2. OBJETIVO DO ENCONTRO
Orientar os Professores do ensino comum sobre a
educação escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais (para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação/LDB) nas escolas da
rede estadual de ensino:
-Identificação
-Atendimento
-Avaliação.
3. EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 58. Entende-se por educação especial, para
os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
Superdotação.(Redação dada pela Lei nº 12.796/
2013)
Leia mais: http://www.cpt.com.br/ldb/da-educacao-es - LDB
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação atualizada)
4. EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos
educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos
e organização específicos, para atender às suas
necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não
puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências,
e aceleração para concluir em menor tempo o
programa escolar para os superdotados;
5. RESOLUÇÃO SE 11, DE 31-1-2008
Dispõe sobre a educação escolar de alunos com
necessidades educacionais especiais nas escolas da
rede estadual de ensino
fundamentada
Constituições Federal e Estadual,
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Estatuto da Criança e do Adolescente
Indicação nº 70/07
Deliberação nº 68/07 do Conselho Estadual de
Educação
6. NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS?
necessidades decorrem de sua elevada capacidade
ou de suas dificuldades para aprender.
Associada à dificuldade de aprendizagem – não à
deficiência(s)
deslocar o foco do aluno e direcioná-lo para as
respostas educacionais que eles requerem –
evitando enfatizar os seus atributos ou condições
pessoais que podem interferir na sua aprendizagem
e escolarização.(profecia auto-realizadora).
”O que a escola pode fazer para dar respostas às
necessidades educacionais dos alunos?”
7. Avaliando saberes
construídos
Cada aluno tem sua própria história de
vida; sua própria história de
aprendizagem anterior
(conjunto de saberes já construídos e
aprendidos)
8. Avaliação - identificar potencialidades e
necessidades educacionais dos alunos e das
condições da escola e da família (BRASIL,
MEC/SEESP, 2006, p. 9).
identificação é de responsabilidade da equipe
definida pela Diretoria de Ensino e Escola;
O atendimento escolar a ser oferecido ...deverá
ser orientado por avaliação pedagógica realizada
(cuidado com os encaminhamentos)
Princípios básicos e norteadores
9. Caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à
média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo
menos duas áreas de habilidades (comunicação,
autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e
segurança, uso de recursos da comunidade, determinação,
funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes
dos 18 anos de idade.
AAIDD (Associação Americana sobre Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento, antiga
AAMR - American Association on Mental Retardation) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de
Deficiência Mental/Intelectual
10. abandona os graus de comprometimento intelectual, e
destaca o processo interativo entre as limitações funcionais
próprias dos indivíduos e as possibilidades adaptativas que
lhes são disponíveis em seus ambientes de vida
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a mudança
do termo Deficiência Mental por Deficiência Intelectual em
outubro de 2004, em um documento intitulado Declaração de
Montreal sobre Deficiência Intelectual.
Deficiência Mental/Intelectual
11. Considerar como o indivíduo responde às
demandas da sociedade - os sistemas de apoio
Observância de três critérios:
(a) o funcionamento intelectual;
(b) o comportamento adaptativo;
(c) a idade de início das manifestações (O que a
criança consegue fazer em comparação com
crianças da mesma idade cronológica.(desvio
padrão);
Conceito da deficiência Intelectual
A deficiência mental afeta entre 2 e 3% da população geral e 1% das crianças em idade escolar.
No Brasil, 1,6% da população apresenta essa condição, valor provavelmente subestimado, mas
suficiente para ser considerada como problema de saúde pública .
12. O modo como a pessoa enfrenta efetivamente
as exigências comuns da vida e o grau em que
experimenta uma certa independência pessoal
compatível com sua faixa etária, bem como o
grau de bagagem sócio-cultural do contexto
comunitário no qual se insere.
