SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 58
Conjugação e Transdução em
         bactérias
    Prof. Dra. Adriana Dantas
    UERGS - Bento Gonçalves
RE PRODUÇ ÃO


• Reproduç ão A s s exuada
    Divis ão celular / Fis s ão Binária
         - A mitos e


         - Duplicaç ão do DNA



         - S eparação da c élula mãe em duas c éls -filhas

               S epto de divis ão
RE PRODUÇ ÃO


• Reproduç ão S exuada
   C onjugação
      Trans ferência de plas mídios por pontes citoplas máticas




    Trans dução
      Introdução de fragmentos de DNA entre bactérias

            Bacteriófagos



   Trans formaç ão
      A bs orção de fragmentos de DNA de bactérias lis adas
      no meio
C LA S S IFIC A Ç ÃO

                                              Pos itivas
      • C orante de G ram
              C hris tian G ram - 1884
                                              Negativas

       Metodologia
C orante Violeta    iodo (fixação)       metanol (des coloração)   S afranina

                           Paede Cel a + espessa
                             r     ul r
 G ram Pos itivas         F m o 1 º cor nt
                            ixa         ae
                           A ou V et
                            zul iol a
    Conta e
       r st
                           Paede Cel a - espessa
                             r     ul r
 G ram Negativas          Descol a s
                                or da         F m o 2° cor nt
                                               ixa        ae

                           V mel
                            er ho
C LA S S IFIC A Ç ÃO


• B actérias G ram-pos itivas
Várias es pécies de:

         E s treptococos ; E s tafilococos ; E nterococos




• B actérias G ram-negativas
         Vibrião colérico; C los tridium; s almonelas


                                                      goulart@ucg.br
GE NÉ TIC A B A C TE RIA NA

• Genomar aiv ment pequeno
         el t a e
     Compaa a G
          r do o enomaE r o
                       ucaiot


• Cont t dir o com o cit a
     ao et             opl sma
     Pr r os – A ê de caiot
       ocaiot   us ncia r eca


• Compost pordifer modaida de DNA
        o         entes l des

     -Cromossomo

     -Pl smídeo
       a

     -Ta
       r nsposon

     -Ba eró go
        ct i fa
C ROMOS S OMO

• F adupl /Cir a
   it a cul r

• Difuso nar ã nucl ó
            egi o e ide

• T ma v r de a do com o gr
   a nho aia cor           upo
     < Mycop lasm a genitalium (580 Kb )
                                                 Paa ax V l r
                                                   r sit ida iv e
     > Myxococcus xanthus (920 Kb)
                              0


• G paao met bol e cicl v l
   enes r  a ismo o ita

      it í
• Const udo porpat codifica es
                 res       nt
     A ê de Introns e R õ Int gê s
      us ncia          egi es er nica

• Const uem Rep licons
      it
     Unida mol aes ca zes de r ç o a ô
          des ecul r pa       eplica ã ut noma
PLA S MÍDE O

• M é ade DNAcir a
   ol cul       cul r

• T ma v rá el
   a nho ai v
    1.0 0x /10 0 x cr
       0      .0 0 omossomo ba er no
                              ct ia

• M ior da ba éia ta ta1 ou + t
   a ia s ct r s r nspor      ipos

• G “a óios”
   enes cess r
    Nã essencia àsobr iv nciada ba éia
      o        is    ev ê      s ct r s
                             R ê àa ibióicos, pr ç o de t s, ...
                                                odu ã oxina
    Sel ç o Naur l
      eã t a                  esist ncia nt t

    A pt bil de em condiç es especia
     da a ida            õ          is

• A idos pel Conj ç o
   dquir   a uga ã
    R oduç o sexua
     epr ã        da
    Ta ê porpont cit a áica
     r nsfer ncia es opl sm t s
TRA NS POS ON

• Fr gment de DNAl rde t ma v rá el
    a os         inea a nho ai v
      í
     Mnimo 5 Kb

• Codificapr ena a óia
            ot í s cess r s
                                      E er oxina enzima degr daiv s
                                       nt ot s,        s a ta

• Eement mó eis
   l os v
     Ca zes de inser em no cr
       pa           ir       omossomo ba er no
                                        ct ia

• Ta ç o
   r nsposi ã
     A ó ainser ã deixa có s no st e se desl m damol cul
      ps       ço      m pia í io          iga     é a

• IS– Seqü ncia de inser ã
          ê s           ço
     Responsá elpel pr
             v o ocesso de t a ç o
                           r nsposi ã
     Seqü ncia especifica de DNA(~10 0pb )
         ê s             s          0

     CodificaTa
              r nsposase
B A C TE RIÓFA GO

• DNAde or v a
          igem ir l


• Inser ã do DNAv a no cr
       ço        ir l omossomo ba er no
                                 ct ia

• Vr ba eró gos ta t m genes que codifica faor de v ul ncia
   áios ct i fa r nspora                 m t es ir ê

                                      oxina éica
     Coryneb acterium d ip htheriae – t dift r

     Clostrid ium b otulinum – t bot í
                               oxina ulnica

     Escherichia coli – cit oxina
                          ot


• Conv sã de ba éia nã paogê s em paogê s
      er o     ct r s o t nica      t nica
     A ó infecç o porba eró gos
      ps       ã       ct i fa
Variabilidade
 Embora as mutações sejam responsáveis
  pela expressão de várias novas
  características por uma célula, muitos dos
  fenótipos expressos pelos microrganismos
  procarióticos são decorrentes da aquisição
  de novos fragmentos de DNA, por meio de
  processos de transferência horizontal de
  genes.
Processos de Transferências
         Transformação
           Conjugação
          Transdução.
      Conversão lisogênica
Transformação
 É definida como um processo de incorporação
  de DNA na forma livre, geralmente decorrente
  da lise celular.

 A partir de seu descobrimento, foi demonstrado
  formalmente que o DNA era a molécula
  envolvida na hereditariedade (F. Griffith, 1928).

 Várias bactérias Gram positivas e negativas são
  naturalmente transformáveis, entretanto, dentro
  de um gênero, nem todas as espécies o são.
Reprodução Bacteriana
           Transformação
 Reprodução sexuada
 A transferência de material genético ocorre
  quando uma célula receptora capta DNA
  solúvel liberado no meio por células
  doadoras.
Transformação natural
 Processo de incorporação de DNA exógeno na forma livre,
  geralmente decorrente da lise celular ou extraídos de
  células doadoras.

