Tudo faz parte de um


Papel reciclável de origem certificada                                                               7
capa




                                                                          Economia
                                                                          centrada
                                                                          no ser
                                                                          humano
                                                               Qual é o papel de   funciona assim: nos bancos comunitários, as
                                                           uma distribuidora       pessoas trocam seus reais por moedas locais
                                                        de energia? Engana-        – como o prevê, no Preventório, e o saracu-
                                                    se quem responde que é         ra, em Saracuruna. No comércio da região,
                                               apenas o de fornecer luz para       as compras feitas em dinheiro social têm des-
                                        seus clientes, pelo menos no caso da       conto, que pode chegar a 20%.
                                         Ampla. A grande prova foi dada nos
                                          dias 13 e 14 de setembro, quando         O projeto integra a plataforma Consciência
                                          foram inaugurados os dois primeiros      Ampla, em sua linha de atuação voltada para
                                          bancos comunitários do Brasil apoia-     geração de renda e desenvolvimento local,
                                          dos por uma empresa privada. Um          sempre com estímulo ao consumo consciente.
                                         desses bancos foi aberto no Morro do      Integrantes das redes de lideranças comunitá-
                                        Preventório, em Niterói. O outro, em       rias formadas pela empresa foram consultados
                                       Saracuruna, bairro de Duque de Caxias.      sobre a ação, sendo um deles diretamente en-
                                     Com eles, as duas comunidades fluminen-        volvido na implantação do Banco Saracuruna.
                                   ses poderão crescer gerando renda, com li-      “Nossa razão de ser é iluminar a vida das pes-
                                nha de microcrédito alternativo e moeda social     soas. Ao apostarmos nesses projetos, colabo-
                                que só circula internamente.                       ramos para gerar empregos e oportunidades.
                                                                                   Também contribuímos para o progresso do
    ‘Nossa razão de ser         Ao contrário dos bancos comuns, esse tipo de       Preventório e de Saracuruna como um todo”,
   é iluminar a vida das        instituição financeira se caracteriza por não       destaca Marcelo Llévenes, responsável pela
pessoas. Ao apostarmos          ter um dono. Todos os moradores da área            Ampla e pela Endesa Brasil.
                                onde ela está instalada participam de alguma
         nesses projetos,       forma de seu gerenciamento, e os lucros com        Entre 2011 e 2012, a Ampla investirá R$ 1
       colaboramos para         as transações vão para a própria comunida-         milhão neste projeto, que pode beneficiar
       gerar empregos e         de. Seu ponto forte é dar acesso a serviços        cerca de 130 mil pessoas. “A ideia surgiu por
                                bancários para pessoas que estão excluídas         meio de um funcionário, pelo Programa de
          oportunidades’
             Marcelo Llévenes   do sistema financeiro tradicional. Na prática,      Inovação da empresa. Vimos a coerência com


      8                                                                                       Papel reciclável de origem certificada
‘Somos, de fato,
                                                                                                      uma comunidade,
                                                                                                    no sentido de
                                                                                                    comungar dos
                                                                                                    mesmos ideais’
                                                                                                    Marcos Rodrigo Ferreira
                                                uma responsabilidade muito grande. Só acei-
                                                tei porque somos, de fato, uma comunidade,
                                                no sentido de comungar dos mesmos ideais”,
                                                afirma. (leia mais sobre economia solidária em
                                                Rede do Saber, na página 14)
os objetivos do Consciência Ampla e avalia-
mos o projeto com as comunidades e a UFF.       Em Duque de Caxias, a iniciativa já é conside-
É uma parceria que vem dando certo”, afirma      rada bem-sucedida por Maria da Penha dos
Gislene Rodrigues, responsável pela área de     Santos, de 31 anos. Ela, que tinha o sonho de
Projetos Sociais da Ampla. Além de patroci-     trabalhar como bancária, agora faz parte da
nar e acompanhar o projeto, a Ampla avança      equipe do Banco Saracuruna. “Este é meu pri-
ainda mais ao estabelecer também relações       meiro emprego com carteira assinada. Já há
de negócio com os bancos. “O pagamento          bastante gente frequentando o banco, o des-
de contas de luz nos bancos comunitários po-    conto vale a pena. É uma grande oportunida-
tencializa ainda mais a sustentabilidade des-   de para Saracuruna”, destaca. O aposentado
tas instituições”, completa Gislene.            Julio Cesar Miguel faz coro. Ele é o presidente
                                                da Associação para Desenvolvimento Solidá-
Em Niterói, a família Ferreira é uma das mais   rio de Saracuruna, que administra o banco
engajadas. Seu Antônio é o dono do Maloca       comunitário. “O projeto está se desenvolven-
Bar, um dos estabelecimentos mais tradicio-     do melhor do que imaginávamos. Para garan-
nais do Preventório, e cedeu uma parte do       tir que tudo continue indo bem, a associação
local para a sede do banco. Já no primeiro      realiza reuniões quinzenais para avaliar os re-
dia de funcionamento da instituição, Seu        sultados e mudar o que for preciso”, conta.
Antônio aceitava os prevês, concedendo
10% de desconto a quem pagava na nova           Além da Ampla, participam do projeto a Uni-
moeda. Questionado sobre uma possível per-      versidade Federal Fluminense (UFF) e o Ins-
da, ele nega: “Não nos prejudica de forma       tituto Palmas – organização ligada ao Banco
alguma. Pelo contrário: acredito que agora as   Palmas, o primeiro banco comunitário do
vendas vão aumentar”, conta, empolgado.         país, que dá consultoria a instituições deste
                                                tipo em todo o Brasil. Ao todo, já existem 63
Marcos Rodrigo, o filho de Seu Antônio, é o      em todo o país. “Há 13 anos, muita gente
primeiro presidente do Banco Preventório.       disse que nosso projeto não sobreviveria.          ‘Fico feliz em ver que,
Ele foi escolhido pela Associação Preventório   Mas existe até hoje, e está se multiplicando.           pela primeira vez,
Solidário – criada especialmente para gerir     Fico feliz em ver que, pela primeira vez, uma      uma empresa acredita
o banco – por já ter experiência na área de     empresa acredita nesse sonho e vê a comuni-
Economia Solidária. Ele trouxe a administra-    dade como empreendedora”, conta Joaquim
                                                                                                       nesse sonho e vê a
ção participativa para o Banco Preventório, o   Melo, coordenador do Banco Palmas e do                 comunidade como
que considera o grande trunfo do empreen-       Instituto Palmas. (leia uma entrevista exclusiva         empreendedora’
dimento social. “Ser presidente do banco é      com Joaquim Melo na página 4)                                        Joaquim Melo


Papel reciclável de origem certificada                                                                                  9
capa

                                   União que faz o banco
Na Mídia
                                   A UFF atuou na mobilização das duas comu-                ras Bárbara França e Maria Lúcia Pontual, além
Mais de 40 reportagens na te-      nidades, além de ceder material de pesquisa e            de 12 bolsistas – das áreas de Ciências Sociais,
levisão, em jornais impressos,     um espaço no Preventório, que se transformou             Antropologia, Economia e até Psicologia – se
sites e rádios deram destaque      em anexo da instituição, que servirá para a re-          reúne semanalmente com os representantes
a inauguração dos bancos co-       alização de oficinas, como de consumo cons-               das associações comunitárias para dividir co-
munitários em Saracuruna e         ciente do programa Consciência Ampla, por                nhecimento. Ultimamente os encontros têm
no Preventório. No Bom Dia         exemplo. Fábio Passos, pró-reitor de Extensão            acontecido três vezes por semana.
Rio, da TV Globo, uma matéria      da UFF, acredita que, com este projeto, a uni-
de mais de dez minutos abor-       versidade cumpre seu papel. “Aproximamos a               Por meio de atividades teóricas e práticas,
dou cada detalhe do assunto,       UFF da comunidade, com o objetivo de criar               moradores de Saracuruna e do Preventório
inclusive com uma entrevista       uma parceria de conhecimento de mão dupla.               desenvolveram, pouco a pouco, bancos co-
do diretor de Comunicação          Da mesma forma que ensinamos, aprendemos                 munitários para chamar de seus. “Estes pro-
da Ampla, André Moragas.           muito com essas pessoas”, acredita.                      jetos só existem porque foram aceitos pelas
Na mídia impressa, o projeto                                                                comunidades. É um processo que possibilita o
foi assunto nos jornais O Glo-     A Incubadora de Empreendimentos em Eco-                  empoderamento da população, com ganhos
bo, Extra, O Dia, O Fluminen-      nomia Solidária da UFF faz a ligação entre a             não só econômicos, mas também políticos e
se e A Tribuna, entre outros.      universidade e os bancos comunitários. Desde             organizativos, na medida em que isso aumen-
Na rádio CBN, a reportagem         janeiro, a equipe comandada pelas professo-              ta a autoestima da população”, frisa Bárbara.
do Jornal da CBN destacava
a parceria da Ampla. E, entre
os portais que abordaram o
assunto, estavam Yahoo! e
Agência Brasil.
                                       Capacitação em
                                       busca do sucesso
                                            Em agosto, a Ampla participou da 3ª Oficina
                                                  Nacional de Multiplicadores na Meto-
                                                      dologia de Bancos Comunitários. O
                                                          evento, sediado em Fortaleza (CE),
                                                             durou três dias e reuniu representan-
                                                               tes de nove estados, da Caixa Econô-
                                                                mica Federal (CEF) e do Banco Nacional de
                                                                  Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, grupos
                                                                  envolvidos na gestão de bancos comunitários participaram de uma
                                                                   oficina de capacitação em atividades bancárias, aprendendo na
                                                                   prática sobre assuntos como sistema de crédito, abertura e fecha-
                                                                   mento de caixas etc.


                                                                  Ricardo Bomfim, analista de Projetos Sociais, visitou o Banco Palmas,
                                                                 com os demais participantes, para conhecer sua metodologia e estu-
                                                               dar a expansão do projeto de apoio a bancos comunitários. A Ampla
                                                             foi a única apoiar esse tipo de iniciativa no encontro, e coube a Ricardo
                                                           apresentá-lo na abertura. “Foram três dias de grande troca de experiências.
                                                       Ter visto o Banco Palmas de perto foi benéfico, pois todos lá tratam a economia
                                                   solidária com seriedade e têm muito a contribuir”, atesta.

