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AVALIAÇÃO DE LAY-OUT DE CANTEIROS PARA IDENTIFICAÇÃO
DAS ÁREAS DE RISCOS DE ACIDENTES – ESTUDO DE CASO EM
UMA EMPRESA
Ana Maria de Sousa Santana de Oliveira (1); Dúnia Mara Baú (2)
(1) Professora da UNIOESTE, e-mail: ricrocha@certto.com.br
(2) Engenheira Civil, e- mail: duniabau@hotmail.com
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico de uma empresa construtora em relação à
itens de segurança e adequação a NR-18 em seus canteiros de obras. Este trabalho tem o intuito de
analisar as condições favoráveis para a manutenção de itens de segurança e apresentar a metodologia
desenvolvida para análise de empresas de construção. Esta metodologia está dividida em 3 fases: A
primeira fase é um estudo definindo as atividades preventivas utilizadas pela empresa, incluindo o
dimensionamento de SESMT e CIPA, as estatísticas de acidentes de trabalho e as medidas adotadas
pela empresa para a prevenção de acidentes; A segunda fase é um estudo das áreas de riscos de
acidentes de trabalho nos canteiros de obras da empresa, utilizando para isso os mapas de riscos dos
canteiros de abras; A terceira fase é apresentação de um Check-list para verificação da utilização da
NR-18 pelas empresas. Neste trabalho serão apresentadas as metodologias utilizadas, assim como as
diversas atividades preventivas utilizadas pela empresa para melhorar os níveis de segurança em seus
canteiros.
ABSTRACT
This work has the objective to evaluate vertical building sites of a builder in Cascavel - PR with the
goal to identify the risks areas of work accidents. This one was developed at the time that the buildings
were at the finishing time. It showed a check-list based on safety standard (NR-18) to be used with the
goal to verify the obedience of the buildings with the safety laws. It was observed through visit done at
the sites, the risks situations on it that can facilitate the work accidents. Studying this situations, it was
suggested advisements that will help at the accidents prevention. The check-list and the advisements
are tools that can be used by the company which the work was developed such as by the other ones
that are interested to reduce the areas of work accidents in their building sites.
1. INTRODUÇÃO
Um dos fatores mais agravantes das condições inseguras encontradas nos canteiros de obras é o não
cumprimento das Normas Regulamentadoras, referentes à Segurança e Medicina do Trabalho, pelas
empresas de construção de edifícios da cidade de Cascavel.
O sub-setor da construção de edifícios de Cascavel é composto por empresas de diferentes portes, com
predominância por empresas de pequeno e médio porte.
A maioria dessas empresas não possui um planejamento organizacional, ou seja, não há uma
preocupação em planejar para construir. O canteiro de obras é instalado, na maioria das vezes, sem o
mínimo planejamento, com instalações precárias e mal dimensionadas.
Diante da diversidade de riscos presentes nos canteiros de obras e das precárias condições de trabalho
a que estão submetidos os operários da construção, verifica-se a real importância em adaptar nossas
obras às exigências da NR-18.
Essa desorganização do canteiro gera grande desperdício de materiais e horas trabalhadas, elevados
índice de acidentes de trabalho e, consequentemente, atraso nos cronogramas de obras.
Apesar da segurança de trabalho ser indispensável para o êxito de qualquer indústria, as empresas de
construção civil não se conscientizaram do seu real valor, relegando a um segundo plano a integridade
física do trabalhador, se limitando apenas ao cumprimento das exigências da Delegacia Regional do
Trabalho – DRT, ainda de forma pontual.
No contexto atual do mercado brasileiro, em que se direciona a atenção para melhoria da qualidade e
aumento da produtividade, é imprescindível que a indústria da construção se enquadre a ele. A
ocorrência de acidentes dentro de uma empresa faz com que sua produtividade reduza e aumente os
seus custos. Isto justifica o fato de algumas empresas estudarema ocorrência e as causas dos acidentes
de trabalho, na tentativa de minimizá-los.
Os acidentes geralmente ocorrem por causa da má integração entre o homem, a tarefa e o seu ambiente
de trabalho. Uma boa adequação do canteiro de obra, o seguimento das normas de segurança e o
planejamento das instalações onde serão desenvolvidos os trabalhos e sua organização, além de
agilizar os serviços devem ter como objetivo evitar riscos para os trabalhadores.
Com o mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão trabalhando para aumentar a
produtividade e melhorar a qualidade dos seus produtos. Assim é de interesse das construtoras a
implantação de programas de segurança na empresa.
Sabendo-se que as características das atividades exercidas na construção civil proporcionam aos
trabalhadores inúmeras situações de riscos, e que o ambiente de trabalho, ou seja, os canteiros, fazem
parte deste contexto, esse trabalho surge como uma iniciativa de orientar as pessoas no sentido de
facilitar o reconhecimento das principais necessidades de intervenção nas empresas para um melhor
gerenciamento de seus canteiros no sentido de utilização das normas de segurança.
È apresentado então um estudo de caso em uma construtora da cidade de Cascavel, fazendo um
levantamento das atividades de prevenção de acidentes de trabalho desenvolvidos na empresa e
também analisando os seus canteiros de obras verificando a existência de áreas de riscos de acidentes
no local.
2. METODOLOGIA UTILIZADA
2.1. Representação Gráfica da Metodologia Elaborada
Para auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos elaborou-se uma metodologia para facilitar o
diagnóstico da empresa em relação à segurança nas obras e identificação de áreas de riscos de
acidentes de trabalho.
A Figura 01 apresenta o esquema da metodologia utilizada.
O diagnóstico da empresa foi feito com o objetivo de analisar o comportamento da mesma em relação
aos riscos de acidentes de trabalho em seus canteiros de obras.
Foram analisados 08 canteiros de obras e identificadas as principais atividades desenvolvidas pela
empresa para melhorar as condições de trabalho em seus canteiros e ainda identificar os principais
fatores de riscos existentes.
Figura 01 - Representação gráfica da metodologia desenvolvida
A seguir serão apresentadas as várias etapas propostas na metodologia para obtenção do diagnóstico
da empresa com relação às áreas de riscos de acidentes e a segurança nos canteiros de obras.
2.1.1. Contatos com a empresa
A fase preliminar aos trabalhos iniciou-se com a realização de contatos com a empresa na qual os
estudos foram desenvolvidos. Chamou-se a empresa de Construtora ABC.
Durante os contatos preliminares, percebeu-se que a Construtora ABC estava preocupada com os
aspectos de segurança e desde 1996 vinha investindo nesta área com o objetivo de reduzir os acidentes
de trabalho. Implantaram-se os programas de segurança conforme as normas não só por uma exigência
legal, mas também visando melhorias nas condições de trabalho dos operários.
Apesar das exigências, ainda é bastante o número de empresas com esta consciência, esse número é
pequeno se comparado com o número de empresas do setor.
2.1.2. Estudo de caso definindo as atividades preventivas
Esta etapa da avaliação da empresa compreende uma verificação do seu comprometimento com a
segurança do trabalho.
Primeiramente foram identificadas as pessoas envolvidas nesta área, através do dimensionamento do
SESMT e da CIPA, verificando o cumprimento das exigências da norma quanto ao número de
profissionais necessários na empresa.
Neta fase é importante considerar que a grande maioria das empresas não possui profissionais com
habilidades para tratar do setor de segurança, muitas vezes essa atividade é delegada ao engenheiro
responsável pela obra ou por um mestre de obra já antigo da empresas.
Posteriormente, obteve-se uma estatística da ocorrência de acidentes de trabalho no período desejado a
fim de avaliar as suas causas mais frequentes.
