SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
A influência dos layouts industriais e a organização da produção
                                                               Prof. Eng. Antonio Fernando Navarro

Escolha do tipo de Layout


Um layout é um arranjo ou distribuição geométrica, sobre determinada superfície, com o objetivo
de tornar o processo construtivo mais adequado às necessidades das empresas. Algumas vezes os
layouts são determinados em função das dimensões dos galpões industriais, em outras vezes em
função da atuação de terceiros nos processos, e mesmo em função de aspectos relativos aos acessos
às instalações.
É uma disposição ordenada que segue um projeto ou um raciocínio lógico. Podemos imaginar que a
roleta de um ônibus deve ficar junto a porta de entrada do veículo, e na parte traseira, para permitir
que os passageiros venham a pagar as suas passagens logo na entrada, facilitando tanto o embarque
quanto o desembarque. Se a roleta ficasse na frente do ônibus dificultaria a entrada e a saída dos
passageiros, além de aumentar a carga de trabalho do motorista, retardando a viagem. Desta forma,
o layout estudado fixou a roleta junto a porta de entrada e na parte de trás do veículo. Layout é a
mesma coisa que arranjo ou disposição sobre uma superfície.

O prévio conhecimento do tipo de layout empregado na distribuição dos equipamentos e
maquinismos, internamente aos edifícios, auxilia bastante a análise dos riscos físicos. Os arranjos
arquitetônicos são estudados em projeto, ou então é fruto de posicionamento de máquinas e
equipamentos de acordo com a forma geométrica desses. Isso quer dizer que se pode elaborar um
layout antes mesmo da indústria entrar em operação, estudar-se o arranjo mais conveniente ao tipo
de produção e aos equipamentos adquiridos, ou layouts ao longo da atividade da empresa, sempre
que essa altere suas características de produção, em processos de modernização ou procedimentos
operacionais.
Quando os arranjos são objeto de estudos na fase de projeto, tem-se a oportunidade de avaliar todos
os aspectos operacionais relevantes, dentre os quais se destacam: transporte de matérias primas até
aos equipamentos; transporte dos produtos finais, dos equipamentos para as áreas de estocagem;
áreas de circulação ao redor dos equipamentos; áreas para depósito de mercadorias e de produtos
intermediários, entre outros. Também se verifica a possibilidade da remoção dos equipamentos para
reparos.
Além disso, obrigatoriamente deve-se avaliar a necessidade de espaços circundantes para a
operação dos equipamentos, circulação das mercadorias, estocagem provisória de produtos em
fabricação e substituição ou reparos dos equipamentos.
Fundamentalmente, existem três tipos de arranjos, a saber:

Arranjo linear ou por produto

O layout linear ou por produto é adotado quando a produção é desenvolvida sob a forma seqüencial.
O produto manuseado percorre todas as instalações, mantendo-se fixos os equipamentos do
processo.

Esse tipo de arranjo é indicado quando o processamento envolve a fabricação de produtos seriados,
ou padronizados, quando há produção em lotes, quando o transporte é contínuo, tendo as máquinas
existentes as mesmas funções.

                                                                                produto
                                                                              intermediário
                                                                                    A
     matéria prima
          A

                      equipamento-        equipamento          equipamento           produto
                           A                  B                                       final


   matéria prima                                                          produto intermediário
       B                                                                        B



O principal ponto negativo de um layout linear é que, para aumentar-se a Confiabilidade da
produção e reduzir-se a probabilidade da ocorrências de falhas, deve-se aumentar continuamente a
Confiabilidade de cada um dos componentes do processo. Ocorrendo um acidente no início do
processo esse irá trazer reflexos ao longo de toda a linha de produção.

As vantagens podem ser traduzidas pela redução do transporte interno dos produtos, pela menor
permanência dos produtos em processamento ao longo da linha de produção.

Cabe se ressaltar que a linha não pode ser posta a funcionar para a produção exclusivamente do
produto intermediário B, ou do produto intermediário A, sem que haja desperdício de material e de
tempo. Esses produtos intermediários saem como conseqüência da produção do produto final.
Layout funcional ou por processo

O layout funcional é empregado em processamentos que geram subprodutos, ou em linhas de
fabricação nas quais o produto final é o resultado da associação de subprodutos ou de produtos
intermediários.

Nesse tipo de arranjo agrupam-se as máquinas e equipamentos que realizam trabalhos
assemelhados.

