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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO
CURSO DE ARTES VISUAIS
MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR
FERNANDO CESAR PONTES
Campo Grande, MS
2008
2
FERNANDO CESAR PONTES
MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR
Relatório apresentado como exigência para a
obtenção do grau de Bacharel em Artes Visuais á
Banca Examinadora da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul, sob orientação do Prof. Dr.
Hélio Godoy
Campo Grande, MS
2008
3
Sumario
RESUMO .................................................................................... 3
INTRODUÇÃO............................................................................. 4
3 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS .................. 5
3.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 5
3.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS ......................... 6
3.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........................... 7
3.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA) .......................... 7
3.5 A VOLTA DA ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........ 8
4 - A ARTE DE CRIAR UMA HQ ......................................................... 9
4.1 SUA COMPOSIÇÃO .......................................................... 9
4.1.1. A linguagem dos quadrinhos ................................. 9
4.1.2. Planos de quadros ................................................... 10
4.1.3. Os balões .................................................................. 16
4.2 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................. 17
4.3 ARTE FINAL ...................................................................... 18
4.4 IMPRESSÃO GRÁFICA .................................................... 18
5 - MINHA CRIAÇÃO .................................................................. 19
5.1 AS PESQUISAS ................................................................ 19
5.1.1. Frank Miller ................................................................ 19
5.1.2. Will Eisner ................................................................. 20
5.2 AS PRIMEIRAS FOTOS .................................................... 20
5.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO ................ 21
5.4 O LAYOUT ......................................................................... 21
5.5. OUTRAS FOTOS ............................................................. 26
5.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS .......................................... 28
5.7 DIAGRAMAÇÃO ................................................................ 29
5.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS .................................... 33
6 CONCLUSÃO .......................................................................... 35
7 Referências Bibliográficas .................................................... 36
ANEXO N° 1 – CROQUI ............................................................. 37
ANEXO N° 2 - ARGUMENTO ................................................... 44
ANEXO N° 3 - ROTEIRO .......................................................... 46
ANEXO N° 4 - IMAGENS.......................................................... 50
4
RESUMO
Este trabalho é um relatório sobre a pesquisa teórica e prática para a criação
de um quadrinho que, embora seja feito a partir de fotos, tem a aparência
semelhante á de um quadrinho de desenho. É, na verdade, uma foto-novela com a
aparência gráfica de um desenho. Foram usados efeitos do PhotoShop, um
programa de edição de imagens, para se criar a ilusão de um desenho, com
bastante contraste, cores vivas e contornos pretos. Por meio de um estudo e,
também, de observação de obras de vários artistas do mundo dos quadrinhos, tais
como Frank Miller e Will Eisner, cheguei a este resultado.
5
1 – INTRODUÇÃO
Este trabalho é um relatório teórico sobre o processo de criação de um
quadrinho, na verdade uma foto-novela, no entanto com efeitos de desenhos na foto
para se criar a ilusão de se tratar de um desenho. Foram tiradas primeiramente 30
fotos do lago do amor, para depois se fazer uma seleção de quais seriam usadas.
Depois de ter tirado as fotos, fui fazer o argumento , a partir do qual criei o roteiro.
Muitas das fotos que tirei foram aproveitadas no roteiro.
Além das fotos foram feitos estudos sobre os quadrinhos, os principais
autores que usei como fontes, foram Frank Miller em primeiro lugar e depois Will
Eisner, além de outros quadrinhos que também foram analisados.
A princípio tinha a intenção de fazê-lo branco e preto, mas depois de
conversar com meu orientador cheguei à conclusão que o melhor seria fazer
colorido, daria para aproveitar mais as imagens, em preto e branco conforme se
apresentava em Sin City de Frank Miller, mas seria muito difícil de trabalhar dessa
forma fazendo com que a imagem perdesse muito em detalhe.
Com o roteiro nas mãos fiz o esboço, melhor dizendo um rascunho das
páginas que serviu de orientação para a diagramação do quadrinho. Para enfim
montar o quadrinho com todos os recursos que a linguagem exige.
6
2 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS
Consultando o artigo “Historia das Historias em Quadrinhos” de Jarcem,
(2007) verifiquei que a princípio, as histórias em quadrinhos eram cômicas; daí o
nome Comics (Cômico) nos EUA. Foi no inicio do século XX que realmente
começam aparecer as primeiras histórias em quadrinhos tais como conhecemos
hoje; inicialmente não possuíam balões (local onde se colocam as falas dos
personagens); eles foram colocados por Richard Fenton Outcalt – The Yellow Kid
em 1896.
Entre os precursores das histórias em quadrinhos encontramos Rudolph
Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês George (“Chritophe”) Colomb, e o
brasileiro Ângelo Agostini. Muitos consideram a primeira história em quadrinho
sendo de Richard Fenton Outcalt com The Yellow Kid.
Como dito anteriormente, as primeiras histórias tinham um cunho humorístico;
dentre elas se destacam Little Nemo de Winsor MacCay, Mutt & Jeff de Bud
Fisher, Popeye de E.C. Segar e Krazy Kat de Georges Herrigam.
2.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
As histórias sempre tiveram um papel importante no meio político; no período
da Segunda Guerra Mundial surgiu uma rica safra de heróis. Como por exemplo, o
Capitão América, que inicialmente possuía um escudo quase triangular que, logo
na segunda edição tornou-se oval. O escudo era sua única arma, com ele se
defendia, deixando a mensagem de que as pessoas deveriam se defender e jamais
atacar posição que os EUA na época tomava, se defendendo de todos seus
inimigos.
O Superman foi o primeiro Super-Herói com identidade secreta, criado em
1933, mas chegando às bancas apenas em 1938, depois que a dupla Siegel and
Shuster vendeu os direitos para a DC Comics. Poucos meses depois teve inicio a
Segunda Guerra Mundial. (Jarcem,2007)
Quando o Superman surgiu, em 1938, houve uma grande confusão devido ao
filosofo alemão Friendich Nietze.Os nazistas usavam a filosofia desse filosofo, na
7
qual a palavra übermensh traduzia-se como superman, o que gerou de certa forma
uma grande confusão.
Em 1939 surgiu o herói aquático Namor, Príncipe de Atlante, que despontou
como vilão por ser híbrido, metade humano metade atlante. Namor foi criado por Bill
Everett.
No período da Segunda Guerra Mundial o governo Norte Americano e as
autoridades em geral tinham um grande interesse pelos heróis de quadrinhos como
se pode ver pela Comics, devido ao grande poder que eles tinham sobre a
comunicação em massa. Os heróis Tocha Humana e Namor fazem parte do
Crossover, que constituía uma batalha entre fogo e água que despertou grande
interesse do público. Ambos os heróis passavam a visitar cada um as historias de
um e outro tendo como aliados alemães e japonêses. Nações antagônicas juntas em
busca de um bem comum.
Eles foram tão importantes que quando surgiu a Organização das Nações
Unidas vários heróis fizeram parte, tornando-se membros, entre eles, Capitão
América, Miss América e Wihizzer – o efêmero All Winners Squad traduzido no
Brasil como Os Invasores.
No período de 1940 foram criados mais de quatrocentos heróis embora nem
todos tenham sobrevivido; entre ele destacam-se o Batman, criando em 1949 e Bob
Kane, uma figura sombria inspirada na máquina de Da Vinci e no Zorro.
O maior ícone no período de Guerra foi o Capitão America. O engraçado é ver
como era o imaginário norte americano, o Capitão América combatia o próprio Hitler.
E dizia que o Caveira Vermelha foi criado pelo próprio Hitler para ajudá-lo a formar o
3º Reich, embora se saiba os Nazistas pregavam pela superioridade ariana.
(Jarcem,2007)
2.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS
Nos anos 50 os quadrinhos sofreram a maior perseguição, uma verdadeira
caça às bruxas. O psiquiatra Frederic Wertham escreveu um livro “A Sedução do
Inocente - The Seduction of the innocent” -, onde acusava os quadrinhos de
delinqüência juvenil; no seu livro ele acusa da Mulher Maravilha de masoquista e a
dupla Batman e Robin de homossexualismo. Entre outros um de seus argumentos
8
era o de que os quadrinhos incitavam à violência da mesma forma que aconteceu
com o Rock’n Roll. Foi criado então um código de ética para delimitar o que poderia
ser ou não ser feito; dessa forma acabaram destruindo todos os titulo de terror da
Editora EC Comics, com exceção da revista Mad.
Ainda nos anos 50, o medo passou a estar em toda parte; os soviéticos
construindo bombas e ameaçando o modo de vida americano (american way life).
Enquanto isso, no mundo real as pessoas procuravam por comunistas de baixo de
suas camas e nos quadrinhos os heróis faziam sua parte. Com o fim do conflito
mundial e a popularização das forças entre EUA e URSS, a guerra fria e os alvos já
não eram mais o japonês e alemães. (Jarcem,2007)
2.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS
Na década de 60 começa a era de prata dos quadrinhos, com novos heróis
como Flash da DC, ressurgindo ainda a Mulher Maravilha, o Batman, o Aquaman,
entre outros. Foi criado então, em 1961, por Stan Lee e Jack kirby pela Marvel
Comics, o Quarteto Fantástico para competir com a DC Comics.
