Trabalho apresentado no curso de Psicologia do Centro Universitário Una com requisito parcial para a aprovação da matéria Estágio em Políticas Públicas.
2. Psicologia | 3º Período
Beatriz Salvador
Gabriel Melchior
Nathália Ferrari
Ana Elisa Carmelo
Jéssica Pena
Jordana Bueno
Gleice Kelly
Letícia Resende
Karine Alves
Raquel Catharino
Thales Muniz
3. Resumo
● Objetivo apresentar a Psicologia atuante
nas Políticas Públicas.
● Objetivos das Organizações Públicas.
● Atuação dos Psicólogos nas P.P
● Dificuldades encontradas
● Pratica Interdisciplinar com os demais
profissionais.
5. Introdução | Psicologia e Políticas Públicas
A compreensão do papel da Psicologia frente às políticas
públicas, primeiramente deve-se fazer um paralelo em seu
fator histórico, antes a atuação era vinculada à ideologia
dominante das elites do País.
Embora tenha por suas bases um compromisso com a
sociedade brasileira, somente à partir do início da década
de 1990 o profissional da psicologia começa expandir sua
atuação, passando a ser incluído nos serviços públicos de
saúde e educação (Bock, 2002).
6. Estágio Básico - Ψ e Políticas Públicas
Espaço no qual o discente irá desenvolver seus
conhecimentos junto as instituições de ensino,
correlacionando teoria e prática (Bastos,
2003).
7. CREPOP
O CREPOP, Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas
Públicas, teve o inicio de sua atuação em 2006 onde surgiu como uma
proposta no Congresso Nacional da Psicologia (CNP) desenvolveu um
recurso de cumprimento da proposta do Banco Social de Psicologia
que compreende um projeto direcionado para o compromisso social
da Psicologia que consiste em seu desempenho, tendo como objetivo
geral
“ampliar a atuação do psicólogo na esfera pública,
colaborando para a expansão da Psicologia na sociedade
e para a promoção dos Direitos Humanos, com espaços de
formulação, gestão e execução em políticas públicas”
(CREPOP, 2006).
8. Atuação do Psicólogo nas Políticas Públicas
Em 1992, o Conselho Federal de Psicologia definiu para o
psicólogo que trabalha no âmbito social de Políticas
Públicas:
● Promove estudos sobre características psicossociais de grupos
étnicos, religiosos, classes e segmentos sociais nacionais, culturais,
intra e interculturais;
● Atua junto a organizações comunitárias, em equipe multiprofissional
no diagnóstico, planejamento, execução e avaliação de programas
comunitários, no âmbito da saúde, lazer, educação, trabalho e
segurança;
9. Atuação do Psicólogo nas Políticas Públicas
● Assessora órgãos públicos e particulares, organizações
de objetivos políticos ou comunitários, na elaboração e
implementação de programas de mudança de caráter
social e técnico, em situações planejadas ou não;
● Atua junto aos meios de comunicação, assessorando
quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de
comunicação e propaganda;
● Pesquisa, analisa e estuda variáveis psicológicas que
influenciam o comportamento do consumidor (CONSELHO
FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1992).
10. Atuação do Psicólogo nas Instituições
CREPOP
A atuação dos psicólogos no CREPOP está voltada à ajuda
para como os outros profissionais da mesma área, de modo
que os ajudem a observar sobre as práticas profissionais da
psicologia no campo das políticas públicas, questionar e
auxiliar na atuação do psicólogo no campo das políticas
públicas.
11. Atuação do Psicólogo nas Instituições
COORDENADORIA MUNICIPAL DE DIREITOS HUMANOS
A psicóloga afirma que por se tratarem de uma Política
Pública e o foco do trabalho ser a Psicologia Social, o que
menos importa é a abordagem que o profissional segue,
havendo uma interdisciplinaridade entre eles, já que na
instituição trabalham tanto psicanalistas quanto
behavioristas. Faz-se necessário um olhar humano e menos
técnico em relação aos indivíduos que se apresentam na
Coordenadoria de Direitos Humanos, buscando um enfoque
mais singular e uma relação mais transparente.
12. Atuação do Psicólogo nas Instituições
CMT
De acordo com o psicólogo entrevistado Gustavo Satler
Cetlin, a abordagem psicanalítica é a referência psicológica
usada há mais de 30 anos no CMT para tratar dos pacientes
que chegam até a instituição. Infere que essa teoria
consegue lidar melhor em caráter subjetivo evidenciando
não a droga em si, mas o usuário e sua história de vida
pessoal, tratando-o como ser dotado de individualidades e
anseios, e não apenas como um ser biológico.
13. Atuação do Psicólogo nas Instituições
PAI-PJ
O busca construir o projeto de atenção integral de cada
caso com entrevistas periódicas com o paciente judiciário,
realiza o acompanhamento sistemático do paciente
judiciário através da psicanálise, bem como mantém
contato e discussões permanente com a rede pública de
saúde, visando efetivar o projeto de atenção integral de
cada caso.
14. Atuação do Psicólogo nas Instituições
Realiza entrevistas com a família do paciente ou com o
seu grupo de convivência, a fim de construir a sua
história sócio familiar, zela pela promoção do acesso à
moradia, trabalho, educação, saúde, lazer,
profissionalização, geração de renda, obtenção de
documentos, realizando orientações e
encaminhamentos do paciente judiciário a instituições
públicas e privadas diversas, emite relatórios e
pareceres e os encaminha à autoridade judicial.
15. Atuação do Psicólogo nas Instituições
CRAS
A psicóloga atua juntamente com a assistente social
realizando visitas domiciliares e acompanhamento com as
famílias visando promover o acesso aos direitos. Para que
esse direito seja promovido o psicólogo atua diretamente
com a família na função de escuta de mediador, onde
muitas vezes as pessoas chegam apenas à procura de
emprego e o CRAS a pedido do psicólogo vai encaminha-lo
para algumas instituições que dão prioridade para
encaminhamento do CRAS como a Cruz Vermelha.
16. Atuação do Psicólogo nas Instituições
FICA VIVO
A psicóloga e o programa trabalham na prevenção à
criminalidade, através de estratégias de aproximação dos
jovens no território em que eles residem na construção de
possibilidades de uma vida melhor e discussões advindas
destas possibilidades. Atua também na proteção social
destes jovens, os encaminhando para algumas instituições
parceiras, caso necessitem, sempre com o foco no interesse
do jovem e na possibilidade de uma melhoria na qualidade
de vida.
17. Dificuldades Encontradas
A sociedade contemporânea se caracteriza por sua grande
diversidade, tanto em termos de idade, religião, etnia,
língua, renda, profissão, orientação de gênero, como de
ideias, valores, interesses e aspirações. Entretanto, os
recursos para atender todas as demandas sociais e seus
diversos grupos são limitados e escassos. A consequência
disso é a disputa que se forma pelos bens e serviços públicos
desejados (SEBRAE, 2008).
18. Dificuldades Encontradas
• As dificuldades encontradas pelos psicólogos das
instituições visitadas tem em comum a insatisfação em
relação à falta de diálogo com o poder público, barreiras
muitas vezes que dificulta desde pequenas até grandes
solicitações.
• A visibilidade dos centros também é precária o que
acarreta falta de conhecimento por parte da população.
• Preconceito vindo das próprias comunidades.
19. Dificuldades Encontradas
• A localização, como do Fica Vivo por exemplo, é
um complicador, já que esse último se localiza
em região violenta.
• Também reclamam a falta de recursos e a baixa
remuneração dos funcionários públicos.
20. Prática Interdisciplinar
Retomando sucintamente o conceito de disciplina e seu
contexto histórico, define-se como uma categoria
organizadora dentro de um conhecimento científico que
caracteriza a divisão e especialização do trabalho e as
diversidades da área científica. Essa organização
disciplinar passa a ocorrer no século XIX com a formação
das Universidades Modernas e desenvolvendo-se no século
XX, impulsionando a pesquisa científica.
21. Prática Interdisciplinar
Se a disciplinaridade, por um lado, possibilitou a
delimitação de uma área de competência, tornando
tangível o conhecimento, por outro lado trouxe o risco da
hiperespecialização do pesquisador. Atualmente,
questiona-se esse modelo por sua insuficiência, tornando
a capacidades das disciplinas extremamente isoladas em
um contexto onde as respostas precisam ser dadas em
âmbito social, tecnológico, ético e cultural. (MENOSSI et
al, 2005)
22. Prática Interdisciplinar
No Estado brasileiro, de acordo com a Constituição Federal de
1988, o indicativo de ações governamentais associadas
intersetorial e interinstitucionalmente constitui diretriz para
várias políticas públicas responsáveis por assegurar direitos.
Entretanto, essas práticas ainda figuram como processos
inéditos e experimentais viabilizados na maioria por interesse
de atores que executam tais políticas, e não por iniciativa
política do governo, sendo restritas as experiências
intersetoriais entre as administrações municipais. (TUMELERO,
2011)
23. Prática Interdisciplinar
Essa integração fundamenta-se em relações horizontais e
democráticas entre as diversas disciplinas, gerando a
interação indispensável para a efetivação do trabalho
interdisciplinar. Os profissionais precisam abrir mão de
competições corporativas e vaidades pessoais,
conscientizando-se de que todos são importantes para
compreender e buscar a melhoria das condições de saúde e
de vida dos atendidos, em função da complementaridade de
olhares, saberes e atuações. (CFP, 2013, p. 73).
24. Conclusão
Conclui-se a partir da construção dos trabalhos, através das visitas
técnicas realizadas e da pesquisa bibliográfica, que a profissão do
Psicólogo nas Políticas Públicas se torna mais comum, ao momento em
que percebe-se que as demandas sociais pedem olhar generalizado
quanto à diversidade da sociedade atual atendendo as necessidades de
cada segmento de forma integrada. A antiga psicologia tradicional
voltada às elites não abraça os problemas socio-culturais e torna-se
necessário agregar a prática do olhar humano e subjetivo da psicologia
clínica com a contemporaneidade dos grupos sociais, entendendo seus
problemas em comum.
25. Referências
BOCK, Ana, M.B. Psicologia e sua Ideologia: 40 anos de compromisso com as elites. Psicologia e
compromisso social. São Paulo. 2002.
Conselho Federal de Psicologia. Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. Outubro, 1992.
Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.p df>
Acesso em: 07. mai. 2014.
CFP, Conselho Federal de Psicologia. Referências Técnicas para a Atuação de Psicólogas/os em
Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/ Conselho Federal de Psicologia. - Brasília: CFP, 2013.
SEBRAE. Políticas Públicas: conceitos e práticas / supervisão por Brenner Lopes e Jefferson Ney
Amaral; coordenação de Ricardo Wahrendorff Caldas – Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2008.
TUMELERO, Silvana Marta. Intersetorialidade nas políticas públicas. UFSC. Florianópolis - SC. 2011.
Disponível em:
<www.litoral.ufpr.br/sites/default/files/TUMELERO_SILVANA%20Intersetorialidade_Cong_Chile.pdf>
. Acesso em: 26. mai. 2014.