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NANOTUBOS DE CARBONO PARA
ESTOCAGEM DE ENERGIA POR
ADSORÇÃO DE
HIDROGÊNIO: ESTADO DA ARTE E
PERSPECTIVAS
Autores:
Luís Fernando Maestro
Carlos Alberto Luengo
Grupo de Combustíveis Alternativos (GCA), DFA/
IFGW, UNICAMP.
 Acadêmicos: Aldino Polo
Arielle Fornari
Angélica Benedetti
1
RESUMO
 Apresenta-se o panorama atual das pesquisas em
síntese de nanotubos de carbono, sua purificação e
resultados obtidos até o momento na
armazenagem de energia através da sua
capacidade na adsorção de hidrogênio.
2
INTRODUÇÃO
 Um combustível alternativo de forte interesse
econômico é o hidrogênio, pois é leve, abundante e
o resultado de sua oxidação é vapor de água. Seu
principal desafio é quanto ao armazenamento.
 Nanotubos de carbono, por apresentarem uma
grande área superficial poderiam ser uma saída.
 A meta é atingir o armazenamento de 6,5 em % de
massa para que se torne viável economicamente.
3
NANOTUBOS
 Nanotubos de carbono (NTC) são uma nova classe de
materiais descobertos em 1991 por Sumio Iijima e
apresentam destacáveis propriedades
mecânicas, elétricas e térmicas.
 Devido a sua grande razão entre comprimento (mícrons)
e diâmetro (nanômetros), os NTC podem ser
considerados estruturas unidimensionais.
 São flexíveis e não se quebram ao serem curvados.
Estas propriedades poderiam se deformar com a
diminuição do raio e variando a helicidade.
4
RESISTÊNCIA MECÂNICA À TRAÇÃO DE DIVERSOS MATERIAIS DE
ALTA PERFORMANCE EM COMPARAÇÃO AOS NANOTUBOS DE
CARBONO
5
 A condutividade térmica dos NTC é
altíssima, sendo considerada uma das maiores
entre os materiais conhecidos.
6
FULERENO (BULCKYBALL)
 Nanotubos de carbono são fulerenos alongados e
que podem ser vistos como camadas de grafite
enroladas na forma de cilindros.
 Fulereno é a terceira forma mais estável do carbono,
após diamante e grafite.
Fulereno mais conhecido
Esta é uma molécula de forma
esférica constituída por sessenta
átomos de carbono (C60).
7
 Em geral, existem dois tipos de NTC: os de paredes
simples (NTPS) e os de parede múltipla (NTPM).
8
NTPS
Uma característica importante
da estrutura dos NTPS é a
helicidade da rede
bidimensional da grafite em
relação ao eixo do tubo, pois
as propriedades físicas
dependem fortemente do seu
diâmetro e helicidade (Saito et
alli., 1998).
Uma maneira simples de representar os
NTPS é considerar uma camada simples de grafite e
enrolá-la até formar um cilindro. 9
10
Várias observações experimentais indicam
que os diâmetros dos NCPS variam entre 0,7 nm e
1,3 nm e seus comprimentos podem atingir dezenas
de micrômetros.
NTPM
 Os NTPM são
constituídos de duas
ou mais camadas
simples de cilindros
concêntricos
(Venegas, 2002).
11
TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE NTC
 Deposição Química por Vapor: Chemical Vapor
Deposition (CVD)
 Descarga por Arco Elétrico
 Ablação a Laser
12
13
DEPOSIÇÃO QUÍMICA POR VAPOR
 Custo baixo, requer temperaturas de deposição
relativamente baixas, e consiste na decomposição
de vapores precursores contendo átomos de
carbono sobre um catalisador (óxidos de metais de
transição).
14
TÉCNICAS DE PURIFICAÇÃO
 As técnicas de purificação podem ser divididas em dois
grupos: separação seletiva de estrutura e seleção seletiva de
tamanho.
 A de estrutura visa separar os NTC das demais estruturas e
formas existentes na amostra, enquanto a de tamanho visa
dar mais homogeneidade na distribuição dos diâmetros.