                                 Assista a um vídeo exclusivo das inaugurações dos bancos
      10                         comunitários no endereço eletrônico: www.job360.com.br/               Papel reciclável de origem certificada
                                 conscienciaampla10
fique por dentro


Nasce a Cidade Inteligente
Projeto investirá cerca de R$ 30 milhões para transformar
balneário em modelo de eficiência energética

“A Ampla marcou um golaço.” Foi assim que        O projeto vai consumir cerca
o governador Sérgio Cabral definiu o lança-       de R$31 milhões e inclui
mento da Cidade Inteligente – Búzios, no úl-     mudanças      na     ilumi-
timo dia 11 de julho, no Palácio Guanabara.      nação     pública,   uso
Na ocasião, foram assinados convênios entre      de carros elétricos e
o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a         melhorias na distri-
Prefeitura de Búzios e a Endesa, controladora    buição de energia.
da Ampla, para a realização do projeto. A ini-   Marcelo     Llevénes,
ciativa visa transformar o município em um       presidente da En-
exemplo de cidade do futuro: sustentável,        desa    Brasil,    lem-
racional e eficiente.                             brou que, além de
                                                 diminuir os impactos
O balneário da Região dos Lagos será a           ambientais, a iniciati-
primeira Cidade Inteligente do país. “Essa       va deve reduzir o preço
é uma conquista muito importante”, disse         da energia na cidade, pois
Cabral. “Vivemos uma situação em que nin-        permitirá a cobrança de tarifas
guém sabe qual será o valor do petróleo em       diferenciadas por horário. “Os testes
10 ou 15 anos, e o esforço na busca por          realizados na Europa indicam que o preço
novas fontes de energia é mundial”, com-         pode cair entre 30% e 40%. Esse também é o
                                                                                                 “A Ampla marcou
pletou o governador.                             nosso objetivo aqui”, disse.
                                                                                                      um golaço”
                                                                                                        Sergio Cabral
Para o secretário de Desenvolvimento do          André Moragas, diretor de Relações Insti-
Rio, Júlio Bueno, a iniciativa se soma aos es-   tucionais e Comunicação da Ampla, por
forços para transformar o Estado na Capital      sua vez, observa que o projeto cria mais
da Energia no país. “O Rio tem uma econo-        um fator de atração em uma cidade que
mia fortemente ligada ao setor energético,       já é referência cultural e turística no país.
que tem a obrigação de apontar para o fu-        “A transformação de Búzios em Cidade In-
turo”, explicou. “Com o projeto, temos o         teligente ajudará a sustentar a economia
embrião para o desenvolvimento de novas          da cidade além do período do verão, dan-
tecnologias em Búzios.”                          do visibilidade ao município como polo de
                                                 tecnologia”, disse.
Para Mario Santos, presidente do Conselho
de Administração da Endesa Brasil, o Estado      Na prática, a Cidade Inteligente começa-
do Rio de Janeiro sai na frente com o pionei-    rá no próximo verão. Segundo Llévenes,
rismo da Cidade Inteligente – Búzios. “Esse      o primeiro passo é aprimorar a gestão de
projeto marcará o país. É um privilégio tra-     distribuição em Búzios, o que se refletirá
zer para cá a experiência da Endesa e da Enel    na melhoria da qualidade do serviço. Na
[empresas controladoras da Ampla] nessa          sequência, o projeto ficará mais visível para
área”, afirmou, lembrando        projetos seme-   a população, com a instalação de um novo
lhantes desenvolvidos pelas duas empresas        sistema de iluminação pública de LED, que
na Itália e na Espanha.                          consome 80% menos energia.


Papel reciclável de origem certificada                                                                       11
fique por dentro

                                    Carros e motos elétricas começam a circu-        nova geração de medidores inteligentes, que
                                    lar na cidade já no fim deste ano. “Também        virão da Europa. Esses aparelhos vão permitir
 Assista a um vídeo exclusivo do
 lançamento do projeto Cidade       teremos painéis solares para alimentar a ilu-    a cobrança de tarifas diferenciadas. “Essa eta-
 Inteligente – Búzios e leia mais
 sobre as inovações apresentadas    minação pública e sistemas eólicos com ar-       pa ainda depende da homologação dos me-
 no Citenel no endereço
 eletrônico: www.job360.com.br/     mazenamento de energia”, contou Llévenes.        didores, que devem ser instalados no começo
 conscienciaampla10                 Outro passo importante será a instalação da      de 2012”, concluiu.


Ampla apresenta inovações tecnológicas
Um poste de luz com apenas 25 quilos, para ser usado em zonas de desastre, para restabelecimento rápido do fornecimento de ener-
gia. Uma luva capaz de salvar vidas ao sinalizar para o técnico que existe tensão na rede. Um sistema que impede o roubo de energia
por meio de ligações clandestinas. Essas são algumas das inovações tecnológicas apresentadas pela Ampla no 6º Citenel, Congresso de
Inovação Tecnológica em Energia Elétrica, realizado em Fortaleza, entre 17 e 19 de agosto. “O evento foi uma prestação de contas do
setor para a agência reguladora e a sociedade”, diz Victor Gomes, responsável por Investimentos em Eficiência Energética da Ampla.


Algumas inovações apresentadas no evento serão aplicadas ao projeto Cidade Inteligente – Búzios. É o caso do aerogerador vertical,
especialmente projetado para funcionar em ambientes urbanos. “Esse equipamento permite produzir energia em escala menor,
com menos ruído, em áreas residenciais. Essa tecnologia não era fabricada no Brasil”, explica Gomes.


Outra tecnologia sem similar nacional, a ser usada em Búzios, é a Rede Mash, para otimizar a comunicação em smartgrids (redes de
energia inteligentes). O equipamento é importante para o gerenciamento do novo modelo de distribuição. Gomes ressalta: “Nosso
protótipo conseguiu um alcance de 400 a 1.000 metros, com custo abaixo do valor de mercado”.


Além disso, a Ampla também apresentou um projeto de faturamento para clientes provisórios. “Ele serve, por exemplo, para cobrar
a energia utilizada em um evento em local público”, diz Gomes. Ou para cobrar do motorista que reabastecer seu carro elétrico
em um poste da Cidade Inteligente – uma novidade mais próxima do que se imagina. “Essas inovações geram patentes para a
empresa, benefícios para os clientes e melhoram a qualidade da energia”, conclui Gomes.




   12                                                                                           Papel reciclável de origem certificada
em foco


Energia a favor da diversidade
Abordar a importância do consumo cons-               mos esse trabalho junto à concessionária para
ciente em diferentes comunidades tem sido            melhorar nosso fornecimento de energia e ga-
o grande desafio do Consciência Ampla. O              nhamos em troca um rico aprendizado. Temos
programa, que já passou por todas as regi-           pouco conhecimento sobre o tema, e as ins-
ões da área de concessão da distribuidora,           truções estão sendo vantajosas para a comuni-
chega agora a Angra dos Reis. O objetivo             dade”, afirma. Segundo ele, o grupo não tinha
principal é apresentar à Aldeia Indígena de          consciência, por exemplo, de que uma fiação
Sapucaí e ao Quilombo Santa Rita, ambos              emendada causa maior gasto de energia.
                                                                                                            Moradores da Ilha da Marambaia
localizados em Bracuí, o benefício da Tarifa
Social Baixa Renda e facilitar o atendimento         Na Aldeia Indígena de Sapucaí, em que a
a essas duas comunidades.                            energia elétrica chegou em 2008, por meio
                                                     do programa Luz Para Todos, a cons-
De acordo com Katia Ramos, especialista da           cientização tem sido prioridade.
Área de Projetos Sociais, as ações foram inicia-     “Chegávamos a gastar R$ 8 com
das em maio, a partir de uma parceria da Ampla       querosene por noite. Agora que
com a prefeitura de Angra dos Reis. A comu-          temos eletricidade, queremos
nidade quilombola, formada por cerca de 150          aprender mais sobre o tema.
famílias, e a aldeia indígena, com 87 casas regis-   As palestras foram ótimas, en-
tradas, foram auxiliadas pela equipe do Consci-      tretanto precisamos de mais
ência Ampla a se cadastrarem na Tarifa Social.       orientações para que as famí-
“Começamos o trabalho-piloto com esses gru-          lias modifiquem seus hábitos”,
pos porque queríamos alertá-los sobre o consu-       ressalta Domingos Karai Tataen-
mo consciente. O objetivo principal é fazer com      dy, vice-cacique da aldeia.
que eles reduzam o valor da tarifa, a ponto de
não precisarem pagar pela conta, e aprendam a
lidar com a energia elétrica”, explica.                 Eletricidade eficiente
                                                        A Ampla, em parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado do Rio

A especialista acrescenta que, segundo a lei            de Janeiro, inaugurou no dia 8 de setembro as obras de iluminação das Ilhas da

12.212/10, indígenas e quilombolas inscritos            Marambaia e de Jaguanum, em Mangaratiba, pelo projeto Luz Para Todos. Na

no CadÚnico têm direito de receber o bene-              ocasião, que ocorreu no Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia (Cadim), o

fício na conta de luz. Além disso, podem fi-             presidente da Endesa Brasil, Marcelo Llévenes, falou sobre a importância da ele-

car isentos do pagamento se consumirem até              tricidade para as comunidades das ilhas. “Essa energia pode ser usada em muitos

50 kWh mensais. “Em dois meses de projeto,              casos, mas o essencial é iluminar um lar, como estamos fazendo neste momento”.

conseguimos uma redução de 65% na conta                 Ao todo foram beneficiadas 425 famílias e mais de 2 mil pessoas.

de luz desses grupos por meio de palestras e
troca de lâmpadas convencionais por mode-               Nascido na Ilha da Marambaia, Dionato de Lima Eugênio comemora a ligação

los mais eficientes”, resume Katia.                      da energia elétrica. “Os gastos eram grandes com uso de lampião e vela e, sem
                                                        energia, estávamos excluídos da sociedade. Enxergamos esse momento como a

Mudança de hábitos                                      realização de um sonho”, comenta. Patrícia Macedo Mattos, moradora da Ilha

Presidente de Associação dos Moradores do               de Jaguanum, também ressalta a importância da iluminação. “Agora todos vão

Quilombo Santa Rita, Emerson Luís Ramos,                poder ter uma geladeira para guardar pescados, a principal fonte de renda dos

conhecido como Mec, aprova a parceria e                 moradores. Além disso, a obra preservou a natureza: não foram construídos pos-

elogia a equipe do Consciência Ampla. “Inicia-          tes no caminho das praias, nosso maior receio”, completa.


