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Mesopotâmia: o berço da civilização
A estreita faixa de terra localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates,
no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque, foi chamada na
Antiguidade, de Mesopotâmia, que significa “entre rios” (do
grego, meso = no meio; potamos = rio). Essa região foi ocupada,
entre 4.000 a.C. e 539 a.C, por uma série de povos, que se
encontraram e se misturaram, empreenderam guerras e
dominaram uns aos outros, formando o que denominamos povos
mesopotâmicos. Sumérios, babilônios, hititas, assírios e caldeus
são alguns desses povos.
Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.
Política da mesopôtamia
Três títulos para governantes eram frequentemente empregados
pelos homens do período dinástico antigo: En, Ensi e Lugal. Destes
três, o que mais se aproxima da ideia ocidental de rei é Lugal,
literalmente "Grande Homem". O lugal era responsável pelo
ministério da justiça, por representar a cidade-estado perante as
outras e por fazer a guerra. O ensi poderia ser vassalo de Lugal em
algumas circunstâncias, agindo como uma espécie de governador,
enquanto o en era um senhor local. Todos os três poderiam
partilhar tanto da autoridade temporal, como a espiritual.
Acredita-se que, nos primeiros anos das dinastias mesopotâmicas,
os reis eram aconselhados por assembleias formadas pelos
homens comuns. Essa teoria advém das interpretações dos textos
míticos sumérios, onde deuses mais importantes eram
aconselhados por um grupo de deuses menores. Nesse período
observa-se o fortalecimento da monarquia e uma escalada
gradual que a coloca acima do templo (como instituição religiosa).
A monarquia promovia banquetes e festas, artes e guerra. A
monarquia organizava os exércitos, que eram providos com
carruagens, lanças e machados para o combate, além de outros
instrumentos sofisticados de guerra. No mais, os reis foram
responsáveis por colocar de pé palácios amplos e suntuosos,
importantes indícios de sua grande autoridade nessa época .
A economia da Mesopotâmia
Como era a economia mesopotâmica, atividades comerciais, comerciantes nômades.
Os povos mesopotâmicos dedicavam-se principalmente ao
comércio e agricultura. Atividades complementares também eram
desenvolvidas como, por exemplo, artesanato, fabricação de
tecidos, metalurgia e confecção de jóias.O comércio, uma das
principais atividades econômicas, era praticado através das
caravanas (expedições de comércio em grandes grupos). Os
comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender
suas mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram
encontradas na Mesopotâmia. Os contatos comerciais eram
feitos, principalmente, com sociedades do Oriente Médio e
Índia.O contole comercial era feito através de registros em placas
de argila, utilizando caracteres cuneiformes.
Na Mesopotâmia não havia moeda, porém as atividades
comerciais eram estabelecidas utilizando barras de ouro e prata .
Registros comerciais em placas de argila, utilizando a escrita
cuneiforme
As principais atividades econômicas da Mesopotâmia eram:
A agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa
Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na
agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada, linho, gergelim
(sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e
iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos
de trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e
barro. O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro
milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua
utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã.
Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda;
A criação de animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos
e patos era bastante desenvolvida;
O Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos
templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por
conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias
primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As
caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o
marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre de Chipre e o
estanho de Cáucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes,
além de pedras preciosas e perfumes. As transações comerciais
eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca
inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que
circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no
entanto, a forma de moeda. A existência de um comércio muito
intenso deu origem a uma organização economia sólida, que
realizava operações como empréstimos a juros, corretagem e
sociedades em negócios. Usavam recibos, escrituras e cartas de
crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade
mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou
mudanças significativas, que acabaram por influenciar na
desagregação da forma de produção templário-palaciana
dominante na Mesopotâmia.
A sociedade da mesopotâmia
Os povos mesopotâmicos formavam uma sociedade muito
organizada e que ficaram conhecidas pelas dezenas de cidades-
estados (muito parecidas com as cidades gregas, por serem
independentes) e que ocupavam a região dos rios Tigres e
Eufrates.