 Evita-se sempre uma diminuição do
carbono amorfo e outras formas de
carbono e, consequentemente, um
aumento do rendimento e uma
distribuição de diâmetros e tamanhos
dos NTC mais homogênea, por isso
recorre-se a técnicas de purificação. Carbono amorfo
15
TÉCNICAS DE PURIFICAÇÃO
 Entre os métodos de purificação encontra-se a
oxidação química: promove a digestão de boa
parte das partículas metálicas, de parte do carbono
amorfo e de grafite, e leva também à abertura dos
nanotubos.
 O sucesso e a eficácia dos métodos depende das
condições de síntese, ou seja, da quantidade de
carbono não-nanotubo presente na amostra.
 A oxidação em temperatura programada é uma
técnica adequada por ocorrer em altas
temperaturas, e assim, elimina outras formas de
carbono que não os nanotubos (Herbst, 2004). 16
ARMAZENAMENTO DE HIDROGÊNIO
 O hidrogênio é o elemento mais abundante da
Terra. O modo mais limpo de produção é através
da eletrólise da água.
 O hidrogênio consumido no mundo é cerca de
5.1010 kg/ano e é, em sua maioria, produzido a
partir de combustíveis fósseis e H2O em altas
temperaturas, que resulta em H2 e CO2
(Schlapbach L. and Züttel A., 2001).
 A energia química por massa de hidrogênio (142
MJ. Kg-1) é no mínimo três vezes maior que de
outros combustíveis químicos.
17
 Uma vez produzido, é um combustível sintético limpo
e quando queimado com oxigênio, o único gás de
exaustão é vapor de água:
 Apresenta-se na fase líquida a –250 C, o que dificulta
armazenamento;
 O hidrogênio adsorve em superfícies sólidas,
dependendo da pressão e temperatura aplicadas. 18
ARMAZENAMENTO DE HIDROGÊNIO
Densidade de Armazenagem calculada em % de massa como função
do número de camadas (azul) e como função do diâmetro
(vermelho).
19
 Quais são os NTC mais adequados à armazenagem de
hidrogênio?
 A partir desse resultado viu-se que os esforços de síntese
têm que caminhar na direção de NTPS e com diâmetros
grandes.
20
CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS
 No GCA (Grupo de Combustíveis Alternativos) será
desenvolvido um sistema para o estudo da
armazenagem de hidrogênio, onde se pretende
fazer a adsorção através de um fluxo contínuo do
gás referido em uma câmara e, através da
mudança da massa da amostra, medir o quanto foi
adsorvido.
 O desenvolvimento de um sistema eficiente e que
permita tirar resultados confiáveis ainda é um
problema na área.
 Conseguir que uma maior quantidade de material
carbonoso se converta na estrutura de NTC
significa que será possível eliminar uma etapa
custosa e danosa do processo.
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Dresselhaus, M.S. (Chair), Basic Research Needs for the Hydrogen
Economy, Report of the Basic Energy Sciences Workshop on Hydrogen
Production, Storage and Use, May 13-15, (2003).
 Herbst, M.H, Santos LT, II Congresso Brasileiro de Carbono, 64 (2004).
 Hirscher, M., et alli, Applied Physics A, 72 ,129-132 (2001).
 Iijima S., Nature 354, 56-58 (1991).
 Reynhout, R.D., et alli, Eindhoven University of Technology, The Wondrous World
of Carbon
 Nanotubes, http://www.pa.msu.edu/cmp/csc/nanotube.htm, (2003).
 Saito, R., Takeya T., Kimura T., Dresselhaus G., Dresselhaus M.S., Phys. Rev.
B 57 4145-4153, (1998).
 Schlapbach, L., Züttel, A., Nature 414 353-358 (2001).
 Tibbets, G.G., Meisner, G.P., Olk CH, Carbon 39, 2291-2301 (2001).
 Venegas, J.G.R., Tese de Doutorado, IFGW-UNICAMP (2002).
 NANOTECNOLOGIA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES, Departamento de
Física – Instituto de Geociências e Ciências Exatas Campus de Rio Claro – Unesp
(Universidade Estadual Paulista).