Papel reciclável de origem certificada                                                                                            13
rede do saber


                                                Solidariedade na
                                                 economia do dia a dia
                                                        A economia solidária        Essa forma de fazer economia surgiu na déca-
                                                         cresce no Brasil de ma-    da de 1980, como uma defesa dos cidadãos
                                                         neira cada vez mais or-    contra a exclusão social, buscando uma inser-
                                                          ganizada. Além de ge-     ção produtiva por meio de variadas formas de
                                                          rar renda, forma redes    trabalho autônomo, individual e coletivo. No
                                                         para transformar os        Brasil, essa alternativa para a geração de em-
                                                         paradigmas do desen-       prego e renda assumiu proporções notáveis,
                                                        volvimento econômico        a ponto de tornar a economia solidária uma
                                                       e da relação das pessoas     opção adotada por movimentos sociais e im-
                                                      com o meio ambiente. Em       portantes entidades da sociedade civil, como
                                                    resposta a essa demanda,        igrejas, sindicatos, universidades e partidos
                                                 o Governo Federal criou, em        políticos. Na passagem do século, políticas
                                              2003, a Secretaria Nacional de        públicas de fomento e apoio à economia so-
                                          Economia Solidária (Senaes), vincula-     lidária foram adotadas por muitos governos
                                     da ao Ministério do Trabalho e Emprego.        municipais e estaduais.
            Paul Singer (esq.) e
        Marcos Rodrigo Ferreira,   Nosso objetivo é viabilizar e coordenar ativi-
           presidente do Banco
                    Preventório    dades de apoio ao setor em todo o territó-       Como Secretário Nacional de Economia Soli-
                                   rio nacional, visando a geração de trabalho      dária, percebo vários movimentos desse tipo
                                   e renda, a inclusão social e a promoção do       no país. Um exemplo de que esse tipo de eco-
                                   desenvolvimento justo e solidário.               nomia contribui para erradicar a miséria é a
                                                                                    criação de bancos comunitários, como os que
                                   Obedecendo a alguns princípios básicos,          a Ampla lançou em comunidades de Niterói
                                   como posse coletiva dos meios de produção        e Duque de Caxias, em parceria com a UFF
                                   e autogestão dos negócios, a economia soli-      e o Banco Palmas. Geridos por associações
                                   dária cria relações de trabalho em que não há    de moradores, eles dispõem de uma moeda
                                   empregados ou empregadores, mas sócios,          social e oferecem empréstimos sem cobrar
                                   que visam o bem comum.                           juros, fomentando, assim, empreendimentos
                                                                                    nos bairros em que atuam, criando um finan-
                                                                                    ciamento solidário.


                                                                                    A economia solidária não é um receituário.
  Paul Singer e grupo
  da Incubadora de
                                                                                    Ela resulta de formação específica e/ou de um
Empreendimentos                                                                      aprendizado mediante sua prática. E, quem
    em Economia
Solidária da UFF                                                                       quiser saber mais sobre o assunto, pode
                                                                                        procurar orientação nas superintendên-
                                                                                          cias regionais do Ministério do Trabalho
                                                                                          e Emprego ou nos foros municipais e
                                                                                           estaduais de Economia Solidária.

                                                                                           Paul Singer é Secretário Nacional
                                                                                           de Economia Solidária


    14                                                                                         Papel reciclável de origem certificada
consciência digital


Ampliando os horizontes
Para expandir os meios de comunicação com           riódicas, nas quais são definidos os con-
os clientes, a Ampla lançou sua página oficial       teúdos, linguagens e condutas ado-
no Facebook. A rede de relacionamento per-          tadas pela empresa. Os gestores
mite compartilhar informações, arquivos de          também monitoram mensal-
vídeo, links e fotografias, o que aproxima a con-    mente os índices de aces-
cessionária do público em geral. Interatividade     sos à página. “Atualiza-
é a palavra de ordem no espaço, que integra         mos as informações
outros canais de relacionamento da empresa,         diariamente. Assim
como Twitter, Flickr e YouTube. No ar desde ju-     esperamos divulgar
lho, o ambiente traz publicações sobre projetos     de uma maneira
sociais, ações, investimentos e inovações.          mais abrangente
                                                    os projetos da
Em apenas dois meses, a página recebeu              Ampla. É impor-
18.405 visitas e foi “curtida” por mais de 250      tante pensarmos
pessoas, registrando crescimento de 54% entre       em todos os usu-
julho e agosto. “Na página do Facebook, não         ários: clientes,
pretendemos realizar atendimento ao cliente,        colaboradores e
até porque para isso temos outros canais dispo-     internautas em ge-
níveis. Nosso foco é a interação com o público,     ral”, avalia Manuela
queremos estar cada vez mais próximos, inte-        Oliveira, estagiária de
ragindo diretamente com os usuários. Muitos         Marketing e integrante da
colaboradores também participam e é uma for-        equipe do Facebook.
ma oficial de contato com eles”, explica Erika
Millan, especialista em Marketing da Ampla.


O layout foi customizado com grafismos e
com a logomarca da empresa, padrão já ado-
tado nos anúncios institucionais. Por meio
do canal, os internautas têm a oportunida-
de de ficar informados sobre o consumo
eficiente de energia, projetos inovado-
res – como o carro elétrico e o poste
de fibra de carbono –, além de inicia-
tivas como EcoAmpla, Ampla em Ação
e Cidade Inteligente. “O diferencial da
nossa página está na integração entre
as redes, proporcionando melhor nave-
gabilidade e divulgação dos nossos meios
de comunicação”, ressalta Erika.


O Facebook da Ampla é administrado por uma
equipe multidisciplinar, que realiza reuniões pe-



Papel reciclável de origem certificada                                                          15
Criatividade
     dicas                                                            e consciência
                                                                 • Vilão da economia, o ar-condicionado
                                                                   é responsável por cerca de um terço do
                                                                   gasto doméstico. Ligue o aparelho com

              Verão com                                            antecedência: a troca de calor é grada-
                                                                   tiva e evita o uso da potência máxima.

              economia                                             Verifique se as portas e janelas estão
                                                                   bem vedadas e instale o equipamen-
                                                                   to em um local alto, para que o ar frio
                    Dias ensolarados, praias lotadas e muita       desça e refrigere todo o ambiente;
                       energia consumida para manter as          • Evite passar muito tempo no banho e
                          bebidas geladas, o ar-condiciona-        use sempre a posição ‘verão’ ou ‘mor-
                            do ligado e o banho prolonga-          no’. O chuveiro elétrico consome qua-
                              do. Esse é o cenário do verão,       se 25% da energia de uma casa;
                               estação mais quente do ano,       • Abrir a porta da geladeira toda hora faz
                                em que o consumo de ener-          com que o motor do aparelho trabalhe
                                gia bate recordes considerá-       mais, aumentando o consumo. Guar-
                                 veis. No mês de dezembro,         dar alimentos quentes e colocar plásti-
                                 período em que acontecem          cos nas prateleiras também prejudica o
                                os festejos do Natal, os pis-      funcionamento;
                                ca-piscas deixam as árvores,     • As lâmpadas, atração indispensável no
                               casas, fachadas e cidades ilu-      Natal, devem ser de baixo consumo.
                              minadas, em clima natalino.          Procure desligá-las sempre que possível;
                             Tudo isso agrada aos olhos, mas     • Aproveite a ornamentação do ano pas-
                           desperdiça recursos. Para apro-         sado e use a criatividade para reinven-
                        veitar as festas e evitar os excessos,     tar a tradicional árvore. Enfeites con-
                     apostar na reciclagem e em itens eco-         feccionados em garrafas PET, jornais e
                  nômicos pode render bons frutos. Aprovei-        revistas antigas são opções originais.
              te as dicas para economizar!



     divirta-se




16                                                                        Papel reciclável de origem certificada

Más contenido relacionado

Destacado

Revista Visão Ampla 8ª edição
Revista Visão Ampla 8ª ediçãoRevista Visão Ampla 8ª edição
Revista Visão Ampla 8ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 3ª edição
Revista Visão Ampla 3ª ediçãoRevista Visão Ampla 3ª edição
Revista Visão Ampla 3ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 2ª edição
Revista Visão Ampla 2ª ediçãoRevista Visão Ampla 2ª edição
Revista Visão Ampla 2ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla - 11ª edição
Revista Consciência Ampla - 11ª ediçãoRevista Consciência Ampla - 11ª edição
Revista Consciência Ampla - 11ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglêsRevista Consciência Ampla 11ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglêsAmpla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglêsRevista Consciência Ampla - 10ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglêsAmpla Energia S.A.
 

Destacado (6)

Revista Visão Ampla 8ª edição
Revista Visão Ampla 8ª ediçãoRevista Visão Ampla 8ª edição
Revista Visão Ampla 8ª edição
 
Revista Visão Ampla 3ª edição
Revista Visão Ampla 3ª ediçãoRevista Visão Ampla 3ª edição
Revista Visão Ampla 3ª edição
 
Revista Visão Ampla 2ª edição
Revista Visão Ampla 2ª ediçãoRevista Visão Ampla 2ª edição
Revista Visão Ampla 2ª edição
 
Revista Consciência Ampla - 11ª edição
Revista Consciência Ampla - 11ª ediçãoRevista Consciência Ampla - 11ª edição
Revista Consciência Ampla - 11ª edição
 
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglêsRevista Consciência Ampla 11ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla 11ª edição em inglês
 
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglêsRevista Consciência Ampla - 10ª edição em inglês
Revista Consciência Ampla - 10ª edição em inglês
 

Similar a Consciência Ampla - Revista de responsabilidade socioambiental da Ampla

Revista Consciênca Ampla nº4
Revista Consciênca Ampla nº4Revista Consciênca Ampla nº4
Revista Consciênca Ampla nº4Ampla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla nº7
Revista Consciência Ampla nº7Revista Consciência Ampla nº7
Revista Consciência Ampla nº7Ampla Energia S.A.
 
Revista Consciencia Ampla nº5
Revista Consciencia Ampla nº5Revista Consciencia Ampla nº5
Revista Consciencia Ampla nº5Ampla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla nº2
Revista Consciência Ampla nº2Revista Consciência Ampla nº2
Revista Consciência Ampla nº2Ampla Energia S.A.
 
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãO
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãORevista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãO
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãOEndesa Brasil
 
Revista Consciência Ampla nº1
Revista Consciência Ampla nº1Revista Consciência Ampla nº1
Revista Consciência Ampla nº1Ampla Energia S.A.
 
CASE MASCOTE DESO
CASE MASCOTE DESOCASE MASCOTE DESO
CASE MASCOTE DESOConceito
 
SPedro em transição: apresentação
SPedro em transição: apresentaçãoSPedro em transição: apresentação
SPedro em transição: apresentaçãoAndaime Associação
 
8 jeitos de mudar o mundo para crianças
8 jeitos de mudar o mundo para crianças8 jeitos de mudar o mundo para crianças
8 jeitos de mudar o mundo para criançasMarisa Seara
 
Cidadão completo 32
Cidadão completo 32Cidadão completo 32
Cidadão completo 32aghipertexto
 
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinC
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinCSp Insights - itsNOON / Projeto CoinC
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinCEitan Rosenthal
 
Rtp2 5 dias 5 causas
Rtp2   5 dias 5 causasRtp2   5 dias 5 causas
Rtp2 5 dias 5 causasbvsportugal
 
Edição nº 102 informativo o serrano
Edição nº 102 informativo o serranoEdição nº 102 informativo o serrano
Edição nº 102 informativo o serranoEcos Alcântaras
 
Informativo consciencia ampla - Nº 12
Informativo consciencia ampla - Nº 12Informativo consciencia ampla - Nº 12
Informativo consciencia ampla - Nº 12Ampla Energia S.A.
 