Pelas suas peculiaridades, o arranjo possibilita a produção de vários itens, ou produtos
intermediários, com pouca movimentação de matérias primas.

A principal vantagem é que, por intermédio desse arranjo consegue-se maior flexibilidade de
produção, otimizando tempos em cada etapa de serviço, bem como acumulando estoques de
produtos intermediários, que admitam certa sazonalidade.


Havendo interrupção em qualquer uma das fases do processamento, não se interrompe todo o
sistema.

Como há possibilidade de haver processamento em paralelo, a probabilidade de falha é sempre
menor.



         matéria prima        equipamento
              A                   A


         matéria prima             equipamento B
            B

                                                           equipamento        produto
                                                                D              final

         matéria prima             equipamento
              C                        C


Layout fixo ou posicional

O arranjo fixo ou posicional é empregado quando é inviável o manuseio dos produtos que estão
sendo trabalhados, devido ao fato de que, por acréscimo de componentes, suas dimensões e pesos
tornam desaconselháveis e perigoso o transporte ou deslocamento dos produtos ou partes desses,
como na fabricação de módulos de plataformas ou navios.
Normalmente, esse tipo de arranjo é adotado quando há reduzida capacidade de produção, alto custo
da movimentação do produto e o trabalho não é seqüencial.

Em termos de segurança, trata-se do pior tipo de arranjo, já que o produto final, até vir a ser
entregue, é trabalhado continuamente, além de haver sempre grande restrição de fluxo de
equipamentos e serviços.

Na fabricação de navios, grandes turbinas de hidrelétricas, equipamentos de grande porte e outros
assemelhados é sempre empregado o arranjo posicional.



      matéria prima              equipamento            equipamento
                                     A                        B


      equipamento
           C

                                   produto
                                     final

                                                               matéria prima

    matéria prima


Vários são os critérios que norteiam a escolha dos tipos de arranjo ou da distribuição geométrica
dos equipamentos e das instalações ou edificações. Essas escolhas podem se dar em função do tipo
de equipamento, de determinada área de ocupação, das características dos produtos fabricados, das
dimensões dos equipamentos empregados no processo, da geração de calor ou de frio, do risco de
acidentes do trabalho que as máquinas poderão propiciar, das características dos processos de
fabricação ou de outros fatores mais. Existem sugestões de escolha de layouts em função das
atividades das indústrias. Algumas dessas são:

  Layout Linear
  ⇒ linhas de montagem de veículos;
  ⇒ linhas de montagem de produtos eletromecânicos;
  ⇒ fábricas de produtos químicos (química fina);
  ⇒ refinarias, etc.

  Layout funcional
  ⇒ fábrica de roupas;
⇒ fábrica de móveis;
   ⇒ fábrica de eletrodomésticos;
   ⇒ empresas gráficas.

   Layout fixo
   ⇒ estaleiros;
   ⇒ construção civil;
   ⇒ fabricação de componentes eletromecânicos de grande porte.

Cálculo das superfícies úteis para o layout de equipamentos

Até agora vimos apenas os arranjos físicos gerais empregados na distribuição de máquinas e
equipamentos de linhas industriais. Porém, essa técnica pode vir a ser aplicada até na distribuição
de simples equipamentos.

Para que a distribuição ocorra com a devida segurança torna-se necessário o conhecimento prévio
de quais áreas podem se empregadas para essas distribuições, bem como quais as áreas mínimas
recomendadas para cada tipo de equipamento que se deseja distribuir no interior da indústria. Cada
maquinismo necessita ter uma área segura, onde possa estar assentado. Os fatores que podem
influenciar no dimensionamento das áreas mínimas necessárias para a operação dos equipamentos
são:
   quantidade de calor ou de frio desprendida pelo equipamento;
   curso ou deslocamento de suas partes móveis;
   áreas mínimas necessárias à manutenção e operação dos equipamentos, com segurança;
   distâncias mínimas recomendadas para a remoção dos componentes das máquinas;
   existência de áreas mínimas para o estoque temporário de peças produzidas;
   existência de áreas mínimas ao redor dos equipamentos para que possam ser operados com
   segurança;
   existência de áreas mínimas para o estoque de insumos, etc.