 Para que ocorra transformação a célula deve ser
  competente, isto é, deve apresentar sítios de superfície
  para a ligação do DNA da célula doadora e apresentar a
  membrana em uma condição que permita a passagem
  deste DNA.

 Envolve a participação de diferentes proteínas (proteína de
  ligação ao DNA, presente na membrana, autolisinas,
  nucleases), sendo um processo variável entre os
  microrganismos (nem todos apresentam competência).

 Exemplos de bactérias naturalmente competentes:
  Bacillus, Streptococcus, Neisseria
Célula transformada (recombinante)
Processo de Transformaçao
 Na natureza, o processo ocorre quando uma célula sofre
  lise, liberando seu DNA.

 Este, por ser de grande tamanho tende a sofrer quebras,
  originando centenas fragmentos de aproximadamente 15
  kb (o equivalente a cerca de 15 genes, em Bacillus
  subtilis).

 Como uma célula absorve poucos fragmentos, apenas
  uma pequena proporção de genes podem ser transferidos.

 Inicialmente, para que o processo ocorra, é necessário que
  a cél. encontre-se competente, isto é, deve apresentar
  sítios de superfície para a ligação do DNA da célula
  doadora e apresentar a membrana em uma condição que
  permita a passagem deste DNA.
Competência celular
 Aparentemente, o número de sítios disponíveis para a
  ligação do DNA é limitado. Esta captação parece estar
  relacionada a uma pequena sequência, de 10 a 12 pares
  de bases, presente no DNA exógeno.

 Em Haemophilus, foi demostrada a presença de uma
  proteína que reconhece e liga-se a uma sequência 5’ -
  AAGTGGGTCA - 3’, muito comum no genoma deste
  microrganismo, garantindo que somente ocorrerá a
  captação de DNA de espécies muito similares.

 A competência é um processo que depende de várias
  condições distintas nos diferentes microrganismos. Sabe-
  se que a fase de crescimento e as condições ambientais
  desempenham um papel de extrema importância no
  processo. Além destes, a temperatura e a concentração de
  cátions também influenciam a eficiência do processo.
Captaçao do DNA
 A captação do DNA também é diferente entre
  Gram positivos (G+) e Gram negativos (G-):

 Nas G+ o DNA é captado como dupla hélice e
  absorvido como fita simples, sendo uma das fitas
  degradadas.

 Nas G-, o DNA é absorvido como fita dupla,
  embora apenas uma das fitas participe do
  processo de recombinação. Independente do tipo
  celular, a ligação do DNA à célula é mais eficiente
  quando está como fita dupla.
Ligação do DNA
 As células competentes ligam o DNA com muito
  mais eficiência que células não competentes (1000
  vezes mais).

 Streptococcus pneumoniae é capaz de ligar apenas
  cerca de 10 moléculas de DNA de dupla fita, de 15
  a 20 kb.

 Quando são absorvidas, como DNA de fita simples,
  estas passam para cerca de 8 kb.

 Em Haemophilus influenzae, é necessário que o
  DNA tenha uma sequência específica de 11 pb,
  para que haja a ligação irreversível e o DNA seja
  captado.
Integração do DNA:
 O DNA liga-se a proteínas na superfície celular, sendo em
  seguida absorvido ou tendo uma de suas fitas degradadas
  por nucleases antes da absorção.

 À medida que o DNA é absorvido no interior da célula, este
  se associa a proteínas de ligação ao DNA de fita simples,
  protegendo-o de degradação.

 A proteína RecA também participa deste processo,
  associando-se à fita e promovendo a recombinação.

 Há então a degradação do que resta da fita simples e
  formação de um DNA híbrido, que na replicação originará
  uma molécula parental e outra recombinante.
Transformação em
Streptococcus, um
organismo Gram positivo.

O autoindutor (1) ao
encontrar o receptor (2)
interage com este,
promovendo a ativação de
vários genes (3, 4 e 5) dentre
eles as autolisinas,
nucleases e proteína de
ligação ao DNA.

Uma das fitas do DNA passa
a ser captada pela célula,
enquanto a outra é
degradada (6).

Ao penetrar na célula a fita
simples é protegida por
proteínas. Caso este DNa
encontre uma região
complementar, a proteína
RecA auxiliará sua
recombinação com o DNA
endógeno (7).
Conjugação
 Processo de transferência de DNA de uma bactéria para
  outra, envolvendo o contato entre as duas células (Tatum
  & Lederberg, 1946).

 A conjugação está associada à presença de plasmídeos de
  natureza F.

 Estes plasmídeos contêm genes que permitem a
  transferência do DNA plasmidial de uma célula para outra
  ou, em outras palavras, a capacidade conjugativa.

 Quando a célula porta um plasmídeo de natureza F é
  denominada F+, doadora, ou macho, enquanto células
  desprovidas de tais plasmídeos são denominadas F-,
  receptoras, ou fêmeas.
Reprodução Bacteriana
              Conjugação
 Reprodução sexuada
 É um processo de transferência de material genético,
  promovido por plasmídios conjugativos.
Conjugação
 Transferência de genes através do contato entre
  células bacterianas. O DNA é transferido
  diretamente de uma bactéria para outra.
 2 tipos de células envolvidas na conjugação:
 Doadora: possui plasmidio F (fertilidade)
  denominada célula F+
 Receptora: não possui plasmídio F, denominada
  célula F-
Células Hfr (high frequency of recombination) são células onde o
plasmídio F torna-se integrado ao cromossoma. Possuem maior
capacidade conjugativa ou de transferência.
Transferência do plasmídio F de uma célula doadora (F+) para célula receptora (F-)
O cruzamento entre célula Hfr x F- resulta na transferência de
fragmentos de DNA cromossomal de uma célula para outra.
Raramente ocorre transferência completa dos genes do plasmídio F
então a célula receptora continua F- porém incorpora genes da célula
doadora em seu genoma (recombinação)
 A capacidade conjugativa está associada à presença de
  determinados genes localizados em um operon
  denominado tra.

 Estes genes conferem uma série de características
  envolvidas na conjugação tais como a síntese do pilus F,
  responsável pelo reconhecimento e contato entre as
  células, assim como a transferência do DNA plasmidial.


 Eventualmente, os plasmídeos podem ser integrados no
  cromossomo, sendo este processo mediado por pequenas
  seqüências de DNA denominadas IS (insertion
  sequences).

