2. arnaldolemos@uol.com.br
LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem
ibidem
COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade. 3ªedição.São
Paulo:Ed. Atual, 2006
OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século
XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010
BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo.
São Paulo: Thomson Learning, 2007
BIBLIOGRAFIA
SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006
GIDDENS, Anthony., 4ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2006
LEMOS FILHO,Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências
Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do
Direito. 5ªedição. Campinas, Ed. Alínea, 2012
BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de
Sociologia. Rio, Fundaçãop Getulio Vargas ,2010.
3. arnaldolemos@uol.com.br
„Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro pôs
uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo,
quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Passado
mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentação das
bananas. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado
pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do
grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu,
tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo
dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de
cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a
bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a
algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a
resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”
(Texto atribuído a Albert Einstein)
5. arnaldolemos@uol.com.br
O que a história dos macacos
e o vídeo “Ilha das Flores” têm
a ver com a Sociologia ?
E o que a Sociologia tem a ver
comigo ou com a minha vida?
6. arnaldolemos@uol.com.br
A Sociologia se debruça sobre fenômenos sociais que
nos afetam em nosso dia a dia.
Por que a vida em sociedade é como é?
Por que uns têm tanto e outros têm pouco?
Por que obedecemos ou contestamos?
Por que as pessoas se reúnem ou se tornam rivais?
O que nos é proibido e o que nos é imposto por obrigação?
Por que os governos se organizam de uma forma ou de
outra?
7. arnaldolemos@uol.com.br
“ A objeção que os membros leigos da sociedade
frequentemente fazem aos postulados da sociologia
é... que seus “achados” não lhes dizem nada além do
que já sabem ou, o que é pior, vestem com
linguagem técnica oque é perfeitamente familiar na
terminologia de todos os dias” (Anthony Giddens)
Alguem já disse que a sociologia é a “ciência do obvio”
(Nelson Rodrugues)
Em outras palavras, aqueles que criticam a
sociologia, segundo Giddens, muitas vezes dizem
que ela trata do que todo mundo já sabe em uma
linguagem que ninguém entende. A sociologia
trata do que todo mundo já sabe.
8. arnaldolemos@uol.com.br
Na realidade, parece ter sentido. Afinal, para que
estudar sociologia? Por que estudar a sociedade em
que vivemos? Não basta vivê-la? É possível conhecer
a sociedade cientificamente? A Sociologia serve para
quê?
Darcy Ribeiro, cientista social, em um texto sobre o obvio,
diz que o negocio dos cientistas é mesmo lidar com o
obvio.O que a ciência faz é ir tirando os véus,
desvendando a realidade, a fim de revelar a obviedade do
óbvio.
A sociologia nos ajuda a refletir sobre as certeza que
temos, põe sob observação nossas opiniões mias
arraigadas. Ela modifica nossa percepção sobre o que
vivemos em nossa rotina e assim contribui para alterar a
maneira de vermos nossa própria vida e o mundo que nos
cerca.
9. arnaldolemos@uol.com.br
“A maior parte do tempo, o sociólogo aborda aspectos
da experiência que lhe são perfeitamente
familiares, assim como à maioria dos seus compatriotas
e contemporâneos. Estuda grupos
, instituições, atividades que os jornais falam todos os
dias. Mas as suas investigações comportam outro tipo
de paixão da descoberta. Não é a emoção da descoberta
de uma realidade familiar mudar de significação aos
nossos olhos. A sedução da sociologia provem de ela
nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida
cotidiana no qual todos vivemos.
Peter Berger
10. arnaldolemos@uol.com.br
mundo inundado de mudanças, tensões,
enormes conflitos e divisões sociais e ataque
destrutivo da tecnologia moderna ao
ambiente natural.
Século XXI
Preocupações da
sociologia, enquanto
ciência Possibilidades de controlar o nosso
destino e moldar nossas vidas muito
maiores do que as gerações anteriores.