Ao contrário dos outros heróis esses não possuíam identidade secretas e sim
era uma família, Reed Richard era o Senhor Fantástico, o homem elástico que
preferia ser visto pelo seu intelecto do que pelos seu poderes. Jonhy era o jovem
Tocha Humana; sua irmã era a Mulher Invisível; e ainda tinha o Bem, que era o
Coisa, uma criatura feita de pedra, mas que guardava uma grande angústia. Reed
Richard e Sue eram Noivos e Bem amigo da família. Estavam criados os quatro
heróis, cada um representando um elemento da natureza. Água, fogo, ar e terra
respectivamente. (Jarcem,2007)
2.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA)
Nos anos 80 surge a Grafhic Novel ou romance gráfico, já com um tema mais
adulto; dentre eles surge o “Batman – O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller um
Batman mais sombrio, amargurado e mais violento, decretando assim a maioridade
aos quadrinhos. A violência, insanidade e crises existenciais passaram a habitar os
quadrinhos; dentre os personagens se destacam “Elektra Assassina” de Frank Miller,
9
“Watchmen” de David Gibbons e Alan Moore, Sandman de Neil Gaiman, entre
outros.
A partir dos anos 90 os grandes desenhistas saíram de suas editoras e
formaram a Imagem Comics com heróis como Savage Dragon de Erik Larsen,
Spawn de Todd McForlace entre outros. (Jarcem,2007)
A queda das duas torres em 11 de setembro de 2001 pelos terroristas nos
EUA afetou os quadrinhos americanos, promovendo um resgate do estilo de heróis
da Era de Prata dos quadrinhos. (Jarcem,2007)
10
3 A ARTE DE CRIAR UMA HQ
Consultada a apostila de Sigrist (2005) entende-se que, após ser elaborado o
roteiro, tanto pelo autor como pelo desenhista, está na hora do desenho em si.
Pode-se usar vários tipos de materiais, lápis de todos os tipos, coloridos, pincel
atômico, tintas. Como via de regra, quanto mais fina a ponta mais liso deve ser o
papel. Os desenhos dos quadrinhos geralmente são feito 1/3 ou 1/4 maior em
relação ao tamanho original, isso é feito para facilitar o trabalho.
A autora sugere que para a elaboração de um bom quadrinho deve-se,
primeiramente, pensar que cada elemento não pode estar isolado e sim ser parte de
um conjunto, parte da cena. Tudo interligado em uma grande rede. A colocação dos
quadrinhos retangulares, horizontais, verticais vão ajudar a compor a cena. É bom
ter em mãos materiais de todos os tipos, como recortes para ter como referência,
materiais do tipo de cenários, trajes, meios de transportes, entre outros.
As imagens isoladas são boas para a elaboração de Cartoons, para se
divertir, instruir e comentar. Utilizam-se geralmente personagens políticos, piadas e
figuras ilustrativas (publicitárias).
Nas histórias coloridas se utilizam de uma foto-cópia do desenho original e
pintada por cima. Mas as cores são em código, isso quer dizer que é definido pela
própria editora.
A cor do personagem também pode ser usada para demonstrar emoção.
Para a elaboração de um quadrinho, segundo Cagnin (1975) deve-se
prestar atenção na sua composição, nos arranjos das vinhetas, na colocação dos
balões conforme o estado emocional do personagem; ou, para narrar um
acontecimento, colocar os planos de quadros conforme pede a cena, se o
personagem deve parecer superior, inferior; tudo depende da ação do personagem,
do ambiente. Por isso tem que se planejar bem antes de montar os quadros, já no
layout se deve pensar nisso.
11
3.1 PLANOS DE QUADROS
Consultado a apostila de Sigrist (2005) ela descreve diversos planos de quadros
dentre eles estão destacados os seguintes :
Plano em grande detalhe ou pormenor: Esse tipo de plano é usado quando se
quer deixar evidente alguma característica do personagem ou de um objeto, seja
seu lado mais atraente ou repulsivo. (SIGRIST, 2005)
Figura 1
Primeiro Plano ou Plano de close: Neste plano se pega a cabeça até os ombros. .
(SIGRIST, 2005)
Figura 2
12
Plano médio ou próximo: Neste plano o personagem é visto até o meio do peito ou
até a cintura, geralmente usado para cenas de diálogos e detalhes, mostrando a
fisionomia e, dessa forma, podendo captar essas expressões do personagem. .
(SIGRIST, 2005)
Figura 3
Plano Americano: Neste plano o personagem é mostrado até a altura dos joelhos. .
(SIGRIST, 2005)
Figura 4
13
Plano de Conjunto: Neste plano o personagem é mostrando de corpo inteiro, mas,
no entanto, o cenário ao seu redor é mínimo. . (SIGRIST, 2005)
Figura 5
Plano geral ou panorâmico: Este plano engloba não só o personagem, mas
também o cenário à sua volta, nos romances ele se refere geralmente à descrição
do ambiente, também pode sugerir o decorrer do tempo. . (SIGRIST, 2005)
Figura 6
14
Plano em perspectiva. Nesse plano pode-se notar a profundidade, a sensação de
volume. . (SIGRIST, 2005)
Figura 7
Plano plongé que vem do Frances: significa mergulho e é quando a visão que você
tem do personagem é vista de cima pra baixo dando a impressão de
encurralamento, inferioridade. . (SIGRIST, 2005)
Figura 8
15
Plano Contre-plongé ao contrario do plongé, este é um contra mergulho e quer
dizer que o personagem é visto de baixo para cima, aumentando a figura, dando a
impressão de ser maior do que realmente é. . (SIGRIST, 2005)
Figura 9
Os planos de quadros são de suma importância na elaboração da HQ, eles
devem mudar conforme a cena, como mostra a baixo:
Figura 10
Neste exemplo visto a cima, primeiramente a garota é vista em plano
americano, depois um detalhe de um rosto e depois um detalhe do dragão.
Como se pode perceber os planos se misturam e se completam entre si. Para poder
compor a cena. Além do significado literal, pode se encontrar vários outros
significados, conforme a composição do desenho; suas linhas, por exemplo, indicam
muita coisa.
As linhas horizontais dão idéia de tranqüilidade, já às curvilíneas dão a idéia de
movimento. (Sigrist, 2005)
16
Já as linhas lineares geram a sensação de profundidade, volume (três dimensões). .
(SIGRIST, 2005)
Figura 13
3.2 OS BALÕES
Os balões são algo muito importante na composição da história; é neles que são
colocados os diálogos dos personagens, mas, dependendo da situação os balões
Figura 11 Figura 12
17
mudam de forma. Se ele está falando, pensando, gritando, falando ao telefone.
(CAGNIN, 1975)
Alguns exemplos de balões:
Figura 14
Balão de glacial, ele é usado quando personagem age com frieza, desprezo.
Figura 15
Balão Cochicho, usando quando o personagem fala com seu interlocutor, mas o
outros personagens não podem ouvir.
Figura 16
Balão de pensamento, usando quando o personagem esta simplesmente
pensando.
18
Figura 17
Balão uníssono usando quando vários personagens falam ao mesmo tempo.
Embora existam os balões em alguns autores o texto é deixado solto em algum
canto do quadrinho.
Geralmente para a leitura dos balões se segue da esquerda para a direita, da
mesma forma que os quadrinhos devem estar cronologicamente da esquerda direita.
Essa é a leitura convencionada nos países ocidentais, ao contrário dos mangas
japoneses onde a leitura se segue da direita para a esquerda. (CAGNIN, 1975)
3.5 MATERIAIS UTILIZADOS
Na elaboração da HQ podem-se usar diversos tipos de materiais,
dependendo do fim que se deseja.
Lápis de cera – Bom para criar texturas interessantes
Lápis de cor – Devem-se estar bem apontados, quanto mais macio é mais
fácil pra trabalhar. Com a infinidade de graduações que se tem se pode criar
uma ampla gama de tons, pode-se também modelar formas com tramas
(linhas paralelas).
Aquarelas – Encontradas no mercado em forma de pastilha, bisnagas e
frascos. Possui uma qualidade de transparência. Útil para indicar formas,
atmosferas e iluminações.
Guache – Ao contrario da aquarela, a guache já possui uma qualidade mais
opaca, dá a opção de poder pintar o claro sobre o escuro ao contrario da
aquarela onde isso não é possível.
Acrílicos – Feito com resina sintética possuem características que ajudam no
desenho, seca rápido, cria uma camada dura, impermeável e flexível,
tecnicamente é um excelente meio para se trabalhar. (CAGNIN, 1975)
19
3.5 ARTE FINAL
A divisão de trabalhos varia. Nas grandes editoras o trabalho é dividido, o
autor desenha os personagens e deixa para seus assistentes desenharem o cenário,
os diálogos.
Muitas vezes se desenha um esboço primeiro e, em seguida, desenha-se a
lápis, geralmente azul, pois na hora de fazer o negativo eles não aparecem. Passa-
se por uma correção ortográfica verificando erros no texto, para que a história não
ofenda o leitor; crueldade contra mulheres que é absolutamente proibido. Também
há uma atenção especial aos leitores estrangeiros, cuidando para que os quadrinhos
não os ofendam. (CAGNIN, 1975)
3.5 IMPRESSÃO GRÁFICA
Depois de revisados e examinados, os desenhos são fotografados e
gravados. As impressões poder ser feitas em off-set1
ou em rotogravura. Geralmente
as capas são feitas em off-set e seu interior em rotogravura2
para baratear os
custos.
A seleção das cores é feitas por máquinas eletrônicas e são usadas as três
cores primárias (ciano, magenta e amarelo) e o preto para os retoques finais.
A impressão é feitas em grandes máquinas e lá mesmo já são dobrados e
montados. Ao final cabe o leitor da os toques finais, inserindo-se na história, fazendo
parte dela. (CAGNIN, 1975)
1
Sao usados filmes reticulados, concentrando pontos em maior e menor quantidade, conforme a densidade da cor desejada
2
É um filme mais grosso, possibilitando maior densidade na cor chapada
20
4 MINHA CRIAÇÃO
Para composição de minha obra usei a mesma linguagem dos quadrinhos,
mas, ao invés de desenhar tirei fotos com o celular e, também, com a webcam. A
maior parte com o celular usando a webcam para retoques finais.