Similar a Consciência Ampla - Revista de responsabilidade socioambiental da Ampla (20)

Revista Consciênca Ampla nº4
Revista Consciênca Ampla nº4Revista Consciênca Ampla nº4
Revista Consciênca Ampla nº4
 
Revista Consciência Ampla
Revista Consciência AmplaRevista Consciência Ampla
Revista Consciência Ampla
 
Revista Consciência Ampla 07
Revista Consciência Ampla 07Revista Consciência Ampla 07
Revista Consciência Ampla 07
 
Revista Consciência Ampla nº7
Revista Consciência Ampla nº7Revista Consciência Ampla nº7
Revista Consciência Ampla nº7
 
Revista Consciencia Ampla nº5
Revista Consciencia Ampla nº5Revista Consciencia Ampla nº5
Revista Consciencia Ampla nº5
 
Revista Consciência Ampla nº2
Revista Consciência Ampla nº2Revista Consciência Ampla nº2
Revista Consciência Ampla nº2
 
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãO
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãORevista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãO
Revista ConsciêNcia Ampla 2ª EdiçãO
 
Revista Consciência Ampla nº1
Revista Consciência Ampla nº1Revista Consciência Ampla nº1
Revista Consciência Ampla nº1
 
CASE MASCOTE DESO
CASE MASCOTE DESOCASE MASCOTE DESO
CASE MASCOTE DESO
 
Dog
DogDog
Dog
 
SPedro em transição: apresentação
SPedro em transição: apresentaçãoSPedro em transição: apresentação
SPedro em transição: apresentação
 
8 jeitos de mudar o mundo para crianças
8 jeitos de mudar o mundo para crianças8 jeitos de mudar o mundo para crianças
8 jeitos de mudar o mundo para crianças
 
8 jeitos criancas
8 jeitos criancas8 jeitos criancas
8 jeitos criancas
 
8 jeitos_criancas.pdf
8 jeitos_criancas.pdf8 jeitos_criancas.pdf
8 jeitos_criancas.pdf
 
Cidadão completo 32
Cidadão completo 32Cidadão completo 32
Cidadão completo 32
 
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinC
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinCSp Insights - itsNOON / Projeto CoinC
Sp Insights - itsNOON / Projeto CoinC
 
Rtp2 5 dias 5 causas
Rtp2   5 dias 5 causasRtp2   5 dias 5 causas
Rtp2 5 dias 5 causas
 
Edição nº 102 informativo o serrano
Edição nº 102 informativo o serranoEdição nº 102 informativo o serrano
Edição nº 102 informativo o serrano
 
Informativo consciencia ampla - Nº 12
Informativo consciencia ampla - Nº 12Informativo consciencia ampla - Nº 12
Informativo consciencia ampla - Nº 12
 
Revista Vitória do Riso 2012
Revista Vitória do Riso 2012Revista Vitória do Riso 2012
Revista Vitória do Riso 2012
 

Más de Ampla Energia S.A.

Ações sociais, educação e sustentabilidade
Ações sociais, educação e sustentabilidadeAções sociais, educação e sustentabilidade
Ações sociais, educação e sustentabilidadeAmpla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla 9ª Edição Inglês
Revista Consciência Ampla 9ª Edição InglêsRevista Consciência Ampla 9ª Edição Inglês
Revista Consciência Ampla 9ª Edição InglêsAmpla Energia S.A.
 
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglês
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglêsRevista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglês
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglêsAmpla Energia S.A.
 
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla Energia
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla EnergiaRelatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla Energia
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla EnergiaAmpla Energia S.A.
 
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)Ampla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 5ª edição
Revista Visão Ampla 5ª ediçãoRevista Visão Ampla 5ª edição
Revista Visão Ampla 5ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 9ª edição
Revista Visão Ampla 9ª ediçãoRevista Visão Ampla 9ª edição
Revista Visão Ampla 9ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 6ª edição
Revista Visão Ampla 6ª ediçãoRevista Visão Ampla 6ª edição
Revista Visão Ampla 6ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoRevista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 7ª edição
Revista Visão Ampla 7ª ediçãoRevista Visão Ampla 7ª edição
Revista Visão Ampla 7ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Revista Visão Ampla 1ª edição
Revista Visão Ampla 1ª ediçãoRevista Visão Ampla 1ª edição
Revista Visão Ampla 1ª ediçãoAmpla Energia S.A.
 
Medição Inteligente: uma abordagem de benefícios
Medição Inteligente: uma abordagem de benefíciosMedição Inteligente: uma abordagem de benefícios
Medição Inteligente: uma abordagem de benefíciosAmpla Energia S.A.
 
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia Elétrica
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia ElétricaEncargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia Elétrica
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia ElétricaAmpla Energia S.A.
 
Quem Somos: Ampla e Endesa Brasil
Quem Somos: Ampla e Endesa BrasilQuem Somos: Ampla e Endesa Brasil
Quem Somos: Ampla e Endesa BrasilAmpla Energia S.A.
 
O ONS no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro
O ONS no Contexto do Setor Elétrico BrasileiroO ONS no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro
O ONS no Contexto do Setor Elétrico BrasileiroAmpla Energia S.A.
 
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...Ampla Energia S.A.
 
Metodologias para Reduções Tarifárias
Metodologias para Reduções TarifáriasMetodologias para Reduções Tarifárias
Metodologias para Reduções TarifáriasAmpla Energia S.A.
 
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásProcel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásAmpla Energia S.A.
 

Más de Ampla Energia S.A. (20)

3º Boletim Desenvolver
3º Boletim Desenvolver3º Boletim Desenvolver
3º Boletim Desenvolver
 
Ações sociais, educação e sustentabilidade
Ações sociais, educação e sustentabilidadeAções sociais, educação e sustentabilidade
Ações sociais, educação e sustentabilidade
 
Revista Consciência Ampla 9ª Edição Inglês
Revista Consciência Ampla 9ª Edição InglêsRevista Consciência Ampla 9ª Edição Inglês
Revista Consciência Ampla 9ª Edição Inglês
 
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglês
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglêsRevista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglês
Revista Consciência Ampla 10ª edição - Em inglês
 
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla Energia
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla EnergiaRelatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla Energia
Relatório Anual de Sustentabilidade 2010 - Ampla Energia
 
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)
Cidade Inteligente Búzios (Smartcity)
 
Revista Visão Ampla 5ª edição
Revista Visão Ampla 5ª ediçãoRevista Visão Ampla 5ª edição
Revista Visão Ampla 5ª edição
 
Revista Visão Ampla 9ª edição
Revista Visão Ampla 9ª ediçãoRevista Visão Ampla 9ª edição
Revista Visão Ampla 9ª edição
 
Revista Visão Ampla 6ª edição
Revista Visão Ampla 6ª ediçãoRevista Visão Ampla 6ª edição
Revista Visão Ampla 6ª edição
 
Revista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª ediçãoRevista Visão Ampla 10ª edição
Revista Visão Ampla 10ª edição
 
Revista Visão Ampla 7ª edição
Revista Visão Ampla 7ª ediçãoRevista Visão Ampla 7ª edição
Revista Visão Ampla 7ª edição
 
Revista Visão Ampla 1ª edição
Revista Visão Ampla 1ª ediçãoRevista Visão Ampla 1ª edição
Revista Visão Ampla 1ª edição
 
Medição Inteligente: uma abordagem de benefícios
Medição Inteligente: uma abordagem de benefíciosMedição Inteligente: uma abordagem de benefícios
Medição Inteligente: uma abordagem de benefícios
 
Saneamento Energético
Saneamento EnergéticoSaneamento Energético
Saneamento Energético
 
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia Elétrica
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia ElétricaEncargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia Elétrica
Encargos e Tributos Sobre a Tarifa de Energia Elétrica
 
Quem Somos: Ampla e Endesa Brasil
Quem Somos: Ampla e Endesa BrasilQuem Somos: Ampla e Endesa Brasil
Quem Somos: Ampla e Endesa Brasil
 
O ONS no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro
O ONS no Contexto do Setor Elétrico BrasileiroO ONS no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro
O ONS no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro
 
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...
Palestra da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Ener...
 
Metodologias para Reduções Tarifárias
Metodologias para Reduções TarifáriasMetodologias para Reduções Tarifárias
Metodologias para Reduções Tarifárias
 
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásProcel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
 

Último

Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxGislaineDuresCruz
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptx
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptx
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxalessandraoliveira324
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024SamiraMiresVieiradeM
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullyingMary Alvarenga
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 

Último (20)

Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptxSlides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
Slides Lição 3, CPAD, O Céu - o Destino do Cristão, 2Tr24,.pptx
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptx
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptx
Combinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptxCombinatória.pptx
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 

