O documento discute o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre de 2012. A atividade econômica foi influenciada negativamente pela crise internacional, mas já apresenta sinais claros de recuperação no segundo semestre, impulsionada por medidas de estímulo doméstico e queda na taxa de juros. Indicadores como produção industrial, varejo e IBC-Br apontam para retomada do crescimento.
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Economia Brasileira em
PERSPECTIVA Ministério da
Fazenda
16 a
Edição | Agosto | 2012
2.
3. Ministério
da Fazenda
Índice
Sumário Executivo 7
Atividade Econômica 9
Emprego e Renda 37
Inflação 51
Juros e Crédito 61
Política Fiscal 75
Setor Externo 89
Edição Agosto | Ano 2012
Panorama Internacional 103
Seção Especial – Resultados do Censo Demográfico 2010 127
Anexo – Recentes Medidas de Política Econômica 145
Glossário 160
3
4.
5. NOTA
O Relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, publicado pelo
Ministério da Fazenda, consolida e atualiza as principais variáveis
econômicas do Brasil.
O documento é resultado do trabalho conjunto dos seguintes órgãos
deste Ministério: Secretaria de Política Econômica (SPE), Secretaria
do Tesouro Nacional (STN), Secretaria de Assuntos Internacionais
(SAIN), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Nesta edição, os dados estão atualizados até 17 de agosto de 2012.
6.
7. Ministério
da Fazenda
Governo reage ao agravamento da crise internacional
Sumário Executivo
No primeiro semestre de 2012, o desempenho da atividade econômica brasileira foi influenciado pelo
agravamento da crise internacional, que abateu o ânimo dos investidores e tornou os consumidores mais
cautelosos. A retração de vários mercados consumidores afetou as exportações dos países emergentes, desde as
chinesas até mesmo as brasileiras. Nesse contexto de fraqueza da demanda nas economias avançadas, o fluxo de
exportações para a economia brasileira se intensificou, acirrando ainda mais a disputa com a indústria doméstica.
Porém, com a mudança do patamar da taxa de câmbio, com medidas de estímulos à demanda doméstica, deu-
se início a reação da indústria local. No âmbito doméstico, o PIB do primeiro trimestre foi afetado também por
intempéries climáticas que prejudicaram momentaneamente o desempenho da agricultura brasileira.
Vale ressaltar que, ao contrário do que foi visto em vários países, a economia brasileira não registrou queda
de crescimento no primeiro semestre de 2012. Mais importante ainda são os sinais claros de recuperação da
atividade econômica, que já podem ser observados em indicadores do segundo semestre de 2012. Além de
diversas medidas de desonerações tributárias, boa parte delas voltadas para os investimentos, a economia
brasileira tem o impulso significativo da queda na taxa de juros. Essa mudança econômica histórica não só
reduz os custos financeiros da economia, mas também estimula os empresários a investirem e os poupadores
a procurarem alternativas de investimentos que vão financiar a produção. A essa transformação estrutural, o
Edição Agosto | Ano 2012
Governo estimula os investimentos por meio das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que
neste ano foi ampliado com o PAC-Equipamentos e com o recente anúncio de novas concessões em rodovias e
ferrovias, conforme o Plano de Investimentos em Logística.
7
10. Ministério
da Fazenda
Atividade econômica mais forte no segundo semestre
Atividade Econômica
As medidas anticíclicas em curso e a ênfase maior no investimento já começam a surtir efeito e a economia brasileira
reage para alcançar um crescimento mais vigoroso a partir do segundo semestre de 2012. Desta forma, ao final do
ano, a economia deverá estar crescendo a um ritmo anualizado em torno de 4%.
Os investimentos relativos à segunda fase do Programa de Aceleração de Crescimento têm crescido consistentemente,
assim como os investimentos privados como um todo. Vale destacar que um terço das ações do PAC 2, previstas para
o período 2011-2014, já está concluído. Além disso, benefícios fiscais estão sendo concedidos para diversos setores
no intuito de desonerar os investimentos e manter o emprego, o que contribui para a expansão do potencial de
crescimento da atividade econômica.