Uma das fórmulas usualmente utilizadas para o cálculo de superfícies úteis, que adaptamos para o
presente artigo é a seguinte:



                                        St = Ap + Au + Ac
St    =    Superfície de trabalho;
            Ap    =    Área projetada pelo equipamento no solo;
                       Área de utilização, necessária ao redor do equipamento, para manutenção,
                       operação e depósito de material trabalhado e em processamento. Au = N x
            Au    =
                       Ap, sendo N o número de lados empregados pelo operador do
   Onde:               equipamento, quer se destine a depósito ou não;
                       Área necessária para a circulação de materiais entre pontos de trabalho.
                       Ac = k (Ap + Au), sendo “k” um coeficiente de circulação que varia em
            Ac    =    função do tipo de equipamento de transporte, do produto, da matéria
                       prima. De forma simplificada, o valor de “k” mais empregado em áreas
                       industriais, com equipamentos de médio porte é k = 1,5.


                              St = Ap + Au + Ac
                              St = Ap + (N x Ap) + k (Ap + Au)
                              St = Ap (1 + N) + k (Ap + Au)



                                      St = Ap (1 + N) (1 + k)


Em áreas com máquinas de grande porte, pode-se aplicar Au multiplicando-a pelo fator “1,4” .

A segurança de uma instalação não depende unicamente da distribuição, operação ou manutenção
dos equipamentos e maquinismos, mas também, da existência de equipes de pessoas treinadas e
qualificadas, capazes de enfrentar os desafios, que continuamente surgem no dia a dia de uma
empresa. Como enfatizamos anteriormente, o maior risco que uma empresa corre, atingindo-a com
maior freqüência, é o incêndio. Afora isso tem-se o acidente de trabalho de conseqüências
imprevisíveis para a empresa e para as áreas de produção.


Deste modo, a escolha do layout não deve ser definida única e exclusivamente com base nos
critérios mínimos traçados anteriormente, mas também, naqueles relacionados à prevenção e
combate a sinistros (incêndios, desabamentos, inundações, entre outros).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCP
Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCPSistema de Planejamento e Controle da Produção - PCP
Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCPMauro Enrique
 
Aula 02 just in time e kanban 1
Aula 02   just in time e kanban 1Aula 02   just in time e kanban 1
Aula 02 just in time e kanban 1josmar faria
 
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de ProcessoMarcel Gois
 
Balanceamento de linhas
Balanceamento de linhasBalanceamento de linhas
Balanceamento de linhasmarcioemorais
 
Administração de Produção - Just in Time (JIT)
Administração de Produção - Just in Time (JIT)Administração de Produção - Just in Time (JIT)
Administração de Produção - Just in Time (JIT)douglas
 
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De Informação
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De InformaçãoLogística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De Informação
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De InformaçãoWeNova Consulting
 
Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h
 Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h
Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2hJulíía Barbosa
 
Planejamento estrategico, tático e operacional
Planejamento estrategico, tático e operacionalPlanejamento estrategico, tático e operacional
Planejamento estrategico, tático e operacionalPMY TECNOLOGIA LTDA
 

Mais procurados (20)

Gestão da produção
Gestão da produçãoGestão da produção
Gestão da produção
 
Lean Manufacturing Nova Visão
Lean Manufacturing Nova VisãoLean Manufacturing Nova Visão
Lean Manufacturing Nova Visão
 
Aula 7 - Sistemas de Produção
Aula 7 - Sistemas de ProduçãoAula 7 - Sistemas de Produção
Aula 7 - Sistemas de Produção
 
Gestão da produção aula 01
Gestão da produção   aula 01Gestão da produção   aula 01
Gestão da produção aula 01
 
Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCP
Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCPSistema de Planejamento e Controle da Produção - PCP
Sistema de Planejamento e Controle da Produção - PCP
 
Aula 02 just in time e kanban 1
Aula 02   just in time e kanban 1Aula 02   just in time e kanban 1
Aula 02 just in time e kanban 1
 
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo
2 Aula - Diferença Processo Operação - Análise de Processo
 
Diagrama de ishikawa
Diagrama de ishikawaDiagrama de ishikawa
Diagrama de ishikawa
 
Layout de estoque
Layout de estoqueLayout de estoque
Layout de estoque
 
Balanceamento de linhas
Balanceamento de linhasBalanceamento de linhas
Balanceamento de linhas
 
Administração de Produção - Just in Time (JIT)
Administração de Produção - Just in Time (JIT)Administração de Produção - Just in Time (JIT)
Administração de Produção - Just in Time (JIT)
 
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De Informação
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De InformaçãoLogística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De Informação
Logística Empresarial - Processamento De Pedidos E Sistemas De Informação
 