Consciência Ampla - Revista de responsabilidade socioambiental da Ampla

  • 1. ano 3 I outubro • novembro • dezembro 2011 I nº 10 R E V I S T A A sua revista Ampla sobre responsabilidade socioambiental Ampla é a primeira empresa brasileira a apoiar bancos comunitários – págs. 8, 9 e 10 Joaquim Melo Confira a entrevista exclusiva com o fundador do Instituto Palmas, referência de organização popular voltada para a inclusão financeira no país – págs. 4, 5 e 6
  • 2. diálogo programe-se “Indico o @Conscienciampla Consciência Ampla na Tela para quem quer viver melhor usando de forma racional os Consciência Outubro Saquarema 28 recursos naturais!” (via Twitter) Rafael Guimarães Ampla na Maricá Novembro 29 “Todos nós devemos bus- Tela e sobre Teresópolis Petrópolis Santa Maria Madalena 11 12 18 car soluções para a reutili- zação dos diversos mate- Rodas Consciência Ampla sobre Rodas riais (valiosos) que jogamos Outubro Quer aprender mais sobre cinema fora. Tenho reutilizado as São Fidélis 3a7 e consumo consciente de energia? garrafas PET, os rolos de Rio das Ostras 10 a 14 Confira então as datas do Consciência Maricá 17 a 21 papel higiênico e as caixas Ampla na Tela e do Consciência Am- Rio Bonito 24 a 28 de papelão.” (via blog) pla sobre Rodas. Petrópolis 31 Eunice Batista Novembro Os demais projetos do Consciência Petrópolis 1a4 “Quero deixar aqui meus Ampla continuam percorrendo ci- Duque de Caxias 7 a 11 parabéns e registrar a ad- dades em 2011, levando cultura e Teresópolis 21 a 25 miração que tenho pelo educação para o consumo conscien- Itaboraí 28 a 30 trabalho da Ampla. Viverí- te. Acompanhe toda a programação Dezembro amos em um mundo me- pelo blog e pelo twitter do Consciên- Cachoeiras de Macacu 5a9 lhor se a responsabilidade Niterói 12 a 16 cia Ampla. social, hoje tão falada, ti- vesse ações mais práticas de todas as empresas. Que, transparência além das lâmpadas, a Am- pla consiga espalhar mais luzes para todos!” (via blog) Heloisa Vieira Um semestre de realizações Entre janeiro e junho de 2011, a maioria dos projetos do Consciência Ampla superou as expecta- tivas e atingiu um número maior de beneficiados. No caso do Projeto Férias sem Risco, realizado “@Conscienciampla por em junho deste ano, a história não foi diferente. Um total de 26.712 alunos da rede pública rece- um mundo melhor, sem- beu orientação sobre o perigo de soltar pipas perto da rede elétrica. Os resultados obtidos com os pre alerta.” (via Twitter) programas nos dão mais ânimo para seguirmos com nosso trabalho. E esperamos contar sempre Erivaldo Caico com sua colaboração nessa jornada. Projeto Número de beneficiados no 1º semestre META Consciência Ampla Saber 64.080 64.159 Consciência Ampla Cidadania 10.951 6.670 Consciência Ampla com Arte 3.625 3.200 Consciência Ampla Futuro 58.154 31.111 Consciência Ampla sobre Rodas 28.149 19.600 Consciência Ampla Oportunidade 634 650 Consciência Ampla na Tela 5.879 19.500 Consciência EcoAmpla 863 1.000 Consciência Ampla Cultural 18.060 15.000 Consciência Ampla Eficiente 16.108 14.000 TOTAL 234.834 174.890 2 Papel reciclável de origem certificada
  • 3. Cara a Cara ............................................. 4 índice Caso de Sucesso ...................................... 7 Capa ....................................................... 8 Fique por Dentro...................................11 Em Foco ................................................13 Rede do Saber .......................................14 Consciência Digital ................................15 Dicas .....................................................16 Divirta-se ...............................................16 editorial Pela valorização do ser humano Economia solidária: um conceito que tem se outro em Duque de Caxias – e contamos traduzido em prática por meio de projetos que cada detalhe destas duas inciativas que pro- se multiplicam como nunca. Um bom exem- metem desenvolver ainda mais as comuni- plo são as ações desenvolvidas pela Secretaria dades onde estão instaladas. Nacional de Economia Solidária (Senaes). Em Rede do Saber, Paul Singer, titular do órgão, Na seara tecnológica, você vai ver em Fique mostra que tem muito a dizer sobre esta forma por Dentro algumas novidades que a Ampla de produção, consumo e distribuição de rique- vem pesquisando. Para o último 6º Citenel, za centrada na valorização do ser humano. congresso de inovação em energia elétrica, le- vamos produtos como um poste de luz mais A sociedade civil também se movimenta leve – criado para garantir o restabelecimento nesse sentido. É o que conta Joaquim Melo, rápido do fornecimento de energia – e uma fundador do primeiro banco comunitário do luva que sinaliza a presença de tensão na rede. Brasil. Em Cara a Cara, ele conta como uma pergunta – “Por que somos pobres?” – foi res- Estes e outros assuntos foram escolhidos es- ponsável por uma rede que já ultrapassa 60 pecialmente para você. instituições do gênero país afora. Em nossa reportagem de capa, é possível Boa leitura! ver como a economia solidária pode tomar uma forma concreta, e bem perto de nós. Acompanhamos a inauguração dos dois pri- Marcelo Llévenes meiros bancos comunitários do país apoia- Responsável pela Ampla dos por uma empresa – um em Niterói e e pela Endesa Brasil Você conhece a Expediente versão on-line Publicação trimestral da Ampla. Criação e produção – Marketing Ampla: Denise Monteiro (Mb: 21.1407), da revista Tatianna Togashi, Patrícia Gismonti e Pryscilla Civelli; Projetos Sociais Ampla: Aladia Guerino, Cristiane Baena, Consciência Ampla? Felipe Conti, Gislene Rodrigues e Katia Ramos; Colaboração – Comunicação Externa e Responsabilidade Acesse www. Social Ampla: Janaína Vilella, Ana Paula Caporal e Beatriz Stutzel; Reportagem – Ana Clara Werneck, Annie Nielsen, Carlos Vasconcellos, Carolina Silveira, Letícia Mota, Lissandra Torres e Maíra Gonçalves. job360.com.br/ Coordenação Editorial – Ana Clara Werneck. Edição – Eliane Levy de Souza. Projeto Gráfico e Diagramação: conscienciaampla10 e Casa do Cliente Comunicação 360º. Revisão: Juliana Carvalho. Fotos: Antonio Pinheiro, Banco de Imagem confira uma revista com Casa do Cliente e Mazé Mixo. ainda mais conteúdo para você! Papel reciclável de origem certificada 3
  • 4. cara a cara Joaquim Melo Um sonhador com os pés no chão Joaquim Melo é o nome que está por trás do primeiro banco comunitário no Brasil. Seminarista na década de 1980, ele se mudou de Belém para Fortaleza com o objetivo de colaborar na prática para tornar a vida das pessoas melhor. Morando na comunidade Conjunto Palmeira, criou uma associa- ção de moradores e reuniu os vizinhos com uma pergunta: “Por que somos pobres?”. Noventa e seis assembleias depois, nasceu o Banco Palmas, (praticamente) sem dinheiro e com 5 mil donos, o número de moradores do bairro na época. A instituição fez sucesso e, totalmente envolvido com a inclusão social, ele abandonou o plano de ser padre. Hoje, dá palestras em todo o país e sonha com o dia em que os bancos comunitários serão legitimados pelo Estado. “Nunca estudei Economia, tudo o que sei aprendi com o povo”, conta ele, com a certeza dos que acreditam em um mundo melhor feito com as próprias mãos. É o que ele comprova nesta entrevista exclusiva que o coorde- nador do Banco Palmas e do Instituto Palmas concedeu à Consciência Ampla. Como surgiu a ideia de criar o Banco Palmas, o Foram 96 reuniões com os moradores para primeiro banco comunitário do Brasil? definir como manter o dinheiro deles ali. Em ‘A maneira como Joaquim Melo – Na década de 1980, depois 1998, o Banco Palmas surgiu, com o objetivo consumimos da urbanização da favela do Conjunto Pal- de estimular o desenvolvimento por meio da define a sociedade meira, em Fortaleza, seus moradores ficaram produção e do consumo locais, e esta é a ló- ainda mais pobres economicamente. Isso gica dos bancos comunitários até hoje. No úl- que queremos porque tiveram de passar a pagar contas de timo Mapa da Produção e do Consumo, feito construir’ luz, água, IPTU etc. Como o povo não tinha este ano, vimos que 93% dos moradores do dinheiro para isso, começou a ir embora do Conjunto Palmeira fazem compras lá. bairro. A grande pergunta que fizemos neste momento, e que originou o banco, foi “Por Na época, não havia iniciativas deste tipo que somos pobres?”. As pessoas diziam “Por- no Brasil. Você teve alguma fonte de inspi- que não temos dinheiro”. Mas não me con- ração externa? formava com esta resposta. J. M. – Tinha a referência do Grameen Bank, em Bangladesh [criado por Muhammad Yunus, Nesta época, conduzi o primeiro Mapa da conhecido como o banqueiro dos pobres]. Mas Produção e do Consumo – que até hoje é fei- era um banco bem diferente, pois só trabalhava to no Conjunto Palmeira: fomos de casa em com crédito produtivo para aldeias rurais. A nos- casa perguntando para as pessoas o que e sa ideia não era de apenas estimular a produção, onde consumiam. Como resultado, descobri- mas também o consumo, por meio de uma mo- mos que só 20% das pessoas faziam compras eda que só circulasse no bairro, para que as pes- no bairro. Ou seja: não eram pobres, pois soas consumissem majoritariamente ali. A ideia tinham algum dinheiro. A verdade é que se do Banco Palmas foi completamente endógena. empobreciam, na medida em que perdiam suas poupanças locais comprando fora do A inovação do nosso banco foi o estímulo bairro produtos fabricados em outros lugares. ao consumo. Os pobres sempre produziram, 4 Papel reciclável de origem certificada
  • 5. mas não tinham para quem vender. Na ver- mais forte que já passei. Foi ali que dade, o problema é que historicamente só decidi que me comprometeria para compram dos ricos. A grande tecnologia so- o resto da vida com os pobres e me cial deste tipo de empreendimento é mos- dedicaria à superação da miséria. Em trar que a solução para os pobres está com 1984, o cardeal da época solicitou que eles mesmos. Cunhamos uma frase que usa- eu fosse morar no Conjunto Palmeira. Lá, mos sempre: “A maneira como consumimos não havia água, luz nem saneamento básico. define a sociedade que queremos construir”. Criei a associação de moradores e trabalhava na comunidade. Em 1988, eu deveria me or- As pessoas reclamam da violência juvenil, mas denar, mas já era presidente da associação e não entendem que, quando alguém compra estava muito envolvido com a missão. Decidi um produto de uma multinacional em um hiper- abandonar o futuro como padre e continuar mercado, está estimulando o desemprego em morando no Conjunto Palmeira. sua própria comunidade, e a violência advém ‘Em 1988, eu daí. Queremos uma sociedade igualitária, que Quando reuniu as pessoas para fazer as assem- distribui renda e dá oportunidade para os mais bleias antes de formar o banco, você tinha algum deveria me pobres. Quando a Ampla cria na comunidade conhecimento formal de Economia ou Finanças? ordenar, mas já um fundo de crédito, como está fazendo no Pre- J. M. – Nunca estudei Economia. Tudo o que sei era presidente ventório (Niterói), e em Saracuruna (Duque de sobre o assunto aprendi com o povo. As pesso- da associação Caxias), está apostando que a comunidade pode as têm a ideia de que Economia é para econo- resolver seus problemas econômicos – e isso vai mistas, mas os mais pobres praticam Economia [de moradores] muito além de pagar a conta de luz em dia. Doméstica com perfeição. Eles