4.1. AS PESQUISAS
Foram feitas diversas pesquisas para se poder chegar ao processo final, entre
elas foi pesquisado sobre a história da historia em quadrinho e seus principais
autores e, dentre eles, foram dois os de maior importância ao trabalho: Frank Miller e
Will Eisner, na qual me inspirei para fazer a diagramação dos quadrinhos
4.1.1. Frank Miller
Figura 18
Ele é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade, nascido em 1957
em Olney, Maryland. Ele ficou muito conhecido pelo seu estilo sombrio, com altos
contrastes, lembrando muito um “film noir”3
. Ele não é simplesmente um autor de
quadrinho; para muitos ele é um ícone, uma lenda ao lado de grandes nomes como
Will Eisner, Jack Kirby, Stan Lee, Jim Steranko.
3
Film noir é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens
principais num mundo cínico e antipático.
21
O começo de sua carreira foi difícil; em 1975, aos 18 anos, foi para Nova
York. Na verdade Frank Miller era fã das histórias policiais noir, como se pode
reparar em Sin City, que é a história de um detetive que narra sua própria história
num mundo caótico.
Quando foi para Nova York passou por muita dificuldade financeira. A
princípio, não partiu diretamente para esse tipo de história policial, pois não tinha
espaço na época, mas também não queria voltar para sua terra natal.
Um de seus grandes trabalhos que o destacou foi “Batman – O Cavaleiro das
Trevas - Batman: The Dark Knight Returns”. Miller fez uma total repaginação de
nosso herói dando um ar mais sombrio do que jamais ele tinha sido. E a mudança
não foi somente no texto mas também na reestruturação dos quadrinhos das
vinhetas. Mas seu grande trabalho que virou filme, foi sem dúvida Sin City.
4.1.2. Will Eisner
Figura 19
Nova York, 6 de março de 1917 - Flórida, 3 de janeiro de 2005
Ele com certeza com foi um dos grandes pioneiros das histórias em
quadrinhos da forma como a conhecemos hoje. Um de seus grandes trabalhos foi
Spirit na década de 40, em que conta a história de um detetive que tem esse nome,
pois não sabem se ele esta vivo ou morto. Da mesma forma que Sin City de Frank
Miller virou filme, mas na verdade, o filme acabou sendo um Spirit de Frank Miller,
pois ele colocou a mesma linguagem que colocou em Sin City, o mesmo ar sombrio
e com altos contrastes.
22
Além da história das histórias em quadrinhos, pesquisei as obras, os
quadrinhos dos autores mencionados acima. Como sua composição, diagramação e
os diversos recursos usados por eles. Pesquisei também sobre onomatopéias, cada
tipo para cada situação, para que eu não cometesse o erro de colocar um som que
não corresponde ao que era de fato.
4.2. AS PRIMEIRAS FOTOS
Antes da criação do argumento tirei algumas fotos no lago do amor,
aproveitando um dia de sol, pois eu já tinha em mente como seria a história.
Algumas só do lago e outras ficcionais. Duas delas, inclusive, foram aproveitadas
durante a criação do argumente e, conseqüentemente, do roteiro. As fotos citadas
se tratam a de uma garrafa de suco de laranja, uma mais distante e outra mais
próxima, mostrando o olhar do personagem de Pietro, o detetive da história, com é
mostrado nas figuras 20 e 21 a baixo :.
Figura 20 Figura 21
23
4.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO
Para criação do argumento e roteiro, primeiramente, li um texto de Antônio
Costa “Compreender o Cinema” que, embora fosse direcionado ao cinema, cabia
bem ao meu trabalho; não havia muita diferença, era a mesma linguagem que eu iria
usar, com a diferença de não ter som e sim texto. Além desse texto, também peguei
como referência para a criação do roteiro uma revista, “Como desenvolver roteiro
para Mangá – narrativas – dinâmica - personagens” da editora Canaã
Com base nisso foi feito o argumento, um pequeno texto contando a história
do quadrinho; após esse processo foi feito o roteiro em que foi pensado em cada
quadrinho, descrevendo-o e colocando seus respectivos diálogos.
Para a maior compreensão da história segue os anexos do argumento na
pagina 45 e do roteiro, nas pagina 53.
4.4 O CROQUI
Após a realização do argumento e do roteiro foi feito o croqui, que
basicamente é um rascunho, um desenho de como serão feitas as páginas do
quadrinho. Para fazê-lo usei como referencia o roteiro, mas não o segui à risca e sim
o adaptei, fui moldando até ficar conforme eu desejava. Abaixo a imagem dei uma
das páginas do croqui, justamente aquela na qual está a cena em que Pietro (o
detetive) vê a garrafinha de suco de laranja na beira do lago.
Abaixo uma das folhas de meu croqui, mas no final desse relatório no anexo 1
na pagina 39 se encontra o croqui de todas as páginas deste quadrinho.
24
Figura 22
Para fazer uma diagramação fiel aos quadrinhos, li vários quadrinhos que
baixei da internet, Sin City de Frank Miller, Batman – As dez noites da Besta.
Spirit de Will Eisner.
25
Figura 23
26
Figura 24
27
Figura 25
28
4.5. OUTRAS FOTOS
Depois de passado por essa etapa, foram tiradas outras fotos, com meu
celular, um Samsung X660; foram tiradas aproximadamente 30 fotos. Outras fotos
foram feitas com uma webcam, az fotos da webcam foram feitas para se dar o
acabamento final. Foram tiradas fotos do lago e fotos ficcionais, as ficcionais foram
tiradas após a elaboração do roteiro.
Após tirar as fotos, no total aproximado de 30 fotos, foi feita uma seleção
baseada no roteiro e algumas delas foram inseridas. Isso não é muito comum
geralmente se faz o inverso.
As fotos do celular tinham o tamanho de 640x480 pixels4
Durante o processo houve a necessidade de novas fotos para compor as
vinhetas e não havia como eu tirar as fotos no lago do amor; então as tirei com
minha webcam; na verdade me filmei e, depois, com o programa PowerDVD,
visualizei o vídeo e, em seguida, fui copiando os quadros que precisava para, em
seguida juntar o fundo com a foto desejada.
Após ter copiado os quadros selecionei uma das fotos para, em seguida,
juntar ao fundo para poder compor o quadro da vinheta. Abaixo coloquei uma
demonstração de como fiz a montagem das fotos. Recortei a minha foto (figura 26)
e, em seguida coloquei no fundo (figura 27) a onde queria e coloquei o efeito de
arestas posteriazadas como é demonstrado a seguir na figura 28.
Figura 26
4
Pixel (aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento de imagem, sendo Pix a abreviatura em inglês para
Picture) é o menor elemento num dispositivo de exibição.
29
Figura 27
Figura 28
30
4.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS
Após tirar as fotos com meu celular, passei-as para o computador e, através do
programa PhotoShop, as editei, usando o filtro de “arestas posterizadas” para criar o
efeito de desenho como é mostrado nas figuras 29 e 30 respectivamente.
Figura 29
.
Figura 30
Criei assim a ilusão de que fosse um desenho, além desse efeito foi feito montagens
entre duas fotos para se criar a ilusão de que o personagem esteve realmente lá no
local. Primeiramente havia tirado uma foto mostrando o lago e mostrava a cerca
laranja que cerca parte do lago (figura 32). Eu precisava de uma foto em que Pietro
estaria naquele local olhando o lago, mas como não tinha mais como ir até lá, tirei
uma foto minha com a webcam. Depois de já estar com a foto joguei no PhotoShop
e tirei o fundo, deixando somente eu (figura 31), para em seguida inseri-la no fundo
do lago. Já estando as duas juntas as mesclei, indo no menu camadas e depois
clicando em “achatar imagens” para que ficasse como se fosse uma só imagem
(figura 33) e logo em seguida coloquei o efeito de “arestas posterizadas como é
mostrado nas figuras a baixo.
31
Figura 31 Figura 32
Figura 33
4.7 DIAGRAMAÇÃO
Já com o croqui, o roteiro, e as fotos. Parti para a diagramação,
usando o programa “Corel Draw”, um programa de vetorização. Fui
colocando os quadros dos tamanhos desejados para, em seguida,
inserir as imagens.
32
Procurei seguir o croqui, mas, quando preciso fiz modificações.
Como quadros que não funcionavam na prática, na verdade pequenas
modificações sem mudar a essência.
A seguir o croqui da página e depois como ela ficou.
Figura 34
33
Figura 35
34
Durante a diagramação dessa página ficou faltando uma foto e,
como não tinha como ir ao lago para bater a foto, mas eu já tinha foto do
lago, tirei uma foto minha com minha webcam, juntei minha foto com o
fundo e inseri na página.
Figura 36
35
A baixo a foto já montada pronta para colocar no quadrinho.
Figura 37
4.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS
Foram feitas 8 páginas no total, contando com a capa e
sobrecapa. O número de paginas foi planejado para que durante a
montagem da revista desse o encaixe perfeito, sem sobrar nem faltar.
Frente CONTRA CAPA CAPA
Verso PAG. 1 PAG. 6
Figura 38
36
Frente PAG. 5 PAG. 2
Verso PAG. 3 PAG. 4
Figura 39
37
5 – Conclusão
Ao fim deste trabalho pude concluir que as HQs não são novas; já existem há
um bom tempo. E que hoje as mídias existentes, tais como a Internet e o uso de
programas de computador, têm propiciado uma grande evolução em relação as HQs
(Historias em Quadrinhos). Hoje, além das histórias em papel, pode-se encontrar
histórias em quadrinhos na Internet; Pode-se de chamar de HQs virtuais na qual
você pode ver a historia pela internet e; também, com a tecnologia existente hoje,
ficou muito mais fácil editar e criar uma história em quadrinho. Não mais
dependemos única e exclusivamente do papel; ainda existem as HQs em papel,
mas, mesmo elas hoje já têm um meio de produção totalmente informatizado,
propiciando uma maior agilidade e melhor qualidade; além disso, a possibilidade de
aproveitar os recursos existentes através dessas novas tecnologias para a
elaboração de histórias na qual se utiliza essa mídia com novas experimentações,
como o trabalho que fiz. Uma foto-novela na qual apesar de usar fotos, aproveitei os
recursos dessas novas mídias e criei essa história, que, embora seja uma foto-
novela, ficou com aspecto de quadrinho de desenho.
