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III ENCONTRO DE LETRAS DA UEM
PÓLO EAD DE ENGENHEIRO BELTÃO
Gêneros do discurso em
diferentes esferas de
circulação de textos
Palestrante: Prof. Ms. Alessandro Alves da Silva
alessandroalvesdasilva@hotmail.com
http://alessandrosilva.wordpress.com/
Resumo: No que se refere às
atuais teorias dos gêneros, sabe-
se que não há consensos em
suas definições que apontem que
um discurso pertença a um ou a
outro gênero, nem quais
condições sociais ou esferas de
circulação de textos dão origem a
determinados gêneros.
De um modo quase que geral tais
teorias têm convergido para o
Círculo de Bakhtin (BAKHTIN,
1995, p. 280) sobre os gêneros
do discurso, mostrando que os
gêneros não devem ser tratados
apenas como estruturas
linguísticas formais, mas,
sobretudo, como tipos de textos
intimamente relacionados com as
esferas de circulação de textos.
Diante deste contexto e inserida
nos temas que compõem este
encontro, esta palestra abordará
aspectos teóricos e práticos
relativos à Produção Textual em
suas mais variadas esferas de
circulação de textos - sala de
aula, vestibular, dentre outras – e
suas implicações no ensino de
Língua Portuguesa.
 Texto e Discurso – Questões
epistemológicas
 Discurso: Objeto histórico e social
que precisa de algo (uma
materialidade: linguística, imagética,
dentre outras) para se materializar.
 Texto: é a materialização do discurso.
•Todo texto/discurso é ideologicamente marcado
•“Ideologia do buraco” (Alessandro Alves da Silva)
•Interlocução e Contexto
• Domínio discursivo / Esfera de
circulação de textos / Situação social:
Discurso jurídico, discurso jornalístico,
discurso religioso, discurso político,
etc.
De acordo com Bakhtin, “o texto é
a manifestação viva da
linguagem. [...] Substituir o
formalismo gramatical é uma das
formas de tornar o texto
acessível” (BAKHTIN, 1995, p.
280).
A importância de uma concepção
teórico-metodológica que oriente
o ensino de Língua Portuguesa
(LP)
Mikhail Bakhtin é o téorico mais
adequado para se trabalhar o
ensino de LP?
O que é língua e como ela
funciona?
Gramáticas: internalizada,
descritiva e normativa.
Sírio Possenti:
“Por que (não) ensinar gramática
na escola”
• A tardia recepção das ideias de Bakhtin no
Brasil – “Descoberta” dos livros na década
de 60 e chegada no Brasil em meados da
década de 70.
• Círculo de Bakhtin: Pensadores (1910-
1920). Não eram apenas teóricos
literários, nem apenas linguistas. Eram
“filósofos-linguistas”, “filósofos-literatos”.
• Enunciado: não é apenas o enunciado
linguístico. Outras linguagens.
Bakhtin argumenta que os gêneros
discursivos não podem ser apreendidos
apenas pela sua forma. Os gêneros
discursivos ou tipos de textos estão
relacionados a um tipo de atividade
humana. São formas relativamente
estabilizadas de textos.
Exemplos: mundo jurídico (petição-ADV,
oitiva-JUIZ, sentença-JUIZ, acórdão-JUIZ),
mundo jornalístico, dentre outros.
• O número de gêneros textuais numa
determinada sociedade se amplia de
acordo com os avanços sociais e
tecnológicos.
• Exemplos: e-mail ou blog, que são
variações da carta e do diário.
• Dinamicidade dos gêneros: surgem e
desaparecem.
• Aspectos linguísticos e
fenômenos discursivos
• Intertextualidade entre gêneros = um
gênero com função de outro. Exemplo:
Carta.
• Intertextualidade tipológica = um gênero
com a presença de várias tipologias
textuais. Exemplo: Notícia.
• Os gêneros textuais são espelhos da
nossa sociedade.
Nos últimos 12 anos têm havido
tentativas de se proporem grandes
diretrizes ou grandes orientações
aos professores. Como essas
discussões acerca dos gêneros
textuais vêm sendo exploradas
nestes últimos anos pelos discursos
oficiais, como os PCN’s e as DCE’s?