Práticas Administrativas - Aulas 1 e 2
Práticas Administrativas - Aulas 1 e 2Práticas Administrativas - Aulas 1 e 2
Práticas Administrativas - Aulas 1 e 2
 
Escola japonesa
Escola japonesaEscola japonesa
Escola japonesa
 
Respostas exercícios para fixação de tempos e métodos
Respostas exercícios para fixação de tempos e métodosRespostas exercícios para fixação de tempos e métodos
Respostas exercícios para fixação de tempos e métodos
 
Apresentação Takt Time
Apresentação Takt Time Apresentação Takt Time
Apresentação Takt Time
 
Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h
 Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h
Um exemplo do meu uso dos Conceitos de Qualidade 5w2h
 
Fluxogramas
FluxogramasFluxogramas
Fluxogramas
 
Planejamento estrategico, tático e operacional
Planejamento estrategico, tático e operacionalPlanejamento estrategico, tático e operacional
Planejamento estrategico, tático e operacional
 
Aula just in time
Aula just in timeAula just in time
Aula just in time
 

Destaque

Pesquisa: Impresso Promocional
Pesquisa: Impresso Promocional Pesquisa: Impresso Promocional
Pesquisa: Impresso Promocional Amanda Rocha
 
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...Jupira Silva
 
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case Rildo (@rildosan) Santos
 
Unidade 6 - Arranjo físico e fluxo
Unidade 6 -  Arranjo físico e fluxoUnidade 6 -  Arranjo físico e fluxo
Unidade 6 - Arranjo físico e fluxoDaniel Moura
 

Destaque (8)

Pesquisa: Impresso Promocional
Pesquisa: Impresso Promocional Pesquisa: Impresso Promocional
Pesquisa: Impresso Promocional
 
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...
31390 desenvolvimento e-aplicação_de_método_para_definição_da_estrutura_de_pr...
 
Aula 2.1 - Projeto de Fábrica e Layout
Aula 2.1 - Projeto de Fábrica e Layout Aula 2.1 - Projeto de Fábrica e Layout
Aula 2.1 - Projeto de Fábrica e Layout
 
Fluxograma & Layout
Fluxograma & LayoutFluxograma & Layout
Fluxograma & Layout
 
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case
Como demonstrar ROI das entregas de valor com Business Case
 
Unidade 6 - Arranjo físico e fluxo
Unidade 6 -  Arranjo físico e fluxoUnidade 6 -  Arranjo físico e fluxo
Unidade 6 - Arranjo físico e fluxo
 
Análise de Negócio na Perspectiva de BI
Análise de Negócio na Perspectiva de BIAnálise de Negócio na Perspectiva de BI
Análise de Negócio na Perspectiva de BI
 
Resumo do Guia BABOK® 3
Resumo do Guia BABOK®  3 Resumo do Guia BABOK®  3
Resumo do Guia BABOK® 3
 

Semelhante a A influência dos layouts industriais e tipos de organização da produção

A influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoA influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoUniversidade Federal Fluminense
 
A influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoA influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoUniversidade Federal Fluminense
 
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânica
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria MecânicaEngenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânica
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânicaragpl
 
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEM
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEMAPLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEM
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEMBruno Lopes
 
Aula engmet - parte 3
Aula   engmet - parte 3Aula   engmet - parte 3
Aula engmet - parte 3engmetodos
 
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6douglas
 
Unidade 2.1 planejamento t+ítico do layout
Unidade 2.1   planejamento t+ítico do layoutUnidade 2.1   planejamento t+ítico do layout
Unidade 2.1 planejamento t+ítico do layoutDaniel Moura
 
Soluções AutoForm
Soluções AutoForm Soluções AutoForm
Soluções AutoForm Cesar Batalha
 
Administração de Produção - Layout/Arranjo Fisico
Administração de Produção - Layout/Arranjo FisicoAdministração de Produção - Layout/Arranjo Fisico
Administração de Produção - Layout/Arranjo Fisicodouglas
 
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...Alexandre Bento
 
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)Carlos Calácio
 
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábrica
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábricaConexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábrica
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábricaPLMX -Soluções para Negocios
 

Semelhante a A influência dos layouts industriais e tipos de organização da produção (20)

A influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoA influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produção
 
A influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produçãoA influência dos layouts industriais e a organização da produção
A influência dos layouts industriais e a organização da produção
 
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânica
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria MecânicaEngenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânica
Engenharia de Processos Mecânicos - Análise de Qualidade na Indústria Mecânica
 