objeto de observação e análise por parte dos
conviventes com a criança (Professor e Professor
Especialista)
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
13. MUDANÇAS NA FORMA DE PENSAR E
AGIR:
Não utilização de categorias ou classificações baseadas
em apenas um aspecto da pessoa ( Quociente de
inteligência –QI)
clareza na descrição das habilidades adaptativas e suas
limitações que interferem na capacidade de enfrentar o
ambiente pessoal/social - se apoiar em uma abordagem
multidimensional e não somente o aspecto cognitivo
Diagnostico para planejar a intervenção e os apoios
necessários - deve ser claro para o planejamento de
intervenções necessárias buscando a autonomia
intelectual e o desenvolvimento das habilidades (não se
prender as limitações funcionais)
14. INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO
PEDAGÓGICA
Anexo 1 (Resolução SE 11/2008)
Relatório de Coleta de Dados
Entrevista com Pais,Professores e Alunos
Roteiro de Avaliação Pedagógica
Registro
Adaptações Curriculares
15. 1º momento – entrevista com a família – conhecimento
prévio do aluno: características do aluno; relacionamento
com a família, antecedentes de atendimentos, expectativa,
desenvolvimento escolar e outros indicadores – anexo 1)
Conhecimento prévio sobre o aluno
Aspectos conhecidos pela escola:
• histórico de nascimento
• histórico familiar
• rotina e convivência familiar
• atividades de seu cotidiano
• preferências do aluno
• trajetória escolar
• avaliações pedagógicas anteriores
REFERENCIAL SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
INDICADORES AVALIATIVOS(INICIAL)
16. INDICADORES AVALIATIVOS(INICIAL)
Informações complementares:
•desenvolvimento neuro-psico-motor;
•avaliações clínicas existentes;
•atendimentos clínicos recebidos;
•hipótese diagnóstica ou diagnóstico médico;
•Observar pelo RA do aluno – se frequentou Classe
Especial/ Sala de Recursos/ Itinerância/ Escolas
Especiais.
17. INDICADORES AVALIATIVOS (INICIAL)
2ºmomento – Nível de competência curricular
todas as áreas curriculares a partir das expectativas
de aprendizagem geral/ habilidades. (Avaliação Inicial/
Processual-bimestralmente)
observação e análise por parte dos conviventes com a
criança (Professor do ensino comum)
Encaminhamento para os SAPES
18. 3ºmomento - áreas do desenvolvimento (funcionamento)
biológicos, aspectos da percepção, motricidade,
desenvolvimento verbal, memória e desenvolvimento sócio-
afetivo. (Professor Especialista)
Os sistemas de apoio - considerar como o indivíduo
responde às demandas da sociedade
INDICADORES AVALIATIVOS (INICIAL)
19. REGISTRO DO DESENVOLVIMENTO
Portfólio da classe
Portfólio do atendimento especializado
Ficha Individual do aluno
Del CEE 120/2013 e Ind CEE 121/2013
20. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
(a) Habilidades conceituais – relacionadas aos
aspectos acadêmicos, cognitivos e de
comunicação. São exemplos dessas habilidades: a
linguagem (receptiva e expressiva); a leitura e
escrita; os conceitos relacionados ao exercício da
autonomia.
21. PROBLEMAS EDUCACIONAIS DOS
INDIVÍDUOS COM DÉFICIT COGNITIVO
Problemas no processamento da informação
Problemas de atenção
Problemas de memória
• Apresenta dificuldade em lembrar uma sequencia de
direções ou tarefas;
• Apresenta dificuldade em gravar fatos ocorridos em
curto espaço de tempo:
• Compreende a tarefa no dia, porém é incapaz de
repeti-la no dia seguinte;
• Tem a memorização auxiliada por meio da
manipulação de material concreto - (conjunção de
sistemas atuantes: visual, tátil e cognitivo).
22. Problemas de linguagem
• Padrões imaturos de linguagem;
• Dificuldade em compreender termos/conceitos
abstratos;
• Inabilidade para adaptar os comportamentos
aos pedidos/ordens verbais;
• Dificuldade em expressar-se por meio da
linguagem oral;
• Tendência a respostas “sim/não”;
• Necessidade de dicas para respostas verbais.
PROBLEMAS EDUCACIONAIS DOS
INDIVÍDUOS COM DÉFICIT COGNITIVO
23. Problemas de transferência e generalização da
aprendizagem
O indivíduo com déficit cognitivo desempenha uma
tarefa específica em uma situação, mas não é capaz
de realizá-la em outra.
(EMMEL, Maria Luísa Guillaumon. Deficiência Mental. In: PALHARES, Marina
Silveira; MARINS, Simone Cristina. Escola Inclusiva. São Carlos: EDUFSCar,
2002..)
PROBLEMAS EDUCACIONAIS DOS
INDIVÍDUOS COM DÉFICIT COGNITIVO
24. OBSERVAÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO
Referência Curricular O aluno é capaz
Comunicação oral:
participar de situações de
intercâmbio oral, ouvindo com
atenção; formular e responder
perguntas; explicar e
compreender explicações;
manifestar opiniões sobre o
assunto tratado...
