2. .
AO FINAL DESTA AULA SERÁ IMPORTANTE
ENTENDER:
O que foi o iluminismo;
Quem foram seus principais pensadores;
O que foi o liberalismo econômico;
Despotismo Esclarecido.
3. Inicia-se na França e posteriormente difundiu-se
por toda a Europa e pela América. Apresentou
Iluminismo alguns pontos em comum com o humanismo
renascentista como a rejeição ao misticismo e a
crença na razão. Porém, o iluminismo criticava o
absolutismo monárquico, ao contrário dos
renascentistas, e defendiam novas formas políticas
como a república democrática. Foram defensores
da liberdade de pensamento e de ação.
O seres humanos
Só por meio da razão o ser
têm direitos naturais
humano poderia alcançar o
que não podem ser
conhecimento, a harmonia
violados
em sociedade e a liberdade
individual.
4. O movimento iluminista surgiu como insatisfação, principalmente dos
setores intelectualizados da sociedade, contra os excessos e opressões
impostos pelo sistema absolutista. Os iluministas propunham a
reorganização da sociedade com uma política voltada para o ser humano,
sobretudo para garantir-lhe liberdade.
Outro aspecto da filosofia iluminista era a ideia de progresso contínuo da
sociedade. No entanto, este progresso somente seria possível se as
pessoas fossem educadas segundo o princípio da ciência e da razão.
O século XVIII foi chamado de
século das Luzes.
5. A BURGUESIA E OS ILUMINISTAS
A burguesia apoiou estas ideias visto que era um setor bastante
prejudicado pela política centralizadora dos absolutistas (mercantilismo).
Esta camada da sociedade durante a formação das monarquias nacionais
esteve alinhada aos interesses da centralização e da política mercantilista
que lhe garantia o monopólio do comércio. No entanto, com o tempo
alguns empresários passaram a se interessar pela liberdade de comércio
e de mercado o que fez a burguesia se afastar do absolutismo.
6. Quais são os mais importantes princípios adotados pelos iluministas?
7. Os iluministas acreditavam que o direito a liberdade era um
direito natural e inviolável e acreditavam que somente
através da razão os homens poderiam chegar a uma
convivência harmoniosa em sociedade, assim como alcançar
a liberdade individual.
8. AS ENCICLOPÉDIAS
As ideias iluministas precisavam ser
divulgadas, para isso Denis Diderot e Jean
D’lambert organizaram a grande enciclopédia,
75 volumes que compilaram toda a produção
cultural daquele período. (política, econômica,
filosófica, artes) Inúmeros pensadores
contribuíram para a enciclopédia. Nos artigos
os autores desenvolviam os ideais de
liberdade contestando o antigo regime e a
Igreja Católica e estiveram sempre
preocupados com uma produção racional do
conhecimento.
9. ILUMINISTAS FRANCESES
Criticavam a servidão, que simbolizava a permanência das relações
feudais de trabalho no campo.
Se posicionaram contra o regime absolutista e o mercantilismo, que
limitavam a liberdade e o direito à propriedade
Condenavam a influência da Igreja católica sobre a sociedade,
principalmente na educação e na cultura.
Criticavam também a desigualdade de direitos e deveres entre os
indivíduos.
Posso não concordar com
nenhuma das palavras que você
disser, mas defenderei até a
morte o direito de você dizê-las.
Voltaire
10. PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS
Montesquieu – em “O espírito das leis” analisa
diversas formas de governo para mostrar a
superioridade da monarquia constitucional inglesa.
Defendia a divisão dos Estados em três poderes
independentes para que não houvesse
acumulação de poderes nas mão de um
governante. Os poderes controlar-se-iam
mutuamente o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário. Inspirou a Revolução Americana e a
Revolução Francesa.
11. Voltaire – criticou duramente os privilégios da
nobreza e da Igreja e defendeu as liberdades
individuais. Criticou o absolutismo de direito divino
propondo a participação da burguesia no governo.
Influenciou alguns governantes conhecidos como
déspotas esclarecidos.
Rousseau – o mais radical dos pensadores. Criticou o
absolutismo e a burguesia defendendo uma sociedade
baseada na justiça, na igualdade e na soberania do povo.
Acusou a propriedade privada de destruir a liberdade e
promover o despotismo e a corrupção. Defendeu a
vontade da comunidade deveria prevalecer e não a
vontade individual. Inspirou o movimento mais radical da
Revolução Francesa e o movimento socialista.