38
7 - Referências Bibliográficas
Livros
CAGNIN, Antonio L. Os Quadrinhos. São Paulo: Ática, 1975
SIGRIST, Marlei, Apostila Histórias em Quadrinhos, Campo
Grande 2005
Costa, A. Compreender o cinema. Rio de janeiro, Globo, 1987
“Curso Básico de Desenho Nº 13” - COMO DESENVOLVER
ROTEIRO PARA MANGÁ – NARRATIVA – DINÂMICA –
PERSONAGENS. Editora Canaã - Ano 1
Internet
http://www.omelete.com.br/quad/100004698.aspx , acesso10/08/2008
http://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner , acesso 10/08/2008
http://www.willeisner.com , acesso 10/08/2008
JARCEM, René G. Rodrigues. “Histórias das histórias em quadrinhos”.História,
imagem e narrativas. Nº 5. Ano 3, setembro/2007, disponível em:
www.historiaimagem.com.br, acesso 08/08/2008
39
Anexo Nº 1
CROQUI DAS IMAGENS E DIAGRAMAÇÃO DOS
QUADROS
40
41
42
43
44
45
Anexo 2
ARGUMENTO
“MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR”
Eram 6 horas da manhã e os primeiros raios de sol entravam pela janela. Tentando
me proteger da luz peguei o travesseiro e pus sobre a cabeça, quando o
despertador tocou incessantemente.
Não suportando o barulho o desligo, me levanto, pego meu carro e vou ao
meu escritório. Chegando lá o telefone toca e, do outro lado da linha, uma voz
sensual dizia.
Alô! Detetive Pietro?
Oi Nataly o que conta de novo?
Preciso de sua ajuda.
Sou todo seu. (voz, sedutora)
Algo estranho esta acontecendo no lago do amor.
Deve ser algum casal mais ousado? (risos)
Naoooooooooooooooooooo
Algo que está assustando as pessoas.
Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok?
Ok Pietro, vou ficar te devendo.
Vou cobrar heim!!! (sussurrando ao telefone)
Peguei meu carro e fui em direção ao lago, estacionei meu carro no
estacionamento do Glauce Rocha; chegando lá peguei a ponte em direção ao Lago
do Amor, peguei a trilha e fui andando pela margem do lago, fiquei observando
atentamente o movimento das águas. Vejo algo se mover ao fundo do lago, um
ponto incompreensível, olho atentamente seguindo-o e vejo ele se aproximar da
beira do lago, quando percebo ser apenas uma capivara; alarme falso! Caminhei à
beira do lago e vi uma garrafinha de suco de laranja flutuando.
- Será que isso assusta alguém? (pegando a garrafinha)
Coloquei a garrafinha em um saco plástico e guardei.
O sol começa a se pôr, olho no relógio e já são 18 horas, hora de ir.
Pensando melhor vou ficar mais um pouco. Fico observando a beira do lago e vejo
várias capivaras indo em direção à margem, inclusive algumas que estão com seus
filhotes.
O tempo passa e, agora sim, é hora de ir, já que nada de novo aconteceu.
Pego meu possante preto como a noite e vou pra casa descansar.
No dia seguinte... Lá estou eu de novo a observar o lago.
Durante a caminhada pelo lago encontro uma garota e converso brevemente
com ela, contando-lhe o caso perguntando se ela tinha visto algo; parecia lembrar-se
de uma serpente gigante, mas, foi rápido demais, não deu pra identificar, mas
assustou.
Pensei; nossa, será possível?ou será piração dessa menina?
Tudo parecia muito tranqüilo e sereno; um ambiente perfeito para o encontro
de namorados, com seus banquinhos, onde resolvi me sentar quando meu celular
tocou; era Nataly.
Oi Linda!
E aí Pietro descobriu algo?
46
Nada de concreto, só o depoimento de uma estudante que encontrei
por aqui, mas nada conclusivo.
Mas o que ela disse?
Ela tava viajando demais, dava pra ver pelos olhos dela, mas,
pensando bem, bem que você poderia vir aqui, estou sentado em um
dos banquinhos; vai ser fácil me achar.
Ok Pietro já to indo.
O tempo passa e, quando olho pra traz, lá esta ela vindo, linda como
sempre, se sentando do meu lado. Coloco meu braço sobre seu ombro e digo
a ela:
Como está lindo aqui você não acha?
Com certeza.
E com você aqui. (olha pra ela sem dizer nada)
Os olhos se cruzaram de forma magnética de desse magnetismo surgiu
um beijo, um leve beijo. Ainda com os braços no ombros de Nataly Pietro olha
para traz, piscando os olhos e diz: Não é a toa que chamam de lago do amor.
Fim
47
Anexo 3
ROTEIRO
Descrição do Quadrinho Diálogo
Plano geral do quarto c/ uma cama de
casal onde o detetive Pietro dorme
todo esparramado e do lado direito da
cama uma escrivaninha com um
despertador.
A Luz entra na janela.
Close de Pietro cobrindo o rosto com
um travesseiro para se proteger da
luz.
Close do despertador O despertador toca
Close do despertador com a mão de
Pietro sobre ele sem tocá-lo.
O despertador continua tocando
Close do despertador O despertador para de tocar
Mostra o carro em frente da casa Vrummmmmmmmmmmmm
Mostra a frente do carro andando em
uma rua.
Vrummmmmmmmmmmmm
Mostra a porta do escritório de Pietro
Mostra o interior do escritório com
uma mesinha uma cadeira e um
telefone com Pietro sentado na
cadeira.
Da um close no telefone Toca o telefone
Mostra Pietro com o telefone no
ouvido de frente
- Alô Detetive Pietro ?
- Oi Nataly o que conta de novo ?
- Algo de estranho esta acontecendo
no lago do amor
Mostra Pietro com o telefone agora
dando um close em sua boca e o
bocal do telefone
- Como assim
- Não sei, mas esta assustando as
pessoas.
- Deve ser algum casal mais ousado?
(risos)
- Nãooooooooooooooooooooooo
- Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok?
- Ok Pietro, vou ficar te devendo.
Mostra o carro de frente andando em
uma rua.
Vrummmmmmmmmmmmmmmmm
Mostra o carro estacionado no
estacionamento do Glauce Rocha.
Mostra a ponte de longe, visualizando
as placas
- Lá vamos nós.
Mostra a ponte.
Mostra o caminho depois da ponte
onde há uns bambus
48
Mostra Pietro de Costas e na frente o
lago.
- Nossa. Realmente aqui é muito
bonito.
Vê-se o lago e no fundo do lado
esquerdo um ponto.
Mostra o rosto de Pietro olhando
espantado, ele usava um óculos
escuro e quando viu o objeto abaixou.
O que é aquilo?
Mostra o ponto agora um pouco mais
a direita
Ele atinge a beira do lago e sai. - Nossa, é apenas uma capivara
Caramba (indignação)
- Alarme falso. (indignação)
Mostra a beira do lago onde se vê
uma garrafinha de suco de laranja.
Aproxima-se um pouco da garrafinha.
Pega a garrafinha e olha Será que isso assusta alguém?
Mostra o lago e sol se pondo - Acho que é hora de ir embora,
pensando melhor vou ficar mais um
pouco.
Mostra Pietro e lago ao fundo
Mostra a margem do lago lotado de
capivaras.
Close em uma das capivaras que
amamentam seus filhotes enquanto
Pietro observa.
Mostra o carro em movimento na rua Vrummmmmmmmmmmmmmmmmm
Mostra o nascer do sol
Mostra o lago novamente No dia seguinte...
Durante a caminhada pela beira do
lago Pietro esbarra em uma
estudante.
- Oi sou detetive, Meu nome é Pietro
Mostra em close o rosto da garota
com um óculos escuros] a esquerda e
de Pietro de costas a direita na frente
da garota.
- Oi sou Anna estudante de Bilogoia
(Anna)
- Tem visto algo estranho por aqui?
Estou investigando sobre algo que
esta assustando as pessoas.
Mostra garota em close pensativa Hum vi algo com uma serpente
gigante mas pensando bem não deu
pra identificar direito mas assustou
muito.
Mostra Pietro em close. - Muito obrigado.
Mostra Pietro se apoiando na cerca
laranja observando a linda paisagem
do lago. Sendo que ele é visto de
costas com o lago ao fundo.
(pensando)..Deve existir algo mesmo
ou é uma brincadeira de muito mal
gosto.
Mostra Pietro sentado no banquinho
dando um close da cintura pra cima
de costas com o lago ao fundo.
(pensando)... Nossa aqui é tão bom
pra namorar, um lugar maravilhoso.
Da um close no bolso de Pietro. Celular tocando
49
(primmmmmmmmmmm)
Mostra o close do rosto e o celular no
ouvido.
- Alo
- Sou eu Nataly descobriu algo.
- Nada conclusivo.
Mostra um close do celular e da boca. - Não quer vir aqui? Está tão bom.
- Boa idéia, já estou indo.
Close da mão com celular ainda
aberto.
Close do celular na mão fechando Click
Mostra o close do rosto de Pietro com
o lago ao fundo.
Passado algum tempo...
Aparece Pietro de costas com o lago
ao fundo.