Por que nossas condições de vida são tão
diferentes daquelas de nossos pais e avós??
Que direção as mudanças tomarão no
futuro?
11. arnaldolemos@uol.com.br
porque somos o que somos e
porque agimos como agimos?
Sociologia
aquilo que encaramos como
natural, inevitável, bom ou
verdadeiro pode não ser bem
assim
os “dados” de nossas vidas
são influenciados por forças
sociais e históricas
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abrangência
desde a análise de encontros
ocasionais entre indivíduos
na rua até a investigação de
processos sociais globais
Aprender
a pensar
sociologica
mente
cultivar a
imaginação
Libertar-se do
imediatismo das
circunstâncias
pessoais e ver as
coisas num
contexto mais
amplo.
13. arnaldolemos@uol.com.br
Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã.
A imaginação sociológica (Wright Mills)
No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede de
trabalho e trabalhadores
14. arnaldolemos@uol.com.br
Veja as suas dimensões:
O café tem um valor simbólico
O café é uma droga
O café cria relacionamentos sociais e
econômicos
Há um processo histórico de desenvolvimento social e
econômico
O café está ligado à globalização, comercio internacional,
direitos humanos e destruição ambiental
15. arnaldolemos@uol.com.br
O café não é somente uma
bebida. Ele possui um valor
simbólico. às vezes o ritual
associado a beber café é muito
mais importante do que o ato
de consumir a bebida.
Considere o seu ritual ao
longo do dia nas suas interações
sociais.
Valor simbólico
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O café é uma droga por
conter cafeína que tem um
efeito estimulante sobre o
cérebro. Cria dependência
mas é uma droga socialmente
aceita, ao contrário, por
exemplo, da maconha.
Uma droga
17. arnaldolemos@uol.com.br
Um indivíduo que bebe uma
xícara de café cria uma trama de
relacionamentos sociais que se
estendem pelo mundo. O café é
uma bebida que conecta as pessoas
das mais ricas e das mais pobres: é
consumido nos países ricos mas
cultivado nos países pobres.
Relacionamentos sociais
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Ao lado do petróleo, o café é
uma das mercadorias mais
valiosas no comercio
internacional.
Relacionamentos econômicos
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Relacionamentos econômicos
A produção supõe o plantio, a
colheita, a secagem, o
transporte e a distribuição que
requerem relações contínuas
entre pessoas a milhares de
quilômetros de distância do
consumidor.
Colheita e secagem na Fazenda
Cabral- Jacui – MG-2009
20. arnaldolemos@uol.com.br
O ato de beber café pressupõe
todo um processo passado de
desenvolvimento social e
econômico. O café só passou a
ser consumido em larga escala
a partir dos fins do século XIX.
O legado colonial tem tido um
impacto enorme no
desenvolvimento do comercio
mundial do café.
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
21. arnaldolemos@uol.com.br
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
No Brasil, no Vale da Paraíba, foi em
torno da fazenda, como unidade
básica da agricultura mercantil, que
se articulou a vida social .
A produção do café permaneceu
dentro dos moldes coloniais,
baseada no trabalho escravo e no
plantio de grandes extensões de
terra, segundo técnicas agrícolas
rudimentares.
22. arnaldolemos@uol.com.br
Processo histórico de desenvolvimento social e econômico
A expansão da cultura do café pelos
“Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi
um momento fundamental para a
formação da sociedade brasileira
contemporânea.
Provocou a decadência do trabalho
escravo e a introdução do trabalho livre.
As riquezas acumuladas pelo café, o
capital cafeeiro, foram o motor do
desenvolvimento capitalista no Brasil
23. arnaldolemos@uol.com.br
O café é um produto que permanece no centro dos
debates contemporâneos sobre a globalização, direitos
humanos e destruição ambiental. Passou a ser uma
“marca” e foi politizado. Os consumidores podem
boicotar o café que vem de paises que violam os
direitos humanos e acordos ambientais
Globalização,Comercio Internacional, Direitos Humanos e
Destruição Ambiental
30. arnaldolemos@uol.com.br
Se para tomar uma café da manhã, há
tanta gente envolvida, direta ou
indiretamente, você pode imaginar
quanto trabalho é necessário para a
fabricação de ônibus, bicicleta,
automóvel, para a construção da casa
em que você vive ou da Universidade
onde estuda.
