Segunda fase do modernismo . trabalho de portugues
1.
2. Introdução
"Os camaradas não disseram que havia
uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento."
(Carlos Drummond de Andrade)
3. Recebendo como herança todas as conquistas da
geração de 1922, a segunda fase do Modernismo
brasileiro se estende de 1930 a 1945.
Período extremamente rico tanto em termos de produção
poética quanto de prosa, reflete um conturbado
momento histórico: no plano internacional, vive-se a
depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II
Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende
ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo.
Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático
se amplia, incorporando preocupações relativas ao
destino dos homens e ao "estar-no-mundo".
.
4. Em 1945, ano do fim da guerra, das
explosões atômicas, da criação da ONU
e, no plano nacional, da derrubada de
Getúlio Vargas, abre-se um novo
período na história literária do Brasil
5. A prosa de 1930 é chamada de Neo-
Realismo pela retomada de alguns
aspectos do Realismo- Naturalismo,
contudo, com características
particulares preservadas.
A literatura estava voltada para a
realidade brasileira como forma de
manifestar as recentes crises sociais e
inquietações da implantação do Estado
Novo do governo Vargas e da Primeira
Guerra Mundial.
6. As romancistas observam com olhos
críticos a realidade brasileira, as
relações entre o homem e a sociedade.
Pelo fato dos romancistas deste período
adotar como componente o lado
emocional das personagens, faz com
que esta fase se diferencie do
Naturalismo, onde este item foi
descartado.
8. • Regionalista: tendência originada no
Romantismo e adotada pelos naturalistas e
pré-modernistas, na qual o tema é o
regionalismo do nordeste, a miséria, a
seca, o descaso dos políticos com esse
estado. Esta propensão tem início com o
romance A bagaceira, de José Américo de
Almeida, em 1928.
Os principais autores regionalistas são: José
Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de
Queiroz e Graciliano Ramos.
9. • Urbana: tendência na qual a temática
é a vida das grandes cidades, o homem
da cidade e os problemas sociais, o
homem e a sociedade, o homem e o
meio em que vive. O principal autor é
Érico Veríssimo no início de sua carreira.
10. • Intimista: tendência influenciada pela
teoria psicanalítica de Freud e de outras
correntes da psicologia e tem como
tema o mundo interior. É também
chamada de prosa “de sondagem
psicológica”. Os principais autores são:
Lúcio Cardoso, Clarice Lispector,
Cornélio Pena, Otávio de Faria e
Dionélio Machado.
11. A poesia da Geração de 30 demonstra tanto
uma liberdade formal que cultivava tanto os
versos brancos e livres quanto as
formas tradicionais.
Surgem novos poetas e os autores da primeira
fase literária apresentam uma obra mais
madura.
Podemos destacar como características das
poesias desta segunda fase literária: a ironia, a
reflexão sobre o destino do ser humano, a
poesia lírica, o regionalismo, verso livre em
paralelo a formas fixas, como o soneto.
12. Os temas das poesias são universais, pois os
olhares estavam voltados às vivências da
sociedade a respeito das crises sociais que
aconteciam no mundo, das guerras, da
luta pela supremacia econômica.
Os principais poetas dessa fase são: Carlos
Drummond de Andrade, Jorge de Lima,
Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e Murilo
Mendes.
13. E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?
14. Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
15. E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?
16. Cultura de Cabo Verde
Cultura de Guine bissal
Cultura de Moçambique
Cultura de Angola
17. Introdução
Cultivada muitas vezes por Portuguêses
ou por filhos de Portuguêses que viviam
na Africa,a literatura produzida nos
paises Africanos de lingua portuguêsa
foi durante muito tempo considerada
mera extensão da literatura portuguêsa.
Contudo , embora seja difícil traçar a
linha divisória entre a literatura
portuguesa e as literaturas Africanas em
nossa lingua, pode se dizer que o
florescimento dessas literaturas se deu
concomitantemente ao início da
discussão sobre a identidade nacional.
19. Professora, jornalista, romancista, cronista
e teatróloga brasileira nascida em
Fortaleza, CE, primeira mulher a
ingressar na Academia Brasileira de
Letras (1977). E uma das mais
importantes romancistas do movimento
regionalista contemporâneo do
Nordeste. Filha de proprietários rurais
do Ceará, foi para o Rio de Janeiro
(1915), em companhia dos pais que
procuravam nessa migração fugir dos
terríveis horrores da seca.
20. Mais tarde a romancista iria aproveitar
como tema de O quinze, seu livro de
estréia (1930). viajando logo a seguir para
Belém do Pará, onde residiu por dois anos.
21. Regressando a Fortaleza, matriculou-se no
Colégio da Imaculada Conceição, onde fez o
curso normal, diplomando-se aos 15 anos (1925).
Estreou no jornalismo (1927), com o pseudônimo
de Rita de Queluz, publicando trabalhos no
jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora
efetiva. Ali publicou seus primeiros poemas à
maneira modernista e iniciou sua carreira
literária com o romance O quinze, tratando
sobre o drama dos flagelados da seca, na
extrema pobreza e sem ter quem os oriente
sobre o cultivo da terra, romance que lhe trouxe
a consagração com o Prêmio da Fundação
Graça Aranha (1931).
22. Seguiram-se vários outros sucessos até fixar
residência no Rio de Janeiro, RJ (1939),
passando também a se dedicar ao teatro e
à crítica literária em revistas e jornais como
no Diário de Notícias, em O Cruzeiro e em O
Jornal. Membro do Conselho Federal de
Cultura, desde a sua fundação até sua
extinção (1967-1989), participou da 21a
Sessão da Assembléia Geral da ONU (1966),
onde serviu como delegada do Brasil,
trabalhando especialmente na Comissão
dos Direitos do Homem.
23. Iniciou colaboração semanal no jornal O
Estado de S. Paulo e no Diário de
Pernambuco (1988).
24. Ainda foi laureada com os seguintes prêmios
e honrarias: Prêmio Machado de Assis, da
Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto
de obra (1957), Prêmio Nacional de Literatura
de Brasília para conjunto de obra (1980); e
várias outras.
25. Seu último grande sucesso
literário foi Memorial de Maria
Moura (1992) que se tornou
minissérie de televisão. Sofrendo
de diabetes, morreu enquanto
dormia em sua casa no bairro do
Leblon, na zona sul do Rio de
Janeiro, 13 dias antes de
completar 93 anos (17/11), vítima
de um infarto do miocárdio. A
escritora cearense já havia
sofrido um derrame (1999), tinha
dificuldades de locomoção e
era acompanhada por uma
enfermeira, e o corpo dela foi
velado no prédio da Academia
Brasileira de Letras, no Rio, e
enterrado no mausoléu de sua
família no Cemitério São João
Batista, em Botafogo, ao lado de
seu segundo marido, Oyama de
Macedo, com quem viveu 42
anos.
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29. Em seu quarto romance,As Três Marias a
escritora Cearense Rachel De Queiroz foi
ainda mais fundo em o tema que já estava
presente em todas as suas obras
anteriores;o papel da mulher da
sociedade. A história tem início nos patios e
salas de aula de um cólegio interno
dirigido por freiras Maria Algusta , Maria Da
Glória e Maria José são amigas
inseparavéis que ganham de seus colegas
e professores o apelido de “As Três Marias”.
30. As Três Marias,publicado originalmente em
1939,conquistou o cobiçado premio da
sociedade Felipe de Oliveira e, décadas
depois,foi adaptada como uma novela
para a televisão. De eitura agil, o
romance e o importate marco na
literatura Brasileira e um dos mais
populares em toda a obra de Rachel de
Queiroz.
31. Outra lição que se pode tirar destas considerações é que a
vida sem sonhos é muitíssimo mais fácil. Sonhar custa caro. E
não digo só em moeda corrente do País, mas daquilo que
forma a própria substância dos sonhos,
Rachel de Queiroz
33. Nascido a 27 de Outubro de 1892, no
povoado Quebrangulo, no Estado de
Alagoas, Graciliano Ramos tornou-se,
desde cedo, um sertanejo de uma peça
só, uma única formação literária.
34. Aos 13 anos inicia a sua formação, no colégio
do Professor Agnelo, em Maceió, publicando já
os seus primeiros sonetos. Mais tarde muda-se
para o Rio de Janeiro, fazendo uma curta
passagem por Palmeira dos Índios onde
trabalha na revisão de vários jornais e na
publicação de artigos. Em 1915 regressa a
Palmeira do Índios, onde casa e se estabelece
como comerciante. A partir de 1927, é
eleito Perfeito, altura em que se faz notar pela
elegância da linguagem com que descreve as
ações municipais.
35. Considerado integrante do movimento de 30,
que escapa à superficialidade do
academismo para denunciar e criticar o
sistema vigente, Graciliano Ramos, que
sempre buscou apreender o homem brasileiro
e os seus problemas na sociedade, é
considerado um comunista. Passa dois anos
na cadeia como preso político, mas é posto
em liberdade em 1937, depois de obter da
Revista Académica o Prêmio Lima Barreto.
36. O tempo que passou na prisão foi o
suficiente para tomar notas do que viria a
ser a obra mais notável no género escrito
em língua portuguesa e o mais sério
depoimento sobre a realidade brasileira
relacionada com o
comunismo: Memórias do Cárcere, obra
publicada no ano da sua morte, em
1952.
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39. A prosa de Graciliano Ramos reproduz
algumas qualidades do próprio universo
que ele critica.São Bernardo e narrado em
Primeira pessoa o retrado de Paulo Honório
um fazendeiro amargo e solitario que aos
cinquentas anos decide escrever suas
autobiografia Paulo tenta obter a ajuda de
amigos que conheçam melhor a parte da
escrita,mas o desentendimento quanto ao
tom e ao estilo o levam a assumir narrativa
sua intencão repassa e entende a propria
vida,buscando sentido de uma existência
frustada,que se revela após o suicidio de
sua esposa,Madalena.
40. Sua trajetória social foi a de um lutador que
sobrevivel ao sertão e soube se servir de
bom negócios .Porém o espirito da esposa
sempre com os empregados da fazenda
choca-se frontalmente com os metádos
brutais do marido que chega a suspeitá-la
de “Comunista””Subeversiva e
“adultera”.São Bernardo e um grande
romance sobre a dúvida e o ciúme. São
Bernardo é certamente um grande
romance a consciência limitada e
angustada de Paulo Honório,que busca
em vão compreender o seu drama com
Madalena,não se casa bem com a escrita
culta e refinada de Ramos.