Este documento apresenta uma aula sobre o gênero textual resenha crítica. Nele, os estudantes aprendem sobre o que é uma resenha crítica, sua estrutura e como produzi-la. Eles discutem exemplos de resenhas críticas sobre filmes e músicas e fazem atividades para identificar as partes e características deste gênero textual. Ao final, os estudantes escrevem suas próprias resenhas críticas sobre seus filmes preferidos.
1. EMEB EDUCADOR PAULO FREIRE
Professora: Marcia Regina Facelli Aguina
1º. Bimestre de 2013 – 9º. Ano
Tema: Resenha Crítica
2. Apresentação inicial
Nesta aula estudaremos um gênero textual bem interessante.
Veja se você descobre qual é. Desembaralhe as letras e descubra!
Ao final dessa aula, você será capaz de:
• Ampliar o universo de leitura, lendo e estudando textos do gênero resenha crítica.
• Identificar as características estruturais e funcionais do gênero resenha crítica.
• Identificar a resenha crítica como um gênero textual da esfera argumentativa cuja finalidade é
orientar o leitor acerca de uma obra cultural.
• Produzir uma resenha crítica sobre um filme.
EHRSANE CIATRCÍ
3. Atividade 1: Pergunta-desafio
Imagine que você queira ir ao cinema assistir a um bom filme.
A qual desses textos argumentativos você recorreria para obter informações sobre o filme?
( A ) carta argumentativa
( B ) artigo de opinião
( C ) dissertação
( D ) resenha crítica
Você sabe o que é uma resenha crítica?
Vamos conhecer um pouco mais desse gênero?
4. Atividade 2: Por que isso é importante?
Como fazemos para obter informações sobre um filme, uma peça de teatro, um espetáculo ...?
Pesquisamos na Internet? Perguntamos a alguém que já assistiu àquele espetáculo?
O que você faz?
A resenha crítica é o texto cuja função é informar sobre um fato cultural, resumindo e avaliando um livro,
filme, peça de teatro, espetáculo. Geralmente combinam duas finalidades: informar e persuadir. É um
gênero muito comum nos meios impressos de comunicação como jornais e revistas. Trata-se, portanto, de
um texto de informação e de opinião que serve como guia para o público. A partir da leitura de resenhas,
podemos escolher o que gostaríamos de ver, ouvir ou ler.
5. Atividade 3: Exemplificando
Responda :
a. Qual foi o ultimo filme a que você assistiu?
b. O que você achou do filme?
c. Você o recomendaria? Por quê?
d. Quem já assistiu ao filme Avatar?
e. Poderia fazer, oralmente, um breve resumo do filme para a turma?
Vamos ler uma resenha crítica do filme Avatar? Clique no link:
6. Atividade 4: Estudo do gênero – definição
Apresentaremos agora a definição do gênero “resenha crítica”. Depois de tudo o que conversamos até
aqui, leia e complete as lacunas com as palavras do quadro abaixo:
Resenha crítica é um ......................... que tem o objetivo de .......................... sobre o conteúdo
de uma obra científica ou cultural e fazer uma apreciação .......................... dessa obra. O
autor da resenha expõe algumas .................................. sobre o conteúdo da obra e depois
desenvolve uma ................................ crítica do conteúdo. Consiste na leitura, resumo, na crítica
e na formulação de um conceito de ..................... da obra analisada.
INFORMAÇÕES APRECIAÇÃO TEXTO CRÍTICA VALOR INFORMAR
Clique no link ao lado e veja se você acertou.
7. Atividade 5: Estudo do gênero – Especificando as partes do texto
Mais à frente você produzirá uma resenha crítica. No link abaixo você encontra uma estrutura
simples de resenha crítica. Você pode se basear nela para produzir seu texto.
Estrutura da resenha crítica
Resumindo em um esboço simples:
identificação da obra – apresentação – resumo – crítica – recomendação
8. Atividade 6: Exercitando… Especificando as partes do texto
Lembra-se da estrutura de resenha que trabalhamos anteriormente?
1. Identificação da obra
2. Apresentação
3. Resumo
4. Crítica
5. Recomendação
O desafio é o seguinte: no link há a resenha crítica de
um filme seguindo a estrutura apresentada no quadro
verde. Seu trabalho é colocar os parágrafos em ordem,
de forma que siga o esboço. Vamos lá?
Clique no link e comece.
Veja se você acertou!
Clique na imagem
abaixo e confira!
9. Atividade 7: Exercitando - resumo
Você viu que na hora de escrever sua resenha vai precisar fazer um resumo da obra.
O que é um resumo?
Resumo é ato de resumir, sintetizar; uma exposição abreviada e concisa que apresente as características
gerais e principais da obra analisada; uma síntese.