A maioria das empresas não torna disponíveis estes dados, em função de que estariam tornando
público o seu descaso com os programas de segurança. Porém é importante esta informação, até como
forma de avaliar quais itens deveriam demandar maiores controles e quais áreas apresentam maiores
riscos para os funcionários.
Identificou-se então todas as atividades desenvolvidas na empresa com a finalidade de prevenir a
ocorrência de acidentes de trabalho.
DIAGNÓSTICO DA EMPRESA
Estudo de caso definindo
atividades preventivas
Check-list para
verificação da NR-18
Estudo das áreas de risco de
acidentes de trabalho nos canteiros
de obra
• Dimensionamento de
SESMT e CIPA;
• Estatística sobre AT;
• Atividades realizadas
para prevenção.
• Obter mapas de risco;
• Elaborar os croquís;
• Identificar os serviços
realizados;
• Aplicar entrevistas;
• Fotografar situações de
risco e preventivas.
2.2. Dimensionamento do SESMT e da CIPA da empresa
A Tabela 01 apresenta a composição do SESMT e da CIPA na Construtora ABC.
Tabela 01 - Dimensionamento do SESMT e da CIPA da empresa
Representantes CIPA SESMT
Exigido Real Exigido Real
Engenheiros de Segurança - - 4 1**
Médicos do trabalho - - 4 1
Técnicos de Segurança - - 3 1
Representantes dos empregados 8* 8* - -
Representantes dos empregadores 8* 8* - -
Secretários 2* 2* - -
* Metade do número de representantes são efetivos e outra metade suplentes.
** Se dedica a outra atividade.
Os integrantes da CIPA se reúnem mensalmente. Durante as reuniões discute-se os acidentes ocorridos
no mês, suas causas, possíveis maneiras de evitar que ocorram novamente, ou seja, um trabalho de
conscientização com os operários.
Este trabalho serve como subsídio na elaboração de programas para o controle de acidentes. De posse
destas informações um controle mais efetivo pode ser feito visando à redução do número de acidentes.
2.3. Estatística sobre os acidentes ocorridos na empresa:
A Construtora ABC iniciou o processo de implantação da NR-18 em 1996, portanto fez-se uma análise
da ocorrência dos acidentes de trabalho a partir deste ano até o mês de outubro de 1999 para verificar
sua evolução na empresa.
Os documentos utilizados para fazer esta análise foram as Comunicações de Acidentes de Trabalho
(CATs) e as Fichas de Investigação de Acidentes de Trabalho (FIATs) fornecidos pela empresa.
Percebe-se através da Figura 02 que o número de ocorrências de acidentes de trabalho na Construtora
ABC, a partir do ano de 1996 reduziu de 92 (noventa e dois) para 15 (quinze) no ano. Este fato se
deve a implantação das exigências feitas pelas normas de segurança e realização intensa de atividades
relacionadas à prevenção de acidentes, entre elas treinamento e conscientização dos funcionários.
Número de acidentes ocorridos por ano
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1996 1997 1998 1999
Ano
Númerodeacidentes
Figura 02 - Número de acidentes ocorridos na Construtora ABC nos últimos quatro anos
Estas atividades referem-se principalmente a questões de treinamento e conscientização dos
funcionários da importância da segurança e saúde no ambiente de trabalho.
Vale salientar que na empresa pesquisada, o número de funcionários pertencentes ao setor de produção
de obras existentes em 1996, no início dos programas de prevenção de acidentes, era em torno de 132,
contando com operários, mestres, encarregados e engenheiros. Em 1999 este número estava em torno
de 345 contando com todas as obras da empresa, pois a mesma tinha obras em outras cidades do país.
Observa-se, portanto uma diminuição considerável do número de acidentes com a implantação das
melhorias e programas de controle da segurança.
As CATs e as FIATs também foram analisadas a fim de investigar as principais causas de acidentes
nos últimos anos e a existência de uma relação entre a causa do acidente e a organização do canteiro
de obra ou com o não cumprimento da NR-18.
Ao analisar as CATs identificou-se uma grande variedade de causas de acidentes de trabalho. Assim
houve a necessidade de formar grandes grupos de causas, ficando elas agrupadas conforme Quadro 01
abaixo.
Por exemplo, se um trabalhador furou o pé com prego proveniente de entulho depositado em local
incorreto, denominou-se esta causa de Falta de Limpeza e Organização do Canteiro, pois se o entulho
estivesse no local apropriado ou se os pregos fossem retirados da madeira, o acidente poderia ter sido
evitado.
Quadro 01 - Grandes grupos de causas dos acidentes de trabalho
1) FALTA DE ATENÇÃO E DE CUIDADO
♦ Exposição ao risco (sabendo dos cuidados a serem tomados);
♦ Golpe com marreta ou martelo na mão;
♦ Pressa (ao descer de escadas, deixar de usar escadas para transpor níveis);
♦ Excesso de confiança;
♦ Puxar fios de equipamentos sem saber se estão desligados (por exemplo: furadeiras).
2) IRREGULARIDADES NO PISO
♦ Buracos em laje (de prumadas);
♦ Solo/piso escorregadio (acúmulo de água);
♦ Piso irregular na região de transporte e movimentação;
♦ Base de andaimes, escadas, cavaletes muito irregulares.
3) INADEQUAÇÕES EM ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS
♦ Rampa sem proteção para firmar os pés (peças transversais);
♦ Más condições do material (madeira);
♦ Rampas com declive acentuado.
4) EXECUÇÃO INADEQUADA DO SERVIÇO
♦ Excesso de peso e esforço;
♦ Posição inadequada para elevar materiais, ferramentas, entre outros;
♦ Desequilíbrio ao executar alguma atividade;
♦ Reparos em máquinas de corte ou outros equipamentos ligados;
♦ Não dar pausa periódica ao executar movimentos repetitivos.
5) TRAJETO
♦ Acidentes de trânsito (a pé, com bicicleta ou moto).
6) INADEQUAÇÕES NO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
♦ Serra circular sem as devidas proteções;
♦ Andaimes defeituosos, sem espessura mínima, sem proteção lateral;
♦ Não usar tábuas para circular sobre telhados;
♦ Falta de proteção contra queda (duto de ventilação);
♦ Falhas no bandejão (madeira podre, danificada);
♦ Madeira de má qualidade nas proteções em geral.
7) FALTA DE ESCORAMENTO ADEQUADO
♦ Em demolições de muros, paredes que necessitam de escoras.
8) FALHAS EM EQUIPAMENTOS OU FERRAMENTAS DE TRABALHO
♦ Roldanas com defeito;
♦ Caçambas sem trava;
♦ Carrinho de mão inadequado (braço curto);
♦ Falta de vistoria periódica nos equipamentos (cabos).
9) FALHAS NO TRANSPORTE E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
♦ Posto do operador do elevador sem proteção;
♦ Deslize de material ao descarregá-lo;
♦ Armazenagem incorreta de materiais;
♦ Excesso de carga em carrinhos ou outro meio de transportar materiais (latas);
10) FALHAS NO TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS OU FERRAMENTAS
♦ Transporte de forma inadequada (usando a cabeça como apoio);
♦ Transporte de andaime sem desmontar;
♦ Transporte de cavalete pela escada sem usar o elevador de materiais.
11) FALTA DE PREPARO DO OPERÁRIO
♦ Execução de outra atividade sem treinamento (servente no lugar do guincheiro);
♦ Falta de informação sobre os riscos;
♦ Falta de treinamentos.
