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SÉRIE A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

O VALOR DA FREQÜÊNCIA À IGREJA
Coy Roper

Uma das coisas mais notáveis a respeito da igreja do Novo Testamento é que ela incluía constantes
reuniões de seus membros. Hoje, até mesmo as denominações possuem algum tipo de culto de adoração e esperam que seus membros “vão à igreja”.
Cedo ou tarde, todos nós acabamos por indagar:
“Eu preciso ir à igreja? Quantas vezes devo ir?”
Há quem tenha decidido que não precisa ir às
reuniões da igreja. Dizem estes: “Posso adorar a
Deus em casa tão bem quanto no prédio da igreja”.
Outros acreditam que o cristianismo só envolve ir
a um culto da igreja uma vez por ano. Certa tira de
quadrinhos mostra um homem e uma mulher em
pé, do lado de fora do prédio de uma igreja, num
domingo de Páscoa, e a mulher dizendo: “Você tem
certeza de que esta é a nossa igreja, meu bem? Você
não iria esquecer depois de um ano, não é?”. Outros
participam dos cultos com menor freqüência ainda.
Quando moramos na Austrália, dizia-se que o típico
australiano ia à igreja três vezes na vida: quando era
batizado, quando se casava e quando se realizava o
seu velório—em outras palavras, quando era chocado, acasalado e despachado.
Mas o que a Bíblia ensina a respeito disso? A
freqüência à igreja é essencial? Para solucionar essa
dúvida, vamos responder a uma outra pergunta:
por que ir à igreja? Que valor existe na freqüência
aos cultos de adoração? Vamos calcular o valor da
freqüência à igreja fazendo três perguntas:
COMO PODEMOS TER CERTEZA DE QUE A
FREQÜÊNCIA À IGREJA É VALIOSA?
Podemos ter certeza de que a freqüência aos cultos é valiosa simplesmente porque Deus a exige.
Falar de “freqüência à igreja” é, num sentido,
redundante. É usar duas palavras no lugar de uma;
a palavra freqüência é praticamente desnecessária.
A palavra igreja no grego significa “assembléia” ou
“congregação”. A igreja é uma assembléia, uma congregação. Ela envolve, por definição, uma reunião.
Não é possível haver igreja sem uma assembléia. Se
você acha que pode fazer parte da igreja sem participar do reunir-se, está pensando em algo diferente
do significado da palavra traduzida por “igreja”.
 
W. E. Vine, An Expository Dictionary of New Testament
Words (“Dicionário Expositivo Vine de Palavras do Novo
Testamento”), vol. 1. Old Tappan, N.J.: Fleming H. Revell
Co., 1966, pp. 83–84.

A questão é que a igreja é uma idéia de Deus! Ela
estava no plano eterno de Deus (Efésios 3:10, 11).
Deus acreditou que a igreja, a assembléia que envolvia
freqüência, era valiosa o bastante para ser incluída
nos Seus planos. Se Deus julgou necessário que nos
reuníssemos na igreja, quem somos nós para discutir com Ele?
Qual importância essa reunião tem para Deus?
Analisemos Hebreus 10:25–27:
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e
tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
Porque, se vivermos deliberadamente em
pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício
pelos pecados; pelo contrário, certa expectação
horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.

No versículo 25 o Senhor diz que não devemos
negligenciar as reuniões. A seguir, ele salienta as terríveis conseqüências do desvio deliberado de Deus.
Ele diz que “se vivermos deliberadamente em pecado”, já não resta sacrifício pelos pecados, mas
somente uma expectativa horrível de julgamento.
Obviamente, o escritor não está falando somente
da freqüência aos cultos quando ele fala de pecado
deliberado. Mas, tendo acabado de falar dela, com
certeza ele pretendia incluí-la na apostasia sobre a
qual estava advertindo.
Aquilo que Deus exige, nós precisamos fazer.
Imagine uma escola que os alunos pudessem freqüentar quantas vezes quisessem ou nenhuma vez
sequer. Imagine um exército cuja metade dos soldados estivesse ausente a maior parte do tempo. Esse
exército funcionaria? Uma escola pode funcionar
com essa base? Uma vez que o Senhor quer que nos
reunamos, não podemos deixar de nos reunir. Aquilo que ele exige, nós precisamos fazer.
Todavia, não queremos que seja exatamente
essa a ênfase aqui. Queremos enfatizar que o que
Deus exige, nós devemos fazer. Deus nunca nos pede
para fazer algo maléfico para nós mesmos. Aquilo
que Ele nos pede para fazer é bom para nós. Primeira João 5:3 diz: “os seus mandamentos não são
penosos”. Portanto, o mandamento divino para
freqüentarmos os cultos não é penoso, mas visa ao
nosso bem.