 As células apresentados tais plasmídeos integrados são
  denominadas Hfr (do inglês High Frequency of
  Recombination). Quando integrados, esses plasmídeos
  podem mobilizar a transferência de genes cromossomais
  também.
Conjugaçao em gram negativas
 Dois tipos:

    – entre células F+ e F-, resultando em duas células F+
    – entre células Hfr e F-, resultando em uma célula Hfr e outra F-.

 Nos dois processos, acredita-se que o mecanismo provável de
  transferência do DNA seja pelo círculo rolante, onde apenas uma das
  fitas é transferida, sendo a fita complementar sintetizada pela célula
  receptora.

 O estímulo para o disparo do processo seja o contato das células.
  Assim, a conjugação envolve a passagem de DNA de uma célula F+
  para outra F-, que torna-se então F+ também.

 Nestes casos, passam grandes blocos de DNA da célula Hfr para a
  receptora, promovendo extensas recombinações.
Transdução bacteriana
 Transferência de informação genética
  mediada por um bacteriófago

 Transferência mediada por vírus, podendo
  ser generalizada (qualquer fragmento de
  DNA) ou especializada (determinados
  genes, passados por fagos temperados).
Reprodução Bacteriana
               Transdução
 Reprodução sexuada
 É a transferência dos genes cromossômicos ou de
  moléculas de plasmídios de uma bactéria para
  outra, por meio de um bacterófago.
Bacteriófago
 Um fago (também chamado bacteriófago) é um pequeno
  vírus que infecta apenas bactérias.

 Da mesma forma que vírus que infectam eucariontes, os
  fagos consistem numa proteína exterior protetora e no
  material genético (dupla hélice em 95% dos fagos
  conhecidos) dentro da cápsula de 5-650 Kbp (1 Kpb =
  1.000 pares de bases).

 Os fagos foram descobertos independentemente por
  Frederick Twort em 1915 e por Félix D’Herelle em 1917.
Fagos
 Fagos infectam especificamente bactérias.

 Alguns fagos são virulentos, significando que uma vez que
  a célula tenha sido invadida, eles imediatamente iniciam
  seu processo de reprodução, e em pouco tempo "lisam"
  (destroem) a célula, lançando novos fagos.

 Alguns fagos (bem conhecidos como fagos temperados)
  podem ao contrário entrar em um estado relativamente
  inofensivo, e então integrar seu material genético no DNA
  cromossomal da bactéria hospedeira (muito semelhantes
  aos retrovírus endógenos em animais) ou estabelecendo-
  se a si mesmos como plasmídeos.
 Estes fagos endógenos, referidos como profagos, são
  então copiados a cada divisão celular junto com o DNA da
  bactéria hospedeira.

 Eles não matam a célula, porém monitoram (via algumas
  proteínas que eles codificam para isto) o estado de seu
  hospedeiro.

 Quando a célula do hospedeiro mostra sinais de stress
  (significando que ela esteja próxima de sua morte), os
  fagos endógenos tornam-se ativos novamente e iniciam
  seu ciclo reprodutivo, resultando na lise de célula
  hospedeira.

 Um exemplo é o fago lambda da E. coli. Algumas vezes,
  mesmo profagos podem prover benefícios para as células
  hospedeiras enquando dormentes, pela adição de novas
  funções ao genoma da bactéria, um fenômeno chamado
  conversão lisogênica.
Importância na biologia molecular
 Utilizados como vetores de clonagem para inserir
  DNA bas bactérias.

 Eles estão sendo também avaliados por
  pesquisadores médicos como uma alternativa aos
  antibióticos para tratar infecções por bactérias
  (porque matar bactérias é o que os fagos fazem
  de melhor).

 Phage display é um teste para investivar
  interações de proteínas pela integração de
  múltiplos genes de um banco de genes em fagos.
Transdução generalizada
 Descoberta em Salmonella typhimurium com o fago P22, embora este
  processo também ocorra em outras bactérias, tais como E. coli.

 Este tipo de processo requer a ocorrência de um ciclo lítico, onde
  eventualmente pode haver o empacotamento de fragmentos de DNA
  da célula hospedeira, gerando partículas denominadas partículas
  transdutoras, que correspondem ao capsídeo viral contendo em seu
  interior DNA bacteriano.

 Embora não possam ser descritas como vírus, as partículas
  transdutoras exibem a capacidade de adsorção à superfície de outras
  células bacterianas.

 A frequência com que um determinado gene é transferido é baixa uma
  vez que cada partícula transdutora leva apenas um determinado
  fragmento de DNA (1 em 106 ou 108 cél. recebem um determinado
  gene).
Transdução generalizada: durante um ciclo lítico, pode haver a incorporação de DNA
bacteriano no capsídeo viral. Este DNA poderá ser transferido para outra bactéria, pois os
processos de adsorção e injeção de DNA dependem da estrutura do vírus, independente
do tipo de DNA contido em seu interior .
Transdução especializada:
 Evento raro, embora bastante eficiente.

 O exemplo melhor conhecido e primeiramente descoberto
  foi a transferência de um genes que codificam produtos
  envolvidos na degradação de galactose pelo fago l de E.
  coli.

 A etapa inicial no processo corresponde à infecção e
  lisogenização do fago, que ocorre em sítios específicos do
  genoma.

 Neste caso, a integração do fago ocorre adjacente ao
  conjunto de genes envolvidos na utilização de galactose.
Transdução especializada
 Pela ação de algum indutor (ex: UV) há a separação do
  fago do genoma (integração reversa), que normalmente
  ocorre perfeitamente.

 Entretanto, em alguns casos, essa separação é defeituosa,
  promovendo a remoção de genes bacterianos e deixando
  parte do genoma viral na célula.

 Essas partículas podem ser de dois tipos:
   – aquelas que carregam genes gal
   – outras que carregam genes bio.

 Aquelas partículas levando genes gal são denominadas
  ldgal (defectivas, contendo o gene gal), porque são
  incapazes de formar partículas virais maduras (porque
  deixam no hospedeiro o gene que codifica a proteína
  integrase).
Transdução especializada: este processo é dependente da ocorrência de um ciclo
lisogênico. O fago integra seu DNA ao DNA bacteriano e após um determinado período de
tempo e de acordo com certos estímulos, este fago pode iniciar um ciclo lítico. Caso a excisão
do DNA viral ocorra de maneira defeituosa, poderá haver a transferência de um pequeno
fragmento de DNA bacteriano (porque parte do DNA viral ficará incorporado ao genoma
bacteriano). Este vírus "defeituoso" poderá transferir o DNA bacteriano para outras células.
Conversão lisogênica:
 Transferência de genes de fagos para bactérias.
  A própria lisogenização torna a bactéria imune a
  outras infecções por este fago, mas além disso,
  outros fenótipos podem ser adquiridos.