Vamos treinar um pouco?
Você vai assistir a uma reportagem sobre um filme. Depois, em seu caderno, fará um resumo do que
assistiu. Lembre-se de que o resumo deve ser uma breve apresentação dos itens mais importantes da
reportagem. Tente apresentar o nome do filme, onde foi filmado, a temática, atuação dos atores,
enredo.
10. Atividade 08: Roteiro para a escrita
Agora chegou a sua vez de produzir!
Você deverá produzir uma resenha crítica sobre o seu filme preferido.
Lembre-se da estrutura da resenha apresentada anteriormente.
De todos os filmes aos quais você assistiu até hoje, de qual deles você mais gostou?
Pense e comece a se preparar para a produção.
identificação da obra – apresentação – resumo – crítica – recomendação
11. Atividade 09: Brainstorm 1 – Qual é o seu filme preferido?
Faça uma lista com os
filmes de que você
mais gosta.
12. Atividade 10: Brainstorm 2 – informações sobre o filme
Agora você vai escolher um dos filmes de sua lista para recomendar para seus amigos. Antes de
começar a escrita da resenha, você irá pesquisar sobre o filme escolhido. Essa fase é importante
porque nos parágrafos iniciais da resenha você identifica e apresenta o filme, portanto algumas
informações são fundamentais. A pesquisa pode ser feita no laboratório de informática da
escola ou em casa.
Algumas informações que podem ser pesquisadas:
•Título do filme
•Diretor
•Ano em que foi lançado
•País
•Elenco
•Gênero
•Lugar onde foi filmado
•Enredo
•Recebeu prêmios?
13. Atividade 11: Brainstorm 3 – Eu recomendo!
Ele é utilizado pelo Jornal O Globo para avaliar/criticar filmes. Qual dos desenhos acima você
usaria para classificar o filme número 1 de sua lista?
No final de sua resenha você deverá recomendar o filme aos leitores. É preciso que justifique sua
recomendação. Por que você gostou tanto desse filme e por quais motivos você o recomenda?
Lembre-se de oferecer argumentos convincentes ao leitor. A intenção de sua resenha deve ser a
de convencer o leitor a assistir ao filme indicado por você. Que tal já começar a esboçar a sua
recomendação?
Você já viu esse bonequinho em algum lugar?
14. Atividade 12: Escrita
Agora chegou a hora de você escrever sua resenha!
Você já escolheu em sua lista o seu filme preferido. Agora comece o
rascunho de seu texto que deve ter, no mínimo, 5 parágrafos,
seguindo a seguinte estrutura:
1. Identificação da obra
2. Apresentação
3. Resumo
4. Crítica
5. Recomendação
Faça a resenha na p. 59 do material de apoio da apostila.
15. Atividade 13: Revisão do texto
Agora vamos fazer a revisão dos textos?
Mostre seu texto a um colega. Vejam se há alguma alteração a fazer. Depois mostre o
trabalho ao professor para que ele indique se há alguma correção a ser feita.
16. Atividade 14: Momento da reescritura - proposta
Eu recomendo!
Após a entrega da versão corrigida pelo professor, você vai passar seu texto a
limpo. Capriche na apresentação. Que tal digitá-lo e inserir imagens? A
proposta é que as resenhas sejam expostas em um painel de recomendação de
filmes no mural da escola. Assim, todos os alunos, inclusive os de outras turmas,
poderão ler as resenhas e receber sugestões de bons filmes. Vamos fazer um
painel bem colorido e chamativo?
17. Atividade 15: Reescritura
Após receber sua resenha revisada pelo professor, veja se ainda há alguma alteração a
fazer. Depois de conferir se tudo está em conformidade com o solicitado pelo professor,
passe seu texto a limpo e se prepare para a exposição.
Capriche!
18. PROJETO RESENHA : Música e
identidade cultural – apostila p. 54
CONTEXTO HISTÓRICO:
DITADURA MILITAR
(1964-1985)
19.
20.
21. Caminhando (1968)
(Prá não dizer que não falei das flores)
Letra e música de Geraldo Vandré
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantado e seguindo a canção
Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
22. Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
23. FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO
Festival Internacional da Canção
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Festival Internacional da Canção foi um concurso de
músicas nacionais e estrangeiras, anual, realizado no ginásio do
Maracanazinho, no Rio de Janeiro, e transmitido pela TV Rio (primeira
edição) e pela TV Globo. A música de abertura era composta por
Erlon Chaves chamava-se Hino do FIC. O apresentador oficial era
Hilton Gomes. O prêmio Galo de Ouro foi desenhado por Ziraldo e
confeccionado pela joalheria H.Stern.