precisam de e estava muito Educação Financeira para pensar em negócios, envolvido com Já temos 64 bancos comunitários no Brasil – mas têm desejo de pagar suas contas em dia. contando com os do Preventório e de Saracu- a missão. Decidi runa. Estas instituições não têm filiais, nenhu- Essas pessoas são socioeconomistas popula- abandonar o futuro ma é dona da outra, todas são organizadas res, pois o mais importante na relação eco- como padre e em rede. Temos o projeto de um dia fazer um nômica é a sociedade, não a economia, o in- ficar no Conjunto corredor comercial, para que um banco pos- verso do capitalismo, em que se “topa tudo sa vender para o outro os produtos que sua por dinheiro”. A lógica da economia solidária Palmeira’ comunidade fabrique. Hoje, temos uma rede é que o dinheiro está a serviço das pessoas, de troca de tecnologia, mas queremos fazer e não o contrário. Não há donos no Banco outra, de negócios. Mas o primeiro passo é Palmas, toda a comunidade é proprietária, fortalecer o desenvolvimento regional. desde o bêbado que fica na praça ao homem mais rico, que tem um pequeno comércio. Como você chegou ao Conjunto Palmeira? J. M. – Vim na década de 1980, como semina- Hoje você é uma autoridade em bancos comu- rista. Morava em um seminário tradicional em nitários. Pessoas do Brasil inteiro lhe pedem Belém, onde cheguei aos 11 anos de idade. consultoria. Como você vê esse retorno? Mas me angustiava ficar longe das pessoas, J. M. – Quando o Banco Palmas começou a dar queria colaborar na prática para uma sociedade resultados, recebemos convites de prefeituras e melhor. Soube que em Fortaleza havia um pro- comunidades de várias partes do país, pedindo jeto chamado Padres da Favela e, aos 22 anos, orientação. Por isso, criamos, em 2003, o Ins- me mudei. No primeiro ano, morei na Rampa tituto Palmas, uma Organização da Sociedade do Lixo, ao lado do lixão da cidade. Viver com Civil de Interesse Público (Oscip). E saímos pelo os catadores foi uma experiência muito forte, a Brasil em uma cruzada, dizendo que as co- Papel reciclável de origem certificada 5
  • 6. munidades não precisam depender dos gran- falar das semelhanças entre esses bancos. des bancos, pois eles não foram criados para Todos passaram pelo mesmo processo: atender os pobres, não têm capilaridade para um seminário inicial de sensibilização, isso. A grande tarefa do Instituto Palmas são as para saber da comunidade se ela quer ou milhares de palestras que fazemos pelo país. não o banco comunitário – lembrando Tanto nas comunidades quanto nos governos, que, nesse caso, ela terá de geri-lo. A dife- nas universidades e nos próprios bancos. Nosso rença é a fonte do financiamento. Quan- discurso é “não queremos competir com vocês, do o Banco Palmas começou, não tinha queremos ser complementares”. E, felizmente, recursos. O pouco capital inicial veio do os bancos comunitários são discutidos hoje em povo. Depois que a iniciativa provou ser dia em todas as esferas do país. sustentável, governos e instituições passa- ram a investir. Há uma lei da deputada Luiza Erundina, que está tramitando no Congresso, para regula- O fato de os recursos serem oriundos de mentar os bancos comunitários como entes fi- fontes externas à comunidade não é proble- nanceiros no Brasil. Seria um avanço o governo ma, desde que os moradores estejam cons- reconhecer que, além dos bancos públicos e cientes e motivados a arcar com as respon- dos privados, há os comunitários. Mas já avan- sabilidades do banco. No caso do Palmas, ‘O mais importante çamos nesse sentido: o Banco Central tem um erramos muito. A vantagem das comunida- departamento para discutir o assunto. Além dis- des que começam agora é que houve mui- na relação so, há mais de 15 universidades no país – como tos testes, os erros não se repetem. O papel econômica é a UFF, UFBA, FGV e USP – que criaram núcleos e da Ampla neste caso é importantíssimo. É sociedade, não a formaram cursos para estudar esses bancos. a primeira vez que uma empresa privada economia’ ajuda a criar um banco comunitário. E cer- E temos orgulho de s saber que essa ideia não tamente o do Preventório e o de Saracuruna nasceu em um grande centro acadêmico nem serão observados de perto, como case. na Europa. Veio da pe periferia do Nordeste. Não diria que sou uma au autoridade, só estou cum- Um exemplo de aprendizado é com relação prindo a missão de mostrar essa alternativa. m à gestão do banco. Até hoje, no Palmas, Segundo o Ipea, 52% da população brasilei- tudo é feito por meio de planilhas de Excel, s ra não têm acesso a serviços financeiros nem não temos softwares, o que passou a ser im- bancários (crédito, co conta corrente, poupan- perativo. Mas, com 3,8 mil clientes ativos, já ça, banco próximo de casa etc.). O Brasil tem não há planilha que suporte. um demanda enorme de uma p pessoas que querem ser Por falta de dados consolidados, alguns in- incluídas nesse sistema. vestidores em potencial ainda questionam os resultados dos bancos comunitários. Até de- Quais as diferenças en- zembro, implantaremos um software de ges- tre o Banco Palmas, que tão de carteira, para contabilizar o número nasceu da comunidade, de clientes, a porcentagem de inadimplência, em relação aos associa- os empregos gerados, o percentual de cresci- d a prefeituras e aos dos mento de cada negócio, o aumento da renda b bancos do Preventório e de cada comunidade etc. Isso vai abrir portas Sa de Saracuruna, que estão sur- para nós. Para se ter uma ideia, há três anos ap gindo com o apoio de uma empresa? muitos bancos comunitários faziam a conta- J. M. – Em primeiro lugar, devemos pri bilidade em cadernos. 6 Leia mais sobre os próximos passos de Joaquim Melo no endereço eletrônico: www.job360.com.br/ Papel reciclável de origem certificada conscienciaampla10
  • 7. caso de sucesso Vida simples e um grande ideal Na vida, todos nós temos um sonho. O de plano de defesa pela comunidade. Devemos João Luiz Ramos, líder do quilombo Fazenda lutar por isso, essa forma de pensar nos ca- Santa Rita do Bracuí, é conseguir a titulação racteriza e nos legitima. Conseguimos das terras da comunidade, para que os legíti- tudo juntos.”, explica. Ele aponta o pro- mos donos do território possam viver de for- jeto realizado com os jovens quilom- ma digna e manter as tradições quilombolas. bolas de conservação da cultura negra Só assim ele acredita que será possível pre- como uma ação que merece destaque. servar a cultura negra em nosso país. Foi na “É importante mostrarmos para a ju- Fazenda Santa Rita do Bracuí que João nasceu ventude o orgulho de ser quilombola. e vive até hoje, criando seus dois filhos. Loca- Hoje, por conta dos exemplos de vio- lizada na cidade de Angra dos Reis (RJ), a área lência social e preconceito vivenciados de 1.380 hectares abriga cerca de 250 famí- desde a escravidão, alguns expressam lias e vive da lavoura de subsistência. Desde resistência para assumir sua identidade. Por maio deste ano, a comunidade de Seu João isso, trabalhamos para aumentar esse senso de é atendida pela área de Projetos Sociais da pertencimento. Toda ação que promova bem- Ampla. Os palestrantes ajudam os moradores estar e qualidade de vida para os moradores a se cadastrarem na Tarifa Social Baixa Ren- de Santa Rita do Bracuí é bem-vinda”, enfatiza. da e realizam palestras sobre educação para o consumo consciente. (Saiba mais sobre este João conta que seu grupo tem profundo res- trabalho na reportagem Em Foco) peito pela natureza. “Desejamos passar essa os noção de pai para filho. Hoje, por exemplo, Depois de décadas trabalhando em favor da o palmito não faz parte de nossa alimenta- ossa comunidade – incluindo um período como ção. Considero essa atitude uma prova de ma presidente da Associação Quilombola, funda- que queremos viver em harmonia com toda a nia da em 2003 –, João se aposentou, deixando o sociedade e o meio ambiente”. João se define filho Edson em seu lugar. “A associação com- como uma pessoa que preza a vida simples e prova a constante luta do povo do quilombo diz que sabe viver com pouco. “Gosto de pes- Gosto pela legitimação do território de Santa Rita do car, andar pela mata, acampar e ‘tocar’ mi- Brascuí”, conta. E emenda: “Temos de ser arti- nha lavoura. A única coisa que o quilombola culadores e trabalhar pelos direitos conquista- consciente precisa é de seu espaço, de sua aço, dos com a Constituição Federal de 1988. Vou terra. Eu vou continuar minha luta para sempre defender os interesses da comunidade cultivar as tradições e a cultura negra. Mi- egra. quilombola. Isso me orgulha e é a minha razão nha vida é trabalhar pela comunidade e nidade de viver”, confessa, emocionado. não medirei esforços para isso”, conclui. Quilombo: expressivo senso de coletividade Quando perguntado se obteve alguma con- quista significativa para os moradores do quilombo, João responde: “Nenhum benefí- cio alcançado pelo meu povo foi uma vitória exclusivamente minha. Tudo faz parte de um Papel reciclável de origem certificada 7
  • 8. capa Economia centrada no ser humano Qual é o papel de funciona assim: nos bancos comunitários, as uma distribuidora pessoas trocam seus reais por moedas locais de energia? Engana- – como o prevê, no Preventório, e o saracu- se quem responde que é ra, em Saracuruna. No comércio da região, apenas o de fornecer luz para as compras feitas em dinheiro social têm des- seus clientes, pelo menos no caso da conto, que pode chegar a 20%. Ampla. A grande prova foi dada nos dias 13 e 14 de setembro, quando O projeto integra a plataforma Consciência foram inaugurados os dois primeiros Ampla, em sua linha de atuação voltada para bancos comunitários do Brasil apoia- geração de renda e desenvolvimento local, dos por uma empresa privada. Um sempre com estímulo ao consumo consciente. desses bancos foi aberto no Morro do Integrantes das redes de lideranças comunitá- Preventório, em Niterói. O outro, em rias formadas pela empresa foram consultados Saracuruna, bairro de Duque de Caxias. sobre a ação, sendo um deles diretamente en- Com eles, as duas comunidades fluminen- volvido na implantação do Banco Saracuruna. ses poderão crescer gerando renda, com li- “Nossa razão de ser é iluminar a vida das pes- nha de microcrédito alternativo e moeda social soas. Ao apostarmos nesses projetos, colabo- que só circula internamente. ramos para gerar empregos e oportunidades. Também contribuímos para o progresso do ‘Nossa razão de ser Ao contrário dos bancos comuns, esse tipo de Preventório e de Saracuruna como um todo”, é iluminar a vida das instituição financeira se caracteriza por não destaca Marcelo Llévenes, responsável pela pessoas. Ao apostarmos ter um dono. Todos os moradores da área Ampla e pela Endesa Brasil. onde ela está instalada participam de alguma nesses projetos, forma de seu gerenciamento, e os lucros com Entre 2011 e 2012, a Ampla investirá R$ 1 colaboramos para as transações vão para a própria comunida- milhão neste projeto, que pode beneficiar gerar empregos e de. Seu ponto forte é dar acesso a serviços cerca de 130 mil pessoas. “A ideia surgiu por bancários para pessoas que estão excluídas meio de um funcionário, pelo Programa de oportunidades’ Marcelo Llévenes do sistema financeiro tradicional. Na prática, Inovação da empresa. Vimos a coerência com 8 Papel reciclável de origem certificada