“Uma das tarefas do ensino de língua na
escola seria, portanto, discutir
criticamente os valores sociais
atribuídos a cada variante linguística,
chamando a atenção para a carga de
discriminação que pesa sobre
determinados usos da língua, de modo
a conscientizar o aluno de que sua
produção linguística, oral ou escrita,
estará sempre sujeita a uma avaliação
social, positiva ou negativa” (BAGNO,
2007, p. 40).
Ensino de Língua: gastamos
energia à toa nos perguntando se
devemos ou não ensinar gramática
normativa na escola.
Era preciso “tapar o buraco” no
ensino de LP e a noção de
gêneros veio a calhar.
• Vivemos em uma sociedade que se
autoavalia e que exige aferições ou
números.
• Problema de acordo com Bakhtin, Faraco
e Braith: reduzir os gêneros textuais à
fôrmas pré-dadas. Ex.: Notícia.
• Entretanto, no atual modelo de sociedade
em que estamos inseridos, as “fôrmas”
continuam sendo cobradas em diferentes
esferas de circulação de textos: sala de
aula, vestibular, dentre outras.
• Maringá, 10 de julho de 2012.
• Prezado Senhor Souza,
• Li seu texto sobre o projeto de lei do Deputado Federal Márcio
Marinho, que proíbe tatuagem em crianças e jovens. Como pai
de adolescentes e leitor da revista Rede Imprensa Livre penso
que este projeto de lei passa por cima da autonomia dos pais
acerca da educação de seus filhos. Senhor Souza, eu sempre
procuro manter um espaço aberto para o diálogo com os meus filhos
e se um dia eles decidirem se tatuar, mesmo sendo menores de
idade, iremos conversar sobre isso, a fim de amadurecermos juntos
esta ideia. Além disso, prezado editor, fiquei impressionado em
perceber como o governo perde tempo se preocupando com isso
quando deveria estar tratando de assuntos mais urgentes como, por
exemplo, retirar crianças abandonadas das ruas e erradicar a fome e
a miséria deste país. Por estes e outros motivos, senhor Souza,
sou contrário a mais uma lei inútil e preconceituosa como esta.
• Atenciosamente,
• Leitor.
• Maringá, 20 de março de 2013.
• Prezado Senhor Fábio de Melo, diretor do Colégio Gabriela.
• Como mãe do aluno Mário Pinto, escrevo para questionar a
atitude do pedagogo que, simplesmente, na última aula, sentou-
se no colo do meu filho, constrangendo-o perante os demais
alunos do colégio. Senhor Fábio, eu creio que como educador o
pedagogo não queria expor o meu filho ao ridículo, mas como a
sociedade em que vivemos é preconceituosa e discriminatória,
algumas brincadeiras poderiam ser evitadas, pois depois deste ato o
meu filho passou a ser hostilizado pelos colegas e taxado de
homossexual. Não que a homossexualidade seja um problema: o
problema está no fato de as pessoas não respeitarem as diferentes
opções sexuais dos outros, mostrando que nem neste colégio que
preza por uma formação humanista os direitos humanos não são
devidamente respeitados. Peço, então, senhor diretor, que tome
as medidas cabíveis e que tanto o pedagogo quanto os alunos
percebam que suas atitudes são inadequadas.
• Atenciosamente / Cordialmente / Grato, Leitor.
• Professor de Matemática matou professor de Física
em crime passional
•
• Na quarta-feira (04), o professor de Física Marcos de
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trabalhavam, o Colégio Dom Bosco.
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de Castro, 36, por quem Rubens tinha interesses afetivos.
Em um dos intervalos de aula, após ter conversado com
Fátima na sala dos professores, Marcos se dirigiu ao
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com dois tiros na cabeça, e saiu em fuga imediata do
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Tabela 1 – Lead ou pirâmide inversa.
• Foi uma das ocasiões mais felizes da minha vida: tinha
29 anos e acabava de me formar, apesar de ter dois
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cinco anos estavam na plateia quando subi ao palco da
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conseguiu se separar do marido e vive
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• O conceito de beleza expresso no poema mostra que tal
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vendo, concordando com o ditado: “ a beleza está nos
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importância de discernimento de beleza para o
comportamento das pessoas em sociedade, visto
que a beleza de todos deve ser respeitada.