31. arnaldolemos@uol.com.br
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
capacidade de a pessoa poder ver a sua
propria sociedade como uma pessoa de fora o
faria, em vez de fazê-lo apenas da perspectiva
das experiências pessoais e dos preconceitos
culturais
permite ir além das experiências e observações
pessoais para compreender as questões com
maior amplitude.
é uma ferramenta que nos proporciona
poder, pois nos permite olhar para além de
uma compreensão limitada do
comportamento humano.
32. arnaldolemos@uol.com.br
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
Permite-nos ver que muitos
acontecimentos que parecem dizer
respeito somente aos indivíduos, na
verdade, refletem questões sociais
mais amplas. Ex. o divorcio, o
desemprego, etc.
Embora sejamos influenciados pelo
contexto social em que nos
encontramos, nenhum de nós está
determinado em nosso
comportamento por aquele
contexto.Possuímos e criamos a
nossa própria individualidade.
Tente aplicar este tipo de
perspectiva à sua própria vida. Use
sua imaginação sociológica em
relação a uma realidade social.
33. arnaldolemos@uol.com.br
Como a sociedade era
conhecida antes do
aparecimento da ciência?
A Sociologia é a ciência da sociedade.
Toda ciência é
conhecimento
Todo conhecimento é um
produto histórico
Quais foram os fatores
históricos que propiciaram o
surgimento da sociologia?
34. arnaldolemos@uol.com.br
ANTES DO APARECIMENTO DA
CIÊNCIA
O SURGIMENTO DA
CIÊNCIA
AS CARACTERISTICAS DO
CONHECIMENTO CIENTIFICO
CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS
HUMANAS
AS DIFICULDADES
METODOLÓGICAS DAS
CIÊNCIAS HUMANAS
EVOLUÇÃO DO
CONHECIMENTO
DA SOCIEDADE
36. arnaldolemos@uol.com.br
Pré-História
antes da escrita
Mito Imaginação
Idade Antiga
Do aparecimento da
escrita até 476 d. C.
Filosofia Razão
Idade Média
de 476 d. C. até 1453
Teologia Fé
Idade Moderna Revolução
Científica
Dados da
Realidade
1453 até ... Ciências Humanas
39. arnaldolemos@uol.com.br
Mito – Pré-História
modelos antropomórficos e divinizados das relações
humanas sobre os fenômenos naturais.
a idéia da superioridade do homem sobre a mulher, como
uma coisa natural e divina.
o trabalho como castigo.
O IMAGINARIO COLETIVO:
Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde
vamos?
40. arnaldolemos@uol.com.br
Mito – Pré-História
O mito não é um estado de infantilidade da humanidade.
O mito é o estado de consciência de um povo sobre
si mesmo e sobre a realidade que o circunda
Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, pré-
reflexiva, não havendo comprovações crítica e racionais
Não pode ser apresentado como uma primeira forma de
“ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é parte
do saber acumulado de um povo, numa determinada
época
41. arnaldolemos@uol.com.br
O MITO DE PANDORA
Os mitos revelam uma forte
carga pedagógica pois as
narrativas contem
ensinamentos sobre o modo
como as pessoas vivem e
concebem o mundo
43. arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
FIM DA
ORGANIZAÇÃO
TRIBAL –
ORGANIZAÇÃO
DAS CIDADES
GREGAS
o desenvolvimento do comercio
o aparecimento da moeda
a utilização da escrita
a base econômica assentada
no trabalho escravo
Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas
ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicar-
se, “dar-se ao luxo” à cultura letrada.
44. arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A BUSCA DA
EXPLICAÇÃO
DA REALIDADE
2. O avanço dos conhecimentos
matemáticos, astronômicos, criando
modelos de racionalidade.
1. As formas míticas de representação
não davam mais conta de “explicar” a
complexa teia sócio-política-econômica
da vida humana.
3. Nasce a Filosofia – no século V a. C.,
considerada pelos historiadores como a
primeira forma de “ciência”
(conhecimento).
45. arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A
FILOSOFIA
GREGA
1. foi um avanço em termos de de
sistematização racional em face do antigo
paradigma mítico,
2. não permitiu, porem, uma verificação empírica, o
que tornava as conclusões desprovidas de utilidade
prática para o
3. A filosofia grega revela um conteúdo
ideológico relativo aos costumes e interesses
sociais da época ao refletir o desprezo pelo
trabalho manual.
4. A base aristocrática e escravagista do “modus
vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a
“ciência” da época ser voltada para a especulação
teórica e não ter desenvolvido a técnica.
46. arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A EXPLICAÇÃO
DA SOCIEDADE
1. a filosofia propunha normas
para melhorar a sociedade de
acordo com seus princípios.
2. Os estudos sobre a vida social
tinham sempre por objetivo propor
formas ideais de organização da
sociedade mais do que lhe
compreender a organização real.
3. Eram normativos (buscavam
estabelecer regras e normas) e
finalistas (propunham uma
finalidade para a organização social).
47. arnaldolemos@uol.com.br
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
Filosofia
Esses estudos eram fragmentários e o fator político sob o
domínio de um interesse puramente ético tinha
prioridade sob o fator social
Platão
(427/347 a.C.)
Republica
Aristoteles
(384/322 a. C.)
Política
48. arnaldolemos@uol.com.br
Teologia – Idade Media 476 a 1453
SECULO V
Desagregação do Império
Romano
Invasão dos bárbaros
Fechamento da Europa
sobre si mesma
Economia de
subsistência : os feudos
50. arnaldolemos@uol.com.br
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A
“CIÊNCIA”(conheci
mento) tornou-se
TEOCÊNTRICA
Tudo era
interpretado à luz da
fé
Tudo o que não fosse
ligado à fé era falso
A Igreja era detentora
da verdade
52. arnaldolemos@uol.com.br
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A“ciência”(conhecimento) continua
distanciada da técnica e da experimentação
As elites (nobreza e clero) levavam vida
aristocrática, valorizavam o ócio,
desprezavam as atividades práticas.
O corpo era desprezado, castigado. A
preocupação fundamental era a salvação da
alma
53. arnaldolemos@uol.com.br
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
Santo Agostinho
(354/430) A
Cidade de Deus : os homens
viviam na cidade onde reinava o
pecado e deveriam caminhar para
a cidade da graça, a cidade de
Deus.
Teologia
Santo Tomas de Aquino
( 1227/1274) A
Suma Teológica : uma filosofia cristã,
chamada filosofia escolástica, que
estudava as relações do homem com
Deus.
Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e normativos
54. arnaldolemos@uol.com.br
Período de transição da progressiva substituição da concepção
finalista e normativa da sociedade para uma representação
positiva da vida social
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453)
Séculos XVI, XVII e XVIII
55. arnaldolemos@uol.com.br
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
Antecedentes
Crise do
sistema
feudal
(século XII)
a estagnação da técnica
e da agricultura,
a falta de terras
produtivas,
o excesso de
população nos
feudos.
misticismo
religioso
CRUZADAS
56. arnaldolemos@uol.com.br
A Sociologia não se afirma primeiro como
explicação científica e, somente depois, como forma
cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o
que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve
como um dos florescimentos intelectuais mais
complicados das situações de existência nas
modernas sociedades industriais.