  • 9. ‘Somos, de fato, uma comunidade, no sentido de comungar dos mesmos ideais’ Marcos Rodrigo Ferreira uma responsabilidade muito grande. Só acei- tei porque somos, de fato, uma comunidade, no sentido de comungar dos mesmos ideais”, afirma. (leia mais sobre economia solidária em Rede do Saber, na página 14) os objetivos do Consciência Ampla e avalia- mos o projeto com as comunidades e a UFF. Em Duque de Caxias, a iniciativa já é conside- É uma parceria que vem dando certo”, afirma rada bem-sucedida por Maria da Penha dos Gislene Rodrigues, responsável pela área de Santos, de 31 anos. Ela, que tinha o sonho de Projetos Sociais da Ampla. Além de patroci- trabalhar como bancária, agora faz parte da nar e acompanhar o projeto, a Ampla avança equipe do Banco Saracuruna. “Este é meu pri- ainda mais ao estabelecer também relações meiro emprego com carteira assinada. Já há de negócio com os bancos. “O pagamento bastante gente frequentando o banco, o des- de contas de luz nos bancos comunitários po- conto vale a pena. É uma grande oportunida- tencializa ainda mais a sustentabilidade des- de para Saracuruna”, destaca. O aposentado tas instituições”, completa Gislene. Julio Cesar Miguel faz coro. Ele é o presidente da Associação para Desenvolvimento Solidá- Em Niterói, a família Ferreira é uma das mais rio de Saracuruna, que administra o banco engajadas. Seu Antônio é o dono do Maloca comunitário. “O projeto está se desenvolven- Bar, um dos estabelecimentos mais tradicio- do melhor do que imaginávamos. Para garan- nais do Preventório, e cedeu uma parte do tir que tudo continue indo bem, a associação local para a sede do banco. Já no primeiro realiza reuniões quinzenais para avaliar os re- dia de funcionamento da instituição, Seu sultados e mudar o que for preciso”, conta. Antônio aceitava os prevês, concedendo 10% de desconto a quem pagava na nova Além da Ampla, participam do projeto a Uni- moeda. Questionado sobre uma possível per- versidade Federal Fluminense (UFF) e o Ins- da, ele nega: “Não nos prejudica de forma tituto Palmas – organização ligada ao Banco alguma. Pelo contrário: acredito que agora as Palmas, o primeiro banco comunitário do vendas vão aumentar”, conta, empolgado. país, que dá consultoria a instituições deste tipo em todo o Brasil. Ao todo, já existem 63 Marcos Rodrigo, o filho de Seu Antônio, é o em todo o país. “Há 13 anos, muita gente primeiro presidente do Banco Preventório. disse que nosso projeto não sobreviveria. ‘Fico feliz em ver que, Ele foi escolhido pela Associação Preventório Mas existe até hoje, e está se multiplicando. pela primeira vez, Solidário – criada especialmente para gerir Fico feliz em ver que, pela primeira vez, uma uma empresa acredita o banco – por já ter experiência na área de empresa acredita nesse sonho e vê a comuni- Economia Solidária. Ele trouxe a administra- dade como empreendedora”, conta Joaquim nesse sonho e vê a ção participativa para o Banco Preventório, o Melo, coordenador do Banco Palmas e do comunidade como que considera o grande trunfo do empreen- Instituto Palmas. (leia uma entrevista exclusiva empreendedora’ dimento social. “Ser presidente do banco é com Joaquim Melo na página 4) Joaquim Melo Papel reciclável de origem certificada 9
  • 10. capa União que faz o banco Na Mídia A UFF atuou na mobilização das duas comu- ras Bárbara França e Maria Lúcia Pontual, além Mais de 40 reportagens na te- nidades, além de ceder material de pesquisa e de 12 bolsistas – das áreas de Ciências Sociais, levisão, em jornais impressos, um espaço no Preventório, que se transformou Antropologia, Economia e até Psicologia – se sites e rádios deram destaque em anexo da instituição, que servirá para a re- reúne semanalmente com os representantes a inauguração dos bancos co- alização de oficinas, como de consumo cons- das associações comunitárias para dividir co- munitários em Saracuruna e ciente do programa Consciência Ampla, por nhecimento. Ultimamente os encontros têm no Preventório. No Bom Dia exemplo. Fábio Passos, pró-reitor de Extensão acontecido três vezes por semana. Rio, da TV Globo, uma matéria da UFF, acredita que, com este projeto, a uni- de mais de dez minutos abor- versidade cumpre seu papel. “Aproximamos a Por meio de atividades teóricas e práticas, dou cada detalhe do assunto, UFF da comunidade, com o objetivo de criar moradores de Saracuruna e do Preventório inclusive com uma entrevista uma parceria de conhecimento de mão dupla. desenvolveram, pouco a pouco, bancos co- do diretor de Comunicação Da mesma forma que ensinamos, aprendemos munitários para chamar de seus. “Estes pro- da Ampla, André Moragas. muito com essas pessoas”, acredita. jetos só existem porque foram aceitos pelas Na mídia impressa, o projeto comunidades. É um processo que possibilita o foi assunto nos jornais O Glo- A Incubadora de Empreendimentos em Eco- empoderamento da população, com ganhos bo, Extra, O Dia, O Fluminen- nomia Solidária da UFF faz a ligação entre a não só econômicos, mas também políticos e se e A Tribuna, entre outros. universidade e os bancos comunitários. Desde organizativos, na medida em que isso aumen- Na rádio CBN, a reportagem janeiro, a equipe comandada pelas professo- ta a autoestima da população”, frisa Bárbara. do Jornal da CBN destacava a parceria da Ampla. E, entre os portais que abordaram o assunto, estavam Yahoo! e Agência Brasil. Capacitação em busca do sucesso Em agosto, a Ampla participou da 3ª Oficina Nacional de Multiplicadores na Meto- dologia de Bancos Comunitários. O evento, sediado em Fortaleza (CE), durou três dias e reuniu representan- tes de nove estados, da Caixa Econô- mica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, grupos envolvidos na gestão de bancos comunitários participaram de uma oficina de capacitação em atividades bancárias, aprendendo na prática sobre assuntos como sistema de crédito, abertura e fecha- mento de caixas etc. Ricardo Bomfim, analista de Projetos Sociais, visitou o Banco Palmas, com os demais participantes, para conhecer sua metodologia e estu- dar a expansão do projeto de apoio a bancos comunitários. A Ampla foi a única apoiar esse tipo de iniciativa no encontro, e coube a Ricardo apresentá-lo na abertura. “Foram três dias de grande troca de experiências. Ter visto o Banco Palmas de perto foi benéfico, pois todos lá tratam a economia solidária com seriedade e têm muito a contribuir”, atesta. Assista a um vídeo exclusivo das inaugurações dos bancos 10 comunitários no endereço eletrônico: www.job360.com.br/ Papel reciclável de origem certificada conscienciaampla10
  • 11. fique por dentro Nasce a Cidade Inteligente Projeto investirá cerca de R$ 30 milhões para transformar balneário em modelo de eficiência energética “A Ampla marcou um golaço.” Foi assim que O projeto vai consumir cerca o governador Sérgio Cabral definiu o lança- de R$31 milhões e inclui mento da Cidade Inteligente – Búzios, no úl- mudanças na ilumi- timo dia 11 de julho, no Palácio Guanabara. nação pública, uso Na ocasião, foram assinados convênios entre de carros elétricos e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a melhorias na distri- Prefeitura de Búzios e a Endesa, controladora buição de energia. da Ampla, para a realização do projeto. A ini- Marcelo Llevénes, ciativa visa transformar o município em um presidente da En- exemplo de cidade do futuro: sustentável, desa Brasil, lem- racional e eficiente. brou que, além de diminuir os impactos O balneário da Região dos Lagos será a ambientais, a iniciati- primeira Cidade Inteligente do país. “Essa va deve reduzir o preço é uma conquista muito importante”, disse da energia na cidade, pois Cabral. “Vivemos uma situação em que nin- permitirá a cobrança de tarifas guém sabe qual será o valor do petróleo em diferenciadas por horário. “Os testes 10 ou 15 anos, e o esforço na busca por realizados na Europa indicam que o preço novas fontes de energia é mundial”, com- pode cair entre 30% e 40%. Esse também é o “A Ampla marcou pletou o governador. nosso objetivo aqui”, disse. um golaço” Sergio Cabral Para o secretário de Desenvolvimento do André Moragas, diretor de Relações Insti- Rio, Júlio Bueno, a iniciativa se soma aos es- tucionais e Comunicação da Ampla, por forços para transformar o Estado na Capital sua vez, observa que o projeto cria mais da Energia no país. “O Rio tem uma econo- um fator de atração em uma cidade que mia fortemente ligada ao setor energético, já é referência cultural e turística no país. que tem a obrigação de apontar para o fu- “A transformação de Búzios em Cidade In- turo”, explicou. “Com o projeto, temos o teligente ajudará a sustentar a economia embrião para o desenvolvimento de novas da cidade além do período do verão, dan- tecnologias em Búzios.” do visibilidade ao município como polo de tecnologia”, disse. Para Mario Santos, presidente do Conselho de Administração da Endesa Brasil, o Estado Na prática, a Cidade Inteligente começa- do Rio de Janeiro sai na frente com o pionei- rá no próximo verão. Segundo Llévenes, rismo da Cidade Inteligente – Búzios. “Esse o primeiro passo é aprimorar a gestão de projeto marcará o país. É um privilégio tra- distribuição em Búzios, o que se refletirá zer para cá a experiência da Endesa e da Enel na melhoria da qualidade do serviço. Na [empresas controladoras da Ampla] nessa sequência, o projeto ficará mais visível para área”, afirmou, lembrando projetos seme- a população, com a instalação de um novo lhantes desenvolvidos pelas duas empresas sistema de iluminação pública de LED, que na Itália e na Espanha. consome 80% menos energia. Papel reciclável de origem certificada 11
  • 12. fique por dentro Carros e motos elétricas começam a circu- nova geração de medidores inteligentes, que lar na cidade já no fim deste ano. “Também virão da Europa. Esses aparelhos vão permitir Assista a um vídeo exclusivo do lançamento do projeto Cidade teremos painéis solares para alimentar a ilu- a cobrança de tarifas diferenciadas. “Essa eta- Inteligente – Búzios e leia mais sobre as inovações apresentadas minação pública e sistemas eólicos com ar- pa ainda depende da homologação dos me- no Citenel no endereço eletrônico: www.job360.com.br/ mazenamento de energia”, contou Llévenes. didores, que devem ser instalados no começo conscienciaampla10 Outro passo importante será a instalação da de 2012”, concluiu. Ampla apresenta inovações tecnológicas Um poste de luz com apenas 25 quilos, para ser usado em zonas de desastre, para restabelecimento rápido do fornecimento de ener- gia. Uma luva capaz de salvar vidas ao sinalizar para o técnico que existe tensão na rede. Um sistema que impede o roubo de energia por meio de ligações clandestinas. Essas são algumas das inovações tecnológicas apresentadas pela Ampla no 6º Citenel, Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica, realizado em Fortaleza, entre 17 e 19 de agosto. “O evento foi uma prestação de contas do setor para a agência reguladora e a sociedade”, diz Victor Gomes, responsável por Investimentos em Eficiência Energética da Ampla. Algumas inovações apresentadas no evento serão aplicadas ao projeto Cidade Inteligente – Búzios. É o caso do aerogerador vertical, especialmente projetado para funcionar em ambientes urbanos. “Esse equipamento permite produzir energia em escala menor, com menos ruído, em áreas residenciais. Essa tecnologia não era fabricada no Brasil”, explica Gomes. Outra tecnologia sem similar nacional, a ser usada em Búzios, é a Rede Mash, para otimizar a comunicação em smartgrids (redes de energia inteligentes). O equipamento é importante para o gerenciamento do novo modelo de distribuição. Gomes ressalta: “Nosso protótipo conseguiu um alcance de 400 a 1.000 metros, com custo abaixo do valor de mercado”. Além disso, a Ampla também apresentou um projeto de faturamento para clientes provisórios. “Ele serve, por exemplo, para cobrar a energia utilizada em um evento em local público”, diz Gomes. Ou para cobrar do motorista que reabastecer seu carro elétrico em um poste da Cidade Inteligente – uma novidade mais próxima do que se imagina. “Essas inovações geram patentes para a empresa, benefícios para os clientes e melhoram a qualidade da energia”, conclui Gomes. 12 Papel reciclável de origem certificada