• A charge de Maurício de Souza traz a personagem
Mônica exibindo-se diante do espelho com ótima auto-
estima, evidenciando que as pessoas precisam gostar de
si mesmas com suas qualidades e defeitos, o que
contradiz o pensamento de que só é belo quem é magro
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• O texto “A feira dos mortais e dos imortais”, de
Leonardo Boff, publicado na revista Superinteressante,
discorre sobre a supervalorização da vaidade,
principalmente no âmbito da mídia, pois muitas
“celebridades” lançam mão das mais diversas armas
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escândalos políticos. Boff encerra o seu texto
apresentando outra situação: a da grande maioria da
população na sua luta diária pela vida e que, de modo
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pena.
• Na coletânea de textos, retirados de fontes variadas, discutem-se as
funções dos sonhos. Na Grécia, era atribuída ao ato de sonhar a
incumbência de mediar curas e oferecer conselhos, conforme afirma
o site <www.drashirleydecampos.com.br>. Além disso, sonhar mostra
de que maneira a memória humana trabalha, o que lhe confere uma
funcionalidade biológica, como propõe Sérgio Tufik, mencionado na
coletânea.
• O psicólogo e professor Kwasisnki também informa que os sonhos
são um meio para o autoconhecimento e são capazes de projetar o
futuro, segundo Sidarta Ribeiro, neurocientista e diretor científico. Os
sonhos também atuam no fortalecimento da memória,
reestruturando-a, isto é, contribuem para a criatividade, como
mencionado em < www.escutaanalitica.com.br/responsabilidade >.
Para a psicóloga Tatiana Vasconcelos Cordeiro, citada na coletânea,
o ato de sonhar é responsável por alertar a consciência: para ela,
constitui-se como aviso. E, como descreve Helena Kolody, em seu
poema “Sonhar”, o sonho representa um ideal, um objetivo, uma
“fuga” da vida.
Como evitar que o bullying se intensifique
• O bullying se inicia quando um grupo de colegas
começa a rebaixar um colega que possui características
diferentes das dos demais. Para que as agressões não
se tornem mais frequentes, siga estas recomendações:
• Ao ser verificado o início da prática do bullying, fique
longe daqueles que o realizam, pois isso faz com que
eles não o atormentem. Além disso, finja que não se
incomoda com os apelidos, pois a tendência é que eles
parem. Caso as agressões continuem, relate o ocorrido
aos seus pais, professores ou chefe do trabalho. Por
fim, por mais que as ofensas o deixem triste, fique perto
das pessoas que você goste e que te façam feliz.
Quando melhor você estiver consigo mesmo, menos
afetado será pelos outros.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas
sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
BAGNO, M. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 15 ed.
Loyola: São Paulo, 2002.
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo:
Hucitec, 2009.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins
Fontes, 2010.
BRANDÃO, H. N. Texto, Gênero do Discurso e Ensino. In:
BRANDÃO, H. N. (Org.) Gêneros do discurso na Escola. São
Paulo: Editora Cortez, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares
Nacionais de Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1999.
BEZERRA, Maria A. (Org.) Gêneros Textuais e Ensino. 2ª ed. Rio de
Janeiro:Lucerna, 2003.
CASTILHO, A. T. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo:
Contexto, 2008.
COSTA, M. H. A.; CAVALCANTE, M. M.; FILHO, V. C.; JAGUARIBE,
V. M. F. Texto e discurso sob múltiplos olhares: gêneros e seqüências
textuais. Vol. 1 e 2. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
CRISTÓVÃO, V. L. L.; NASCIMENTO, E. L. (orgs.). Gêneros textuais:
teoria e prática II. Palmas e União da Vitória: Kaygangue, 2005.
DIONÍSIO, P & BEZERRA, M. A. O Livro Didático de Português:
Múltiplos Olhares. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2005.
FÁVERO, L L. & KOCH, I. Lingüística textual: introdução, 4ª ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
FIORIN, J.L. & SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e
redação. São Paulo: Editora Ática, 2002.
GERALDI, J. W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e
divulgação. Campinas: Mercado das Letras, 1999.
ILARI, Rodolfo; NEVES, Maria Helena de Moura. (Orgs.). Gramática
do Português Culto Falado no Brasil. V. II. Classes de Palavras e
Processos de Construção. Campinas: Ed. da Unicamp, 2008.
INFANTE, U. Curso de Gramática Aplicada aos Textos. São Paulo:
Scipione, 2008.
KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.). Gêneros
textuais: reflexões e ensino. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
KLEIMAN, A. B (Org.) Os Significados do Letramento. Novas
perspectivas sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado
de Letras, 2003.
KOCH, I. V. O Texto e a Construção dos Sentidos. São Paulo:
Contexto, 2003.
KOCH, I. V. A coesão textual. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
KOCH, I. V. Introdução à Lingüística Textual. São Paulo: Martins
Fontes, 2004.
MARCONDES, B., MENEZES, G., TOSHIMITSU, T. Como usar outras
Linguagens na Sala de Aula. São Paulo: Editora Contexto, 2000.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de
retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e
funcionalidade. In: DIONÍSIO, ângela P.; MACHADO, Anna R.;
MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTHA-ROTH, D. (orgs.). Gêneros:
teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola, 2005.
PÉCORA, A. Problemas de Redação. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
de Língua Portuguesa. Curitiba, PR, 2008.
PLATÃO, F. S. & FIORIN, J.L. Lições de Texto: leitura e redação. São
Paulo: Ática, 1997.
POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas:
Mercado de Letras, 1996.
POSSENTI, S. O Humor da Língua: Análises Lingüísticas de Piadas.
Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998.
ROJO, Roxane (Org). A prática de linguagem em sala de aula:
praticando os PCNs. São Paulo/Campinas: EDUC/ Mercado de Letras,
2000.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola.
Tradução e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro.
MUITO OBRIGADO!
Alessandro Alves da Silva
E-mail
alessandroalvesdasilva@hotmail.com
Blog / Website
http://alessandrosilva.wordpress.com/

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Palestra - Gêneros Textuais - Prof. Ms. Alessandro Alves da Silva

  • 1. III ENCONTRO DE LETRAS DA UEM PÓLO EAD DE ENGENHEIRO BELTÃO Gêneros do discurso em diferentes esferas de circulação de textos Palestrante: Prof. Ms. Alessandro Alves da Silva alessandroalvesdasilva@hotmail.com http://alessandrosilva.wordpress.com/
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Resumo: No que se refere às atuais teorias dos gêneros, sabe- se que não há consensos em suas definições que apontem que um discurso pertença a um ou a outro gênero, nem quais condições sociais ou esferas de circulação de textos dão origem a determinados gêneros.
  • 6. De um modo quase que geral tais teorias têm convergido para o Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 1995, p. 280) sobre os gêneros do discurso, mostrando que os gêneros não devem ser tratados apenas como estruturas linguísticas formais, mas, sobretudo, como tipos de textos intimamente relacionados com as esferas de circulação de textos.
  • 7. Diante deste contexto e inserida nos temas que compõem este encontro, esta palestra abordará aspectos teóricos e práticos relativos à Produção Textual em suas mais variadas esferas de circulação de textos - sala de aula, vestibular, dentre outras – e suas implicações no ensino de Língua Portuguesa.
  • 8.  Texto e Discurso – Questões epistemológicas  Discurso: Objeto histórico e social que precisa de algo (uma materialidade: linguística, imagética, dentre outras) para se materializar.  Texto: é a materialização do discurso.
  • 9. •Todo texto/discurso é ideologicamente marcado •“Ideologia do buraco” (Alessandro Alves da Silva) •Interlocução e Contexto • Domínio discursivo / Esfera de circulação de textos / Situação social: Discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso, discurso político, etc.
  • 10. De acordo com Bakhtin, “o texto é a manifestação viva da linguagem. [...] Substituir o formalismo gramatical é uma das formas de tornar o texto acessível” (BAKHTIN, 1995, p. 280).
  • 11. A importância de uma concepção teórico-metodológica que oriente o ensino de Língua Portuguesa (LP) Mikhail Bakhtin é o téorico mais adequado para se trabalhar o ensino de LP?
  • 12. O que é língua e como ela funciona? Gramáticas: internalizada, descritiva e normativa. Sírio Possenti: “Por que (não) ensinar gramática na escola”
  • 13. • A tardia recepção das ideias de Bakhtin no Brasil – “Descoberta” dos livros na década de 60 e chegada no Brasil em meados da década de 70. • Círculo de Bakhtin: Pensadores (1910- 1920). Não eram apenas teóricos literários, nem apenas linguistas. Eram “filósofos-linguistas”, “filósofos-literatos”. • Enunciado: não é apenas o enunciado linguístico. Outras linguagens.