 O exemplo mais clássico consiste na conversão de
  células atoxigênicas de Corynebacterium
  diphtheriae em toxigênicas, pelo fago ß. Assim, a
  bactéria recebe um gene que codifica uma toxina,
  sendo este gene de origem viral.
Biologia do Bacteriofago
 Um dos vetores mais utilizados nos
  processos de clonagem molecular é o
  denominado bacteriófago λ, o qual
  comporta-se como um vírus da E.coli.

 O fago λ é um parasita obrigatório da
  E.coli, o qual necessariamente deve injetar
  o seu DNA na bactéria hospedeira para a
  sua multiplicação.
Infecção da E .coli o genoma do fago
          pode seguir duas vias:
 a) Estado lítico, o DNA do fago permanece na bactéria como uma
  molécula independente, havendo a ativação de alguns genes do fago
  e a concomitante inativação de outros, dentro de um programa
  estritamente definido.

 Como resultado o cromossomo do fago é replicado ativamente, ocorre
  a síntese das proteínas da capa e da cauda, formam-se novas
  partículas virais.

 Em aproximadamente 45 minutos após a infecção a célula hospedeira
  é lisada havendo a liberação de cerca de 100 novos fagos.
Infecção da E .coli o genoma do fago
         pode seguir duas vias:
 b) Estado lisogênico:

 Neste caso, o DNA do fago é integrado no cromossomo da
  bactéria passando a ser chamado profago.

 No estado lisogênico, todos os genes do profago estão
  inativos com excessão do gene que produz a proteína
  repressora.

 A bactéria hospedeira carregando o profago multiplica-se e
  este é replicado passivamente e distribuído para as
  bactérias descendentes.
 Em condições naturais a opção entre seguir o
  estado lítico ou lisogênico depende das condições
  do meio.

 Assim, via de regra em meio rico em nutrientes o
  estado lítico é preferencial, por exemplo o fago λ
  na bactéria E.coli intestinal.

 Por outro lado, em meio pobre de nutrientes como
  é o caso da E.coli no solo, o fago prefere o estado
  lisogênico.

 Em condições experimentais, o estado a ser
  seguido depende de um balanço entre os fatores
  do meio intra e extra celular e de fatores genéticos
  da bactéria hospedeira e do bacteriófago
Genoma do fago λ
 O bacteriófago lλ é uma partícula viral constituída de
  aproximadamente 50% de proteínas e 50% de DNA.

 O DNA do fago λ, na forma como ele é isolado da partícula viral, é
  uma molécula linear com dupla fita de aproximadamente 48.500 pares
  de bases.

 As extremidades da molécula contém uma fração de DNA fita simples
  com cerca de 12
 nucleotídeos, os quais são complementares na sequência de bases e
  através delas é que o DNA assume a forma circular quando ele é
  injetado na célula hospedeira.

 Estas extremidades são denominadas de sítio cos.

 O genoma do fago λ codifica para aproximadamente 50 proteínas,
  cujos genes tem um cronograma de expressão bem definido, o que
  determina a instalação do estado lítico ou lisogênico.
Conjugação e transdução

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Mutações do material genético
Mutações do material genéticoMutações do material genético
Mutações do material genético
UERGS
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Tiago da Silva
 
Evolução biológica
Evolução biológicaEvolução biológica
Evolução biológica
César Milani
 
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres VivosClassificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
Juliana Mendes
 
Atividade organizando os cromossomos humanos
Atividade   organizando os cromossomos humanosAtividade   organizando os cromossomos humanos
Atividade organizando os cromossomos humanos
netoalvirubro
 
Genetica de populações
Genetica de populaçõesGenetica de populações
Genetica de populações
UERGS
 
Biotecnologia
Biotecnologia Biotecnologia

La actualidad más candente (20)

Mutações do material genético
Mutações do material genéticoMutações do material genético
Mutações do material genético
 
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdfAULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Evolução biológica
Evolução biológicaEvolução biológica
Evolução biológica
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres VivosClassificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
 
Biologia- Virus
Biologia- VirusBiologia- Virus
Biologia- Virus
 
Aula sistema imunologico
Aula sistema imunologicoAula sistema imunologico
Aula sistema imunologico
 
Replicação do DNA
Replicação do DNAReplicação do DNA
Replicação do DNA
 
Atividade organizando os cromossomos humanos
Atividade   organizando os cromossomos humanosAtividade   organizando os cromossomos humanos
Atividade organizando os cromossomos humanos
 
História e importância da microbiologia
História e importância da microbiologiaHistória e importância da microbiologia
História e importância da microbiologia
 
Genetica de populações
Genetica de populaçõesGenetica de populações
Genetica de populações
 
Aula completa reino protista
Aula completa reino protistaAula completa reino protista
Aula completa reino protista
 
Biotecnologia
Biotecnologia Biotecnologia
Biotecnologia
 
III. 1 Histórico Biotecnologia
III. 1 Histórico BiotecnologiaIII. 1 Histórico Biotecnologia
III. 1 Histórico Biotecnologia
 
Virus e viroses
Virus e virosesVirus e viroses
Virus e viroses
 
Vacinas: mitos e verdades
Vacinas: mitos e verdadesVacinas: mitos e verdades
Vacinas: mitos e verdades
 
Reprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuadaReprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuada
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 

Similar a Conjugação e transdução

Recombinação nos vírus
Recombinação nos vírusRecombinação nos vírus
Recombinação nos vírus
UERGS
 
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
Cidalia Aguiar
 
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
Leriaagro
 
Laboratório de Biotecnologia - Rna seq
Laboratório de Biotecnologia - Rna seqLaboratório de Biotecnologia - Rna seq
Laboratório de Biotecnologia - Rna seq
Gabriel Fernandes
 
A genética molecular 1 e
A genética molecular   1 eA genética molecular   1 e
A genética molecular 1 e
César Milani
 
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.pptPolimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
CarlosWeslley1
 