Sabendo que Deus exige isso de nós, também
devemos saber que nossas reuniões são valiosas
para nós porque Ele não nos pediria para fazê-las, se elas
não fossem valiosas! Só isto deveria nos convencer do
valor da freqüência à igreja.
POR QUE A FREQÜÊNCIA À IGREJA É
VALIOSA?
Somos Ajudados
Primeiramente, a freqüência à igreja é valiosa
porque ela nos ajuda.
A assembléia nos ajuda a manter a perspectiva correta
da vida. Ela nos faz lembrar que a vida é mais do que
o material e que servir a Deus é a coisa mais importante do mundo, e ela nos ajuda a constatar exatamente onde estamos em relação a Deus. Ela também
proporciona um momento de tranqüilidade para
retomarmos nossa direção. Assim como os homens
olham para as estrelas para confirmarem onde estão, a assembléia proporciona um tempo para olharmos para Deus para verificarmos onde estamos. Na
ceia do Senhor, por exemplo, cada um que participa
deve “examinar-se a si mesmo” (1 Coríntios 11:28).
Precisamos desse momento de tranqüilidade para
introspecção nesta era de tanta agitação.
A assembléia nos ajuda a crescer espiritualmente.
O crescimento espiritual é essencial (2 Pedro 3:18).
Mas não podemos crescer espiritualmente sem a Palavra de Deus. Ela é “o genuíno leite espiritual” pelo
qual nos é “dado crescimento para salvação” (1 Pedro 2:2). Estudando as Escrituras quando nos reunimos, vamos querer freqüentar os cultos da igreja. A
atitude do cristão é resumida por Jesus: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque
serão fartos” (Mateus 5:6). O cristão é tão faminto
por justiça que não pode ficar de fora do momento
de estudo.
A assembléia nos ajuda a vencer tentações. Ganhamos força para vencer tentações através das orações. Certo cântico diz: “Não se renda à tentação”.
E o coro desse cântico diz como evitar render-se:
“Peça que o Salvador o ajude”. Quando nos reunimos, oramos por nós mesmos e pelos outros irmãos
(Tiago 5:16). Também vencemos a tentação estudando a Palavra de Deus. O salmista disse: “Guardo no
coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”
(Salmos 119:11). Quando nos reunimos estudamos
as Escrituras! Portanto, nossas reuniões nos ajudam
a vencer as tentações nos dando oportunidade para
orar e estudar a Bíblia.
A assembléia nos ajuda a ficarmos mais parecidos com
Deus! Ficamos parecidos com aquilo que adoramos:
quando uma pessoa adora o pecado, ela finalmente
carrega as marcas do pecado. Quando damos de nós
mesmos para a adoração a Deus, acabamos por car

regar as marcas de Deus, as características de Deus.
Talvez Paulo tivesse isto em mente quando escreveu: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos
amados” (Efésios 5:1). Como filhos amados, adoramos a Deus, e quando O adoramos nos tornamos
imitadores de Deus; ficamos parecidos com Ele.
A assembléia nos prepara para o céu. No céu, falaremos com Deus, cantaremos louvores, nos lembraremos do sangue que nos salvou, aprenderemos dos
grandes homens da Bíblia… mas, de fato, fazemos
tudo isso quando nos reunimos. Adorar é prepararse para o céu!
Alguém escreveu: “Seria uma preparação precária para o seu primeiro domingo no céu desperdiçar
seu último domingo na terra”. Você gostaria que o
Senhor voltasse logo após você ter faltado deliberadamente num culto da igreja? Ou enquanto você
estivesse ausente de um culto?
Podemos Encorajar Outros
Em segundo lugar, a freqüência à igreja é valiosa porque nos proporciona uma oportunidade para
encorajar outros irmãos. Nossa freqüência ajuda outros cristãos.
Freqüentamos os cultos da igreja, não só para
nós mesmos louvarmos a Deus e crescermos espiritualmente, mas também para ajudarmos nossos
irmãos em Cristo. A adoração se destina tanto aos
irmãos quanto a Deus. Cantamos também com o
objetivo de encorajar uns aos outros: “Falando entre
vós com salmos, entoando e louvando de coração
ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Efésios
5:19); “instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em
toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e
hinos, e cânticos espirituais” (Colossenses 3:16). A
assembléia também proporciona uma oportunidade
para confessarmos os nossos pecados uns aos outros e orarmos uns pelos outros (Tiago 5:16). Uma
das principais razões para nos reunirmos é encorajar uns aos outros; em Hebreus 10:24 e 25, a freqüência às reuniões dos cristãos é apresentada como
um meio de incitar uns aos outros ao amor e às boas
obras. “Não deixemos de congregar-nos” é contrastado com “façamos admoestações”, ou seja, “procuremos encorajar-nos uns aos outros” (NVI). Então, reunir é encorajar uns aos outros.