Esperar sua vez de falar;
Permanecer dentro do
assunto da conversa; elaborar
perguntas referentes aos
assuntos tratados; dar a
informação; escutar
atentamente; compreender
instruções orais; participar
de comentários; dar um
recado simples que ouviu;
usar a comunicação para a
sua autonomia.
25. OBSERVAÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO
Referência
Curricular
O aluno é capaz
Escrita
Avaliar o tipo de
representação
gráfica utilizada
pelo aluno escrita
do próprio nome,
palavras e textos
Nível de escrita; Escrever
individualmente com base em
sua hipótese de escrita.
Realizar a produção de escrita
através da hipótese em que se
encontra, percebendo a função
da escrita; apresentar postura de
escrita (uso do lápis, papel e
direção da escrita).
26. OBSERVAÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO
Referência
Curricular
O aluno é capaz
Leitura Ler o seu nome de maneira
hipotética; corresponder segmentos
da fala a segmentos do texto; Ler
textos de seu cotidiano de maneira
hipotética apoiando-se na ilustração
27. OBSERVAÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO
Referência Curricular O aluno é capaz
Resolver problemas,
expressos oralmente
ou por enunciados
escritos, envolvendo
as operações, em
situações
relacionadas a seus
diversos significados
*generalizar/ transferir e
aplicar estratégias já
aprendidas em situações
problemas diferentes daqueles
em que foram adquiridas;
28. OBSERVAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO
Referência Curricular O aluno é capaz?(Que apoio?)
verbalmente, com modelo, no
seu contexto, de forma dirigida,
situações de brincadeira, com
ajuda direta do professor ou
colega
29.
30.
31. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
(b) Habilidades sociais – relacionadas à
competência social, dizem respeito às
trocas sociais com outros indivíduos. São
exemplos dessas habilidades: a
responsabilidade; a auto-estima; as
habilidades interpessoais; a credulidade e
ingenuidade (probabilidade de ser
enganado, manipulado e alvo de abuso ou
violência etc.); a observância de regras,
normas e leis; evitar vitimização.
32. CARACTERÍSTICAS EM RELAÇÃO ÀS
HABILIDADES SOCIAIS
Habilidades Sociais
a) sensibilidade social - dificuldade para,
- reconhecer expressões faciais;
- não responder a um “olhar” do professor;
b) insight social - dificuldade para,
- antecipar futuros comportamentos de outras
pessoas;
- julgamento moral;
c) comunicação social,
-falta de habilidade para comunicar pensamentos e
sentimentos.
33. Traços de comportamento
- falta de perseverança;
- rígido apego a determinadas respostas, resistência a
mudanças;
- persistência em escolher comportamentos inadequados;
- falta de autoconceito;
- poucas inspirações e metas;
- estranhamento de locais não-familiares;
- suscetibilidade à depressão;
- maiores níveis de ansiedade;
- humor instável.
CARACTERÍSTICAS EM RELAÇÃO AOS
TRAÇOS DE COMPORTAMENTO DE UM
INDIVÍDUO
34. *Referência Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
*Profissional
Hábitos e atitudes para
o trabalho
Assiduidade, Pontualidade,
Cooperação, Organização do
material, Cuidado com o
material, limpeza do material e
setor, disciplina,
Responsabilidade, Aceitação
de supervisão.
Observações no desenvolvimento
35. *Referência Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
Comportamento sócio-
afetivo
“o como” aluno interage
e atua junto ao meio e
com o outro
pode ser observado em
situação do momento em que o
indivíduo esteja inserido em
atividades conjuntas
(brincadeiras, atividades
lúdicas, danças, ações
cotidianas, etc.);
- probabilidade de ser
enganado, manipulado e alvo
de abuso ou violência etc.;
Observações no desenvolvimento
36. *Referência
Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
*Familiar -
sistema de
interações e
relações
familiares
- Participa de atividades com a
família e amigos: festas;
- Identifica pessoas da família por
suas características, nomes
Observações no desenvolvimento
37. COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
(c) Habilidades práticas – relacionadas ao
exercício da autonomia. São exemplos: as
atividades de vida diária: alimentar-se e
preparar alimentos; arrumar a casa; deslocar-
se de maneira independente; utilizar meios de
transporte; tomar medicação; manejar
dinheiro; usar telefone; cuidar da higiene e do
vestuário; as atividades ocupacionais –
laborativas e relativas a emprego e trabalho;
as atividades que promovem a segurança
pessoal.