Criado por Augusto Marzagão, durou de 1966 a 1972 (sete festivais).
Cada um tinha duas fases: a nacional, para escolher a melhor canção
brasileira, e a internacional, para eleger a melhor canção de todos os
países participantes — a concorrente brasileira era a vencedora da
fase nacional.
A música “Pra não dizer que não falei das flores” foi
apresentada no festival de 1968 e ficou em 2º. Lugar.
24. Das flores aos aviões
Um dos grandes heróis dos festivais, Geraldo Vandré abandonou a
carreira e vive no anonimato
Vitor Nuzzi
Nunca uma vice-campeã fez tanto barulho num festival. “Pra
Não Dizer que Não Falei das Flores”, ou “Caminhando”,
de Geraldo Vandré, ficou apenas em segundo lugar na fase nacional do
3º Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo em
1968 – perdeu para “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim. Mas até
hoje é cantada em toda manifestação de rua. Tornou-se a
“Marselhesa” brasileira, em definição de Millôr Fernandes. Ou a
“anti-Marselhesa”, segundo Nelson Rodrigues. E marcou a despedida
involuntária de Vandré, que nunca mais tocaria profissionalmente no
Brasil. De todos os artistas famosos que deixaram o país no período
do regime militar, foi o único a não retomar a carreira. Só ameaçou
voltar em 1982, quando cantou no Paraguai.Para alguns, “Caminhando”
foi uma resposta a setores da esquerda que criticaram Vandré após o
1º de Maio de 1968, quando manifestantes de esquerda apedrejaram
o governador paulista Abreu Sodré – o compositor foi “acusado” de
ter se solidarizado com o político...
25. O ano era conturbado e a música, como era de se esperar, repercutiu
mal nos meios militares. Maquiado e de passaporte falso, Vandré deixou o país
durante o Carnaval de 1969. Voltou ao Brasil em meados de 1973. Em novembro
de 1970, gravou na França o seu quinto e último LP, Das Terras de Benvirá. O
sobrenome artístico veio do segundo nome do pai, o médico José
Vandregísilo. Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nasceu em João Pessoa (PB), em
12 de setembro de 1935. Começou a cursar o ginásio no colégio São José, em
Nazaré da Mata (PE), entre 1949 e 1950. Nos dois anos seguintes, estudou no
colégio Granbery, em Juiz de Fora (MG), onde também estudou o ex-presidente
Itamar Franco. De 1957 a 1961, estudou Direito na Universidade do Distrito
Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Aos 71 anos,
Vandré optou pelo anonimato. Mora sozinho no centro de São Paulo, mas viaja
constantemente. No início de novembro de 2006, esteve no Rio e ficou
hospedado, como de outras vezes, no hotel do Clube da Aeronáutica. Tem
paixão por aviões – desde criança, segundo ele. Em 23 de outubro de 1985,
compôs “Fabiana”, em homenagem à Força Aérea Brasileira. Segundo pessoas
próximas, ainda faz música, inclusive erudita. Em raríssimas entrevistas, negou
ter sido preso ou torturado.
26. RESENHA: 1968 – O ano que modificou a história dos brasileiros
Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”
(trecho da música “Prá nao dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré)
VENTURA, Zuenir. 1968 – O ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
O livro “1968 – O ano que não terminou” vendeu mais de 400 mil exemplares e foi
publicado em 1988 para reconstituir os obscuros acontecimentos daquele ano. Escrita
pelo jornalista e professor universitário Zuenir Ventura, a obra é a reconstrução dos mais
importantes eventos que ocorreram nesse conturbado ano no Brasil. O conteúdo do livro
começa com a descrição de uma movimentada festa de Réveillon, com a presença da elite
social carioca. A farra foi realizada no alto do Jardim Botânico, na casa do casal Luís e
Heloisa Buarque de Holanda, amigos do jornalista. E termina com a decretação de uma
medida de exceção, o AI-5 (Ato Institucional número cinco), em 13 de dezembro de 1968,
pelo então presidente da época, o General-de-Exército Arthur Costa e Silva.