O que acontece quando não há “união”, quando
muitos membros estão ausentes? Suponhamos que
temos uma fogueira acesa e logo depois espalhamos
suas brasas de carvão. O que acontece? Isolados, os
pedaços de carvão logo se apagam; juntos, eles continuam acesos. Precisamos nos reunir para—indivi-
dual e coletivamente—continuarmos vivos espiritualmente.
Além disso, nossa freqüência à igreja ajuda os
que não são membros da igreja.
Nossa responsabilidade para com os outros é
tentar trazê-los para a comunhão com Deus. Todavia, não há como fazer isso sem convencermos os
outros de que a nossa religião é importante para
nós. A freqüência à igreja fornece provas desse fato.
Quando freqüentamos regularmente, estamos dizendo: “Cristo é importante para mim. Ele deveria
ser importante para você também”. Quando falhamos em freqüentar, estamos dizendo: “Cristo não
significa muito para mim. Outras coisas são mais
importantes do que a igreja. Não tenho tanto para
oferecer a você”. A freqüência à igreja permite-nos
recomendar Cristo e Sua igreja aos nossos amigos.
Podemos Adorar a Deus
Em terceiro lugar, a freqüência à igreja é valiosa
porque nos proporciona a oportunidade de adorar
a Deus. Adorar, por sua vez, satisfaz os anseios do
homem e agrada a Deus.
O homem é uma criatura que adora. Onde há
seres humanos, alguma coisa ou pessoa é adorada.
O salmista expressou a necessidade humana de adorar da seguinte forma: “Como suspira a corça pelas
correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a
minha alma” (Salmos 42:1).
Deus sempre procurou pessoas para adorá-lO:
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus
adoradores” (João 4:23). Sublinhe este pensamento:
Deus procura adoradores! Assim como um pai gosta
de ouvir seus filhos expressarem amor por ele, com
certeza, Deus quer ouvir Seus filhos expressarem
amor por Ele. É isto que fazemos quando cantamos,
oramos, estudamos Sua palavra, tomamos a comunhão e ofertamos. Estamos dizendo ao nosso Pai
celestial: “Eu Te amo”. Quando adoramos a Deus,
não estamos satisfazendo apenas uma necessidade
do nosso interior e o desejo de Deus por verdadeiros
adoradores, também estamos agradando a Ele.
E esse, afinal de contas, é o nosso propósito na
adoração. Não adoramos primeiramente para agradar a homens, mas a Deus. Podemos ter a idéia de
que na adoração aqueles que lideram são os atores e
nós somos o auditório. Observamos e aprovamos ou
desaprovamos o desempenho deles. Esse é um conceito totalmente falso! Na adoração, nós somos os
atores e Deus é o auditório! Todos nós apresentamos
o espetáculo, e só Deus determina se é satisfatório.

Estamos aqui, não para agradar a nós mesmos, mas
a Deus. A adoração tem de se concentrar em Deus,
e não no homem.
Sendo assim, nossa responsabilidade de adorar
a Deus independe da responsabilidade que outras
pessoas tenham para conosco. Se certas pessoas não
nos tratam bem, seria isto uma justificativa para
não adorarmos? Absolutamente, não! Não importa
como somos tratados, ainda temos a mesma responsabilidade de adorar a Deus.
Certa mãe levou seu filho à escola pela primeira
vez. “Joãozinho é muito sensível”, disse ela à professora. “Se ele se comportar mal, não precisa dizer nada.
É só dar um cascudo na criança que estiver ao lado
dele, e ele vai entender.” É assim que muitas pessoas
tratam Deus! Elas vão adorar, mas daí alguém não as
trata bem e elas vão embora dizendo: “Ah, vou mostrar uma coisa só para eles. Vou parar de vir!” Com
essa atitude, estão “descontando em Deus”. Mas não
deveriam agir assim. Por quê? Porque nossa responsabilidade para com Deus existe independentemente
da responsabilidade que os outros têm para conosco.
Continua sendo nossa a responsabilidade de adorar
a Deus—não importa como as pessoas nos tratem ou
o que elas nos façam! Descontar em Deus não faz nenhum bem a nós mesmos!
QUAL ATITUDE DEVEMOS TER EM RELAÇÃO
À FREQÜÊNCIA À IGREJA?
Alguns perguntam: “Mas eu tenho de ir aos
cultos da igreja? Eu vou para o inferno se faltar?”