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEM
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEMAPLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEM
APLICAÇÃO DA MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR EM PROCESSO DE USINAGEM
 
Aula engmet - parte 3
Aula   engmet - parte 3Aula   engmet - parte 3
Aula engmet - parte 3
 
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6
Curso de Cronoanálise - Tempos e Movimentos - Parte 4 de 6
 
WorkNC flyer 1
WorkNC flyer 1WorkNC flyer 1
WorkNC flyer 1
 
Planilha
PlanilhaPlanilha
Planilha
 
DFMA_DPEP.pptx
DFMA_DPEP.pptxDFMA_DPEP.pptx
DFMA_DPEP.pptx
 
Estocagem segura imam
Estocagem segura imamEstocagem segura imam
Estocagem segura imam
 
Unidade 2.1 planejamento t+ítico do layout
Unidade 2.1   planejamento t+ítico do layoutUnidade 2.1   planejamento t+ítico do layout
Unidade 2.1 planejamento t+ítico do layout
 
Aplicacoes
AplicacoesAplicacoes
Aplicacoes
 
Estudo de postos de trabalho
Estudo de postos de trabalhoEstudo de postos de trabalho
Estudo de postos de trabalho
 
Soluções AutoForm
Soluções AutoForm Soluções AutoForm
Soluções AutoForm
 
Administração de Produção - Layout/Arranjo Fisico
Administração de Produção - Layout/Arranjo FisicoAdministração de Produção - Layout/Arranjo Fisico
Administração de Produção - Layout/Arranjo Fisico
 
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...
Tecnologia de armazenagem aplicada no suporte a gestão de ferramentas de usin...
 
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)
CAD/CAE/CAM (CAD,CAE,CAM; CAD-CAE-CAM)
 
Canteiro de obras
Canteiro de obrasCanteiro de obras
Canteiro de obras
 
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábrica
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábricaConexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábrica
Conexão entre a engenharia de manufatura e o chão de fábrica
 
5 fenicia pcp
 5 fenicia pcp 5 fenicia pcp
5 fenicia pcp
 

Mais de Universidade Federal Fluminense

Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personal
Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personalPunto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personal
Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personalUniversidade Federal Fluminense
 
Tipping point, accidents versus personal protective equipment
Tipping point, accidents versus personal protective equipmentTipping point, accidents versus personal protective equipment
Tipping point, accidents versus personal protective equipmentUniversidade Federal Fluminense
 
Pegadas hídricas água, o precioso líquido do presente e do futuro
Pegadas hídricas   água, o precioso líquido do presente e do futuroPegadas hídricas   água, o precioso líquido do presente e do futuro
Pegadas hídricas água, o precioso líquido do presente e do futuroUniversidade Federal Fluminense
 
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de segurosRc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de segurosUniversidade Federal Fluminense
 
Percepção, compreensão e avaliação de riscos análise de resultados de pesqu...
Percepção, compreensão e avaliação de riscos   análise de resultados de pesqu...Percepção, compreensão e avaliação de riscos   análise de resultados de pesqu...
Percepção, compreensão e avaliação de riscos análise de resultados de pesqu...Universidade Federal Fluminense
 
Editora roncarati incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos arti...
Editora roncarati   incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos   arti...Editora roncarati   incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos   arti...
Editora roncarati incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos arti...Universidade Federal Fluminense
 
Editora roncarati cenários críticos que ampliam riscos artigos e notícias
Editora roncarati   cenários críticos que ampliam riscos   artigos e notíciasEditora roncarati   cenários críticos que ampliam riscos   artigos e notícias
Editora roncarati cenários críticos que ampliam riscos artigos e notíciasUniversidade Federal Fluminense
 
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015Universidade Federal Fluminense
 
Editora roncarati autovistoria de edificações - considerações gerais arti...
Editora roncarati   autovistoria de edificações - considerações gerais   arti...Editora roncarati   autovistoria de edificações - considerações gerais   arti...
Editora roncarati autovistoria de edificações - considerações gerais arti...Universidade Federal Fluminense
 
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscos
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscosUma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscos
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscosUniversidade Federal Fluminense
 

Mais de Universidade Federal Fluminense (20)

Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personal
Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personalPunto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personal
Punto de inflexión, accidentes frente a equipos de protección personal
 