27. Zuenir conta em estilo jornalístico como tudo foi acontecendo. Desde a festa de primeiro do
ano na casa de Helô, mostrando separações de casais, traições e brigas, fatos que iriam se
tornar normais em uma geração que tinha como objetivo virar o mundo de cabeça para
baixo. O jornalista por outras cenas marcantes, como a entrada do anticoncepcional no
mundo feminino, as peças teatrais proibidas de continuarem a ser apresentadas pela censura,
os festivais de músicas reveladores da moderna melodia popular brasileira: a Tropicália, com
Caetano Veloso, além de Chico Buarque, Geraldo Vandré e outros cantores
Algumas barricadas tinham como lema “é proibido proibir”. A morte do estudante Édson Luís
de Lima e Souto e suas conseqüências marcaram o ano. Como, por exemplo, a passeata dos
cem mil, na Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, e os discursos de líderes contra
a tirania. Zuenir mostra, ainda, as violências provocadas pelos meios de repressão do Estado,
e a preocupação das mães com seus filhos, lutando pelos seus ideais nas ruas. A invasão da
UnB (Universidade de Brasília) por tropas militares espancando alunos, professores e até
mesmo parlamentares, com o pretexto de prender líderes estudantis, foram outros trechos
marcantes. Até chegar o AI- 5 e as suas duras revelações, como a prisão de personalidades
importantes na época.
28. Os eventos desse ano ocasionaram mudanças incríveis, principalmente no contexto social e político do Brasil. As agitações
estudantis da época mostram que todos estavam dispostos a lutar contra a ditadura, a favor da liberdade de expressão e,
principalmente, pelos seus direitos.
Além de ser um estudioso sobre o memorável ano, Zuenir também participou dos acontecimentos. E isso acaba deixando o
conteúdo da obra mais interessante, pois ele presenciou todos os fatos descritos no livro. O jornalista traz ainda na narrativa
depoimentos de muitas pessoas que viveram na época, e que participaram dos acontecimentos, fazendo com que o ano de
1968 entrasse para a história como o começo de uma nova época, o início de algo diferente.
O livro, por ilustrar os fatos pelo olhar de quem os fez, prende a atenção do leitor. As pessoas que discursavam e lutavam na
época são as mesmas que ajudaram o professor universitário a contar os eventos. Os testemunhos dão mais veracidade aos
textos. Porém, por tratar-se de uma obra jornalística, o autor deveria trazer junto o outro lado da história. Porque o volume só
mostra a luta dos estudantes, deixando de lado a opinião e as declarações dos indivíduos que comungavam de outros ideais e
que também foram atores dos mesmos fatos narrados. Zuenir ouviu apenas os relatos de quem sofreu com os
acontecimentos, esquecendo de que sempre há três verdades para os fatos; o meio termo e os dois lados do acontecimento.
29. Mesmo assim, o livro não deixa de ser uma obra importantíssima para relembrar os momentos que muitos pais e avós viveram,
remontando uma parte dos acontecimentos históricos mais importantes que ocorreram no Brasil: a ditadura. Tais fatos acabaram
mudando o país, fazendo uma geração inteira virar o mundo pelo avesso e deixar marcas para todas as outras formações. Como
mostra o trecho da música “Prá dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, reproduzida no início desta resenha, as pessoas não
esperaram acontecer. Uma das melodias que viraram lemas de passeatas dizia: “esperar não é saber”
http://indiraefel.wordpress.com/2008/11/25/resenha-1968-o-ano-que-modifiou-a-historia-dos-brasileiros/
30. Durante a ditadura
militar qualquer
manifestação ou
organização feita para
questionar a situação
política da época era
censurada, as pessoas que
as compunham eram
exiladas, mortas ou
desapareciam.
Música
Elis Regina
31. Um dos artifícios que os músicos utilizavam para se expressar era a música. Nas letras,
questionavam a situação pela qual o Brasil estava passando, mostravam o que o governo e
os militares estavam fazendo. Porém como não podiam colocar explicitamente os
problemas nas letras, pois eram censuradas , se utilizavam de metáforas (veja a música
“Cálice” de Chico Buarque e Gilberto Gil) ou, no trecho que era censurado, colocavam
palavras sem sentido com o resto da música, ironizando e mostrando para a população que
ali houve uma CENSURA.
Gilberto Gil
32. Cálice
>> Chico Buarque
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada para a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, o pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
33. 2º. Trabalho para entregar
INSTRUÇÕES
Você assistiu ao vídeo da música “Pra não dizer que não falei das flores”.
Agora elabore uma resenha sobre ela, de acordo com o que você aprendeu.
• A ATIVIDADE DEVERÁ SER FEITA NO MATERIAL NA P. 57 E ENTREGUE DIA ____/_____/2013
Pesquise sobre GERALDO VANDRÉ, o momento histórico vivido, a mensagem
transmitida pela letra...
Pode ser feito individual ou em dupla.
34. INSTRUÇÕES
Pode ser feito individual ou em dupla.
Agora elabore uma resenha sobre ela, de acordo com o
que você aprendeu.
• A ATIVIDADE DEVERÁ SER FEITA NO MATERIAL NA P. 57 E
ENTREGUE DIA ____/_____/2013
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