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  UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
       DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
     CAMPUS XIV – CONCEIÇÃO DO COITÉ




   ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM




O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE
 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA




            CONCEIÇÃO DO COITÉ
                   2012
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     ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM




O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE
 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA




              Monografia apresentada à Universidade do Estado
              da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV,
              como requisito final à conclusão do Curso de
              Licenciatura em Letras.

              Orientadora: Profª. Mônica Veloso Borges




            CONCEIÇÃO DO COITÉ
                   2012
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            ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM




     O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE
      LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
     DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA




                       Monografia apresentada à Universidade do Estado da
                       Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como
                       requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em
                       Letras.



Aprovada em: ___/___/___



                           Banca examinadora

_________________________________________
Mônica Veloso Borges
Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV

_________________________________________
Neila Maria Oliveira Santana
Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV


_________________________________________
Juliana Bastos
Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV




                           CONCEIÇÃO DO COITÉ
                                  2012
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Dedico este trabalho aos meus familiares que a
todo o momento me apoiaram, aos colegas pela
cumplicidade e aos meus professores pela
orientação na busca pelo conhecimento.
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                              AGRADECIMENTOS

      Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela felicidade de poder
desfrutar do Seu amor, pela capacitação contínua e pela palavra de estímulo dada
nos momentos de fraqueza: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não
temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que
andares” (Josué 1: 9).
      Agradeço a minha mãe Erivam por ser meu apoio e exemplo de vida e por ter
acreditado que eu era capaz mesmo quando tudo parecia difícil. Ao meu pai
Hamilton por me amar do jeito dele e me incentivar na busca por meus objetivos
mesmo quando estes pareciam distantes. Agradeço aos dois juntos pelos sábios
ensinamentos que fizeram de mim o que sou hoje. Agradeço ainda a minha irmã
Sismay que mesmo distante tem partilhado momentos de alegrias e conquistas e me
confortado nas tristezas. Quero aqui retribuir, com palavras de reconhecimento, ao
meu marido Eduardo pelos momentos de alegria e por também estar ao meu lado
nos problemas e dificuldades encontradas para a concretização desse sonho me
impulsionando para frente.
      Sou agradecida também aos meus colegas por estarem e serem presentes na
minha vida e terem feito parte dessa fase de formação profissional e pessoal. Em
especial quero agradecer aqui a minha colega, amiga e irmã Tiara que não só
esteve ao meu lado em todos os momentos dessa caminhada, como me mostrou
que basta querermos para alcançarmos tudo mesmo que tudo pareça inalcançável.
      Muito obrigada ainda a todos os professores que contribuíram com essa
formação, que durante esses anos forneceram-me a bagagem necessária para hoje
eu estar aqui. Agradeço a minha orientadora Profª Mônica Borges por pacientemente
ter me guiado na construção desse trabalho.
      Enfim, agradeço a todos que direta ou indiretamente colaboraram para que eu
alcançasse essa vitória, a todos que estiveram ao meu lado se enquadrando dentro
de tudo que a situação exigisse. O meu sincero agradecimento!
5




"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não
começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as
melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos
que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música,
ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas
bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas
pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a
produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de
vir antes".
                                                 (Rubem Alves)
6



                                     RESUMO

O presente trabalho foi realizado com a pretensão de reconhecer a importância do
ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação
de textos em aulas de língua inglesa visando à obtenção de futuros leitores
eficientes e eficazes. Os principais objetivos norteadores são: a) analisar as
diferentes formas de trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE;
b) observar os diferentes recursos e estratégias utilizadas na interpretação de textos
em LE; c) reconhecer a importância da formação do professor para o
desenvolvimento do ensino das estratégias de leitura em aulas de LE; e d)
possibilitar a reflexão partindo da análise dos dados obtidos. Este estudo tem como
base teórica, estudiosos que defendem o uso da abordagem instrumental na prática
pedagógica das aulas de língua estrangeira bem como teóricos que acreditam no
fundamental papel que exerce o professor na mediação do conhecimento específico
e os seus educandos. A partir desta fundamentação foram coletados dados entre
professores e alunos de uma escola pública em Valente-Ba a fim de comparar e
comprovar a eficiência da teoria na prática. Os resultados alcançados ao fim do
trabalho revelam que a teoria pode ser facilmente posta em prática deste que haja
empenho e planejamento, as aulas de LE onde a leitura é o foco podem ser
produtivas e os objetivos basais da leitura instrumental espontaneamente
alcançados. Trabalhos deste tipo se mostram relevantes para a disseminação do
tema proposto além de proporcionar conhecimentos teóricos para novas pesquisas e
continuação desta linha de pesquisa.

Palavras-chave: leitura, língua estrangeira, abordagem instrumental, estratégias de
leitura, interpretação de texto.
7



                                      ABSTRACT

This work was carried out with the intention of recognizing the importance of
instruction instrumental reading to develop reading skills and interpretation of texts in
English language lessons in order to obtain efficient and effective future readers. The
main guiding objectives are: a) analyze the different ways of working the reading of
authentic texts in the classroom to FL b) observe the different resources and
strategies used in the interpretation of texts in foreign language c) recognize the
importance of training teacher to develop teaching strategies for reading in classes
FL, and d) allow the reflection based on the data analysis. This study is based on
theoretical, scholars who advocate the use of instrumental approach in the practice
of teaching foreign language classes as well as theorists who believe in the
fundamental role that the teacher plays in mediating the specific knowledge and their
students. From this reasoning, data were collected between teachers and students at
a public school in Valente-Ba to compare and demonstrate the efficiency of the
theory in practice. The results achieved by the end of the study reveal that the theory
can be easily put into practice. This commitment since there is planning, FL classes
where reading is the focus can be productive and the basal objectives of instrumental
reading spontaneously achieved. Works of this kind are relevant to the dissemination
of the proposed theme besides providing theoretical knowledge for further research
and continued this line of research.

Keywords: reading, foreign language, instrumental approach, reading strategies,
reading comprehension.
8



                                                       SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................9


Capítulo 1: A Utilização da Leitura em Aulas de LE..............................................11
1.1 A Abordagem Instrumental...................................................................................12
1.2 Planejamento: uma necessidade.........................................................................15
1.3 A Importância da Formação Profissional..............................................................17


Capítulo 2: Metodologia...........................................................................................20
2.1 Caracterização dos sujeitos participantes............................................................20
2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários..............................................................21


Capítulo 3: Análise de Dados..................................................................................22


Considerações Finais..............................................................................................28


Referências...............................................................................................................29


Apêndice: Questionários.........................................................................................32
9



                                     Introdução


      Com a ascensão da língua inglesa em vários meios de comunicação e em
textos diversos, surge a necessidade de se aprender essa língua estrangeira. Língua
esta que tem chegado a todos os ambientes sociais sem distinção e que
rapidamente se torna indispensável em algumas situações. Diante das dificuldades
em ensinar e incentivar o aluno a ler e interpretar textos em língua inglesa é
necessário que o professor aprenda e desenvolva técnicas, estratégias e a
criatividade para facilitar a compreensão dos alunos dos textos a eles apresentados.
No entanto, mesmo diante da importância que o inglês tem ganhado, muitas das
dificuldades que o professor enfrenta estão relacionadas à falta de motivação do
aluno e a falta de uma resposta convincente quando se trata da questão: por que
aprender inglês?
      Assim, este trabalho aborda várias teorias sobre as melhores formas
possíveis para desenvolver aulas de leitura em LE satisfatórias a partir de uma
abordagem instrumental. É possível através deste texto, reconhecer a importância
do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e
interpretação de textos em aulas de língua inglesa com objetivo de obter futuros
leitores eficientes e eficazes. Analisando as diferentes formas de trabalhar a leitura
de textos autênticos em sala de aula de LE percebe-se a importância que a
formação do professor tem para o desenvolvimento do ensino das estratégias de
leitura em aulas de LE. O presente texto que teve como problema gerador: de que
forma é possível desenvolver aulas de leitura em LE a partir de uma abordagem
instrumental? Consegue responder satisfatoriamente a mesma.
      Além dos fundamentos teóricos acerca do tema aqui abordado, este trabalho
traz ainda a descrição metodológica proposta para a obtenção de dados em uma
escola da rede pública do município de Valente. Foram realizadas entrevistas com
alunos e professores do ensino médio da escola citada. E podem-se encontrar ainda
as considerações tecidas a partir dos dados obtidos com os citados sujeitos a
respeito das aulas de leitura. Por meio da análise desses dados foi possível
perceber como essas aulas têm sido desenvolvidas na instituição de ensino em
questão além de contrastar a prática docente com a teoria.
      Depois da análise realizada torna-se perceptível quão indispensável é, em
salas de LE, a realização das aulas de leitura e interpretação de textos através de
10



uma abordagem instrumental, em busca do desenvolvimento da aprendizagem da
língua inglesa. E para que esse objetivo seja alcançado o professor se faz
fundamental, pois nele depositam-se expectativas e confiança para transformar o
aluno em um individuo capaz de superar as dificuldades que surgem na
aprendizagem de uma LE. Então, capacitar o professor oferecendo-lhe meios para
crescer     profissionalmente   e   didaticamente   será   o   primeiro   passo   no
desenvolvimento do ensino de língua inglesa de qualidade. Contudo, é notória a
necessidade de oferecer ao professor, meios para que o ensino de qualidade
aconteça.
              Este trabalho se justifica por ser mais uma iniciativa para analisar a
prática pedagógica atuante em salas de LE possibilitando o reconhecimento do valor
que o suporte didático com atividades e sugestões de diferentes abordagens poderá
gerar bons resultados e instigar os alunos à própria autonomia de buscar seus meios
para que a aprendizagem se concretize e reflita na sociedade os resultados de uma
educação planejada e compromissada, realmente, com o avanço dos estudantes.
11



                                       Capítulo 1
                      A Utilização da Leitura em Aulas de LE


      É por meio da leitura que a educação de um indivíduo se concretiza. Lendo
ele terá a possibilidade de expandir seus conhecimentos em todos os âmbitos do
ensino, dentre tantos outros assuntos que hoje são tão importantes para um viver
melhor. Portanto, não se deve associá-la apenas às aulas de português, pelo
contrário, ela está diretamente ligada a todas as áreas da educação e se faz
necessária para que o avanço deste indivíduo na aprendizagem aconteça, é o que
afirma Zilberman (1993, p.7).

                      a leitura, se é estimulada e exercitada com maior atenção pelos
                      professores de língua e literatura, intervém em todos os setores
                      intelectuais que dependem, para sua difusão, do livro, repercutindo
                      especialmente na manifestação escrita e oral do estudante, isto é, na
                      organização formal e de seu raciocínio e expressão.

      Ao se falar em leitura, não se deve restringir seu conceito apenas ao ato de
ler palavras decodificando símbolos. Ler vai muito além disso.            É possível ler
imagens, sinais entre tantas outras leituras possíveis do mundo. Um bebê quando
começa a perceber as situações ao seu redor e compreender os estímulos a ele
investidos, de certa forma já está fazendo a leitura de mundo, conhecendo o
significado das coisas. Portanto ler é compreender tudo que envolve o ato em si, é
conhecer o contexto, atribuir significados ao texto lido.
      Percebe-se a importância que a leitura tem para a vida das pessoas e a
necessidade de estimulá-la desde o indivíduo no âmbito familiar. A família tem a
responsabilidade de motivar a criança a ler dando o primeiro exemplo, porém é na
escola que a leitura se torna constante. O professor assume o papel valioso de
ensinar a leitura e fazer dela uma realidade.
      Em todas as disciplinas, a leitura é um elemento presente e indispensável,
porém nas aulas de língua estrangeira, e aqui especificamente a língua inglesa, ler
se torna uma ação mais árdua devido a diversos fatores como a baixa proficiência
na língua em questão, o vocabulário diminuto ou até mesmo o desinteresse dos
alunos por acharem que aprender uma segunda língua não será útil.
      Portanto utilizar a leitura nas aulas de LE não é apenas uma necessidade ou
obrigação, é uma decisão que o professor deve tomar e realizá-la com esmero
12



desde o essencial planejamento. Não basta querer praticar a leitura nessas aulas e
o fazer de qualquer forma é preciso planejar, buscar a melhor maneira de realizá-la
e pesquisar sempre os mais atuais estudos sobre o tema.


1.1 A Abordagem Instrumental


      Tem-se notado nas escolas, durantes estágios, um decréscimo na freqüência
com que se lê e na quantidade de livros lidos o que também pode ser constatado
nas pesquisas de Lajolo (1999). Não há mais o encantamento em pegar um livro e
pôr-se a descobrir o mundo novo que cada livro traz em si. Atualmente com a
facilidade do acesso à internet, boa parte dos estudantes detém-se na leitura de e-
mails ou textos eletrônicos de seu interesse, e se são obrigados a lerem alguma
obra literária (porque a leitura de livros, muitas vezes, só acontece se for obrigação)
buscam os resumos postados na rede porque acham uma perda de tempo ler um
livro na íntegra se o resumo traz o conteúdo do mesmo de forma curta. Não se
diminui aqui o valor que a internet tem quando feito bom uso da mesma, pois nela
podem-se encontrar textos autênticos (que serão abordados mais à frente) e atuais,
os quais podem ser muito motivadores para o aluno.
      E os reflexos dessa falta de leitura têm-se revelado em erros ortográficos,
falta de argumentos sobre diversos assuntos durante uma conversação, entre tantos
outros. Diante dessa realidade de decadência da leitura, trabalhar a leitura em aulas
de LE exige ainda mais compromisso do professor em atender às necessidades dos
alunos com os textos selecionados.
      Valer-se da abordagem instrumental nas aulas de língua inglesa como LE é
uma decisão acertada, pois visa assistir no que é necessário                  para o
desenvolvimento da cidadania e atender aos interesses dos alunos. A eficácia da
utilização dessa abordagem é eminente, pois diante da imersão da sociedade na
aprendizagem da língua inglesa de forma rápida os objetivos da leitura são
alcançados. Para aqueles que tencionam realizar um nível superior de educação e
para isso é necessário ler em uma LE, a abordagem instrumental encarrega-se de
alcançar este objetivo satisfatoriamente. Além de que na abordagem instrumental o
professor tem o papel de ajudar o aluno na busca pela sua autonomia, um dos
objetivos dessa abordagem é tornar o aluno autônomo, para que ele busque textos
de sua preferência ou de sua necessidade.
13



      Para uma leitura prazerosa é necessário que o que se lê seja de interesse do
leitor e que o texto faça sentido para o mesmo. Existem textos que contêm
informações que exigem do leitor algum conhecimento prévio sobre o tema, portanto
se o mesmo não o possuir a leitura se tornará fatídica e não haverá compreensão.
Em aulas de LE esse critério se torna mais forte, pois deve ser observado se o texto
a ser trabalhado está adequado ao nível de conhecimento e proficiência da classe.
      Existem diversos materiais didáticos que abordam a leitura com o foco na
gramática e estrutura lingüística e isso é exatamente o que as Orientações
Curriculares para o Ensino Médio condenam nas aulas de LE

                     Um exemplo disso é o trabalho de leitura que utiliza textos não
                     autênticos, ou seja, aqueles construídos com tempos verbais
                     limitados a um conhecimento estrutural e gradativo, isto é, que
                     narram ou descrevem somente no tempo presente ou só no passado,
                     denotando uma narrativa artificial. Entende-se que a teoria
                     subjacente a esse procedimento “separa” os tempos verbais
                     gramaticalmente, visando a facilitar a “compreensão” do texto, ou
                     seja, nesse texto o aluno encontra apenas tempos verbais que já
                     foram estudados. (Aliás, a respeito desse tipo de “compreensão”,
                     trata-se de uma concepção antiga, que não mais condiz com o
                     trabalho de leitura que pretende formar leitores independentes e
                     críticos.) (2006, p.113).

      Porém para a abordagem instrumental é importante que os textos sejam
autênticos, ou seja, textos reais como notícias, reportagens, diálogos, receitas entre
tantos outros que revelem alguma situação comum, isto é, estejam inseridos em
algum contexto compreensível e que ajudem o aluno a expandir seu conhecimento
de mundo, ao invés de textos criados somente com intuito de abordar conteúdos
gramaticais, assim aconselha os PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental (BRASIL, 1998, p. 45).

                     A utilização em sala de aula de tipos de textos diferentes, além de
                     contribuir para o aumento do conhecimento intertextual do aluno,
                     pode mostrar claramente que os textos são usados para propósitos
                     diferentes na sociedade.

      Assim nas aulas de leitura em LE, o foco não deve estar no ensino da
gramática e aquisição de vocabulário, mas sim na compreensão geral do tema do
texto, isto é, o objetivo principal deve ser a obtenção de informações que o texto em
trabalho ofereça e conseqüentemente o vocabulário será adquirido e a gramática
compreendida.
14



      Partindo da premissa de que o objetivo basal das aulas de leitura em língua
inglesa deve ser a compreensão do texto, o professor deve, como mediador do
conhecimento, oferecer ferramentas para isso, ensinar as estratégias de leitura que
ainda serão aqui abordadas e deve também incentivar seus aprendizes a fazerem
serventia de seus conhecimentos na língua para facilitar a realização da leitura.
      Os    textos   autênticos   são   indicados   para   utilização   na   abordagem
instrumental, pois possibilitam ao aluno aprenderem com textos que retratam uma
realidade. Com estes textos é possível ensinar um pouco da cultura de outros países
principalmente daqueles que falam a LE, além de ser possível encontrar textos que
retratam a própria realidade do aluno entre outras, é o que menciona Almeida Filho.

                      Atualmente, o aprendizado de uma segunda língua é de suma
                      importância, pois através dela torna-se possível um contato com
                      novas culturas e novos conhecimentos. Dessa forma, uma aula de
                      LE deve possibilitar ao aluno mais que o aprendizado de um código
                      lingüístico, ela deve proporcionar também uma oportunidade de
                      conhecer outras culturas e outras realidades. (ALMEIDA FILHO,
                      1993 apud IBIAPINO 2010)

      Podem ser encontrados ainda textos autênticos que tratem de diversos temas
que despertem a atenção e interesse da classe. Para isso é preciso que o professor
esteja disposto a empenhar tempo na busca por esses textos que podem ser
encontrados na internet, revistas e jornais estrangeiros, manuais dentre tantas
outras fontes. Além de interessante a leitura de textos autênticos facilita o alcance
do objetivo da abordagem instrumental que é a leitura para fins específicos.
      Além dos textos autênticos, que são bastante funcionais nas aulas de leitura
em LE, existem as estratégias de leitura que também facilitam a compreensão. Na
realização de qualquer atividade ou resolução de problemas, o agente busca a tática
mais fácil ou aquela que surte mais efeito para o alcance do objetivo, e são esses os
atributos das estratégias de leitura, promover a compreensão e facilitar o ato de ler.
      Ao distinguir o que abrange o conceito de cada uma das estratégias de leitura
o leitor poderá fazer uso delas no momento apropriado promovendo a interpretação
do texto sem que seja necessário recorrer ao dicionário. A utilização do conjunto das
estratégias no processo da leitura resulta na captação das idéias principais do texto.
Segundo Grabe (2002 apud IBIAPINO 2010, p.4):

                      As Estratégias de leitura apresentam papel fundamental na
                      interpretação e compreensão de textos, pois fazem com que os
15



                     estudantes aumentem o nível de consciência sobre as idéias
                     principais em um texto e possibilitam a exploração e a organização
                     do mesmo.

      Portanto, juntamente com o conhecimento das estratégias de leitura ao
realizar a leitura o aluno estará participando da construção do sentido do texto,
empregando o conhecimento prévio e de mundo que já possui ao lado das outras
estratégias pode alcançar bons resultados.
      Quanto à interpretação de texto, ela é muitas vezes usada nos livros didáticos
para denominar uma seqüência de questões relacionadas a um determinado texto.
Na tentativa de respondê-las o aluno muitas vezes apenas copia partes do texto
para responder o problema observando apenas se estas partes possuem as
palavras do enunciado da questão sem que haja uma breve análise sobre se é
exatamente essa a resposta para o questionamento, isso no contexto de língua
materna. Ao passar para o contexto de língua estrangeira essa atitude torna-se
ainda mais freqüente e mais inclinada ao erro, pois existe o fator estrutural
envolvido. Uma frase que o leitor acha estar falando uma coisa pode estar
expressando o contrário ou devido à forma mecânica e sem significado que a
interpretação tem sido realizada, pois a mesma é realizada sem motivação nenhuma
com perguntas que não levam a reflexão do tema, o objetivo da interpretação pode
não ser alcançado.
      Deste modo, a observância das técnicas de leitura proporcionará o suporte
necessário para a realização de uma leitura eficaz pela qual é possível compreender
e assim interpretar corretamente o texto respondendo de forma plausível as
questões referentes ao mesmo, pois o objetivo será a compreensão do texto, a
busca pelo significado, maior que a busca pela gramática, ou por respostas que não
desenvolvam a verdadeira compreensão.


1.2 Planejamento: uma necessidade

      Para a execução de qualquer atividade é necessário que, por mais rápido que
seja, haja um planejamento. Antes de desenvolver uma aula na prática, é cogente
que o professor trace minuciosamente um plano que facilitará o transcorrer da
mesma e promoverá resultados satisfatórios quanto ao alcance dos objetivos
traçados.
16



      Para Kleiman (2007) trabalhar a leitura nas aulas de LE exige um
planejamento detalhado, ou seja, planejar, além de compromisso se torna uma
necessidade, pois deve ser levado em conta o grau de dificuldade que a turma
apresenta quanto a LE e a desmotivação ainda maior quando se trata dessa aula
por não acharem-na necessária, esses, dentre tantos outros fatores acabam
dificultando a obtenção de bons resultados.
      Nas aulas de leitura em LE, planejar é algo decisivo para uma boa aula. O
professor tem a incumbência de buscar as formas mais dinâmicas e eficazes de
trabalhar o texto, prévia e meticulosamente escolhido, a fim de que seus alunos
obtenham a compreensão e correta interpretação do texto além do conhecimento
que cada leitura proporciona a um indivíduo.
      Já foi comprovado que o ser humano tem a capacidade maior de aprender se
o que deve ser aprendido for exposto de forma dinâmica. Existem diversas
atividades de leitura que se trabalhadas corretamente e com o planejamento podem
ser transformadas em facilitadoras da compreensão. Além de motivar e estimular a
participação e interesse do aluno essas atividades mexem com as estruturas
cerebrais que assimilam mais facilmente a informação que o texto está transmitindo.
      Com base nos estudos de Paiva (2010) sobre os novos métodos pedagógicos
e seus resultados, conclui-se que a aprendizagem acontecerá não só pela
intervenção do professor, mas também com a interferência do próprio aluno na
construção de seu conhecimento. O papel do professor será estabelecer uma ponte
entre a informação e o aluno que poderá contar com a ajuda do docente nas
dificuldades encontradas até chegar ao conhecimento.
      Ao trabalhar leitura nas aulas de LE, a ação do educador necessita ser
delineada visando à autonomia do aluno. O educando precisa se tornar um
autônomo da própria aprendizagem, ou seja, ele mesmo determinará o quanto de si
dará para alcançar a compreensão esperada como Miccoli (2010, p. 32) afirma “Um
aluno autônomo sabe que tem um papel ativo a cumprir em seu processo de
aprendizagem.”
      Tendo essa consciência, por meio do planejamento o professor terá a
possibilidade de traçar metas e escolher maneiras de alcançar o objetivo da
compreensão nas aulas de leitura além de instigar seus alunos a buscarem por
conta própria novos textos de seu interesse. O aluno deve ser conscientizado de que
ele é a peça principal para o próprio avanço na aprendizagem, conforme Miccoli
17



(2010) se este não buscar por si mesmo expandir os horizontes de seus
conhecimentos, sua aprendizagem pode ficar aquém do esperado. A depender da
postura do professor o incentivo e motivação pela autonomia podem surtir bons
efeitos quando realizados com o plano de antemão. Existem diversas atividades
voltadas para o desenvolvimento da autonomia que podem ser adaptadas pelo
professor, durante o planejamento, de acordo com a realidade de cada classe.
      Como falado no início deste trabalho, uma leitura encantadora é aquela onde
o que se lê tem alguma importância para o leitor, portanto cabe aqui citar mais um
ponto de valor ao planejamento: a necessidade em escolher com atenção os textos
a serem trabalhados. Devem-se observar alguns aspectos relevantes que
contribuem para aceitação dos alunos e motivação em realizar as atividades
propostas a) a adequação da linguagem ao nível em que a classe se encontra b)
estar condizente com a realidade dos discentes ou pelo menos não tão distante e
descontextualizada e c) esteja de alguma forma relacionado ao quadro de interesses
da turma.
      É comum encontrar livros didáticos que são produzidos em determinadas
regiões do país, mas que serão utilizados em outras, que possuem características
díspares, onde os aspectos regionais são muito diferentes por isso alguns textos
causam estranhamento e às vezes incompreensão. Contudo o professor tem o
poder de escolher aqueles que lhe apraz tendo em vista a melhor compreensão de
seus alunos. Todo layout do gênero textual incluindo as imagens além do conteúdo
de um texto não devem passar despercebidos no momento de seleção, pois a
primeira vista já despertam algumas impressões produtivas para o decorrer da aula.


1.3 A Importância da Formação Profissional

      Ao analisar a educação no âmbito social é estranho perceber que um setor
tão importante seja palco para tantos problemas atuarem e a cada dia conseguirem
tornar essa realidade pior. O descaso dos alunos é tamanho que acaba
desmotivando o professor que devido a isso já não tem tido preocupação em inovar
seus métodos de ensino ou renovar seus conhecimentos. Com o apoio da família há
muito tempo a escola não pode contar, pois é outra instituição que vem se
deteriorando e suas conseqüências vêm sendo sentidas pela sociedade, refletidas
na violência, miséria, prostituição, drogas. E todo esse quadro consegue piorar
18



quando restringimos à análise da educação das escolas públicas onde, além de
todos esses fatores já citados existe o problema financeiro onde professores
recebem mal pelo seu trabalho, a escola não possui recursos necessários para o
oferecimento de uma boa educação, e se possui os professores e funcionários não
são treinados para fazer o uso correto dos mesmos.
      Mesmo ante a todos esses problemas e sua desvalorização, o professor
continua sendo peça fundamental na formação de indivíduos críticos e conscientes
de seus direitos e deveres, por esse motivo a formação desse profissional deve ser
voltada para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que podem ser
aprimorados com a prática pedagógica.
      Retornando ao contexto de aulas de leitura em LE, a formação profissional
ganha novas proporções em importância, pois é durante a sua formação que o
professor terá a oportunidade de conhecer a realidade da educação, decidir em ser
agente na melhoria da mesma além de ser apresentado ás teorias que facilitam o
planejamento e desenvolvimento dessas aulas.
      É em sua formação que o professor deverá se conscientizar e assumir seu
papel de motivador. Esse termo abarca uma característica muito importante
atribuída ao professor. Segundo Shütz (2003) um aluno só aprende algo se ele tiver
alguma motivação que o impulsione a aprender. “Não é o professor que ensina nem
o método que funciona; é o aluno que aprende”. Analisando a frase de Shütz (2003)
pode-se perceber certo grau de autonomia presente e um tanto que desvalorização
do papel do docente, no entanto o desempenho do professor durante as aulas de LE
podem aumentar os níveis de motivação induzindo o aprendiz ao aprendizado

                    se o ambiente em que o aprendizado da língua deve ocorrer for
                    autêntico e proporcionar atividades voltadas aos interesses do
                    aprendiz, o grau de motivação será alto. Entretanto, se o ambiente
                    carecer de autenticidade, de elementos da cultura estrangeira, como
                    por exemplo uma sala de aula com um número excessivo de alunos
                    e um professor de proficiência limitada, onde a L2 dificilmente se
                    impõe sobre a L1, e se as atividades nesse ambiente forem ditadas
                    por um plano didático predeterminado em vez de centradas na
                    pessoa e nos interesses do aprendiz, o grau de motivação será baixo
                    (SHÜTZ, 2003)

      Constata-se na citação acima que a formação e capacitação do professor
influenciarão na motivação externa do aluno, por meio do planejamento e pesquisas
o educador transmitirá segurança e estimulará o aluno a participar da aula e da
19



construção do próprio conhecimento. Além disso, percebe-se ainda a eficácia que a
autenticidade e abordagem instrumental têm no aumento da motivação.
      Na busca pela boa execução das propostas, citadas durante todo o trabalho,
dos teóricos no campo da leitura é importante que o professor de LE reconheça a
necessidade de ter a sua formação continuada. Segundo Moita Lopes (1996) a
atuação de um professor em uma sala de LE deve ser dirigida pela busca constante
por inovação e pesquisa teórica visando acompanhar as tendências que surgem
com a finalidade de ajudar o mesmo em seu desempenho didático e auxiliar na
concretização da aprendizagem do aluno mediada pela prática de toda teoria
pesquisada pelo docente.
      Estudos recentes vêm mostrando que a pesquisa deve estar presente na
formação do professor, proporcionando-lhe oportunidades de construir o seu próprio
conhecimento e aprender como oferecer essas oportunidades a seus alunos. A partir
das leituras feitas em Lisita, Rosa e Lipovetsky (2008) é possível discorrer que, a
pesquisa é um recurso que permite um indivíduo fazer estudo sobre um tema,
realizar experiências e obter resultados, e com base nesses dados, conseguir
construir conhecimento a cerca do tema, ou seja, é descobrir, redescobrir, analisar,
desfazer, refazer, modificar o conhecimento a partir dos resultados das experiências
e estudos, é ser capaz de elaborar sua contribuição científica sobre um assunto.
      A partir do momento que a pesquisa passa a fazer parte da formação do
professor e que esse compreende a importância desse recurso para a prática
pedagógica e quais os resultados positivos que seu uso planejado pode trazer, basta
realizá-la com responsabilidade. Para as aulas de leitura o trabalho do professor-
pesquisador não terá fim, pois a cada nova aula textos são novos e a forma de
trabalhar os mesmos deve ser também renovada a cada dia. Além de que com a
evolução e mudança constante da sociedade alguns textos que são utilizados em
um ano podem não ser mais atuais no outro, portanto a busca por textos atuais e
contextualizados recomeça.
      Pensando assim é possível concluir que, para atuação em qualquer aula de
qualquer disciplina, mas principalmente para as aulas de LE é fundamental que
durante a sua formação, o professor busque se qualificar ao máximo e conscientize-
se de que essa não acaba com o fim da graduação, pelo contrário é indispensável à
formação continuada para uma prática docente de sucesso.
20



                                        Capítulo 2
                                       Metodologia


      Com a intenção de conhecer e analisar a circunstância em que se encontram
as aulas de língua inglesa onde a leitura de textos é trabalhada, e a posição tanto
dos alunos quanto dos professores ante essas aulas, foi escolhida a abordagem
metodológica da pesquisa qualitativa. Foram aplicados questionários, para discentes
e docentes, elaboradas com o intuito de que fossem transmitidas as impressões que
esses sujeitos têm das aulas de leitura em LE.
      O processo metodológico de uma pesquisa é fundamental para a validação
do produto final como afirma Duarte (2002, p.140), a coleta de dados para análise é
tão importante quanto a síntese desta, é o declara a mesma

                        Se nossas conclusões somente são possíveis em razão dos
                        instrumentos que utilizamos e da interpretação dos resultados a que
                        o uso dos instrumentos permite chegar, relatar procedimentos de
                        pesquisa, mais do que cumprir uma formalidade, oferece a outros a
                        possibilidade de refazer o caminho e, desse modo, avaliar com mais
                        segurança as afirmações que fazemos.

       Portanto, será a seguir descrito cada passo da pesquisa e os sujeitos da
mesma de forma a esclarecer os objetivos iniciais e conclusões a quais se chegou
com o exame de cada dado obtido sobre a realidade das aulas de leitura em LE por
meio das entrevistas.


2.1 Caracterização dos sujeitos participantes


      Para a realização da pesquisa de campo foram realizados questionários a
dois professores de língua inglesa e a trinta alunos do ensino médio de uma escola
pública estadual situada no município de Valente, sendo que quinze destes eram
alunos de um professor e os outros quinze do outro.
      Os professores em questão foram nomeados de A e B e os alunos
numerados de 1 a 30, sendo que os estudantes numerados de 1 a 15 são alunos do
professor A e os de 16 a 30 são alunos do professor B. Os alunos interrogados
estavam dentro da faixa etária entre 15 e 24 anos.
      Os dois professores questionados têm a sua formação profissional na área de
Língua Inglesa e ambos ensinam a língua na instituição citada há dez anos, no
21



entanto não ensinam apenas inglês. O professor B tem a carga horária semanal de
trabalho de sessenta horas enquanto que o professor A tem apenas quarenta horas
semanais.


2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários


      Tanto os professores quanto os alunos já citados, receberam o questionário
impresso em papel. O questionário direcionado aos professores continha onze
questões sendo que as quatro primeiras diziam respeito à formação profissional,
tempo de ensino da língua, se leciona apenas inglês e jornada semanal de trabalho,
perguntas estas que já tiveram suas respostas comentadas no tópico anterior
referente à caracterização dos sujeitos participantes. E as outras sete questões
estavam relacionadas às práticas pedagógicas adotadas para a realização das aulas
de leitura em LE.
      O questionário destinado aos alunos possuía apenas seis questões que
investigavam a concepção dos alunos quanto ao mundo da leitura e importância
atribuída às aulas de LE onde o foco está na leitura. Algumas perguntas
averiguavam ainda a forma como eles aceitam os métodos utilizados pelos
professores durante essas aulas.
      Enfim, as perguntas de ambos os questionários foram elaboradas tendo como
base os teóricos citados ao longo do trabalho nos capítulos referentes à
fundamentação teórica e visando confirmar as considerações tecidas ao longo da
realização deste trabalho. Teve-se ainda a intenção de comprovar o que diziam os
professores sobre as aulas de leitura com o que afirmavam os alunos sobre as
mesmas aulas.
22



                                    Capítulo 3
                                 Análise de Dados

      Este trabalho teve como objetivo geral inicial reconhecer a importância do
ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação
de textos em aulas de língua inglesa com a finalidade de obter futuros leitores
eficientes e eficazes. Para tanto foram analisados os dados recolhidos com a
pesquisa de campo que serão a seguir expostos. Serão comparadas as informações
prestadas pelos professores com as dos alunos além de uma composição textual
conclusiva produzida por meio de estudos esmiuçadores de cada resposta prestada
pelos participantes.
      Iniciando a seqüência de exames dos dados, serão analisadas as respostas
atribuídas ao questionário dos professores:
      A quinta questão (as quatro primeiras foram mencionadas acima) foi
composta da seguinte maneira “Tem-se discutido muito sobre a importância da
formação contínua. Você tem investido na sua capacitação? O que você tem feito
para melhorar a sua atuação em sala de aula?” E em resposta os professores
declararam:
      “Aulas de conversação, pós-graduação e estou sempre buscando em livros
didáticos, de metodologias, novas ferramentas que facilitem a aprendizagem dos
alunos.” (Professor A)
      “Estou em fase de conclusão de pós-graduação em ensino da língua inglesa a
qual tem ajudado na elaboração de aulas mais interessantes e produtivas.”
(Professor B)
      Por meio destas declarações é possível perceber que estes educadores têm a
consciência de que a formação continuada é de fundamental importância para a
prática docente eficaz além de oportunizar aos seus alunos aulas prazerosas e
motivadoras, notam-se ainda em ambas as falas a preocupação com a motivação e
concretização da aprendizagem.
      Na questão seguinte os professores foram indagados sobre a importância em
trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa e o porquê dela, para esta as
respostas foram:
      “A leitura é uma habilidade que recebe uma melhor atenção dos alunos,
principalmente em escola pública, já que muitos não têm como objetivo desenvolver
uma proficiência na língua, mas apenas tornarem aptos a ler textos, seja para o
23



estudo, lazer ou trabalho. A leitura conduz o aluno a conhecer e utilizar a LI como
instrumento de acesso a informação e outras culturas.” (Professor A)
      “Eu acho importante, porém as aulas são insuficientes, e esta atividade
(leitura) depende de muito tempo, pois é preciso trabalhar com dicionários e o nosso
acervo conta com apenas 14 dicionários, isso dificulta bastante o ensino.” (Professor
B)
      Constata-se nitidamente a diferença quanto à abordagem utilizada. O
professor A expressa claramente que a abordagem utilizada em suas aulas é a
instrumental, pois esta tem por objetivo a compreensão básica de textos na língua,
visa desenvolver a capacidade do aluno ler esses textos para o avanço nos estudos
ou para aquisição de um trabalho, ou seja, para fins específicos, para tanto não é
necessário o uso de dicionários, o que é presente na afirmação do professor B que
ainda enfatiza a falta deste material, essa situação apenas mostra a precariedade de
materiais na escola, mas não que seja um problema para a realização das aulas de
leitura. A fala do professor B remete ainda a idéia tradicional ultrapassada da
preferência á tradução do texto do que pela leitura propriamente dita.
      A questão ulterior averigua: Você acha que seus alunos valorizam a aula em
que é trabalhada a leitura? Por quê? Para tal pergunta as respostas revelaram que
existe a preocupação por parte dos dois professores em proporcionar aos seus
alunos textos contextualizados e interessantes, que atraiam a atenção dos mesmos.
O professor A demonstrou ainda o cuidado em transmitir a seus alunos
conhecimentos como as estratégias de leitura além de investir nas atividades de pré-
leitura, o que leva os alunos se interessar por essas aulas.
      A oitava pergunta busca esclarecer as considerações que eles têm sobre o
ensino das estratégias de leitura para os alunos a fim de facilitar a compreensão dos
textos trabalhados.
      “As estratégias de leitura apresentam papel fundamental na interpretação e
compreensão de textos, pois possibilitam a exploração dos mesmos. Desta forma o
aluno participa mais das aulas, pois a compreensão do texto torna-se mais fácil.”
(Professor A)
      “Ensino. E estas estratégias facilitam a compreensão dos textos e servem
para introduzir o assunto tratado (o tema).” (Professor B)
      As estratégias de leitura são facilitadores do ato de ler e os professores
reconhecem essa importância ao investir tempo para ensinar e incentivar o uso
24



dessas técnicas além de outras que permitam a compreensão de um texto de forma
prática, rápida, contudo condizente realmente com o significado do texto, pois os
próprios PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental afirmam (BRASIL,
1998, p. 92).

                     É importante também que o aluno aprenda a adivinhar o significado
                     de palavras que não conhece, por meio de pistas contextuais, da
                     mesma forma que é essencial que aprenda a desconsiderar a
                     necessidade de conhecer todos os itens lexicais para ler. São
                     importantes as estratégias de integração de uma informação a outra,
                     o estabelecimento dos elos coesivos e a utilização de estratégias de
                     inferência. É crucial que o aluno aprenda a distinguir entre
                     informações centrais na estrutura semântica do texto e os detalhes.

      A nona questão investiga quais os tipos de textos que são trabalhados nas
aulas de leitura e como esses são selecionados. As respostas de ambos os
professores revelam a preocupação em levar materiais que estejam dentro do
quadro de interesses dos alunos o que, como foi citado ao longo deste trabalho, é
bastante relevante, pois desperta ainda mais a curiosidade dos alunos e os incentiva
a participar das aulas além de estimulá-los à leitura e busca por descobrir as
informações que o texto traz sobre o tema que os interessa. O professor A ainda
revela em sua resposta a utilização de textos autênticos o que é um traço
característico da abordagem instrumental:
      “Tento identificar temas do interesse do aluno. Assuntos como sexo, drogas,
reportagens atuais (notícias de jornais e revistas), letras de músicas e textos
traduzidos pelos alunos. Também trabalho com textos dissertativos, cartuns,
histórias em quadrinhos e de exames vestibulares.” (Professor A)
      A penúltima questão do questionário aos professores os interroga sobre como
as aulas de leitura em LE são desenvolvidas e foi possível constatar que o foco
principal destas aulas é compreensão, no entanto o professor B tende a conduzir as
mesmas para o lado da comunicação a partir do tema proposto pelo texto enquanto
que o professor A busca instruir seus alunos a perceberem a importância que as
palavras-chave têm para a construção do significado das informações do texto.
      Quanto à última questão, esta tenta conhecer as concepções dos dois
profissionais acerca das discussões sobre o professor instigar o desenvolvimento da
autonomia de seus alunos, e analisando as duas respostas é possível perceber um
tanto que desconhecimento sobre o tema “autonomia” eles citam a importância que
25



a motivação intrínseca tem para a eficácia da aprendizagem do aluno, no entanto a
ação de mostrar a seus alunos a importância de tomar a iniciativa na busca pelo
próprio conhecimento principalmente fora das paredes da escola tem ficado
despercebida.
      Após a análise das respostas dos docentes é possível concluir que há a
observância dos fundamentos teóricos durante a busca em melhor instruir os alunos.
A partir de cada depoimento foi plausível a constatação de que os métodos e
abordagens de ensino utilizadas por ambos os profissionais na escola em questão
estão condizentes com as atuais linhas de estudos sobre o ensino da leitura em
aulas de LE, é aceitável que ainda haja alguns aspectos a serem melhorados na
prática pedagógica, mas como os mesmos demonstraram total consciência da
necessidade da formação continuada isto pode ser facilmente resolvido.
      Segue agora o diagnóstico obtido a partir do conteúdo das perguntas
aplicadas aos alunos. Cabe aqui também a comparação de algumas informações
prestadas pelos professores com as dos educandos, visando à compreensão das
impressões que o professor tem a respeito de suas aulas e o que os alunos
realmente sentem quando essas aulas estão sendo ministradas.
      A pergunta inicial contida na entrevista dos alunos teve por objetivo conhecer
as concepções que os mesmos tinham a respeito da leitura, o que a leitura
representava para eles. A maioria dos alunos revelou encarar a leitura como um
meio fundamental para o alcance da aprendizagem, como uma passagem para um
mundo de oportunidades, de conhecimento, o que pode ser comprovado na seguinte
fala: “Leitura é um novo caminho para novas descobertas.” (Aluno 26). É possível, a
partir dos depoimentos, reafirmar o que Lajolo (1999) traz em sua obra, a leitura
oferece a seus usuários a oportunidade de se desenvolverem intelectualmente,
melhorar convivência social além de possibilitar a compreensão do mundo de
diferentes ângulos e concepções. Além da importância na aprendizagem a leitura
também foi conceituada como facilitadora de diálogos e mediadora na aquisição de
novos vocábulos.
      A primeira questão abordou os alunos sobre a leitura no contexto de uso
geral, a partir da segunda o contexto é voltado para aulas de língua inglesa que é o
objeto de pesquisa deste trabalho. A unanimidade dos alunos respondeu
positivamente à segunda pergunta que os interrogou se eles achavam importantes
as aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos. Foi pedida ainda
26



uma justificativa para a resposta anterior, e estas retratam as vantagens que a
leitura pode oferecer a eles, segue um gráfico com as principais citadas. A minoria
inclusa na categoria “outras” citou o fato de terem a vontade de aprender a falar a
língua despertada com o decorrer dessas aulas.


GRÁFICO 1: Vantagens oferecidas pela leitura em aulas de LE segundo os alunos




                                                        Aquisição de vocabulário


                                                        Construção do conhecimento de
                                                        mundo

                                                        Utilização para fins específicos
                                                        (vestibulares, concursos,
                                                        oportunidaes de trabalho
                                                        Outras




      A questão de número três investigou entre os estudantes quais os tipos de
textos eram mais utilizados nas aulas de LE e se estes eram interessantes e
despertavam a atenção deles. Quanto a segunda parte da pergunta, 21 dos 30
alunos disseram que sim, que eram atraídos pelos textos, apenas 2 confessaram
não achar interessantes os textos trabalhados e os 7 restantes limitaram-se a
responder apenas sobre os tipos de textos, e no que diz respeito a essa parte da
pergunta os tipos de textos permearam a categoria dos textos autênticos
confirmando o que os docentes informaram além de mostrar que o que os PCN
(1998) instrui, está sendo seguido por esses profissionais e está gerando bons
resultados entre os alunos como pode ser percebido. Apenas por detalhe, os tipos
de textos citados foram os informativos, notícias de jornais e revistas, letras de
músicas, histórias em quadrinhos, diálogos entre outros de diversos temas.
      A interrogação seguinte é sobre o desenvolvimento das aulas onde a leitura é
o foco, como estas são conduzidas pelo educador e se a forma como elas
acontecem são interessantes para eles (os alunos), a base teórica para a
27



formulação desta questão está em Almeida Filho (2010), pois é indispensável à
aceitação do aluno aos conhecimentos apresentados, que a forma como estes são
transmitidos os atraiam e os instigue a buscar mais. Portanto é notável dentre as
respostas obtidas que os educadores têm conseguido cumprir essa missão, pois a
grande maioria afirmou que as aulas são atraentes. Garantiram ainda que antes de
trabalharem literalmente com os textos os professores buscam familiarizarem-nos
com os mesmos, ou seja, apostam sempre na eficácia do “warm up” além de
valerem-se do planejamento para o uso de técnicas e métodos que facilitam a
compreensão do texto pelos alunos além de incitarem a vontade de aprender mais.
      A quinta dúvida é sobre as estratégias de leitura, estas são recursos
essenciais para a formação de significados de um texto em LE, algumas são
elaboradas pelo próprio leitor afim de melhor compreender uma informação, e outras
foram criadas a partir de observações de estudiosos do tema leitura, estas últimas
podem e devem ser ensinadas aos estudantes buscando a melhora na interpretação
de textos em língua inglesa. Todos os entrevistados, com exceção de três, disseram
que seu professor já havia ensinado as estratégias, mas todos demonstraram achar
importante aprendê-las, e o são principalmente na abordagem instrumental. Alguns
citaram ainda em sua resposta a importância que este conhecimento teria no
momento de um exame de trabalho ou acadêmico.
      A última questão teve por objetivo averiguar como está o nível de autonomia
dos alunos. A pergunta foi a seguinte: Você realiza por conta própria a leitura de
outros textos em Língua Inglesa fora da escola como músicas, notícias, etc.? Dos 30
entrevistados 16 revelaram buscar outras fontes de textos em LE e os lê, dentre os
tipos mais comuns estão as letras de músicas que geralmente despertam o
interesse dos alunos devidos a diversos fatores sociais. E os restantes que
negaram, disseram ser por preguiça ou falta de interesse mesmo.
      Com a análise geral das entrevistas aplicadas aos estudantes foi possível
constatar que há aceitação das aulas leituras em LE, e que apesar de todos os
problemas que o professor possa encontrar para execução dessas aulas, os alunos
estão receptivos às aulas dinâmicas e repletas de curiosidades e novidades.
Portanto cabe reafirmar aqui a relevância que o planejamento tem para a obtenção
de bons resultados além da motivação que ambas as partes devem ter.
28



                              Considerações Finais


      O presente trabalho foi de fundamental importância para a constatação da
situação atual das aulas de leitura em LE, além de analisar os fatores que envolvem
a busca por pôr em prática toda teoria que se conhece durante a formação do
docente. Foi possível ainda por meio deste, investigar como os alunos reagem
diante das citadas aulas e quais métodos melhor os alcançam.
      Os estudos realizados nos teóricos do tema em foco permitiram a formação
de uma base capaz de suportar todas as considerações tecidas ao longo deste
texto, além de confirmarem os resultados obtidos por meio da análise de dados
realizada.
      O tema de estudo aqui proposto além já possuir muitos pioneiros e outros que
seguiram o mesmo caminho, é um tema bastante relevante para novas pesquisas e
que abre um leque de novas direções. Não cabe aqui dizer que o chegou-se a uma
conclusão totalmente finda, mas sim que os objetivos iniciais foram alcançados. A
meta geral foi alcançada, pois a importância do ensino da leitura instrumental tem
sido reconhecida tanto pelos docentes quanto pelos discentes que tem posto em
prática ações positivas para a formação de leitores eficazes da LE. Quanto aos
objetivos específicos, apenas um não foi atingido completamente por falta de tempo
para a realização de observações diretas para análise das diferentes formas de
trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE, mas que, no entanto
uma mínima parte pôde ser realizada por meio da análise de dados, quanto aos
outros, por meio dos estudos bibliográficos coleta e exame dos dados, foi possível
alcançá-los.
      Enfim, este trabalho foi relevante para a formação de conceitos e
comprovação de que uma aula de LE onde a leitura é o foco é capaz de ser
produtiva e pode ser desenvolvida de forma atraente aos alunos e que geram
resultados, além de também o ser para continuações de pesquisas ou embasamento
para novas.
29



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Conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
30



LIMA, Elvira. Ler – como ensinar? Revista Voz das Letras. Concórdia, Santa
Catarina, Universidade do Contestado, n. 3, II Semestre de 2005. Disponível em:
<http://www.nead.uncnet.br/2009/revistas/letras/3/4.pdf>.
Acesso em: 28 jul. 2011.

LISITA, Verbena; ROSA, Dalva; LIPOVETSKY, Noêmia. Formação de professores e
pesquisa: uma relação possível? In: ANDRÉ, Marli (Org.). O papel da pesquisa na
formação e na prática dos professores. 8 ed. Campinas, SP: Papirus Editora,
2008, p.107-127.

LOPES, Luiz Paulo da Moita. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e
educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas, SP:
Mercado de Letras, 1996.

MICCOLI, Laura. Autonomia na aprendizagem de língua estrangeira. In: PAIVA,
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e (Org.) Práticas de ensino e aprendizagem de
inglês com foco na autonomia. 3 ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2010. p. 31
– 49.

NEVES, Iara Conceição Bitencourt et al. Ler e escrever: compromisso de todas as
áreas. 6 ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. O lugar da leitura na aula de língua
estrangeira. Disponível em: <http://www.veramenezes.com/leitura.htm>.
Acesso em: 28 jul. 2011.

PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e (Org.). Práticas de ensino e
aprendizagem de inglês com foco na autonomia. 3 ed. Campinas, SP: Pontes,
2010.

SCHÜTZ, Ricardo. Motivação e desmotivação no aprendizado de línguas. 2003.
Disponível em: <http://www.sk.com.br/sk-motiv.html>
Acesso em: 28 jul. 2011.

SOUZA, Adriana Grade Fiori et al. Leitura em Língua Inglesa: Uma Abordagem
Instrumental. São Paulo: Disal, 2005.

SOUZA, Antonio Escandiel de; VARGAS, Fernanda de Carvalho. Oficina de leitura
em língua estrangeira: construindo o conhecimento através da interação na sala de
aula. Disponível em:
<http://www.ufsm.br/lec/02_05/Antonio_Fernanda.pdf>
Acesso em: 27 jun. 2011.

VIEIRA, Marlene Felizardo, MOTTER, Rose Maria Belim. A leitura nas aulas de
língua inglesa como instrumento de letramento crítico: uma proposta possível?.
Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1945-
8.pdf?PHPSESSID=2010022510591769>.
Acesso em: 27 jun. 2011.
31



ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 11
ed. Porto Alegre, RS: Mercado Aberto, 1993.
32



                           Apêndice: Questionários


          UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
          DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV
          TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II
          ORIENTADORA – Mônica Veloso
          GRADUANDA – Elisama Silveira

                           Questionário para o regente

1. Você é formado na área de Língua Inglesa?
( ) Sim        ( ) Não

2. Há quanto tempo você ensina Inglês nessa instituição?
___________________________________________________________________

3. Você ensina apenas inglês?
( ) Sim        ( ) Não

4.Você ensina quantas horas por semana nessa e em outras instituições?
___________________________________________________________________

5. Tem-se discutido muito sobre a importância da formação contínua. Você tem
investido na sua capacitação? O que você tem feito para melhorar a sua atuação em
sala de aula?
___________________________________________________________________

6. Você acha importante trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa? Por quê?
___________________________________________________________________

7. Você acha que seus alunos valorizam a aula em que é trabalhada a leitura? Por
quê?
___________________________________________________________________

8. Você ensina aos seus alunos as estratégias de leitura para facilitar a
compreensão dos textos? Por quê?
___________________________________________________________________

9. Quais os tipos de texto que você trabalha nessas aulas? Como você os escolhe?
___________________________________________________________________

10. Quais as abordagens que você mais utiliza quando trabalha a leitura nas aulas
de Língua Inglesa?
___________________________________________________________________

11. O que você acha das discussões sobre o desenvolvimento da autonomia dos
alunos? É possível?
___________________________________________________________________
33



           UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
           DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV
           TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II
           ORIENTADORA – Mônica Veloso
           GRADUANDA – Elisama Silveira

                             Questionário para o aluno

1. O que é leitura para você?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

 2. As aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos são
importantes pra você? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Quais os tipos de textos que são trabalhados nas aulas de Língua inglesa? Eles
lhe despertam a curiosidade, lhe chamam a atenção?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4. Como geralmente o seu professor desenvolve essas aulas onde a leitura de
textos em Língua Inglesa é o foco? São aulas interessantes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5. As estratégias de leitura são recursos que facilitam a compreensão do texto sem
que necessariamente seja usado o dicionário. São algumas dessas estratégias a
observância das palavras cognatas, conhecimento prévio sobre o tema do texto,
reconhecimento de vocábulos, leitura rápida para familiarização com o texto entre
outras. O seu professor já ensinou essas estratégias? Se não você acharia
interessante aprendê-las?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6. Você realiza por conta própria a leitura de outros textos em Língua Inglesa fora da
escola como músicas, notícias, etc?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Desenvolvimento de habilidades de leitura em inglês

  • 1. 0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV – CONCEIÇÃO DO COITÉ ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012
  • 2. 1 ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em Letras. Orientadora: Profª. Mônica Veloso Borges CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012
  • 3. 2 ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em Letras. Aprovada em: ___/___/___ Banca examinadora _________________________________________ Mônica Veloso Borges Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Neila Maria Oliveira Santana Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Juliana Bastos Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012
  • 4. 3 Dedico este trabalho aos meus familiares que a todo o momento me apoiaram, aos colegas pela cumplicidade e aos meus professores pela orientação na busca pelo conhecimento.
  • 5. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela felicidade de poder desfrutar do Seu amor, pela capacitação contínua e pela palavra de estímulo dada nos momentos de fraqueza: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Josué 1: 9). Agradeço a minha mãe Erivam por ser meu apoio e exemplo de vida e por ter acreditado que eu era capaz mesmo quando tudo parecia difícil. Ao meu pai Hamilton por me amar do jeito dele e me incentivar na busca por meus objetivos mesmo quando estes pareciam distantes. Agradeço aos dois juntos pelos sábios ensinamentos que fizeram de mim o que sou hoje. Agradeço ainda a minha irmã Sismay que mesmo distante tem partilhado momentos de alegrias e conquistas e me confortado nas tristezas. Quero aqui retribuir, com palavras de reconhecimento, ao meu marido Eduardo pelos momentos de alegria e por também estar ao meu lado nos problemas e dificuldades encontradas para a concretização desse sonho me impulsionando para frente. Sou agradecida também aos meus colegas por estarem e serem presentes na minha vida e terem feito parte dessa fase de formação profissional e pessoal. Em especial quero agradecer aqui a minha colega, amiga e irmã Tiara que não só esteve ao meu lado em todos os momentos dessa caminhada, como me mostrou que basta querermos para alcançarmos tudo mesmo que tudo pareça inalcançável. Muito obrigada ainda a todos os professores que contribuíram com essa formação, que durante esses anos forneceram-me a bagagem necessária para hoje eu estar aqui. Agradeço a minha orientadora Profª Mônica Borges por pacientemente ter me guiado na construção desse trabalho. Enfim, agradeço a todos que direta ou indiretamente colaboraram para que eu alcançasse essa vitória, a todos que estiveram ao meu lado se enquadrando dentro de tudo que a situação exigisse. O meu sincero agradecimento!
  • 6. 5 "Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes". (Rubem Alves)
  • 7. 6 RESUMO O presente trabalho foi realizado com a pretensão de reconhecer a importância do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa visando à obtenção de futuros leitores eficientes e eficazes. Os principais objetivos norteadores são: a) analisar as diferentes formas de trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE; b) observar os diferentes recursos e estratégias utilizadas na interpretação de textos em LE; c) reconhecer a importância da formação do professor para o desenvolvimento do ensino das estratégias de leitura em aulas de LE; e d) possibilitar a reflexão partindo da análise dos dados obtidos. Este estudo tem como base teórica, estudiosos que defendem o uso da abordagem instrumental na prática pedagógica das aulas de língua estrangeira bem como teóricos que acreditam no fundamental papel que exerce o professor na mediação do conhecimento específico e os seus educandos. A partir desta fundamentação foram coletados dados entre professores e alunos de uma escola pública em Valente-Ba a fim de comparar e comprovar a eficiência da teoria na prática. Os resultados alcançados ao fim do trabalho revelam que a teoria pode ser facilmente posta em prática deste que haja empenho e planejamento, as aulas de LE onde a leitura é o foco podem ser produtivas e os objetivos basais da leitura instrumental espontaneamente alcançados. Trabalhos deste tipo se mostram relevantes para a disseminação do tema proposto além de proporcionar conhecimentos teóricos para novas pesquisas e continuação desta linha de pesquisa. Palavras-chave: leitura, língua estrangeira, abordagem instrumental, estratégias de leitura, interpretação de texto.
  • 8. 7 ABSTRACT This work was carried out with the intention of recognizing the importance of instruction instrumental reading to develop reading skills and interpretation of texts in English language lessons in order to obtain efficient and effective future readers. The main guiding objectives are: a) analyze the different ways of working the reading of authentic texts in the classroom to FL b) observe the different resources and strategies used in the interpretation of texts in foreign language c) recognize the importance of training teacher to develop teaching strategies for reading in classes FL, and d) allow the reflection based on the data analysis. This study is based on theoretical, scholars who advocate the use of instrumental approach in the practice of teaching foreign language classes as well as theorists who believe in the fundamental role that the teacher plays in mediating the specific knowledge and their students. From this reasoning, data were collected between teachers and students at a public school in Valente-Ba to compare and demonstrate the efficiency of the theory in practice. The results achieved by the end of the study reveal that the theory can be easily put into practice. This commitment since there is planning, FL classes where reading is the focus can be productive and the basal objectives of instrumental reading spontaneously achieved. Works of this kind are relevant to the dissemination of the proposed theme besides providing theoretical knowledge for further research and continued this line of research. Keywords: reading, foreign language, instrumental approach, reading strategies, reading comprehension.
  • 9. 8 SUMÁRIO Introdução.................................................................................................................9 Capítulo 1: A Utilização da Leitura em Aulas de LE..............................................11 1.1 A Abordagem Instrumental...................................................................................12 1.2 Planejamento: uma necessidade.........................................................................15 1.3 A Importância da Formação Profissional..............................................................17 Capítulo 2: Metodologia...........................................................................................20 2.1 Caracterização dos sujeitos participantes............................................................20 2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários..............................................................21 Capítulo 3: Análise de Dados..................................................................................22 Considerações Finais..............................................................................................28 Referências...............................................................................................................29 Apêndice: Questionários.........................................................................................32
  • 10. 9 Introdução Com a ascensão da língua inglesa em vários meios de comunicação e em textos diversos, surge a necessidade de se aprender essa língua estrangeira. Língua esta que tem chegado a todos os ambientes sociais sem distinção e que rapidamente se torna indispensável em algumas situações. Diante das dificuldades em ensinar e incentivar o aluno a ler e interpretar textos em língua inglesa é necessário que o professor aprenda e desenvolva técnicas, estratégias e a criatividade para facilitar a compreensão dos alunos dos textos a eles apresentados. No entanto, mesmo diante da importância que o inglês tem ganhado, muitas das dificuldades que o professor enfrenta estão relacionadas à falta de motivação do aluno e a falta de uma resposta convincente quando se trata da questão: por que aprender inglês? Assim, este trabalho aborda várias teorias sobre as melhores formas possíveis para desenvolver aulas de leitura em LE satisfatórias a partir de uma abordagem instrumental. É possível através deste texto, reconhecer a importância do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa com objetivo de obter futuros leitores eficientes e eficazes. Analisando as diferentes formas de trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE percebe-se a importância que a formação do professor tem para o desenvolvimento do ensino das estratégias de leitura em aulas de LE. O presente texto que teve como problema gerador: de que forma é possível desenvolver aulas de leitura em LE a partir de uma abordagem instrumental? Consegue responder satisfatoriamente a mesma. Além dos fundamentos teóricos acerca do tema aqui abordado, este trabalho traz ainda a descrição metodológica proposta para a obtenção de dados em uma escola da rede pública do município de Valente. Foram realizadas entrevistas com alunos e professores do ensino médio da escola citada. E podem-se encontrar ainda as considerações tecidas a partir dos dados obtidos com os citados sujeitos a respeito das aulas de leitura. Por meio da análise desses dados foi possível perceber como essas aulas têm sido desenvolvidas na instituição de ensino em questão além de contrastar a prática docente com a teoria. Depois da análise realizada torna-se perceptível quão indispensável é, em salas de LE, a realização das aulas de leitura e interpretação de textos através de
  • 11. 10 uma abordagem instrumental, em busca do desenvolvimento da aprendizagem da língua inglesa. E para que esse objetivo seja alcançado o professor se faz fundamental, pois nele depositam-se expectativas e confiança para transformar o aluno em um individuo capaz de superar as dificuldades que surgem na aprendizagem de uma LE. Então, capacitar o professor oferecendo-lhe meios para crescer profissionalmente e didaticamente será o primeiro passo no desenvolvimento do ensino de língua inglesa de qualidade. Contudo, é notória a necessidade de oferecer ao professor, meios para que o ensino de qualidade aconteça. Este trabalho se justifica por ser mais uma iniciativa para analisar a prática pedagógica atuante em salas de LE possibilitando o reconhecimento do valor que o suporte didático com atividades e sugestões de diferentes abordagens poderá gerar bons resultados e instigar os alunos à própria autonomia de buscar seus meios para que a aprendizagem se concretize e reflita na sociedade os resultados de uma educação planejada e compromissada, realmente, com o avanço dos estudantes.
  • 12. 11 Capítulo 1 A Utilização da Leitura em Aulas de LE É por meio da leitura que a educação de um indivíduo se concretiza. Lendo ele terá a possibilidade de expandir seus conhecimentos em todos os âmbitos do ensino, dentre tantos outros assuntos que hoje são tão importantes para um viver melhor. Portanto, não se deve associá-la apenas às aulas de português, pelo contrário, ela está diretamente ligada a todas as áreas da educação e se faz necessária para que o avanço deste indivíduo na aprendizagem aconteça, é o que afirma Zilberman (1993, p.7). a leitura, se é estimulada e exercitada com maior atenção pelos professores de língua e literatura, intervém em todos os setores intelectuais que dependem, para sua difusão, do livro, repercutindo especialmente na manifestação escrita e oral do estudante, isto é, na organização formal e de seu raciocínio e expressão. Ao se falar em leitura, não se deve restringir seu conceito apenas ao ato de ler palavras decodificando símbolos. Ler vai muito além disso. É possível ler imagens, sinais entre tantas outras leituras possíveis do mundo. Um bebê quando começa a perceber as situações ao seu redor e compreender os estímulos a ele investidos, de certa forma já está fazendo a leitura de mundo, conhecendo o significado das coisas. Portanto ler é compreender tudo que envolve o ato em si, é conhecer o contexto, atribuir significados ao texto lido. Percebe-se a importância que a leitura tem para a vida das pessoas e a necessidade de estimulá-la desde o indivíduo no âmbito familiar. A família tem a responsabilidade de motivar a criança a ler dando o primeiro exemplo, porém é na escola que a leitura se torna constante. O professor assume o papel valioso de ensinar a leitura e fazer dela uma realidade. Em todas as disciplinas, a leitura é um elemento presente e indispensável, porém nas aulas de língua estrangeira, e aqui especificamente a língua inglesa, ler se torna uma ação mais árdua devido a diversos fatores como a baixa proficiência na língua em questão, o vocabulário diminuto ou até mesmo o desinteresse dos alunos por acharem que aprender uma segunda língua não será útil. Portanto utilizar a leitura nas aulas de LE não é apenas uma necessidade ou obrigação, é uma decisão que o professor deve tomar e realizá-la com esmero
  • 13. 12 desde o essencial planejamento. Não basta querer praticar a leitura nessas aulas e o fazer de qualquer forma é preciso planejar, buscar a melhor maneira de realizá-la e pesquisar sempre os mais atuais estudos sobre o tema. 1.1 A Abordagem Instrumental Tem-se notado nas escolas, durantes estágios, um decréscimo na freqüência com que se lê e na quantidade de livros lidos o que também pode ser constatado nas pesquisas de Lajolo (1999). Não há mais o encantamento em pegar um livro e pôr-se a descobrir o mundo novo que cada livro traz em si. Atualmente com a facilidade do acesso à internet, boa parte dos estudantes detém-se na leitura de e- mails ou textos eletrônicos de seu interesse, e se são obrigados a lerem alguma obra literária (porque a leitura de livros, muitas vezes, só acontece se for obrigação) buscam os resumos postados na rede porque acham uma perda de tempo ler um livro na íntegra se o resumo traz o conteúdo do mesmo de forma curta. Não se diminui aqui o valor que a internet tem quando feito bom uso da mesma, pois nela podem-se encontrar textos autênticos (que serão abordados mais à frente) e atuais, os quais podem ser muito motivadores para o aluno. E os reflexos dessa falta de leitura têm-se revelado em erros ortográficos, falta de argumentos sobre diversos assuntos durante uma conversação, entre tantos outros. Diante dessa realidade de decadência da leitura, trabalhar a leitura em aulas de LE exige ainda mais compromisso do professor em atender às necessidades dos alunos com os textos selecionados. Valer-se da abordagem instrumental nas aulas de língua inglesa como LE é uma decisão acertada, pois visa assistir no que é necessário para o desenvolvimento da cidadania e atender aos interesses dos alunos. A eficácia da utilização dessa abordagem é eminente, pois diante da imersão da sociedade na aprendizagem da língua inglesa de forma rápida os objetivos da leitura são alcançados. Para aqueles que tencionam realizar um nível superior de educação e para isso é necessário ler em uma LE, a abordagem instrumental encarrega-se de alcançar este objetivo satisfatoriamente. Além de que na abordagem instrumental o professor tem o papel de ajudar o aluno na busca pela sua autonomia, um dos objetivos dessa abordagem é tornar o aluno autônomo, para que ele busque textos de sua preferência ou de sua necessidade.
  • 14. 13 Para uma leitura prazerosa é necessário que o que se lê seja de interesse do leitor e que o texto faça sentido para o mesmo. Existem textos que contêm informações que exigem do leitor algum conhecimento prévio sobre o tema, portanto se o mesmo não o possuir a leitura se tornará fatídica e não haverá compreensão. Em aulas de LE esse critério se torna mais forte, pois deve ser observado se o texto a ser trabalhado está adequado ao nível de conhecimento e proficiência da classe. Existem diversos materiais didáticos que abordam a leitura com o foco na gramática e estrutura lingüística e isso é exatamente o que as Orientações Curriculares para o Ensino Médio condenam nas aulas de LE Um exemplo disso é o trabalho de leitura que utiliza textos não autênticos, ou seja, aqueles construídos com tempos verbais limitados a um conhecimento estrutural e gradativo, isto é, que narram ou descrevem somente no tempo presente ou só no passado, denotando uma narrativa artificial. Entende-se que a teoria subjacente a esse procedimento “separa” os tempos verbais gramaticalmente, visando a facilitar a “compreensão” do texto, ou seja, nesse texto o aluno encontra apenas tempos verbais que já foram estudados. (Aliás, a respeito desse tipo de “compreensão”, trata-se de uma concepção antiga, que não mais condiz com o trabalho de leitura que pretende formar leitores independentes e críticos.) (2006, p.113). Porém para a abordagem instrumental é importante que os textos sejam autênticos, ou seja, textos reais como notícias, reportagens, diálogos, receitas entre tantos outros que revelem alguma situação comum, isto é, estejam inseridos em algum contexto compreensível e que ajudem o aluno a expandir seu conhecimento de mundo, ao invés de textos criados somente com intuito de abordar conteúdos gramaticais, assim aconselha os PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental (BRASIL, 1998, p. 45). A utilização em sala de aula de tipos de textos diferentes, além de contribuir para o aumento do conhecimento intertextual do aluno, pode mostrar claramente que os textos são usados para propósitos diferentes na sociedade. Assim nas aulas de leitura em LE, o foco não deve estar no ensino da gramática e aquisição de vocabulário, mas sim na compreensão geral do tema do texto, isto é, o objetivo principal deve ser a obtenção de informações que o texto em trabalho ofereça e conseqüentemente o vocabulário será adquirido e a gramática compreendida.
  • 15. 14 Partindo da premissa de que o objetivo basal das aulas de leitura em língua inglesa deve ser a compreensão do texto, o professor deve, como mediador do conhecimento, oferecer ferramentas para isso, ensinar as estratégias de leitura que ainda serão aqui abordadas e deve também incentivar seus aprendizes a fazerem serventia de seus conhecimentos na língua para facilitar a realização da leitura. Os textos autênticos são indicados para utilização na abordagem instrumental, pois possibilitam ao aluno aprenderem com textos que retratam uma realidade. Com estes textos é possível ensinar um pouco da cultura de outros países principalmente daqueles que falam a LE, além de ser possível encontrar textos que retratam a própria realidade do aluno entre outras, é o que menciona Almeida Filho. Atualmente, o aprendizado de uma segunda língua é de suma importância, pois através dela torna-se possível um contato com novas culturas e novos conhecimentos. Dessa forma, uma aula de LE deve possibilitar ao aluno mais que o aprendizado de um código lingüístico, ela deve proporcionar também uma oportunidade de conhecer outras culturas e outras realidades. (ALMEIDA FILHO, 1993 apud IBIAPINO 2010) Podem ser encontrados ainda textos autênticos que tratem de diversos temas que despertem a atenção e interesse da classe. Para isso é preciso que o professor esteja disposto a empenhar tempo na busca por esses textos que podem ser encontrados na internet, revistas e jornais estrangeiros, manuais dentre tantas outras fontes. Além de interessante a leitura de textos autênticos facilita o alcance do objetivo da abordagem instrumental que é a leitura para fins específicos. Além dos textos autênticos, que são bastante funcionais nas aulas de leitura em LE, existem as estratégias de leitura que também facilitam a compreensão. Na realização de qualquer atividade ou resolução de problemas, o agente busca a tática mais fácil ou aquela que surte mais efeito para o alcance do objetivo, e são esses os atributos das estratégias de leitura, promover a compreensão e facilitar o ato de ler. Ao distinguir o que abrange o conceito de cada uma das estratégias de leitura o leitor poderá fazer uso delas no momento apropriado promovendo a interpretação do texto sem que seja necessário recorrer ao dicionário. A utilização do conjunto das estratégias no processo da leitura resulta na captação das idéias principais do texto. Segundo Grabe (2002 apud IBIAPINO 2010, p.4): As Estratégias de leitura apresentam papel fundamental na interpretação e compreensão de textos, pois fazem com que os
  • 16. 15 estudantes aumentem o nível de consciência sobre as idéias principais em um texto e possibilitam a exploração e a organização do mesmo. Portanto, juntamente com o conhecimento das estratégias de leitura ao realizar a leitura o aluno estará participando da construção do sentido do texto, empregando o conhecimento prévio e de mundo que já possui ao lado das outras estratégias pode alcançar bons resultados. Quanto à interpretação de texto, ela é muitas vezes usada nos livros didáticos para denominar uma seqüência de questões relacionadas a um determinado texto. Na tentativa de respondê-las o aluno muitas vezes apenas copia partes do texto para responder o problema observando apenas se estas partes possuem as palavras do enunciado da questão sem que haja uma breve análise sobre se é exatamente essa a resposta para o questionamento, isso no contexto de língua materna. Ao passar para o contexto de língua estrangeira essa atitude torna-se ainda mais freqüente e mais inclinada ao erro, pois existe o fator estrutural envolvido. Uma frase que o leitor acha estar falando uma coisa pode estar expressando o contrário ou devido à forma mecânica e sem significado que a interpretação tem sido realizada, pois a mesma é realizada sem motivação nenhuma com perguntas que não levam a reflexão do tema, o objetivo da interpretação pode não ser alcançado. Deste modo, a observância das técnicas de leitura proporcionará o suporte necessário para a realização de uma leitura eficaz pela qual é possível compreender e assim interpretar corretamente o texto respondendo de forma plausível as questões referentes ao mesmo, pois o objetivo será a compreensão do texto, a busca pelo significado, maior que a busca pela gramática, ou por respostas que não desenvolvam a verdadeira compreensão. 1.2 Planejamento: uma necessidade Para a execução de qualquer atividade é necessário que, por mais rápido que seja, haja um planejamento. Antes de desenvolver uma aula na prática, é cogente que o professor trace minuciosamente um plano que facilitará o transcorrer da mesma e promoverá resultados satisfatórios quanto ao alcance dos objetivos traçados.
  • 17. 16 Para Kleiman (2007) trabalhar a leitura nas aulas de LE exige um planejamento detalhado, ou seja, planejar, além de compromisso se torna uma necessidade, pois deve ser levado em conta o grau de dificuldade que a turma apresenta quanto a LE e a desmotivação ainda maior quando se trata dessa aula por não acharem-na necessária, esses, dentre tantos outros fatores acabam dificultando a obtenção de bons resultados. Nas aulas de leitura em LE, planejar é algo decisivo para uma boa aula. O professor tem a incumbência de buscar as formas mais dinâmicas e eficazes de trabalhar o texto, prévia e meticulosamente escolhido, a fim de que seus alunos obtenham a compreensão e correta interpretação do texto além do conhecimento que cada leitura proporciona a um indivíduo. Já foi comprovado que o ser humano tem a capacidade maior de aprender se o que deve ser aprendido for exposto de forma dinâmica. Existem diversas atividades de leitura que se trabalhadas corretamente e com o planejamento podem ser transformadas em facilitadoras da compreensão. Além de motivar e estimular a participação e interesse do aluno essas atividades mexem com as estruturas cerebrais que assimilam mais facilmente a informação que o texto está transmitindo. Com base nos estudos de Paiva (2010) sobre os novos métodos pedagógicos e seus resultados, conclui-se que a aprendizagem acontecerá não só pela intervenção do professor, mas também com a interferência do próprio aluno na construção de seu conhecimento. O papel do professor será estabelecer uma ponte entre a informação e o aluno que poderá contar com a ajuda do docente nas dificuldades encontradas até chegar ao conhecimento. Ao trabalhar leitura nas aulas de LE, a ação do educador necessita ser delineada visando à autonomia do aluno. O educando precisa se tornar um autônomo da própria aprendizagem, ou seja, ele mesmo determinará o quanto de si dará para alcançar a compreensão esperada como Miccoli (2010, p. 32) afirma “Um aluno autônomo sabe que tem um papel ativo a cumprir em seu processo de aprendizagem.” Tendo essa consciência, por meio do planejamento o professor terá a possibilidade de traçar metas e escolher maneiras de alcançar o objetivo da compreensão nas aulas de leitura além de instigar seus alunos a buscarem por conta própria novos textos de seu interesse. O aluno deve ser conscientizado de que ele é a peça principal para o próprio avanço na aprendizagem, conforme Miccoli
  • 18. 17 (2010) se este não buscar por si mesmo expandir os horizontes de seus conhecimentos, sua aprendizagem pode ficar aquém do esperado. A depender da postura do professor o incentivo e motivação pela autonomia podem surtir bons efeitos quando realizados com o plano de antemão. Existem diversas atividades voltadas para o desenvolvimento da autonomia que podem ser adaptadas pelo professor, durante o planejamento, de acordo com a realidade de cada classe. Como falado no início deste trabalho, uma leitura encantadora é aquela onde o que se lê tem alguma importância para o leitor, portanto cabe aqui citar mais um ponto de valor ao planejamento: a necessidade em escolher com atenção os textos a serem trabalhados. Devem-se observar alguns aspectos relevantes que contribuem para aceitação dos alunos e motivação em realizar as atividades propostas a) a adequação da linguagem ao nível em que a classe se encontra b) estar condizente com a realidade dos discentes ou pelo menos não tão distante e descontextualizada e c) esteja de alguma forma relacionado ao quadro de interesses da turma. É comum encontrar livros didáticos que são produzidos em determinadas regiões do país, mas que serão utilizados em outras, que possuem características díspares, onde os aspectos regionais são muito diferentes por isso alguns textos causam estranhamento e às vezes incompreensão. Contudo o professor tem o poder de escolher aqueles que lhe apraz tendo em vista a melhor compreensão de seus alunos. Todo layout do gênero textual incluindo as imagens além do conteúdo de um texto não devem passar despercebidos no momento de seleção, pois a primeira vista já despertam algumas impressões produtivas para o decorrer da aula. 1.3 A Importância da Formação Profissional Ao analisar a educação no âmbito social é estranho perceber que um setor tão importante seja palco para tantos problemas atuarem e a cada dia conseguirem tornar essa realidade pior. O descaso dos alunos é tamanho que acaba desmotivando o professor que devido a isso já não tem tido preocupação em inovar seus métodos de ensino ou renovar seus conhecimentos. Com o apoio da família há muito tempo a escola não pode contar, pois é outra instituição que vem se deteriorando e suas conseqüências vêm sendo sentidas pela sociedade, refletidas na violência, miséria, prostituição, drogas. E todo esse quadro consegue piorar
  • 19. 18 quando restringimos à análise da educação das escolas públicas onde, além de todos esses fatores já citados existe o problema financeiro onde professores recebem mal pelo seu trabalho, a escola não possui recursos necessários para o oferecimento de uma boa educação, e se possui os professores e funcionários não são treinados para fazer o uso correto dos mesmos. Mesmo ante a todos esses problemas e sua desvalorização, o professor continua sendo peça fundamental na formação de indivíduos críticos e conscientes de seus direitos e deveres, por esse motivo a formação desse profissional deve ser voltada para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que podem ser aprimorados com a prática pedagógica. Retornando ao contexto de aulas de leitura em LE, a formação profissional ganha novas proporções em importância, pois é durante a sua formação que o professor terá a oportunidade de conhecer a realidade da educação, decidir em ser agente na melhoria da mesma além de ser apresentado ás teorias que facilitam o planejamento e desenvolvimento dessas aulas. É em sua formação que o professor deverá se conscientizar e assumir seu papel de motivador. Esse termo abarca uma característica muito importante atribuída ao professor. Segundo Shütz (2003) um aluno só aprende algo se ele tiver alguma motivação que o impulsione a aprender. “Não é o professor que ensina nem o método que funciona; é o aluno que aprende”. Analisando a frase de Shütz (2003) pode-se perceber certo grau de autonomia presente e um tanto que desvalorização do papel do docente, no entanto o desempenho do professor durante as aulas de LE podem aumentar os níveis de motivação induzindo o aprendiz ao aprendizado se o ambiente em que o aprendizado da língua deve ocorrer for autêntico e proporcionar atividades voltadas aos interesses do aprendiz, o grau de motivação será alto. Entretanto, se o ambiente carecer de autenticidade, de elementos da cultura estrangeira, como por exemplo uma sala de aula com um número excessivo de alunos e um professor de proficiência limitada, onde a L2 dificilmente se impõe sobre a L1, e se as atividades nesse ambiente forem ditadas por um plano didático predeterminado em vez de centradas na pessoa e nos interesses do aprendiz, o grau de motivação será baixo (SHÜTZ, 2003) Constata-se na citação acima que a formação e capacitação do professor influenciarão na motivação externa do aluno, por meio do planejamento e pesquisas o educador transmitirá segurança e estimulará o aluno a participar da aula e da
  • 20. 19 construção do próprio conhecimento. Além disso, percebe-se ainda a eficácia que a autenticidade e abordagem instrumental têm no aumento da motivação. Na busca pela boa execução das propostas, citadas durante todo o trabalho, dos teóricos no campo da leitura é importante que o professor de LE reconheça a necessidade de ter a sua formação continuada. Segundo Moita Lopes (1996) a atuação de um professor em uma sala de LE deve ser dirigida pela busca constante por inovação e pesquisa teórica visando acompanhar as tendências que surgem com a finalidade de ajudar o mesmo em seu desempenho didático e auxiliar na concretização da aprendizagem do aluno mediada pela prática de toda teoria pesquisada pelo docente. Estudos recentes vêm mostrando que a pesquisa deve estar presente na formação do professor, proporcionando-lhe oportunidades de construir o seu próprio conhecimento e aprender como oferecer essas oportunidades a seus alunos. A partir das leituras feitas em Lisita, Rosa e Lipovetsky (2008) é possível discorrer que, a pesquisa é um recurso que permite um indivíduo fazer estudo sobre um tema, realizar experiências e obter resultados, e com base nesses dados, conseguir construir conhecimento a cerca do tema, ou seja, é descobrir, redescobrir, analisar, desfazer, refazer, modificar o conhecimento a partir dos resultados das experiências e estudos, é ser capaz de elaborar sua contribuição científica sobre um assunto. A partir do momento que a pesquisa passa a fazer parte da formação do professor e que esse compreende a importância desse recurso para a prática pedagógica e quais os resultados positivos que seu uso planejado pode trazer, basta realizá-la com responsabilidade. Para as aulas de leitura o trabalho do professor- pesquisador não terá fim, pois a cada nova aula textos são novos e a forma de trabalhar os mesmos deve ser também renovada a cada dia. Além de que com a evolução e mudança constante da sociedade alguns textos que são utilizados em um ano podem não ser mais atuais no outro, portanto a busca por textos atuais e contextualizados recomeça. Pensando assim é possível concluir que, para atuação em qualquer aula de qualquer disciplina, mas principalmente para as aulas de LE é fundamental que durante a sua formação, o professor busque se qualificar ao máximo e conscientize- se de que essa não acaba com o fim da graduação, pelo contrário é indispensável à formação continuada para uma prática docente de sucesso.
  • 21. 20 Capítulo 2 Metodologia Com a intenção de conhecer e analisar a circunstância em que se encontram as aulas de língua inglesa onde a leitura de textos é trabalhada, e a posição tanto dos alunos quanto dos professores ante essas aulas, foi escolhida a abordagem metodológica da pesquisa qualitativa. Foram aplicados questionários, para discentes e docentes, elaboradas com o intuito de que fossem transmitidas as impressões que esses sujeitos têm das aulas de leitura em LE. O processo metodológico de uma pesquisa é fundamental para a validação do produto final como afirma Duarte (2002, p.140), a coleta de dados para análise é tão importante quanto a síntese desta, é o declara a mesma Se nossas conclusões somente são possíveis em razão dos instrumentos que utilizamos e da interpretação dos resultados a que o uso dos instrumentos permite chegar, relatar procedimentos de pesquisa, mais do que cumprir uma formalidade, oferece a outros a possibilidade de refazer o caminho e, desse modo, avaliar com mais segurança as afirmações que fazemos. Portanto, será a seguir descrito cada passo da pesquisa e os sujeitos da mesma de forma a esclarecer os objetivos iniciais e conclusões a quais se chegou com o exame de cada dado obtido sobre a realidade das aulas de leitura em LE por meio das entrevistas. 2.1 Caracterização dos sujeitos participantes Para a realização da pesquisa de campo foram realizados questionários a dois professores de língua inglesa e a trinta alunos do ensino médio de uma escola pública estadual situada no município de Valente, sendo que quinze destes eram alunos de um professor e os outros quinze do outro. Os professores em questão foram nomeados de A e B e os alunos numerados de 1 a 30, sendo que os estudantes numerados de 1 a 15 são alunos do professor A e os de 16 a 30 são alunos do professor B. Os alunos interrogados estavam dentro da faixa etária entre 15 e 24 anos. Os dois professores questionados têm a sua formação profissional na área de Língua Inglesa e ambos ensinam a língua na instituição citada há dez anos, no
  • 22. 21 entanto não ensinam apenas inglês. O professor B tem a carga horária semanal de trabalho de sessenta horas enquanto que o professor A tem apenas quarenta horas semanais. 2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários Tanto os professores quanto os alunos já citados, receberam o questionário impresso em papel. O questionário direcionado aos professores continha onze questões sendo que as quatro primeiras diziam respeito à formação profissional, tempo de ensino da língua, se leciona apenas inglês e jornada semanal de trabalho, perguntas estas que já tiveram suas respostas comentadas no tópico anterior referente à caracterização dos sujeitos participantes. E as outras sete questões estavam relacionadas às práticas pedagógicas adotadas para a realização das aulas de leitura em LE. O questionário destinado aos alunos possuía apenas seis questões que investigavam a concepção dos alunos quanto ao mundo da leitura e importância atribuída às aulas de LE onde o foco está na leitura. Algumas perguntas averiguavam ainda a forma como eles aceitam os métodos utilizados pelos professores durante essas aulas. Enfim, as perguntas de ambos os questionários foram elaboradas tendo como base os teóricos citados ao longo do trabalho nos capítulos referentes à fundamentação teórica e visando confirmar as considerações tecidas ao longo da realização deste trabalho. Teve-se ainda a intenção de comprovar o que diziam os professores sobre as aulas de leitura com o que afirmavam os alunos sobre as mesmas aulas.
  • 23. 22 Capítulo 3 Análise de Dados Este trabalho teve como objetivo geral inicial reconhecer a importância do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa com a finalidade de obter futuros leitores eficientes e eficazes. Para tanto foram analisados os dados recolhidos com a pesquisa de campo que serão a seguir expostos. Serão comparadas as informações prestadas pelos professores com as dos alunos além de uma composição textual conclusiva produzida por meio de estudos esmiuçadores de cada resposta prestada pelos participantes. Iniciando a seqüência de exames dos dados, serão analisadas as respostas atribuídas ao questionário dos professores: A quinta questão (as quatro primeiras foram mencionadas acima) foi composta da seguinte maneira “Tem-se discutido muito sobre a importância da formação contínua. Você tem investido na sua capacitação? O que você tem feito para melhorar a sua atuação em sala de aula?” E em resposta os professores declararam: “Aulas de conversação, pós-graduação e estou sempre buscando em livros didáticos, de metodologias, novas ferramentas que facilitem a aprendizagem dos alunos.” (Professor A) “Estou em fase de conclusão de pós-graduação em ensino da língua inglesa a qual tem ajudado na elaboração de aulas mais interessantes e produtivas.” (Professor B) Por meio destas declarações é possível perceber que estes educadores têm a consciência de que a formação continuada é de fundamental importância para a prática docente eficaz além de oportunizar aos seus alunos aulas prazerosas e motivadoras, notam-se ainda em ambas as falas a preocupação com a motivação e concretização da aprendizagem. Na questão seguinte os professores foram indagados sobre a importância em trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa e o porquê dela, para esta as respostas foram: “A leitura é uma habilidade que recebe uma melhor atenção dos alunos, principalmente em escola pública, já que muitos não têm como objetivo desenvolver uma proficiência na língua, mas apenas tornarem aptos a ler textos, seja para o
  • 24. 23 estudo, lazer ou trabalho. A leitura conduz o aluno a conhecer e utilizar a LI como instrumento de acesso a informação e outras culturas.” (Professor A) “Eu acho importante, porém as aulas são insuficientes, e esta atividade (leitura) depende de muito tempo, pois é preciso trabalhar com dicionários e o nosso acervo conta com apenas 14 dicionários, isso dificulta bastante o ensino.” (Professor B) Constata-se nitidamente a diferença quanto à abordagem utilizada. O professor A expressa claramente que a abordagem utilizada em suas aulas é a instrumental, pois esta tem por objetivo a compreensão básica de textos na língua, visa desenvolver a capacidade do aluno ler esses textos para o avanço nos estudos ou para aquisição de um trabalho, ou seja, para fins específicos, para tanto não é necessário o uso de dicionários, o que é presente na afirmação do professor B que ainda enfatiza a falta deste material, essa situação apenas mostra a precariedade de materiais na escola, mas não que seja um problema para a realização das aulas de leitura. A fala do professor B remete ainda a idéia tradicional ultrapassada da preferência á tradução do texto do que pela leitura propriamente dita. A questão ulterior averigua: Você acha que seus alunos valorizam a aula em que é trabalhada a leitura? Por quê? Para tal pergunta as respostas revelaram que existe a preocupação por parte dos dois professores em proporcionar aos seus alunos textos contextualizados e interessantes, que atraiam a atenção dos mesmos. O professor A demonstrou ainda o cuidado em transmitir a seus alunos conhecimentos como as estratégias de leitura além de investir nas atividades de pré- leitura, o que leva os alunos se interessar por essas aulas. A oitava pergunta busca esclarecer as considerações que eles têm sobre o ensino das estratégias de leitura para os alunos a fim de facilitar a compreensão dos textos trabalhados. “As estratégias de leitura apresentam papel fundamental na interpretação e compreensão de textos, pois possibilitam a exploração dos mesmos. Desta forma o aluno participa mais das aulas, pois a compreensão do texto torna-se mais fácil.” (Professor A) “Ensino. E estas estratégias facilitam a compreensão dos textos e servem para introduzir o assunto tratado (o tema).” (Professor B) As estratégias de leitura são facilitadores do ato de ler e os professores reconhecem essa importância ao investir tempo para ensinar e incentivar o uso
  • 25. 24 dessas técnicas além de outras que permitam a compreensão de um texto de forma prática, rápida, contudo condizente realmente com o significado do texto, pois os próprios PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental afirmam (BRASIL, 1998, p. 92). É importante também que o aluno aprenda a adivinhar o significado de palavras que não conhece, por meio de pistas contextuais, da mesma forma que é essencial que aprenda a desconsiderar a necessidade de conhecer todos os itens lexicais para ler. São importantes as estratégias de integração de uma informação a outra, o estabelecimento dos elos coesivos e a utilização de estratégias de inferência. É crucial que o aluno aprenda a distinguir entre informações centrais na estrutura semântica do texto e os detalhes. A nona questão investiga quais os tipos de textos que são trabalhados nas aulas de leitura e como esses são selecionados. As respostas de ambos os professores revelam a preocupação em levar materiais que estejam dentro do quadro de interesses dos alunos o que, como foi citado ao longo deste trabalho, é bastante relevante, pois desperta ainda mais a curiosidade dos alunos e os incentiva a participar das aulas além de estimulá-los à leitura e busca por descobrir as informações que o texto traz sobre o tema que os interessa. O professor A ainda revela em sua resposta a utilização de textos autênticos o que é um traço característico da abordagem instrumental: “Tento identificar temas do interesse do aluno. Assuntos como sexo, drogas, reportagens atuais (notícias de jornais e revistas), letras de músicas e textos traduzidos pelos alunos. Também trabalho com textos dissertativos, cartuns, histórias em quadrinhos e de exames vestibulares.” (Professor A) A penúltima questão do questionário aos professores os interroga sobre como as aulas de leitura em LE são desenvolvidas e foi possível constatar que o foco principal destas aulas é compreensão, no entanto o professor B tende a conduzir as mesmas para o lado da comunicação a partir do tema proposto pelo texto enquanto que o professor A busca instruir seus alunos a perceberem a importância que as palavras-chave têm para a construção do significado das informações do texto. Quanto à última questão, esta tenta conhecer as concepções dos dois profissionais acerca das discussões sobre o professor instigar o desenvolvimento da autonomia de seus alunos, e analisando as duas respostas é possível perceber um tanto que desconhecimento sobre o tema “autonomia” eles citam a importância que
  • 26. 25 a motivação intrínseca tem para a eficácia da aprendizagem do aluno, no entanto a ação de mostrar a seus alunos a importância de tomar a iniciativa na busca pelo próprio conhecimento principalmente fora das paredes da escola tem ficado despercebida. Após a análise das respostas dos docentes é possível concluir que há a observância dos fundamentos teóricos durante a busca em melhor instruir os alunos. A partir de cada depoimento foi plausível a constatação de que os métodos e abordagens de ensino utilizadas por ambos os profissionais na escola em questão estão condizentes com as atuais linhas de estudos sobre o ensino da leitura em aulas de LE, é aceitável que ainda haja alguns aspectos a serem melhorados na prática pedagógica, mas como os mesmos demonstraram total consciência da necessidade da formação continuada isto pode ser facilmente resolvido. Segue agora o diagnóstico obtido a partir do conteúdo das perguntas aplicadas aos alunos. Cabe aqui também a comparação de algumas informações prestadas pelos professores com as dos educandos, visando à compreensão das impressões que o professor tem a respeito de suas aulas e o que os alunos realmente sentem quando essas aulas estão sendo ministradas. A pergunta inicial contida na entrevista dos alunos teve por objetivo conhecer as concepções que os mesmos tinham a respeito da leitura, o que a leitura representava para eles. A maioria dos alunos revelou encarar a leitura como um meio fundamental para o alcance da aprendizagem, como uma passagem para um mundo de oportunidades, de conhecimento, o que pode ser comprovado na seguinte fala: “Leitura é um novo caminho para novas descobertas.” (Aluno 26). É possível, a partir dos depoimentos, reafirmar o que Lajolo (1999) traz em sua obra, a leitura oferece a seus usuários a oportunidade de se desenvolverem intelectualmente, melhorar convivência social além de possibilitar a compreensão do mundo de diferentes ângulos e concepções. Além da importância na aprendizagem a leitura também foi conceituada como facilitadora de diálogos e mediadora na aquisição de novos vocábulos. A primeira questão abordou os alunos sobre a leitura no contexto de uso geral, a partir da segunda o contexto é voltado para aulas de língua inglesa que é o objeto de pesquisa deste trabalho. A unanimidade dos alunos respondeu positivamente à segunda pergunta que os interrogou se eles achavam importantes as aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos. Foi pedida ainda
  • 27. 26 uma justificativa para a resposta anterior, e estas retratam as vantagens que a leitura pode oferecer a eles, segue um gráfico com as principais citadas. A minoria inclusa na categoria “outras” citou o fato de terem a vontade de aprender a falar a língua despertada com o decorrer dessas aulas. GRÁFICO 1: Vantagens oferecidas pela leitura em aulas de LE segundo os alunos Aquisição de vocabulário Construção do conhecimento de mundo Utilização para fins específicos (vestibulares, concursos, oportunidaes de trabalho Outras A questão de número três investigou entre os estudantes quais os tipos de textos eram mais utilizados nas aulas de LE e se estes eram interessantes e despertavam a atenção deles. Quanto a segunda parte da pergunta, 21 dos 30 alunos disseram que sim, que eram atraídos pelos textos, apenas 2 confessaram não achar interessantes os textos trabalhados e os 7 restantes limitaram-se a responder apenas sobre os tipos de textos, e no que diz respeito a essa parte da pergunta os tipos de textos permearam a categoria dos textos autênticos confirmando o que os docentes informaram além de mostrar que o que os PCN (1998) instrui, está sendo seguido por esses profissionais e está gerando bons resultados entre os alunos como pode ser percebido. Apenas por detalhe, os tipos de textos citados foram os informativos, notícias de jornais e revistas, letras de músicas, histórias em quadrinhos, diálogos entre outros de diversos temas. A interrogação seguinte é sobre o desenvolvimento das aulas onde a leitura é o foco, como estas são conduzidas pelo educador e se a forma como elas acontecem são interessantes para eles (os alunos), a base teórica para a
  • 28. 27 formulação desta questão está em Almeida Filho (2010), pois é indispensável à aceitação do aluno aos conhecimentos apresentados, que a forma como estes são transmitidos os atraiam e os instigue a buscar mais. Portanto é notável dentre as respostas obtidas que os educadores têm conseguido cumprir essa missão, pois a grande maioria afirmou que as aulas são atraentes. Garantiram ainda que antes de trabalharem literalmente com os textos os professores buscam familiarizarem-nos com os mesmos, ou seja, apostam sempre na eficácia do “warm up” além de valerem-se do planejamento para o uso de técnicas e métodos que facilitam a compreensão do texto pelos alunos além de incitarem a vontade de aprender mais. A quinta dúvida é sobre as estratégias de leitura, estas são recursos essenciais para a formação de significados de um texto em LE, algumas são elaboradas pelo próprio leitor afim de melhor compreender uma informação, e outras foram criadas a partir de observações de estudiosos do tema leitura, estas últimas podem e devem ser ensinadas aos estudantes buscando a melhora na interpretação de textos em língua inglesa. Todos os entrevistados, com exceção de três, disseram que seu professor já havia ensinado as estratégias, mas todos demonstraram achar importante aprendê-las, e o são principalmente na abordagem instrumental. Alguns citaram ainda em sua resposta a importância que este conhecimento teria no momento de um exame de trabalho ou acadêmico. A última questão teve por objetivo averiguar como está o nível de autonomia dos alunos. A pergunta foi a seguinte: Você realiza por conta própria a leitura de outros textos em Língua Inglesa fora da escola como músicas, notícias, etc.? Dos 30 entrevistados 16 revelaram buscar outras fontes de textos em LE e os lê, dentre os tipos mais comuns estão as letras de músicas que geralmente despertam o interesse dos alunos devidos a diversos fatores sociais. E os restantes que negaram, disseram ser por preguiça ou falta de interesse mesmo. Com a análise geral das entrevistas aplicadas aos estudantes foi possível constatar que há aceitação das aulas leituras em LE, e que apesar de todos os problemas que o professor possa encontrar para execução dessas aulas, os alunos estão receptivos às aulas dinâmicas e repletas de curiosidades e novidades. Portanto cabe reafirmar aqui a relevância que o planejamento tem para a obtenção de bons resultados além da motivação que ambas as partes devem ter.
  • 29. 28 Considerações Finais O presente trabalho foi de fundamental importância para a constatação da situação atual das aulas de leitura em LE, além de analisar os fatores que envolvem a busca por pôr em prática toda teoria que se conhece durante a formação do docente. Foi possível ainda por meio deste, investigar como os alunos reagem diante das citadas aulas e quais métodos melhor os alcançam. Os estudos realizados nos teóricos do tema em foco permitiram a formação de uma base capaz de suportar todas as considerações tecidas ao longo deste texto, além de confirmarem os resultados obtidos por meio da análise de dados realizada. O tema de estudo aqui proposto além já possuir muitos pioneiros e outros que seguiram o mesmo caminho, é um tema bastante relevante para novas pesquisas e que abre um leque de novas direções. Não cabe aqui dizer que o chegou-se a uma conclusão totalmente finda, mas sim que os objetivos iniciais foram alcançados. A meta geral foi alcançada, pois a importância do ensino da leitura instrumental tem sido reconhecida tanto pelos docentes quanto pelos discentes que tem posto em prática ações positivas para a formação de leitores eficazes da LE. Quanto aos objetivos específicos, apenas um não foi atingido completamente por falta de tempo para a realização de observações diretas para análise das diferentes formas de trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE, mas que, no entanto uma mínima parte pôde ser realizada por meio da análise de dados, quanto aos outros, por meio dos estudos bibliográficos coleta e exame dos dados, foi possível alcançá-los. Enfim, este trabalho foi relevante para a formação de conceitos e comprovação de que uma aula de LE onde a leitura é o foco é capaz de ser produtiva e pode ser desenvolvida de forma atraente aos alunos e que geram resultados, além de também o ser para continuações de pesquisas ou embasamento para novas.
  • 30. 29 Referências ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 6 ed. Campinas, SP: Pontes, 2010. BRASIL. Ministério da educação, secretaria da educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf > Acesso em: 28 jul. 2011. BRASÍLIA, Ministério da Educação, secretaria de Educação Básica: Orientações curriculares para o ensino médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias, 2006. 239 p. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf> Acesso em: 29 jul. 2011. DUARTE, Rosália. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cp/n115/a05n115.pdf> Acesso em: 05 nov. 2011. ECKERT-HOFF, Beatriz Maria. Leitura em língua estrangeira: um estudo discursivo. Recorte – Revista de Linguagem, Cultura e Discurso. Ano 3 - Número 4 – Janeiro a junho 2006. Disponível em: <http://www.unincor.br/recorte/artigos/edicao4/4artigo_beatriz.htm>. Acesso em: 28 jul. 2011. IBIAPINO, José Kelli Santos. Estratégias de leitura: uma forma de facilitar a leitura e compreensão de textos em língua inglesa. Artigo científico apresentado como trabalho de conclusão do curso de Pós-Graduação em Língua Inglesa pela Faculdade Montenegro, Picos – PI, 2010. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/36474/1/Estrategias-de-leitura-Uma-forma-de- facilitar-a-leitura-e-compreensao-de-textos-em-lingua- inglesa/pagina1.html#ixzz1TpwwIeaL>. Acesso em: 01 ago. 2011. KEZEN, Sandra. Ensino de leitura em língua estrangeira: a contribuição do modelo sociointeracional na construção do conhecimento e do sentido dos textos. Disponível em: <http://www.partes.com.br/ed44/educacao.asp.> Acesso em: 28 jun. 2011. KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 10 ed. Campinas, SP: Pontes, 2007. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 4 ed. São Paulo: Editora Ática, 1999. LIMA, Diógenes Cândido (Org.). Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa: Conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
  • 31. 30 LIMA, Elvira. Ler – como ensinar? Revista Voz das Letras. Concórdia, Santa Catarina, Universidade do Contestado, n. 3, II Semestre de 2005. Disponível em: <http://www.nead.uncnet.br/2009/revistas/letras/3/4.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2011. LISITA, Verbena; ROSA, Dalva; LIPOVETSKY, Noêmia. Formação de professores e pesquisa: uma relação possível? In: ANDRÉ, Marli (Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 8 ed. Campinas, SP: Papirus Editora, 2008, p.107-127. LOPES, Luiz Paulo da Moita. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996. MICCOLI, Laura. Autonomia na aprendizagem de língua estrangeira. In: PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e (Org.) Práticas de ensino e aprendizagem de inglês com foco na autonomia. 3 ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2010. p. 31 – 49. NEVES, Iara Conceição Bitencourt et al. Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 6 ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. O lugar da leitura na aula de língua estrangeira. Disponível em: <http://www.veramenezes.com/leitura.htm>. Acesso em: 28 jul. 2011. PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e (Org.). Práticas de ensino e aprendizagem de inglês com foco na autonomia. 3 ed. Campinas, SP: Pontes, 2010. SCHÜTZ, Ricardo. Motivação e desmotivação no aprendizado de línguas. 2003. Disponível em: <http://www.sk.com.br/sk-motiv.html> Acesso em: 28 jul. 2011. SOUZA, Adriana Grade Fiori et al. Leitura em Língua Inglesa: Uma Abordagem Instrumental. São Paulo: Disal, 2005. SOUZA, Antonio Escandiel de; VARGAS, Fernanda de Carvalho. Oficina de leitura em língua estrangeira: construindo o conhecimento através da interação na sala de aula. Disponível em: <http://www.ufsm.br/lec/02_05/Antonio_Fernanda.pdf> Acesso em: 27 jun. 2011. VIEIRA, Marlene Felizardo, MOTTER, Rose Maria Belim. A leitura nas aulas de língua inglesa como instrumento de letramento crítico: uma proposta possível?. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1945- 8.pdf?PHPSESSID=2010022510591769>. Acesso em: 27 jun. 2011.
  • 32. 31 ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 11 ed. Porto Alegre, RS: Mercado Aberto, 1993.
  • 33. 32 Apêndice: Questionários UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II ORIENTADORA – Mônica Veloso GRADUANDA – Elisama Silveira Questionário para o regente 1. Você é formado na área de Língua Inglesa? ( ) Sim ( ) Não 2. Há quanto tempo você ensina Inglês nessa instituição? ___________________________________________________________________ 3. Você ensina apenas inglês? ( ) Sim ( ) Não 4.Você ensina quantas horas por semana nessa e em outras instituições? ___________________________________________________________________ 5. Tem-se discutido muito sobre a importância da formação contínua. Você tem investido na sua capacitação? O que você tem feito para melhorar a sua atuação em sala de aula? ___________________________________________________________________ 6. Você acha importante trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa? Por quê? ___________________________________________________________________ 7. Você acha que seus alunos valorizam a aula em que é trabalhada a leitura? Por quê? ___________________________________________________________________ 8. Você ensina aos seus alunos as estratégias de leitura para facilitar a compreensão dos textos? Por quê? ___________________________________________________________________ 9. Quais os tipos de texto que você trabalha nessas aulas? Como você os escolhe? ___________________________________________________________________ 10. Quais as abordagens que você mais utiliza quando trabalha a leitura nas aulas de Língua Inglesa? ___________________________________________________________________ 11. O que você acha das discussões sobre o desenvolvimento da autonomia dos alunos? É possível? ___________________________________________________________________
  • 34. 33 UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II ORIENTADORA – Mônica Veloso GRADUANDA – Elisama Silveira Questionário para o aluno 1. O que é leitura para você? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2. As aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos são importantes pra você? Por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3. Quais os tipos de textos que são trabalhados nas aulas de Língua inglesa? Eles lhe despertam a curiosidade, lhe chamam a atenção? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4. Como geralmente o seu professor desenvolve essas aulas onde a leitura de textos em Língua Inglesa é o foco? São aulas interessantes? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 5. As estratégias de leitura são recursos que facilitam a compreensão do texto sem que necessariamente seja usado o dicionário. São algumas dessas estratégias a observância das palavras cognatas, conhecimento prévio sobre o tema do texto, reconhecimento de vocábulos, leitura rápida para familiarização com o texto entre outras. O seu professor já ensinou essas estratégias? Se não você acharia interessante aprendê-las? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6. Você realiza por conta própria a leitura de outros textos em Língua Inglesa fora da escola como músicas, notícias, etc? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________