Tipping point, accidents versus personal protective equipment
Tipping point, accidents versus personal protective equipmentTipping point, accidents versus personal protective equipment
Tipping point, accidents versus personal protective equipment
 
Pegadas hídricas água, o precioso líquido do presente e do futuro
Pegadas hídricas   água, o precioso líquido do presente e do futuroPegadas hídricas   água, o precioso líquido do presente e do futuro
Pegadas hídricas água, o precioso líquido do presente e do futuro
 
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de segurosRc para executivos ganha destaque no mercado segurador   ad corretora de seguros
Rc para executivos ganha destaque no mercado segurador ad corretora de seguros
 
Liderança da gestão
Liderança da gestãoLiderança da gestão
Liderança da gestão
 
Percepção, compreensão e avaliação de riscos análise de resultados de pesqu...
Percepção, compreensão e avaliação de riscos   análise de resultados de pesqu...Percepção, compreensão e avaliação de riscos   análise de resultados de pesqu...
Percepção, compreensão e avaliação de riscos análise de resultados de pesqu...
 
Editora roncarati incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos arti...
Editora roncarati   incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos   arti...Editora roncarati   incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos   arti...
Editora roncarati incêndio em áreas de tancagem de produtos diversos arti...
 
Editora roncarati cenários críticos que ampliam riscos artigos e notícias
Editora roncarati   cenários críticos que ampliam riscos   artigos e notíciasEditora roncarati   cenários críticos que ampliam riscos   artigos e notícias
Editora roncarati cenários críticos que ampliam riscos artigos e notícias
 
Cenários críticos que ampliam riscos
Cenários críticos que ampliam riscosCenários críticos que ampliam riscos
Cenários críticos que ampliam riscos
 
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015
Uma passagem só de ida no voo do dia 24 de março de 2015
 
Revista opinião.seg nº 7 maio de 2014
Revista opinião.seg nº 7   maio de 2014Revista opinião.seg nº 7   maio de 2014
Revista opinião.seg nº 7 maio de 2014
 
Editora roncarati autovistoria de edificações - considerações gerais arti...
Editora roncarati   autovistoria de edificações - considerações gerais   arti...Editora roncarati   autovistoria de edificações - considerações gerais   arti...
Editora roncarati autovistoria de edificações - considerações gerais arti...
 
Utilidade social e eficiência do mutualismo
Utilidade social e eficiência do mutualismoUtilidade social e eficiência do mutualismo
Utilidade social e eficiência do mutualismo
 
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscos
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscosUma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscos
Uma breve análise da evolução dos programas de gerenciamento de riscos
 
Teste de adequação de passivos susep
Teste de adequação de passivos   susepTeste de adequação de passivos   susep
Teste de adequação de passivos susep
 
Teoria do risco
Teoria do riscoTeoria do risco
Teoria do risco
 
Teoria do risco tese de doutoramento
Teoria do risco   tese de doutoramentoTeoria do risco   tese de doutoramento
Teoria do risco tese de doutoramento
 
Teoria de utilidade e seguro
Teoria de utilidade e seguroTeoria de utilidade e seguro
Teoria de utilidade e seguro
 
Tecnicas atuariais dos seguros
Tecnicas atuariais dos segurosTecnicas atuariais dos seguros
Tecnicas atuariais dos seguros
 
Tábuas de mortalidade
Tábuas de mortalidadeTábuas de mortalidade
Tábuas de mortalidade
 

