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AULAS DE RECUPERAÇÃO- LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
1° trimestre
Funções da linguagem:
Funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam
segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual
abordando um diferente elemento da comunicação. Um texto
pode apresentar mais de uma função enfatizado.
1-Função Referencial ou Denotativa
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos
dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das
notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de
conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a
mensagem se refere.
Exemplo:Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã,
uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há
dentro da cesta, logo, há função referencial).
2-Função Expressiva ou Emotiva
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções.
Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de
interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o
ponto de exclamação.
Exemplo:Ah, que coisa boa!
   3) Função Apelativa ou Conativa
     Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe
    ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos
    vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente
    ao consumidor.
   Exemplo: Não perca esta promoção!
   4) Função Poética
     É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que
    com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar
    mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria
    da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com
    frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.
   Exemplo: “... a lua era um desparrame de prata”.
    (Jorge Amado)
   5) Função Fática
     Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o
    mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática
    quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como
    vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro,
    sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
   Exemplo: Alô? Está me ouvindo?
   6) Função Metalinguística
    Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio
    código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As
    gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
   Exemplo: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
   (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
HOMONÍMIA
 Homógrafas- mesma grafia, mas significado e
  pronuncia diferentes.
 Ex: Eu gosto do gosto da maçã verde.

 Homófonas: mesmo som, mas significado e grafia
  diferentes.
 Ex: Não darei um passo em sua direção.

      Meu sonho é morar num lindo paço medieval.
 Homófonas homográficas: mesma grafia e mesma
  pronúncia, mas com significados diferentes.
 EX: Vou curtir muito este verão, vocês verão.

 homófona heterográficas - é a palavra igual na
  pronúncia e diferente na escrita.
 Ex: Cheque: papel com ordem de pagamento

      Xeque: lance no jogo de xadrez
 REGRAS DE ACENTUAÇÃO
 Monossílabos Tônicos: São acentuados os
  monossílabos tônicos terminados com a(s), e(s), o(s) −
  dá, pá, pás, má, más, vá, lá, já, fé, pé, pés, dê, mês, rés,
  rês, Zé, né, cós, dó, nós, pó, pôs, vê-la.
 ATENÇÃO: No plural, dobramos o (E )e tiramos o
  acento: leem, deem, creem, veem.
 Oxítonas: Levam acento as oxítonas terminadas em
  vogais tônicas a(s), e(s), o(s) ou em(ns) −está(s), olá, filé,
  pontapé, purê (puré), rapê (rapé), judô, metrô, mocotó,
  acém, detém, provêm, provéns.
  Oxítonas com ditongos abertos ei, eu ou oi, podendo
  estes dois últimos ser seguidos ou não de s – anéis,
  fiéis, papéis, céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s), corrói
  (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.
   Paroxítonas: são acentuadas as paroxítonas terminadas em:
   i(s), us- táxi, tênis, vírus
   Um, uns: fórum, álbuns.
   L- fácil, hábil.
   R- revólver, caráter.
   X- látex, tórax.
   N- pólen, hífen
   ÃO(s) Ã(s)- órfã, órgão
   ONS- prótons, elétrons.
   PS-bíceps.
   Ditongos: Perdem o acento gráfico o i ou u tônicos precedidos de ditongo
    em paroxítonas − baiuca, feiura, Ipuiuna.
   Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei ou oi −
    alcateia, assembleia, heroico.

Quando a paroxítona for um hiato ( I, U) leva acento, exceto quando depois
  vier NH ou antes vier um ditongo.
Ex: saúde, saída, rainha, tainha, baiuca feiura.
   Proparoxítonas: Todas são acentuadas − árabe, câmara,
    blasfêmia (blasfémia), dinâmico, fêmea , glória, lúdico, mágoa,
    músico, náusea,  período, público, trêmulo, último, viríamos.


Regras ortográficas
  Não se separam ditongos- encontro de uma vogal( a, e,o) com
  uma semivogal (i, u) pronunciadas na mesma sílaba, nesse caso
  a semivogal terá um som mais brando que a vogal, - e tritongos-
  encontro de três sons: semivogal+vogal+semivogal pronunciadas
  na mesma sílaba.
Ex: ditongos: á-gua, Ni-ca-rá-gua, mui-to, au-la, etc.
Tritongos: Pa-ra-guai, i-guais, as-guões, quais-quer, etc.
B) Os hiatos- encontro entre duas vogais no interior de uma
  palavra- são separados em duas sílabas.
Ex: ru-im, po-e-ta, sa-ú-de, vo-o, etc.
C)Não se separam os dígrafos- duas letras usadas para
  representar um mesmo som, um mesmo fonema- ch, lh,
  nh, gu, qu.
Ex: cha-ru-to, es-co-lha, etc.
D) Separam-se os dígrafos: rr, ss, sc, sç, xs, xc.
Ex: car-ro, pás-sa-ro, nas-ço, ex-ce-to, etc
OBS: Evite separações que formem palavras estranhas ao
  contexto.
Ex: Presi- dente
Fa- lavam
E) Emprego do Z:
Usa-se EZ e EZA para formar substantivos abstratos
  originados de adjetivos:
EX: pálido- palidez; belo- beleza
Usa-se Z em palavras derivadas de uma palavra grafada com Z:
EX: Luz- luzeiro; equalize- equalizar.
f) Emprego de AR e IZAR:
Usa-se AR nos verbos originados de palavras com final S:
Ex: Análise, analisar
Em outros casos utiliza-se IZAR:
Ex: atual- atualizar

g) Emprego de X:
Depois de ditongo:
EX: Baixa, feixe
Depois de inicial ME:
Ex: mexer, mexerica, exceto mecha
Em palavras de origem indígena e africana:
EX: pataxó e xavante.
H) Emprego de S, C, Ç, SC, e SS:
Verbos terminados em TER geram substantivos terminados em
   TENÇÃO.
EX: Reter- retenção; deter- detenção
o   Verbos terminados em ND geram substantivos e adjetivos terminados
    em NS.
Ex:Ascender- ascensão; suspender- suspensão
o   Verbos terminados em CED geram substantivos e adjetivos terminados
    em CESS:
Ex: Conceder- concessão; retroceder- retrocesso.
CUIDADO: Exceder- exceção.
i)Emprego de G e J:
o   Usa-se G nas terminações: ágio, égio, ígio, ógio, úgio, agem, igem,
    ugem.
Ex: garagem, aragem, prestígio.
o   Usa-se J em palavras de origem indígena e africana:
Ex: Jussara, canjica, pajé.
j) Emprego de S:
o   Em palavras com final ÊS, ESA, ISA, que indicam nacionalidade, títulos
    honoríficos e status social.
EX: burguês, irlandês.
o   Em palavras com final OSO e OSA (cheio de).
EX: gracioso( cheio de graça) respeitoso( cheio de respeito)
o Nas formas dos verbos pôr e querer.
Ex: puser, quisesse, quis.
o Em palavras que derivam de palavras primitivamente

  grafadas com S.
EX: catálise- catalisar; pesquisa- pesquisar.
o Depois de ditongos.

EX: coisa, maisena.
   Figura de Palavra
    A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego
    figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima, seja por uma associação, uma
    comparação, uma similaridade.
   Metáfora
    A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que
    haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e
    depreende entre elas certas semelhanças.
   EX: Seus olhos são luzes brilhantes. / Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar
    algum.
   Metonímia
    A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita
    afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:
   1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado
    de Assis.)
    2 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)
    3-Efeito pela causa: Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.)
   4 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)
    5 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os
    repórteres foram atrás dos jogadores.)
    6 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam
    apressadamente.)
COMPARAÇÃO- Estabelece comparação entre seres, geralmente usa o termo COMO:
EX:Eles não têm ideal, são como folhas levadas pelo vento.
Catacrese
A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um
   conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora
   de seu sentido original.
Exemplos: "asa da xícara" "batata da perna" "maçã do rosto" "pé da mesa" "braço da cadeira"
  "coroa do abacaxi“
Perífrase
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características
   ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
Veja o exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo
   todo.
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.
Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
  O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.

Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do
  sentido.
Exemplos: Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
  No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro =
  visual)
Figuras de Pensamento: consiste em construir-se por meio de processos estilísticos do
   pensamento, emoção, paixão.
Antítese
Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. É uma contradição aceitável.
Exemplos: O corpo é grande e a alma é pequena.
  Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma.
Paradoxo
Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias
  contraditórias.- são inaceitáveis
Exemplos: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente. ( Luis Vaz de
  Camões)
É como mergulhar no rio e não se molhar.... ( Skank)
Eufemismo
Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para
  comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.
Exemplos: Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
  Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Ironia
Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de
  pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em  ressaltar algum aspecto passível
  de crítica.
Exemplos: Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
Hipérbole
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia.
Exemplos: Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
  "Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)
Prosopopeia ou Personificação
Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou
  características humanas a seres não humanos.
Exemplos: As pedras andam vagarosamente.
  O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
  Chora, violão.
Apóstrofe
Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do
  discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Realiza-se por meio do vocativo.
Exemplos: Moça, que fazes aí parada?
  "Pai Nosso, que estais no céu...“
Gradação
  Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou
   decrescente.
Exemplo: "O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
Figuras de Construção ou Sintáticas
As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior
   expressividade ao significado.
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente
  identificados.
Exemplos: Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela,
  Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem
  em agosto.)
Polissíndeto
É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos.
Exemplo: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e
  ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre." (Olavo Bilac)

  "Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-
  lo chefe da natureza.
Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não.
Exemplo:Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)
Anáfora
É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um
   efeito de reforço e de coerência.
  Exemplo:"Se você gritasse
  Se você gemesse,
  Se você tocasse
  a valsa vienense
  Se você dormisse,
  Se você cansasse,
  Se você morresse...
  Mas você não morre,
  Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)
Hipérbato / Inversão
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da
   oração. Exemplos: Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu
   ao ódio.)
   Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus
   problemas.)
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante. ( As margens plácidas do Ipiranga ouviram
  o brado retumbante de um povo heróico)
   
Figuras de Som ou estilística: é voltada a construção da palavra, som, fonética.
Aliteração
Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou
  como efeito sonoro significativo.
Exemplos: Três pratos de trigo para três tigres tristes.
  O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Assonância
Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
Exemplo: "Sou um mulato nato no sentido lato
  mulato democrático do litoral.“
Onomatopeia
Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade.
Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
  Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.