Em cada uma dessas cidades haviam a presença de uma
autoridade que era responsável por tomar as decisões de cunho
politico e religioso nessas tribos.Apesar da semelhança das
cidades gregas, a figura do rei não tinha nada haver com uma
outra civilização antiga, a do Egito. Enquanto o Faraó no Egito
tinha sua imagem vinculada a divindades, na mesopotâmia isso
não acontecia. Lá o rei tinha sua imagem vinculada aos deuses,
porém não eram vistos como divindades. Por serem pessoas
importantes, habitavam suntuosos palácios e tinham um amplo
corpo de funcionários a sua disposição.Logo após o rei e seus
familiares, a pirâmide social dos povos mesopotâmicos contava
com uma classe intermediária que era integrada por nobres,
guerreiros, funcionários públicos e sacerdotes que
desempenhavam algumas importantes funções que ajudavam a
manter a dinâmica do estado.A grande maioria da população era
pertencente a uma classe mais baixa que estavam incluídos os
camponeses e trabalhadores que prestavam serviço à
comunidade.Dessa maneira, podemos concluir que a sociedade
era sustentada por uma ampla classe de homens livres.Já na
cultura, principalmente no campo científico, os mesopotâmicos
tiveram destaque no papel do desenvolvimento da escrita com a
criação de um sistema de caracteres cuneiformes, criando assim a
escrita cuneiforme.Com o grande processo das atividades
comerciais, a álgebra teve também um grande desenvolvimento
com as operações matemáticas e o sistema de pesos e
medidas.Em meio a todas essas inovações, podemos citar
também o grande interesse na astronomia, que permitiu a
distinção de estrela e planeta e o desenvolvimento de um
calendário lunar com doze meses de duração.Podemos citar
também o ramo da arte e da arquitetura, onde os mesopotâmicos
ficaram conhecidos pela construção de grandes e belíssimos
palácios e templos que ficaram conhecidos como zigurates (leia
também: Jardins Suspensos).A sculturas mesopotâmicas eram
muito simples, com rostos poucos expressivos, porém com uma
riqueza quase minimalista de detalhes quando se referia a
corpos.Já nas pinturas, os temas que tinham maior interesse eram
o cotidiano, o religioso e o militar, que assim recebiam um maior
destaque.Outro objeto artístico que é preciso dar importância é a
cerâmica onde criaram vários utensílios e foram responsáveis
também no registro de documentos escritos.
Cultura : Arte e Religão
A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a
arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos
e palácios. Os templos, chamados zigurates, possuiam na parte
superior uma torre piramidal de base retangular, composta de
vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham
acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local
de observação de astros.
ZIGURATE SUMÉRIOS DE UR - NAMMU , EM UR , IRAQUE ( PAÍS )
A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam
principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o
interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos
para assírios.
Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos
sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária
fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que
chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura,
das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do
comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre
e Eufrades.
A religião A religião mesopotâmica era politeísta e
antropomórfica. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como
todo poderoso e imortal. Os principais deuses eram: Anu, deus do
céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e
Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens. Além de
politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gênios, demônios,
advinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois
achavam que os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e
sem esperanças de uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o
futuro das pessoas podiam ser determinados pela posição dos
astros no céu. Os sacerdotes se aproveitaram das crendices para
divulgar a astrologia, elaborar os horóscopos e monopolizar as
previsões diárias através da leitura dos astros.
Mesopotâmia
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Mesopotâmia

  • 1. Mesopotâmia: o berço da civilização A estreita faixa de terra localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque, foi chamada na Antiguidade, de Mesopotâmia, que significa “entre rios” (do grego, meso = no meio; potamos = rio). Essa região foi ocupada, entre 4.000 a.C. e 539 a.C, por uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerras e dominaram uns aos outros, formando o que denominamos povos mesopotâmicos. Sumérios, babilônios, hititas, assírios e caldeus são alguns desses povos. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história. Política da mesopôtamia Três títulos para governantes eram frequentemente empregados pelos homens do período dinástico antigo: En, Ensi e Lugal. Destes
  • 2. três, o que mais se aproxima da ideia ocidental de rei é Lugal, literalmente "Grande Homem". O lugal era responsável pelo ministério da justiça, por representar a cidade-estado perante as outras e por fazer a guerra. O ensi poderia ser vassalo de Lugal em algumas circunstâncias, agindo como uma espécie de governador, enquanto o en era um senhor local. Todos os três poderiam partilhar tanto da autoridade temporal, como a espiritual. Acredita-se que, nos primeiros anos das dinastias mesopotâmicas, os reis eram aconselhados por assembleias formadas pelos homens comuns. Essa teoria advém das interpretações dos textos míticos sumérios, onde deuses mais importantes eram aconselhados por um grupo de deuses menores. Nesse período observa-se o fortalecimento da monarquia e uma escalada gradual que a coloca acima do templo (como instituição religiosa). A monarquia promovia banquetes e festas, artes e guerra. A monarquia organizava os exércitos, que eram providos com carruagens, lanças e machados para o combate, além de outros instrumentos sofisticados de guerra. No mais, os reis foram responsáveis por colocar de pé palácios amplos e suntuosos, importantes indícios de sua grande autoridade nessa época . A economia da Mesopotâmia Como era a economia mesopotâmica, atividades comerciais, comerciantes nômades. Os povos mesopotâmicos dedicavam-se principalmente ao comércio e agricultura. Atividades complementares também eram desenvolvidas como, por exemplo, artesanato, fabricação de tecidos, metalurgia e confecção de jóias.O comércio, uma das principais atividades econômicas, era praticado através das