A influência dos layouts industriais e tipos de organização da produção

  • 1. A influência dos layouts industriais e a organização da produção Prof. Eng. Antonio Fernando Navarro Escolha do tipo de Layout Um layout é um arranjo ou distribuição geométrica, sobre determinada superfície, com o objetivo de tornar o processo construtivo mais adequado às necessidades das empresas. Algumas vezes os layouts são determinados em função das dimensões dos galpões industriais, em outras vezes em função da atuação de terceiros nos processos, e mesmo em função de aspectos relativos aos acessos às instalações. É uma disposição ordenada que segue um projeto ou um raciocínio lógico. Podemos imaginar que a roleta de um ônibus deve ficar junto a porta de entrada do veículo, e na parte traseira, para permitir que os passageiros venham a pagar as suas passagens logo na entrada, facilitando tanto o embarque quanto o desembarque. Se a roleta ficasse na frente do ônibus dificultaria a entrada e a saída dos passageiros, além de aumentar a carga de trabalho do motorista, retardando a viagem. Desta forma, o layout estudado fixou a roleta junto a porta de entrada e na parte de trás do veículo. Layout é a mesma coisa que arranjo ou disposição sobre uma superfície. O prévio conhecimento do tipo de layout empregado na distribuição dos equipamentos e maquinismos, internamente aos edifícios, auxilia bastante a análise dos riscos físicos. Os arranjos arquitetônicos são estudados em projeto, ou então é fruto de posicionamento de máquinas e equipamentos de acordo com a forma geométrica desses. Isso quer dizer que se pode elaborar um layout antes mesmo da indústria entrar em operação, estudar-se o arranjo mais conveniente ao tipo de produção e aos equipamentos adquiridos, ou layouts ao longo da atividade da empresa, sempre que essa altere suas características de produção, em processos de modernização ou procedimentos operacionais. Quando os arranjos são objeto de estudos na fase de projeto, tem-se a oportunidade de avaliar todos os aspectos operacionais relevantes, dentre os quais se destacam: transporte de matérias primas até aos equipamentos; transporte dos produtos finais, dos equipamentos para as áreas de estocagem; áreas de circulação ao redor dos equipamentos; áreas para depósito de mercadorias e de produtos intermediários, entre outros. Também se verifica a possibilidade da remoção dos equipamentos para reparos. Além disso, obrigatoriamente deve-se avaliar a necessidade de espaços circundantes para a operação dos equipamentos, circulação das mercadorias, estocagem provisória de produtos em fabricação e substituição ou reparos dos equipamentos.
  • 2. Fundamentalmente, existem três tipos de arranjos, a saber: Arranjo linear ou por produto O layout linear ou por produto é adotado quando a produção é desenvolvida sob a forma seqüencial. O produto manuseado percorre todas as instalações, mantendo-se fixos os equipamentos do processo. Esse tipo de arranjo é indicado quando o processamento envolve a fabricação de produtos seriados, ou padronizados, quando há produção em lotes, quando o transporte é contínuo, tendo as máquinas existentes as mesmas funções. produto intermediário A matéria prima A equipamento- equipamento equipamento produto A B final matéria prima produto intermediário B B O principal ponto negativo de um layout linear é que, para aumentar-se a Confiabilidade da produção e reduzir-se a probabilidade da ocorrências de falhas, deve-se aumentar continuamente a Confiabilidade de cada um dos componentes do processo. Ocorrendo um acidente no início do processo esse irá trazer reflexos ao longo de toda a linha de produção. As vantagens podem ser traduzidas pela redução do transporte interno dos produtos, pela menor permanência dos produtos em processamento ao longo da linha de produção. Cabe se ressaltar que a linha não pode ser posta a funcionar para a produção exclusivamente do produto intermediário B, ou do produto intermediário A, sem que haja desperdício de material e de tempo. Esses produtos intermediários saem como conseqüência da produção do produto final.
  • 3. Layout funcional ou por processo O layout funcional é empregado em processamentos que geram subprodutos, ou em linhas de fabricação nas quais o produto final é o resultado da associação de subprodutos ou de produtos intermediários. Nesse tipo de arranjo agrupam-se as máquinas e equipamentos que realizam trabalhos assemelhados. Pelas suas peculiaridades, o arranjo possibilita a produção de vários itens, ou produtos intermediários, com pouca movimentação de matérias primas. A principal vantagem é que, por intermédio desse arranjo consegue-se maior flexibilidade de produção, otimizando tempos em cada etapa de serviço, bem como acumulando estoques de produtos intermediários, que admitam certa sazonalidade. Havendo interrupção em qualquer uma das fases do processamento, não se interrompe todo o sistema. Como há possibilidade de haver processamento em paralelo, a probabilidade de falha é sempre menor. matéria prima equipamento A A matéria prima equipamento B B equipamento produto D final matéria prima equipamento C C Layout fixo ou posicional O arranjo fixo ou posicional é empregado quando é inviável o manuseio dos produtos que estão sendo trabalhados, devido ao fato de que, por acréscimo de componentes, suas dimensões e pesos tornam desaconselháveis e perigoso o transporte ou deslocamento dos produtos ou partes desses, como na fabricação de módulos de plataformas ou navios.