12) FALHAS NA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO
♦ Madeiras com pregos;
♦ Acúmulo de materiais da desforma em lugares impróprios;
♦ Obstáculos (mangueiras, madeiras) na região de transporte e movimentação;
♦ Vidros quebrados e cacos abandonados em locais impróprios.
13) INADEQUAÇÕES NO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
♦ Não usar o equipamento (luva, óculos, proteção respiratória, capacete, entre outros);
♦ Uso incorreto do EPI;
♦ Falta de instrução de uso dos mesmos.
As causas dos acidentes foram representadas na Figura 03 para ilustrar quais as que mais se
manifestaram nos últimos quatro anos. Apesar do número maior de funcionários houve uma grande
redução no número de acidentes.
A porcentagem de 19% representada engloba outras causas de acidentes: irregularidades no piso,
inadequações em escadas rampas e passarelas, inadequações no uso de EPCs, falta de escoramento
adequado, falhas em equipamentos ou ferramentas de trabalho, falhas no transporte e armazenagem de
materiais, falhas no transporte de equipamentos ou ferramentas e falta de preparo.
Pode-se observar que muitas destas causas poderiam ser evitada somente fazendo um planejamento da
obra com cuidado e tentando interagir o setor de segurança com o setor de planejamento.
A empresa pesquisada buscava melhorar estas condições com programas direcionados ao operário e
também com treinamentos efetivos na área de segurança, porém é importante ressaltar, que muitas
vezes o insucesso destes programas está relacionado com o pouco envolvimento por parte dos
operários em atividades de segurança, considerado por muitos como um item sem importância em seu
ambiente de trabalho.
Manifestações das causas dos acidentes
24%
16%
14%
19%
11%
16%
Inadequações no uso de EPI
Falta de atenção e de cuidado
Execução inadequada do serviço
Falhas na limpeza e organização do
canteiro
Trajeto
Outras causas
Figura 03 - Principais causas dos acidentes de trabalho ocorridos na Construtora ABC nos
últimos quatro anos
Pode-se observar pela Figura 03 que entre outras causas encontra-se as falhas na limpeza e
organização do canteiro de obras como uma das principais causas dos acidentes de trabalho na
Construtora ABC, observando-se que se faz necessário dar atenção ao canteiro de obras visando à
redução de acidentes de trabalho.
Percebe-se que canteiro limpo tende a ser seguro, além do que gera um impacto bastante negativo
sobre os clientes e funcionários uma obra suja. É importante ressaltar ainda que é mais difícil
identificar os atos e condições inseguras em um canteiro desorganizado, gerando maiores riscos a
acidentes.
Da mesma forma o cumprimento das normas deve ser observado uma vez que, entre as causas dos
acidentes a mais incidente é a inadequações no uso de EPIs, o que reflete que na maioria das vezes os
operários não tem um conhecimento à respeito da forma adequada de uso dos equipamentos e nem de
suas funções.
A falta de uso dos EPI’s muitas vezes é causada pelo próprio operário que não se preocupa com
segurança e acha que o equipamento muitas vezes diminui a sua produtividade ou atrapalha a
execução dos serviços. Cabe ao empregador de acordo com a Lei, fornecer o EPI em perfeito estado ao
operário e tornar obrigatório o seu uso.
Através da Figura 04, percebe-se que houve uma redução das manifestações das causas dos acidentes
com a adoção intensa de medidas preventivas a partir do ano de 1996.
A implantação da NR-18, não só como procedimento legal foi encarado como um benefício para a
empresa, e os trabalhadores também se conscientizaram da importância da sua contribuição na
prevenção de acidentes.
Estas medidas servem para garantir aos operários uma certa satisfação em relação ao ambiente de
trabalho, certo de que a empresa se preocupa com o seu bem estar e garante meios para a prevenção de
acidentes, estes trabalham com mais segurança e tendem a aumentar os seus níveis de produtividade.
Principais causas dos acidentes em cada ano
0
5
10
15
20
25
1996 1997 1998 1999
Ano
Númerodeacidentes
Inadequações no uso de
EPI
Falta de atenção e de
cuidado
Execução inadequada do
serviço
Falhas na limpeza e
organização do canteiro
Trajeto
Inadequações no uso de
EPC
Figura 04 - Manifestação das principais causas dos acidentes por ano
Identificou-se que o maior número de acidentes nos anos de 1996, 1998 e até outubro de 1999 foi
causado pelo não uso do equipamento de proteção individual adequado a atividade realizada. Em 1997
os maiores responsáveis pelos acidentes foram à presença de madeira com pregos espalhados pelo
canteiro e o excesso de esforço ou de peso.
Vale salientar que talvez um maior número de obras e os serviços realizados em determinado período,
podem influenciar no número de ocorrência de acidentes de trabalho.
Um planejamento mais adequado das atividades também se faz necessário ser desenvolvido dentro de
um programa de prevenção de acidentes.
2.4. Atividades desenvolvidas para prevenção de acidentes de trabalho
Obtiveram-se informações que a Construtora ABC realiza os seguintes treinamentos com os operários:
1. Prevenção de acidentes de trabalho (PAT) admissional, englobando noções gerais a respeito da
prevenção;
2. Prevenção de acidentes de trajeto;
3. Cuidados com trabalho em altura e uso obrigatório de cinto de segurança;
4. Prevenção de doenças causadas por ruídos e problemas respiratórios;
Os treinamentos são realizados periodicamente conforme a necessidade observada através do aumento
do índice de acidentes e conforme os riscos de atividades que estão sendo executadas em maior
número.
A participação dos operários é obrigatória visto que os treinamentos e palestras são realizados em
horário de expediente, servindo até como um incentivo à participação de todos.
Desenvolve-se anualmente a SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho onde se
aborda a prevenção de acidentes, o alcoolismo, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis,
integração através de atividades como gincanas, esporte, festival de música entre outros.
Estes treinamentos têm como objetivo principal à conscientização dos operários com a finalidade de
fazer com que eles vejam a importância também das questões de segurança.
Outra atividade desenvolvida na Construtora ABC é a campanha do “Canteiro Nota 10”, a qual tem o
objetivo de estimular a organização e a segurança da obra.
È feito uma inspeção nas obras verificando-se alguns requisitos pré-estabelecidos atribuindo-se uma
nota para o canteiro e aquele que obtiver maior nota é classificado como “Canteiro Nota 10”. A obra
vencedora é premiada, e para as demais fica a expectativa e os trabalhos para que na próxima
campanha se consiga cumprir todos as exigências, para isso a colaboração por parte de todos é
imprescindível. Os resultados desta campanha são extremamente positivos em relação à organização e
segurança no canteiro de obra.
Este resultado é positivo em função principalmente deste fator ser bastante considerado na avaliação
das causas de acidentes nesta empresa, ou seja, a maioria dos acidentes muitas vezes poderia ter sido
evitado com uma melhoria na organização do canteiro.
Outro ponto importante é a valorização do profissional que mais se esforça para manter o seu local de
trabalho organizado e limpo.
2.5. Estudo das áreas de risco de acidentes de trabalho nos canteiros de obra:
Nesta etapa do diagnóstico da empresa realizaram-se visitas nos canteiros de obra com os seguintes
objetivos:
1. Obter os mapas de riscos das obras analisadas e verificar a conformidade dos canteiros com os
mesmos.
2. Verificar se a empresa planeja os seus canteiros e elabora um projeto das suas instalações fazendo
as devidas alterações no decorrer da obra. Se os canteiros de obra não possuem os projetos,
elabora-se os croquís para serem comparados com os mapas de riscos.
3. Identificar os serviços executados no momento a fim de analisar os riscos aos quais os
trabalhadores se submetem e que são inerentes àquela atividade;
4. Entrevistar informalmente os operários, mestres e engenheiros a fim de identificar o
comprometimento por parte dos funcionários e da Construtora ABC, no que diz respeito a
prevenção de acidentes e também para obter maiores informações sobre o canteiro de obras.
5. Fotografar situações de exposição dos trabalhadores aos riscos de acidentes, bem como soluções
utilizadas pela empresa para prevenção de acidentes.
6. Obter dados para que se possa propor recomendações quanto a situações de risco encontradas
freqüentemente nas obras.
2.6. Elaboração do check-list para verificação da NR-18
Os check-lists elaborados para este trabalho, fornecem uma avaliação da empresa com relação a
adequação do canteiro de obras quanto ao cumprimento das condições mínimas do meio ambiente de
trabalho segundo a NR-18.
A elaboração do check-list consistiu em três etapas:
1. Verificação da existência de outros check-lists já desenvolvidos, para se obter uma ferramenta de
fácil aplicação. Como base para este trabalho utilizou-se os check-lists desenvolvidos por SOUSA
(1997) e SAURIN (1998), que forneceram a estrutura da ferramenta da forma como ela está
apresentada.
2. Estudo da NR-18, para identificar os itens que constariam no check-list, devendo eles estar
relacionados com a prevenção de áreas de risco ou com as formas de realizar alguma atividade
evitando os riscos de acidentes.
3. Construção do check-list, apresentando-o em forma de tabela com a finalidade de facilitar o seu
entendimento e sua aplicação no canteiro de obras, de acordo com a atividade a ser verificada.
Ao avaliar um item que compõe um check-list, deve-se assinalar nas colunas laterais: sim, para o
cumprimento do requisito; não, para a não conformidade com o solicitado; e, N.A. (não se aplica) para
o caso de não se obedecer a exigência em função do número de empregados, de pavimentos ou do tipo
de serviço realizado incompatíveis com aquela recomendação.
Há a necessidade de acompanhamento das mudanças ocorridas em conseqüência dos processos de
revisão da norma, e neste caso deve-se fazer alteração na ferramenta mantendo-a atualizada.
Qualquer alteração desenvolvida dentro do canteiro ou na forma de organização do trabalho, é
interessante que seja feita a respectiva mudança no check-list correspondente.
O trabalho final é composto por 24 check-lists elaborados por atividades realizada nos canteiros de
obras. Estes se encontram disponíveis com os autores.
3. RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA:
A metodologia desenvolvida para diagnóstico da empresa em relação à segurança do trabalho
apresentou excelentes resultados em sua aplicação. Porém o mais relevante é que, mesmo ainda de
forma tímida, as empresas têm se preocupado em buscar formas para minimizar os acidentes dentro de
seus canteiros, e principalmente têm surgido uma preocupação bem maior com o cumprimento das
normas e melhoria das condições de trabalho para os operários.
Esta metodologia oferece ferramentas auxiliares para complementação dos estudos na empresa que
podem ser utilizadas para comprovar e melhor ilustrar a realidade em que as empresas desenvolvem
suas atividades. È uma forma das empresas terem um raio X de seu desempenho no que diz as
questões de segurança.
Através do diagnóstico apresentam-se mudanças ou adequações que devem ser feitas nos canteiros de
obras para reduzir riscos de acidentes e cumprir as exigências da NR-18 de acordo com os serviços
executados.
Uma vez aplicada à metodologia deve-se portanto realizar as modificações necessárias para melhorar a
segurança nos canteiros e também o desempenho dos operários.
As informações a seguir também foram fornecidas com a utilização da metodologia:
• Avaliação dos projetos de canteiros de obras: através das visitas realizadas nos
canteiros pode-se observar os projetos bem como avaliar os procedimentos de implantação dos
canteiros e a importância dada à segurança neste momento.
• Identificação dos riscos inerentes as atividades realizadas: observou-se as atividades
realizadas no momento e pode-se enumerar alguns riscos que são inerentes ao próprio processo e
que podem ser minimizados com itens de segurança.
• Verificação das áreas de riscos de acidentes: observou-se as situações de riscos
encontradas nas obras, bem como foram propostas melhorias para as ocasiões que apresentam
alguma alternativa. Percebeu-se que a quantidade de riscos pode variar de acordo com alguns
fatores, tais como: ritmo da obra, atividades realizadas, comprometimento dos responsáveis e
trabalhadores.
• Recomendações adicionais a respeito da segurança nos canteiros de obras: com base
nos dados levantados, propôs-se então sugestões fundamentadas em situações que favorecem a
ocorrência de áreas de riscos, encontradas nos canteiros da empresa. Estas sugestões podem ser
válidas para o uso nos próximos layouts desenvolvidos para as obras.
4. CONCLUSÕES
Através deste trabalho pode-se verificar que os canteiros de obra da forma como estão dispostos
oferecem muitos riscos de acidentes de trabalho. Observou-se também que os trabalhadores se
submetem a situações de risco que poderiam ser evitadas com um melhor planejamento das atividades
por parte das empresas.
Deve haver o cumprimento das normas de segurança, melhor organização do canteiro, e o constante
planejamento do layout do início ao fim da obra para que haja redução da exposição dos trabalhadores
aos riscos de acidentes.
Embora haja situações de riscos nos canteiros de obras como verificadas, a empresa adota medidas
preventivas visando reduzir o número de acidentes de trabalho, tais como: campanhas de prevenção,
treinamentos periódicos, palestras, SIPATs, disponibilidade de EPIs e EPCs, entre outras. Verifica-se
que é importante dar atenção aos canteiros de obras quanto ao seu planejamento, prevendo futuras
situações de risco ao efetuar alguma modificação.
A metodologia desenvolvida para diagnóstico de uma empresa em relação à segurança do trabalho e
presença de áreas de riscos de acidentes nos canteiros de obras apresentou excelentes resultados na sua
aplicação.
Esta oferece ferramentas auxiliares para complementação dos estudos na empresa que podem ser
utilizadas para comprovar e melhor ilustrar as situações observadas, são elas: registros fotográficos,
mapas de riscos, croquís e entrevistas.
Através do diagnóstico apresenta-se mudanças ou adequações que devem ser feitas nos canteiros de
obras para reduzir as áreas de riscos de acidentes e cumprir as exigências da NR-18 de acordo com os
serviços executados. Uma vez aplicada a metodologia, deve-se então realizar as modificações
necessárias para melhorar a segurança dos canteiros de obras.
Esta metodologia surge como uma iniciativa de auxiliar as empresas no desenvolvimento de seus
programas de controle de acidentes de trabalho.
É importante ressaltar que um trabalho conjunto entre empresários, órgãos fiscalizadores e operários
seria importante para uma melhoria constante das condições de trabalho nos canteiros assim como
uma redução do número de acidentes na construção, que ainda em muitas cidades amarga o título de
campeã de acidentes de trabalho.
5. BIBLIOGRAFIA:
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SAMPAIO, J.C. (1998) PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Construção Civil. São Paulo: Pini, 1998.
SAURIN, T.A.; LANTELME, E.; FORMOSO, C.T. (2000) Contribuições para a revisão da NR-18:
Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil (Relatório de pesquisa).
Porto Alegre:Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, UFRGS. 140p.
SOUSA, U. F. de. (1997) Proposta de Sistema de Planejamento e Controle da Fiscalização de
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Avaliação de lay out de canteiros para identificação

  • 1. AVALIAÇÃO DE LAY-OUT DE CANTEIROS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCOS DE ACIDENTES – ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA Ana Maria de Sousa Santana de Oliveira (1); Dúnia Mara Baú (2) (1) Professora da UNIOESTE, e-mail: ricrocha@certto.com.br (2) Engenheira Civil, e- mail: duniabau@hotmail.com RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico de uma empresa construtora em relação à itens de segurança e adequação a NR-18 em seus canteiros de obras. Este trabalho tem o intuito de analisar as condições favoráveis para a manutenção de itens de segurança e apresentar a metodologia desenvolvida para análise de empresas de construção. Esta metodologia está dividida em 3 fases: A primeira fase é um estudo definindo as atividades preventivas utilizadas pela empresa, incluindo o dimensionamento de SESMT e CIPA, as estatísticas de acidentes de trabalho e as medidas adotadas pela empresa para a prevenção de acidentes; A segunda fase é um estudo das áreas de riscos de acidentes de trabalho nos canteiros de obras da empresa, utilizando para isso os mapas de riscos dos canteiros de abras; A terceira fase é apresentação de um Check-list para verificação da utilização da NR-18 pelas empresas. Neste trabalho serão apresentadas as metodologias utilizadas, assim como as diversas atividades preventivas utilizadas pela empresa para melhorar os níveis de segurança em seus canteiros. ABSTRACT This work has the objective to evaluate vertical building sites of a builder in Cascavel - PR with the goal to identify the risks areas of work accidents. This one was developed at the time that the buildings were at the finishing time. It showed a check-list based on safety standard (NR-18) to be used with the goal to verify the obedience of the buildings with the safety laws. It was observed through visit done at the sites, the risks situations on it that can facilitate the work accidents. Studying this situations, it was suggested advisements that will help at the accidents prevention. The check-list and the advisements are tools that can be used by the company which the work was developed such as by the other ones that are interested to reduce the areas of work accidents in their building sites. 1. INTRODUÇÃO Um dos fatores mais agravantes das condições inseguras encontradas nos canteiros de obras é o não cumprimento das Normas Regulamentadoras, referentes à Segurança e Medicina do Trabalho, pelas empresas de construção de edifícios da cidade de Cascavel. O sub-setor da construção de edifícios de Cascavel é composto por empresas de diferentes portes, com predominância por empresas de pequeno e médio porte. A maioria dessas empresas não possui um planejamento organizacional, ou seja, não há uma preocupação em planejar para construir. O canteiro de obras é instalado, na maioria das vezes, sem o mínimo planejamento, com instalações precárias e mal dimensionadas.
  • 2. Diante da diversidade de riscos presentes nos canteiros de obras e das precárias condições de trabalho a que estão submetidos os operários da construção, verifica-se a real importância em adaptar nossas obras às exigências da NR-18. Essa desorganização do canteiro gera grande desperdício de materiais e horas trabalhadas, elevados índice de acidentes de trabalho e, consequentemente, atraso nos cronogramas de obras. Apesar da segurança de trabalho ser indispensável para o êxito de qualquer indústria, as empresas de construção civil não se conscientizaram do seu real valor, relegando a um segundo plano a integridade física do trabalhador, se limitando apenas ao cumprimento das exigências da Delegacia Regional do Trabalho – DRT, ainda de forma pontual. No contexto atual do mercado brasileiro, em que se direciona a atenção para melhoria da qualidade e aumento da produtividade, é imprescindível que a indústria da construção se enquadre a ele. A ocorrência de acidentes dentro de uma empresa faz com que sua produtividade reduza e aumente os seus custos. Isto justifica o fato de algumas empresas estudarema ocorrência e as causas dos acidentes de trabalho, na tentativa de minimizá-los. Os acidentes geralmente ocorrem por causa da má integração entre o homem, a tarefa e o seu ambiente de trabalho. Uma boa adequação do canteiro de obra, o seguimento das normas de segurança e o planejamento das instalações onde serão desenvolvidos os trabalhos e sua organização, além de agilizar os serviços devem ter como objetivo evitar riscos para os trabalhadores. Com o mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão trabalhando para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos seus produtos. Assim é de interesse das construtoras a implantação de programas de segurança na empresa. Sabendo-se que as características das atividades exercidas na construção civil proporcionam aos trabalhadores inúmeras situações de riscos, e que o ambiente de trabalho, ou seja, os canteiros, fazem parte deste contexto, esse trabalho surge como uma iniciativa de orientar as pessoas no sentido de facilitar o reconhecimento das principais necessidades de intervenção nas empresas para um melhor gerenciamento de seus canteiros no sentido de utilização das normas de segurança. È apresentado então um estudo de caso em uma construtora da cidade de Cascavel, fazendo um levantamento das atividades de prevenção de acidentes de trabalho desenvolvidos na empresa e também analisando os seus canteiros de obras verificando a existência de áreas de riscos de acidentes no local. 2. METODOLOGIA UTILIZADA 2.1. Representação Gráfica da Metodologia Elaborada Para auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos elaborou-se uma metodologia para facilitar o diagnóstico da empresa em relação à segurança nas obras e identificação de áreas de riscos de acidentes de trabalho. A Figura 01 apresenta o esquema da metodologia utilizada. O diagnóstico da empresa foi feito com o objetivo de analisar o comportamento da mesma em relação aos riscos de acidentes de trabalho em seus canteiros de obras. Foram analisados 08 canteiros de obras e identificadas as principais atividades desenvolvidas pela empresa para melhorar as condições de trabalho em seus canteiros e ainda identificar os principais fatores de riscos existentes.
  • 3. Figura 01 - Representação gráfica da metodologia desenvolvida A seguir serão apresentadas as várias etapas propostas na metodologia para obtenção do diagnóstico da empresa com relação às áreas de riscos de acidentes e a segurança nos canteiros de obras. 2.1.1. Contatos com a empresa A fase preliminar aos trabalhos iniciou-se com a realização de contatos com a empresa na qual os estudos foram desenvolvidos. Chamou-se a empresa de Construtora ABC. Durante os contatos preliminares, percebeu-se que a Construtora ABC estava preocupada com os aspectos de segurança e desde 1996 vinha investindo nesta área com o objetivo de reduzir os acidentes de trabalho. Implantaram-se os programas de segurança conforme as normas não só por uma exigência legal, mas também visando melhorias nas condições de trabalho dos operários. Apesar das exigências, ainda é bastante o número de empresas com esta consciência, esse número é pequeno se comparado com o número de empresas do setor. 2.1.2. Estudo de caso definindo as atividades preventivas Esta etapa da avaliação da empresa compreende uma verificação do seu comprometimento com a segurança do trabalho. Primeiramente foram identificadas as pessoas envolvidas nesta área, através do dimensionamento do SESMT e da CIPA, verificando o cumprimento das exigências da norma quanto ao número de profissionais necessários na empresa. Neta fase é importante considerar que a grande maioria das empresas não possui profissionais com habilidades para tratar do setor de segurança, muitas vezes essa atividade é delegada ao engenheiro responsável pela obra ou por um mestre de obra já antigo da empresas. Posteriormente, obteve-se uma estatística da ocorrência de acidentes de trabalho no período desejado a fim de avaliar as suas causas mais frequentes. A maioria das empresas não torna disponíveis estes dados, em função de que estariam tornando público o seu descaso com os programas de segurança. Porém é importante esta informação, até como forma de avaliar quais itens deveriam demandar maiores controles e quais áreas apresentam maiores riscos para os funcionários. Identificou-se então todas as atividades desenvolvidas na empresa com a finalidade de prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho. DIAGNÓSTICO DA EMPRESA Estudo de caso definindo atividades preventivas Check-list para verificação da NR-18 Estudo das áreas de risco de acidentes de trabalho nos canteiros de obra • Dimensionamento de SESMT e CIPA; • Estatística sobre AT; • Atividades realizadas para prevenção. • Obter mapas de risco; • Elaborar os croquís; • Identificar os serviços realizados; • Aplicar entrevistas; • Fotografar situações de risco e preventivas.
  • 4. 2.2. Dimensionamento do SESMT e da CIPA da empresa A Tabela 01 apresenta a composição do SESMT e da CIPA na Construtora ABC. Tabela 01 - Dimensionamento do SESMT e da CIPA da empresa Representantes CIPA SESMT Exigido Real Exigido Real Engenheiros de Segurança - - 4 1** Médicos do trabalho - - 4 1 Técnicos de Segurança - - 3 1 Representantes dos empregados 8* 8* - - Representantes dos empregadores 8* 8* - - Secretários 2* 2* - - * Metade do número de representantes são efetivos e outra metade suplentes. ** Se dedica a outra atividade. Os integrantes da CIPA se reúnem mensalmente. Durante as reuniões discute-se os acidentes ocorridos no mês, suas causas, possíveis maneiras de evitar que ocorram novamente, ou seja, um trabalho de conscientização com os operários. Este trabalho serve como subsídio na elaboração de programas para o controle de acidentes. De posse destas informações um controle mais efetivo pode ser feito visando à redução do número de acidentes. 2.3. Estatística sobre os acidentes ocorridos na empresa: A Construtora ABC iniciou o processo de implantação da NR-18 em 1996, portanto fez-se uma análise da ocorrência dos acidentes de trabalho a partir deste ano até o mês de outubro de 1999 para verificar sua evolução na empresa. Os documentos utilizados para fazer esta análise foram as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) e as Fichas de Investigação de Acidentes de Trabalho (FIATs) fornecidos pela empresa. Percebe-se através da Figura 02 que o número de ocorrências de acidentes de trabalho na Construtora ABC, a partir do ano de 1996 reduziu de 92 (noventa e dois) para 15 (quinze) no ano. Este fato se deve a implantação das exigências feitas pelas normas de segurança e realização intensa de atividades relacionadas à prevenção de acidentes, entre elas treinamento e conscientização dos funcionários. Número de acidentes ocorridos por ano 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1996 1997 1998 1999 Ano Númerodeacidentes Figura 02 - Número de acidentes ocorridos na Construtora ABC nos últimos quatro anos Estas atividades referem-se principalmente a questões de treinamento e conscientização dos funcionários da importância da segurança e saúde no ambiente de trabalho.
  • 5. Vale salientar que na empresa pesquisada, o número de funcionários pertencentes ao setor de produção de obras existentes em 1996, no início dos programas de prevenção de acidentes, era em torno de 132, contando com operários, mestres, encarregados e engenheiros. Em 1999 este número estava em torno de 345 contando com todas as obras da empresa, pois a mesma tinha obras em outras cidades do país. Observa-se, portanto uma diminuição considerável do número de acidentes com a implantação das melhorias e programas de controle da segurança. As CATs e as FIATs também foram analisadas a fim de investigar as principais causas de acidentes nos últimos anos e a existência de uma relação entre a causa do acidente e a organização do canteiro de obra ou com o não cumprimento da NR-18. Ao analisar as CATs identificou-se uma grande variedade de causas de acidentes de trabalho. Assim houve a necessidade de formar grandes grupos de causas, ficando elas agrupadas conforme Quadro 01 abaixo. Por exemplo, se um trabalhador furou o pé com prego proveniente de entulho depositado em local incorreto, denominou-se esta causa de Falta de Limpeza e Organização do Canteiro, pois se o entulho estivesse no local apropriado ou se os pregos fossem retirados da madeira, o acidente poderia ter sido evitado. Quadro 01 - Grandes grupos de causas dos acidentes de trabalho 1) FALTA DE ATENÇÃO E DE CUIDADO ♦ Exposição ao risco (sabendo dos cuidados a serem tomados); ♦ Golpe com marreta ou martelo na mão; ♦ Pressa (ao descer de escadas, deixar de usar escadas para transpor níveis); ♦ Excesso de confiança; ♦ Puxar fios de equipamentos sem saber se estão desligados (por exemplo: furadeiras). 2) IRREGULARIDADES NO PISO ♦ Buracos em laje (de prumadas); ♦ Solo/piso escorregadio (acúmulo de água); ♦ Piso irregular na região de transporte e movimentação; ♦ Base de andaimes, escadas, cavaletes muito irregulares. 3) INADEQUAÇÕES EM ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS ♦ Rampa sem proteção para firmar os pés (peças transversais); ♦ Más condições do material (madeira); ♦ Rampas com declive acentuado. 4) EXECUÇÃO INADEQUADA DO SERVIÇO ♦ Excesso de peso e esforço; ♦ Posição inadequada para elevar materiais, ferramentas, entre outros; ♦ Desequilíbrio ao executar alguma atividade; ♦ Reparos em máquinas de corte ou outros equipamentos ligados; ♦ Não dar pausa periódica ao executar movimentos repetitivos. 5) TRAJETO ♦ Acidentes de trânsito (a pé, com bicicleta ou moto). 6) INADEQUAÇÕES NO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ♦ Serra circular sem as devidas proteções; ♦ Andaimes defeituosos, sem espessura mínima, sem proteção lateral; ♦ Não usar tábuas para circular sobre telhados; ♦ Falta de proteção contra queda (duto de ventilação); ♦ Falhas no bandejão (madeira podre, danificada); ♦ Madeira de má qualidade nas proteções em geral. 7) FALTA DE ESCORAMENTO ADEQUADO ♦ Em demolições de muros, paredes que necessitam de escoras. 8) FALHAS EM EQUIPAMENTOS OU FERRAMENTAS DE TRABALHO ♦ Roldanas com defeito; ♦ Caçambas sem trava;
  • 6. ♦ Carrinho de mão inadequado (braço curto); ♦ Falta de vistoria periódica nos equipamentos (cabos). 9) FALHAS NO TRANSPORTE E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS ♦ Posto do operador do elevador sem proteção; ♦ Deslize de material ao descarregá-lo; ♦ Armazenagem incorreta de materiais; ♦ Excesso de carga em carrinhos ou outro meio de transportar materiais (latas); 10) FALHAS NO TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS OU FERRAMENTAS ♦ Transporte de forma inadequada (usando a cabeça como apoio); ♦ Transporte de andaime sem desmontar; ♦ Transporte de cavalete pela escada sem usar o elevador de materiais. 11) FALTA DE PREPARO DO OPERÁRIO ♦ Execução de outra atividade sem treinamento (servente no lugar do guincheiro); ♦ Falta de informação sobre os riscos; ♦ Falta de treinamentos. 12) FALHAS NA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO ♦ Madeiras com pregos; ♦ Acúmulo de materiais da desforma em lugares impróprios; ♦ Obstáculos (mangueiras, madeiras) na região de transporte e movimentação; ♦ Vidros quebrados e cacos abandonados em locais impróprios. 13) INADEQUAÇÕES NO USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ♦ Não usar o equipamento (luva, óculos, proteção respiratória, capacete, entre outros); ♦ Uso incorreto do EPI; ♦ Falta de instrução de uso dos mesmos. As causas dos acidentes foram representadas na Figura 03 para ilustrar quais as que mais se manifestaram nos últimos quatro anos. Apesar do número maior de funcionários houve uma grande redução no número de acidentes. A porcentagem de 19% representada engloba outras causas de acidentes: irregularidades no piso, inadequações em escadas rampas e passarelas, inadequações no uso de EPCs, falta de escoramento adequado, falhas em equipamentos ou ferramentas de trabalho, falhas no transporte e armazenagem de materiais, falhas no transporte de equipamentos ou ferramentas e falta de preparo. Pode-se observar que muitas destas causas poderiam ser evitada somente fazendo um planejamento da obra com cuidado e tentando interagir o setor de segurança com o setor de planejamento. A empresa pesquisada buscava melhorar estas condições com programas direcionados ao operário e também com treinamentos efetivos na área de segurança, porém é importante ressaltar, que muitas vezes o insucesso destes programas está relacionado com o pouco envolvimento por parte dos operários em atividades de segurança, considerado por muitos como um item sem importância em seu ambiente de trabalho.
  • 7. Manifestações das causas dos acidentes 24% 16% 14% 19% 11% 16% Inadequações no uso de EPI Falta de atenção e de cuidado Execução inadequada do serviço Falhas na limpeza e organização do canteiro Trajeto Outras causas Figura 03 - Principais causas dos acidentes de trabalho ocorridos na Construtora ABC nos últimos quatro anos Pode-se observar pela Figura 03 que entre outras causas encontra-se as falhas na limpeza e organização do canteiro de obras como uma das principais causas dos acidentes de trabalho na Construtora ABC, observando-se que se faz necessário dar atenção ao canteiro de obras visando à redução de acidentes de trabalho. Percebe-se que canteiro limpo tende a ser seguro, além do que gera um impacto bastante negativo sobre os clientes e funcionários uma obra suja. É importante ressaltar ainda que é mais difícil identificar os atos e condições inseguras em um canteiro desorganizado, gerando maiores riscos a acidentes. Da mesma forma o cumprimento das normas deve ser observado uma vez que, entre as causas dos acidentes a mais incidente é a inadequações no uso de EPIs, o que reflete que na maioria das vezes os operários não tem um conhecimento à respeito da forma adequada de uso dos equipamentos e nem de suas funções. A falta de uso dos EPI’s muitas vezes é causada pelo próprio operário que não se preocupa com segurança e acha que o equipamento muitas vezes diminui a sua produtividade ou atrapalha a execução dos serviços. Cabe ao empregador de acordo com a Lei, fornecer o EPI em perfeito estado ao operário e tornar obrigatório o seu uso. Através da Figura 04, percebe-se que houve uma redução das manifestações das causas dos acidentes com a adoção intensa de medidas preventivas a partir do ano de 1996. A implantação da NR-18, não só como procedimento legal foi encarado como um benefício para a empresa, e os trabalhadores também se conscientizaram da importância da sua contribuição na prevenção de acidentes. Estas medidas servem para garantir aos operários uma certa satisfação em relação ao ambiente de trabalho, certo de que a empresa se preocupa com o seu bem estar e garante meios para a prevenção de acidentes, estes trabalham com mais segurança e tendem a aumentar os seus níveis de produtividade.
  • 8. Principais causas dos acidentes em cada ano 0 5 10 15 20 25 1996 1997 1998 1999 Ano Númerodeacidentes Inadequações no uso de EPI Falta de atenção e de cuidado Execução inadequada do serviço Falhas na limpeza e organização do canteiro Trajeto Inadequações no uso de EPC Figura 04 - Manifestação das principais causas dos acidentes por ano Identificou-se que o maior número de acidentes nos anos de 1996, 1998 e até outubro de 1999 foi causado pelo não uso do equipamento de proteção individual adequado a atividade realizada. Em 1997 os maiores responsáveis pelos acidentes foram à presença de madeira com pregos espalhados pelo canteiro e o excesso de esforço ou de peso. Vale salientar que talvez um maior número de obras e os serviços realizados em determinado período, podem influenciar no número de ocorrência de acidentes de trabalho. Um planejamento mais adequado das atividades também se faz necessário ser desenvolvido dentro de um programa de prevenção de acidentes. 2.4. Atividades desenvolvidas para prevenção de acidentes de trabalho Obtiveram-se informações que a Construtora ABC realiza os seguintes treinamentos com os operários: 1. Prevenção de acidentes de trabalho (PAT) admissional, englobando noções gerais a respeito da prevenção; 2. Prevenção de acidentes de trajeto; 3. Cuidados com trabalho em altura e uso obrigatório de cinto de segurança; 4. Prevenção de doenças causadas por ruídos e problemas respiratórios; Os treinamentos são realizados periodicamente conforme a necessidade observada através do aumento do índice de acidentes e conforme os riscos de atividades que estão sendo executadas em maior número. A participação dos operários é obrigatória visto que os treinamentos e palestras são realizados em horário de expediente, servindo até como um incentivo à participação de todos. Desenvolve-se anualmente a SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho onde se aborda a prevenção de acidentes, o alcoolismo, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, integração através de atividades como gincanas, esporte, festival de música entre outros. Estes treinamentos têm como objetivo principal à conscientização dos operários com a finalidade de fazer com que eles vejam a importância também das questões de segurança.
  • 9. Outra atividade desenvolvida na Construtora ABC é a campanha do “Canteiro Nota 10”, a qual tem o objetivo de estimular a organização e a segurança da obra. È feito uma inspeção nas obras verificando-se alguns requisitos pré-estabelecidos atribuindo-se uma nota para o canteiro e aquele que obtiver maior nota é classificado como “Canteiro Nota 10”. A obra vencedora é premiada, e para as demais fica a expectativa e os trabalhos para que na próxima campanha se consiga cumprir todos as exigências, para isso a colaboração por parte de todos é imprescindível. Os resultados desta campanha são extremamente positivos em relação à organização e segurança no canteiro de obra. Este resultado é positivo em função principalmente deste fator ser bastante considerado na avaliação das causas de acidentes nesta empresa, ou seja, a maioria dos acidentes muitas vezes poderia ter sido evitado com uma melhoria na organização do canteiro. Outro ponto importante é a valorização do profissional que mais se esforça para manter o seu local de trabalho organizado e limpo. 2.5. Estudo das áreas de risco de acidentes de trabalho nos canteiros de obra: Nesta etapa do diagnóstico da empresa realizaram-se visitas nos canteiros de obra com os seguintes objetivos: 1. Obter os mapas de riscos das obras analisadas e verificar a conformidade dos canteiros com os mesmos. 2. Verificar se a empresa planeja os seus canteiros e elabora um projeto das suas instalações fazendo as devidas alterações no decorrer da obra. Se os canteiros de obra não possuem os projetos, elabora-se os croquís para serem comparados com os mapas de riscos. 3. Identificar os serviços executados no momento a fim de analisar os riscos aos quais os trabalhadores se submetem e que são inerentes àquela atividade; 4. Entrevistar informalmente os operários, mestres e engenheiros a fim de identificar o comprometimento por parte dos funcionários e da Construtora ABC, no que diz respeito a prevenção de acidentes e também para obter maiores informações sobre o canteiro de obras. 5. Fotografar situações de exposição dos trabalhadores aos riscos de acidentes, bem como soluções utilizadas pela empresa para prevenção de acidentes. 6. Obter dados para que se possa propor recomendações quanto a situações de risco encontradas freqüentemente nas obras. 2.6. Elaboração do check-list para verificação da NR-18 Os check-lists elaborados para este trabalho, fornecem uma avaliação da empresa com relação a adequação do canteiro de obras quanto ao cumprimento das condições mínimas do meio ambiente de trabalho segundo a NR-18. A elaboração do check-list consistiu em três etapas: 1. Verificação da existência de outros check-lists já desenvolvidos, para se obter uma ferramenta de fácil aplicação. Como base para este trabalho utilizou-se os check-lists desenvolvidos por SOUSA (1997) e SAURIN (1998), que forneceram a estrutura da ferramenta da forma como ela está apresentada. 2. Estudo da NR-18, para identificar os itens que constariam no check-list, devendo eles estar relacionados com a prevenção de áreas de risco ou com as formas de realizar alguma atividade evitando os riscos de acidentes. 3. Construção do check-list, apresentando-o em forma de tabela com a finalidade de facilitar o seu entendimento e sua aplicação no canteiro de obras, de acordo com a atividade a ser verificada.
  • 10. Ao avaliar um item que compõe um check-list, deve-se assinalar nas colunas laterais: sim, para o cumprimento do requisito; não, para a não conformidade com o solicitado; e, N.A. (não se aplica) para o caso de não se obedecer a exigência em função do número de empregados, de pavimentos ou do tipo de serviço realizado incompatíveis com aquela recomendação. Há a necessidade de acompanhamento das mudanças ocorridas em conseqüência dos processos de revisão da norma, e neste caso deve-se fazer alteração na ferramenta mantendo-a atualizada. Qualquer alteração desenvolvida dentro do canteiro ou na forma de organização do trabalho, é interessante que seja feita a respectiva mudança no check-list correspondente. O trabalho final é composto por 24 check-lists elaborados por atividades realizada nos canteiros de obras. Estes se encontram disponíveis com os autores. 3. RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA: A metodologia desenvolvida para diagnóstico da empresa em relação à segurança do trabalho apresentou excelentes resultados em sua aplicação. Porém o mais relevante é que, mesmo ainda de forma tímida, as empresas têm se preocupado em buscar formas para minimizar os acidentes dentro de seus canteiros, e principalmente têm surgido uma preocupação bem maior com o cumprimento das normas e melhoria das condições de trabalho para os operários. Esta metodologia oferece ferramentas auxiliares para complementação dos estudos na empresa que podem ser utilizadas para comprovar e melhor ilustrar a realidade em que as empresas desenvolvem suas atividades. È uma forma das empresas terem um raio X de seu desempenho no que diz as questões de segurança. Através do diagnóstico apresentam-se mudanças ou adequações que devem ser feitas nos canteiros de obras para reduzir riscos de acidentes e cumprir as exigências da NR-18 de acordo com os serviços executados. Uma vez aplicada à metodologia deve-se portanto realizar as modificações necessárias para melhorar a segurança nos canteiros e também o desempenho dos operários. As informações a seguir também foram fornecidas com a utilização da metodologia: • Avaliação dos projetos de canteiros de obras: através das visitas realizadas nos canteiros pode-se observar os projetos bem como avaliar os procedimentos de implantação dos canteiros e a importância dada à segurança neste momento. • Identificação dos riscos inerentes as atividades realizadas: observou-se as atividades realizadas no momento e pode-se enumerar alguns riscos que são inerentes ao próprio processo e que podem ser minimizados com itens de segurança. • Verificação das áreas de riscos de acidentes: observou-se as situações de riscos encontradas nas obras, bem como foram propostas melhorias para as ocasiões que apresentam alguma alternativa. Percebeu-se que a quantidade de riscos pode variar de acordo com alguns fatores, tais como: ritmo da obra, atividades realizadas, comprometimento dos responsáveis e trabalhadores. • Recomendações adicionais a respeito da segurança nos canteiros de obras: com base nos dados levantados, propôs-se então sugestões fundamentadas em situações que favorecem a ocorrência de áreas de riscos, encontradas nos canteiros da empresa. Estas sugestões podem ser válidas para o uso nos próximos layouts desenvolvidos para as obras. 4. CONCLUSÕES Através deste trabalho pode-se verificar que os canteiros de obra da forma como estão dispostos oferecem muitos riscos de acidentes de trabalho. Observou-se também que os trabalhadores se submetem a situações de risco que poderiam ser evitadas com um melhor planejamento das atividades por parte das empresas.
  • 11. Deve haver o cumprimento das normas de segurança, melhor organização do canteiro, e o constante planejamento do layout do início ao fim da obra para que haja redução da exposição dos trabalhadores aos riscos de acidentes. Embora haja situações de riscos nos canteiros de obras como verificadas, a empresa adota medidas preventivas visando reduzir o número de acidentes de trabalho, tais como: campanhas de prevenção, treinamentos periódicos, palestras, SIPATs, disponibilidade de EPIs e EPCs, entre outras. Verifica-se que é importante dar atenção aos canteiros de obras quanto ao seu planejamento, prevendo futuras situações de risco ao efetuar alguma modificação. A metodologia desenvolvida para diagnóstico de uma empresa em relação à segurança do trabalho e presença de áreas de riscos de acidentes nos canteiros de obras apresentou excelentes resultados na sua aplicação. Esta oferece ferramentas auxiliares para complementação dos estudos na empresa que podem ser utilizadas para comprovar e melhor ilustrar as situações observadas, são elas: registros fotográficos, mapas de riscos, croquís e entrevistas. Através do diagnóstico apresenta-se mudanças ou adequações que devem ser feitas nos canteiros de obras para reduzir as áreas de riscos de acidentes e cumprir as exigências da NR-18 de acordo com os serviços executados. Uma vez aplicada a metodologia, deve-se então realizar as modificações necessárias para melhorar a segurança dos canteiros de obras. Esta metodologia surge como uma iniciativa de auxiliar as empresas no desenvolvimento de seus programas de controle de acidentes de trabalho. É importante ressaltar que um trabalho conjunto entre empresários, órgãos fiscalizadores e operários seria importante para uma melhoria constante das condições de trabalho nos canteiros assim como uma redução do número de acidentes na construção, que ainda em muitas cidades amarga o título de campeã de acidentes de trabalho. 5. BIBLIOGRAFIA: CASTRO JÚNIOR, A. S. (1998).Saúde e Segurança do Trabalho. Secretaria do Estado do Emprego e Relações de Trabalho - SERT. Curitiba. 2º edição. 53p. CAMPELLO, F. C. B. (1997)Aspectos de segurança e medicina do trabalho: nos arranjos físicos de canteiros de obras. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Universidade federal do Rio Grande do Sul. Gramado, RS. (Anais). CRUZ, S. M. S, OLIVEIRA, J. H. R. (1997)Dificuldades encontradas na adequação `a NR-18 pelas empresas de construção civil de Santa Maria. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Universidade federal do Rio Grande do Sul. Gramado, RS. (Anais). MATOS, R. (1998) Introdução à Higiene e Segurança do Trabalho. Escola Técnica Federal de Pernambuco. Recife, PE. 10p. MATOS, R. (1998) Acidente de Trabalho. Escola Técnica Federal de Pernambuco. Recife, PE. 20p. MATOS, R. (1998) Riscos do Trabalho. Escola Técnica Federal de Pernambuco. Recife, PE. 08p. ROUSSELET, E.; FALCÃO, C. (1998) A segurança na obra; Manual técnico de segurança do trabalho em edificações prediais. 2. Ed., Rio de Janeiro: Senai. SAMPAIO, J.C. (1998) PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção Civil. São Paulo: Pini, 1998. SAURIN, T.A.; LANTELME, E.; FORMOSO, C.T. (2000) Contribuições para a revisão da NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil (Relatório de pesquisa). Porto Alegre:Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, UFRGS. 140p.
  • 12. SOUSA, U. F. de. (1997) Proposta de Sistema de Planejamento e Controle da Fiscalização de Segurança e Saúde no Trabalho na Construção de Edifícios. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba. 182p. Dissertação. (Mestrado em Engenharia de Produção).