Florestan Fernandes
58. arnaldolemos@uol.com.br
1. Ascensão da Burguesia
2. Formação do Estado Nacional
3. Descoberta do Novo Mundo
4. Revolução Comercial
5. Reforma Protestante
6. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Transição
Fatores socio-culturais:
59. arnaldolemos@uol.com.br
Rompimento com a
formação social da
Idade Media,constituída
de sacerdotes,
senhores feudais e servos,
apresentando um novo
quadro social, com a
emergência
de uma nova classe social.
Transição: Fatores Socio-culturais
Ascensão da Burguesia
60. arnaldolemos@uol.com.br
Pacto da Burguesia com o Rei,
quebrando o poder dos senhores
feudais com o aparecimento de um
poder central
Transição: Fatores Socio-culturais
Formação do Estado Nacional
62. arnaldolemos@uol.com.br
Abertura para uma
nova realidade, diferente
do mundo europeu,
com novos modos
de pensar
e de organização social.
Transição: Fatores Socio-culturais
Descoberta do Novo Mundo
67. arnaldolemos@uol.com.br
Conseqüências:
a produção agrícola destinada ao abastecimento
de matérias primas
fluxo migratório para as cidades industriais,
expulsão dos camponeses,
Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição,
alcoolismo, promiscuidade, epidemias,
Revolução Industrial
69. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Mudanças
nas formas
de pensar
Nos modos de conhecer a
natureza e a sociedade
Elaboração de um novo tipo de
conhecimento baseado na
objetividade e no realismo
Separação entre fé e razão
71. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Renasci
mento
DO TEOCENTRISMO PARA O
ANTROPOCENTRISMO
VALORIZAÇÃO DO CORPO
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E NÃO DO ÓCIO
SUPERAÇÃO DA RELIGIÃO QUE PROMETIA
O PARAÍSO NO CÉU (CATOLICISMO) POR
OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA
TERRENA UMA BÊNÇÃO
(PROTESTANTISMO).
72. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
O Renascimento inspirou-se no Humanismo ,
movimento de artistas e intelectuais que defendia o
estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus
ideais de exaltação do homem.
73. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
O florescimento de utopias (descrições de sociedades
ideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas
Morus (1478/1535).
Utopismo
74. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
O emprego sistemático da razão, como conseqüência
de sua autonomia diante da fé.
O Príncipe, de Maquiavel (1469/1527), estudo sobre a
origem do poder.
Racionalismo
75. arnaldolemos@uol.com.br
O Leviatã, de Thomas Hobbes (1588/1679) que
sustenta a necessidade de um poder absoluto para
manter os homens em sociedade e que impeça que
eles se destruam mutuamente.
Transição : Fatores Intelectuais
76. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Novum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que
apresenta um novo método de conhecimento, baseado na
experimentação.
77. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Discurso sobre o método, de Descartes (1596/1650),
afirmando que para conhecer a verdade é preciso
inicialmente colocarmos todos os nossos
conhecimento em dúvida:
se eu duvido, eu penso, penso, logo existo.
78. arnaldolemos@uol.com.br
A idéia geral de progresso dos filósofos da Historia influiu
na concepção que o homem começou a ter do tempo: é o
homem que produz a história
Transição : Fatores Intelectuais
Filosofia da Historia:
79. arnaldolemos@uol.com.br
Transição : Fatores Intelectuais
Iluminismo
SÉCULO XVIII – SÉCULO DAS LUZES
OS FILÓSOFOS PRETENDIAM NÃO SOMENTE
TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO
MAS A PRÓPRIA SOCIEDADE
AFIRMAVAM QUE À LUZ DA RAZÃO É
POSSÍVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA
VELHA SOCIEDADE FEUDAL.
80. arnaldolemos@uol.com.br
Foi desenhado por Charles-Nicolas
Cochin
e ornamentado (engraved) por
Bonaventure-Louis Prévost.
Esta obra está carregada
de simbolismo: A figura do
centro representa a verdade –
rodeada por luz intensa
(o símbolo central do
iluminismo). Duas outras
figuras à direita, a razão
e a filosofia, estão a retirar
o manto sobre a verdade.