  • 4. Normalmente, esse tipo de arranjo é adotado quando há reduzida capacidade de produção, alto custo da movimentação do produto e o trabalho não é seqüencial. Em termos de segurança, trata-se do pior tipo de arranjo, já que o produto final, até vir a ser entregue, é trabalhado continuamente, além de haver sempre grande restrição de fluxo de equipamentos e serviços. Na fabricação de navios, grandes turbinas de hidrelétricas, equipamentos de grande porte e outros assemelhados é sempre empregado o arranjo posicional. matéria prima equipamento equipamento A B equipamento C produto final matéria prima matéria prima Vários são os critérios que norteiam a escolha dos tipos de arranjo ou da distribuição geométrica dos equipamentos e das instalações ou edificações. Essas escolhas podem se dar em função do tipo de equipamento, de determinada área de ocupação, das características dos produtos fabricados, das dimensões dos equipamentos empregados no processo, da geração de calor ou de frio, do risco de acidentes do trabalho que as máquinas poderão propiciar, das características dos processos de fabricação ou de outros fatores mais. Existem sugestões de escolha de layouts em função das atividades das indústrias. Algumas dessas são: Layout Linear ⇒ linhas de montagem de veículos; ⇒ linhas de montagem de produtos eletromecânicos; ⇒ fábricas de produtos químicos (química fina); ⇒ refinarias, etc. Layout funcional ⇒ fábrica de roupas;
  • 5. ⇒ fábrica de móveis; ⇒ fábrica de eletrodomésticos; ⇒ empresas gráficas. Layout fixo ⇒ estaleiros; ⇒ construção civil; ⇒ fabricação de componentes eletromecânicos de grande porte. Cálculo das superfícies úteis para o layout de equipamentos Até agora vimos apenas os arranjos físicos gerais empregados na distribuição de máquinas e equipamentos de linhas industriais. Porém, essa técnica pode vir a ser aplicada até na distribuição de simples equipamentos. Para que a distribuição ocorra com a devida segurança torna-se necessário o conhecimento prévio de quais áreas podem se empregadas para essas distribuições, bem como quais as áreas mínimas recomendadas para cada tipo de equipamento que se deseja distribuir no interior da indústria. Cada maquinismo necessita ter uma área segura, onde possa estar assentado. Os fatores que podem influenciar no dimensionamento das áreas mínimas necessárias para a operação dos equipamentos são: quantidade de calor ou de frio desprendida pelo equipamento; curso ou deslocamento de suas partes móveis; áreas mínimas necessárias à manutenção e operação dos equipamentos, com segurança; distâncias mínimas recomendadas para a remoção dos componentes das máquinas; existência de áreas mínimas para o estoque temporário de peças produzidas; existência de áreas mínimas ao redor dos equipamentos para que possam ser operados com segurança; existência de áreas mínimas para o estoque de insumos, etc. Uma das fórmulas usualmente utilizadas para o cálculo de superfícies úteis, que adaptamos para o presente artigo é a seguinte: St = Ap + Au + Ac
  • 6. St = Superfície de trabalho; Ap = Área projetada pelo equipamento no solo; Área de utilização, necessária ao redor do equipamento, para manutenção, operação e depósito de material trabalhado e em processamento. Au = N x Au = Ap, sendo N o número de lados empregados pelo operador do Onde: equipamento, quer se destine a depósito ou não; Área necessária para a circulação de materiais entre pontos de trabalho. Ac = k (Ap + Au), sendo “k” um coeficiente de circulação que varia em Ac = função do tipo de equipamento de transporte, do produto, da matéria prima. De forma simplificada, o valor de “k” mais empregado em áreas industriais, com equipamentos de médio porte é k = 1,5. St = Ap + Au + Ac St = Ap + (N x Ap) + k (Ap + Au) St = Ap (1 + N) + k (Ap + Au) St = Ap (1 + N) (1 + k) Em áreas com máquinas de grande porte, pode-se aplicar Au multiplicando-a pelo fator “1,4” . A segurança de uma instalação não depende unicamente da distribuição, operação ou manutenção dos equipamentos e maquinismos, mas também, da existência de equipes de pessoas treinadas e qualificadas, capazes de enfrentar os desafios, que continuamente surgem no dia a dia de uma empresa. Como enfatizamos anteriormente, o maior risco que uma empresa corre, atingindo-a com maior freqüência, é o incêndio. Afora isso tem-se o acidente de trabalho de conseqüências imprevisíveis para a empresa e para as áreas de produção. Deste modo, a escolha do layout não deve ser definida única e exclusivamente com base nos critérios mínimos traçados anteriormente, mas também, naqueles relacionados à prevenção e combate a sinistros (incêndios, desabamentos, inundações, entre outros).