  • 14. Bakhtin argumenta que os gêneros discursivos não podem ser apreendidos apenas pela sua forma. Os gêneros discursivos ou tipos de textos estão relacionados a um tipo de atividade humana. São formas relativamente estabilizadas de textos. Exemplos: mundo jurídico (petição-ADV, oitiva-JUIZ, sentença-JUIZ, acórdão-JUIZ), mundo jornalístico, dentre outros.
  • 15. • O número de gêneros textuais numa determinada sociedade se amplia de acordo com os avanços sociais e tecnológicos. • Exemplos: e-mail ou blog, que são variações da carta e do diário. • Dinamicidade dos gêneros: surgem e desaparecem.
  • 16. • Aspectos linguísticos e fenômenos discursivos • Intertextualidade entre gêneros = um gênero com função de outro. Exemplo: Carta. • Intertextualidade tipológica = um gênero com a presença de várias tipologias textuais. Exemplo: Notícia. • Os gêneros textuais são espelhos da nossa sociedade.
  • 17. Nos últimos 12 anos têm havido tentativas de se proporem grandes diretrizes ou grandes orientações aos professores. Como essas discussões acerca dos gêneros textuais vêm sendo exploradas nestes últimos anos pelos discursos oficiais, como os PCN’s e as DCE’s?
  • 18. “Uma das tarefas do ensino de língua na escola seria, portanto, discutir criticamente os valores sociais atribuídos a cada variante linguística, chamando a atenção para a carga de discriminação que pesa sobre determinados usos da língua, de modo a conscientizar o aluno de que sua produção linguística, oral ou escrita, estará sempre sujeita a uma avaliação social, positiva ou negativa” (BAGNO, 2007, p. 40).
  • 19. Ensino de Língua: gastamos energia à toa nos perguntando se devemos ou não ensinar gramática normativa na escola. Era preciso “tapar o buraco” no ensino de LP e a noção de gêneros veio a calhar.
  • 20. • Vivemos em uma sociedade que se autoavalia e que exige aferições ou números. • Problema de acordo com Bakhtin, Faraco e Braith: reduzir os gêneros textuais à fôrmas pré-dadas. Ex.: Notícia. • Entretanto, no atual modelo de sociedade em que estamos inseridos, as “fôrmas” continuam sendo cobradas em diferentes esferas de circulação de textos: sala de aula, vestibular, dentre outras.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • Maringá, 10 de julho de 2012. • Prezado Senhor Souza, • Li seu texto sobre o projeto de lei do Deputado Federal Márcio Marinho, que proíbe tatuagem em crianças e jovens. Como pai de adolescentes e leitor da revista Rede Imprensa Livre penso que este projeto de lei passa por cima da autonomia dos pais acerca da educação de seus filhos. Senhor Souza, eu sempre procuro manter um espaço aberto para o diálogo com os meus filhos e se um dia eles decidirem se tatuar, mesmo sendo menores de idade, iremos conversar sobre isso, a fim de amadurecermos juntos esta ideia. Além disso, prezado editor, fiquei impressionado em perceber como o governo perde tempo se preocupando com isso quando deveria estar tratando de assuntos mais urgentes como, por exemplo, retirar crianças abandonadas das ruas e erradicar a fome e a miséria deste país. Por estes e outros motivos, senhor Souza, sou contrário a mais uma lei inútil e preconceituosa como esta. • Atenciosamente, • Leitor.
  • 25. • Maringá, 20 de março de 2013. • Prezado Senhor Fábio de Melo, diretor do Colégio Gabriela. • Como mãe do aluno Mário Pinto, escrevo para questionar a atitude do pedagogo que, simplesmente, na última aula, sentou- se no colo do meu filho, constrangendo-o perante os demais alunos do colégio. Senhor Fábio, eu creio que como educador o pedagogo não queria expor o meu filho ao ridículo, mas como a sociedade em que vivemos é preconceituosa e discriminatória, algumas brincadeiras poderiam ser evitadas, pois depois deste ato o meu filho passou a ser hostilizado pelos colegas e taxado de homossexual. Não que a homossexualidade seja um problema: o problema está no fato de as pessoas não respeitarem as diferentes opções sexuais dos outros, mostrando que nem neste colégio que preza por uma formação humanista os direitos humanos não são devidamente respeitados. Peço, então, senhor diretor, que tome as medidas cabíveis e que tanto o pedagogo quanto os alunos percebam que suas atitudes são inadequadas. • Atenciosamente / Cordialmente / Grato, Leitor.