12. A ESCOLA FISIOCRATA E O LIBERALISMO
ECONÔMICO
A Escola fisiocrata combatia as práticas mercantilistas e defendia o individualismo
econômico baseado no governo da natureza, considerava a agricultura como a
principal fonte de riquezas. Eram favoráveis ao livre comércio e propunham a
abolição dos monopólios. Esta Escola influenciou o liberalismo econômico que teve
como principal representante Adam Smith. No livro “A riqueza das nações” defendeu
um novo sistema econômico baseado na plena liberdade de concorrência cuja lei
seria a da oferta e da procura. Esta lei regularia a produção e a distribuição da
riqueza e defendia o trabalho livre como a verdadeira fonte de riqueza da sociedade
(“mão invisível” do mercado).
Esta corrente econômica influencia até hoje muitos pensadores econômicos que são
chamados neoliberais.
13. O que foi liberalismo
econômico?
Riqueza das Nações de Adam Smith
14. O liberalismo econômico estava baseado na plena
liberdade de concorrência cuja lei seria a da oferta e da
procura.
15. DESPOTISMO ESCLARECIDO: UNIÃO
ENTRE ABSOLUTISMO E ILUMINISMO
No século XVIII nos países em que a burguesia não teve força suficiente para
promover as reformas liberais e derrubar o absolutismo, os próprios monarcas
proveram a modernização de seus estados sem, contudo, abrir mão do poder.
Foram inspirados no pensamento de Voltaire, que defendia as mudanças
através de um despotismo esclarecido. Desenvolveu-se sobretudo em lugares de
economia atrasada e essencialmente agrícola, onde a burguesia era inexistente ou
muito fraca. O Estado, nestes casos, elaborou reformas administrativas e jurídicas,
dirigindo a economia e orientando a educação. O despotismo esclarecido contribui
para acelerar a modernização de alguns países. Os déspotas esclarecidos
legitimam o seu poder com o argumento de que governam em nome da felicidade
dos seus povos, de acordo com o novo pensamento iluminista.
16. RÚSSIA
Catarina governou a Rússia entre 1762 e1796 e foi leitora entusiasmada dos
iluministas franceses. Em seu reinado tentou transformar a Rússia em um Estado
moderno:
tomou bens da Igreja e os redistribuiu aos nobres.
elevou os impostos pagos pelos camponeses.
manteve a servidão e reafirmou os direitos dos proprietários sobre os servos.
estimulou o desenvolvimento industrial e a formação de um grupo burguês.
No entanto, estas medidas somente duraram até a eclosão da Revolução
Francesa. Catarina temendo que as ideias revolucionárias influenciassem a
população russa afastou de seu governo as ideias iluministas.
17. PORTUGAL
O despotismo esclarecido em Portugal foi exercido por Marquês de Pombal, ministro de
dom José I. Durante seu governo Pombal tentou equilibrar as finanças do Reino, que estavam
abaladas pelo declínio da exploração do ouro no Brasil. Para isso:
Reforçou os vínculos coloniais para que o pacto colonial fosse cumprido. Exigiu que a
colônia recolhesse 100 arrobas de ouro por ano.
Criou a derrama e a Real Extração, órgão do governo que exercia o monopólio da
exploração de diamantes em Minas.
Expulsou os jesuítas de Portugal e das colônias alegando que formavam uma organização
que pretendia ser um “Estado dentro do Estado”.
Restringiu os privilégios da nobreza e do clero.
Criou o Banco Real e proibiu a exportação de metais preciosos na tentativa de equilibrar a
balança comercial do reino.
Ainda assim não conseguiu contornar a crise econômica e teve suas medidas revogadas por
Maria I.
18. O que foi o Despotismo Esclarecido?
Marquês de Pombal
19. Despotismo Esclarecido foi um regime de governo pelo qual
alguns governantes adotaram os princípios iluministas para
estabelecer reformas em seus países e modernizá-los, sem
abrir mão do absolutismo.
20. Questão 01 PUC-RJ: Analise as afirmativas abaixo referentes ao Iluminismo:
I - Muitas das idéias propostas pelos filósofos iluministas são, hoje, elementos essenciais da
identidade da sociedade ocidental.
II - O pensamento iluminista caracterizou-se pela ênfase conferida à razão, entendida como
inerente à condição humana.
III - Diversos pensadores iluministas conferiram uma importância central à educação enquanto
instrumento promotor da civilização.
IV - A filosofia iluminista proclamou a liberdade como direito incontestável de todo ser
humano.
Assinale:
(A) se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
21. Resolução:
I - Muitas das idéias propostas pelos filósofos iluministas são, hoje,
elementos essenciais da identidade da sociedade ocidental.
II - O pensamento iluminista caracterizou-se pela ênfase conferida à
razão, entendida como inerente à condição humana.
III - Diversos pensadores iluministas conferiram uma importância central à
educação enquanto instrumento promotor da civilização.
IV - A filosofia iluminista proclamou a liberdade como direito incontestável
de todo ser humano.
Letra E - todas estão corretas
22. Questão 02 - PUC-RJ: “Assim em Paris e nas grandes cidades, a burguesia era superior à
nobreza em riqueza, em talento e em méritos pessoais. Inclusive nas cidades de província ela
era superior à nobreza rural; e ainda que sentisse esta superioridade, era humilhada e
excluída da carreira militar pelos regulamentos do exército e também excluída do alto clero, e,
já que a escolha dos bispos e dos altos dignatários eclesiásticos recaía sobre os nobres, ela o
era também em muitos capítulos de catedrais. Também a alta magistratura a rejeitava, pois a
maioria das cortes soberanas só admitia nobres em seu seio. Inclusive para ocupar os cargos
menos importantes no quadro de funcionários do Conselho de Estado aos lugares eminentes
de intendente, eram exigidas provas de nobreza nos últimos tempos.“
Marquês de Bouilli IN: Ilmar R. Mattos e outros. História. Rio de Janeiro: Francisco Alves/ Edutel, 1977. 83 pg.
O trecho acima é parte das memórias de um nobre francês do século XVIII. Sua vida, em
boa parte, coincidiu com a crise da - Sociedade do Antigo Regime. Uma expressão dessa
crise foi a formulação e difusão de idéias - as idéias iluministas - por meio das quais
criticavam-se as estruturas que davam sentido a essa sociedade.
A partir da leitura do texto, IDENTIFIQUE um elemento característico da Sociedade do
Antigo Regime que foi duramente criticado pelos filósofos iluminista.
23. RESOLUÇÃO:
- A noção de privilégio;
- O caráter estamental da sociedade;
- A desigualdade de oportunidades legalmente
referendadas.
24. Questão 03 - MACKENZIE:Na segunda metade do século XVIII, surgiram monarcas que
implementaram novas feições ao Absolutismo, adequando seus estados e governos às idéias da
época. Assinale a alternativa que apresenta elementos do Despotismo Esclarecido.
a) A igualdade jurídica entre os cidadãos, o anticlericalismo , o combate às idéias fisiocratas, a
supressão do liberalismo econômico e a separação dos três poderes.
b) O anticlericalismo, o fim do Absolutismo, a reformulação das relações entre o Estado e a Igreja
e o fortalecimento da Monarquia.
c) O estímulo à organização e à tolerância religiosa, a abolição do Antigo Regime, a
desregulamentação dos ofícios, a contestação ao Estado e ao sistema monárquico.
d) O fim das práticas mercantilistas, a organização do ensino nos moldes dos enciclopedistas e a
adoção das propostas do filósofo iluminista Montesquieu para o fortalecimento dos privilégios
feudais.
e) A reformulação das relações entre o Estado e a Igreja, o desenvolvimento das atividades
manufatureiras e a realização de algumas reformas sociais, sem o abandono do absolutismo na
prática política.
25. RESOLUÇÃO:
a) A igualdade jurídica entre os cidadãos, o anticlericalismo , o combate às
idéias fisiocratas, a supressão do liberalismo econômico e a separação dos três
poderes.
b) O anticlericalismo, o fim do Absolutismo, a reformulação das relações entre o
Estado e a Igreja e o fortalecimento da Monarquia.
c) O estímulo à organização e à tolerância religiosa, a abolição do Antigo
Regime, a desregulamentação dos ofícios, a contestação ao Estado e ao
sistema monárquico.
d) O fim das práticas mercantilistas, a organização do ensino nos moldes dos
enciclopedistas e a adoção das propostas do filósofo iluminista Montesquieu
para o fortalecimento dos privilégios feudais.
e) A reformulação das relações entre o Estado e a Igreja, o desenvolvimento
das atividades manufatureiras e a realização de algumas reformas sociais, sem
o abandono do absolutismo na prática política.
26. Bibliografia
PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena V. Triunfo da Razão. In. “História
Moderna e Contemporânea”. 14ª ed. Editora Ática, São Paulo: 2006.