38. *Referência
Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
*Aparência
pessoal:
Conceituação;
Representação
social;
Familiaridade;
Cuidado pessoal
rotineiro
Ex. Lava as mãos/ensaboa/
esfrega/enxuga, sem ajuda; escova
os dentes sem ajuda; penteia-se
sem ajuda; localiza e guarda os
objetos de higiene; Identifica a
roupa que quer usar por cor e
modelo.
Observações no desenvolvimento
39. *Referência
Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
Dependência e
independência
de hábitos
Posiciona-se adequadamente à mesa.
Demonstra adequação e
independência ao alimentar-se, ao
vestir-se.
Observações no desenvolvimento
40. *Referência
Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
Trânsito/
Regras: :
Sinalização:
Conhecimento,
Familiaridade,
Utilização
funcional
rotineira
Ex. Reconhece ruas movimentadas/
travessias/ farol...;
Utiliza estas regras com
acompanhante...
- Momento de travessia da linha de
trem e da avenida – sem noção de
perigo;
-- anda em ruas da cidade sozinho
Observações no desenvolvimento
41. *Referência Curricular/
conteúdos
O aluno é capaz
Transporte/comunicação:
Meios, Conhecimento,
Familiaridade, Utilização
funcional rotineira
Ex.Reconhece e sabe andar
sem acompanhante no
ônibus;
Ex. Reconhece e sabe
utilizar os seguintes meios
de comunicação: rádio e
televisão
Observações no desenvolvimento
42. FATORES PREDISPONENTES - CAUSAS
Segundo o DSM-IV-TR (2003. p. 77) as causas de ordem
primária podem ser: biológicas e/oupsicossociais.
- aproximadamente 30 a 40% dos indivíduos avaliados
em contextos clínicos não é identificada.
HEREDITARIEDADE: inclui erros inatos do
metabolismo, herdados, em sua maior parte, por meio
de mecanismos autossômicos recessivos, outras
anormalidades em um só gene com herança mendeliana
e expressão variável (por exemplo: esclerose tuberosa)
e aberrações cromossômicas (por exemplo: síndrome
de Down, síndrome do x frágil);
43. ALTERAÇÕES PRECOCES DO DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO:
incluem alterações cromossômicas (por exemplo:
síndrome de Down devido à trissomia 21) ou dano pré-
natal causado por toxinas (por exemplo: consumo
materno de álcool, infecções);
PROBLEMAS DA GRAVIDEZ E PERINATAIS
(aproximadamente 10%): incluem desnutrição fetal,
prematuridade, hipóxia, infecções e traumatismos);
TRANSTORNOS MENTAIS:
incluem Transtorno Autista e outros Transtornos
Globais do Desenvolvimento;
FATORES PREDISPONENTES - CAUSAS
44. CONDIÇÕES MÉDICAS GERAIS CONTRAÍDAS NO
INÍCIO DA INFÂNCIA
(aproximadamente 5%): incluem infecções, traumas e
envenenamento (por exemplo: chumbo);
INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS E OUTROS TRANSTORNOS
MENTAIS:
incluem privação de afeto e cuidados, bem como de
estimulação social, lingüística e outras, e transtornos
mentais graves (por exemplo: Transtorno Autista).
FATORES PREDISPONENTES - CAUSAS
45. FLEXIBILIZAÇÕES/ADEQUAÇÕES/ ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
RES.CNE/CEB 02, de 11/09/ 2001 –art.8º
III – flexibilizações e adaptações curriculares que
considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos
didáticos diferenciados e processos de avaliação
adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola,
respeitada a frequência obrigatória;
46. ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Consistem no conjunto das intervenções que são
realizadas espontânea ou intencionalmente, tornando o
currículo apropriado, dinâmico, alterável, com
possibilidades de ampliação, a fim de dar respostas às
dificuldades dos alunos com necessidades
educacionais especiais.
47. As adaptações curriculares não podem
correr o risco de produzirem na mesma sala de
aula um currículo de segunda categoria, que possa
denotar a simplificação ou a descontextualização
do conhecimento.