  • 26. • Professor de Matemática matou professor de Física em crime passional • • Na quarta-feira (04), o professor de Física Marcos de Oliveira, 47, foi assassinado por Rubens de Moura, professor de Matemática da mesma instituição em que trabalhavam, o Colégio Dom Bosco. • Marcos mantinha uma relação com a supervisora Regiane de Castro, 36, por quem Rubens tinha interesses afetivos. Em um dos intervalos de aula, após ter conversado com Fátima na sala dos professores, Marcos se dirigiu ao banheiro masculino, onde Rubens já se encontrava. O professor de Matemática assassinou o professor de Física com dois tiros na cabeça, e saiu em fuga imediata do local. Após a chamada da polícia ele foi localizado numa cidade vizinha e preso imediatamente.
  • 27. Tabela 1 – Lead ou pirâmide inversa.
  • 28. • Foi uma das ocasiões mais felizes da minha vida: tinha 29 anos e acabava de me formar, apesar de ter dois empregos, ser esposa e mãe. Meus pais e meu filho de cinco anos estavam na plateia quando subi ao palco da Universidade Ashland para receber o diploma. Estava empolgadíssima e orgulhosa por iniciar uma nova carreira de professora e contribuir com o bem-estar da minha família. Mas, quando voltei para casa, havia um bilhete do meu marido, escrito nas costas de um envelope. Dizia, basicamente, que ele fora buscar as roupas e que não voltaria. Vínhamos enfrentando problemas, mas o tom definitivo do bilhete foi um choque. Ele limpara a conta bancária. Estávamos endividadíssimos. Eu deixara os empregos anteriores para procurar trabalho como professora. Além disso, estava grávida de oito...
  • 29. • Creide da Silva, 49 anos, moradora de Toledo, aceitou relatar ao jornal Umuarama Ilustrado as agressões sofridas durante o seu casamento com Pézão de Oliveira, 54. Creide relatou que o seu marido sempre a agredia após chegar bêbado. Ela também nos contou que ele já chegou a deixá-la na UTI em uma dessas surras. [...] Hoje Creide conseguiu se separar do marido e vive feliz com seus filhos.
  • 30. • O conceito de beleza expresso no poema mostra que tal característica está em tudo, comparando-a com elementos da natureza, nos remetendo a idéia de que tudo tem seu valor estético, só depende de quem está vendo, concordando com o ditado: “ a beleza está nos olhos de quem vê”. Isso nos permite entender a importância de discernimento de beleza para o comportamento das pessoas em sociedade, visto que a beleza de todos deve ser respeitada. • A charge de Maurício de Souza traz a personagem Mônica exibindo-se diante do espelho com ótima auto- estima, evidenciando que as pessoas precisam gostar de si mesmas com suas qualidades e defeitos, o que contradiz o pensamento de que só é belo quem é magro e que dietas sem orientação médica são solução, assunto que dá margem para diversas reportagens, alertando sobre os riscos, e cuidados necessários.
  • 31. • O texto “A feira dos mortais e dos imortais”, de Leonardo Boff, publicado na revista Superinteressante, discorre sobre a supervalorização da vaidade, principalmente no âmbito da mídia, pois muitas “celebridades” lançam mão das mais diversas armas para ganhar seu espaço no mundo da fama. • O autor estabelece um paralelo entre o mundo do glamour e a realidade que o cerca, marcada, principalmente, pela violência, pelas drogas e pelos escândalos políticos. Boff encerra o seu texto apresentando outra situação: a da grande maioria da população na sua luta diária pela vida e que, de modo geral, é vista pelos famosos com desprezo, ou, com pena.