Essa atitude é de quem não entendeu a idéia principal. Deus quer que nos reunamos, não para colocar um peso sobre nós, e sim para nos beneficiar.
Devemos considerar a assembléia, não como uma
necessidade ruim, mas como uma oportunidade
para louvar a Deus, ajudar os outros e crescer espiritualmente.
Se você ainda está se perguntando: “Eu tenho
de ir à igreja?”, aqui estão algumas passagens bíblicas para você ponderar e algumas perguntas para
você responder:
Mateus 6:33—“Buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas.” Quando chega
a hora do culto de adoração, como podemos fazer outra coisa e ainda colocar o Seu reino em
primeiro lugar?
Tito 3:1—“Estejam prontos para toda boa
obra.” Quando os santos se reúnem—e com certeza essa é uma boa obra—como podemos estar
prontos para toda boa obra se não estamos prontos para comparecer?
Efésios 5:16—“Remindo [‘aproveitando
ao máximo’; NVI] o tempo, porque os dias são
maus.” Não estamos “aproveitando ao máximo”
o nosso tempo quando nos reunimos para estudar a Palavra de Deus e adorá-lO?
Marcos 12:30—“Amarás, pois, o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” Devemos amar a Deus com tudo—mas não
estamos retendo uma parte de nós dEle quando
deixamos deliberadamente de congregar?
Romanos 12:1—“…apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional.” Somos um sacrifício vivo se negligenciamos deliberadamente as
reuniões para adorarmos juntos a Deus?
1 Coríntios 15:58—“…sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é
vão.” Estamos sendo sempre abundantes na obra
do Senhor quando freqüentamos a igreja apenas
de vez em quando?

Que tipo de cristão ausenta-se deliberadamente
das reuniões? Uma mulher perguntou a um pregador: “O senhor acha que eu vou para o inferno por
faltar na igreja?” Ele respondeu: “Não, mas a senhora pode ir para o inferno por não amar ao Senhor o
suficiente para querer estar nos cultos”.
CONCLUSÃO
Vejamos mais dois aspectos relevantes:
Se um cristão tem a atitude correta, a freqüência à
igreja é valiosa porque faz ele se sentir bem.
Esse não é o propósito primordial da adoração.
A adoração visa agradar a Deus, quer isso nos faça
sentir bem, quer não. Mas, quando temos a atitude
correta, adorar nos fará sentir bem. Nós nos reunimos com os irmãos… para estudar e meditar… para
cantar com entusiasmo… para falar com Deus…
para ofertar da nossa prosperidade… para lembrar
Cristo e Sua morte… para sermos ensinados e exortados pela Palavra de Deus… e deixamos os nossos
pecados e preocupações com o Senhor… e encaramos o futuro com um vigor renovado!
Suponhamos que a adoração não faça você se
sentir bem. Você precisa é de uma nova atitude. Mas

a atitude não virá enquanto você não começar a freqüentar regularmente. A adoração é uma capacidade
aprendida! Precisamos praticá-la, antes de aprendermos a amá-la! B. B. Baxter tem um sermão chamado
“Quando os deveres se tornam desejos”. À medida
que praticamos a freqüência à igreja—mesmo que
seja como um dever—descobrimos que o dever acaba se tornando um desejo!
A adoração faz o cristão sentir-se bem: essa é a
única explicação para pessoas que freqüentam fielmente, apesar das dificuldades. Exemplificando, certo irmão chamado Ed Jacobson, freqüentava a congregação de Lake Alma, em Saskatchewan, quando eu
era pregador ali. Ele era um senhor idoso, que sofria
continuamente de dores, mas estava sempre presente
nas reuniões. A igreja se reunia numa sala de um prédio escolar. O irmão Ed subia as escadas até a porta
em meio a muitas dores. E com a mesma dificuldade
atravessava o corredor de cinco metros para sentar-se
próximo ao púlpito. Por fim, ele passou a usar uma
cadeira de rodas, mas não deixava de ir. Se alguém
lhe dizia: “Por que o senhor vem, se sente tanta dor?
Por que não fica em casa? Deus entenderia”, ele respondia: “Dói do mesmo jeito quando estou em casa”.
Se você não é um cristão, a freqüência à igreja talvez
nunca seja significativa para você.
Algumas pessoas já me disseram que não poderiam ser cristãs porque não passariam quatro horas
da semana dentro de uma igreja. Declararam que não
gostavam tanto assim de religião e que não entendiam como alguém conseguia se dedicar tanto. Mas
essa visão é comparável à de um homem que, não
tendo nenhum dinheiro no banco, vai semanalmente
à uma agência do banco. Você consegue pensar em
algum lugar mais tedioso do que um banco—se você
não tem nada depositado ali? A pessoa que não é cristã
não possui nenhum depósito no céu. Não é de admirar que ela considere improdutivas as freqüentes
viagens até a “filial”!