Edição Agosto | Ano 2012
10
11. Ministério
da Fazenda
Crescimento econômico: demanda e oferta
Atividade Econômica
A estabilidade da taxa de crescimento do primeiro trimestre de 2012 em relação ao quarto de 2011, analisada
sob a perspectiva da oferta, é decorrência do impacto de intempéries climáticas sobre o setor agropecuário
(-7,3%), contrabalançado pelo crescimento dos setores industrial (+1,7%) e de serviços (+0,6%). Pelo lado
da demanda, os consumos das famílias e do governo cresceram 1,0% e 1,5%, respectivamente.
Taxa de Crescimento do PIB: Oferta e Demanda (% trimestral, com ajuste sazonal)
4,0
1,7
2,5
1,5
1,0
1,0
0,6
0,5
0,4
0,2
0,2
1,0
-0,5
-0,1
-7,3
-0,5
-0,6
Edição Agosto | Ano 2012
-2,0
-1,8
-3,5
-5,0
4T2011
1T2012
-6,5
Dados em: % trimestral,
-8,0 com ajuste sazonal
Agropecuária Indústria Serviços PIB Consumo das Consumo do Formação Bruta
Famílias Governo de Capital Fixo Fonte: IBGE
Oferta Demanda Elaboração: Ministério da Fazenda
11
12. Ministério
da Fazenda
Produção industrial inicia recuperação
Atividade Econômica
Em junho de 2012, a produção industrial interrompeu uma série de três meses consecutivos de contração
na comparação entre o mês corrente e o mês imediatamente anterior. O crescimento foi de 0,2%, com
destaque para a produção de bens de capital, +1,4%, e a de bens de consumo, +2,9%. Espera-se aceleração
da indústria no 2º semestre, apoiada pelos incentivos recentemente adotados pelo Governo Federal e pelo
novo mix de juros mais baixos e taxa de câmbio mais competitiva.
Índice de Produção Industrial (número-índice)
135
130
123,8
125
120
115
Edição Agosto | Ano 2012
110
105
100
Dados em: número-índice,
95 com ajuste sazonal (2002=100)
90
Fonte: IBGE
Se 07
De 007
M 007
Ju 08
Se 08
De 008
M 008
Ju 09
Se 09
De 009
M 009
Ju 10
Se 10
De 010
M 010
Ju 11
Se 11
De 011
M 011
Ju 12
12
Elaboração: Ministério da Fazenda
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
t2
z2
t2
z2
t2
z2
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z2
t2
z2
n
ar
n
ar
n
ar
n
ar
n
ar
n
Ju
12
13. Ministério
da Fazenda
Economia em retomada de crescimento
Atividade Econômica
A retomada da atividade econômica no Brasil já pode ser observada nos indicadores econômicos mais
recentes. Além dos resultados positivos do mercado de trabalho e do varejo, o Índice de Atividade Econômica
(IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil, registrou alta de 0,75% em junho de 2012, na comparação
com o mês anterior. Este é o melhor resultado mensal desde março de 2011, quando o IBC-Br marcou 1,47%.
Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil ( % a.m.)
2,0
1,5
1,0
Edição Agosto | Ano 2012
0,38
0,5
0,16
0,12
0v04
0,59
1,47
0,71
0,75
0,52
0,49
0,0
-0,81
-0,59
-0.01
-0,21
-0,21
-0,21
-0,22
-0,5 Dados em: % mensal
-0,35
com ajuste sazonal
-1,0
Fonte: Banco Central do Brasil
Fe 11
M 011
Ab 11
M 11
Ju 11
Ju 11
Ag 011
Se 11
ut 1
No 011
De 11
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M 12
Ju 12
12
01
20
20
0
20
20
20
20
0
20
20
0
20
20
Elaboração: Ministério da Fazenda
2
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2
z2
2
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n
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n
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Ja
O
13
14. Ministério
da Fazenda
Comércio reforça cenário de recuperação da economia
Atividade Econômica
O cenário de recuperação da atividade econômica também é observado nos dados do varejo. Em junho de
2012, as vendas no varejo restrito aumentaram 1,5% e no varejo ampliado, 6,1%, em relação ao mês anterior. A
grande recuperação do varejo ampliado, a maior alta desde setembro de 2009, foi largamente influenciada pela
medida de redução do IPI para veículos adotada pelo Governo no final de maio. Ademais, tanto no acumulado do
ano de 2012 como na comparação com junho de 2011, os números do varejo mostram crescimento expressivo.