FRONTISPICIO DA ENCICLOPEDIE FRANÇAISE -1772
82. arnaldolemos@uol.com.br
Montesquieu (1689/1755),
em O Espírito das Leis,
defendia a separação
dos poderes do Estado,
definia a idéia geral de
lei (uma relação
necessária que decorre
da natureza das coisas)
e afirmava que os fenômenos
políticos estavam sujeitos
às leis naturais, invariáveis
87. arnaldolemos@uol.com.br
Quadros comparativos: Idade Media e Idade Moderna
Em relação ao desenvolvimento econômico
FEUDALISMO
A produção era restrita aos feudos
Propriedade : a terra
Servo: obrigações
A produção sustentava o
senhor feudal e a Igreja
O povo vivia no campo
Duas classes sociais :
senhores e servos
DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Produção de excedentes com
objetivos de mercado
Propriedade : o capital
Trabalhador livre, mas vende a
sua força de trabalho
Produção com objetivo de lucro
Desenvolvimento das cidades
Duas classes : burguesia e
assalariados
88. arnaldolemos@uol.com.br
Em relação à organização política
FEUDALISMO
Senhores feudais e Igreja
dominavam os servos e camponeses
Surge o Estado Nacional patrocinado
pela burguesia
DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Ausência de Estado e Nações
Aparecimento das Nações e da
figura do Estado
Ausência de teorias políticas
Surgem as teorias políticas que
sustentavam a idéia de Estado Nacional
As teorias que justificavam o poder
do senhor e da Igreja se baseavam
na “vontade de DEUS”
Baseadas no Iluminismo, as teorias
políticas ganham força e se tornam
justificações para a existência do
Estado e das leis
89. arnaldolemos@uol.com.br
Em relação às mentalidades e conhecimento
FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Teocentrismo Antropocentrismo
A verdade estava na Bíblia e
na autoridade da Igreja
A verdade obtida pela razão e
pelos métodos científico
A religião era tudo. A
realidade era explicada pela
“vontade de Deus”
A realidade explicada a
partir do que acontecia na
terra entre os homens
Qualquer mudança era contrária
à “vontade de Deus”
O progresso passou a ser o
objetivo humano
O conhecimento significava
contemplar a realidade criada por
Deus
O conhecimento significava
transformar a natureza e dominá-
la.
91. arnaldolemos@uol.com.br
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os
cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para
o desenvolvimento da economia.
Ciência
A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia,
na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as
denominadas ciências naturais
92. arnaldolemos@uol.com.br
O processo conhecido como Revolução Cientifica
se originou no Renascimento(com Da
Vinci, Copérnico e outros) e prosseguiu pelos
séculos seguintes, sem que seja possível estabelecer
uma data para o seu encerramento.. O que marca a
Revolução Cientifica é o uso da razão como meio
de alcançar o conhecimento. O fundamento da
ciência moderna consiste na afirmação da
necessidade de observar todos os fatos e o
fenômenos e demonstrar as explicações propostas
para eles. Fica excluída qualquer possibilidade de
especulação sem um experimento que comprove
sua plausibilidade. A ciência moderna se
caracteriza como um saber não
dogmático, critico, aberto, reformulável, suscetível
de correções ou refutações. È um saber universal
que utiliza provas (experiências) para que se
possam testar resultados.
Revolução Cientifica (séculos XVI e XVII)
94. arnaldolemos@uol.com.br
o saber era desligado das questões práticas e era
voltado para a contemplação teórica,
ANTES
AGORA
As necessidades econômicas do
capitalismo e a valorização do
trabalho redirecionaram o
conhecimento rumo à técnica
95. arnaldolemos@uol.com.br
A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...)
o critério da verdade limitava-se à coerência conceitual
o saber continha concepções finalistas sobre o mundo
ANTES
AGORA
deveria se submeter ao crivo da observação empírica à
matematização e à comprovação experimental. o saber
passa a ser descritivo e utilitarista.