  • 3. caravanas (expedições de comércio em grandes grupos). Os comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender suas mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram encontradas na Mesopotâmia. Os contatos comerciais eram feitos, principalmente, com sociedades do Oriente Médio e Índia.O contole comercial era feito através de registros em placas de argila, utilizando caracteres cuneiformes. Na Mesopotâmia não havia moeda, porém as atividades comerciais eram estabelecidas utilizando barras de ouro e prata . Registros comerciais em placas de argila, utilizando a escrita cuneiforme As principais atividades econômicas da Mesopotâmia eram: A agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada, linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda; A criação de animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos
  • 4. e patos era bastante desenvolvida; O Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre de Chipre e o estanho de Cáucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda. A existência de um comércio muito intenso deu origem a uma organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos a juros, corretagem e sociedades em negócios. Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante na Mesopotâmia. A sociedade da mesopotâmia Os povos mesopotâmicos formavam uma sociedade muito organizada e que ficaram conhecidas pelas dezenas de cidades- estados (muito parecidas com as cidades gregas, por serem independentes) e que ocupavam a região dos rios Tigres e
  • 5. Eufrates. Em cada uma dessas cidades haviam a presença de uma autoridade que era responsável por tomar as decisões de cunho politico e religioso nessas tribos.Apesar da semelhança das cidades gregas, a figura do rei não tinha nada haver com uma outra civilização antiga, a do Egito. Enquanto o Faraó no Egito tinha sua imagem vinculada a divindades, na mesopotâmia isso não acontecia. Lá o rei tinha sua imagem vinculada aos deuses, porém não eram vistos como divindades. Por serem pessoas importantes, habitavam suntuosos palácios e tinham um amplo corpo de funcionários a sua disposição.Logo após o rei e seus familiares, a pirâmide social dos povos mesopotâmicos contava com uma classe intermediária que era integrada por nobres, guerreiros, funcionários públicos e sacerdotes que desempenhavam algumas importantes funções que ajudavam a manter a dinâmica do estado.A grande maioria da população era pertencente a uma classe mais baixa que estavam incluídos os camponeses e trabalhadores que prestavam serviço à comunidade.Dessa maneira, podemos concluir que a sociedade era sustentada por uma ampla classe de homens livres.Já na cultura, principalmente no campo científico, os mesopotâmicos tiveram destaque no papel do desenvolvimento da escrita com a criação de um sistema de caracteres cuneiformes, criando assim a escrita cuneiforme.Com o grande processo das atividades comerciais, a álgebra teve também um grande desenvolvimento com as operações matemáticas e o sistema de pesos e medidas.Em meio a todas essas inovações, podemos citar também o grande interesse na astronomia, que permitiu a
  • 6. distinção de estrela e planeta e o desenvolvimento de um calendário lunar com doze meses de duração.Podemos citar também o ramo da arte e da arquitetura, onde os mesopotâmicos ficaram conhecidos pela construção de grandes e belíssimos palácios e templos que ficaram conhecidos como zigurates (leia também: Jardins Suspensos).A sculturas mesopotâmicas eram muito simples, com rostos poucos expressivos, porém com uma riqueza quase minimalista de detalhes quando se referia a corpos.Já nas pinturas, os temas que tinham maior interesse eram o cotidiano, o religioso e o militar, que assim recebiam um maior destaque.Outro objeto artístico que é preciso dar importância é a cerâmica onde criaram vários utensílios e foram responsáveis também no registro de documentos escritos. Cultura : Arte e Religão A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos e palácios. Os templos, chamados zigurates, possuiam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local de observação de astros. ZIGURATE SUMÉRIOS DE UR - NAMMU , EM UR , IRAQUE ( PAÍS )
  • 7. A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos para assírios. Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre e Eufrades.
  • 8. A religião A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfica. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como todo poderoso e imortal. Os principais deuses eram: Anu, deus do céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens. Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gênios, demônios, advinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois achavam que os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e sem esperanças de uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam ser determinados pela posição dos astros no céu. Os sacerdotes se aproveitaram das crendices para divulgar a astrologia, elaborar os horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da leitura dos astros.