Volume de Vendas no Comércio Varejista (% a.m. e % T/T-12)
Comparações com
junho de 2011
7
6
PMC
5
9,5 12,3 PMC Ampliada*
4
Jun 2012/Jun 2011 Dados em: % mensal com
Edição Agosto | Ano 2012
3 ajuste sazonal, % T/T-12
2 * Incluindo veículos, motocicleta,
partes e peças e materiais de
1 construção
0,6
0,6
0,6
0,6
0,5
0,5
0,4
0,3
0,3
0,2
0,2
1,0
0,8
1,8
2,2
2,9
0,7
1,2
1,3
0,0
1,3
1,3
0,7
1,1
0,9
0,1
1,3
0,7
1,4
1,7
1,9
3,1
1,4
0,7
0,8
1,5
6,1
0.1
0
Fonte: IBGE
-0,7
-0,9
-0,1
-0,1
-0,8
-0,8
-0,0
-0,2
-0,2
-0,4
-0,5
-1
-0,5
Elaboração: Ministério da Fazenda
-2
l2 0
o 10
t 0
ut 0
v 10
z 10
n 0
v 1
ar 11
r 1
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n 1
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12
Ju 01
Se 201
O 201
Ja 201
Fe 201
Ab 201
M 201
Ju 201
Ju 01
Se 201
O 201
Ja 201
Fe 201
Ab 201
M 201
Ju 201
Ag 0
No 20
De 20
M 20
Ag 0
No 20
De 20
M 20
20
2
2
n
Ju
14
15. Ministério
da Fazenda
Índice de atividade econômica do comércio com tendência de alta
Atividade Econômica
O movimento dos consumidores no varejo apresentou aumento de 1,3% em julho ante junho de 2012. Na
comparação com julho do ano passado, a alta foi de 11,3%, a maior desde dezembro de 2010. No acumulado
do ano com crescimento de 8,1%, quase todos os segmentos apresentaram avanço. O destaque nesta base
de comparação ficou com o setor de material de construção, com avanço de 8,7%, sinalizando movimento
de aceleração na atividade da construção civil.
Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (índice e variações)
240 9
230 231,66 8
7
220
6
210
Edição Agosto | Ano 2012
5
200
4 Índice
190 Variações
3
Dados em: índice, % mensal
180 2 com ajuste sazonal, acumulado
do ano, média móvel semestral e
170 1 1,3 8,1 5,0 5,4 média móvel trimestral
160 0
T/T-1 Acumulado Média móvel Média móvel Fonte: Serasa Experian
9
Ja 09
Ab 010
Ju 10
O 010
Ja 10
Ab 011
Ju 11
O 011
Ja 11
Ab 012
Ju 12
2
do ano semestral trimestral
00
01
Elaboração: Ministério da Fazenda
20
0
20
0
20
0
l2
2
r2
l2
2
r2
l2
2
r2
l2
15
ut
n
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n
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n
Ju
O
16. Ministério
da Fazenda
Recuperação da atividade industrial não provocará pressões inflacionárias
Atividade Econômica
Os níveis de utilização da capacidade instalada (NUCI), medidos pela FGV, CNI e FIESP, mostram que há espaço
para o crescimento sustentável da produção industrial. O NUCI-FGV atingiu o patamar de 83,7% em julho de
2012, ao passo que o NUCI-FIESP registrou 80,6% em junho. O NUCI-CNI está em 80,8% (dados de junho de
2012). Esses níveis garantem que a recuperação da atividade econômica não provocará pressões inflacionárias.
