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ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO: Leonardo Ramalho -  Home Page  –  E-Mail Uma Canção Para Deus Por Francisco Pereira Nóbrega Crônica do Professor Dr. Francisco Pereira Nóbrega, publicada no  “Correio da Paraíba”,  em 31 de dezembro de 2006. F. Pereira faleceu no dia 21 de janeiro de 2007.
Cada homem vem a esse mundo para compor uma canção. Sua vida é seu instrumento. O modo de usá-la a faz bela, medíocre, tristonha, desafinada. Porque tudo precisa ser expressão de amor, como no piano, no violino, seja todo som expressão de arte.
Da percussão, da corda, do sopro – afinal da matéria – se arranca o que nem se imaginava que ela tivesse para dar. Sinfonias de Bethoven, sons dos Beatles – imagine a canção mais extraordinária – tudo estava preso na matéria, esperando sua hora, como passarinho na gaiola, esperando voar. E, quando o artista tocou a matéria, a canção voou por todos os ares.
A vida é uma canção. Há momentos em que tudo desafina. Melhor seria não tocar. Porque nela se alternam alegrias e tristezas, esperanças e desespero, abundância e fome, guerra e paz. Bela ou feia, há na vida ritmos de pausa e pressa, de oração e trabalho. Se bela, descobrem-se acordes nunca antes pensados. São consonâncias do homem com a natureza, com os semelhantes também. É a proteção à espécie para que não se acabe. São mãos da fartura segurando as do abandono, olhares de conforto sobre desamparados.
De tudo a vida se faz: de ódio e perdão, de angústia e fé, de escrúpulos e escândalos, de inveja, egoísmo, cobiça, ternura, misericórdia e paz. Escolho no teclado da vida qual dessas teclas fazer soar. Para uma só coisa eu vim ao mundo: compor uma canção para Deus ouvir.  Minha liberdade corre sobre ele como os dedos do músico sobre seu teclado. Cada homem compõe a sua, única na história inteira da humanidade. Se vivo, é uma só vez. Se toco, é uma só vez. Não mais se repetirá. Se não a toco, ela não existirá jamais. Cada homem é uma idéia que não acontece mais. No último dia da História Humana, Deus promoverá seu concurso de melodias, com participação de toda a humanidade. É o que se chama de juízo universal.
Minha história é minha canção. Existir é compô-la. Se errar é humano, todo homem um dia desafina. Por isso, nesse 2008 que amanhã começa, quero treinar. Viver é treinar a canção que Deus me pediu compor e cantar. Mas, qual? Já sei! Amor é a canção preferida de Deus. Assim ela deve ser ensaiada em 2008, para eternamente soar. Uma Homenagem de Rui Gomes Dantas –   Home  Page Algo Sobre Justiça   Margot Fé Coxa Minhas crônicas publicadas Leonardo Ramalho

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Canção para Deus

  • 1. ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO: Leonardo Ramalho - Home Page – E-Mail Uma Canção Para Deus Por Francisco Pereira Nóbrega Crônica do Professor Dr. Francisco Pereira Nóbrega, publicada no “Correio da Paraíba”, em 31 de dezembro de 2006. F. Pereira faleceu no dia 21 de janeiro de 2007.
  • 2. Cada homem vem a esse mundo para compor uma canção. Sua vida é seu instrumento. O modo de usá-la a faz bela, medíocre, tristonha, desafinada. Porque tudo precisa ser expressão de amor, como no piano, no violino, seja todo som expressão de arte.
  • 3. Da percussão, da corda, do sopro – afinal da matéria – se arranca o que nem se imaginava que ela tivesse para dar. Sinfonias de Bethoven, sons dos Beatles – imagine a canção mais extraordinária – tudo estava preso na matéria, esperando sua hora, como passarinho na gaiola, esperando voar. E, quando o artista tocou a matéria, a canção voou por todos os ares.
  • 4. A vida é uma canção. Há momentos em que tudo desafina. Melhor seria não tocar. Porque nela se alternam alegrias e tristezas, esperanças e desespero, abundância e fome, guerra e paz. Bela ou feia, há na vida ritmos de pausa e pressa, de oração e trabalho. Se bela, descobrem-se acordes nunca antes pensados. São consonâncias do homem com a natureza, com os semelhantes também. É a proteção à espécie para que não se acabe. São mãos da fartura segurando as do abandono, olhares de conforto sobre desamparados.
  • 5. De tudo a vida se faz: de ódio e perdão, de angústia e fé, de escrúpulos e escândalos, de inveja, egoísmo, cobiça, ternura, misericórdia e paz. Escolho no teclado da vida qual dessas teclas fazer soar. Para uma só coisa eu vim ao mundo: compor uma canção para Deus ouvir. Minha liberdade corre sobre ele como os dedos do músico sobre seu teclado. Cada homem compõe a sua, única na história inteira da humanidade. Se vivo, é uma só vez. Se toco, é uma só vez. Não mais se repetirá. Se não a toco, ela não existirá jamais. Cada homem é uma idéia que não acontece mais. No último dia da História Humana, Deus promoverá seu concurso de melodias, com participação de toda a humanidade. É o que se chama de juízo universal.
  • 6. Minha história é minha canção. Existir é compô-la. Se errar é humano, todo homem um dia desafina. Por isso, nesse 2008 que amanhã começa, quero treinar. Viver é treinar a canção que Deus me pediu compor e cantar. Mas, qual? Já sei! Amor é a canção preferida de Deus. Assim ela deve ser ensaiada em 2008, para eternamente soar. Uma Homenagem de Rui Gomes Dantas – Home Page Algo Sobre Justiça Margot Fé Coxa Minhas crônicas publicadas Leonardo Ramalho