1) O documento descreve os principais conceitos da mitologia hindu, incluindo a Trimúrti (Brahma, Vishnu e Shiva), deuses como Ganesha, Surya, Hanuman e Rama, e conceitos como Krishna e Indra.
2) Apresenta as deusas principais como Parvati, Lakshmi, Sarasvati, Durga, Shakti, Kali e Sita e seus papéis na mitologia.
3) Fornece detalhes sobre os atributos, veículos e símbolos associados a cada deidade.
1. MITOLOGIA HINDU
Armas não conseguem cortá-lo, fogo não pode queimá-lo, água não
consegue molhá-lo, ventos não podem secá-lo… Ele é eterno e tudo
permeia, sutil, imóvel e sempre o mesmo.
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3. TRIMÚRTI
Trimúrti é a parte manifesta tripla da divindade suprema. A trimúrti é composta por: Brahma,
Vishnu e Shiva, que simbolizam respectivamente a criação, a conservação e a destruição.
Freqüentemente, a trimúrti é retratada como uma figura de três cabeças, devido a uma
encarnação dela em Dattatreya.
4. BRAMA
Brahma é criador do universo.
Brahma é representado com quatro cabeças. Ele possuía apenas uma cabeça, depois de
cortar uma parte do seu próprio corpo, criou dela uma mulher, chamada Satrupa, sua esposa.
Quando Brahma viu sua criação, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa, ela
ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os
lados. Para poder vê-la onde quer que fosse, Brahma criou mais três cabeças, uma à
esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu,
fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que
Brahma veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva
Manu, o pai de todos os humanos.
Nas escrituras, é mencionado que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva. Brahma falou
desrespeitosamente de Shiva, que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de
Brahma. Brahma tem quatro cabeças e oito braços. Nas mãos, segura uma flor de lótus, seu
cetro, uma colher, um Rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo de
Brahma é o cisne Hans-Vahana, o símbolo do conhecimento. Brahma usa um manto branco.
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6. VIXNU
Vishnu, da raiz sânscrita vishva, "tudo", é o deus responsável pela manutenção do universo.
Ele aparece flutuando sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente chamado Shesh
Nag, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus
atributos divinos: uma concha, um disco de energia, um lótus, um cajado, do seu umbigo
nasce uma flor de Lótus e é representado ao lado de uma serpente com muitas cabeças.
A concha se chama Pantchdjanya e possui: ar, fogo, água, terra e éter. Quando se assopra
nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo.
O disco de energia de se chama Sudarshana e representa o controle dos seis sentimentos,
servindo de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.
O lótus se chama Padma, é o símbolo da pureza e representa a verdade por trás da ilusão.
O cajado se chama Kaumodaki e representa a força da qual toda a força física e mental do
universo são derivadas.
Vishnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas,
animais ou uma combinação dos dois.
A esposa de Vishnu é a deusa Lakshimi, que o acompanha como esposa de seus avatares.
Seu veículo é Garuda, a águia gigante.
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8. SHIVA
Shiva o auspicioso, o propício, amável, o benigno, benevolente, amistoso terno. Chamado de
"o Destruidor"' (ou "o Transformador“ porque ele destroipara construir algo novo). Usar um
crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Shiva aparece como o rei
(raja) dos dançarinos (nata).
O tridente é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas
três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o
movimento) e sattva (o equilíbrio).
A naja é a mais mortal das serpentes. Usar uma serpente em volta da cintura e do pescoço
simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal.
No topo da cabeça de Shiva, se vê um jorro d'água. Na verdade, é o rio Ganges que é
amortecido pelos cabelos emaranhados de Shiva.
Lingam também chamado de linga, é o símbolo fálico de Shiva. Ele representa o pênis,
instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do
universo. Está associado ao poder criador de Shiva.
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo. É com o som do
damaru que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança.
Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria.
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10. Ganesha e Surya
Ganesha, Ganexa, Ganesa, Ganesh ou Ganapati é um dos mais conhecidos e
venerados deuses do hinduísmo. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o esposo
de. Ganesha é considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado
como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços
e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É,
habitualmente, representado sentado, com uma perna levantada e curvada por
cima da outra.