Nível de Utilização da Capacidade Instalada (%)
89
87
85
NUCI - CNI
83,7 NUCI - FGV
83
Edição Agosto | Ano 2012
NUCI - FIESP*
81 80,8
80,6 Dados em: %,
79 com ajuste sazonal
77 * Abrange apenas a indústria
do Estado de São Paulo
75
Fonte: CNI, FGV e FIESP
7
08
8
09
9
10
0
11
1
12
Ju 2012
l 2 12
2
00
00
00
01
01
01
20
20
20
20
20
n 0
Elaboração: Ministério da Fazenda
l2
l2
l2
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Ju 2
n
n
n
n
n
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Ju
Ju
Ju
Ju
Ju
Ja
Ja
Ja
Ja
Ja
M
16
17. Ministério
da Fazenda
Confiança na economia brasileira continua elevada
Atividade Econômica
Os números de julho de 2012 mostram que tanto o índice de confiança da indústria como o do consumidor
permanecem na zona de otimismo a despeito da deterioração do ambiente macroeconômico internacional.
Esses indicadores apresentarão sensível melhora com o maior dinamismo da economia no segundo semestre.
Índices de Confiança: Indústria e Consumidor (pontos, com ajuste sazonal)
130
121,6
120
110
102,7
Edição Agosto | Ano 2012
Índice de Confiança
100
Otimista do Consumidor
Pessimista Índice de Confiança
da Indústria
90
Dados em: pontos,
com ajuste sazonal
80
Fonte: FGV
o 0
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Ju 011
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Ju 012
2
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M 201
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Se 01
O 01
No 201
De 201
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Fe 01
M 201
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Elaboração: Ministério da Fazenda
2
2
2
2
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2
2
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2
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l
Ju
17
18. Ministério
da Fazenda
Medidas tomadas pelo Governo já começam a surtir efeito
Atividade Econômica
O licenciamento de veículos expandiu-se para 364,2 mil unidades em julho de 2012, contra 353,2 mil no mês
anterior, um crescimento de 18,9% em relação a julho de 2011. Após cinco meses de quedas consecutivas,
a variação acumulada em 2012 apresentou taxa positiva de 1,8%. Isso já é resultado de medidas tomadas
pelo Governo que, em maio, anunciou um substancial corte de impostos sobre os preços dos veículos novos.
Licenciamento de Novos Veículos (milhares de unidades)
420
370
320
Edição Agosto | Ano 2012
270
220
170
302,3
312,8
307,1
303,2
328,5
381,6
244,9
274,2
306,1
289,2
318,5
304,3
306,2
327,6
311,6
280,6
321,6
348,4
268,3
249,5
300,6
257,9
287,5
353,2
364,2
Dados em: milhares de unidades
120
Fonte: Anfavea
o 10
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v 10
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n 1
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Se 201
O 201
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M 201
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Ju 01
Se 201
O 201
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Ab 201
M 201
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No 20
De 20
M 20
Ag 0
No 20
De 20
M 20
Elaboração: Ministério da Fazenda
2
2
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Ju
18
19. Ministério
da Fazenda
Indústria automobilística planeja investir US$ 22 bilhões até 2015
Atividade Econômica
O setor automotivo tem aumentado consistentemente os seus investimentos no Brasil, partindo de um
montante de US$ 748 milhões investidos em 2003 para US$ 5,3 bilhões em 2011. A estimativa é que os
novos investimentos atinjam US$ 22 bilhões entre 2011 e 2015. A produção de automóveis contribui com
cerca de 20% do PIB Industrial e tem efeitos importantes na cadeia de produção por intermédio da compra
de autopeças, máquinas e equipamentos.
Investimentos Automobilísticos no Brasil: 2004-2015 (US$ bilhões)
25 Média = 4,4
20
15 Média = 2,9
Edição Agosto | Ano 2012
10
Média = 1,2
5
Dados em: US$ bilhões
3,6 11,8 22,0
0
2004 - 2006 2007 - 2010 2011 - 2015 Fonte: Anfavea
Elaboração: Ministério da Fazenda
19
20. Ministério
da Fazenda
Produção de veículos se distribui por todo o país
Atividade Econômica
O Governo Federal anunciou recentemente uma nova política automotiva para 2013-2017, a qual engloba
incentivos para o desenvolvimento da engenharia local, inovação e a redução das emissões de gases que
provocam o efeito estufa. Ao longo das últimas duas décadas, tem havido um aumento significativo do número
de fabricantes de automóveis no país, de 11 para 19, bem como uma diversificação geográfica de produção.