Se você ainda não faz parte da igreja do Senhor,
precisa tornar-se um cristão com a determinação de
agradar a Deus, crendo que, ao obedecer a Ele indo
à igreja, aprenderá a amar o ato de adorar. Deposite
o seu próprio ser no banco do céu, e a freqüência à
igreja adquirirá um novo sentido para você!

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  • 1. SÉRIE A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO O VALOR DA FREQÜÊNCIA À IGREJA Coy Roper Uma das coisas mais notáveis a respeito da igreja do Novo Testamento é que ela incluía constantes reuniões de seus membros. Hoje, até mesmo as denominações possuem algum tipo de culto de adoração e esperam que seus membros “vão à igreja”. Cedo ou tarde, todos nós acabamos por indagar: “Eu preciso ir à igreja? Quantas vezes devo ir?” Há quem tenha decidido que não precisa ir às reuniões da igreja. Dizem estes: “Posso adorar a Deus em casa tão bem quanto no prédio da igreja”. Outros acreditam que o cristianismo só envolve ir a um culto da igreja uma vez por ano. Certa tira de quadrinhos mostra um homem e uma mulher em pé, do lado de fora do prédio de uma igreja, num domingo de Páscoa, e a mulher dizendo: “Você tem certeza de que esta é a nossa igreja, meu bem? Você não iria esquecer depois de um ano, não é?”. Outros participam dos cultos com menor freqüência ainda. Quando moramos na Austrália, dizia-se que o típico australiano ia à igreja três vezes na vida: quando era batizado, quando se casava e quando se realizava o seu velório—em outras palavras, quando era chocado, acasalado e despachado. Mas o que a Bíblia ensina a respeito disso? A freqüência à igreja é essencial? Para solucionar essa dúvida, vamos responder a uma outra pergunta: por que ir à igreja? Que valor existe na freqüência aos cultos de adoração? Vamos calcular o valor da freqüência à igreja fazendo três perguntas: COMO PODEMOS TER CERTEZA DE QUE A FREQÜÊNCIA À IGREJA É VALIOSA? Podemos ter certeza de que a freqüência aos cultos é valiosa simplesmente porque Deus a exige. Falar de “freqüência à igreja” é, num sentido, redundante. É usar duas palavras no lugar de uma; a palavra freqüência é praticamente desnecessária. A palavra igreja no grego significa “assembléia” ou “congregação”. A igreja é uma assembléia, uma congregação. Ela envolve, por definição, uma reunião. Não é possível haver igreja sem uma assembléia. Se você acha que pode fazer parte da igreja sem participar do reunir-se, está pensando em algo diferente do significado da palavra traduzida por “igreja”.   W. E. Vine, An Expository Dictionary of New Testament Words (“Dicionário Expositivo Vine de Palavras do Novo Testamento”), vol. 1. Old Tappan, N.J.: Fleming H. Revell Co., 1966, pp. 83–84. A questão é que a igreja é uma idéia de Deus! Ela estava no plano eterno de Deus (Efésios 3:10, 11). Deus acreditou que a igreja, a assembléia que envolvia freqüência, era valiosa o bastante para ser incluída nos Seus planos. Se Deus julgou necessário que nos reuníssemos na igreja, quem somos nós para discutir com Ele? Qual importância essa reunião tem para Deus? Analisemos Hebreus 10:25–27: Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. No versículo 25 o Senhor diz que não devemos negligenciar as reuniões. A seguir, ele salienta as terríveis conseqüências do desvio deliberado de Deus. Ele diz que “se vivermos deliberadamente em pecado”, já não resta sacrifício pelos pecados, mas somente uma expectativa horrível de julgamento. Obviamente, o escritor não está falando somente da freqüência aos cultos quando ele fala de pecado deliberado. Mas, tendo acabado de falar dela, com certeza ele pretendia incluí-la na apostasia sobre a qual estava advertindo. Aquilo que Deus exige, nós precisamos fazer. Imagine uma escola que os alunos pudessem freqüentar quantas vezes quisessem ou nenhuma vez sequer. Imagine um exército cuja metade dos soldados estivesse ausente a maior parte do tempo. Esse exército funcionaria? Uma escola pode funcionar com essa base? Uma vez que o Senhor quer que nos reunamos, não podemos deixar de nos reunir. Aquilo que ele exige, nós precisamos fazer. Todavia, não queremos que seja exatamente essa a ênfase aqui. Queremos enfatizar que o que Deus exige, nós devemos fazer. Deus nunca nos pede para fazer algo maléfico para nós mesmos. Aquilo que Ele nos pede para fazer é bom para nós. Primeira João 5:3 diz: “os seus mandamentos não são penosos”. Portanto, o mandamento divino para freqüentarmos os cultos não é penoso, mas visa ao nosso bem. Sabendo que Deus exige isso de nós, também devemos saber que nossas reuniões são valiosas para nós porque Ele não nos pediria para fazê-las, se elas