  • 13. em foco Energia a favor da diversidade Abordar a importância do consumo cons- mos esse trabalho junto à concessionária para ciente em diferentes comunidades tem sido melhorar nosso fornecimento de energia e ga- o grande desafio do Consciência Ampla. O nhamos em troca um rico aprendizado. Temos programa, que já passou por todas as regi- pouco conhecimento sobre o tema, e as ins- ões da área de concessão da distribuidora, truções estão sendo vantajosas para a comuni- chega agora a Angra dos Reis. O objetivo dade”, afirma. Segundo ele, o grupo não tinha principal é apresentar à Aldeia Indígena de consciência, por exemplo, de que uma fiação Sapucaí e ao Quilombo Santa Rita, ambos emendada causa maior gasto de energia. Moradores da Ilha da Marambaia localizados em Bracuí, o benefício da Tarifa Social Baixa Renda e facilitar o atendimento Na Aldeia Indígena de Sapucaí, em que a a essas duas comunidades. energia elétrica chegou em 2008, por meio do programa Luz Para Todos, a cons- De acordo com Katia Ramos, especialista da cientização tem sido prioridade. Área de Projetos Sociais, as ações foram inicia- “Chegávamos a gastar R$ 8 com das em maio, a partir de uma parceria da Ampla querosene por noite. Agora que com a prefeitura de Angra dos Reis. A comu- temos eletricidade, queremos nidade quilombola, formada por cerca de 150 aprender mais sobre o tema. famílias, e a aldeia indígena, com 87 casas regis- As palestras foram ótimas, en- tradas, foram auxiliadas pela equipe do Consci- tretanto precisamos de mais ência Ampla a se cadastrarem na Tarifa Social. orientações para que as famí- “Começamos o trabalho-piloto com esses gru- lias modifiquem seus hábitos”, pos porque queríamos alertá-los sobre o consu- ressalta Domingos Karai Tataen- mo consciente. O objetivo principal é fazer com dy, vice-cacique da aldeia. que eles reduzam o valor da tarifa, a ponto de não precisarem pagar pela conta, e aprendam a lidar com a energia elétrica”, explica. Eletricidade eficiente A Ampla, em parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado do Rio A especialista acrescenta que, segundo a lei de Janeiro, inaugurou no dia 8 de setembro as obras de iluminação das Ilhas da 12.212/10, indígenas e quilombolas inscritos Marambaia e de Jaguanum, em Mangaratiba, pelo projeto Luz Para Todos. Na no CadÚnico têm direito de receber o bene- ocasião, que ocorreu no Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia (Cadim), o fício na conta de luz. Além disso, podem fi- presidente da Endesa Brasil, Marcelo Llévenes, falou sobre a importância da ele- car isentos do pagamento se consumirem até tricidade para as comunidades das ilhas. “Essa energia pode ser usada em muitos 50 kWh mensais. “Em dois meses de projeto, casos, mas o essencial é iluminar um lar, como estamos fazendo neste momento”. conseguimos uma redução de 65% na conta Ao todo foram beneficiadas 425 famílias e mais de 2 mil pessoas. de luz desses grupos por meio de palestras e troca de lâmpadas convencionais por mode- Nascido na Ilha da Marambaia, Dionato de Lima Eugênio comemora a ligação los mais eficientes”, resume Katia. da energia elétrica. “Os gastos eram grandes com uso de lampião e vela e, sem energia, estávamos excluídos da sociedade. Enxergamos esse momento como a Mudança de hábitos realização de um sonho”, comenta. Patrícia Macedo Mattos, moradora da Ilha Presidente de Associação dos Moradores do de Jaguanum, também ressalta a importância da iluminação. “Agora todos vão Quilombo Santa Rita, Emerson Luís Ramos, poder ter uma geladeira para guardar pescados, a principal fonte de renda dos conhecido como Mec, aprova a parceria e moradores. Além disso, a obra preservou a natureza: não foram construídos pos- elogia a equipe do Consciência Ampla. “Inicia- tes no caminho das praias, nosso maior receio”, completa. Papel reciclável de origem certificada 13
  • 14. rede do saber Solidariedade na economia do dia a dia A economia solidária Essa forma de fazer economia surgiu na déca- cresce no Brasil de ma- da de 1980, como uma defesa dos cidadãos neira cada vez mais or- contra a exclusão social, buscando uma inser- ganizada. Além de ge- ção produtiva por meio de variadas formas de rar renda, forma redes trabalho autônomo, individual e coletivo. No para transformar os Brasil, essa alternativa para a geração de em- paradigmas do desen- prego e renda assumiu proporções notáveis, volvimento econômico a ponto de tornar a economia solidária uma e da relação das pessoas opção adotada por movimentos sociais e im- com o meio ambiente. Em portantes entidades da sociedade civil, como resposta a essa demanda, igrejas, sindicatos, universidades e partidos o Governo Federal criou, em políticos. Na passagem do século, políticas 2003, a Secretaria Nacional de públicas de fomento e apoio à economia so- Economia Solidária (Senaes), vincula- lidária foram adotadas por muitos governos da ao Ministério do Trabalho e Emprego. municipais e estaduais. Paul Singer (esq.) e Marcos Rodrigo Ferreira, Nosso objetivo é viabilizar e coordenar ativi- presidente do Banco Preventório dades de apoio ao setor em todo o territó- Como Secretário Nacional de Economia Soli- rio nacional, visando a geração de trabalho dária, percebo vários movimentos desse tipo e renda, a inclusão social e a promoção do no país. Um exemplo de que esse tipo de eco- desenvolvimento justo e solidário. nomia contribui para erradicar a miséria é a criação de bancos comunitários, como os que Obedecendo a alguns princípios básicos, a Ampla lançou em comunidades de Niterói como posse coletiva dos meios de produção e Duque de Caxias, em parceria com a UFF e autogestão dos negócios, a economia soli- e o Banco Palmas. Geridos por associações dária cria relações de trabalho em que não há de moradores, eles dispõem de uma moeda empregados ou empregadores, mas sócios, social e oferecem empréstimos sem cobrar que visam o bem comum. juros, fomentando, assim, empreendimentos nos bairros em que atuam, criando um finan- ciamento solidário. A economia solidária não é um receituário. Paul Singer e grupo da Incubadora de Ela resulta de formação específica e/ou de um Empreendimentos aprendizado mediante sua prática. E, quem em Economia Solidária da UFF quiser saber mais sobre o assunto, pode procurar orientação nas superintendên- cias regionais do Ministério do Trabalho e Emprego ou nos foros municipais e estaduais de Economia Solidária. Paul Singer é Secretário Nacional de Economia Solidária 14 Papel reciclável de origem certificada
  • 15. consciência digital Ampliando os horizontes Para expandir os meios de comunicação com riódicas, nas quais são definidos os con- os clientes, a Ampla lançou sua página oficial teúdos, linguagens e condutas ado- no Facebook. A rede de relacionamento per- tadas pela empresa. Os gestores mite compartilhar informações, arquivos de também monitoram mensal- vídeo, links e fotografias, o que aproxima a con- mente os índices de aces- cessionária do público em geral. Interatividade sos à página. “Atualiza- é a palavra de ordem no espaço, que integra mos as informações outros canais de relacionamento da empresa, diariamente. Assim como Twitter, Flickr e YouTube. No ar desde ju- esperamos divulgar lho, o ambiente traz publicações sobre projetos de uma maneira sociais, ações, investimentos e inovações. mais abrangente os projetos da Em apenas dois meses, a página recebeu Ampla. É impor- 18.405 visitas e foi “curtida” por mais de 250 tante pensarmos pessoas, registrando crescimento de 54% entre em todos os usu- julho e agosto. “Na página do Facebook, não ários: clientes, pretendemos realizar atendimento ao cliente, colaboradores e até porque para isso temos outros canais dispo- internautas em ge- níveis. Nosso foco é a interação com o público, ral”, avalia Manuela queremos estar cada vez mais próximos, inte- Oliveira, estagiária de ragindo diretamente com os usuários. Muitos Marketing e integrante da colaboradores também participam e é uma for- equipe do Facebook. ma oficial de contato com eles”, explica Erika Millan, especialista em Marketing da Ampla. O layout foi customizado com grafismos e com a logomarca da empresa, padrão já ado- tado nos anúncios institucionais. Por meio do canal, os internautas têm a oportunida- de de ficar informados sobre o consumo eficiente de energia, projetos inovado- res – como o carro elétrico e o poste de fibra de carbono –, além de inicia- tivas como EcoAmpla, Ampla em Ação e Cidade Inteligente. “O diferencial da nossa página está na integração entre as redes, proporcionando melhor nave- gabilidade e divulgação dos nossos meios de comunicação”, ressalta Erika. O Facebook da Ampla é administrado por uma equipe multidisciplinar, que realiza reuniões pe- Papel reciclável de origem certificada 15
  • 16. Criatividade dicas e consciência • Vilão da economia, o ar-condicionado é responsável por cerca de um terço do gasto doméstico. Ligue o aparelho com Verão com antecedência: a troca de calor é grada- tiva e evita o uso da potência máxima. economia Verifique se as portas e janelas estão bem vedadas e instale o equipamen- to em um local alto, para que o ar frio Dias ensolarados, praias lotadas e muita desça e refrigere todo o ambiente; energia consumida para manter as • Evite passar muito tempo no banho e bebidas geladas, o ar-condiciona- use sempre a posição ‘verão’ ou ‘mor- do ligado e o banho prolonga- no’. O chuveiro elétrico consome qua- do. Esse é o cenário do verão, se 25% da energia de uma casa; estação mais quente do ano, • Abrir a porta da geladeira toda hora faz em que o consumo de ener- com que o motor do aparelho trabalhe gia bate recordes considerá- mais, aumentando o consumo. Guar- veis. No mês de dezembro, dar alimentos quentes e colocar plásti- período em que acontecem cos nas prateleiras também prejudica o os festejos do Natal, os pis- funcionamento; ca-piscas deixam as árvores, • As lâmpadas, atração indispensável no casas, fachadas e cidades ilu- Natal, devem ser de baixo consumo. minadas, em clima natalino. Procure desligá-las sempre que possível; Tudo isso agrada aos olhos, mas • Aproveite a ornamentação do ano pas- desperdiça recursos. Para apro- sado e use a criatividade para reinven- veitar as festas e evitar os excessos, tar a tradicional árvore. Enfeites con- apostar na reciclagem e em itens eco- feccionados em garrafas PET, jornais e nômicos pode render bons frutos. Aprovei- revistas antigas são opções originais. te as dicas para economizar! divirta-se 16 Papel reciclável de origem certificada