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INTRODUÇÃO Á
SOCIOLOGIA
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LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem
ibidem
COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade. 3ªedição.São
Paulo:Ed. Atual, 2006
OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século
XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010
BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo.
São Paulo: Thomson Learning, 2007
BIBLIOGRAFIA
SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006
GIDDENS, Anthony., 4ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2006
LEMOS FILHO,Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências
Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do
Direito. 5ªedição. Campinas, Ed. Alínea, 2012
BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de
Sociologia. Rio, Fundaçãop Getulio Vargas ,2010.
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„Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro pôs
uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo,
quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Passado
mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentação das
bananas. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado
pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do
grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu,
tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo
dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de
cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a
bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a
algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a
resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”
(Texto atribuído a Albert Einstein)
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
O que a história dos macacos
e o vídeo “Ilha das Flores” têm
a ver com a Sociologia ?
E o que a Sociologia tem a ver
comigo ou com a minha vida?
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A Sociologia se debruça sobre fenômenos sociais que
nos afetam em nosso dia a dia.
Por que a vida em sociedade é como é?
Por que uns têm tanto e outros têm pouco?
Por que obedecemos ou contestamos?
Por que as pessoas se reúnem ou se tornam rivais?
O que nos é proibido e o que nos é imposto por obrigação?
Por que os governos se organizam de uma forma ou de
outra?
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“ A objeção que os membros leigos da sociedade
frequentemente fazem aos postulados da sociologia
é... que seus “achados” não lhes dizem nada além do
que já sabem ou, o que é pior, vestem com
linguagem técnica oque é perfeitamente familiar na
terminologia de todos os dias” (Anthony Giddens)
Alguem já disse que a sociologia é a “ciência do obvio”
(Nelson Rodrugues)
Em outras palavras, aqueles que criticam a
sociologia, segundo Giddens, muitas vezes dizem
que ela trata do que todo mundo já sabe em uma
linguagem que ninguém entende. A sociologia
trata do que todo mundo já sabe.
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Na realidade, parece ter sentido. Afinal, para que
estudar sociologia? Por que estudar a sociedade em
que vivemos? Não basta vivê-la? É possível conhecer
a sociedade cientificamente? A Sociologia serve para
quê?
Darcy Ribeiro, cientista social, em um texto sobre o obvio,
diz que o negocio dos cientistas é mesmo lidar com o
obvio.O que a ciência faz é ir tirando os véus,
desvendando a realidade, a fim de revelar a obviedade do
óbvio.
A sociologia nos ajuda a refletir sobre as certeza que
temos, põe sob observação nossas opiniões mias
arraigadas. Ela modifica nossa percepção sobre o que
vivemos em nossa rotina e assim contribui para alterar a
maneira de vermos nossa própria vida e o mundo que nos
cerca.
arnaldolemos@uol.com.br
“A maior parte do tempo, o sociólogo aborda aspectos
da experiência que lhe são perfeitamente
familiares, assim como à maioria dos seus compatriotas
e contemporâneos. Estuda grupos
, instituições, atividades que os jornais falam todos os
dias. Mas as suas investigações comportam outro tipo
de paixão da descoberta. Não é a emoção da descoberta
de uma realidade familiar mudar de significação aos
nossos olhos. A sedução da sociologia provem de ela
nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida
cotidiana no qual todos vivemos.
Peter Berger
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mundo inundado de mudanças, tensões,
enormes conflitos e divisões sociais e ataque
destrutivo da tecnologia moderna ao
ambiente natural.
Século XXI
Preocupações da
sociologia, enquanto
ciência Possibilidades de controlar o nosso
destino e moldar nossas vidas muito
maiores do que as gerações anteriores.
Por que nossas condições de vida são tão
diferentes daquelas de nossos pais e avós??
Que direção as mudanças tomarão no
futuro?
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porque somos o que somos e
porque agimos como agimos?
Sociologia
aquilo que encaramos como
natural, inevitável, bom ou
verdadeiro pode não ser bem
assim
os “dados” de nossas vidas
são influenciados por forças
sociais e históricas
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abrangência
desde a análise de encontros
ocasionais entre indivíduos
na rua até a investigação de
processos sociais globais
Aprender
a pensar
sociologica
mente
cultivar a
imaginação
Libertar-se do
imediatismo das
circunstâncias
pessoais e ver as
coisas num
contexto mais
amplo.
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Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã.
A imaginação sociológica (Wright Mills)
No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede de
trabalho e trabalhadores
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Veja as suas dimensões:
O café tem um valor simbólico
O café é uma droga
O café cria relacionamentos sociais e
econômicos
Há um processo histórico de desenvolvimento social e
econômico
O café está ligado à globalização, comercio internacional,
direitos humanos e destruição ambiental
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O café não é somente uma
bebida. Ele possui um valor
simbólico. às vezes o ritual
associado a beber café é muito
mais importante do que o ato
de consumir a bebida.
Considere o seu ritual ao
longo do dia nas suas interações
sociais.
Valor simbólico
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O café é uma droga por
conter cafeína que tem um
efeito estimulante sobre o
cérebro. Cria dependência
mas é uma droga socialmente
aceita, ao contrário, por
exemplo, da maconha.
Uma droga
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Um indivíduo que bebe uma
xícara de café cria uma trama de
relacionamentos sociais que se
estendem pelo mundo. O café é
uma bebida que conecta as pessoas
das mais ricas e das mais pobres: é
consumido nos países ricos mas
cultivado nos países pobres.
Relacionamentos sociais
arnaldolemos@uol.com.br
Ao lado do petróleo, o café é
uma das mercadorias mais
valiosas no comercio
internacional.
Relacionamentos econômicos
arnaldolemos@uol.com.br
Relacionamentos econômicos
A produção supõe o plantio, a
colheita, a secagem, o
transporte e a distribuição que
requerem relações contínuas
entre pessoas a milhares de
quilômetros de distância do
consumidor.
Colheita e secagem na Fazenda
Cabral- Jacui – MG-2009
arnaldolemos@uol.com.br
O ato de beber café pressupõe
todo um processo passado de
desenvolvimento social e
econômico. O café só passou a
ser consumido em larga escala
a partir dos fins do século XIX.
O legado colonial tem tido um
impacto enorme no
desenvolvimento do comercio
mundial do café.
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
arnaldolemos@uol.com.br
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
No Brasil, no Vale da Paraíba, foi em
torno da fazenda, como unidade
básica da agricultura mercantil, que
se articulou a vida social .
A produção do café permaneceu
dentro dos moldes coloniais,
baseada no trabalho escravo e no
plantio de grandes extensões de
terra, segundo técnicas agrícolas
rudimentares.
arnaldolemos@uol.com.br
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
A expansão da cultura do café pelos
“Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi
um momento fundamental para a
formação da sociedade brasileira
contemporânea.
Provocou a decadência do trabalho
escravo e a introdução do trabalho livre.
As riquezas acumuladas pelo café, o
capital cafeeiro, foram o motor do
desenvolvimento capitalista no Brasil
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O café é um produto que permanece no centro dos
debates contemporâneos sobre a globalização, direitos
humanos e destruição ambiental. Passou a ser uma
“marca” e foi politizado. Os consumidores podem
boicotar o café que vem de paises que violam os
direitos humanos e acordos ambientais
Globalização,Comercio Internacional, Direitos Humanos e
Destruição Ambiental
arnaldolemos@uol.com.br
Trigo
Sal
Água
Fermento
arnaldolemos@uol.com.br
Trigo
Plantio
Colheita
Moagem
Comercialização
Sal
Retirada do mar
Processamento
Embalagem
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Água
Fermento
Captação
Tratamento
Distribuição
Produção
Comercialização
Distribuição
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Equipamentos
Máquina para preparar a
massa
Forno para assar o pão
Fabricados em
indústrias
Matéria prima
Tipo de energia
Fogo
Madeira
Carvão
Energia
elétrica
Linhas de
transmissão
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Consumidor
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Tempo de trabalho Tempo de trabalho
Comparação de trabalho humano
Equivalência
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Se para tomar uma café da manhã, há
tanta gente envolvida, direta ou
indiretamente, você pode imaginar
quanto trabalho é necessário para a
fabricação de ônibus, bicicleta,
automóvel, para a construção da casa
em que você vive ou da Universidade
onde estuda.
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IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
capacidade de a pessoa poder ver a sua
propria sociedade como uma pessoa de fora o
faria, em vez de fazê-lo apenas da perspectiva
das experiências pessoais e dos preconceitos
culturais
permite ir além das experiências e observações
pessoais para compreender as questões com
maior amplitude.
é uma ferramenta que nos proporciona
poder, pois nos permite olhar para além de
uma compreensão limitada do
comportamento humano.
arnaldolemos@uol.com.br
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
Permite-nos ver que muitos
acontecimentos que parecem dizer
respeito somente aos indivíduos, na
verdade, refletem questões sociais
mais amplas. Ex. o divorcio, o
desemprego, etc.
Embora sejamos influenciados pelo
contexto social em que nos
encontramos, nenhum de nós está
determinado em nosso
comportamento por aquele
contexto.Possuímos e criamos a
nossa própria individualidade.
Tente aplicar este tipo de
perspectiva à sua própria vida. Use
sua imaginação sociológica em
relação a uma realidade social.
arnaldolemos@uol.com.br
Como a sociedade era
conhecida antes do
aparecimento da ciência?
A Sociologia é a ciência da sociedade.
Toda ciência é
conhecimento
Todo conhecimento é um
produto histórico
Quais foram os fatores
históricos que propiciaram o
surgimento da sociologia?
arnaldolemos@uol.com.br