Principios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecularPrincipios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecular
Facebook
 
Genetica e biologia molecular
Genetica e biologia molecularGenetica e biologia molecular
Genetica e biologia molecular
Debora Alvim
 

Similar a Conjugação e transdução (20)

Recombinação nos vírus
Recombinação nos vírusRecombinação nos vírus
Recombinação nos vírus
 
Reparo de DNA
Reparo de DNAReparo de DNA
Reparo de DNA
 
Manipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagemManipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagem
 
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
Unidade 5 [Modo De Compatibilidade]
 
Técnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecularTécnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecular
 
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
Aulamolecular2 120606181016-phpapp01
 
Genética
GenéticaGenética
Genética
 
Aula 03 Genética Molecular I.pptx
Aula 03 Genética Molecular I.pptxAula 03 Genética Molecular I.pptx
Aula 03 Genética Molecular I.pptx
 
Laboratório de Biotecnologia - Rna seq
Laboratório de Biotecnologia - Rna seqLaboratório de Biotecnologia - Rna seq
Laboratório de Biotecnologia - Rna seq
 
Genetica2
Genetica2Genetica2
Genetica2
 
Genética bacteriana
Genética bacterianaGenética bacteriana
Genética bacteriana
 
A genética molecular 1 e
A genética molecular   1 eA genética molecular   1 e
A genética molecular 1 e
 
Dna
DnaDna
Dna
 
Evolução Molecular
Evolução MolecularEvolução Molecular
Evolução Molecular
 
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.pptPolimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
Polimorfismos de nucleotídeos únicos em espécies poliplóides.ppt
 
Principios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecularPrincipios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecular
 
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia GeneticaAula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
 
Exames realizados na área de Genética Médica
Exames realizados na área de Genética MédicaExames realizados na área de Genética Médica
Exames realizados na área de Genética Médica
 
9 - genética I
9 - genética I9 - genética I
9 - genética I
 
Genetica e biologia molecular
Genetica e biologia molecularGenetica e biologia molecular
Genetica e biologia molecular
 

Más de UERGS

Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
UERGS
 
Segurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogmsSegurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogms
UERGS
 
Impacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscosImpacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscos
UERGS
 
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriais
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriaisImpacto ambiental dos resíduos agroindustriais
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriais
UERGS
 
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriaisResíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
UERGS
 

Más de UERGS (20)

Aula 1 - Biodiversidade e os Recursos Genéticos [Salvo automaticamente].pptx
Aula 1 - Biodiversidade e os Recursos Genéticos [Salvo automaticamente].pptxAula 1 - Biodiversidade e os Recursos Genéticos [Salvo automaticamente].pptx
Aula 1 - Biodiversidade e os Recursos Genéticos [Salvo automaticamente].pptx
 
Nutrigenômica e nutrigenética
Nutrigenômica e nutrigenéticaNutrigenômica e nutrigenética
Nutrigenômica e nutrigenética
 
Introdução a genetica
Introdução a geneticaIntrodução a genetica
Introdução a genetica
 
Princípios gerais da conservação de alimentos
Princípios gerais da conservação de alimentosPrincípios gerais da conservação de alimentos
Princípios gerais da conservação de alimentos
 
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
 
Conservação por utilização de temperaturas
Conservação por utilização de temperaturasConservação por utilização de temperaturas
Conservação por utilização de temperaturas
 
Conservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frioConservação pelo uso do frio
Conservação pelo uso do frio
 
Tópicos especiais biodiesel
Tópicos especiais   biodieselTópicos especiais   biodiesel
Tópicos especiais biodiesel
 
Bioquimica de alimentos proteases
Bioquimica de alimentos   proteasesBioquimica de alimentos   proteases
Bioquimica de alimentos proteases
 
Bioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasBioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutas
 
Controle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutosControle do amadurecimento e senescência dos frutos
Controle do amadurecimento e senescência dos frutos
 
Instrumentos óticos
Instrumentos óticosInstrumentos óticos
Instrumentos óticos
 
Analise espectro eletromagnética
Analise espectro eletromagnéticaAnalise espectro eletromagnética
Analise espectro eletromagnética
 
Bioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - CarboidrasesBioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - Carboidrases
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
 
Segurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogmsSegurança alimentar e ogms
Segurança alimentar e ogms
 
Impacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscosImpacto ambiental, analise de riscos
Impacto ambiental, analise de riscos
 
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriais
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriaisImpacto ambiental dos resíduos agroindustriais
Impacto ambiental dos resíduos agroindustriais
 
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriaisResíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
 