Produção de Veículos por Estado* 1990-2011 (% do total)
1990 2011 Número de
Fabricantes de Auto
0,5% 0,2% 2,3% 0,02% 1990 2011
5,6% São Paulo 8 7
Edição Agosto | Ano 2012
6,7%
Minas Gerais 1 3 Dados em: % do total
24,5% 6,8% Paraná 1 4
* Incluindo número de
Rio Grande do Sul 1 3 fabricantes em cada Estado.
13,3% 42,4%
Rio de Janeiro - 2 O mesmo fabricante pode
74,8% produzir em mais de um Estado
Bahia - 1
23% Goiás - 2
Fonte: ANFAVEA
Amazonas - 1 Elaboração: Ministério da Fazenda
20
21. Ministério
da Fazenda
Investimentos do PAC crescem consistentemente ...
Atividade Econômica
Investimentos no âmbito do PAC 2 vêm crescendo consistentemente em 2012 em comparação a 2011. Por
exemplo, os valores pagos entre janeiro e junho de 2012 (R$ 18,6 bilhões) são quase 53% maiores do que
o montante registrado no mesmo período de 2011 (R$ 12,2 bilhões). Isso se transformará em aumento da
atividade econômica e da capacidade produtiva do país.
Gastos do PAC em 2011 e 2012 (R$ bilhões e variação)
52,7%
44,8%
20
50,0%
15
46,9%
Edição Agosto | Ano 2012
19,1%
10 % no período
5,6%
2011
2012
5
Dados em: R$ bilhões
2,9 3,1 3,5 4,1 5,5 8,0 7,6 11,3 9,8 14,2 12,2 18,6 e variação no período
0
Até Jan Até Fev Até Mar Até Abr Até Mai Até Jun Fonte: STN/Ministério da Fazenda
Elaboração: Ministério da Fazenda 21
22. Ministério
da Fazenda
... assim como os investimentos federais como um todo
Atividade Econômica
O ritmo dos investimentos do Governo Federal tem crescido ao longo de 2012, em comparação com 2011.
Até junho de 2012, os investimentos estão 30,7% acima do mesmo período do ano passado, contribuindo
para o crescimento econômico.
Investimentos Totais do Governo Federal (R$ bilhões e variação)
30,7%
35
30,2%
30
28,9%
25
23,5%
Edição Agosto | Ano 2012
20
15 -1,0% 3,3% % no período
2011
10 2012
5 Dados em: R$ bilhões
e variação no período
7,8 7,7 9,3 9,6 12,7 15,7 16,4 21,1 20,2 26,2 25,1 32,8
0
Até Jan Até Fev Até Mar Até Abr Até Mai Até Jun Fonte: STN/Ministério da Fazenda
Elaboração: Ministério da Fazenda 22
23. Ministério
da Fazenda
Programa de Aceleração do Crescimento é ampliado
Atividade Econômica
Dada a necessidade de estimular o crescimento num ambiente de crise internacional, o Governo tem
tomado medidas anticíclicas importantes em 2012. As compras governamentais de equipamentos, a serem
efetuadas no 2º semestre de 2012, elevarão os investimentos do PAC em R$ 8,43 bilhões, aumentando os
valores empenhados do PAC em 2012 para R$ 51 bilhões.