22

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Nanotubos de carbono para armazenagem de hidrogênio

  • 1. NANOTUBOS DE CARBONO PARA ESTOCAGEM DE ENERGIA POR ADSORÇÃO DE HIDROGÊNIO: ESTADO DA ARTE E PERSPECTIVAS Autores: Luís Fernando Maestro Carlos Alberto Luengo Grupo de Combustíveis Alternativos (GCA), DFA/ IFGW, UNICAMP.  Acadêmicos: Aldino Polo Arielle Fornari Angélica Benedetti 1
  • 2. RESUMO  Apresenta-se o panorama atual das pesquisas em síntese de nanotubos de carbono, sua purificação e resultados obtidos até o momento na armazenagem de energia através da sua capacidade na adsorção de hidrogênio. 2
  • 3. INTRODUÇÃO  Um combustível alternativo de forte interesse econômico é o hidrogênio, pois é leve, abundante e o resultado de sua oxidação é vapor de água. Seu principal desafio é quanto ao armazenamento.  Nanotubos de carbono, por apresentarem uma grande área superficial poderiam ser uma saída.  A meta é atingir o armazenamento de 6,5 em % de massa para que se torne viável economicamente. 3
  • 4. NANOTUBOS  Nanotubos de carbono (NTC) são uma nova classe de materiais descobertos em 1991 por Sumio Iijima e apresentam destacáveis propriedades mecânicas, elétricas e térmicas.  Devido a sua grande razão entre comprimento (mícrons) e diâmetro (nanômetros), os NTC podem ser considerados estruturas unidimensionais.  São flexíveis e não se quebram ao serem curvados. Estas propriedades poderiam se deformar com a diminuição do raio e variando a helicidade. 4
  • 5. RESISTÊNCIA MECÂNICA À TRAÇÃO DE DIVERSOS MATERIAIS DE ALTA PERFORMANCE EM COMPARAÇÃO AOS NANOTUBOS DE CARBONO 5
  • 6.  A condutividade térmica dos NTC é altíssima, sendo considerada uma das maiores entre os materiais conhecidos. 6
  • 7. FULERENO (BULCKYBALL)  Nanotubos de carbono são fulerenos alongados e que podem ser vistos como camadas de grafite enroladas na forma de cilindros.  Fulereno é a terceira forma mais estável do carbono, após diamante e grafite. Fulereno mais conhecido Esta é uma molécula de forma esférica constituída por sessenta átomos de carbono (C60). 7
  • 8.  Em geral, existem dois tipos de NTC: os de paredes simples (NTPS) e os de parede múltipla (NTPM). 8
  • 9. NTPS Uma característica importante da estrutura dos NTPS é a helicidade da rede bidimensional da grafite em relação ao eixo do tubo, pois as propriedades físicas dependem fortemente do seu diâmetro e helicidade (Saito et alli., 1998). Uma maneira simples de representar os NTPS é considerar uma camada simples de grafite e enrolá-la até formar um cilindro. 9
  • 10. 10 Várias observações experimentais indicam que os diâmetros dos NCPS variam entre 0,7 nm e 1,3 nm e seus comprimentos podem atingir dezenas de micrômetros.