Ganesha é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal. Seu
corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante; ao mesmo tempo, seu
transporte (vahana) é um rato, é o "Destruidor de Obstáculos".
Surya é o Deus do Sol, adorado nos Vedas, as Escrituras Sagradas da Índia.
Filho de Aditi, a Mãe de todos os deuses.
Esposo de Sañjñā.
Habitava a esfera solar e seu Reino se estendia até onde os raios do Sol alcançam.
Segundo a lenda Surya banha-se todo pôr do sol nos sagrados rios Ganges e Yamuna.
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12. HANUMAN E RAMA
Hanuman é um deus-macaco do hinduísmo. O Ramayana informa que na verdade
Hanuman era uma encarnação do poderoso Deus Shiva, que havia se manifestado
na Terra durante o período de Rama.
Hanumam se manifestou como um vanara e ministro do rei dos vanaras, tendo sido
um dos grandes heróis da epopeia descrita no Ramayana. Foi ele o responsável pela
descoberta do cativeiro de Sita em Lanka, pelo incêndio da cidade e pela
aniquilação de diversos importantes raxasas da tribo de Ravana.
Hanuman é o filho do Deus do vento (Vayú), cuja tarefa é auxiliar o rei Ramachandra
a derrotar o deus-demônio Ravana. Hanuman também é chamado de Anjaneya, em
alusão à Vanari Anjana, que é sua mãe.
Rama na mitologia hindu, é considerado um dos avatares do deus Vishnu. A ele é
dedicado o poema sagrado Ramáiana, que juntamente com o Maabárata
compôem as mais respeitadas narrativas históricas da cultura védica.
Ramachandra significa a fonte do todo o prazer, que é comparado a Chandra, a lua
encantadora, ou aquele que brilha na Terra.
14. KRISHNA E INDRA
Krishna ou Críxena, é um avatar ou manifestação de Brâma, Vishnu e Shiva, os três nomes da
divindade. Considerado o oitavo avatar de Vishnu, é uma das divindades mais cultuadas em
toda a Índia possivelmente por ser o interlocutor de Arjuna no Bhagavad-Gitā e pelas
comunidade Hare Krishna de seus seguidores.
Krishna é muitas vezes descrito e retratado como uma criança comendo manteiga, um jovem
rapaz tocando uma flauta como no Bhagavata Purana, ou como um ancião que dá direção
e orientação como no Bhagavad Gita.
Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho de Aditi com o sábio Kasyapa. Rei de
todos os deuses no passado, perdeu importância no período pós-védico. A lenda relata sua
fúria quando seus seguidores abandonaram seu culto e passaram a venerar Krishna. Quando
Indra enviou uma tempestade para puni-los, eles oraram a Krishna, que ergueu uma
montanha para protegê-los da força da tormenta.
Seu feito mais importante foi a derrota do asura Vritra, que era um dragão (ahi).
16. Sarasvati e Lakshmi
Sarasvati é a deusa hindu da sabedoria, das artes e da música e esposa de Brahmā.
É a protetora dos artesãos, pintores, músicos, atores, escritores e artistas em geral. Ela também
protege aqueles que buscam conhecimento, os estudantes, os professores, e tudo
relacionado à eloquência, sendo representada como uma mulher muito bela, de pele branca
como o leite, e tocando sitar. Seus símbolos são um cisne e um lótus branco.
Lakshmi é a esposa do deus Vixenu. É personificação da beleza, da fartura, da generosidade
e, principalmente, da riqueza e da fortuna. É a deusa da boa sorte. É considerada um avatar
de Sita. Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos,
e um cântaro que jorra moedas de ouro.
Geralmente, atribui-se, a Lakshmi, o símbolo da suástica, que representa vitória e sucesso.
Apadma é o nome dado a Lakshmi quando representada sem o lótus, ao sair do Oceano. Foi
ela que deu a Indra, o rei dos semideuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu
próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.