Valores Empenhados do PAC (R$ bilhões)
60
51,0
45 8,4 PAC Valores Empenhados
Total
Edição Agosto | Ano 2012
30 PAC Equipamentos
PAC LOA
Dados em: R$ bilhões
15 * Valores constantes na LOA 2012,
8.4 adicionando os valores do PAC
Equipamentos
16,0 17,0 27,1 29,7 35,4 42,6
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012* Fonte: IBGE
Elaboração: Ministério da Fazenda
23
24. Ministério
da Fazenda
Investimentos em rodovias e ferrovias totalizarão R$ 133 bilhões
Atividade Econômica
Nova etapa do PAC: programa de investimentos em logística (rodovias e ferrovias)
• Restabelecimento da capacidade de planejamento integrado do sistema de transportes
• Integração entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos
• Articulação com as cadeias produtivas
• Criação da Empresa de Planejamento e Logística – EPL
Investimento Total: R$ 133 bilhões,
sendo R$ 79,5 bi em 5 anos e
R$ 53,5 bi em 20 a 25 anos
Investimento em Rodovias Investimento em Ferrovias
Edição Agosto | Ano 2012
R$ 42 bilhões (7,5 mil km), R$ 91 bilhões (10 mil km),
sendo R$ 23,5 bi em 5 anos e sendo R$ 56 bi em 5 anos e
R$ 18,5 bi em 20 anos R$ 35 bi em 25 anos
Dados em: R$ bilhões
Fonte: Ministério dos Transportes
Elaboração: Ministério da Fazenda 24
25. Ministério
da Fazenda
Mapa dos novos investimentos em rodovias
Atividade Econômica
Rodovias
Rodovias
1 BR-101BR-101 BA
1 BA
2 BR-262BR-262 ES/MG
2 ES/MG Porto de SantarémSantarém
Porto de Porto de Itaqui de Itaqui
Porto
Porto de Manaus Manaus
3 BR-153BR-153 TO/GO
3 TO/GO
Porto de Porto do Porto do Pecém
Pecém
4 BR-050BR-050 GO/MG
4 GO/MG
5 BR-163BR-163 MT
5 MT Porto de Porto Velho
Porto de Porto Velho
Porto de Porto de Suape
Suape
6 BR-163BR-163 MS,
6 MS, 3 3
5 5
BR-262BR-262 MS,
MS, 1 1Porto de Porto de Salvador
Salvador
BR-267BR-267 MS
MS 4 4
9 9
7 BR-060BR-060 DF/GO,
7 DF/GO,
Edição Agosto | Ano 2012
7 7 8 8
BR-153BR-153 GO/MG,
GO/MG,
6 6 Porto de Vitória Vitória
Porto de
BR-262BR-262 MG
MG 2 2
Porto do Porto do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Porto de Itaguaí Itaguaí
Porto de
8 BR-116BR-116 MG
8 MG Porto de Santos Santos
Porto de
Porto de Paranaguá
Porto de Paranaguá
9 BR-040BR-040 DF/GO/MG
9 DF/GO/MG
PAC em execução
PAC em execução
Malha atual atual
Malha Porto de Rio Grande Grande
Porto de Rio
Fonte: Ministério dos Transportes
Elaboração: Ministério da Fazenda 25
26. Ministério
da Fazenda
Mapa dos novos investimentos em ferrovias Novos
Atividade Econômica
Novos
Ferrovias
Ferrovias
1 Ferroanel SP – Tramo norte
Porto de Vila do Conde
2 Ferroanel SP – Tramo– Tramo norte
1 Ferroanel SP Sul
Porto de Santarém Porto de Vila do Conde
Porto de Itaqui
2 Ferroanel SP – Tramo Sul
3 Acesso ao Porto de Santos
Porto de Manaus
12
Porto de Santarém
Porto de Manaus Porto de Itaqui do Pecém
Porto
Acesso ao Porto de Santos 12
4 Lucas 3 Rio Verde – Uruaçu
do Açaílândia Porto do Pecém
Porto de Marabá
4 Lucas do Rio Verde – Uruaçu Açaílândia
5 Uruaçu – Corinto – Campos Porto de Porto Velho
Porto de Marabá
5 Uruaçu – Corinto – Campos Porto de Suape
6 Rio de Janeiro – Campos – Vitória Porto de Porto Velho
8 Porto de Suape
6 Rio de Janeiro – Campos – Vitória 8
7 Belo Horizonte – Salvador Lucas R. Verde 4 7
7 Belo Horizonte – Salvador Lucas R. Verde 4 7 Porto de Salvador
8 Salvador – Recife Uruaçu
Porto de Salvador
8 Salvador – Recife 5
Uruaçu
Porto de Ilhéus
9 Estrela d`Oeste – Panorama Marcaju 5 Porto de Ilhéus
9 Estrela d`Oeste – Panorama Marcaju Corinto