Psiuuuu...Pietro !!!!!!
Aparece ele de costas com o rosto
virando olhando pra traz.
Oi Nataly!
Mostra os dois em um close um
olhando pro outro com o lago ao
fundo, com eles sentados no banco.
Você tem razão. (Nataly)
Os dois em close dando um selinho
Mostra Pietro abaixando seus óculos
escuros e com uma moldura de
coração.
- Não é a toa que chamam de lago do
amor.
50
Anexo 4
IMAGENS
51
52
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Pontes; fernando cesar mistérios do lago do amor

  • 1. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO CURSO DE ARTES VISUAIS MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR FERNANDO CESAR PONTES Campo Grande, MS 2008
  • 2. 2 FERNANDO CESAR PONTES MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR Relatório apresentado como exigência para a obtenção do grau de Bacharel em Artes Visuais á Banca Examinadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob orientação do Prof. Dr. Hélio Godoy Campo Grande, MS 2008
  • 3. 3 Sumario RESUMO .................................................................................... 3 INTRODUÇÃO............................................................................. 4 3 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS .................. 5 3.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 5 3.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS ......................... 6 3.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........................... 7 3.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA) .......................... 7 3.5 A VOLTA DA ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........ 8 4 - A ARTE DE CRIAR UMA HQ ......................................................... 9 4.1 SUA COMPOSIÇÃO .......................................................... 9 4.1.1. A linguagem dos quadrinhos ................................. 9 4.1.2. Planos de quadros ................................................... 10 4.1.3. Os balões .................................................................. 16 4.2 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................. 17 4.3 ARTE FINAL ...................................................................... 18 4.4 IMPRESSÃO GRÁFICA .................................................... 18 5 - MINHA CRIAÇÃO .................................................................. 19 5.1 AS PESQUISAS ................................................................ 19 5.1.1. Frank Miller ................................................................ 19 5.1.2. Will Eisner ................................................................. 20 5.2 AS PRIMEIRAS FOTOS .................................................... 20 5.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO ................ 21 5.4 O LAYOUT ......................................................................... 21 5.5. OUTRAS FOTOS ............................................................. 26 5.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS .......................................... 28 5.7 DIAGRAMAÇÃO ................................................................ 29 5.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS .................................... 33 6 CONCLUSÃO .......................................................................... 35 7 Referências Bibliográficas .................................................... 36 ANEXO N° 1 – CROQUI ............................................................. 37 ANEXO N° 2 - ARGUMENTO ................................................... 44 ANEXO N° 3 - ROTEIRO .......................................................... 46 ANEXO N° 4 - IMAGENS.......................................................... 50
  • 4. 4 RESUMO Este trabalho é um relatório sobre a pesquisa teórica e prática para a criação de um quadrinho que, embora seja feito a partir de fotos, tem a aparência semelhante á de um quadrinho de desenho. É, na verdade, uma foto-novela com a aparência gráfica de um desenho. Foram usados efeitos do PhotoShop, um programa de edição de imagens, para se criar a ilusão de um desenho, com bastante contraste, cores vivas e contornos pretos. Por meio de um estudo e, também, de observação de obras de vários artistas do mundo dos quadrinhos, tais como Frank Miller e Will Eisner, cheguei a este resultado.
  • 5. 5 1 – INTRODUÇÃO Este trabalho é um relatório teórico sobre o processo de criação de um quadrinho, na verdade uma foto-novela, no entanto com efeitos de desenhos na foto para se criar a ilusão de se tratar de um desenho. Foram tiradas primeiramente 30 fotos do lago do amor, para depois se fazer uma seleção de quais seriam usadas. Depois de ter tirado as fotos, fui fazer o argumento , a partir do qual criei o roteiro. Muitas das fotos que tirei foram aproveitadas no roteiro. Além das fotos foram feitos estudos sobre os quadrinhos, os principais autores que usei como fontes, foram Frank Miller em primeiro lugar e depois Will Eisner, além de outros quadrinhos que também foram analisados. A princípio tinha a intenção de fazê-lo branco e preto, mas depois de conversar com meu orientador cheguei à conclusão que o melhor seria fazer colorido, daria para aproveitar mais as imagens, em preto e branco conforme se apresentava em Sin City de Frank Miller, mas seria muito difícil de trabalhar dessa forma fazendo com que a imagem perdesse muito em detalhe. Com o roteiro nas mãos fiz o esboço, melhor dizendo um rascunho das páginas que serviu de orientação para a diagramação do quadrinho. Para enfim montar o quadrinho com todos os recursos que a linguagem exige.
  • 6. 6 2 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS Consultando o artigo “Historia das Historias em Quadrinhos” de Jarcem, (2007) verifiquei que a princípio, as histórias em quadrinhos eram cômicas; daí o nome Comics (Cômico) nos EUA. Foi no inicio do século XX que realmente começam aparecer as primeiras histórias em quadrinhos tais como conhecemos hoje; inicialmente não possuíam balões (local onde se colocam as falas dos personagens); eles foram colocados por Richard Fenton Outcalt – The Yellow Kid em 1896. Entre os precursores das histórias em quadrinhos encontramos Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês George (“Chritophe”) Colomb, e o brasileiro Ângelo Agostini. Muitos consideram a primeira história em quadrinho sendo de Richard Fenton Outcalt com The Yellow Kid. Como dito anteriormente, as primeiras histórias tinham um cunho humorístico; dentre elas se destacam Little Nemo de Winsor MacCay, Mutt & Jeff de Bud Fisher, Popeye de E.C. Segar e Krazy Kat de Georges Herrigam. 2.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL As histórias sempre tiveram um papel importante no meio político; no período da Segunda Guerra Mundial surgiu uma rica safra de heróis. Como por exemplo, o Capitão América, que inicialmente possuía um escudo quase triangular que, logo na segunda edição tornou-se oval. O escudo era sua única arma, com ele se defendia, deixando a mensagem de que as pessoas deveriam se defender e jamais atacar posição que os EUA na época tomava, se defendendo de todos seus inimigos. O Superman foi o primeiro Super-Herói com identidade secreta, criado em 1933, mas chegando às bancas apenas em 1938, depois que a dupla Siegel and Shuster vendeu os direitos para a DC Comics. Poucos meses depois teve inicio a Segunda Guerra Mundial. (Jarcem,2007) Quando o Superman surgiu, em 1938, houve uma grande confusão devido ao filosofo alemão Friendich Nietze.Os nazistas usavam a filosofia desse filosofo, na
  • 7. 7 qual a palavra übermensh traduzia-se como superman, o que gerou de certa forma uma grande confusão. Em 1939 surgiu o herói aquático Namor, Príncipe de Atlante, que despontou como vilão por ser híbrido, metade humano metade atlante. Namor foi criado por Bill Everett. No período da Segunda Guerra Mundial o governo Norte Americano e as autoridades em geral tinham um grande interesse pelos heróis de quadrinhos como se pode ver pela Comics, devido ao grande poder que eles tinham sobre a comunicação em massa. Os heróis Tocha Humana e Namor fazem parte do Crossover, que constituía uma batalha entre fogo e água que despertou grande interesse do público. Ambos os heróis passavam a visitar cada um as historias de um e outro tendo como aliados alemães e japonêses. Nações antagônicas juntas em busca de um bem comum. Eles foram tão importantes que quando surgiu a Organização das Nações Unidas vários heróis fizeram parte, tornando-se membros, entre eles, Capitão América, Miss América e Wihizzer – o efêmero All Winners Squad traduzido no Brasil como Os Invasores. No período de 1940 foram criados mais de quatrocentos heróis embora nem todos tenham sobrevivido; entre ele destacam-se o Batman, criando em 1949 e Bob Kane, uma figura sombria inspirada na máquina de Da Vinci e no Zorro. O maior ícone no período de Guerra foi o Capitão America. O engraçado é ver como era o imaginário norte americano, o Capitão América combatia o próprio Hitler. E dizia que o Caveira Vermelha foi criado pelo próprio Hitler para ajudá-lo a formar o 3º Reich, embora se saiba os Nazistas pregavam pela superioridade ariana. (Jarcem,2007) 2.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS Nos anos 50 os quadrinhos sofreram a maior perseguição, uma verdadeira caça às bruxas. O psiquiatra Frederic Wertham escreveu um livro “A Sedução do Inocente - The Seduction of the innocent” -, onde acusava os quadrinhos de delinqüência juvenil; no seu livro ele acusa da Mulher Maravilha de masoquista e a dupla Batman e Robin de homossexualismo. Entre outros um de seus argumentos