96. arnaldolemos@uol.com.br
OS MÉTODOS
CIENTÍFICOS
ressaltam mais a historicidade do conhecimento
(métodos experimentais e técnicos)
refletem os valores empiristas
Refletem o modo de pensar
(utilitarista)
Expressam os interesses (produção e
comercio)
Dersenvolve uma cultura das novas classes
dominantes
97. arnaldolemos@uol.com.br
Fatores relativos ao sistema de ciência
As
revolu
ções
mudança da sociedade
feudal para a
sociedade capitalista.
reaparecimento
das cidades
o surgimento das
indústrias
transformações
não apenas no
mundo natural,
mas também nas
relações sociais
99. arnaldolemos@uol.com.br
A CRISE DAS EXPLICAÇÕES
RELIGIOSAS
O processo de
secularização
Anticlericalismo
A Igreja como
objeto de
pesquisa
A sacralização da
ciência
Razão
Separada da
Fé
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As Ciências Humanas
O desenvolvimento da ciência da
natureza
intervenção nos fatos sociais,
necessidade de compreender o que
ocorria na sociedade,
para controlá-la e modificá-la
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OBJETO
Dificuldades Metodológicas das Ciências
Humanas
Ciências Naturais têm como objeto coisas
materiais que são exteriores ao universo
humano
Ciências Humanas têm um objeto que
se identifica com o próprio sujeito do
conhecimento, o que torna difícil a
objetividade.
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DELIMITAÇÃO
DO OBJETO
Nas Ciências Naturais é
relativamente fácil isolar e
delimitar seu objeto de
conhecimento,
Nas Ciências Naturais é relativamente fácil
isolar e delimitar seu objeto de
conhecimento,
Nas Ciências Naturais é relativamente
fácil isolar e delimitar seu objeto de
conhecimento
Para as Ciências Humanas tal recorte
é, muitas vezes, inviável, porque os
fenômenos humanos são imensamente
complexos: não há como separar o
psíquico do histórico, o econômico do
social, do político, do cultural, etc.
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EXATIDÃO DO
MÉTODO
Nas Ciências Naturais, o controle das
interferências ideológicas do cientista é
facilitado pela exatidão do método
No campo das Ciências Humanas
tal controle é impossível por causa
da inserção social do cientista no
próprio fenômeno estudado: a
sociedade.
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EXPERIMENTA
ÇÃO
Outra grande dificuldade
consiste no problema da
experimentação, viável nas
Ciências Naturais, que
conseguem isolar situações de
laboratorio
Tal procedimento é inaplicável
e, não raras vezes, inútil para as
Humanidades porque as reações
e motivações das pessoas diante
dos eventos da vida social são
variáveis, subjetivos,
imprevisíveis.
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LINGUAGEM
CIENTÍFICA
Há ainda o problema da linguagem
científica. As Ciências Naturais se
caracterizam pelo rigor e exatidão dos
conceitos.
Entretanto os fenômenos humanos não
são redutíveis a quantificações e
cálculos em razão de sua forte carga
valorativa, simbólica, psíquica, etc.
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DETERMINISMO
A busca de causalidades é
procedimento típico das Ciências
Naturais para explicar os
fenômenos da natureza porque
estes são regulares, constantes,
repetitivos, denotando
determinismo.
Já os fenômenos humanos são
complexos e livres.
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As Ciências Humanas
Necessidade da construção de uma metodologia
própria.
As relações humanas passaram a ser concebidas não
mais como objeto em si ou como fato, mas sim como
um fenômeno dotado de totalidade, complexidade e
significado.
Tendência humanista das ciências humanas
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Fenômeno
Humano
A noção de verdade se afasta dos
ideais gregos e latinos que
pressupõem a verdade como algo
absoluto.
Tem como verdade o
consenso da comunidade
científica, sempre provisória
e precária que durará até que
o curso histórico do próprio
conhecimento promova a sua
superação.