Edição Agosto | Ano 2012
Estrela D`Oeste
10 Marcaju – Mafra Estrela D`Oeste
Corinto
10 Marcaju – Mafra Marcaju 9 Belo Horizonte
11 São Paulo – Mafra – Rio Grande Marcaju 9 Belo Horizonte Porto de Vitória
11 São Paulo – Mafra – Rio Grande Panorama 1 6
Porto de Vitória
2 3 1 6
6
12 Açailândia – Vila do Conde Panorama Porto do Rio de Janeiro
Porto de Itaguaí 6 do Rio de Janeiro
12 Açailândia – Vila do Conde 10 2 3 Porto
Trechos em Estudos/Avaliação Mafra
10 Porto de SantosPorto de Itaguaí
Porto de Paranaguá Santos
Porto de
Trechos em Estudos/Avaliação Mafra Porto de Paranaguá
PAC em execução
PAC em execução 11 11
Malha atual atual
Malha
Porto de Rio Grande
Porto de Rio Grande
Fonte: Ministério dos Transportes
Elaboração: Ministério da Fazenda 26
27. Ministério
da Fazenda
30% das ações do PAC 2 previstas para 2011-2014 já concluídas
Atividade Econômica
Até o primeiro semestre de 2012, o PAC 2 concluiu R$ 211 bilhões em obras, o que corresponde a
aproximadamente 30% das ações previstas para o período 2011-2014. Esse resultado é 84% superior ao
mesmo período do ano passado, quando o volume de obras concluídas era de R$ 45 bilhões. Vale ressaltar
que os investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida representaram 61,3% do total concluído.
PAC 2 - Ações Concluídas (R$ bilhões)
2,0
24,4
Água e Luz Para Todos
Edição Agosto | Ano 2012
Minha Casa, Minha Vida
129,3 55,1
Cidade Melhor
Energia
Transportes
0,2 Dados em: R$ bilhões
Fonte: Ministério do Planejamento
Elaboração: Ministério da Fazenda
27
28. Ministério
da Fazenda
Execução do PAC 2 cresce 38,8% no primeiro semestre de 2012
Atividade Econômica
A execução do PAC 2 no primeiro semestre de 2012 é 38,8% superior ao mesmo período do ano anterior,
alcançando R$ 119,9 bilhões. O crescimento da execução mostra que o PAC 2 entra em um ciclo mais acelerado
das obras, após a fase inicial ocorrida em 2011. Essa aceleração se intensificará nos próximos trimestres.
Execução Global do PAC 2, OGU Fiscal e Seguridade, Estatal e Privado (R$ bilhões)
140
120
100
80
Edição Agosto | Ano 2012
60 38,8%
40
Dados em: R$ bilhões
20
OGU = Orçamento Geral da União
0
86,4 119,9
1° Balanço 30 Jun 2011 4° Balanço 30 Jun 2012 Fonte: Ministério do Planejamento
Elaboração: Ministério da Fazenda
28
29. Ministério
da Fazenda
Minha Casa, Minha Vida: R$ 142,3 bilhões em investimentos
Atividade Econômica
O programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” já beneficiou 1 milhão de famílias. Para o segundo
estágio do programa (2011-2014), o objetivo é construir 2,6 milhões de unidades e investir um total
de R$142,3 bilhões. Como resultado, o programa reduzirá o déficit habitacional, permitindo que um
contingente maior de pessoas não habite zonas de risco e usufrua de uma melhor qualidade de vida.
Programa “Minha Casa, Minha Vida”: Unidades Construídas e Investimentos Planejados (R$ bilhões)
40
30
12,7
Edição Agosto | Ano 2012
20
10 Contratado
Meta
15,3 38,6 32,1 24,3 36,6 36,6 Dados em: R$ bilhões
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Caixa Econômica Federal
Elaboração: Ministério da Fazenda
29
30. Ministério
da Fazenda
Crescimento dos investimentos em infraestrutura para 2012-2015
Atividade Econômica
Investimentos em importantes setores econômicos atingirão R$ 597 bilhões entre 2012 e 2015, de acordo
com o BNDES. Esse montante representa um crescimento de aproximadamente 30% em relação ao
montante realizado no período entre 2007 e 2010.