  • 2. não fossem valiosas! Só isto deveria nos convencer do valor da freqüência à igreja. POR QUE A FREQÜÊNCIA À IGREJA É VALIOSA? Somos Ajudados Primeiramente, a freqüência à igreja é valiosa porque ela nos ajuda. A assembléia nos ajuda a manter a perspectiva correta da vida. Ela nos faz lembrar que a vida é mais do que o material e que servir a Deus é a coisa mais importante do mundo, e ela nos ajuda a constatar exatamente onde estamos em relação a Deus. Ela também proporciona um momento de tranqüilidade para retomarmos nossa direção. Assim como os homens olham para as estrelas para confirmarem onde estão, a assembléia proporciona um tempo para olharmos para Deus para verificarmos onde estamos. Na ceia do Senhor, por exemplo, cada um que participa deve “examinar-se a si mesmo” (1 Coríntios 11:28). Precisamos desse momento de tranqüilidade para introspecção nesta era de tanta agitação. A assembléia nos ajuda a crescer espiritualmente. O crescimento espiritual é essencial (2 Pedro 3:18). Mas não podemos crescer espiritualmente sem a Palavra de Deus. Ela é “o genuíno leite espiritual” pelo qual nos é “dado crescimento para salvação” (1 Pedro 2:2). Estudando as Escrituras quando nos reunimos, vamos querer freqüentar os cultos da igreja. A atitude do cristão é resumida por Jesus: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). O cristão é tão faminto por justiça que não pode ficar de fora do momento de estudo. A assembléia nos ajuda a vencer tentações. Ganhamos força para vencer tentações através das orações. Certo cântico diz: “Não se renda à tentação”. E o coro desse cântico diz como evitar render-se: “Peça que o Salvador o ajude”. Quando nos reunimos, oramos por nós mesmos e pelos outros irmãos (Tiago 5:16). Também vencemos a tentação estudando a Palavra de Deus. O salmista disse: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmos 119:11). Quando nos reunimos estudamos as Escrituras! Portanto, nossas reuniões nos ajudam a vencer as tentações nos dando oportunidade para orar e estudar a Bíblia. A assembléia nos ajuda a ficarmos mais parecidos com Deus! Ficamos parecidos com aquilo que adoramos: quando uma pessoa adora o pecado, ela finalmente carrega as marcas do pecado. Quando damos de nós mesmos para a adoração a Deus, acabamos por car regar as marcas de Deus, as características de Deus. Talvez Paulo tivesse isto em mente quando escreveu: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5:1). Como filhos amados, adoramos a Deus, e quando O adoramos nos tornamos imitadores de Deus; ficamos parecidos com Ele. A assembléia nos prepara para o céu. No céu, falaremos com Deus, cantaremos louvores, nos lembraremos do sangue que nos salvou, aprenderemos dos grandes homens da Bíblia… mas, de fato, fazemos tudo isso quando nos reunimos. Adorar é prepararse para o céu! Alguém escreveu: “Seria uma preparação precária para o seu primeiro domingo no céu desperdiçar seu último domingo na terra”. Você gostaria que o Senhor voltasse logo após você ter faltado deliberadamente num culto da igreja? Ou enquanto você estivesse ausente de um culto? Podemos Encorajar Outros Em segundo lugar, a freqüência à igreja é valiosa porque nos proporciona uma oportunidade para encorajar outros irmãos. Nossa freqüência ajuda outros cristãos. Freqüentamos os cultos da igreja, não só para nós mesmos louvarmos a Deus e crescermos espiritualmente, mas também para ajudarmos nossos irmãos em Cristo. A adoração se destina tanto aos irmãos quanto a Deus. Cantamos também com o objetivo de encorajar uns aos outros: “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Efésios 5:19); “instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Colossenses 3:16). A assembléia também proporciona uma oportunidade para confessarmos os nossos pecados uns aos outros e orarmos uns pelos outros (Tiago 5:16). Uma das principais razões para nos reunirmos é encorajar uns aos outros; em Hebreus 10:24 e 25, a freqüência às reuniões dos cristãos é apresentada como um meio de incitar uns aos outros ao amor e às boas obras. “Não deixemos de congregar-nos” é contrastado com “façamos admoestações”, ou seja, “procuremos encorajar-nos uns aos outros” (NVI). Então, reunir é encorajar uns aos outros. O que acontece quando não há “união”, quando muitos membros estão ausentes? Suponhamos que temos uma fogueira acesa e logo depois espalhamos suas brasas de carvão. O que acontece? Isolados, os pedaços de carvão logo se apagam; juntos, eles continuam acesos. Precisamos nos reunir para—indivi-