ANTES DO APARECIMENTO DA
CIÊNCIA
O SURGIMENTO DA
CIÊNCIA
AS CARACTERISTICAS DO
CONHECIMENTO CIENTIFICO
CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS
HUMANAS
AS DIFICULDADES
METODOLÓGICAS DAS
CIÊNCIAS HUMANAS
EVOLUÇÃO DO
CONHECIMENTO
DA SOCIEDADE
arnaldolemos@uol.com.br
Pré-História
Idade Antiga
Idade
Media
Idade Moderna
TEOCENTRISMO
COSMOCENTRISMO
ANTROPOCENTRISMO
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Pré-História
antes da escrita
Mito Imaginação
Idade Antiga
Do aparecimento da
escrita até 476 d. C.
Filosofia Razão
Idade Média
de 476 d. C. até 1453
Teologia Fé
Idade Moderna Revolução
Científica
Dados da
Realidade
1453 até ... Ciências Humanas
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
DA
FILOSOFIA
SOCIAL
(O QUE DEVE
SER)
PRÉ-HISTÓRIA
IDADE
ANTIGA
MITO
FILOSOFIA
TEOLOGIA
FATORES
DETERMINANTES
SOCIO-
CULTURAIS
INTELECTUAIS
RELATIVOS AO
SISTEMA DE CIÊNCIA
Ascensão da Burguesia
Formação do Estado
Nacional
Descoberta do Novo Mundo
Revolução Comercial
Reforma protestante
Revolução Industrial
Renascimento
Racionalismo
Iluminismo
Revolução Francesa
Aplicação do método
cientifico ao conhecimento
da sociedade
CIÊNCIAS HUMANAS
=
CIÊNCIAS NATURAIS
POSIT IVISMO
Utopismo
PARA
CIÊNCIA
SOCIAL
(O QUE É)
DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS
ANTES
DEPOIS
SECULOS
XVI, XVII
XVIII
IDADE
MEDIA
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
Mito – Pré-História
Mito
Histórias orais
Identidade cultural
de um povo
Concepção de mundo
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Mito – Pré-História
modelos antropomórficos e divinizados das relações
humanas sobre os fenômenos naturais.
a idéia da superioridade do homem sobre a mulher, como
uma coisa natural e divina.
o trabalho como castigo.
O IMAGINARIO COLETIVO:
Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde
vamos?
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Mito – Pré-História
O mito não é um estado de infantilidade da humanidade.
O mito é o estado de consciência de um povo sobre
si mesmo e sobre a realidade que o circunda
Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, pré-
reflexiva, não havendo comprovações crítica e racionais
Não pode ser apresentado como uma primeira forma de
“ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é parte
do saber acumulado de um povo, numa determinada
época
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
O MITO DE PANDORA
Os mitos revelam uma forte
carga pedagógica pois as
narrativas contem
ensinamentos sobre o modo
como as pessoas vivem e
concebem o mundo
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
Mito
ou
Realidade ?
ADÃO E EVA
arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
FIM DA
ORGANIZAÇÃO
TRIBAL –
ORGANIZAÇÃO
DAS CIDADES
GREGAS
o desenvolvimento do comercio
o aparecimento da moeda
a utilização da escrita
a base econômica assentada
no trabalho escravo
Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas
ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicar-
se, “dar-se ao luxo” à cultura letrada.
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Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A BUSCA DA
EXPLICAÇÃO
DA REALIDADE
2. O avanço dos conhecimentos
matemáticos, astronômicos, criando
modelos de racionalidade.
1. As formas míticas de representação
não davam mais conta de “explicar” a
complexa teia sócio-política-econômica
da vida humana.
3. Nasce a Filosofia – no século V a. C.,
considerada pelos historiadores como a
primeira forma de “ciência”
(conhecimento).
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Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A
FILOSOFIA
GREGA
1. foi um avanço em termos de de
sistematização racional em face do antigo
paradigma mítico,
2. não permitiu, porem, uma verificação empírica, o
que tornava as conclusões desprovidas de utilidade
prática para o
3. A filosofia grega revela um conteúdo
ideológico relativo aos costumes e interesses
sociais da época ao refletir o desprezo pelo
trabalho manual.
4. A base aristocrática e escravagista do “modus
vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a
“ciência” da época ser voltada para a especulação
teórica e não ter desenvolvido a técnica.
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Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A EXPLICAÇÃO
DA SOCIEDADE
1. a filosofia propunha normas
para melhorar a sociedade de
acordo com seus princípios.
2. Os estudos sobre a vida social
tinham sempre por objetivo propor
formas ideais de organização da
sociedade mais do que lhe
compreender a organização real.
3. Eram normativos (buscavam
estabelecer regras e normas) e
finalistas (propunham uma
finalidade para a organização social).
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Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
Filosofia
Esses estudos eram fragmentários e o fator político sob o
domínio de um interesse puramente ético tinha
prioridade sob o fator social
Platão
(427/347 a.C.)
Republica
Aristoteles
(384/322 a. C.)
Política
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Teologia – Idade Media 476 a 1453
SECULO V
Desagregação do Império
Romano
Invasão dos bárbaros
Fechamento da Europa
sobre si mesma
Economia de
subsistência : os feudos
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a instituição mais bem
estruturada no período.
Livros e artes reunidos
e conservados em
mosteiros
MONOPÓLIO DO SABER
IGREJA CATÓLICA
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Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A
“CIÊNCIA”(conheci
mento) tornou-se
TEOCÊNTRICA
Tudo era
interpretado à luz da
fé
Tudo o que não fosse
ligado à fé era falso
A Igreja era detentora
da verdade
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Noção grega de
verdade
Verdade logico-
racional
Noção medieval de
verdade
Verdade revelada
pela fé
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
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A“ciência”(conhecimento) continua
distanciada da técnica e da experimentação
As elites (nobreza e clero) levavam vida
aristocrática, valorizavam o ócio,
desprezavam as atividades práticas.
O corpo era desprezado, castigado. A
preocupação fundamental era a salvação da
alma
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Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
Santo Agostinho
(354/430) A
Cidade de Deus : os homens
viviam na cidade onde reinava o
pecado e deveriam caminhar para
a cidade da graça, a cidade de
Deus.
Teologia
Santo Tomas de Aquino
( 1227/1274) A
Suma Teológica : uma filosofia cristã,
chamada filosofia escolástica, que
estudava as relações do homem com
Deus.
Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e normativos
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
Período de transição da progressiva substituição da concepção
finalista e normativa da sociedade para uma representação
positiva da vida social
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453)
Séculos XVI, XVII e XVIII
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
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
Antecedentes
Crise do
sistema
feudal
(século XII)
a estagnação da técnica
e da agricultura,
a falta de terras
produtivas,
o excesso de
população nos
feudos.
misticismo
religioso
CRUZADAS
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A Sociologia não se afirma primeiro como
explicação científica e, somente depois, como forma
cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o
que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve
como um dos florescimentos intelectuais mais
complicados das situações de existência nas
modernas sociedades industriais.
Florestan Fernandes
arnaldolemos@uol.com.br

Transição : Seculos XVI, XVI e XVIII
FLORESTAN FERNANDES
FATORES SOCIOCULTURAUS
FATORES INTELECTUAIS
FATORES RELATIVOS AO
SISTEMA DE CIÊNCIA
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
1. Ascensão da Burguesia
2. Formação do Estado Nacional
3. Descoberta do Novo Mundo
4. Revolução Comercial
5. Reforma Protestante
6. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Transição
Fatores socio-culturais:
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
Rompimento com a
formação social da
Idade Media,constituída
de sacerdotes,
senhores feudais e servos,
apresentando um novo
quadro social, com a
emergência
de uma nova classe social.
Transição: Fatores Socio-culturais
Ascensão da Burguesia
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
Pacto da Burguesia com o Rei,
quebrando o poder dos senhores
feudais com o aparecimento de um
poder central
Transição: Fatores Socio-culturais
Formação do Estado Nacional
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ESTADO NACIONAL
COMERCIANTES
REI
BURGUESES
EXÉRCITO
FEUDOS
PODER
IMPESSOAL
NAÇÃO
CULTURA
Para se manter
unido precisa
Vem dos
são
tem
do
É formado por
pelo
Para se manter
unido
Unidos em
torno
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
Abertura para uma
nova realidade, diferente
do mundo europeu,
com novos modos
de pensar
e de organização social.
Transição: Fatores Socio-culturais
Descoberta do Novo Mundo
arnaldolemos@uol.com.br

Formação de grandes
potências nacionais,
grandes companhias
de navegação e
desenvolvimento do
mercantilismo.
Transição : Fatores Socio-culturais
Revolução Comercial
arnaldolemos@uol.com.br
Ruptura da unidade
católica do Ocidente,
rompendo com a
concepção passiva
do homem, entregue
unicamente aos
desígnios divinos
Transição : Fatores Socio-culturais
Reforma Protestante
arnaldolemos@uol.com.br

arnaldolemos@uol.com.br
Desagregação
da sociedade feudal
consolidação da
sociedade capitalista,
com mudanças na
ordem tecnológica,
econômica e social,
com um novo modo
de produção e novas
relações de produção
Transição : Fatores Socio-culturais
Sec. XVIII Revolução Industrial
arnaldolemos@uol.com.br

Conseqüências:
a produção agrícola destinada ao abastecimento
de matérias primas
fluxo migratório para as cidades industriais,
expulsão dos camponeses,
Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição,
alcoolismo, promiscuidade, epidemias,
Revolução Industrial
arnaldolemos@uol.com.br
Revolução Industrial
Conseqüências:
o aparecimento de uma nova camada
social, o operariado,
a consciência de classe,
a formação de associações e
sindicatos,
o enriquecimento da burguesia.
arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Mudanças
nas formas
de pensar
Nos modos de conhecer a
natureza e a sociedade
Elaboração de um novo tipo de
conhecimento baseado na
objetividade e no realismo
Separação entre fé e razão
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1. O Renascimento
2. O Utopismo
3. O Racionalismo
4. A Filosofia da História
5. O Iluminismo
6. A REVOLUÇÃO FRANCESA
Transição : Fatores Intelectuais
arnaldolemos@uol.com.br

Transição : Fatores Intelectuais
Renasci
mento
DO TEOCENTRISMO PARA O
ANTROPOCENTRISMO
VALORIZAÇÃO DO CORPO
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E NÃO DO ÓCIO
SUPERAÇÃO DA RELIGIÃO QUE PROMETIA
O PARAÍSO NO CÉU (CATOLICISMO) POR
OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA
TERRENA UMA BÊNÇÃO
(PROTESTANTISMO).
arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
O Renascimento inspirou-se no Humanismo ,
movimento de artistas e intelectuais que defendia o
estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus
ideais de exaltação do homem.
arnaldolemos@uol.com.br

Transição : Fatores Intelectuais
O florescimento de utopias (descrições de sociedades
ideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas
Morus (1478/1535).
Utopismo
arnaldolemos@uol.com.br

Transição : Fatores Intelectuais
O emprego sistemático da razão, como conseqüência
de sua autonomia diante da fé.
O Príncipe, de Maquiavel (1469/1527), estudo sobre a
origem do poder.
Racionalismo
arnaldolemos@uol.com.br
O Leviatã, de Thomas Hobbes (1588/1679) que
sustenta a necessidade de um poder absoluto para
manter os homens em sociedade e que impeça que
eles se destruam mutuamente.
Transição : Fatores Intelectuais
arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Novum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que
apresenta um novo método de conhecimento, baseado na
experimentação.
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Transição : Fatores Intelectuais
Discurso sobre o método, de Descartes (1596/1650),
afirmando que para conhecer a verdade é preciso
inicialmente colocarmos todos os nossos
conhecimento em dúvida:
se eu duvido, eu penso, penso, logo existo.
arnaldolemos@uol.com.br

A idéia geral de progresso dos filósofos da Historia influiu
na concepção que o homem começou a ter do tempo: é o
homem que produz a história
Transição : Fatores Intelectuais
Filosofia da Historia:
arnaldolemos@uol.com.br

Transição : Fatores Intelectuais
Iluminismo
SÉCULO XVIII – SÉCULO DAS LUZES
OS FILÓSOFOS PRETENDIAM NÃO SOMENTE
TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO
MAS A PRÓPRIA SOCIEDADE
AFIRMAVAM QUE À LUZ DA RAZÃO É
POSSÍVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA
VELHA SOCIEDADE FEUDAL.
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
Foi desenhado por Charles-Nicolas
Cochin
e ornamentado (engraved) por
Bonaventure-Louis Prévost.
Esta obra está carregada
de simbolismo: A figura do
centro representa a verdade –
rodeada por luz intensa
(o símbolo central do
iluminismo). Duas outras
figuras à direita, a razão
e a filosofia, estão a retirar
o manto sobre a verdade.
FRONTISPICIO DA ENCICLOPEDIE FRANÇAISE -1772
arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Condorcet (1772/1794)
queria aplicar os estudos
matemáticos ao estudos dos
fenômenos sociais.
arnaldolemos@uol.com.br

Montesquieu (1689/1755),
em O Espírito das Leis,
defendia a separação
dos poderes do Estado,
definia a idéia geral de
lei (uma relação
necessária que decorre
da natureza das coisas)
e afirmava que os fenômenos
políticos estavam sujeitos
às leis naturais, invariáveis
arnaldolemos@uol.com.br
Transição: Fatores Intelectuais
Rousseau (1712/1778), em O
Contrato Social, expunha a
teoria de que o soberano
deve conduzir o Estado
segundo a vontade geral de
seu povo, tendo em vista o
bem comum.
arnaldolemos@uol.com.br

Adam Smith (1723/1790),
em A Riqueza das Nações,
criticou o mercantilismo,
afirmando que a economia
deveria ser dirigida
pelo jogo livre da
oferta e da procura.
arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Revolução Francesa (1789): mudanças na
estrutura política.
arnaldolemos@uol.com.br

CONSEQÜÊNCIAS
novas relações de poder
democracia
liberdade, igualdade, fraternidade.
cidadania,
poder político à burguesia,
Destruição dos fundamentos da
sociedade feudal.
arnaldolemos@uol.com.br
Quadros comparativos: Idade Media e Idade Moderna
Em relação ao desenvolvimento econômico
FEUDALISMO
A produção era restrita aos feudos
Propriedade : a terra
Servo: obrigações
A produção sustentava o
senhor feudal e a Igreja
O povo vivia no campo
Duas classes sociais :
senhores e servos
DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Produção de excedentes com
objetivos de mercado
Propriedade : o capital
Trabalhador livre, mas vende a
sua força de trabalho
Produção com objetivo de lucro
Desenvolvimento das cidades
Duas classes : burguesia e
assalariados
arnaldolemos@uol.com.br
Em relação à organização política
FEUDALISMO
Senhores feudais e Igreja
dominavam os servos e camponeses
Surge o Estado Nacional patrocinado
pela burguesia
DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Ausência de Estado e Nações
Aparecimento das Nações e da
figura do Estado
Ausência de teorias políticas
Surgem as teorias políticas que
sustentavam a idéia de Estado Nacional
As teorias que justificavam o poder
do senhor e da Igreja se baseavam
na “vontade de DEUS”
Baseadas no Iluminismo, as teorias
políticas ganham força e se tornam
justificações para a existência do
Estado e das leis
arnaldolemos@uol.com.br
Em relação às mentalidades e conhecimento
FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Teocentrismo Antropocentrismo
A verdade estava na Bíblia e
na autoridade da Igreja
A verdade obtida pela razão e
pelos métodos científico
A religião era tudo. A
realidade era explicada pela
“vontade de Deus”
A realidade explicada a
partir do que acontecia na
terra entre os homens
Qualquer mudança era contrária
à “vontade de Deus”
O progresso passou a ser o
objetivo humano
O conhecimento significava
contemplar a realidade criada por
Deus
O conhecimento significava
transformar a natureza e dominá-
la.
arnaldolemos@uol.com.br
FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA
ERA DAS
REVOLUÇÕES
Revolução Comercial,
Revolução Cultural,
Revoluções Políticas
Revolução Científica
arnaldolemos@uol.com.br
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os
cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para
o desenvolvimento da economia.
Ciência
A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia,
na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as
denominadas ciências naturais
arnaldolemos@uol.com.br

 O processo conhecido como Revolução Cientifica
se originou no Renascimento(com Da
Vinci, Copérnico e outros) e prosseguiu pelos
séculos seguintes, sem que seja possível estabelecer
uma data para o seu encerramento.. O que marca a
Revolução Cientifica é o uso da razão como meio
de alcançar o conhecimento. O fundamento da
ciência moderna consiste na afirmação da
necessidade de observar todos os fatos e o
fenômenos e demonstrar as explicações propostas
para eles. Fica excluída qualquer possibilidade de
especulação sem um experimento que comprove
sua plausibilidade. A ciência moderna se
caracteriza como um saber não
dogmático, critico, aberto, reformulável, suscetível
de correções ou refutações. È um saber universal
que utiliza provas (experiências) para que se
possam testar resultados.
Revolução Cientifica (séculos XVI e XVII)
arnaldolemos@uol.com.br
Burguesia
arnaldolemos@uol.com.br

o saber era desligado das questões práticas e era
voltado para a contemplação teórica,
ANTES
AGORA
As necessidades econômicas do
capitalismo e a valorização do
trabalho redirecionaram o
conhecimento rumo à técnica
arnaldolemos@uol.com.br
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
o critério da verdade limitava-se à coerência conceitual
o saber continha concepções finalistas sobre o mundo
ANTES
AGORA
deveria se submeter ao crivo da observação empírica à
matematização e à comprovação experimental. o saber
passa a ser descritivo e utilitarista.
arnaldolemos@uol.com.br
OS MÉTODOS
CIENTÍFICOS
ressaltam mais a historicidade do conhecimento
(métodos experimentais e técnicos)
refletem os valores empiristas
Refletem o modo de pensar
(utilitarista)
Expressam os interesses (produção e
comercio)
Dersenvolve uma cultura das novas classes
dominantes
arnaldolemos@uol.com.br
Fatores relativos ao sistema de ciência
As
revolu
ções
mudança da sociedade
feudal para a
sociedade capitalista.
reaparecimento
das cidades
o surgimento das
indústrias
transformações
não apenas no
mundo natural,
mas também nas
relações sociais
arnaldolemos@uol.com.br
Consequências
das revoluções do
Século XVIII
Fatores relativos ao sistema de ciência
Crises
sociais
Desordens
sociais
Utilizar o método das
ciências naturais
Os fenômenos sociais
podem ser classificados
e medidos
arnaldolemos@uol.com.br

A CRISE DAS EXPLICAÇÕES
RELIGIOSAS
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intervenção nos fatos sociais,
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ocorria na sociedade,
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CIÊNCIA
CIÊNCIAS
NATURAIS
HUMANAS
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uma pretensão, uma ambição,
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arnaldolemos@uol.com.br
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A QUESTÃO
METODOLÓGICA NAS
CIÊNCIAS HUMANAS
arnaldolemos@uol.com.br
As Ciências Humanas
Crise das
Ciências
Humanas
Inadequação do método das
ciências naturais
Busca de cientificidade
Conceito de
verdade
arnaldolemos@uol.com.br
Os resultados das ciências humanas
são realmente científicos ou não
passam de opiniões particulares
dos cientistas?
arnaldolemos@uol.com.br
OBJETO
Dificuldades Metodológicas das Ciências
Humanas
Ciências Naturais têm como objeto coisas
materiais que são exteriores ao universo
humano
Ciências Humanas têm um objeto que
se identifica com o próprio sujeito do
conhecimento, o que torna difícil a
objetividade.
arnaldolemos@uol.com.br
DELIMITAÇÃO
DO OBJETO
Nas Ciências Naturais é
relativamente fácil isolar e
delimitar seu objeto de
conhecimento,
Nas Ciências Naturais é relativamente fácil
isolar e delimitar seu objeto de
conhecimento,
Nas Ciências Naturais é relativamente
fácil isolar e delimitar seu objeto de
conhecimento
Para as Ciências Humanas tal recorte
é, muitas vezes, inviável, porque os
fenômenos humanos são imensamente
complexos: não há como separar o
psíquico do histórico, o econômico do
social, do político, do cultural, etc.
arnaldolemos@uol.com.br
EXATIDÃO DO
MÉTODO
Nas Ciências Naturais, o controle das
interferências ideológicas do cientista é
facilitado pela exatidão do método
No campo das Ciências Humanas
tal controle é impossível por causa
da inserção social do cientista no
próprio fenômeno estudado: a
sociedade.
arnaldolemos@uol.com.br
EXPERIMENTA
ÇÃO
Outra grande dificuldade
consiste no problema da
experimentação, viável nas
Ciências Naturais, que
conseguem isolar situações de
laboratorio
Tal procedimento é inaplicável
e, não raras vezes, inútil para as
Humanidades porque as reações
e motivações das pessoas diante
dos eventos da vida social são
variáveis, subjetivos,
imprevisíveis.
arnaldolemos@uol.com.br
LINGUAGEM
CIENTÍFICA
Há ainda o problema da linguagem
científica. As Ciências Naturais se
caracterizam pelo rigor e exatidão dos
conceitos.
Entretanto os fenômenos humanos não
são redutíveis a quantificações e
cálculos em razão de sua forte carga
valorativa, simbólica, psíquica, etc.
arnaldolemos@uol.com.br
DETERMINISMO
A busca de causalidades é
procedimento típico das Ciências
Naturais para explicar os
fenômenos da natureza porque
estes são regulares, constantes,
repetitivos, denotando
determinismo.
Já os fenômenos humanos são
complexos e livres.
arnaldolemos@uol.com.br
As Ciências Humanas
Necessidade da construção de uma metodologia
própria.
As relações humanas passaram a ser concebidas não
mais como objeto em si ou como fato, mas sim como
um fenômeno dotado de totalidade, complexidade e
significado.
Tendência humanista das ciências humanas
arnaldolemos@uol.com.br

Fenômeno
Humano
Não é um objeto
delimitável, isolável, quanti
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arnaldolemos@uol.com.br

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Humano
A noção de verdade se afasta dos
ideais gregos e latinos que
pressupõem a verdade como algo
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Tem como verdade o
consenso da comunidade
científica, sempre provisória
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o curso histórico do próprio
conhecimento promova a sua
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Introducao a sociologia

  • 2. arnaldolemos@uol.com.br LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem ibidem COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade. 3ªedição.São Paulo:Ed. Atual, 2006 OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010 BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Thomson Learning, 2007 BIBLIOGRAFIA SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2006 GIDDENS, Anthony., 4ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2006 LEMOS FILHO,Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do Direito. 5ªedição. Campinas, Ed. Alínea, 2012 BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de Sociologia. Rio, Fundaçãop Getulio Vargas ,2010.
  • 3. arnaldolemos@uol.com.br „Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro pôs uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...” (Texto atribuído a Albert Einstein)
  • 5. arnaldolemos@uol.com.br  O que a história dos macacos e o vídeo “Ilha das Flores” têm a ver com a Sociologia ? E o que a Sociologia tem a ver comigo ou com a minha vida?
  • 6. arnaldolemos@uol.com.br A Sociologia se debruça sobre fenômenos sociais que nos afetam em nosso dia a dia. Por que a vida em sociedade é como é? Por que uns têm tanto e outros têm pouco? Por que obedecemos ou contestamos? Por que as pessoas se reúnem ou se tornam rivais? O que nos é proibido e o que nos é imposto por obrigação? Por que os governos se organizam de uma forma ou de outra?
  • 7. arnaldolemos@uol.com.br “ A objeção que os membros leigos da sociedade frequentemente fazem aos postulados da sociologia é... que seus “achados” não lhes dizem nada além do que já sabem ou, o que é pior, vestem com linguagem técnica oque é perfeitamente familiar na terminologia de todos os dias” (Anthony Giddens) Alguem já disse que a sociologia é a “ciência do obvio” (Nelson Rodrugues) Em outras palavras, aqueles que criticam a sociologia, segundo Giddens, muitas vezes dizem que ela trata do que todo mundo já sabe em uma linguagem que ninguém entende. A sociologia trata do que todo mundo já sabe.
  • 8. arnaldolemos@uol.com.br Na realidade, parece ter sentido. Afinal, para que estudar sociologia? Por que estudar a sociedade em que vivemos? Não basta vivê-la? É possível conhecer a sociedade cientificamente? A Sociologia serve para quê? Darcy Ribeiro, cientista social, em um texto sobre o obvio, diz que o negocio dos cientistas é mesmo lidar com o obvio.O que a ciência faz é ir tirando os véus, desvendando a realidade, a fim de revelar a obviedade do óbvio. A sociologia nos ajuda a refletir sobre as certeza que temos, põe sob observação nossas opiniões mias arraigadas. Ela modifica nossa percepção sobre o que vivemos em nossa rotina e assim contribui para alterar a maneira de vermos nossa própria vida e o mundo que nos cerca.
  • 9. arnaldolemos@uol.com.br “A maior parte do tempo, o sociólogo aborda aspectos da experiência que lhe são perfeitamente familiares, assim como à maioria dos seus compatriotas e contemporâneos. Estuda grupos , instituições, atividades que os jornais falam todos os dias. Mas as suas investigações comportam outro tipo de paixão da descoberta. Não é a emoção da descoberta de uma realidade familiar mudar de significação aos nossos olhos. A sedução da sociologia provem de ela nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida cotidiana no qual todos vivemos. Peter Berger
  • 10. arnaldolemos@uol.com.br mundo inundado de mudanças, tensões, enormes conflitos e divisões sociais e ataque destrutivo da tecnologia moderna ao ambiente natural. Século XXI Preocupações da sociologia, enquanto ciência Possibilidades de controlar o nosso destino e moldar nossas vidas muito maiores do que as gerações anteriores. Por que nossas condições de vida são tão diferentes daquelas de nossos pais e avós?? Que direção as mudanças tomarão no futuro?
  • 11. arnaldolemos@uol.com.br porque somos o que somos e porque agimos como agimos? Sociologia aquilo que encaramos como natural, inevitável, bom ou verdadeiro pode não ser bem assim os “dados” de nossas vidas são influenciados por forças sociais e históricas
  • 12. arnaldolemos@uol.com.br abrangência desde a análise de encontros ocasionais entre indivíduos na rua até a investigação de processos sociais globais Aprender a pensar sociologica mente cultivar a imaginação Libertar-se do imediatismo das circunstâncias pessoais e ver as coisas num contexto mais amplo.
  • 13. arnaldolemos@uol.com.br Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã. A imaginação sociológica (Wright Mills) No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede de trabalho e trabalhadores
  • 14. arnaldolemos@uol.com.br Veja as suas dimensões: O café tem um valor simbólico O café é uma droga O café cria relacionamentos sociais e econômicos Há um processo histórico de desenvolvimento social e econômico O café está ligado à globalização, comercio internacional, direitos humanos e destruição ambiental
  • 15. arnaldolemos@uol.com.br O café não é somente uma bebida. Ele possui um valor simbólico. às vezes o ritual associado a beber café é muito mais importante do que o ato de consumir a bebida. Considere o seu ritual ao longo do dia nas suas interações sociais. Valor simbólico
  • 16. arnaldolemos@uol.com.br O café é uma droga por conter cafeína que tem um efeito estimulante sobre o cérebro. Cria dependência mas é uma droga socialmente aceita, ao contrário, por exemplo, da maconha. Uma droga
  • 17. arnaldolemos@uol.com.br Um indivíduo que bebe uma xícara de café cria uma trama de relacionamentos sociais que se estendem pelo mundo. O café é uma bebida que conecta as pessoas das mais ricas e das mais pobres: é consumido nos países ricos mas cultivado nos países pobres. Relacionamentos sociais
  • 18. arnaldolemos@uol.com.br Ao lado do petróleo, o café é uma das mercadorias mais valiosas no comercio internacional. Relacionamentos econômicos
  • 19. arnaldolemos@uol.com.br Relacionamentos econômicos A produção supõe o plantio, a colheita, a secagem, o transporte e a distribuição que requerem relações contínuas entre pessoas a milhares de quilômetros de distância do consumidor. Colheita e secagem na Fazenda Cabral- Jacui – MG-2009
  • 20. arnaldolemos@uol.com.br O ato de beber café pressupõe todo um processo passado de desenvolvimento social e econômico. O café só passou a ser consumido em larga escala a partir dos fins do século XIX. O legado colonial tem tido um impacto enorme no desenvolvimento do comercio mundial do café. Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
  • 21. arnaldolemos@uol.com.br Processo histórico de desenvolvimento social e econômico No Brasil, no Vale da Paraíba, foi em torno da fazenda, como unidade básica da agricultura mercantil, que se articulou a vida social . A produção do café permaneceu dentro dos moldes coloniais, baseada no trabalho escravo e no plantio de grandes extensões de terra, segundo técnicas agrícolas rudimentares.
  • 22. arnaldolemos@uol.com.br Processo histórico de desenvolvimento social e econômico A expansão da cultura do café pelos “Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi um momento fundamental para a formação da sociedade brasileira contemporânea. Provocou a decadência do trabalho escravo e a introdução do trabalho livre. As riquezas acumuladas pelo café, o capital cafeeiro, foram o motor do desenvolvimento capitalista no Brasil
  • 23. arnaldolemos@uol.com.br O café é um produto que permanece no centro dos debates contemporâneos sobre a globalização, direitos humanos e destruição ambiental. Passou a ser uma “marca” e foi politizado. Os consumidores podem boicotar o café que vem de paises que violam os direitos humanos e acordos ambientais Globalização,Comercio Internacional, Direitos Humanos e Destruição Ambiental
  • 27. arnaldolemos@uol.com.br Equipamentos Máquina para preparar a massa Forno para assar o pão Fabricados em indústrias Matéria prima Tipo de energia Fogo Madeira Carvão Energia elétrica Linhas de transmissão
  • 29. arnaldolemos@uol.com.br Tempo de trabalho Tempo de trabalho Comparação de trabalho humano Equivalência
  • 30. arnaldolemos@uol.com.br Se para tomar uma café da manhã, há tanta gente envolvida, direta ou indiretamente, você pode imaginar quanto trabalho é necessário para a fabricação de ônibus, bicicleta, automóvel, para a construção da casa em que você vive ou da Universidade onde estuda.
  • 31. arnaldolemos@uol.com.br IMAGINAÇAO SOCIOLÓGICA capacidade de a pessoa poder ver a sua propria sociedade como uma pessoa de fora o faria, em vez de fazê-lo apenas da perspectiva das experiências pessoais e dos preconceitos culturais permite ir além das experiências e observações pessoais para compreender as questões com maior amplitude. é uma ferramenta que nos proporciona poder, pois nos permite olhar para além de uma compreensão limitada do comportamento humano.
  • 32. arnaldolemos@uol.com.br IMAGINAÇAO SOCIOLÓGICA Permite-nos ver que muitos acontecimentos que parecem dizer respeito somente aos indivíduos, na verdade, refletem questões sociais mais amplas. Ex. o divorcio, o desemprego, etc. Embora sejamos influenciados pelo contexto social em que nos encontramos, nenhum de nós está determinado em nosso comportamento por aquele contexto.Possuímos e criamos a nossa própria individualidade. Tente aplicar este tipo de perspectiva à sua própria vida. Use sua imaginação sociológica em relação a uma realidade social.
  • 33. arnaldolemos@uol.com.br Como a sociedade era conhecida antes do aparecimento da ciência? A Sociologia é a ciência da sociedade. Toda ciência é conhecimento Todo conhecimento é um produto histórico Quais foram os fatores históricos que propiciaram o surgimento da sociologia?
  • 34. arnaldolemos@uol.com.br  ANTES DO APARECIMENTO DA CIÊNCIA O SURGIMENTO DA CIÊNCIA AS CARACTERISTICAS DO CONHECIMENTO CIENTIFICO CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS HUMANAS AS DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO DA SOCIEDADE
  • 36. arnaldolemos@uol.com.br Pré-História antes da escrita Mito Imaginação Idade Antiga Do aparecimento da escrita até 476 d. C. Filosofia Razão Idade Média de 476 d. C. até 1453 Teologia Fé Idade Moderna Revolução Científica Dados da Realidade 1453 até ... Ciências Humanas
  • 37. arnaldolemos@uol.com.br  DA FILOSOFIA SOCIAL (O QUE DEVE SER) PRÉ-HISTÓRIA IDADE ANTIGA MITO FILOSOFIA TEOLOGIA FATORES DETERMINANTES SOCIO- CULTURAIS INTELECTUAIS RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA Ascensão da Burguesia Formação do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo Revolução Comercial Reforma protestante Revolução Industrial Renascimento Racionalismo Iluminismo Revolução Francesa Aplicação do método cientifico ao conhecimento da sociedade CIÊNCIAS HUMANAS = CIÊNCIAS NATURAIS POSIT IVISMO Utopismo PARA CIÊNCIA SOCIAL (O QUE É) DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS ANTES DEPOIS SECULOS XVI, XVII XVIII IDADE MEDIA
  • 38. arnaldolemos@uol.com.br  Mito – Pré-História Mito Histórias orais Identidade cultural de um povo Concepção de mundo
  • 39. arnaldolemos@uol.com.br Mito – Pré-História modelos antropomórficos e divinizados das relações humanas sobre os fenômenos naturais. a idéia da superioridade do homem sobre a mulher, como uma coisa natural e divina. o trabalho como castigo. O IMAGINARIO COLETIVO: Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde vamos?
  • 40. arnaldolemos@uol.com.br Mito – Pré-História O mito não é um estado de infantilidade da humanidade. O mito é o estado de consciência de um povo sobre si mesmo e sobre a realidade que o circunda Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, pré- reflexiva, não havendo comprovações crítica e racionais Não pode ser apresentado como uma primeira forma de “ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é parte do saber acumulado de um povo, numa determinada época
  • 41. arnaldolemos@uol.com.br  O MITO DE PANDORA Os mitos revelam uma forte carga pedagógica pois as narrativas contem ensinamentos sobre o modo como as pessoas vivem e concebem o mundo
  • 43. arnaldolemos@uol.com.br Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) FIM DA ORGANIZAÇÃO TRIBAL – ORGANIZAÇÃO DAS CIDADES GREGAS o desenvolvimento do comercio o aparecimento da moeda a utilização da escrita a base econômica assentada no trabalho escravo Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicar- se, “dar-se ao luxo” à cultura letrada.
  • 44. arnaldolemos@uol.com.br Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) A BUSCA DA EXPLICAÇÃO DA REALIDADE 2. O avanço dos conhecimentos matemáticos, astronômicos, criando modelos de racionalidade. 1. As formas míticas de representação não davam mais conta de “explicar” a complexa teia sócio-política-econômica da vida humana. 3. Nasce a Filosofia – no século V a. C., considerada pelos historiadores como a primeira forma de “ciência” (conhecimento).
  • 45. arnaldolemos@uol.com.br Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) A FILOSOFIA GREGA 1. foi um avanço em termos de de sistematização racional em face do antigo paradigma mítico, 2. não permitiu, porem, uma verificação empírica, o que tornava as conclusões desprovidas de utilidade prática para o 3. A filosofia grega revela um conteúdo ideológico relativo aos costumes e interesses sociais da época ao refletir o desprezo pelo trabalho manual. 4. A base aristocrática e escravagista do “modus vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a “ciência” da época ser voltada para a especulação teórica e não ter desenvolvido a técnica.
  • 46. arnaldolemos@uol.com.br Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) A EXPLICAÇÃO DA SOCIEDADE 1. a filosofia propunha normas para melhorar a sociedade de acordo com seus princípios. 2. Os estudos sobre a vida social tinham sempre por objetivo propor formas ideais de organização da sociedade mais do que lhe compreender a organização real. 3. Eram normativos (buscavam estabelecer regras e normas) e finalistas (propunham uma finalidade para a organização social).
  • 47. arnaldolemos@uol.com.br Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) Filosofia Esses estudos eram fragmentários e o fator político sob o domínio de um interesse puramente ético tinha prioridade sob o fator social Platão (427/347 a.C.) Republica Aristoteles (384/322 a. C.) Política
  • 48. arnaldolemos@uol.com.br Teologia – Idade Media 476 a 1453 SECULO V Desagregação do Império Romano Invasão dos bárbaros Fechamento da Europa sobre si mesma Economia de subsistência : os feudos
  • 49. arnaldolemos@uol.com.br a instituição mais bem estruturada no período. Livros e artes reunidos e conservados em mosteiros MONOPÓLIO DO SABER IGREJA CATÓLICA
  • 50. arnaldolemos@uol.com.br Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A “CIÊNCIA”(conheci mento) tornou-se TEOCÊNTRICA Tudo era interpretado à luz da fé Tudo o que não fosse ligado à fé era falso A Igreja era detentora da verdade
  • 51. arnaldolemos@uol.com.br Noção grega de verdade Verdade logico- racional Noção medieval de verdade Verdade revelada pela fé
  • 52. arnaldolemos@uol.com.br  Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A“ciência”(conhecimento) continua distanciada da técnica e da experimentação As elites (nobreza e clero) levavam vida aristocrática, valorizavam o ócio, desprezavam as atividades práticas. O corpo era desprezado, castigado. A preocupação fundamental era a salvação da alma
  • 53. arnaldolemos@uol.com.br Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) Santo Agostinho (354/430) A Cidade de Deus : os homens viviam na cidade onde reinava o pecado e deveriam caminhar para a cidade da graça, a cidade de Deus. Teologia Santo Tomas de Aquino ( 1227/1274) A Suma Teológica : uma filosofia cristã, chamada filosofia escolástica, que estudava as relações do homem com Deus. Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e normativos
  • 54. arnaldolemos@uol.com.br  Período de transição da progressiva substituição da concepção finalista e normativa da sociedade para uma representação positiva da vida social A Revolução Científica – Idade Moderna (1453) Séculos XVI, XVII e XVIII
  • 55. arnaldolemos@uol.com.br  A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Antecedentes Crise do sistema feudal (século XII) a estagnação da técnica e da agricultura, a falta de terras produtivas, o excesso de população nos feudos. misticismo religioso CRUZADAS
  • 56. arnaldolemos@uol.com.br A Sociologia não se afirma primeiro como explicação científica e, somente depois, como forma cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais complicados das situações de existência nas modernas sociedades industriais. Florestan Fernandes
  • 57. arnaldolemos@uol.com.br  Transição : Seculos XVI, XVI e XVIII FLORESTAN FERNANDES FATORES SOCIOCULTURAUS FATORES INTELECTUAIS FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA
  • 58. arnaldolemos@uol.com.br  1. Ascensão da Burguesia 2. Formação do Estado Nacional 3. Descoberta do Novo Mundo 4. Revolução Comercial 5. Reforma Protestante 6. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Transição Fatores socio-culturais:
  • 59. arnaldolemos@uol.com.br  Rompimento com a formação social da Idade Media,constituída de sacerdotes, senhores feudais e servos, apresentando um novo quadro social, com a emergência de uma nova classe social. Transição: Fatores Socio-culturais Ascensão da Burguesia
  • 60. arnaldolemos@uol.com.br  Pacto da Burguesia com o Rei, quebrando o poder dos senhores feudais com o aparecimento de um poder central Transição: Fatores Socio-culturais Formação do Estado Nacional
  • 61. arnaldolemos@uol.com.br ESTADO NACIONAL COMERCIANTES REI BURGUESES EXÉRCITO FEUDOS PODER IMPESSOAL NAÇÃO CULTURA Para se manter unido precisa Vem dos são tem do É formado por pelo Para se manter unido Unidos em torno
  • 62. arnaldolemos@uol.com.br  Abertura para uma nova realidade, diferente do mundo europeu, com novos modos de pensar e de organização social. Transição: Fatores Socio-culturais Descoberta do Novo Mundo
  • 63. arnaldolemos@uol.com.br  Formação de grandes potências nacionais, grandes companhias de navegação e desenvolvimento do mercantilismo. Transição : Fatores Socio-culturais Revolução Comercial
  • 64. arnaldolemos@uol.com.br Ruptura da unidade católica do Ocidente, rompendo com a concepção passiva do homem, entregue unicamente aos desígnios divinos Transição : Fatores Socio-culturais Reforma Protestante
  • 66. arnaldolemos@uol.com.br Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção Transição : Fatores Socio-culturais Sec. XVIII Revolução Industrial
  • 67. arnaldolemos@uol.com.br  Conseqüências: a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, Revolução Industrial
  • 68. arnaldolemos@uol.com.br Revolução Industrial Conseqüências: o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, a consciência de classe, a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia.
  • 69. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais Mudanças nas formas de pensar Nos modos de conhecer a natureza e a sociedade Elaboração de um novo tipo de conhecimento baseado na objetividade e no realismo Separação entre fé e razão
  • 70. arnaldolemos@uol.com.br 1. O Renascimento 2. O Utopismo 3. O Racionalismo 4. A Filosofia da História 5. O Iluminismo 6. A REVOLUÇÃO FRANCESA Transição : Fatores Intelectuais
  • 71. arnaldolemos@uol.com.br  Transição : Fatores Intelectuais Renasci mento DO TEOCENTRISMO PARA O ANTROPOCENTRISMO VALORIZAÇÃO DO CORPO VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E NÃO DO ÓCIO SUPERAÇÃO DA RELIGIÃO QUE PROMETIA O PARAÍSO NO CÉU (CATOLICISMO) POR OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA TERRENA UMA BÊNÇÃO (PROTESTANTISMO).
  • 72. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais O Renascimento inspirou-se no Humanismo , movimento de artistas e intelectuais que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem.
  • 73. arnaldolemos@uol.com.br  Transição : Fatores Intelectuais O florescimento de utopias (descrições de sociedades ideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas Morus (1478/1535). Utopismo
  • 74. arnaldolemos@uol.com.br  Transição : Fatores Intelectuais O emprego sistemático da razão, como conseqüência de sua autonomia diante da fé. O Príncipe, de Maquiavel (1469/1527), estudo sobre a origem do poder. Racionalismo
  • 75. arnaldolemos@uol.com.br O Leviatã, de Thomas Hobbes (1588/1679) que sustenta a necessidade de um poder absoluto para manter os homens em sociedade e que impeça que eles se destruam mutuamente. Transição : Fatores Intelectuais
  • 76. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais Novum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que apresenta um novo método de conhecimento, baseado na experimentação.
  • 77. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais Discurso sobre o método, de Descartes (1596/1650), afirmando que para conhecer a verdade é preciso inicialmente colocarmos todos os nossos conhecimento em dúvida: se eu duvido, eu penso, penso, logo existo.
  • 78. arnaldolemos@uol.com.br  A idéia geral de progresso dos filósofos da Historia influiu na concepção que o homem começou a ter do tempo: é o homem que produz a história Transição : Fatores Intelectuais Filosofia da Historia:
  • 79. arnaldolemos@uol.com.br  Transição : Fatores Intelectuais Iluminismo SÉCULO XVIII – SÉCULO DAS LUZES OS FILÓSOFOS PRETENDIAM NÃO SOMENTE TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO MAS A PRÓPRIA SOCIEDADE AFIRMAVAM QUE À LUZ DA RAZÃO É POSSÍVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA VELHA SOCIEDADE FEUDAL.
  • 80. arnaldolemos@uol.com.br  Foi desenhado por Charles-Nicolas Cochin e ornamentado (engraved) por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: A figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade. FRONTISPICIO DA ENCICLOPEDIE FRANÇAISE -1772
  • 81. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais Condorcet (1772/1794) queria aplicar os estudos matemáticos ao estudos dos fenômenos sociais.
  • 82. arnaldolemos@uol.com.br  Montesquieu (1689/1755), em O Espírito das Leis, defendia a separação dos poderes do Estado, definia a idéia geral de lei (uma relação necessária que decorre da natureza das coisas) e afirmava que os fenômenos políticos estavam sujeitos às leis naturais, invariáveis
  • 83. arnaldolemos@uol.com.br Transição: Fatores Intelectuais Rousseau (1712/1778), em O Contrato Social, expunha a teoria de que o soberano deve conduzir o Estado segundo a vontade geral de seu povo, tendo em vista o bem comum.
  • 84. arnaldolemos@uol.com.br  Adam Smith (1723/1790), em A Riqueza das Nações, criticou o mercantilismo, afirmando que a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura.
  • 85. arnaldolemos@uol.com.br Transição : Fatores Intelectuais Revolução Francesa (1789): mudanças na estrutura política.
  • 86. arnaldolemos@uol.com.br  CONSEQÜÊNCIAS novas relações de poder democracia liberdade, igualdade, fraternidade. cidadania, poder político à burguesia, Destruição dos fundamentos da sociedade feudal.
  • 87. arnaldolemos@uol.com.br Quadros comparativos: Idade Media e Idade Moderna Em relação ao desenvolvimento econômico FEUDALISMO A produção era restrita aos feudos Propriedade : a terra Servo: obrigações A produção sustentava o senhor feudal e a Igreja O povo vivia no campo Duas classes sociais : senhores e servos DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Produção de excedentes com objetivos de mercado Propriedade : o capital Trabalhador livre, mas vende a sua força de trabalho Produção com objetivo de lucro Desenvolvimento das cidades Duas classes : burguesia e assalariados
  • 88. arnaldolemos@uol.com.br Em relação à organização política FEUDALISMO Senhores feudais e Igreja dominavam os servos e camponeses Surge o Estado Nacional patrocinado pela burguesia DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Ausência de Estado e Nações Aparecimento das Nações e da figura do Estado Ausência de teorias políticas Surgem as teorias políticas que sustentavam a idéia de Estado Nacional As teorias que justificavam o poder do senhor e da Igreja se baseavam na “vontade de DEUS” Baseadas no Iluminismo, as teorias políticas ganham força e se tornam justificações para a existência do Estado e das leis
  • 89. arnaldolemos@uol.com.br Em relação às mentalidades e conhecimento FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Teocentrismo Antropocentrismo A verdade estava na Bíblia e na autoridade da Igreja A verdade obtida pela razão e pelos métodos científico A religião era tudo. A realidade era explicada pela “vontade de Deus” A realidade explicada a partir do que acontecia na terra entre os homens Qualquer mudança era contrária à “vontade de Deus” O progresso passou a ser o objetivo humano O conhecimento significava contemplar a realidade criada por Deus O conhecimento significava transformar a natureza e dominá- la.
  • 90. arnaldolemos@uol.com.br FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA ERA DAS REVOLUÇÕES Revolução Comercial, Revolução Cultural, Revoluções Políticas Revolução Científica
  • 91. arnaldolemos@uol.com.br A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para o desenvolvimento da economia. Ciência A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia, na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as denominadas ciências naturais
  • 92. arnaldolemos@uol.com.br   O processo conhecido como Revolução Cientifica se originou no Renascimento(com Da Vinci, Copérnico e outros) e prosseguiu pelos séculos seguintes, sem que seja possível estabelecer uma data para o seu encerramento.. O que marca a Revolução Cientifica é o uso da razão como meio de alcançar o conhecimento. O fundamento da ciência moderna consiste na afirmação da necessidade de observar todos os fatos e o fenômenos e demonstrar as explicações propostas para eles. Fica excluída qualquer possibilidade de especulação sem um experimento que comprove sua plausibilidade. A ciência moderna se caracteriza como um saber não dogmático, critico, aberto, reformulável, suscetível de correções ou refutações. È um saber universal que utiliza provas (experiências) para que se possam testar resultados. Revolução Cientifica (séculos XVI e XVII)
  • 94. arnaldolemos@uol.com.br  o saber era desligado das questões práticas e era voltado para a contemplação teórica, ANTES AGORA As necessidades econômicas do capitalismo e a valorização do trabalho redirecionaram o conhecimento rumo à técnica
  • 95. arnaldolemos@uol.com.br A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) o critério da verdade limitava-se à coerência conceitual o saber continha concepções finalistas sobre o mundo ANTES AGORA deveria se submeter ao crivo da observação empírica à matematização e à comprovação experimental. o saber passa a ser descritivo e utilitarista.
  • 96. arnaldolemos@uol.com.br OS MÉTODOS CIENTÍFICOS ressaltam mais a historicidade do conhecimento (métodos experimentais e técnicos) refletem os valores empiristas Refletem o modo de pensar (utilitarista) Expressam os interesses (produção e comercio) Dersenvolve uma cultura das novas classes dominantes
  • 97. arnaldolemos@uol.com.br Fatores relativos ao sistema de ciência As revolu ções mudança da sociedade feudal para a sociedade capitalista. reaparecimento das cidades o surgimento das indústrias transformações não apenas no mundo natural, mas também nas relações sociais
  • 98. arnaldolemos@uol.com.br Consequências das revoluções do Século XVIII Fatores relativos ao sistema de ciência Crises sociais Desordens sociais Utilizar o método das ciências naturais Os fenômenos sociais podem ser classificados e medidos
  • 99. arnaldolemos@uol.com.br  A CRISE DAS EXPLICAÇÕES RELIGIOSAS O processo de secularização Anticlericalismo A Igreja como objeto de pesquisa A sacralização da ciência Razão Separada da Fé
  • 101. arnaldolemos@uol.com.br  FEURBACH 1804-1872 Não foi Deus que criou o homem mas o homem que criou Deus NIETZSCHE 1844-1900 O cristianismo é uma religião de escravos. Deus está morto
  • 102. arnaldolemos@uol.com.br As Ciências Humanas O desenvolvimento da ciência da natureza intervenção nos fatos sociais, necessidade de compreender o que ocorria na sociedade, para controlá-la e modificá-la
  • 105. arnaldolemos@uol.com.br CIÊNCIAS SOCIAIS SOCIOLOGIA ANTROPOLOGIA POLITICA A Sociologia surgiu no processo de formação e desenvolvimento da sociedade capitalista.
  • 107. arnaldolemos@uol.com.br  OBJETIVIDADE adequação do conhecimento à realidade objetiva NEUTRALIDADE a não interferência dos valores, concepções religiosas e políticas e preconceitos uma pretensão, uma ambição, uma intenção Um mito ? CONHE CIMENTO CIENTIFICO
  • 109. arnaldolemos@uol.com.br As Ciências Humanas Crise das Ciências Humanas Inadequação do método das ciências naturais Busca de cientificidade Conceito de verdade
  • 110. arnaldolemos@uol.com.br Os resultados das ciências humanas são realmente científicos ou não passam de opiniões particulares dos cientistas?
  • 111. arnaldolemos@uol.com.br OBJETO Dificuldades Metodológicas das Ciências Humanas Ciências Naturais têm como objeto coisas materiais que são exteriores ao universo humano Ciências Humanas têm um objeto que se identifica com o próprio sujeito do conhecimento, o que torna difícil a objetividade.
  • 112. arnaldolemos@uol.com.br DELIMITAÇÃO DO OBJETO Nas Ciências Naturais é relativamente fácil isolar e delimitar seu objeto de conhecimento, Nas Ciências Naturais é relativamente fácil isolar e delimitar seu objeto de conhecimento, Nas Ciências Naturais é relativamente fácil isolar e delimitar seu objeto de conhecimento Para as Ciências Humanas tal recorte é, muitas vezes, inviável, porque os fenômenos humanos são imensamente complexos: não há como separar o psíquico do histórico, o econômico do social, do político, do cultural, etc.
  • 113. arnaldolemos@uol.com.br EXATIDÃO DO MÉTODO Nas Ciências Naturais, o controle das interferências ideológicas do cientista é facilitado pela exatidão do método No campo das Ciências Humanas tal controle é impossível por causa da inserção social do cientista no próprio fenômeno estudado: a sociedade.
  • 114. arnaldolemos@uol.com.br EXPERIMENTA ÇÃO Outra grande dificuldade consiste no problema da experimentação, viável nas Ciências Naturais, que conseguem isolar situações de laboratorio Tal procedimento é inaplicável e, não raras vezes, inútil para as Humanidades porque as reações e motivações das pessoas diante dos eventos da vida social são variáveis, subjetivos, imprevisíveis.
  • 115. arnaldolemos@uol.com.br LINGUAGEM CIENTÍFICA Há ainda o problema da linguagem científica. As Ciências Naturais se caracterizam pelo rigor e exatidão dos conceitos. Entretanto os fenômenos humanos não são redutíveis a quantificações e cálculos em razão de sua forte carga valorativa, simbólica, psíquica, etc.
  • 116. arnaldolemos@uol.com.br DETERMINISMO A busca de causalidades é procedimento típico das Ciências Naturais para explicar os fenômenos da natureza porque estes são regulares, constantes, repetitivos, denotando determinismo. Já os fenômenos humanos são complexos e livres.
  • 117. arnaldolemos@uol.com.br As Ciências Humanas Necessidade da construção de uma metodologia própria. As relações humanas passaram a ser concebidas não mais como objeto em si ou como fato, mas sim como um fenômeno dotado de totalidade, complexidade e significado. Tendência humanista das ciências humanas
  • 118. arnaldolemos@uol.com.br  Fenômeno Humano Não é um objeto delimitável, isolável, quanti ficavel e verificável Mas algo vivo, complexo, histórico e dinâmico
  • 119. arnaldolemos@uol.com.br  Fenômeno Humano A noção de verdade se afasta dos ideais gregos e latinos que pressupõem a verdade como algo absoluto. Tem como verdade o consenso da comunidade científica, sempre provisória e precária que durará até que o curso histórico do próprio conhecimento promova a sua superação.