Prospecção de Investimentos do BNDES (R$ bilhões)
700 Aeronáutica
Aumento de 29,5% 597 CIS
600 Têxtil e Confecções
461 Siderurgia
500
Química
400 Eletroeletrônica
Edição Agosto | Ano 2012
Papel e Celulose
300
Automotivo
200 Extrativa Mineral
Petróleo e Gás
100
Dados em: R$ bilhões
0
2007-2010 2012-2015 Fonte: BNDES
Elaboração: Ministério da Fazenda
30
31. Ministério
da Fazenda
Desonerações tributárias estimulam investimentos
Atividade Econômica
Com o intuito de impulsionar a atividade econômica, o Governo tem concedido benefícios fiscais para diversos
setores, que totalizaram pelo menos R$ 97,8 bilhões entre 2007 e 2011. Incentivos ao investimento alcançaram
32% do total (R$ 31 bilhões) no período. Até julho de 2012, as desonerações tributárias totalizaram R$ 35,9
bilhões, sendo R$ 10,9 bilhões direcionados para benefícios fiscais em favor do investimento.
Desonerações Tributárias 2007-2012* (R$ bilhões)
40
35
30
Total de Desonerações
25 Tributárias
Desonerações do Investimento
Edição Agosto | Ano 2012
20
Dados em: R$ bilhões
15
* Impacto previsto para o ano de
10 implementação da medida e para
os anos seguintes
5 3,8
7,4 2,0 29,3 6,9 12,6 9,4 6,9 39,2 11,4 35,9 10,9 ** Até julho de 2012
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012** Fonte: Receita Federal,
Ministério da Fazenda
Elaboração: Ministério da Fazenda
31
32. Ministério
da Fazenda
Participação do consumo das famílias no PIB segue padrão mundial
Atividade Econômica
A participação do consumo na renda na economia brasileira apresenta nível similar ao padrão mundial.
Dentre os 23 países/blocos relacionados no gráfico abaixo, apenas seis deles (Canadá, Zona do Euro, França,
Estados Unidos, Japão e Itália) aumentaram a participação do consumo no PIB entre 2002 e 2011. Assim
como a maioria, o Brasil reduziu essa participação ainda que tenha reduzido a pobreza e aumentado o
mercado consumidor doméstico.
Consumo das Famílias (% do PIB)
80
70
60
50
40
Edição Agosto | Ano 2012
30
2002
20
2011
10 Dados em: % do PIB
36,8
30,2
44,1
34,4
46,3
39,4
50,0
44,8
51,3
49,3
56,7
52,9
58,8
53,9
67,6
54,6
61,9
56,4
63,2
56,4
56,8
57,1
60,5
57,3
57,1
57,4
58,1
57,4
56,4
57,6
58,3
58,3
61,8
58,6
61,7
60,3
57,9
60,4
58,7
61,3
65,8
64,4
69,1
65,3
69,9
71,1
0
Fonte: FMI
Elaboração: Ministério da Fazenda
Ch a
ap a
la a
Co R da
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s l
do lia
ge sia
a
Ca dia
dá
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M do
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A
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i
re ús
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éx
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Ín
Un
do
Sa
ia
Si
Re
áb
Zo
Ar
32
33. Ministério
da Fazenda
Investimento é o principal determinante para o crescimento
Atividade Econômica
Desde 2003, a participação dos investimentos no PIB cresceu 3,8 p.p. enquanto a do consumo das famílias
recuou 1,2 p.p. Nos últimos anos, os esforços do Governo vêm no sentido de consolidar o investimento como
principal responsável pelo crescimento econômico.
Investimento (FBCF) (% do PIB) Consumo das Famílias (% do PIB)
20 65
19 63
18 61
Edição Agosto | Ano 2012
FBCF
17 59
Consumo das famílias
Dados em: % do PIB
16 57
* Baseado no acumulado em
15,3
16,4
16,1
15,9
16,4
17,4
19,1
18,1
19,5
19,3
19,1
61,7
61,9
59,8
60,3
60,3
59,9
58,9
61,1
59,6
60,3
60,7
quatro trimestres em 1T2012
15 55
Fonte: IBGE
*
*
2
3
4
5
06
07
08
09
10
11
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
12
0
0
0
0
Elaboração: Ministério da Fazenda
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
33