  • 8. 8 era o de que os quadrinhos incitavam à violência da mesma forma que aconteceu com o Rock’n Roll. Foi criado então um código de ética para delimitar o que poderia ser ou não ser feito; dessa forma acabaram destruindo todos os titulo de terror da Editora EC Comics, com exceção da revista Mad. Ainda nos anos 50, o medo passou a estar em toda parte; os soviéticos construindo bombas e ameaçando o modo de vida americano (american way life). Enquanto isso, no mundo real as pessoas procuravam por comunistas de baixo de suas camas e nos quadrinhos os heróis faziam sua parte. Com o fim do conflito mundial e a popularização das forças entre EUA e URSS, a guerra fria e os alvos já não eram mais o japonês e alemães. (Jarcem,2007) 2.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS Na década de 60 começa a era de prata dos quadrinhos, com novos heróis como Flash da DC, ressurgindo ainda a Mulher Maravilha, o Batman, o Aquaman, entre outros. Foi criado então, em 1961, por Stan Lee e Jack kirby pela Marvel Comics, o Quarteto Fantástico para competir com a DC Comics. Ao contrário dos outros heróis esses não possuíam identidade secretas e sim era uma família, Reed Richard era o Senhor Fantástico, o homem elástico que preferia ser visto pelo seu intelecto do que pelos seu poderes. Jonhy era o jovem Tocha Humana; sua irmã era a Mulher Invisível; e ainda tinha o Bem, que era o Coisa, uma criatura feita de pedra, mas que guardava uma grande angústia. Reed Richard e Sue eram Noivos e Bem amigo da família. Estavam criados os quatro heróis, cada um representando um elemento da natureza. Água, fogo, ar e terra respectivamente. (Jarcem,2007) 2.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA) Nos anos 80 surge a Grafhic Novel ou romance gráfico, já com um tema mais adulto; dentre eles surge o “Batman – O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller um Batman mais sombrio, amargurado e mais violento, decretando assim a maioridade aos quadrinhos. A violência, insanidade e crises existenciais passaram a habitar os quadrinhos; dentre os personagens se destacam “Elektra Assassina” de Frank Miller,
  • 9. 9 “Watchmen” de David Gibbons e Alan Moore, Sandman de Neil Gaiman, entre outros. A partir dos anos 90 os grandes desenhistas saíram de suas editoras e formaram a Imagem Comics com heróis como Savage Dragon de Erik Larsen, Spawn de Todd McForlace entre outros. (Jarcem,2007) A queda das duas torres em 11 de setembro de 2001 pelos terroristas nos EUA afetou os quadrinhos americanos, promovendo um resgate do estilo de heróis da Era de Prata dos quadrinhos. (Jarcem,2007)
  • 10. 10 3 A ARTE DE CRIAR UMA HQ Consultada a apostila de Sigrist (2005) entende-se que, após ser elaborado o roteiro, tanto pelo autor como pelo desenhista, está na hora do desenho em si. Pode-se usar vários tipos de materiais, lápis de todos os tipos, coloridos, pincel atômico, tintas. Como via de regra, quanto mais fina a ponta mais liso deve ser o papel. Os desenhos dos quadrinhos geralmente são feito 1/3 ou 1/4 maior em relação ao tamanho original, isso é feito para facilitar o trabalho. A autora sugere que para a elaboração de um bom quadrinho deve-se, primeiramente, pensar que cada elemento não pode estar isolado e sim ser parte de um conjunto, parte da cena. Tudo interligado em uma grande rede. A colocação dos quadrinhos retangulares, horizontais, verticais vão ajudar a compor a cena. É bom ter em mãos materiais de todos os tipos, como recortes para ter como referência, materiais do tipo de cenários, trajes, meios de transportes, entre outros. As imagens isoladas são boas para a elaboração de Cartoons, para se divertir, instruir e comentar. Utilizam-se geralmente personagens políticos, piadas e figuras ilustrativas (publicitárias). Nas histórias coloridas se utilizam de uma foto-cópia do desenho original e pintada por cima. Mas as cores são em código, isso quer dizer que é definido pela própria editora. A cor do personagem também pode ser usada para demonstrar emoção. Para a elaboração de um quadrinho, segundo Cagnin (1975) deve-se prestar atenção na sua composição, nos arranjos das vinhetas, na colocação dos balões conforme o estado emocional do personagem; ou, para narrar um acontecimento, colocar os planos de quadros conforme pede a cena, se o personagem deve parecer superior, inferior; tudo depende da ação do personagem, do ambiente. Por isso tem que se planejar bem antes de montar os quadros, já no layout se deve pensar nisso.
  • 11. 11 3.1 PLANOS DE QUADROS Consultado a apostila de Sigrist (2005) ela descreve diversos planos de quadros dentre eles estão destacados os seguintes : Plano em grande detalhe ou pormenor: Esse tipo de plano é usado quando se quer deixar evidente alguma característica do personagem ou de um objeto, seja seu lado mais atraente ou repulsivo. (SIGRIST, 2005) Figura 1 Primeiro Plano ou Plano de close: Neste plano se pega a cabeça até os ombros. . (SIGRIST, 2005) Figura 2
  • 12. 12 Plano médio ou próximo: Neste plano o personagem é visto até o meio do peito ou até a cintura, geralmente usado para cenas de diálogos e detalhes, mostrando a fisionomia e, dessa forma, podendo captar essas expressões do personagem. . (SIGRIST, 2005) Figura 3 Plano Americano: Neste plano o personagem é mostrado até a altura dos joelhos. . (SIGRIST, 2005) Figura 4
  • 13. 13 Plano de Conjunto: Neste plano o personagem é mostrando de corpo inteiro, mas, no entanto, o cenário ao seu redor é mínimo. . (SIGRIST, 2005) Figura 5 Plano geral ou panorâmico: Este plano engloba não só o personagem, mas também o cenário à sua volta, nos romances ele se refere geralmente à descrição do ambiente, também pode sugerir o decorrer do tempo. . (SIGRIST, 2005) Figura 6
  • 14. 14 Plano em perspectiva. Nesse plano pode-se notar a profundidade, a sensação de volume. . (SIGRIST, 2005) Figura 7 Plano plongé que vem do Frances: significa mergulho e é quando a visão que você tem do personagem é vista de cima pra baixo dando a impressão de encurralamento, inferioridade. . (SIGRIST, 2005) Figura 8
  • 15. 15 Plano Contre-plongé ao contrario do plongé, este é um contra mergulho e quer dizer que o personagem é visto de baixo para cima, aumentando a figura, dando a impressão de ser maior do que realmente é. . (SIGRIST, 2005) Figura 9 Os planos de quadros são de suma importância na elaboração da HQ, eles devem mudar conforme a cena, como mostra a baixo: Figura 10 Neste exemplo visto a cima, primeiramente a garota é vista em plano americano, depois um detalhe de um rosto e depois um detalhe do dragão. Como se pode perceber os planos se misturam e se completam entre si. Para poder compor a cena. Além do significado literal, pode se encontrar vários outros significados, conforme a composição do desenho; suas linhas, por exemplo, indicam muita coisa. As linhas horizontais dão idéia de tranqüilidade, já às curvilíneas dão a idéia de movimento. (Sigrist, 2005)
  • 16. 16 Já as linhas lineares geram a sensação de profundidade, volume (três dimensões). . (SIGRIST, 2005) Figura 13 3.2 OS BALÕES Os balões são algo muito importante na composição da história; é neles que são colocados os diálogos dos personagens, mas, dependendo da situação os balões Figura 11 Figura 12
  • 17. 17 mudam de forma. Se ele está falando, pensando, gritando, falando ao telefone. (CAGNIN, 1975) Alguns exemplos de balões: Figura 14 Balão de glacial, ele é usado quando personagem age com frieza, desprezo. Figura 15 Balão Cochicho, usando quando o personagem fala com seu interlocutor, mas o outros personagens não podem ouvir. Figura 16 Balão de pensamento, usando quando o personagem esta simplesmente pensando.
  • 18. 18 Figura 17 Balão uníssono usando quando vários personagens falam ao mesmo tempo. Embora existam os balões em alguns autores o texto é deixado solto em algum canto do quadrinho. Geralmente para a leitura dos balões se segue da esquerda para a direita, da mesma forma que os quadrinhos devem estar cronologicamente da esquerda direita. Essa é a leitura convencionada nos países ocidentais, ao contrário dos mangas japoneses onde a leitura se segue da direita para a esquerda. (CAGNIN, 1975) 3.5 MATERIAIS UTILIZADOS Na elaboração da HQ podem-se usar diversos tipos de materiais, dependendo do fim que se deseja. Lápis de cera – Bom para criar texturas interessantes Lápis de cor – Devem-se estar bem apontados, quanto mais macio é mais fácil pra trabalhar. Com a infinidade de graduações que se tem se pode criar uma ampla gama de tons, pode-se também modelar formas com tramas (linhas paralelas). Aquarelas – Encontradas no mercado em forma de pastilha, bisnagas e frascos. Possui uma qualidade de transparência. Útil para indicar formas, atmosferas e iluminações. Guache – Ao contrario da aquarela, a guache já possui uma qualidade mais opaca, dá a opção de poder pintar o claro sobre o escuro ao contrario da aquarela onde isso não é possível. Acrílicos – Feito com resina sintética possuem características que ajudam no desenho, seca rápido, cria uma camada dura, impermeável e flexível, tecnicamente é um excelente meio para se trabalhar. (CAGNIN, 1975)
  • 19. 19 3.5 ARTE FINAL A divisão de trabalhos varia. Nas grandes editoras o trabalho é dividido, o autor desenha os personagens e deixa para seus assistentes desenharem o cenário, os diálogos. Muitas vezes se desenha um esboço primeiro e, em seguida, desenha-se a lápis, geralmente azul, pois na hora de fazer o negativo eles não aparecem. Passa- se por uma correção ortográfica verificando erros no texto, para que a história não ofenda o leitor; crueldade contra mulheres que é absolutamente proibido. Também há uma atenção especial aos leitores estrangeiros, cuidando para que os quadrinhos não os ofendam. (CAGNIN, 1975) 3.5 IMPRESSÃO GRÁFICA Depois de revisados e examinados, os desenhos são fotografados e gravados. As impressões poder ser feitas em off-set1 ou em rotogravura. Geralmente as capas são feitas em off-set e seu interior em rotogravura2 para baratear os custos. A seleção das cores é feitas por máquinas eletrônicas e são usadas as três cores primárias (ciano, magenta e amarelo) e o preto para os retoques finais. A impressão é feitas em grandes máquinas e lá mesmo já são dobrados e montados. Ao final cabe o leitor da os toques finais, inserindo-se na história, fazendo parte dela. (CAGNIN, 1975) 1 Sao usados filmes reticulados, concentrando pontos em maior e menor quantidade, conforme a densidade da cor desejada 2 É um filme mais grosso, possibilitando maior densidade na cor chapada
  • 20. 20 4 MINHA CRIAÇÃO Para composição de minha obra usei a mesma linguagem dos quadrinhos, mas, ao invés de desenhar tirei fotos com o celular e, também, com a webcam. A maior parte com o celular usando a webcam para retoques finais. 4.1. AS PESQUISAS Foram feitas diversas pesquisas para se poder chegar ao processo final, entre elas foi pesquisado sobre a história da historia em quadrinho e seus principais autores e, dentre eles, foram dois os de maior importância ao trabalho: Frank Miller e Will Eisner, na qual me inspirei para fazer a diagramação dos quadrinhos 4.1.1. Frank Miller Figura 18 Ele é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade, nascido em 1957 em Olney, Maryland. Ele ficou muito conhecido pelo seu estilo sombrio, com altos contrastes, lembrando muito um “film noir”3 . Ele não é simplesmente um autor de quadrinho; para muitos ele é um ícone, uma lenda ao lado de grandes nomes como Will Eisner, Jack Kirby, Stan Lee, Jim Steranko. 3 Film noir é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático.
  • 21. 21 O começo de sua carreira foi difícil; em 1975, aos 18 anos, foi para Nova York. Na verdade Frank Miller era fã das histórias policiais noir, como se pode reparar em Sin City, que é a história de um detetive que narra sua própria história num mundo caótico. Quando foi para Nova York passou por muita dificuldade financeira. A princípio, não partiu diretamente para esse tipo de história policial, pois não tinha espaço na época, mas também não queria voltar para sua terra natal. Um de seus grandes trabalhos que o destacou foi “Batman – O Cavaleiro das Trevas - Batman: The Dark Knight Returns”. Miller fez uma total repaginação de nosso herói dando um ar mais sombrio do que jamais ele tinha sido. E a mudança não foi somente no texto mas também na reestruturação dos quadrinhos das vinhetas. Mas seu grande trabalho que virou filme, foi sem dúvida Sin City. 4.1.2. Will Eisner Figura 19 Nova York, 6 de março de 1917 - Flórida, 3 de janeiro de 2005 Ele com certeza com foi um dos grandes pioneiros das histórias em quadrinhos da forma como a conhecemos hoje. Um de seus grandes trabalhos foi Spirit na década de 40, em que conta a história de um detetive que tem esse nome, pois não sabem se ele esta vivo ou morto. Da mesma forma que Sin City de Frank Miller virou filme, mas na verdade, o filme acabou sendo um Spirit de Frank Miller, pois ele colocou a mesma linguagem que colocou em Sin City, o mesmo ar sombrio e com altos contrastes.
  • 22. 22 Além da história das histórias em quadrinhos, pesquisei as obras, os quadrinhos dos autores mencionados acima. Como sua composição, diagramação e os diversos recursos usados por eles. Pesquisei também sobre onomatopéias, cada tipo para cada situação, para que eu não cometesse o erro de colocar um som que não corresponde ao que era de fato. 4.2. AS PRIMEIRAS FOTOS Antes da criação do argumento tirei algumas fotos no lago do amor, aproveitando um dia de sol, pois eu já tinha em mente como seria a história. Algumas só do lago e outras ficcionais. Duas delas, inclusive, foram aproveitadas durante a criação do argumente e, conseqüentemente, do roteiro. As fotos citadas se tratam a de uma garrafa de suco de laranja, uma mais distante e outra mais próxima, mostrando o olhar do personagem de Pietro, o detetive da história, com é mostrado nas figuras 20 e 21 a baixo :. Figura 20 Figura 21
  • 23. 23 4.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO Para criação do argumento e roteiro, primeiramente, li um texto de Antônio Costa “Compreender o Cinema” que, embora fosse direcionado ao cinema, cabia bem ao meu trabalho; não havia muita diferença, era a mesma linguagem que eu iria usar, com a diferença de não ter som e sim texto. Além desse texto, também peguei como referência para a criação do roteiro uma revista, “Como desenvolver roteiro para Mangá – narrativas – dinâmica - personagens” da editora Canaã Com base nisso foi feito o argumento, um pequeno texto contando a história do quadrinho; após esse processo foi feito o roteiro em que foi pensado em cada quadrinho, descrevendo-o e colocando seus respectivos diálogos. Para a maior compreensão da história segue os anexos do argumento na pagina 45 e do roteiro, nas pagina 53. 4.4 O CROQUI Após a realização do argumento e do roteiro foi feito o croqui, que basicamente é um rascunho, um desenho de como serão feitas as páginas do quadrinho. Para fazê-lo usei como referencia o roteiro, mas não o segui à risca e sim o adaptei, fui moldando até ficar conforme eu desejava. Abaixo a imagem dei uma das páginas do croqui, justamente aquela na qual está a cena em que Pietro (o detetive) vê a garrafinha de suco de laranja na beira do lago. Abaixo uma das folhas de meu croqui, mas no final desse relatório no anexo 1 na pagina 39 se encontra o croqui de todas as páginas deste quadrinho.
  • 24. 24 Figura 22 Para fazer uma diagramação fiel aos quadrinhos, li vários quadrinhos que baixei da internet, Sin City de Frank Miller, Batman – As dez noites da Besta. Spirit de Will Eisner.
  • 28. 28 4.5. OUTRAS FOTOS Depois de passado por essa etapa, foram tiradas outras fotos, com meu celular, um Samsung X660; foram tiradas aproximadamente 30 fotos. Outras fotos foram feitas com uma webcam, az fotos da webcam foram feitas para se dar o acabamento final. Foram tiradas fotos do lago e fotos ficcionais, as ficcionais foram tiradas após a elaboração do roteiro. Após tirar as fotos, no total aproximado de 30 fotos, foi feita uma seleção baseada no roteiro e algumas delas foram inseridas. Isso não é muito comum geralmente se faz o inverso. As fotos do celular tinham o tamanho de 640x480 pixels4 Durante o processo houve a necessidade de novas fotos para compor as vinhetas e não havia como eu tirar as fotos no lago do amor; então as tirei com minha webcam; na verdade me filmei e, depois, com o programa PowerDVD, visualizei o vídeo e, em seguida, fui copiando os quadros que precisava para, em seguida juntar o fundo com a foto desejada. Após ter copiado os quadros selecionei uma das fotos para, em seguida, juntar ao fundo para poder compor o quadro da vinheta. Abaixo coloquei uma demonstração de como fiz a montagem das fotos. Recortei a minha foto (figura 26) e, em seguida coloquei no fundo (figura 27) a onde queria e coloquei o efeito de arestas posteriazadas como é demonstrado a seguir na figura 28. Figura 26 4 Pixel (aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento de imagem, sendo Pix a abreviatura em inglês para Picture) é o menor elemento num dispositivo de exibição.
  • 30. 30 4.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS Após tirar as fotos com meu celular, passei-as para o computador e, através do programa PhotoShop, as editei, usando o filtro de “arestas posterizadas” para criar o efeito de desenho como é mostrado nas figuras 29 e 30 respectivamente. Figura 29 . Figura 30 Criei assim a ilusão de que fosse um desenho, além desse efeito foi feito montagens entre duas fotos para se criar a ilusão de que o personagem esteve realmente lá no local. Primeiramente havia tirado uma foto mostrando o lago e mostrava a cerca laranja que cerca parte do lago (figura 32). Eu precisava de uma foto em que Pietro estaria naquele local olhando o lago, mas como não tinha mais como ir até lá, tirei uma foto minha com a webcam. Depois de já estar com a foto joguei no PhotoShop e tirei o fundo, deixando somente eu (figura 31), para em seguida inseri-la no fundo do lago. Já estando as duas juntas as mesclei, indo no menu camadas e depois clicando em “achatar imagens” para que ficasse como se fosse uma só imagem (figura 33) e logo em seguida coloquei o efeito de “arestas posterizadas como é mostrado nas figuras a baixo.
  • 31. 31 Figura 31 Figura 32 Figura 33 4.7 DIAGRAMAÇÃO Já com o croqui, o roteiro, e as fotos. Parti para a diagramação, usando o programa “Corel Draw”, um programa de vetorização. Fui colocando os quadros dos tamanhos desejados para, em seguida, inserir as imagens.
  • 32. 32 Procurei seguir o croqui, mas, quando preciso fiz modificações. Como quadros que não funcionavam na prática, na verdade pequenas modificações sem mudar a essência. A seguir o croqui da página e depois como ela ficou. Figura 34
  • 34. 34 Durante a diagramação dessa página ficou faltando uma foto e, como não tinha como ir ao lago para bater a foto, mas eu já tinha foto do lago, tirei uma foto minha com minha webcam, juntei minha foto com o fundo e inseri na página. Figura 36
  • 35. 35 A baixo a foto já montada pronta para colocar no quadrinho. Figura 37 4.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS Foram feitas 8 páginas no total, contando com a capa e sobrecapa. O número de paginas foi planejado para que durante a montagem da revista desse o encaixe perfeito, sem sobrar nem faltar. Frente CONTRA CAPA CAPA Verso PAG. 1 PAG. 6 Figura 38
  • 36. 36 Frente PAG. 5 PAG. 2 Verso PAG. 3 PAG. 4 Figura 39
  • 37. 37 5 – Conclusão Ao fim deste trabalho pude concluir que as HQs não são novas; já existem há um bom tempo. E que hoje as mídias existentes, tais como a Internet e o uso de programas de computador, têm propiciado uma grande evolução em relação as HQs (Historias em Quadrinhos). Hoje, além das histórias em papel, pode-se encontrar histórias em quadrinhos na Internet; Pode-se de chamar de HQs virtuais na qual você pode ver a historia pela internet e; também, com a tecnologia existente hoje, ficou muito mais fácil editar e criar uma história em quadrinho. Não mais dependemos única e exclusivamente do papel; ainda existem as HQs em papel, mas, mesmo elas hoje já têm um meio de produção totalmente informatizado, propiciando uma maior agilidade e melhor qualidade; além disso, a possibilidade de aproveitar os recursos existentes através dessas novas tecnologias para a elaboração de histórias na qual se utiliza essa mídia com novas experimentações, como o trabalho que fiz. Uma foto-novela na qual apesar de usar fotos, aproveitei os recursos dessas novas mídias e criei essa história, que, embora seja uma foto- novela, ficou com aspecto de quadrinho de desenho.
  • 38. 38 7 - Referências Bibliográficas Livros CAGNIN, Antonio L. Os Quadrinhos. São Paulo: Ática, 1975 SIGRIST, Marlei, Apostila Histórias em Quadrinhos, Campo Grande 2005 Costa, A. Compreender o cinema. Rio de janeiro, Globo, 1987 “Curso Básico de Desenho Nº 13” - COMO DESENVOLVER ROTEIRO PARA MANGÁ – NARRATIVA – DINÂMICA – PERSONAGENS. Editora Canaã - Ano 1 Internet http://www.omelete.com.br/quad/100004698.aspx , acesso10/08/2008 http://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner , acesso 10/08/2008 http://www.willeisner.com , acesso 10/08/2008 JARCEM, René G. Rodrigues. “Histórias das histórias em quadrinhos”.História, imagem e narrativas. Nº 5. Ano 3, setembro/2007, disponível em: www.historiaimagem.com.br, acesso 08/08/2008
  • 39. 39 Anexo Nº 1 CROQUI DAS IMAGENS E DIAGRAMAÇÃO DOS QUADROS
  • 40. 40
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  • 45. 45 Anexo 2 ARGUMENTO “MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR” Eram 6 horas da manhã e os primeiros raios de sol entravam pela janela. Tentando me proteger da luz peguei o travesseiro e pus sobre a cabeça, quando o despertador tocou incessantemente. Não suportando o barulho o desligo, me levanto, pego meu carro e vou ao meu escritório. Chegando lá o telefone toca e, do outro lado da linha, uma voz sensual dizia. Alô! Detetive Pietro? Oi Nataly o que conta de novo? Preciso de sua ajuda. Sou todo seu. (voz, sedutora) Algo estranho esta acontecendo no lago do amor. Deve ser algum casal mais ousado? (risos) Naoooooooooooooooooooo Algo que está assustando as pessoas. Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok? Ok Pietro, vou ficar te devendo. Vou cobrar heim!!! (sussurrando ao telefone) Peguei meu carro e fui em direção ao lago, estacionei meu carro no estacionamento do Glauce Rocha; chegando lá peguei a ponte em direção ao Lago do Amor, peguei a trilha e fui andando pela margem do lago, fiquei observando atentamente o movimento das águas. Vejo algo se mover ao fundo do lago, um ponto incompreensível, olho atentamente seguindo-o e vejo ele se aproximar da beira do lago, quando percebo ser apenas uma capivara; alarme falso! Caminhei à beira do lago e vi uma garrafinha de suco de laranja flutuando. - Será que isso assusta alguém? (pegando a garrafinha) Coloquei a garrafinha em um saco plástico e guardei. O sol começa a se pôr, olho no relógio e já são 18 horas, hora de ir. Pensando melhor vou ficar mais um pouco. Fico observando a beira do lago e vejo várias capivaras indo em direção à margem, inclusive algumas que estão com seus filhotes. O tempo passa e, agora sim, é hora de ir, já que nada de novo aconteceu. Pego meu possante preto como a noite e vou pra casa descansar. No dia seguinte... Lá estou eu de novo a observar o lago. Durante a caminhada pelo lago encontro uma garota e converso brevemente com ela, contando-lhe o caso perguntando se ela tinha visto algo; parecia lembrar-se de uma serpente gigante, mas, foi rápido demais, não deu pra identificar, mas assustou. Pensei; nossa, será possível?ou será piração dessa menina? Tudo parecia muito tranqüilo e sereno; um ambiente perfeito para o encontro de namorados, com seus banquinhos, onde resolvi me sentar quando meu celular tocou; era Nataly. Oi Linda! E aí Pietro descobriu algo?
  • 46. 46 Nada de concreto, só o depoimento de uma estudante que encontrei por aqui, mas nada conclusivo. Mas o que ela disse? Ela tava viajando demais, dava pra ver pelos olhos dela, mas, pensando bem, bem que você poderia vir aqui, estou sentado em um dos banquinhos; vai ser fácil me achar. Ok Pietro já to indo. O tempo passa e, quando olho pra traz, lá esta ela vindo, linda como sempre, se sentando do meu lado. Coloco meu braço sobre seu ombro e digo a ela: Como está lindo aqui você não acha? Com certeza. E com você aqui. (olha pra ela sem dizer nada) Os olhos se cruzaram de forma magnética de desse magnetismo surgiu um beijo, um leve beijo. Ainda com os braços no ombros de Nataly Pietro olha para traz, piscando os olhos e diz: Não é a toa que chamam de lago do amor. Fim
  • 47. 47 Anexo 3 ROTEIRO Descrição do Quadrinho Diálogo Plano geral do quarto c/ uma cama de casal onde o detetive Pietro dorme todo esparramado e do lado direito da cama uma escrivaninha com um despertador. A Luz entra na janela. Close de Pietro cobrindo o rosto com um travesseiro para se proteger da luz. Close do despertador O despertador toca Close do despertador com a mão de Pietro sobre ele sem tocá-lo. O despertador continua tocando Close do despertador O despertador para de tocar Mostra o carro em frente da casa Vrummmmmmmmmmmmm Mostra a frente do carro andando em uma rua. Vrummmmmmmmmmmmm Mostra a porta do escritório de Pietro Mostra o interior do escritório com uma mesinha uma cadeira e um telefone com Pietro sentado na cadeira. Da um close no telefone Toca o telefone Mostra Pietro com o telefone no ouvido de frente - Alô Detetive Pietro ? - Oi Nataly o que conta de novo ? - Algo de estranho esta acontecendo no lago do amor Mostra Pietro com o telefone agora dando um close em sua boca e o bocal do telefone - Como assim - Não sei, mas esta assustando as pessoas. - Deve ser algum casal mais ousado? (risos) - Nãooooooooooooooooooooooo - Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok? - Ok Pietro, vou ficar te devendo. Mostra o carro de frente andando em uma rua. Vrummmmmmmmmmmmmmmmm Mostra o carro estacionado no estacionamento do Glauce Rocha. Mostra a ponte de longe, visualizando as placas - Lá vamos nós. Mostra a ponte. Mostra o caminho depois da ponte onde há uns bambus
  • 48. 48 Mostra Pietro de Costas e na frente o lago. - Nossa. Realmente aqui é muito bonito. Vê-se o lago e no fundo do lado esquerdo um ponto. Mostra o rosto de Pietro olhando espantado, ele usava um óculos escuro e quando viu o objeto abaixou. O que é aquilo? Mostra o ponto agora um pouco mais a direita Ele atinge a beira do lago e sai. - Nossa, é apenas uma capivara Caramba (indignação) - Alarme falso. (indignação) Mostra a beira do lago onde se vê uma garrafinha de suco de laranja. Aproxima-se um pouco da garrafinha. Pega a garrafinha e olha Será que isso assusta alguém? Mostra o lago e sol se pondo - Acho que é hora de ir embora, pensando melhor vou ficar mais um pouco. Mostra Pietro e lago ao fundo Mostra a margem do lago lotado de capivaras. Close em uma das capivaras que amamentam seus filhotes enquanto Pietro observa. Mostra o carro em movimento na rua Vrummmmmmmmmmmmmmmmmm Mostra o nascer do sol Mostra o lago novamente No dia seguinte... Durante a caminhada pela beira do lago Pietro esbarra em uma estudante. - Oi sou detetive, Meu nome é Pietro Mostra em close o rosto da garota com um óculos escuros] a esquerda e de Pietro de costas a direita na frente da garota. - Oi sou Anna estudante de Bilogoia (Anna) - Tem visto algo estranho por aqui? Estou investigando sobre algo que esta assustando as pessoas. Mostra garota em close pensativa Hum vi algo com uma serpente gigante mas pensando bem não deu pra identificar direito mas assustou muito. Mostra Pietro em close. - Muito obrigado. Mostra Pietro se apoiando na cerca laranja observando a linda paisagem do lago. Sendo que ele é visto de costas com o lago ao fundo. (pensando)..Deve existir algo mesmo ou é uma brincadeira de muito mal gosto. Mostra Pietro sentado no banquinho dando um close da cintura pra cima de costas com o lago ao fundo. (pensando)... Nossa aqui é tão bom pra namorar, um lugar maravilhoso. Da um close no bolso de Pietro. Celular tocando
  • 49. 49 (primmmmmmmmmmm) Mostra o close do rosto e o celular no ouvido. - Alo - Sou eu Nataly descobriu algo. - Nada conclusivo. Mostra um close do celular e da boca. - Não quer vir aqui? Está tão bom. - Boa idéia, já estou indo. Close da mão com celular ainda aberto. Close do celular na mão fechando Click Mostra o close do rosto de Pietro com o lago ao fundo. Passado algum tempo... Aparece Pietro de costas com o lago ao fundo. Psiuuuu...Pietro !!!!!! Aparece ele de costas com o rosto virando olhando pra traz. Oi Nataly! Mostra os dois em um close um olhando pro outro com o lago ao fundo, com eles sentados no banco. Você tem razão. (Nataly) Os dois em close dando um selinho Mostra Pietro abaixando seus óculos escuros e com uma moldura de coração. - Não é a toa que chamam de lago do amor.
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