Paranomásia: consiste no uso de palavras com semelhanças sonoras, mas com
  diferentes sentidos.
Ex: Os de cá, achar-vos-ei com mais paço; os de lá, com mais passos. ( Padre Antônio
  Vieira.)
LITERATURA:
Função da Literatura: Sensibilizar e fazer com que seu leitor reflita sobre
  seu tempo.
TEXTOS EM VERSO E PROSA:
O poema é um texto construído em versos, o conjunto de versos chama-se
  estrofe. Já os textos narrativos são construídos em prosa, num discurso
  contínuo, em parágrafo.
   Métrica Poética e classificação dos versos
É a medida do verso, que pode variar de duas silabas poéticas, até doze. Ao
  número de sílabas métricas quase sempre corresponde o mesmo número
  de sílabas gramaticais.
A contagem das sílabas métricas obedece aos seguintes princípios:
Conta-se até a última sílaba tônica da última palavra do verso;
Os ditongos crescentes constituem uma sílaba métrica;
Duas ou mais vogais que se encontrem no fim de uma palavra e no início da
  outra, unem-se numa só sílaba métrica
1234567
Oh!/ que/ sau/ da/ des/ que eu/ te-nho
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Da au/ ro/ ra/ da/ mi/ nha/ vi-da
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Da/ mi/ nhá in/ fân/ cia/ que/ ri-da
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Que os/ a/ nos/ não/ tra/ zem/ mais
   Os versos quanto ao número de sílabas classificam-se em:
Monossílabos:1 sílaba/Dissílabos:2 sílabas/Trissílabos:3 sílabas/Tetrassílabos:4
  sílabas/Pentassílabos:5 sílabas/Hexassílabos:6 sílabas/Heptassílabos:7 sílabas/Octossílabos:8
  sílabas/Eneassílabos:9 sílabas/Decassílabos:10 sílabas/Hendecassílabos:11
  sílabas/Dodecassílabos:12 sílabas/Bárbaros:Mais de 12 sílabas
Rima
É a coincidência de sons entre palavras, especialmente no final dos versos.
   Quanto à posição na estrofe
   a) Cruzada ou alternada: (ABAB) O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o
    quarto:
   "Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada A
   E triste, e triste e fatigado eu vinha; B
   Tinhas a alma de sonhos povoada A
   E a alma de sonhos povoada eu tinha." B ( Olavo Bilac)
   b) Interpolada: (ABBA) O primeiro verso rima com o quarto, e o
    segundo com o terceiro:
   "Para canto de amor tenros cuidados. A
   Tomo entre voz, ó montes, o instrumento; B
   Ouvi pois o meu fúnebre lamento; B
   Se é que compaixão dos animados." A
   (Cláudio Manuel da Costa)
   c) Emparelhada: (AABB) O primeiro verso rima com o segundo, e o
    terceiro com o quarto:
   "Manhã de junho ardente. Uma encosta escavada A
   seca, deserta e nua, à beira de uma estrada A
   Terra ingrata, onde a urze a custo desabrocha B
   bebendo o sol, comendo o pé, mordendo a rocha." B
   (Guerra Junqueiro)
2° trimestre
PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PALAVRA:
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a
  partir de outra já existente, chamada primitiva.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação:Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva,
  que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
   ler- reler
   capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação:
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de
  significado ou mudança de classe gramatical.
Por Exemplo: alfabetização
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e
  sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes
  (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer
  através da junção simultânea do prefixo  "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de
  apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em
  nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer“
Derivação prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de um prefixo ou de um
  prefixo.
EX: deslealdade
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas
  por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo) compra (substantivo) beijo (substantivo)
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer
   acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
  radicais. Existem dois tipos:
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter
  inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus
   elementos fonéticos.
Exemplos: embora (em boa hora)
  fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
  hidrelétrico (hidro + elétrico)
  planalto (plano alto)
Redução:Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida.
   Observe:
auto - por automóvel
cine - por cinema
   micro - por microcomputador
   Zé - por José
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram
  elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante
  da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As
  onomatopeias são vocábulos que reproduzem
  aproximadamente os sons e as vozes dos seres.
Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar,
  etc.
   SUBSTANTIVO é tudo o que nomeia as "coisas" em geral.
   Classificação
o   Substantivo Comum
   Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma
    genérica. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
o   Substantivo Próprio
   Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado,
    individualizando-o. Por exemplo Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O
    substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
o   Substantivo Concreto
   Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou
    apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por
    exemplo  Deus, computador, escola
o   Substantivo Abstrato
   Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais,
    existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por
    exemplo saída (prática de sair), beleza(existência do belo), saudade.
   Formação dos substantivos
    Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:
   Substantivo Primitivo
    É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente
    na língua portuguesa. Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.
   Substantivo Derivado
    É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua
    portuguesa. Por exemplo:pedreiro, jornalista, gatarrão,
    homúnculo.
   Substantivo Simples
    É simples o substantivo formado por um único radical. Por
    exemplo: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
   Substantivo Composto
    É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por
    exemplo: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
GRAU DO SUBSTANTIVO:
o   Aumentativo Sintético
Forma-se com sufixos aumentativos, sendo os mais comuns:
Aça, aço, alha:barcaça, barbaça, polpulaça, caraça,balaço, calhamaço,
  volumaço,muralha, gentalha, fornalha..
Ão, alhão, arão: motão, povão, gatão... medalhão, bobalhão, casarão,
  vozeirão, peneirão, ribeirão.
Zarrão, arrão:homenzarrão, cãozarrão. santarrão
Eirão, zão, arra:. pezão... bocarra, naviarra...
Ázio, ona, orra:copázio, balázio... mulherona, vacona, pernona, vozona,
  cabeçorra, beiçorra, manzorra
Uça, aréu:dentuça, povaréu, fogaréu, folharéu
   Aumentativo Analítico
Forma-se com o auxílio do adjetivo grande, ou outro do mesmo sentido.
      Exemplo: letra grande, pedra enorme, estátua colossal, obra gigantesca,
    planície imensa. Na linguagem publicitária se diz: liquidação monstro.
   Diminutivo Sintético
Forma-se com sufixos diminutivo. Eis os mais comuns
-acho :riacho, fogacho, penacho...
-ebre :casebre...
-eco:livreco, jornaleco, boieco...
-ejo:lugarejo, animalejo, vilarejo...
-elho:rapazelho...
-eto:poemeto, livreto..
-eta:saleta, maleta...
-ete:filete...
-ico:burrico, namorico...
-im:espadim, flautim...
-inho :livrinho, dedinho, padrinho...
-inha: casinha, janelinha, poeminha...
-zinho :rapazinho, irmãozinho...
-zinha :irmãzinha, sinhazinha...
-isco :chuvisco, pedrisco...
-ito :mosquito, pauzito, cabrito...
-ita :cabrita, senhorita...
-oca :sitioca, engenhoca...
-ola :sacola, bandeirola, rapazola, camisola...
-ote :velhote, serrote, caixote...
-ucho :papelucho, capucho...
-(c)ulo :glóbulo, homúnculo...
   Diminutivo Analítico
 Forma-se com o adjetivo pequeno, ou outros de igual sentido.
EXEMPLO:chave pequena, casa pequenina, semente minúscula, lembrança
  ínfima...
   GÊNERO DO SUBSTANTIVO
    Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou femininos.
    Quanto às formas, eles podem ser:
   Substantivos Biformes
    Substantivos biformes são os que apresentam duas formas, uma para o
    masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.
   Ex.
    menino - menina.
    traidor - traidora.
    aluno - aluna
   Substantivos Heterônimos
    Substantivos heterônimos são os que apresentam duas formas, uma
    para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.
   Ex.
    homem - mulher.
    bode - cabra.
    boi - vaca.
   Substantivos Uniformes
    Substantivos uniformes são os que apresentam apenas um forma, para
    ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais,
    que são os seguintes:
COMUM DE DOIS GÊNEROS: são os que têm uma só forma para ambos
  os gêneros, com artigos distintos.
   EX: o / a estudante
    o / a imigrante
    o / a acrobata
    o / a agente
    o / a intérprete
    o / a lojista
    o / a patriota
    o / a mártir
   Sobrecomum
    Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos
    os gêneros: Eis alguns exemplos:
   EX:o cônjuge
    a criança
    o carrasco
    o indivíduo
    o apóstolo
    o monstro
    a pessoa
    a testemunha
o   Epiceno
      Os epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo para
    ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras
    macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns
    exemplos:
   EX: o tatu
    a anta
    a arara
    a borboleta
    o canguru
    o caranguejo
    a coruja
    o crocodilo
    NÚMERO DO SUBSTANTIVO:
Quanto ao número, os substantivos podem ser flexionados em: singular ou
  plural.
#O singular indica um ser ou um grupo de seres;
#O plural indica mais de um ser ou grupo de seres.
   Exemplos:
o colega os colegas
a menina as meninas
   Substantivos Simples
    Substantivos simples são aqueles formados por um radical apenas, ou seja,
    não são compostos.
a) nos substantivos terminados em al, el, ol, ul, troca-se o “l” por “is”:
   Ex:
jornal : jornais
papel: papéis
barril : barris
anzol : anzóis
azul : azuis
b) Os substantivos terminados em “r” ,“s”e “z” são acrescidos de “es” para
    o plural:
   Ex:
amor: amores
luz: luzes
país:países 
c) Os substantivos terminados em “n” formam o plural em “es” ou “s”:
   Ex:
abdômen: abdômenes
pólen :polens
d) Os substantivos terminados em “m” formam o plural em “ens”:
   Ex:
homem:homens
Viagem: viagens
e) Os substantivos terminados em “x” são invariáveis no plural:
 Ex:
tórax : tórax
xérox : xérox
f) Os substantivos terminados em “ão” têm três variações para o plural: “ões”, “ães” e
   “ãos”:
   Ex:
eleição : eleições
pão: pães
cidadão: cidadãos
   Substantivos Compostos
Substantivos compostos são aqueles que se formam pela junção dois ou mais radicais.
a) se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia:
   Ex:
mulas-sem-cabeça
pés-de-moleque
b) também varia apenas o primeiro elemento caso o segundo termo indique finalidade
   ou semelhança deste:
   Ex:
navios-escola
Canetas- tinteiro
c) Nos nomes dados aos dias da semana, pluralizam-se os dois elementos:
EX: sextas- feiras
     quartas- feiras
d) se os elementos são formados por palavras repetidas ou por
   onomatopeias, só o segundo elemento varia:
 Ex:

tico-ticos
pingue-pongues
e) nos demais casos, somente os elementos originariamente
   substantivos, adjetivos e numerais variam:
couves-flores
guardas-noturnos
amores-perfeitos
f) Não se pluralizam as palavras compostas por verbos, advérbios e
   interjeições:
EX: guarda- roupas/ abaixo- assinados
   ADJETIVO:
   Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se
    "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.
   EX: MENINO BONDOSO, MENINA CHARMOSA
   Classificação do Adjetivo: o adjetivo pode ser:
   *SIMPLES : formado por um só radical. Por exemplo: brasileiro, escuro, magro,
    cômico.