  • 11. NTPM  Os NTPM são constituídos de duas ou mais camadas simples de cilindros concêntricos (Venegas, 2002). 11
  • 12. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE NTC  Deposição Química por Vapor: Chemical Vapor Deposition (CVD)  Descarga por Arco Elétrico  Ablação a Laser 12
  • 13. 13
  • 14. DEPOSIÇÃO QUÍMICA POR VAPOR  Custo baixo, requer temperaturas de deposição relativamente baixas, e consiste na decomposição de vapores precursores contendo átomos de carbono sobre um catalisador (óxidos de metais de transição). 14
  • 15. TÉCNICAS DE PURIFICAÇÃO  As técnicas de purificação podem ser divididas em dois grupos: separação seletiva de estrutura e seleção seletiva de tamanho.  A de estrutura visa separar os NTC das demais estruturas e formas existentes na amostra, enquanto a de tamanho visa dar mais homogeneidade na distribuição dos diâmetros.  Evita-se sempre uma diminuição do carbono amorfo e outras formas de carbono e, consequentemente, um aumento do rendimento e uma distribuição de diâmetros e tamanhos dos NTC mais homogênea, por isso recorre-se a técnicas de purificação. Carbono amorfo 15
  • 16. TÉCNICAS DE PURIFICAÇÃO  Entre os métodos de purificação encontra-se a oxidação química: promove a digestão de boa parte das partículas metálicas, de parte do carbono amorfo e de grafite, e leva também à abertura dos nanotubos.  O sucesso e a eficácia dos métodos depende das condições de síntese, ou seja, da quantidade de carbono não-nanotubo presente na amostra.  A oxidação em temperatura programada é uma técnica adequada por ocorrer em altas temperaturas, e assim, elimina outras formas de carbono que não os nanotubos (Herbst, 2004). 16
  • 17. ARMAZENAMENTO DE HIDROGÊNIO  O hidrogênio é o elemento mais abundante da Terra. O modo mais limpo de produção é através da eletrólise da água.  O hidrogênio consumido no mundo é cerca de 5.1010 kg/ano e é, em sua maioria, produzido a partir de combustíveis fósseis e H2O em altas temperaturas, que resulta em H2 e CO2 (Schlapbach L. and Züttel A., 2001).  A energia química por massa de hidrogênio (142 MJ. Kg-1) é no mínimo três vezes maior que de outros combustíveis químicos. 17
  • 18.  Uma vez produzido, é um combustível sintético limpo e quando queimado com oxigênio, o único gás de exaustão é vapor de água:  Apresenta-se na fase líquida a –250 C, o que dificulta armazenamento;  O hidrogênio adsorve em superfícies sólidas, dependendo da pressão e temperatura aplicadas. 18 ARMAZENAMENTO DE HIDROGÊNIO
  • 19. Densidade de Armazenagem calculada em % de massa como função do número de camadas (azul) e como função do diâmetro (vermelho). 19
  • 20.  Quais são os NTC mais adequados à armazenagem de hidrogênio?  A partir desse resultado viu-se que os esforços de síntese têm que caminhar na direção de NTPS e com diâmetros grandes. 20
  • 21. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS  No GCA (Grupo de Combustíveis Alternativos) será desenvolvido um sistema para o estudo da armazenagem de hidrogênio, onde se pretende fazer a adsorção através de um fluxo contínuo do gás referido em uma câmara e, através da mudança da massa da amostra, medir o quanto foi adsorvido.  O desenvolvimento de um sistema eficiente e que permita tirar resultados confiáveis ainda é um problema na área.  Conseguir que uma maior quantidade de material carbonoso se converta na estrutura de NTC significa que será possível eliminar uma etapa custosa e danosa do processo. 21
  • 22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Dresselhaus, M.S. (Chair), Basic Research Needs for the Hydrogen Economy, Report of the Basic Energy Sciences Workshop on Hydrogen Production, Storage and Use, May 13-15, (2003).  Herbst, M.H, Santos LT, II Congresso Brasileiro de Carbono, 64 (2004).  Hirscher, M., et alli, Applied Physics A, 72 ,129-132 (2001).  Iijima S., Nature 354, 56-58 (1991).  Reynhout, R.D., et alli, Eindhoven University of Technology, The Wondrous World of Carbon  Nanotubes, http://www.pa.msu.edu/cmp/csc/nanotube.htm, (2003).  Saito, R., Takeya T., Kimura T., Dresselhaus G., Dresselhaus M.S., Phys. Rev. B 57 4145-4153, (1998).  Schlapbach, L., Züttel, A., Nature 414 353-358 (2001).  Tibbets, G.G., Meisner, G.P., Olk CH, Carbon 39, 2291-2301 (2001).  Venegas, J.G.R., Tese de Doutorado, IFGW-UNICAMP (2002).  NANOTECNOLOGIA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES, Departamento de Física – Instituto de Geociências e Ciências Exatas Campus de Rio Claro – Unesp (Universidade Estadual Paulista). 22