Conjugação e transdução

  • 1. Conjugação e Transdução em bactérias Prof. Dra. Adriana Dantas UERGS - Bento Gonçalves
  • 2. RE PRODUÇ ÃO • Reproduç ão A s s exuada Divis ão celular / Fis s ão Binária - A mitos e - Duplicaç ão do DNA - S eparação da c élula mãe em duas c éls -filhas S epto de divis ão
  • 3. RE PRODUÇ ÃO • Reproduç ão S exuada C onjugação Trans ferência de plas mídios por pontes citoplas máticas Trans dução Introdução de fragmentos de DNA entre bactérias Bacteriófagos Trans formaç ão A bs orção de fragmentos de DNA de bactérias lis adas no meio
  • 4. C LA S S IFIC A Ç ÃO Pos itivas • C orante de G ram C hris tian G ram - 1884 Negativas  Metodologia C orante Violeta iodo (fixação) metanol (des coloração) S afranina Paede Cel a + espessa r ul r  G ram Pos itivas F m o 1 º cor nt ixa ae A ou V et zul iol a Conta e r st Paede Cel a - espessa r ul r  G ram Negativas Descol a s or da F m o 2° cor nt ixa ae V mel er ho
  • 5. C LA S S IFIC A Ç ÃO • B actérias G ram-pos itivas Várias es pécies de:  E s treptococos ; E s tafilococos ; E nterococos • B actérias G ram-negativas  Vibrião colérico; C los tridium; s almonelas goulart@ucg.br
  • 6.
  • 7. GE NÉ TIC A B A C TE RIA NA • Genomar aiv ment pequeno el t a e Compaa a G r do o enomaE r o ucaiot • Cont t dir o com o cit a ao et opl sma Pr r os – A ê de caiot ocaiot us ncia r eca • Compost pordifer modaida de DNA o entes l des -Cromossomo -Pl smídeo a -Ta r nsposon -Ba eró go ct i fa
  • 8. C ROMOS S OMO • F adupl /Cir a it a cul r • Difuso nar ã nucl ó egi o e ide • T ma v r de a do com o gr a nho aia cor upo < Mycop lasm a genitalium (580 Kb ) Paa ax V l r r sit ida iv e > Myxococcus xanthus (920 Kb) 0 • G paao met bol e cicl v l enes r a ismo o ita it í • Const udo porpat codifica es res nt A ê de Introns e R õ Int gê s us ncia egi es er nica • Const uem Rep licons it Unida mol aes ca zes de r ç o a ô des ecul r pa eplica ã ut noma
  • 9. PLA S MÍDE O • M é ade DNAcir a ol cul cul r • T ma v rá el a nho ai v 1.0 0x /10 0 x cr 0 .0 0 omossomo ba er no ct ia • M ior da ba éia ta ta1 ou + t a ia s ct r s r nspor ipos • G “a óios” enes cess r Nã essencia àsobr iv nciada ba éia o is ev ê s ct r s R ê àa ibióicos, pr ç o de t s, ... odu ã oxina Sel ç o Naur l eã t a esist ncia nt t A pt bil de em condiç es especia da a ida õ is • A idos pel Conj ç o dquir a uga ã R oduç o sexua epr ã da Ta ê porpont cit a áica r nsfer ncia es opl sm t s
  • 10.
  • 11.
  • 12. TRA NS POS ON • Fr gment de DNAl rde t ma v rá el a os inea a nho ai v í Mnimo 5 Kb • Codificapr ena a óia ot í s cess r s E er oxina enzima degr daiv s nt ot s, s a ta • Eement mó eis l os v Ca zes de inser em no cr pa ir omossomo ba er no ct ia • Ta ç o r nsposi ã A ó ainser ã deixa có s no st e se desl m damol cul ps ço m pia í io iga é a • IS– Seqü ncia de inser ã ê s ço Responsá elpel pr v o ocesso de t a ç o r nsposi ã Seqü ncia especifica de DNA(~10 0pb ) ê s s 0 CodificaTa r nsposase
  • 13. B A C TE RIÓFA GO • DNAde or v a igem ir l • Inser ã do DNAv a no cr ço ir l omossomo ba er no ct ia • Vr ba eró gos ta t m genes que codifica faor de v ul ncia áios ct i fa r nspora m t es ir ê oxina éica Coryneb acterium d ip htheriae – t dift r Clostrid ium b otulinum – t bot í oxina ulnica Escherichia coli – cit oxina ot • Conv sã de ba éia nã paogê s em paogê s er o ct r s o t nica t nica A ó infecç o porba eró gos ps ã ct i fa
  • 14. Variabilidade  Embora as mutações sejam responsáveis pela expressão de várias novas características por uma célula, muitos dos fenótipos expressos pelos microrganismos procarióticos são decorrentes da aquisição de novos fragmentos de DNA, por meio de processos de transferência horizontal de genes.
  • 15. Processos de Transferências  Transformação  Conjugação  Transdução.  Conversão lisogênica
  • 16. Transformação  É definida como um processo de incorporação de DNA na forma livre, geralmente decorrente da lise celular.  A partir de seu descobrimento, foi demonstrado formalmente que o DNA era a molécula envolvida na hereditariedade (F. Griffith, 1928).  Várias bactérias Gram positivas e negativas são naturalmente transformáveis, entretanto, dentro de um gênero, nem todas as espécies o são.
  • 17. Reprodução Bacteriana Transformação  Reprodução sexuada  A transferência de material genético ocorre quando uma célula receptora capta DNA solúvel liberado no meio por células doadoras.
  • 18. Transformação natural  Processo de incorporação de DNA exógeno na forma livre, geralmente decorrente da lise celular ou extraídos de células doadoras.  Para que ocorra transformação a célula deve ser competente, isto é, deve apresentar sítios de superfície para a ligação do DNA da célula doadora e apresentar a membrana em uma condição que permita a passagem deste DNA.  Envolve a participação de diferentes proteínas (proteína de ligação ao DNA, presente na membrana, autolisinas, nucleases), sendo um processo variável entre os microrganismos (nem todos apresentam competência).  Exemplos de bactérias naturalmente competentes: Bacillus, Streptococcus, Neisseria
  • 20. Processo de Transformaçao  Na natureza, o processo ocorre quando uma célula sofre lise, liberando seu DNA.  Este, por ser de grande tamanho tende a sofrer quebras, originando centenas fragmentos de aproximadamente 15 kb (o equivalente a cerca de 15 genes, em Bacillus subtilis).  Como uma célula absorve poucos fragmentos, apenas uma pequena proporção de genes podem ser transferidos.  Inicialmente, para que o processo ocorra, é necessário que a cél. encontre-se competente, isto é, deve apresentar sítios de superfície para a ligação do DNA da célula doadora e apresentar a membrana em uma condição que permita a passagem deste DNA.
  • 21. Competência celular  Aparentemente, o número de sítios disponíveis para a ligação do DNA é limitado. Esta captação parece estar relacionada a uma pequena sequência, de 10 a 12 pares de bases, presente no DNA exógeno.  Em Haemophilus, foi demostrada a presença de uma proteína que reconhece e liga-se a uma sequência 5’ - AAGTGGGTCA - 3’, muito comum no genoma deste microrganismo, garantindo que somente ocorrerá a captação de DNA de espécies muito similares.  A competência é um processo que depende de várias condições distintas nos diferentes microrganismos. Sabe- se que a fase de crescimento e as condições ambientais desempenham um papel de extrema importância no processo. Além destes, a temperatura e a concentração de cátions também influenciam a eficiência do processo.
  • 22. Captaçao do DNA  A captação do DNA também é diferente entre Gram positivos (G+) e Gram negativos (G-):  Nas G+ o DNA é captado como dupla hélice e absorvido como fita simples, sendo uma das fitas degradadas.  Nas G-, o DNA é absorvido como fita dupla, embora apenas uma das fitas participe do processo de recombinação. Independente do tipo celular, a ligação do DNA à célula é mais eficiente quando está como fita dupla.
  • 23. Ligação do DNA  As células competentes ligam o DNA com muito mais eficiência que células não competentes (1000 vezes mais).  Streptococcus pneumoniae é capaz de ligar apenas cerca de 10 moléculas de DNA de dupla fita, de 15 a 20 kb.  Quando são absorvidas, como DNA de fita simples, estas passam para cerca de 8 kb.  Em Haemophilus influenzae, é necessário que o DNA tenha uma sequência específica de 11 pb, para que haja a ligação irreversível e o DNA seja captado.
  • 24. Integração do DNA:  O DNA liga-se a proteínas na superfície celular, sendo em seguida absorvido ou tendo uma de suas fitas degradadas por nucleases antes da absorção.  À medida que o DNA é absorvido no interior da célula, este se associa a proteínas de ligação ao DNA de fita simples, protegendo-o de degradação.  A proteína RecA também participa deste processo, associando-se à fita e promovendo a recombinação.  Há então a degradação do que resta da fita simples e formação de um DNA híbrido, que na replicação originará uma molécula parental e outra recombinante.
  • 25. Transformação em Streptococcus, um organismo Gram positivo. O autoindutor (1) ao encontrar o receptor (2) interage com este, promovendo a ativação de vários genes (3, 4 e 5) dentre eles as autolisinas, nucleases e proteína de ligação ao DNA. Uma das fitas do DNA passa a ser captada pela célula, enquanto a outra é degradada (6). Ao penetrar na célula a fita simples é protegida por proteínas. Caso este DNa encontre uma região complementar, a proteína RecA auxiliará sua recombinação com o DNA endógeno (7).
  • 26. Conjugação  Processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra, envolvendo o contato entre as duas células (Tatum & Lederberg, 1946).  A conjugação está associada à presença de plasmídeos de natureza F.  Estes plasmídeos contêm genes que permitem a transferência do DNA plasmidial de uma célula para outra ou, em outras palavras, a capacidade conjugativa.  Quando a célula porta um plasmídeo de natureza F é denominada F+, doadora, ou macho, enquanto células desprovidas de tais plasmídeos são denominadas F-, receptoras, ou fêmeas.
  • 27.
  • 28. Reprodução Bacteriana Conjugação  Reprodução sexuada  É um processo de transferência de material genético, promovido por plasmídios conjugativos.
  • 29. Conjugação  Transferência de genes através do contato entre células bacterianas. O DNA é transferido diretamente de uma bactéria para outra.  2 tipos de células envolvidas na conjugação:  Doadora: possui plasmidio F (fertilidade) denominada célula F+  Receptora: não possui plasmídio F, denominada célula F-
  • 30. Células Hfr (high frequency of recombination) são células onde o plasmídio F torna-se integrado ao cromossoma. Possuem maior capacidade conjugativa ou de transferência.
  • 31. Transferência do plasmídio F de uma célula doadora (F+) para célula receptora (F-)
  • 32. O cruzamento entre célula Hfr x F- resulta na transferência de fragmentos de DNA cromossomal de uma célula para outra. Raramente ocorre transferência completa dos genes do plasmídio F então a célula receptora continua F- porém incorpora genes da célula doadora em seu genoma (recombinação)
  • 33.  A capacidade conjugativa está associada à presença de determinados genes localizados em um operon denominado tra.  Estes genes conferem uma série de características envolvidas na conjugação tais como a síntese do pilus F, responsável pelo reconhecimento e contato entre as células, assim como a transferência do DNA plasmidial.  Eventualmente, os plasmídeos podem ser integrados no cromossomo, sendo este processo mediado por pequenas seqüências de DNA denominadas IS (insertion sequences).  As células apresentados tais plasmídeos integrados são denominadas Hfr (do inglês High Frequency of Recombination). Quando integrados, esses plasmídeos podem mobilizar a transferência de genes cromossomais também.
  • 34. Conjugaçao em gram negativas  Dois tipos: – entre células F+ e F-, resultando em duas células F+ – entre células Hfr e F-, resultando em uma célula Hfr e outra F-.  Nos dois processos, acredita-se que o mecanismo provável de transferência do DNA seja pelo círculo rolante, onde apenas uma das fitas é transferida, sendo a fita complementar sintetizada pela célula receptora.  O estímulo para o disparo do processo seja o contato das células. Assim, a conjugação envolve a passagem de DNA de uma célula F+ para outra F-, que torna-se então F+ também.  Nestes casos, passam grandes blocos de DNA da célula Hfr para a receptora, promovendo extensas recombinações.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40. Transdução bacteriana  Transferência de informação genética mediada por um bacteriófago  Transferência mediada por vírus, podendo ser generalizada (qualquer fragmento de DNA) ou especializada (determinados genes, passados por fagos temperados).
  • 41. Reprodução Bacteriana Transdução  Reprodução sexuada  É a transferência dos genes cromossômicos ou de moléculas de plasmídios de uma bactéria para outra, por meio de um bacterófago.
  • 42.
  • 43. Bacteriófago  Um fago (também chamado bacteriófago) é um pequeno vírus que infecta apenas bactérias.  Da mesma forma que vírus que infectam eucariontes, os fagos consistem numa proteína exterior protetora e no material genético (dupla hélice em 95% dos fagos conhecidos) dentro da cápsula de 5-650 Kbp (1 Kpb = 1.000 pares de bases).  Os fagos foram descobertos independentemente por Frederick Twort em 1915 e por Félix D’Herelle em 1917.
  • 44. Fagos  Fagos infectam especificamente bactérias.  Alguns fagos são virulentos, significando que uma vez que a célula tenha sido invadida, eles imediatamente iniciam seu processo de reprodução, e em pouco tempo "lisam" (destroem) a célula, lançando novos fagos.  Alguns fagos (bem conhecidos como fagos temperados) podem ao contrário entrar em um estado relativamente inofensivo, e então integrar seu material genético no DNA cromossomal da bactéria hospedeira (muito semelhantes aos retrovírus endógenos em animais) ou estabelecendo- se a si mesmos como plasmídeos.
  • 45.  Estes fagos endógenos, referidos como profagos, são então copiados a cada divisão celular junto com o DNA da bactéria hospedeira.  Eles não matam a célula, porém monitoram (via algumas proteínas que eles codificam para isto) o estado de seu hospedeiro.  Quando a célula do hospedeiro mostra sinais de stress (significando que ela esteja próxima de sua morte), os fagos endógenos tornam-se ativos novamente e iniciam seu ciclo reprodutivo, resultando na lise de célula hospedeira.  Um exemplo é o fago lambda da E. coli. Algumas vezes, mesmo profagos podem prover benefícios para as células hospedeiras enquando dormentes, pela adição de novas funções ao genoma da bactéria, um fenômeno chamado conversão lisogênica.
  • 46. Importância na biologia molecular  Utilizados como vetores de clonagem para inserir DNA bas bactérias.  Eles estão sendo também avaliados por pesquisadores médicos como uma alternativa aos antibióticos para tratar infecções por bactérias (porque matar bactérias é o que os fagos fazem de melhor).  Phage display é um teste para investivar interações de proteínas pela integração de múltiplos genes de um banco de genes em fagos.
  • 47. Transdução generalizada  Descoberta em Salmonella typhimurium com o fago P22, embora este processo também ocorra em outras bactérias, tais como E. coli.  Este tipo de processo requer a ocorrência de um ciclo lítico, onde eventualmente pode haver o empacotamento de fragmentos de DNA da célula hospedeira, gerando partículas denominadas partículas transdutoras, que correspondem ao capsídeo viral contendo em seu interior DNA bacteriano.  Embora não possam ser descritas como vírus, as partículas transdutoras exibem a capacidade de adsorção à superfície de outras células bacterianas.  A frequência com que um determinado gene é transferido é baixa uma vez que cada partícula transdutora leva apenas um determinado fragmento de DNA (1 em 106 ou 108 cél. recebem um determinado gene).
  • 48. Transdução generalizada: durante um ciclo lítico, pode haver a incorporação de DNA bacteriano no capsídeo viral. Este DNA poderá ser transferido para outra bactéria, pois os processos de adsorção e injeção de DNA dependem da estrutura do vírus, independente do tipo de DNA contido em seu interior .
  • 49. Transdução especializada:  Evento raro, embora bastante eficiente.  O exemplo melhor conhecido e primeiramente descoberto foi a transferência de um genes que codificam produtos envolvidos na degradação de galactose pelo fago l de E. coli.  A etapa inicial no processo corresponde à infecção e lisogenização do fago, que ocorre em sítios específicos do genoma.  Neste caso, a integração do fago ocorre adjacente ao conjunto de genes envolvidos na utilização de galactose.
  • 50. Transdução especializada  Pela ação de algum indutor (ex: UV) há a separação do fago do genoma (integração reversa), que normalmente ocorre perfeitamente.  Entretanto, em alguns casos, essa separação é defeituosa, promovendo a remoção de genes bacterianos e deixando parte do genoma viral na célula.  Essas partículas podem ser de dois tipos: – aquelas que carregam genes gal – outras que carregam genes bio.  Aquelas partículas levando genes gal são denominadas ldgal (defectivas, contendo o gene gal), porque são incapazes de formar partículas virais maduras (porque deixam no hospedeiro o gene que codifica a proteína integrase).
  • 51. Transdução especializada: este processo é dependente da ocorrência de um ciclo lisogênico. O fago integra seu DNA ao DNA bacteriano e após um determinado período de tempo e de acordo com certos estímulos, este fago pode iniciar um ciclo lítico. Caso a excisão do DNA viral ocorra de maneira defeituosa, poderá haver a transferência de um pequeno fragmento de DNA bacteriano (porque parte do DNA viral ficará incorporado ao genoma bacteriano). Este vírus "defeituoso" poderá transferir o DNA bacteriano para outras células.
  • 52. Conversão lisogênica:  Transferência de genes de fagos para bactérias. A própria lisogenização torna a bactéria imune a outras infecções por este fago, mas além disso, outros fenótipos podem ser adquiridos.  O exemplo mais clássico consiste na conversão de células atoxigênicas de Corynebacterium diphtheriae em toxigênicas, pelo fago ß. Assim, a bactéria recebe um gene que codifica uma toxina, sendo este gene de origem viral.
  • 53. Biologia do Bacteriofago  Um dos vetores mais utilizados nos processos de clonagem molecular é o denominado bacteriófago λ, o qual comporta-se como um vírus da E.coli.  O fago λ é um parasita obrigatório da E.coli, o qual necessariamente deve injetar o seu DNA na bactéria hospedeira para a sua multiplicação.
  • 54. Infecção da E .coli o genoma do fago pode seguir duas vias:  a) Estado lítico, o DNA do fago permanece na bactéria como uma molécula independente, havendo a ativação de alguns genes do fago e a concomitante inativação de outros, dentro de um programa estritamente definido.  Como resultado o cromossomo do fago é replicado ativamente, ocorre a síntese das proteínas da capa e da cauda, formam-se novas partículas virais.  Em aproximadamente 45 minutos após a infecção a célula hospedeira é lisada havendo a liberação de cerca de 100 novos fagos.
  • 55. Infecção da E .coli o genoma do fago pode seguir duas vias:  b) Estado lisogênico:  Neste caso, o DNA do fago é integrado no cromossomo da bactéria passando a ser chamado profago.  No estado lisogênico, todos os genes do profago estão inativos com excessão do gene que produz a proteína repressora.  A bactéria hospedeira carregando o profago multiplica-se e este é replicado passivamente e distribuído para as bactérias descendentes.
  • 56.  Em condições naturais a opção entre seguir o estado lítico ou lisogênico depende das condições do meio.  Assim, via de regra em meio rico em nutrientes o estado lítico é preferencial, por exemplo o fago λ na bactéria E.coli intestinal.  Por outro lado, em meio pobre de nutrientes como é o caso da E.coli no solo, o fago prefere o estado lisogênico.  Em condições experimentais, o estado a ser seguido depende de um balanço entre os fatores do meio intra e extra celular e de fatores genéticos da bactéria hospedeira e do bacteriófago
  • 57. Genoma do fago λ  O bacteriófago lλ é uma partícula viral constituída de aproximadamente 50% de proteínas e 50% de DNA.  O DNA do fago λ, na forma como ele é isolado da partícula viral, é uma molécula linear com dupla fita de aproximadamente 48.500 pares de bases.  As extremidades da molécula contém uma fração de DNA fita simples com cerca de 12  nucleotídeos, os quais são complementares na sequência de bases e através delas é que o DNA assume a forma circular quando ele é injetado na célula hospedeira.  Estas extremidades são denominadas de sítio cos.  O genoma do fago λ codifica para aproximadamente 50 proteínas, cujos genes tem um cronograma de expressão bem definido, o que determina a instalação do estado lítico ou lisogênico.