Costuma ser acompanhada por dois elefantes. Ela é representada também como Devi,
utilizada na alquimia para a obtenção da pedra filosofal.
18. PARVATI E DÃKSHÃYANI
Parvati é uma deusa hindu, a segunda consorte de Shiva. No entanto, ela não é
diferente de Sáti, sendo considerada a reencarnação da ex-consorte de Shiva. É a
mãe de Ganesha e de Skanda (Kartikeya).
Parvati é também considerada como uma representação de Shákti. Ela é
considerada a filha do Himalaia e irmã do rio Ganges. Parvati, quando retratada junto
com Shiva, aparece com duas armas, mas, quando sozinha, é mostrada com quatro
braços, e monta um tigre ou leão.
Dākshāyani, ou Sati, é uma deusa da felicidade conjugal e longevidade Hindu; ela é
particularmente adorada pelas esposas, a fim de procurar prolongar a vida de seus
maridos. Dākshāyani é a primeira consorte de Shiva.
A Ato de Sati, em que uma viúva hindu se suicida sobre a pira funerária do seu marido
como a consumação de um ato final de fidelidade e devoção, tornou-se constante
após a Deusa Sati, de quem o nome do ato é derivado
20. DURGA E SHÁKTI
Durga "a inacessível“ ou "a invencível"; é, no hinduísmo, uma forma de Devi, a deusa suprema.
Durga é considerada pelos hindus como a mãe de Ganesha, Kartiqueia, assim como de
Sarasvati e Lakshmi. Ela é considerada a forma da esposa de Shiva, a deusa Parvati, como
caçadora de demônios. Durga é descrita como um aspecto guerreiro da Devi Parvati com 10
braços, cavalgando um leão ou um tigre, carregando armas e assumindo mudras. Esta forma
da Deusa é a encarnação do feminino e da energia criativa (Shakti).
Shákti significa um poder divino. Essa palavra pode ser utilizada como sinônimo de Devi, a
deusa indiana suprema; mas pode também representar a esposa de uma divindade
masculina hindu. Assim, Parvati é a shakti de Shiva, Lakshmi a de Vishnu e Sarasvati a de
Brahma.
Um dos mitos relatados por Zimmer conta que, quando os deuses se reuniram para criar o
mundo, apenas Shiva, o asceta que passava o tempo em meditação no Himalaia não tomara
ainda esposa. Como se recusasse a sair do estado de absorção, o mundo não poderia ser
criado, e assim esse dois, e ainda outros deuses, procurando uma mulher que se dispusesse a
viver a dura vida de privações de Shiva, encontraram Sáti, a primeira esposa do deus asceta,
que mais tarde, ao se autoimolar por ter sido seu marido desrespeitado, se tornou o símbolo da
lealdade da esposa.
22. KALI, SITA, RÃDHÃ E MAHAVIDYA
Kali ou Cali é uma das divindades mais respeitadas do hinduísmo. É considerada uma
manifestação da deusa Parvati, a esposa de Shiiva. É representada manchada de
sangue, com cobras e um colar de crânios.
Sita foi a esposa de Rama, na realidade filha da deusa Terra e surgida num lago de
dentro de uma flor de lótus. Foi encontrada pelo piedoso rei de Maharaja Janaka (
que era guardião do famoso arco de Xiva, tão grande e pesado que era
transportado por uma junta de dez bois enormes), que a criou como uma filha.
Rādhā, também chamada de Radhika, é o Gita Govinda e as tradições da filosofia
Vaishnava, a consorte eterna de Krishna, que atuou como sua amiga de infância e
amante quando ele esteve presente na Terra.
Mahavidya Maha= Grande, Vidya= conhecimento (Grande Conhecimento ou
Grande Sabedoria) Dasha-Mahavidyas são um grupo de dez aspectos da Mãe Divina
Durga ou Kali no Shaktismo Tântrico. As 10 Mahavidyas são deusas da sabedoria, que
representam a divindade feminina, de deusas terríveis numa extremidade à suaves na
outra.