O Relatório Individual de Adaptação
Curricular compõe a pasta do aluno (inclusive para
acompanhar transferência), devendo ficar acessível
aos seus professores, familiares e órgãos de
inspeção escolar.
O documento levará a assinatura: da equipe
envolvida nas decisões, do diretor do
estabelecimento de ensino e do aluno ou de seu
responsável .
49. LEGENDA
RS – realiza satisfatoriamente/RP – realiza parcialmente/CA – realiza com ajuda
NR – não realiza
50. Registradas na Ficha Individual do aluno, devem ser aquelas
realizadas pelo Professor e pela escola.
adaptação de acesso ao espaço = rampa deslizante,
elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio,
alargamento de portas
adaptação de acesso ao currículo= material ampliado e em
Braille, utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar
o papel, suporte; interlocutor, LIBRAS, imagens e ilustrações
para os surdos; instruções menores, modelos, escriba, ledor,
para deficiente intelectual
POSSIBILIDADES PARA AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
51. Adaptá-las as características e estilos de aprendizagem
dos alunos.
Em dupla e em grupo.
Incentivar a utilização de recursos de informática.
Solicitar para que o aluno se pronuncie a respeito de
determinado assunto, a partir de um ou mais estímulos
visuais (ex. comparar dois quadros de pintores de estilos
diferentes; comentar sobre determinada paisagem ou
diferentes paisagens).
POSSIBILIDADES PARA AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
52. Colagens (figuras, fotos, manchetes, gravuras,
palavras, símbolos, imagens...) sobre determinado
assunto, seguida de comentário a respeito do que foi
feito.
Visitar determinado lugar; solicitar registros (fotos,
esquemas, gravação de voz, filmagem, texto, figuras,
folder...) do mesmo e pedir para o aluno comentar
sobre tal experiência.
POSSIBILIDADES PARA AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
53. Assistir a determinado programa e registrar (palavras,
frases, textos, imagem...) para posterior conversa e
debate.
Formular questões que levem o aluno a:
levantar problemas;
levantar hipóteses;
checar hipóteses;
reconhecer a má utilização de conceitos ou princípios;
identificar o princípio quando for utilizado; discriminar
entre o conceito e outros conceitos intimamente
relacionados;
usar o princípio para explicar o que aconteceu numa
situação.
POSSIBILIDADES PARA AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
54. Elaborar questões objetivas (verdadeiro/falso;
associações, caça-palavras, preenchimento de lacunas,
palavras cruzadas...)
Apresentar figuras ou imagens para serem colocadas
na ordem correta (tempo, importância, tamanho etc.)
POSSIBILIDADES PARA AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES
55. SE A PROVA FOR IGUAL A DOS COLEGAS
Marcar a prova com antecedência.
Ler os enunciados em voz alta, certificando-se de que
ele compreendeu as questões - se não souber ler.
Prestar a orientação necessária para que ele
compreenda o que está sendo pedido e possa
responder da melhor maneira possível.
Respeitar o seu ritmo permitindo-lhe quando
necessário concluir na aula seguinte ou em outro lugar
(sala da coordenação pedagógica, biblioteca...)
56. Não fazer anotações na folha da prova (sobretudo
juízos de valor).
Valorizar na correção da prova, não só o que está
explícito como também o implícito e adaptar os
critérios de correção para a sua realidade.
Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do erro(s)
cometido(s).
Registrar a nota na folha da prova depois que retomar a
prova com ele e verificar, oralmente, o que ele quis
dizer com o que escreveu.
SE A PROVA FOR IGUAL A DOS COLEGAS
A expressão...pode ser utilizada para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem... Não posso enfatizar a dificuldade, mas observar as necessidades educacionais deste aluno para atendê-las, bem como aos que apresentam necessidades específicas muito diferentes dos demais..São necessidades educacionais que passam a ser especiais quando exigem respostas específicas.
O que avaliar? Que recursos utilizar? Como fazer? O que foi observado?
O que avaliar? Que recursos utilizar? Como fazer? O que foi observado?
Conforme advertem Moreira e Baumel (2001) as adaptações curriculares não podem correr o risco de produzirem na mesma sala de aula um currículo de segunda categoria, que possa denotar a simplificação ou a descontextualização do conhecimento. Com isso não querem dizer que o aluno incluído não necessite de adaptações curriculares, mas argumentam em favor de uma inclusão real, que repense o currículo escolar, que efetive um atendimento de qualidade.