  • 32. • Na coletânea de textos, retirados de fontes variadas, discutem-se as funções dos sonhos. Na Grécia, era atribuída ao ato de sonhar a incumbência de mediar curas e oferecer conselhos, conforme afirma o site <www.drashirleydecampos.com.br>. Além disso, sonhar mostra de que maneira a memória humana trabalha, o que lhe confere uma funcionalidade biológica, como propõe Sérgio Tufik, mencionado na coletânea. • O psicólogo e professor Kwasisnki também informa que os sonhos são um meio para o autoconhecimento e são capazes de projetar o futuro, segundo Sidarta Ribeiro, neurocientista e diretor científico. Os sonhos também atuam no fortalecimento da memória, reestruturando-a, isto é, contribuem para a criatividade, como mencionado em < www.escutaanalitica.com.br/responsabilidade >. Para a psicóloga Tatiana Vasconcelos Cordeiro, citada na coletânea, o ato de sonhar é responsável por alertar a consciência: para ela, constitui-se como aviso. E, como descreve Helena Kolody, em seu poema “Sonhar”, o sonho representa um ideal, um objetivo, uma “fuga” da vida.
  • 33. Como evitar que o bullying se intensifique • O bullying se inicia quando um grupo de colegas começa a rebaixar um colega que possui características diferentes das dos demais. Para que as agressões não se tornem mais frequentes, siga estas recomendações: • Ao ser verificado o início da prática do bullying, fique longe daqueles que o realizam, pois isso faz com que eles não o atormentem. Além disso, finja que não se incomoda com os apelidos, pois a tendência é que eles parem. Caso as agressões continuem, relate o ocorrido aos seus pais, professores ou chefe do trabalho. Por fim, por mais que as ofensas o deixem triste, fique perto das pessoas que você goste e que te façam feliz. Quando melhor você estiver consigo mesmo, menos afetado será pelos outros.
  • 34. REFERÊNCIAS ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BAGNO, M. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002. BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2009. BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010. BRANDÃO, H. N. Texto, Gênero do Discurso e Ensino. In: BRANDÃO, H. N. (Org.) Gêneros do discurso na Escola. São Paulo: Editora Cortez, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1999. BEZERRA, Maria A. (Org.) Gêneros Textuais e Ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro:Lucerna, 2003.
  • 35. CASTILHO, A. T. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2008. COSTA, M. H. A.; CAVALCANTE, M. M.; FILHO, V. C.; JAGUARIBE, V. M. F. Texto e discurso sob múltiplos olhares: gêneros e seqüências textuais. Vol. 1 e 2. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. CRISTÓVÃO, V. L. L.; NASCIMENTO, E. L. (orgs.). Gêneros textuais: teoria e prática II. Palmas e União da Vitória: Kaygangue, 2005. DIONÍSIO, P & BEZERRA, M. A. O Livro Didático de Português: Múltiplos Olhares. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2005. FÁVERO, L L. & KOCH, I. Lingüística textual: introdução, 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. FIORIN, J.L. & SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Editora Ática, 2002. GERALDI, J. W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas: Mercado das Letras, 1999.
  • 36. ILARI, Rodolfo; NEVES, Maria Helena de Moura. (Orgs.). Gramática do Português Culto Falado no Brasil. V. II. Classes de Palavras e Processos de Construção. Campinas: Ed. da Unicamp, 2008. INFANTE, U. Curso de Gramática Aplicada aos Textos. São Paulo: Scipione, 2008. KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. KLEIMAN, A. B (Org.) Os Significados do Letramento. Novas perspectivas sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003. KOCH, I. V. O Texto e a Construção dos Sentidos. São Paulo: Contexto, 2003. KOCH, I. V. A coesão textual. São Paulo: Martins Fontes, 1999. KOCH, I. V. Introdução à Lingüística Textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004. MARCONDES, B., MENEZES, G., TOSHIMITSU, T. Como usar outras Linguagens na Sala de Aula. São Paulo: Editora Contexto, 2000. MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004.
  • 37. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, ângela P.; MACHADO, Anna R.; MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTHA-ROTH, D. (orgs.). Gêneros: teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola, 2005. PÉCORA, A. Problemas de Redação. São Paulo: Martins Fontes, 1989. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba, PR, 2008. PLATÃO, F. S. & FIORIN, J.L. Lições de Texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1997. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1996. POSSENTI, S. O Humor da Língua: Análises Lingüísticas de Piadas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998. ROJO, Roxane (Org). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São Paulo/Campinas: EDUC/ Mercado de Letras, 2000. SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro.
  • 38. MUITO OBRIGADO! Alessandro Alves da Silva E-mail alessandroalvesdasilva@hotmail.com Blog / Website http://alessandrosilva.wordpress.com/