  • 3. dual e coletivamente—continuarmos vivos espiritualmente. Além disso, nossa freqüência à igreja ajuda os que não são membros da igreja. Nossa responsabilidade para com os outros é tentar trazê-los para a comunhão com Deus. Todavia, não há como fazer isso sem convencermos os outros de que a nossa religião é importante para nós. A freqüência à igreja fornece provas desse fato. Quando freqüentamos regularmente, estamos dizendo: “Cristo é importante para mim. Ele deveria ser importante para você também”. Quando falhamos em freqüentar, estamos dizendo: “Cristo não significa muito para mim. Outras coisas são mais importantes do que a igreja. Não tenho tanto para oferecer a você”. A freqüência à igreja permite-nos recomendar Cristo e Sua igreja aos nossos amigos. Podemos Adorar a Deus Em terceiro lugar, a freqüência à igreja é valiosa porque nos proporciona a oportunidade de adorar a Deus. Adorar, por sua vez, satisfaz os anseios do homem e agrada a Deus. O homem é uma criatura que adora. Onde há seres humanos, alguma coisa ou pessoa é adorada. O salmista expressou a necessidade humana de adorar da seguinte forma: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma” (Salmos 42:1). Deus sempre procurou pessoas para adorá-lO: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (João 4:23). Sublinhe este pensamento: Deus procura adoradores! Assim como um pai gosta de ouvir seus filhos expressarem amor por ele, com certeza, Deus quer ouvir Seus filhos expressarem amor por Ele. É isto que fazemos quando cantamos, oramos, estudamos Sua palavra, tomamos a comunhão e ofertamos. Estamos dizendo ao nosso Pai celestial: “Eu Te amo”. Quando adoramos a Deus, não estamos satisfazendo apenas uma necessidade do nosso interior e o desejo de Deus por verdadeiros adoradores, também estamos agradando a Ele. E esse, afinal de contas, é o nosso propósito na adoração. Não adoramos primeiramente para agradar a homens, mas a Deus. Podemos ter a idéia de que na adoração aqueles que lideram são os atores e nós somos o auditório. Observamos e aprovamos ou desaprovamos o desempenho deles. Esse é um conceito totalmente falso! Na adoração, nós somos os atores e Deus é o auditório! Todos nós apresentamos o espetáculo, e só Deus determina se é satisfatório. Estamos aqui, não para agradar a nós mesmos, mas a Deus. A adoração tem de se concentrar em Deus, e não no homem. Sendo assim, nossa responsabilidade de adorar a Deus independe da responsabilidade que outras pessoas tenham para conosco. Se certas pessoas não nos tratam bem, seria isto uma justificativa para não adorarmos? Absolutamente, não! Não importa como somos tratados, ainda temos a mesma responsabilidade de adorar a Deus. Certa mãe levou seu filho à escola pela primeira vez. “Joãozinho é muito sensível”, disse ela à professora. “Se ele se comportar mal, não precisa dizer nada. É só dar um cascudo na criança que estiver ao lado dele, e ele vai entender.” É assim que muitas pessoas tratam Deus! Elas vão adorar, mas daí alguém não as trata bem e elas vão embora dizendo: “Ah, vou mostrar uma coisa só para eles. Vou parar de vir!” Com essa atitude, estão “descontando em Deus”. Mas não deveriam agir assim. Por quê? Porque nossa responsabilidade para com Deus existe independentemente da responsabilidade que os outros têm para conosco. Continua sendo nossa a responsabilidade de adorar a Deus—não importa como as pessoas nos tratem ou o que elas nos façam! Descontar em Deus não faz nenhum bem a nós mesmos! QUAL ATITUDE DEVEMOS TER EM RELAÇÃO À FREQÜÊNCIA À IGREJA? Alguns perguntam: “Mas eu tenho de ir aos cultos da igreja? Eu vou para o inferno se faltar?” Essa atitude é de quem não entendeu a idéia principal. Deus quer que nos reunamos, não para colocar um peso sobre nós, e sim para nos beneficiar. Devemos considerar a assembléia, não como uma necessidade ruim, mas como uma oportunidade para louvar a Deus, ajudar os outros e crescer espiritualmente. Se você ainda está se perguntando: “Eu tenho de ir à igreja?”, aqui estão algumas passagens bíblicas para você ponderar e algumas perguntas para você responder: Mateus 6:33—“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Quando chega a hora do culto de adoração, como podemos fazer outra coisa e ainda colocar o Seu reino em primeiro lugar? Tito 3:1—“Estejam prontos para toda boa obra.” Quando os santos se reúnem—e com certeza essa é uma boa obra—como podemos estar prontos para toda boa obra se não estamos prontos para comparecer?