    * COMPOSTO: formado por mais de um radical. Por exemplo: luso-brasileiro,
    castanho-escuro, amarelo-canário.

   *PRIMITIVO : é aquele que dá origem a outros adjetivos.
    Por exemplo: belo, bom, puro.
   *DERIVADO : é aquele que deriva de substantivos ou verbos.
    Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
   Adjetivo Pátrio:
   Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
   Acre: acreano /Alagoas: alagoano /Amapá: amapaense /Aracaju :aracajuano ou
    aracajuense/ Amazonas :amazonense ou baré/ Belém (PA): belenense/ Belo
    Horizonte :belo-horizontino/ Boa Vista: boa-vistense /Brasília :brasiliense
   Cabo Frio: cabo-friense/ Campinas: campineiro ou
    campinense/ Curitiba: curitibano/ Estados Unidos:
    estadunidense, norte-americano ou ianque/ El Salvador:
    salvadorenho/ Guatemala: guatemalteco/ Índia: indiano ou
    hindu (os que professam o hinduísmo)/ Irã: iraniano/
    Israel: israelense ou israelita/ Moçambique: moçambicano/
    Mongólia: mongol ou mongólico/ Panamá: panamenho/
    Porto Rico: porto-riquenho/ Somália: somali.

   Adjetivo Pátrio Composto :
    Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento
    aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
   África afro- Cultura afro-americana/ Alemanha germano- ou
    teuto- Competições teuto-inglesas/ América américo- Companhia
    américo-africana/ Ásia ásio-Encontros ásio-europeus/ Áustria
    austro: Peças austro-búlgaras/ Bélgica belgo-Acampamentos
    belgo-franceses/ China sino: Acordos sino-japoneses/ Espanha
    hispano: Mercado hispano-português/ Europa euro: Negociações
    euro-americanas
   LOCUÇÃO ADJETIVA: reunião de palavras.União entre uma
    preposição + substantivo tem-se uma Locução Adjetiva
de águia: aquilino
de aluno: discente
de anjo: angelical
de ano: anual
de aranha: aracnídeo
de asno :asinino
de baço: esplênico
de bispo: episcopal
de bode: hircino
de boi: bovino
de bronze: brônzeo ou êneo
de cabelo: capilar
de cabra: caprino
de campo: campestre ou rural
de cão: canino
de carneiro: arietino
de cavalo: cavalar, equino, equídio ou hípico
de chumbo: plúmbeo
de chuva: pluvial
de cinza: cinéreo
de coelho: cunicular
de cobre: cúprico
de couro: coriáceo
de criança: pueril
de dedo: digital
de diamante: diamantino ou adamantino
de elefante: elefantino
de enxofre: sulfúrico
de esmeralda: esmeraldino
de estômago: estomacal ou gástrico
de falcão: falconídeo
de farinha: farináceo
de fera: ferino
   FLEXÃO DOS ADJETIVOS
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
   Gênero dos Adjetivos:
   Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.
EX: homem ativo e mulher ativa, menino mau e menina má
   Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento.
EX: o moço norte-americano, a moça norte-americana.
  Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
   Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.
EX: homem feliz e mulher feliz.
   Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino
EX: conflito político-social e desavença político-social.
   NÚMERO DO ADJETIVO:
SIMPLES:
O adjetivo concorda em número com o substantivo que caracteriza.
EX: Menina feliz./ Meninas felizes.
COMPOSTO:
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos.
Quando o adjetivo é composto por dois adjetivos, apenas o segundo vai para o
  plural.
EX: questões político- partidárias, olhos castanho- claros
Exceção: surdos- mudos
*Quando, em um adjetivo composto, o segundo elemento for um substantivo,
  esse adjetivo é invariável.
EX: um tapete verde- musgo; dois tapetes verde- musgo; olhos azul- céu.

GRAU DO ADJETIVO:
*Comparativo: nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a
  dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser.
  O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de
  inferioridade.
Comparativo de Igualdade: No comparativo de igualdade, o segundo termo
  da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
EX:Sou tão alto como você.
Comparativo de superioridade: no comparativo de superioridade ,entre os
  dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é
  "mais...do que" ou "mais...que".
EX:Sou mais alto (do) que você.
COMPARATIVO DE INFERIORIDADE:
Ex: Minha mágoa é menos intensa que minha saudade.
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO: um ser é evidenciado em relação a
 outros seres do mesmo grupo.
SUPERIORIDADE:
EX: Ela é a garota mais linda de todas.
INFERIORIDADE:
EX: Ele é o menos raivoso de todos.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO: as características atribuídas a um ser
 são intensificadas, transmitindo a ideia do excesso.
ANALÍTICO:
EX: Júlia é muito calma
    Carlos é excessivamente calmo.
SINTÉTICO:
O café estava amaríssimo.
Luciana está magérrima
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTETICO:
Ágil: agilíssimo
agradável :agradabilíssimo
Agudo: acutíssimo ou agudíssimo
Alto: altíssimo,sumo ou supremo
Amargo: amaríssimo ou amarguíssimo
Amável: amabilíssimo
 amigo: amicíssimo
 antigo: antiquíssimo
atroz :atrocíssimo
Baixo: baixíssimo ou ínfimo
Bom: ótimo ou boníssimo
 capaz :capacíssimo
Célebre: celebérrimo
Cheio: cheíssimo
Comum: comuníssimo
cristão :cristianíssimo
Cruel: crudelíssimo
Difícil: dificílimo
Doce: dulcíssimo ou docíssimo
 eficaz: eficacíssimo
Fácil: facílimo
   LITERATURA
   Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha
            A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e
    narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se
    preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que
    preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante
    inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso
    verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um
    fuso de algodão, fino na ponta como um furador. (…)
         Os cabelos deles são lisos. E os usavam cortados e raspados até
    acima das orelhas. E um deles trazia como uma cabeleira feita de penas
    amarelas que lhe cobria toda a cabeça até a nuca (…).
           Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua
    fala e eles a nossa, eles se tornaria, logo cristãos, visto que não aparentam
    ter nem conhecer crença alguma. Portanto, se os degredados que vão ficar
    aqui aprenderem bem a sua fala e só entenderem, não duvido que eles, de
    acordo com a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem
    a crer na nossa santa fé. Isso há de agradar a Nosso Senhor, porque
    certamente essa gente é boa e de bela simplicidade. E poderá ser
    facilmente impressa neles qualquer marca que lhes quiserem dar, já que
    Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens. E
    creio que não foi sem razão o fato de Ele nos ter trazido até aqui.
Pero de Magalhães Gândavo.(O tratado da terra do Brasil)

             Quando estes índios tomam alguns contrários, se logo com aquele
  ímpeto os não matam, levam-nos vivos para suas aldeias (ou sejam
  portugueses ou quaisquer outros índios seus imigos), e tanto que chegam a
  suas casas lançam uma corda muito grossa ao pescoço do cativo para que
  não possa fugir, e armam-lhe uma rede em que durma e dão-lhe uma índia
  moça, a mais fermosa e honrada que há na aldeia, para que durma com ele,
  e também tenha cuidado de o guardar, e não vai para parte que não no
  acompanhe. Esta índia tem cargo de lhe dar muito bem de comer e beber; e
  depois de o terem desta maneira cinco ou seis meses ou o tempo que
  querem, determinam de o matar, e fazem grandes cerimônias e festas
  aqueles dias, e aparelham muitos vinhos para se embebedarem, e fazem-
  nos da raiz de uma erva que se chama aipim, a qual fervem primeiro e
  depois de cozida mastigam-na umas moças virgens e, espremem-na nuns
  potes grandes, e dali a três ou quatro dias o bebem. E o dia que hão de
  matar este cativo, pela manhã se alguma ribeira está junto da aldeia
  levam-no a banhar nela com grandes cantares e folias, e tanto que chegam
  com ele à aldeia, atam-no pela cinta com quatro cordas cada uma para sua
  parte, e três, quatro índios pegados em cada ponta destas e assim o levam
  ao meio de um terreiro, e tiram tanto por estas cordas que não se possa
  bulir para uma parte nem para outra, as mãos lhe deixam soltas porque
  folgam de o ver defender com elas.
   BARROCO –BRASIL, 1601-PROSOOPEIA- BENTO TEIXEIRA;
   BARROCO É FRUTO DE ACONTECIMENTOS POLÍTICOS,
    RELIGIOSOS, SOCIAIS- SÉCULO XVI ATÉ MEADOS SÉCULO XVII;
   MARTINHO LUTERO –REFORMA PROTESTANTE- O HOMEM
    BUSCA A SALVAÇÃO PELA FÉ;
   IGREJA- VENDAS DE INDULGÊNCIAS;
   CONTRARREFORMA- REATIVOU O PENSAMENTO TEOCÊNTRICO-
    CONTROLE DA FÉ- CONCÍLIO DE TRENTO;
   PRODUÇÃO      ARTÍSTICA-     CONTRADIÇÃO,    CLARO-ESCURO,
    MATERIALIDADE-CARNE,     PECADO-SALVAÇÃO,   BEM-MAL,  CÉU-
    INFERNO, CONSTRUÇÃO DE IGUREJA SINUOSAS- REURBANIZAÇÃO
    DAS CIDADES- RETÓRICA CATÁRTICA.
   ARTE: REBUSCAMENTO DE FORMAS, EXCESSO DE DETALHES,
    PRESENÇA DE CURVAS.
   DUALISMO EXISTENCIAL- TRÂNSITO ENTRE OS PRAZERES DO
    MUNDO TERRENO E A ESPIRITUALIDADE RELIGIOSA;
   CONCEPTISMO- VALORIZAÇÃO DO ESPÍRITO INTELECTIVO, O AUTOR
    PROCURAVA ENVOLVER O LEITOR POR MEIO DE ARGUMENTOS
    RACIONAIS- USO DE FIGURAS DE LINGUAGEM, PORÉM POUCO.
   CULTISMO- VALORIZA A FORMA DO TEXTO, EXAGERO NO USO DE
    FIGURAS DE LINGUAGEM PARA ENVOLVER O LEITOR POR MEIO DOS
    SENTIDOS, RECURSOS SONOROS- ORNAMENTAÇÃO ESTILÍSTICA,
    PRECIOSISMO LINGUÍSTICO.(GONGORISMO)
     3° TRIMESTRE
Pronomes Pessoais
    São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do
      discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu,
      vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer
      referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
    Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações,
      podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou
  predicativo do sujeito.
Por exemplo:
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa,
  sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa
  forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
-     3ª pessoa do plural: eles, elas
-   Empregos do pronome oblíquo;
São pronomes oblíquos átonos: me, te,o, a, lhe, se, nos, vos, os, as,
  lhes. Usados como complemento da forma verbal
São pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles,
  elas. Usado com preposição.
EX: Eles esperam ansiosamente por mim.
Eles me esperam ansiosamente.
Pronome adjetivo: acompanha o substantivo.
EX: Meus amigos são aqueles senhores idosos.
Pronome substantivo :substitui o substantivo.
EX: Caio e Ana são casados. Ela manda e ele obedece.
-   1-Eu, tu/ mim, ti:
-   Eu e tu exercem função de sujeito
-   Mim e ti exercem função de complemento( verbal ou nominal)- devem vir
    precedidos de preposição
-   EX: Eu farei aquele projeto.
-   Todos aqueles livros foram lidos por mim.
2-EU / MIM:
Eu exerce função de sujeito / MIM exerce função de complemento:
EX Você deve trazer as atividades para eu ver.
Ele trouxe as atividades para mim.
3- ENTRE MIM E VOCÊ/ ENTRE MIM E TI/ ENTRE EU E VOCÊ:
Usa-se pronome oblíquo após preposição;
EX: Os conflitos entre mim e você foram grandes.
4-SE,SI,CONSIGO:
Estes pronomes são reflexivos e recíprocos.
EX: Quem pensa em si acaba sendo chamado de egoísta. ( reflexiva)
Os dois amigos se veem sempre na escola. (recíproca)
5-COM NÓS/COM VÓS/CONOSCO/CONVOSCO:
Usa-se com nós ou com vós quando houver determinante como artigo,
  pronome ou numeral.
EX:Ele disse que saiu com nós dois.
6- DELE, DO+ SUBSTANTIVO/ DE ELE, DE O + SUBSTANTIVO:
O pronome ele ou ela quando exerce função de sujeito não se aglutina.
EX: Chegou a hora de ele assumir a responsabilidade.
   Observações:
   O lhe exerce sempre a função de objeto indireto , direto ou indireto na
    oração.
   EX: JOÃO INFORMOU AO AMIGO A SITUAÇÃO (JOÃO INFORMOU-
    LHE A SITUAÇÃO)
   Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.
   Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de
    certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o
    pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a
    terminação verbal é suprimida.
   Por exemplo: fiz + o = fi-lo fazeis + o = fazei-lo dizer + a = dizê-la Quando o
    verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
   Por exemplo: viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-
    na tem + as = tem-nas
   Pronomes Demonstrativos
    Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma
    certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em
    termos de espaço, tempo ou discurso.
   No espaço:
   Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa
    que fala.
   Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa
    com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
   Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da
    pessoa que fala e daquela com quem falo.
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um
  passado distante. 
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto,  isso, aquilo.
Pronome demonstrativo na enunciação:
   Este, esta , isto: faz referência a algo que será citado na continuação.
    (ANÁFORA).
EX: O grande desafio é este: tornar a educação acessível a todos.
   Esse, essa, isso: retomada de algo que foi dito anteriormente:
EX:Seu comportamento foi inadequado. Isso não combina com você.
   Quando no texto, é preciso retomar nomes citados anteriormente:
    (ANÁFORA)
EX:Carlos e Cristina participaram do debate; no entanto, o desempenho desta
  foi melhor do que daquele.
   PRONOMES DE TRATAMENTO- é a forma de se dirigir ao
    interlocutor 
   Vossa Alteza: Príncipes, arquiduques e duques- V.A
   Vossa Majestade:Reis e imperadores-V.M.

   Vossa Eminência:Cardeais- V. Ema

   Vossa Excelência:No Brasil: altas autoridades do governo e
    oficiais, Generais das Forças Armadas; -V. Exa.

   Vossa Magnificência:Reitores das Universidades- V. Maga.

o   Vossa Excelência Reverendíssima: Bispos e Arcebispos- V.Exa.
    Rev. ma                                    Vossa Reverência
    ou Vossa Reverendíssima: Sacerdotes em geral
                       V. Revª ou Vrev.ma


   Vossa Santidade: Papa V.S
   PRONOMES POSSESSIVOS- indicam posse
   Quadro dos pronomes possessivos: 
   meu, minha, meus, minhas;  
   teu, tua, teus, tuas;
   seu, sua, seus, suas;
   nosso, nossa, nossos, nossas ; 
   vosso, vossa, vossos, vossas;  
   seu, sua, seus, suas.  
PRONOMES INDEFINIDOS- REFERE-SE A 3° PESSOA DO DISCURSO-
IMPRECISO
   CURIOSIDADES SOBRE OS PRONOMES INDEFINIDOS:
a)Todo, toda, todos, todas- podem dificultar o processo de construção, já que
  mudam de sentido, dependendo do uso no texto.
Ex: Todo dia eu digo que te amo. (diariamente)
Ex: O dia todo eu digo que te amo. (várias vezes durante o mesmo dia).
b)Algum, alguma, alguns, algumas: têm sentido afirmativo= antes do substantivo/
  negativo= posposto ao substantivo.
Ex: Alguma garota o amará de verdade.
Ex:Garota alguma o amará de verdade.
c)Certo, certa, certos, certas: será um pronome indefinido= antes do substantivo/
   função de adjetivo= posposto ao substantivo.
Ex: Certas garotas não julgam pela aparência, preferem mergulhar nas turvas águas
  do interior da pessoa.
Ex:Garotas certas não julgam pela aparência, preferem mergulhar nas turvas águas
  do interior da pessoa
d)Um, uma, uns, umas: quando acompanham o substantivo=função de artigo
   indefinido/ substituir o substantivo= função de pronome indefinido.
Ex:Umas pessoas não conseguem viver sem roupas de marca.
EX: Há vários tipos de pessoas. Umas são felizes com o que têm, outras são infelizes
 com o que não têm
 PRONOMES INTERROGATIVOS:
Os pronomes indefinidos QUE, QUEM, QUAL e QUANDO
  exercem função de pronomes interrogativos quando aparecem em
  perguntas.
Ex: Quantos anos você tem?
Ex: Quem vai à festa hoje à noite?
Ex:Que coisa é essa que você tem na mão?
Ex: Qual é o ônibus que vai para o centro?
                         PRONOME RELATIVO
   a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso
    chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual,
    os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
   Por exemplo: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
   b) O qual, os quais, a qual e as quais :todos eles são usados com
    referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de
    determinadas preposições. Eles são substitutivos dos pronomes
    relativos QUE e QUEM. Assim, onde se usarem esses pronomes
    relativos, poderão ser usados os pronomes O QUAL, A QUAL, OS
    QUAIS, AS QUAIS.
   Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia,
    o qual me deixou encantado.
   c) Os pronomes cujo, cuja, cujos, cujas não concordam com o seu
    antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual,
    dos quais, das quais. Vem sempre ao meio de dois
    substantivos:
   Por exemplo:Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
    (antecedente) (consequente)
   d) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um
    pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
   Por exemplo:Emprestei tantos quantos foram necessários.
    (antecedente)
   Ele fez tudo quanto havia falado. (antecedente)
   e) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido
    de preposição.
   Por exemplo:É um professor a quem muito devemos.
    (preposição)
   f) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só
    pode ser utilizado na indicação de lugar.
   Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação
   expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja:
1. Tempos do Indicativo (certeza)

  Presente - Expressa um fato atual.
Por exemplo:Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento
  anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
Por exemplo:Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num
  momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)
Futuro do Presente   - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao
  momento atual.
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um
  determinado fato passado.
Por exemplo:Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.


2. Tempos do Subjuntivo ( imprecisão, incerteza)
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.
Por exemplo:É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado ,mas posterior a outro já ocorrido.
Por exemplo: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de
  condição ou desejo.
Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em
  relação ao atual.
Por exemplo:
  Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
*IMPERATIVO: Expressa ordem, pedido....
*Imperativo afirmativo constrói-se com base no presente
  do indicativo e presente do subjuntivo.
*Imperativo negativo: constrói-se com base no presente
  do modo subjuntivo.
   Vozes do Verbo
   Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é
    agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:
   a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
   Por exemplo:Ele fez o trabalho.
   b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.
   Por exemplo:O trabalho foi feito por ele.
   c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe
    a ação.
   Por exemplo: O menino feriu-se.
   Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
   Por exemplo:Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
   Formação da Voz Passiva
   A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
   1- Voz Passiva Analítica
   Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.
   Por exemplo:A escola será pintada.
    O trabalho é feito por ele.
   2- Voz Passiva SintéticaA voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo
    na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
   Por exemplo:Abriram-se as inscrições para o concurso.
    Destruiu-se o velho prédio da escola.
   VERBOS DEFECTIVOS
   Ele se adéqua ao papel/Eu me adequo bem às novas / Certo ou
    errado?
   ADEQUAR- 1° - 2° (nós, vós) pessoa do plural nos seguintes tempos
    verbais:
   PRESENTE INDICATIVO(Nós adequamos, vós adequais)

   PRESENTE SUBJUNTIVO(que nós adequemos, que vós adequeis)

   IMPERATIVO AFIRMATIVO (adequemos nós, adequai vós)

   IMPERATIVO NEGATIVO (não adequemos nós, não adequeis vós.
   ABOLIR/ BANIR:
   Não apresenta a 1° pessoa do singular (eu) no Presente do indicativo;
    Não tem Presente do subjuntivo;
   Conjuga-se somente a 2° pessoa do singular e plural (tu, vós) do
    Imperativo afirmativo;
   Imperativo Negativo não se conjuga.
    Presente do Indicativo- Eu ? Tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós
    abolis, eles abolem.
    Presente do subjuntivo- não apresenta
   Imperativo Afirmativo- abole tu, aboli vós
   Imperativo Negativo- não apresenta conjugação
   COLORIR, EXPLODIR, DEMOLIR, EXTORQUIR:
   Presente do Indicativo- não tem a 1° pessoa do singular (eu);
    Não apresenta conjugação no Presente do subjuntivo e Imperativo negativo;
    Utiliza a 2° pessoa verbal ( tu e vós) no Imperativo Afirmativo
   FALIR, PRECAVER, REAVER-
   Conjugado na 1° e 2° (nós, vós) pessoa do plural
    Presente do modo indicativo;
   Não é conjugado no Presente do subjuntivo;
   Conjugado somente na 2° pessoa do plural no Imperativo
    afirmativo;
   Não é conjugado no Imperativo negativo.
   PRESENTE DO INDICATIVO- Nós falimos, vós falis
   PRESENTE DO SUBJUNTIVO-Não apresenta
    conjugação
   IMPERATIVO AFIRMATIVO- Fali vós, precavei vós.
   IMPERATIVO NEGATIVO- Não apresenta conjugação.
LITERATURA
O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no
  século XVIII, razão por que também é denominada como
  setecentismo ou neoclassicismo. O nome "arcadismo" é uma
  referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na
  Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e
  de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do
  arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos.
  Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais
  graciosos.
Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia
  aos abusos da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime.
Arcadismo no Brasil
   No Brasil, vive-se o momento histórico da decadência do ciclo da mineração e
da transferência do centro político do Nordeste (Salvador, na Bahia) para o Rio de
Janeiro.
   Aqui o marco inaugural do arcadismo deu-se em 1768 com a fundação da
“Arcádia Ultramarina”, em Vila Rica, e a publicação de “Obras Poéticas”, de
Cláudio Manuel da Costa. Embora não chegue a constituir um grupo nos moldes
das arcádias europeias, constituem a primeira geração literária brasileira.
   Nesta colônia portuguesa, as ideias iluministas vieram ao encontro dos
sentimentos e anseios nativistas, com maior repercussão em Vila Rica, centro
econômico mais importante à época, em função da mineração. A figura do “bom
selvagem” de Rousseau dará origem, na colônia, ao chamado Nativismo. O
acontecimento político mais importante será a Inconfidência Mineira, tentativa
mal-sucedida de libertar a província das Minas Gerais do domínio colonial
português. A politização do movimento apresentou-se através dos poetas árcades
brasileiros, participantes da Conjuração.
   A chamada "Escola Setecentista" desenvolve-se até 1808 com a chegada da
Família Real ao Rio de Janeiro, que com suas medidas político-administrativas,
permitiu a introdução do pensamento pré-romântico no Brasil.
   Entre as características do movimento no Brasil, destacam-se a introdução de
paisagens tropicais, como em Caramuru, valorização da história colonial, o início
do nacionalismo e da luta pela independência e a colocação da colônia como centro
das atenções.

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  • 1. AULAS DE RECUPERAÇÃO- LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 1° trimestre Funções da linguagem: Funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicação. Um texto pode apresentar mais de uma função enfatizado. 1-Função Referencial ou Denotativa Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo:Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial). 2-Função Expressiva ou Emotiva Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplo:Ah, que coisa boa!
  • 2. 3) Função Apelativa ou Conativa Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.  Exemplo: Não perca esta promoção!  4) Função Poética É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.  Exemplo: “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado)  5) Função Fática Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.  Exemplo: Alô? Está me ouvindo?  6) Função Metalinguística Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.  Exemplo: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.  (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
  • 3. HOMONÍMIA  Homógrafas- mesma grafia, mas significado e pronuncia diferentes.  Ex: Eu gosto do gosto da maçã verde.  Homófonas: mesmo som, mas significado e grafia diferentes.  Ex: Não darei um passo em sua direção.  Meu sonho é morar num lindo paço medieval.  Homófonas homográficas: mesma grafia e mesma pronúncia, mas com significados diferentes.  EX: Vou curtir muito este verão, vocês verão.  homófona heterográficas - é a palavra igual na pronúncia e diferente na escrita.  Ex: Cheque: papel com ordem de pagamento  Xeque: lance no jogo de xadrez
  • 4.  REGRAS DE ACENTUAÇÃO  Monossílabos Tônicos: São acentuados os monossílabos tônicos terminados com a(s), e(s), o(s) − dá, pá, pás, má, más, vá, lá, já, fé, pé, pés, dê, mês, rés, rês, Zé, né, cós, dó, nós, pó, pôs, vê-la.  ATENÇÃO: No plural, dobramos o (E )e tiramos o acento: leem, deem, creem, veem.  Oxítonas: Levam acento as oxítonas terminadas em vogais tônicas a(s), e(s), o(s) ou em(ns) −está(s), olá, filé, pontapé, purê (puré), rapê (rapé), judô, metrô, mocotó, acém, detém, provêm, provéns. Oxítonas com ditongos abertos ei, eu ou oi, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de s – anéis, fiéis, papéis, céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s), corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.
  • 5. Paroxítonas: são acentuadas as paroxítonas terminadas em:  i(s), us- táxi, tênis, vírus  Um, uns: fórum, álbuns.  L- fácil, hábil.  R- revólver, caráter.  X- látex, tórax.  N- pólen, hífen  ÃO(s) Ã(s)- órfã, órgão  ONS- prótons, elétrons.  PS-bíceps.  Ditongos: Perdem o acento gráfico o i ou u tônicos precedidos de ditongo em paroxítonas − baiuca, feiura, Ipuiuna.  Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei ou oi − alcateia, assembleia, heroico. Quando a paroxítona for um hiato ( I, U) leva acento, exceto quando depois vier NH ou antes vier um ditongo. Ex: saúde, saída, rainha, tainha, baiuca feiura.
  • 6. Proparoxítonas: Todas são acentuadas − árabe, câmara, blasfêmia (blasfémia), dinâmico, fêmea , glória, lúdico, mágoa, músico, náusea,  período, público, trêmulo, último, viríamos. Regras ortográficas Não se separam ditongos- encontro de uma vogal( a, e,o) com uma semivogal (i, u) pronunciadas na mesma sílaba, nesse caso a semivogal terá um som mais brando que a vogal, - e tritongos- encontro de três sons: semivogal+vogal+semivogal pronunciadas na mesma sílaba. Ex: ditongos: á-gua, Ni-ca-rá-gua, mui-to, au-la, etc. Tritongos: Pa-ra-guai, i-guais, as-guões, quais-quer, etc. B) Os hiatos- encontro entre duas vogais no interior de uma palavra- são separados em duas sílabas. Ex: ru-im, po-e-ta, sa-ú-de, vo-o, etc.
  • 7. C)Não se separam os dígrafos- duas letras usadas para representar um mesmo som, um mesmo fonema- ch, lh, nh, gu, qu. Ex: cha-ru-to, es-co-lha, etc. D) Separam-se os dígrafos: rr, ss, sc, sç, xs, xc. Ex: car-ro, pás-sa-ro, nas-ço, ex-ce-to, etc OBS: Evite separações que formem palavras estranhas ao contexto. Ex: Presi- dente Fa- lavam E) Emprego do Z: Usa-se EZ e EZA para formar substantivos abstratos originados de adjetivos: EX: pálido- palidez; belo- beleza
  • 8. Usa-se Z em palavras derivadas de uma palavra grafada com Z: EX: Luz- luzeiro; equalize- equalizar. f) Emprego de AR e IZAR: Usa-se AR nos verbos originados de palavras com final S: Ex: Análise, analisar Em outros casos utiliza-se IZAR: Ex: atual- atualizar g) Emprego de X: Depois de ditongo: EX: Baixa, feixe Depois de inicial ME: Ex: mexer, mexerica, exceto mecha Em palavras de origem indígena e africana: EX: pataxó e xavante. H) Emprego de S, C, Ç, SC, e SS: Verbos terminados em TER geram substantivos terminados em TENÇÃO. EX: Reter- retenção; deter- detenção
  • 9. o Verbos terminados em ND geram substantivos e adjetivos terminados em NS. Ex:Ascender- ascensão; suspender- suspensão o Verbos terminados em CED geram substantivos e adjetivos terminados em CESS: Ex: Conceder- concessão; retroceder- retrocesso. CUIDADO: Exceder- exceção. i)Emprego de G e J: o Usa-se G nas terminações: ágio, égio, ígio, ógio, úgio, agem, igem, ugem. Ex: garagem, aragem, prestígio. o Usa-se J em palavras de origem indígena e africana: Ex: Jussara, canjica, pajé. j) Emprego de S: o Em palavras com final ÊS, ESA, ISA, que indicam nacionalidade, títulos honoríficos e status social. EX: burguês, irlandês. o Em palavras com final OSO e OSA (cheio de). EX: gracioso( cheio de graça) respeitoso( cheio de respeito)
  • 10. o Nas formas dos verbos pôr e querer. Ex: puser, quisesse, quis. o Em palavras que derivam de palavras primitivamente grafadas com S. EX: catálise- catalisar; pesquisa- pesquisar. o Depois de ditongos. EX: coisa, maisena.
  • 11. Figura de Palavra A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima, seja por uma associação, uma comparação, uma similaridade.  Metáfora A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças.  EX: Seus olhos são luzes brilhantes. / Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.  Metonímia A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:  1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 2 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.) 3-Efeito pela causa: Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.)  4 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.) 5 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.) 6 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)
  • 12. COMPARAÇÃO- Estabelece comparação entre seres, geralmente usa o termo COMO: EX:Eles não têm ideal, são como folhas levadas pelo vento. Catacrese A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: "asa da xícara" "batata da perna" "maçã do rosto" "pé da mesa" "braço da cadeira" "coroa do abacaxi“ Perífrase Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem. Sinestesia Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplos: Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil) No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
  • 13. Figuras de Pensamento: consiste em construir-se por meio de processos estilísticos do pensamento, emoção, paixão. Antítese Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. É uma contradição aceitável. Exemplos: O corpo é grande e a alma é pequena. Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma. Paradoxo Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias.- são inaceitáveis Exemplos: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente. ( Luis Vaz de Camões) É como mergulhar no rio e não se molhar.... ( Skank) Eufemismo Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante. Exemplos: Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu) Fernando faltou com a verdade. (= mentiu) Ironia Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em  ressaltar algum aspecto passível de crítica. Exemplos: Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima! Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
  • 14. Hipérbole É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos: Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. "Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac) Prosopopeia ou Personificação Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Exemplos: As pedras andam vagarosamente. O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse. Chora, violão. Apóstrofe Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos: Moça, que fazes aí parada? "Pai Nosso, que estais no céu...“ Gradação   Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou decrescente. Exemplo: "O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
  • 15. Figuras de Construção ou Sintáticas As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Elipse Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados. Exemplos: Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto.) Polissíndeto É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Exemplo: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre." (Olavo Bilac) "Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê- lo chefe da natureza. Pleonasmo Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. Exemplo:Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)
  • 16. Anáfora É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e de coerência. Exemplo:"Se você gritasse Se você gemesse, Se você tocasse a valsa vienense Se você dormisse, Se você cansasse, Se você morresse... Mas você não morre, Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade) Hipérbato / Inversão É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração. Exemplos: Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio.) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.) Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante. ( As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico)  
  • 17. Figuras de Som ou estilística: é voltada a construção da palavra, som, fonética. Aliteração Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro significativo. Exemplos: Três pratos de trigo para três tigres tristes. O rato roeu a roupa do rei de Roma. Assonância Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. Exemplo: "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.“ Onomatopeia Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. Paranomásia: consiste no uso de palavras com semelhanças sonoras, mas com diferentes sentidos. Ex: Os de cá, achar-vos-ei com mais paço; os de lá, com mais passos. ( Padre Antônio Vieira.)
  • 18. LITERATURA: Função da Literatura: Sensibilizar e fazer com que seu leitor reflita sobre seu tempo. TEXTOS EM VERSO E PROSA: O poema é um texto construído em versos, o conjunto de versos chama-se estrofe. Já os textos narrativos são construídos em prosa, num discurso contínuo, em parágrafo.  Métrica Poética e classificação dos versos É a medida do verso, que pode variar de duas silabas poéticas, até doze. Ao número de sílabas métricas quase sempre corresponde o mesmo número de sílabas gramaticais. A contagem das sílabas métricas obedece aos seguintes princípios: Conta-se até a última sílaba tônica da última palavra do verso; Os ditongos crescentes constituem uma sílaba métrica; Duas ou mais vogais que se encontrem no fim de uma palavra e no início da outra, unem-se numa só sílaba métrica
  • 19. 1234567 Oh!/ que/ sau/ da/ des/ que eu/ te-nho 1234567 Da au/ ro/ ra/ da/ mi/ nha/ vi-da 1234567 Da/ mi/ nhá in/ fân/ cia/ que/ ri-da 1234567 Que os/ a/ nos/ não/ tra/ zem/ mais  Os versos quanto ao número de sílabas classificam-se em: Monossílabos:1 sílaba/Dissílabos:2 sílabas/Trissílabos:3 sílabas/Tetrassílabos:4 sílabas/Pentassílabos:5 sílabas/Hexassílabos:6 sílabas/Heptassílabos:7 sílabas/Octossílabos:8 sílabas/Eneassílabos:9 sílabas/Decassílabos:10 sílabas/Hendecassílabos:11 sílabas/Dodecassílabos:12 sílabas/Bárbaros:Mais de 12 sílabas Rima É a coincidência de sons entre palavras, especialmente no final dos versos.  Quanto à posição na estrofe  a) Cruzada ou alternada: (ABAB) O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto:  "Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada A  E triste, e triste e fatigado eu vinha; B  Tinhas a alma de sonhos povoada A  E a alma de sonhos povoada eu tinha." B ( Olavo Bilac)
  • 20. b) Interpolada: (ABBA) O primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro:  "Para canto de amor tenros cuidados. A  Tomo entre voz, ó montes, o instrumento; B  Ouvi pois o meu fúnebre lamento; B  Se é que compaixão dos animados." A  (Cláudio Manuel da Costa)  c) Emparelhada: (AABB) O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto:  "Manhã de junho ardente. Uma encosta escavada A  seca, deserta e nua, à beira de uma estrada A  Terra ingrata, onde a urze a custo desabrocha B  bebendo o sol, comendo o pé, mordendo a rocha." B  (Guerra Junqueiro)
  • 21. 2° trimestre PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PALAVRA: Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação:Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação: Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetização
  • 22. Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo  "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer“ Derivação prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de um prefixo ou de um prefixo. EX: deslealdade Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo) compra (substantivo) beijo (substantivo) Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados.
  • 23. Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto) Redução:Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel cine - por cinema micro - por microcomputador Zé - por José
  • 24. Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
  • 25. SUBSTANTIVO é tudo o que nomeia as "coisas" em geral.  Classificação o Substantivo Comum  Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno. o Substantivo Próprio  Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Por exemplo Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. o Substantivo Concreto  Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo  Deus, computador, escola o Substantivo Abstrato  Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo saída (prática de sair), beleza(existência do belo), saudade.
  • 26. Formação dos substantivos Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:  Substantivo Primitivo É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.  Substantivo Derivado É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. Por exemplo:pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo.  Substantivo Simples É simples o substantivo formado por um único radical. Por exemplo: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.  Substantivo Composto É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplo: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
  • 27. GRAU DO SUBSTANTIVO: o Aumentativo Sintético Forma-se com sufixos aumentativos, sendo os mais comuns: Aça, aço, alha:barcaça, barbaça, polpulaça, caraça,balaço, calhamaço, volumaço,muralha, gentalha, fornalha.. Ão, alhão, arão: motão, povão, gatão... medalhão, bobalhão, casarão, vozeirão, peneirão, ribeirão. Zarrão, arrão:homenzarrão, cãozarrão. santarrão Eirão, zão, arra:. pezão... bocarra, naviarra... Ázio, ona, orra:copázio, balázio... mulherona, vacona, pernona, vozona, cabeçorra, beiçorra, manzorra Uça, aréu:dentuça, povaréu, fogaréu, folharéu  Aumentativo Analítico Forma-se com o auxílio do adjetivo grande, ou outro do mesmo sentido. Exemplo: letra grande, pedra enorme, estátua colossal, obra gigantesca, planície imensa. Na linguagem publicitária se diz: liquidação monstro.
  • 28. Diminutivo Sintético Forma-se com sufixos diminutivo. Eis os mais comuns -acho :riacho, fogacho, penacho... -ebre :casebre... -eco:livreco, jornaleco, boieco... -ejo:lugarejo, animalejo, vilarejo... -elho:rapazelho... -eto:poemeto, livreto.. -eta:saleta, maleta... -ete:filete... -ico:burrico, namorico... -im:espadim, flautim... -inho :livrinho, dedinho, padrinho... -inha: casinha, janelinha, poeminha... -zinho :rapazinho, irmãozinho... -zinha :irmãzinha, sinhazinha...
  • 29. -isco :chuvisco, pedrisco... -ito :mosquito, pauzito, cabrito... -ita :cabrita, senhorita... -oca :sitioca, engenhoca... -ola :sacola, bandeirola, rapazola, camisola... -ote :velhote, serrote, caixote... -ucho :papelucho, capucho... -(c)ulo :glóbulo, homúnculo...  Diminutivo Analítico Forma-se com o adjetivo pequeno, ou outros de igual sentido. EXEMPLO:chave pequena, casa pequenina, semente minúscula, lembrança ínfima...
  • 30. GÊNERO DO SUBSTANTIVO Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou femininos. Quanto às formas, eles podem ser:  Substantivos Biformes Substantivos biformes são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.  Ex. menino - menina. traidor - traidora. aluno - aluna  Substantivos Heterônimos Substantivos heterônimos são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.  Ex. homem - mulher. bode - cabra. boi - vaca.
  • 31. Substantivos Uniformes Substantivos uniformes são os que apresentam apenas um forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes: COMUM DE DOIS GÊNEROS: são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos.  EX: o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata o / a agente o / a intérprete o / a lojista o / a patriota o / a mártir
  • 32. Sobrecomum Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros: Eis alguns exemplos:  EX:o cônjuge a criança o carrasco o indivíduo o apóstolo o monstro a pessoa a testemunha
  • 33. o Epiceno Os epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:  EX: o tatu a anta a arara a borboleta o canguru o caranguejo a coruja o crocodilo
  • 34.  NÚMERO DO SUBSTANTIVO: Quanto ao número, os substantivos podem ser flexionados em: singular ou plural. #O singular indica um ser ou um grupo de seres; #O plural indica mais de um ser ou grupo de seres.  Exemplos: o colega os colegas a menina as meninas  Substantivos Simples Substantivos simples são aqueles formados por um radical apenas, ou seja, não são compostos. a) nos substantivos terminados em al, el, ol, ul, troca-se o “l” por “is”:  Ex: jornal : jornais papel: papéis barril : barris anzol : anzóis azul : azuis
  • 35. b) Os substantivos terminados em “r” ,“s”e “z” são acrescidos de “es” para o plural:  Ex: amor: amores luz: luzes país:países  c) Os substantivos terminados em “n” formam o plural em “es” ou “s”:  Ex: abdômen: abdômenes pólen :polens d) Os substantivos terminados em “m” formam o plural em “ens”:  Ex: homem:homens Viagem: viagens e) Os substantivos terminados em “x” são invariáveis no plural:  Ex: tórax : tórax xérox : xérox
  • 36. f) Os substantivos terminados em “ão” têm três variações para o plural: “ões”, “ães” e “ãos”:  Ex: eleição : eleições pão: pães cidadão: cidadãos  Substantivos Compostos Substantivos compostos são aqueles que se formam pela junção dois ou mais radicais. a) se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia:  Ex: mulas-sem-cabeça pés-de-moleque b) também varia apenas o primeiro elemento caso o segundo termo indique finalidade ou semelhança deste:  Ex: navios-escola Canetas- tinteiro c) Nos nomes dados aos dias da semana, pluralizam-se os dois elementos: EX: sextas- feiras quartas- feiras
  • 37. d) se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopeias, só o segundo elemento varia:  Ex: tico-ticos pingue-pongues e) nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam: couves-flores guardas-noturnos amores-perfeitos f) Não se pluralizam as palavras compostas por verbos, advérbios e interjeições: EX: guarda- roupas/ abaixo- assinados
  • 38. ADJETIVO:  Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.  EX: MENINO BONDOSO, MENINA CHARMOSA  Classificação do Adjetivo: o adjetivo pode ser:  *SIMPLES : formado por um só radical. Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.  * COMPOSTO: formado por mais de um radical. Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.  *PRIMITIVO : é aquele que dá origem a outros adjetivos. Por exemplo: belo, bom, puro.  *DERIVADO : é aquele que deriva de substantivos ou verbos. Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.  Adjetivo Pátrio:  Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.  Acre: acreano /Alagoas: alagoano /Amapá: amapaense /Aracaju :aracajuano ou aracajuense/ Amazonas :amazonense ou baré/ Belém (PA): belenense/ Belo Horizonte :belo-horizontino/ Boa Vista: boa-vistense /Brasília :brasiliense
  • 39. Cabo Frio: cabo-friense/ Campinas: campineiro ou campinense/ Curitiba: curitibano/ Estados Unidos: estadunidense, norte-americano ou ianque/ El Salvador: salvadorenho/ Guatemala: guatemalteco/ Índia: indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo)/ Irã: iraniano/ Israel: israelense ou israelita/ Moçambique: moçambicano/ Mongólia: mongol ou mongólico/ Panamá: panamenho/ Porto Rico: porto-riquenho/ Somália: somali.  Adjetivo Pátrio Composto : Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.  África afro- Cultura afro-americana/ Alemanha germano- ou teuto- Competições teuto-inglesas/ América américo- Companhia américo-africana/ Ásia ásio-Encontros ásio-europeus/ Áustria austro: Peças austro-búlgaras/ Bélgica belgo-Acampamentos belgo-franceses/ China sino: Acordos sino-japoneses/ Espanha hispano: Mercado hispano-português/ Europa euro: Negociações euro-americanas
  • 40. LOCUÇÃO ADJETIVA: reunião de palavras.União entre uma preposição + substantivo tem-se uma Locução Adjetiva de águia: aquilino de aluno: discente de anjo: angelical de ano: anual de aranha: aracnídeo de asno :asinino de baço: esplênico de bispo: episcopal de bode: hircino de boi: bovino de bronze: brônzeo ou êneo de cabelo: capilar de cabra: caprino de campo: campestre ou rural de cão: canino
  • 41. de carneiro: arietino de cavalo: cavalar, equino, equídio ou hípico de chumbo: plúmbeo de chuva: pluvial de cinza: cinéreo de coelho: cunicular de cobre: cúprico de couro: coriáceo de criança: pueril de dedo: digital de diamante: diamantino ou adamantino de elefante: elefantino de enxofre: sulfúrico de esmeralda: esmeraldino de estômago: estomacal ou gástrico de falcão: falconídeo de farinha: farináceo de fera: ferino
  • 42. FLEXÃO DOS ADJETIVOS O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero dos Adjetivos:  Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. EX: homem ativo e mulher ativa, menino mau e menina má  Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. EX: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.  Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. EX: homem feliz e mulher feliz.  Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino EX: conflito político-social e desavença político-social.  NÚMERO DO ADJETIVO: SIMPLES: O adjetivo concorda em número com o substantivo que caracteriza. EX: Menina feliz./ Meninas felizes. COMPOSTO: Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos.
  • 43. Quando o adjetivo é composto por dois adjetivos, apenas o segundo vai para o plural. EX: questões político- partidárias, olhos castanho- claros Exceção: surdos- mudos *Quando, em um adjetivo composto, o segundo elemento for um substantivo, esse adjetivo é invariável. EX: um tapete verde- musgo; dois tapetes verde- musgo; olhos azul- céu. GRAU DO ADJETIVO: *Comparativo: nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Comparativo de Igualdade: No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. EX:Sou tão alto como você. Comparativo de superioridade: no comparativo de superioridade ,entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é "mais...do que" ou "mais...que". EX:Sou mais alto (do) que você.
  • 44. COMPARATIVO DE INFERIORIDADE: Ex: Minha mágoa é menos intensa que minha saudade. GRAU SUPERLATIVO RELATIVO: um ser é evidenciado em relação a outros seres do mesmo grupo. SUPERIORIDADE: EX: Ela é a garota mais linda de todas. INFERIORIDADE: EX: Ele é o menos raivoso de todos. GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO: as características atribuídas a um ser são intensificadas, transmitindo a ideia do excesso. ANALÍTICO: EX: Júlia é muito calma Carlos é excessivamente calmo. SINTÉTICO: O café estava amaríssimo. Luciana está magérrima
  • 45. GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTETICO: Ágil: agilíssimo agradável :agradabilíssimo Agudo: acutíssimo ou agudíssimo Alto: altíssimo,sumo ou supremo Amargo: amaríssimo ou amarguíssimo Amável: amabilíssimo amigo: amicíssimo antigo: antiquíssimo atroz :atrocíssimo Baixo: baixíssimo ou ínfimo Bom: ótimo ou boníssimo capaz :capacíssimo Célebre: celebérrimo Cheio: cheíssimo Comum: comuníssimo cristão :cristianíssimo Cruel: crudelíssimo Difícil: dificílimo Doce: dulcíssimo ou docíssimo eficaz: eficacíssimo Fácil: facílimo
  • 46. LITERATURA  Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, fino na ponta como um furador. (…) Os cabelos deles são lisos. E os usavam cortados e raspados até acima das orelhas. E um deles trazia como uma cabeleira feita de penas amarelas que lhe cobria toda a cabeça até a nuca (…). Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, eles se tornaria, logo cristãos, visto que não aparentam ter nem conhecer crença alguma. Portanto, se os degredados que vão ficar aqui aprenderem bem a sua fala e só entenderem, não duvido que eles, de acordo com a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer na nossa santa fé. Isso há de agradar a Nosso Senhor, porque certamente essa gente é boa e de bela simplicidade. E poderá ser facilmente impressa neles qualquer marca que lhes quiserem dar, já que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens. E creio que não foi sem razão o fato de Ele nos ter trazido até aqui.
  • 47. Pero de Magalhães Gândavo.(O tratado da terra do Brasil) Quando estes índios tomam alguns contrários, se logo com aquele ímpeto os não matam, levam-nos vivos para suas aldeias (ou sejam portugueses ou quaisquer outros índios seus imigos), e tanto que chegam a suas casas lançam uma corda muito grossa ao pescoço do cativo para que não possa fugir, e armam-lhe uma rede em que durma e dão-lhe uma índia moça, a mais fermosa e honrada que há na aldeia, para que durma com ele, e também tenha cuidado de o guardar, e não vai para parte que não no acompanhe. Esta índia tem cargo de lhe dar muito bem de comer e beber; e depois de o terem desta maneira cinco ou seis meses ou o tempo que querem, determinam de o matar, e fazem grandes cerimônias e festas aqueles dias, e aparelham muitos vinhos para se embebedarem, e fazem- nos da raiz de uma erva que se chama aipim, a qual fervem primeiro e depois de cozida mastigam-na umas moças virgens e, espremem-na nuns potes grandes, e dali a três ou quatro dias o bebem. E o dia que hão de matar este cativo, pela manhã se alguma ribeira está junto da aldeia levam-no a banhar nela com grandes cantares e folias, e tanto que chegam com ele à aldeia, atam-no pela cinta com quatro cordas cada uma para sua parte, e três, quatro índios pegados em cada ponta destas e assim o levam ao meio de um terreiro, e tiram tanto por estas cordas que não se possa bulir para uma parte nem para outra, as mãos lhe deixam soltas porque folgam de o ver defender com elas.
  • 48. BARROCO –BRASIL, 1601-PROSOOPEIA- BENTO TEIXEIRA;  BARROCO É FRUTO DE ACONTECIMENTOS POLÍTICOS, RELIGIOSOS, SOCIAIS- SÉCULO XVI ATÉ MEADOS SÉCULO XVII;  MARTINHO LUTERO –REFORMA PROTESTANTE- O HOMEM BUSCA A SALVAÇÃO PELA FÉ;  IGREJA- VENDAS DE INDULGÊNCIAS;  CONTRARREFORMA- REATIVOU O PENSAMENTO TEOCÊNTRICO- CONTROLE DA FÉ- CONCÍLIO DE TRENTO;  PRODUÇÃO ARTÍSTICA- CONTRADIÇÃO, CLARO-ESCURO, MATERIALIDADE-CARNE, PECADO-SALVAÇÃO, BEM-MAL, CÉU- INFERNO, CONSTRUÇÃO DE IGUREJA SINUOSAS- REURBANIZAÇÃO DAS CIDADES- RETÓRICA CATÁRTICA.  ARTE: REBUSCAMENTO DE FORMAS, EXCESSO DE DETALHES, PRESENÇA DE CURVAS.  DUALISMO EXISTENCIAL- TRÂNSITO ENTRE OS PRAZERES DO MUNDO TERRENO E A ESPIRITUALIDADE RELIGIOSA;  CONCEPTISMO- VALORIZAÇÃO DO ESPÍRITO INTELECTIVO, O AUTOR PROCURAVA ENVOLVER O LEITOR POR MEIO DE ARGUMENTOS RACIONAIS- USO DE FIGURAS DE LINGUAGEM, PORÉM POUCO.  CULTISMO- VALORIZA A FORMA DO TEXTO, EXAGERO NO USO DE FIGURAS DE LINGUAGEM PARA ENVOLVER O LEITOR POR MEIO DOS SENTIDOS, RECURSOS SONOROS- ORNAMENTAÇÃO ESTILÍSTICA, PRECIOSISMO LINGUÍSTICO.(GONGORISMO)
  • 49. 3° TRIMESTRE Pronomes Pessoais São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo: Nós lhe ofertamos flores. Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas
  • 50. - Empregos do pronome oblíquo; São pronomes oblíquos átonos: me, te,o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Usados como complemento da forma verbal São pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas. Usado com preposição. EX: Eles esperam ansiosamente por mim. Eles me esperam ansiosamente. Pronome adjetivo: acompanha o substantivo. EX: Meus amigos são aqueles senhores idosos. Pronome substantivo :substitui o substantivo. EX: Caio e Ana são casados. Ela manda e ele obedece. - 1-Eu, tu/ mim, ti: - Eu e tu exercem função de sujeito - Mim e ti exercem função de complemento( verbal ou nominal)- devem vir precedidos de preposição - EX: Eu farei aquele projeto. - Todos aqueles livros foram lidos por mim.
  • 51. 2-EU / MIM: Eu exerce função de sujeito / MIM exerce função de complemento: EX Você deve trazer as atividades para eu ver. Ele trouxe as atividades para mim. 3- ENTRE MIM E VOCÊ/ ENTRE MIM E TI/ ENTRE EU E VOCÊ: Usa-se pronome oblíquo após preposição; EX: Os conflitos entre mim e você foram grandes. 4-SE,SI,CONSIGO: Estes pronomes são reflexivos e recíprocos. EX: Quem pensa em si acaba sendo chamado de egoísta. ( reflexiva) Os dois amigos se veem sempre na escola. (recíproca) 5-COM NÓS/COM VÓS/CONOSCO/CONVOSCO: Usa-se com nós ou com vós quando houver determinante como artigo, pronome ou numeral. EX:Ele disse que saiu com nós dois. 6- DELE, DO+ SUBSTANTIVO/ DE ELE, DE O + SUBSTANTIVO: O pronome ele ou ela quando exerce função de sujeito não se aglutina. EX: Chegou a hora de ele assumir a responsabilidade.
  • 52. Observações:  O lhe exerce sempre a função de objeto indireto , direto ou indireto na oração.  EX: JOÃO INFORMOU AO AMIGO A SITUAÇÃO (JOÃO INFORMOU- LHE A SITUAÇÃO)  Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.  Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.  Por exemplo: fiz + o = fi-lo fazeis + o = fazei-lo dizer + a = dizê-la Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.  Por exemplo: viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém- na tem + as = tem-nas
  • 53. Pronomes Demonstrativos   Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.  No espaço:  Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.  Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.  Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. No tempo: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.  - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Invariáveis: isto,  isso, aquilo.
  • 54. Pronome demonstrativo na enunciação:  Este, esta , isto: faz referência a algo que será citado na continuação. (ANÁFORA). EX: O grande desafio é este: tornar a educação acessível a todos.  Esse, essa, isso: retomada de algo que foi dito anteriormente: EX:Seu comportamento foi inadequado. Isso não combina com você.  Quando no texto, é preciso retomar nomes citados anteriormente: (ANÁFORA) EX:Carlos e Cristina participaram do debate; no entanto, o desempenho desta foi melhor do que daquele.
  • 55. PRONOMES DE TRATAMENTO- é a forma de se dirigir ao interlocutor   Vossa Alteza: Príncipes, arquiduques e duques- V.A  Vossa Majestade:Reis e imperadores-V.M.  Vossa Eminência:Cardeais- V. Ema  Vossa Excelência:No Brasil: altas autoridades do governo e oficiais, Generais das Forças Armadas; -V. Exa.  Vossa Magnificência:Reitores das Universidades- V. Maga. o Vossa Excelência Reverendíssima: Bispos e Arcebispos- V.Exa. Rev. ma Vossa Reverência ou Vossa Reverendíssima: Sacerdotes em geral V. Revª ou Vrev.ma  Vossa Santidade: Papa V.S
  • 56. PRONOMES POSSESSIVOS- indicam posse  Quadro dos pronomes possessivos:   meu, minha, meus, minhas;    teu, tua, teus, tuas;  seu, sua, seus, suas;  nosso, nossa, nossos, nossas ;   vosso, vossa, vossos, vossas;    seu, sua, seus, suas.  
  • 57. PRONOMES INDEFINIDOS- REFERE-SE A 3° PESSOA DO DISCURSO- IMPRECISO
  • 58. CURIOSIDADES SOBRE OS PRONOMES INDEFINIDOS: a)Todo, toda, todos, todas- podem dificultar o processo de construção, já que mudam de sentido, dependendo do uso no texto. Ex: Todo dia eu digo que te amo. (diariamente) Ex: O dia todo eu digo que te amo. (várias vezes durante o mesmo dia). b)Algum, alguma, alguns, algumas: têm sentido afirmativo= antes do substantivo/ negativo= posposto ao substantivo. Ex: Alguma garota o amará de verdade. Ex:Garota alguma o amará de verdade. c)Certo, certa, certos, certas: será um pronome indefinido= antes do substantivo/ função de adjetivo= posposto ao substantivo. Ex: Certas garotas não julgam pela aparência, preferem mergulhar nas turvas águas do interior da pessoa. Ex:Garotas certas não julgam pela aparência, preferem mergulhar nas turvas águas do interior da pessoa d)Um, uma, uns, umas: quando acompanham o substantivo=função de artigo indefinido/ substituir o substantivo= função de pronome indefinido. Ex:Umas pessoas não conseguem viver sem roupas de marca. EX: Há vários tipos de pessoas. Umas são felizes com o que têm, outras são infelizes com o que não têm
  • 59.  PRONOMES INTERROGATIVOS: Os pronomes indefinidos QUE, QUEM, QUAL e QUANDO exercem função de pronomes interrogativos quando aparecem em perguntas. Ex: Quantos anos você tem? Ex: Quem vai à festa hoje à noite? Ex:Que coisa é essa que você tem na mão? Ex: Qual é o ônibus que vai para o centro?
  • 60. PRONOME RELATIVO  a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.  Por exemplo: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)  b) O qual, os quais, a qual e as quais :todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Eles são substitutivos dos pronomes relativos QUE e QUEM. Assim, onde se usarem esses pronomes relativos, poderão ser usados os pronomes O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS.  Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.  c) Os pronomes cujo, cuja, cujos, cujas não concordam com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Vem sempre ao meio de dois substantivos:  Por exemplo:Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. (antecedente) (consequente)
  • 61. d) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:  Por exemplo:Emprestei tantos quantos foram necessários. (antecedente)  Ele fez tudo quanto havia falado. (antecedente)  e) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.  Por exemplo:É um professor a quem muito devemos. (preposição)  f) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.  Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada.
  • 62. Tempos Verbais Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 1. Tempos do Indicativo (certeza) Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:Eu estudo neste colégio. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. Por exemplo:Ele estudava as lições quando foi interrompido. Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. .
  • 63. Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) Futuro do Presente   - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã. Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo:Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 2. Tempos do Subjuntivo ( imprecisão, incerteza) Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo:É conveniente que estudes para o exame. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado ,mas posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que ele vencesse o jogo. Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
  • 64. *IMPERATIVO: Expressa ordem, pedido.... *Imperativo afirmativo constrói-se com base no presente do indicativo e presente do subjuntivo. *Imperativo negativo: constrói-se com base no presente do modo subjuntivo.
  • 65. Vozes do Verbo  Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:  a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.  Por exemplo:Ele fez o trabalho.  b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.  Por exemplo:O trabalho foi feito por ele.  c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.  Por exemplo: O menino feriu-se.  Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.  Por exemplo:Os lutadores feriram-se. (um ao outro)  Formação da Voz Passiva  A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.  1- Voz Passiva Analítica  Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.  Por exemplo:A escola será pintada. O trabalho é feito por ele.  2- Voz Passiva SintéticaA voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.  Por exemplo:Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola.
  • 66. VERBOS DEFECTIVOS  Ele se adéqua ao papel/Eu me adequo bem às novas / Certo ou errado?  ADEQUAR- 1° - 2° (nós, vós) pessoa do plural nos seguintes tempos verbais:  PRESENTE INDICATIVO(Nós adequamos, vós adequais)  PRESENTE SUBJUNTIVO(que nós adequemos, que vós adequeis)  IMPERATIVO AFIRMATIVO (adequemos nós, adequai vós)  IMPERATIVO NEGATIVO (não adequemos nós, não adequeis vós.
  • 67. ABOLIR/ BANIR:  Não apresenta a 1° pessoa do singular (eu) no Presente do indicativo;  Não tem Presente do subjuntivo;  Conjuga-se somente a 2° pessoa do singular e plural (tu, vós) do Imperativo afirmativo;  Imperativo Negativo não se conjuga.  Presente do Indicativo- Eu ? Tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles abolem.  Presente do subjuntivo- não apresenta  Imperativo Afirmativo- abole tu, aboli vós  Imperativo Negativo- não apresenta conjugação  COLORIR, EXPLODIR, DEMOLIR, EXTORQUIR:  Presente do Indicativo- não tem a 1° pessoa do singular (eu);  Não apresenta conjugação no Presente do subjuntivo e Imperativo negativo;  Utiliza a 2° pessoa verbal ( tu e vós) no Imperativo Afirmativo
  • 68. FALIR, PRECAVER, REAVER-  Conjugado na 1° e 2° (nós, vós) pessoa do plural Presente do modo indicativo;  Não é conjugado no Presente do subjuntivo;  Conjugado somente na 2° pessoa do plural no Imperativo afirmativo;  Não é conjugado no Imperativo negativo.  PRESENTE DO INDICATIVO- Nós falimos, vós falis  PRESENTE DO SUBJUNTIVO-Não apresenta conjugação  IMPERATIVO AFIRMATIVO- Fali vós, precavei vós.  IMPERATIVO NEGATIVO- Não apresenta conjugação.
  • 69. LITERATURA O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, razão por que também é denominada como setecentismo ou neoclassicismo. O nome "arcadismo" é uma referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética. A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais graciosos. Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime.
  • 70. Arcadismo no Brasil No Brasil, vive-se o momento histórico da decadência do ciclo da mineração e da transferência do centro político do Nordeste (Salvador, na Bahia) para o Rio de Janeiro. Aqui o marco inaugural do arcadismo deu-se em 1768 com a fundação da “Arcádia Ultramarina”, em Vila Rica, e a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa. Embora não chegue a constituir um grupo nos moldes das arcádias europeias, constituem a primeira geração literária brasileira. Nesta colônia portuguesa, as ideias iluministas vieram ao encontro dos sentimentos e anseios nativistas, com maior repercussão em Vila Rica, centro econômico mais importante à época, em função da mineração. A figura do “bom selvagem” de Rousseau dará origem, na colônia, ao chamado Nativismo. O acontecimento político mais importante será a Inconfidência Mineira, tentativa mal-sucedida de libertar a província das Minas Gerais do domínio colonial português. A politização do movimento apresentou-se através dos poetas árcades brasileiros, participantes da Conjuração. A chamada "Escola Setecentista" desenvolve-se até 1808 com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, que com suas medidas político-administrativas, permitiu a introdução do pensamento pré-romântico no Brasil. Entre as características do movimento no Brasil, destacam-se a introdução de paisagens tropicais, como em Caramuru, valorização da história colonial, o início do nacionalismo e da luta pela independência e a colocação da colônia como centro das atenções.