  • 4. Efésios 5:16—“Remindo [‘aproveitando ao máximo’; NVI] o tempo, porque os dias são maus.” Não estamos “aproveitando ao máximo” o nosso tempo quando nos reunimos para estudar a Palavra de Deus e adorá-lO? Marcos 12:30—“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” Devemos amar a Deus com tudo—mas não estamos retendo uma parte de nós dEle quando deixamos deliberadamente de congregar? Romanos 12:1—“…apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Somos um sacrifício vivo se negligenciamos deliberadamente as reuniões para adorarmos juntos a Deus? 1 Coríntios 15:58—“…sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” Estamos sendo sempre abundantes na obra do Senhor quando freqüentamos a igreja apenas de vez em quando? Que tipo de cristão ausenta-se deliberadamente das reuniões? Uma mulher perguntou a um pregador: “O senhor acha que eu vou para o inferno por faltar na igreja?” Ele respondeu: “Não, mas a senhora pode ir para o inferno por não amar ao Senhor o suficiente para querer estar nos cultos”. CONCLUSÃO Vejamos mais dois aspectos relevantes: Se um cristão tem a atitude correta, a freqüência à igreja é valiosa porque faz ele se sentir bem. Esse não é o propósito primordial da adoração. A adoração visa agradar a Deus, quer isso nos faça sentir bem, quer não. Mas, quando temos a atitude correta, adorar nos fará sentir bem. Nós nos reunimos com os irmãos… para estudar e meditar… para cantar com entusiasmo… para falar com Deus… para ofertar da nossa prosperidade… para lembrar Cristo e Sua morte… para sermos ensinados e exortados pela Palavra de Deus… e deixamos os nossos pecados e preocupações com o Senhor… e encaramos o futuro com um vigor renovado! Suponhamos que a adoração não faça você se sentir bem. Você precisa é de uma nova atitude. Mas a atitude não virá enquanto você não começar a freqüentar regularmente. A adoração é uma capacidade aprendida! Precisamos praticá-la, antes de aprendermos a amá-la! B. B. Baxter tem um sermão chamado “Quando os deveres se tornam desejos”. À medida que praticamos a freqüência à igreja—mesmo que seja como um dever—descobrimos que o dever acaba se tornando um desejo! A adoração faz o cristão sentir-se bem: essa é a única explicação para pessoas que freqüentam fielmente, apesar das dificuldades. Exemplificando, certo irmão chamado Ed Jacobson, freqüentava a congregação de Lake Alma, em Saskatchewan, quando eu era pregador ali. Ele era um senhor idoso, que sofria continuamente de dores, mas estava sempre presente nas reuniões. A igreja se reunia numa sala de um prédio escolar. O irmão Ed subia as escadas até a porta em meio a muitas dores. E com a mesma dificuldade atravessava o corredor de cinco metros para sentar-se próximo ao púlpito. Por fim, ele passou a usar uma cadeira de rodas, mas não deixava de ir. Se alguém lhe dizia: “Por que o senhor vem, se sente tanta dor? Por que não fica em casa? Deus entenderia”, ele respondia: “Dói do mesmo jeito quando estou em casa”. Se você não é um cristão, a freqüência à igreja talvez nunca seja significativa para você. Algumas pessoas já me disseram que não poderiam ser cristãs porque não passariam quatro horas da semana dentro de uma igreja. Declararam que não gostavam tanto assim de religião e que não entendiam como alguém conseguia se dedicar tanto. Mas essa visão é comparável à de um homem que, não tendo nenhum dinheiro no banco, vai semanalmente à uma agência do banco. Você consegue pensar em algum lugar mais tedioso do que um banco—se você não tem nada depositado ali? A pessoa que não é cristã não possui nenhum depósito no céu. Não é de admirar que ela considere improdutivas as freqüentes viagens até a “filial”! Se você ainda não faz parte da igreja do Senhor, precisa tornar-se um cristão com a determinação de agradar a Deus, crendo que, ao obedecer a Ele indo à igreja, aprenderá a amar o ato de adorar. Deposite o seu próprio ser no banco do céu, e a freqüência à igreja adquirirá um novo sentido para você! © Copyright 2007 by A Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS