SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 22
Associação entre perfil morfofuncional,Associação entre perfil morfofuncional,
análise técnico-tática e percepçãoanálise técnico-tática e percepção
subjetiva de esforço em atletas de judôsubjetiva de esforço em atletas de judô
Branco B.H.M.¹, Andreato L.V.¹, Miarka B.¹, Júlio U.F.¹, Moraes
S.M.F.², Machado F.A.², Franchini E.¹,3
1- Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Esportes de
Combate da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São
Paulo, Brasil.
2- Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil.
3 – Universidade de Montpellier, França
IntroduçãoIntrodução
Modalidades categorizadas
por massa corporal – possível
vantagem ao minimizar a
massa gorda (Franchini et al.,2001).
Percentual de gordura em atletas de judô: ausência
de consenso quanto à diferença níveis competitivos
distintos (Franchini et al., 2007; Kubo et al., 2006; Callister et al., 1991)
IntroduçãoIntrodução
SJFT
• Capaz de discriminar atletas quanto ao nível
competitivo (Franchini et al., 2005)
• Correlacionado (r= 0.79) à potência aeróbia
máxima (Franchini et al., 2007)
IntroduçãoIntrodução
Barra com judogi – valores superiores para atletas de
nível nacional em relação a atletas de nível estadual
(Franchini et al., 2011)
IntroduçãoIntrodução
No entanto, a influência da composição corporal e
aptidão física com relação ao desempenho
específico no judô, são discutíveis.
IntroduçãoIntrodução
ObjetivoObjetivo
Verificar o relacionamento entre a composição
corporal, o desempenho motor e o desempenho
específico no judô, bem como suas influências
sobre as respostas perceptivas
Métodos
 Amostra: 8 atletas (-55kg, -60kg, -66kg, -73kg,
-81kg, -90kg, -100kg e +100kg; 22,8 ± 4,3 anos, 81,2 ±
20,2 kg; 16,4 ± 5,7 anos de judô).
 Estudo aprovado pelo pelo Comitê de Ética em
Pesquisa, da Universidade Estadual de Maringá,
seguindo as diretrizes da resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde.
 Combates foram filmados uma câmera Sony®
(modelo DCR-DVD 508)
Dados técnico-táticos foram
mensurados utilizando o
software FRAMI®
(Miarka et al., 2009)
 VO2máx - velocidade inicial
de 9 km/h (inclinação fixada
em 1%), incremento de 1 km/h
a cada 3min (esteira
Inbramed®
)
Métodos
 Análise de gases - FitMate (COSMED®
, Roma - Itália).
 FC - POLAR RS800
 SJFT: três períodos de atividade de judô (A = 15 s, B
e C = 30 s), intercalados com intervalos de 10 s
 Carga máxima dinâmica: supino reto, remada 450
e
agachamento.
Métodos
Análise estatística:
GraphPad 3.0®
Média, desvio-padrão (DP), intervalo de
confiança de 95% (IC 95%) e amplitude (valores
mínimos e máximos).
Normalidade: teste de Kolmogorov-Smirnov
Correlações: Pearson ou Spearman.
Métodos
ResultadosResultados
Média DP IC 95% Amplitude Normalidade
(p)
VO2max (ml/kg/min) 47.6 5.5 43.0 – 52.2 36.7 – 55.5 0.209 (>0.10)
LAn (ml/kg/min) 35.6 4.7 31.7 – 39.5 27.3 – 40.3 0.181 (>0.10)
Potência e capacidade aeróbias
  Média DP IC 95% Amplitude Normalidade (p)
Supino 92.5 18.3 77.2 – 107.8 70.0 – 120.0 0.159 (>0.10)
Agachamento 135.0 25.6 113.6 – 156.4 110.0 – 190.0 0.327 (0.01)*
Remada 45º 66.3 11.9 56.3 – 76.2 50.0 – 90.0 0.251 (>0.10)
Força Máxima 
(kg e kg/kg de 
massa corporal)
         
Supino 1.21 0.41 0.87 – 1.55 0.69 – 1.74 0.195 (>0.10)
Agachamento 1.77 0.59 1.28 – 2.26 1.12 – 2.60 0.257 (>0.10)
ResultadosResultados
Média DP IC 95% Amplitude Normalidade (p)
SJFT Arremessos 22 3 20 - 25 19 - 26 0.197 (>0.10)
Barra com Judogi (rep.) 12 7 6 - 18 2 - 23 0.167 (>0.10)
Arremessos durante o SJFT e barra com Judogi
ResultadosResultados
  Média DP IC 95% Amplitude Normalidade 
(p)
Número de ataques 5 5 3 – 7 0 - 19 0.207 (0.00)*
Número ataques 
efetivos
1 1 0 – 1 0 - 1 0.366 
(<0.0001)*
PSE (6-20) 12 5 11 – 14 6 - 20 0.135 (>0.10)
ResultadosResultados
Análise dos combates e PSE
Número de repetições no teste de barra e Número de repetições no teste de barra e 
1RM na remada 451RM na remada 45oo
PSE e tempo de aproximação durante a lutaPSE e tempo de aproximação durante a luta
PSE e tempo de pegadaPSE e tempo de pegada
PSE e tempo de ataque e defesaPSE e tempo de ataque e defesa
PSE e tempo de combate no soloPSE e tempo de combate no solo
ConclusãoConclusão
Esses achados trazem importantes indicativos as fortes
correlações positivas entre avaliações específicas e de
força máxima e relativa.
A PSE apresentou forte correlação com o tempo de
esforço em combates competitivos e moderada relação
com ações rápidas de ataque.
ObrigadoObrigado
Brauliomagnani@live.comBrauliomagnani@live.com

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicasTreinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
Rafael Laurindo
 
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupoRapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
alvesnuno
 
Rewlatório de grupo de física e química 3º período - corrigido pelo professor
Rewlatório de grupo de física e química   3º período - corrigido pelo professorRewlatório de grupo de física e química   3º período - corrigido pelo professor
Rewlatório de grupo de física e química 3º período - corrigido pelo professor
antoniopedropinheiro
 
Atividade fisica, saude e qualidade de vida
Atividade fisica, saude e qualidade de vidaAtividade fisica, saude e qualidade de vida
Atividade fisica, saude e qualidade de vida
washington carlos vieira
 
Ciclismo Paraolímpico
Ciclismo ParaolímpicoCiclismo Paraolímpico
Ciclismo Paraolímpico
OfiCorsi
 
Dissertação jonas-de-almeida-neves
Dissertação jonas-de-almeida-nevesDissertação jonas-de-almeida-neves
Dissertação jonas-de-almeida-neves
Justiniano Alves
 

La actualidad más candente (17)

Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicasTreinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
Treinamento e aperfeiçoamento das capacidades físicas
 
Avaliação vo2
Avaliação vo2Avaliação vo2
Avaliação vo2
 
Aula 7 Testes De Esforco
Aula 7   Testes De EsforcoAula 7   Testes De Esforco
Aula 7 Testes De Esforco
 
G7
G7G7
G7
 
Circuito
CircuitoCircuito
Circuito
 
Vo2Mx Avaliabe
Vo2Mx AvaliabeVo2Mx Avaliabe
Vo2Mx Avaliabe
 
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupoRapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
Rapidez média de atletas de corrida trabalho de grupo
 
G2
G2G2
G2
 
ANÁLISE DA FORÇA EM ATLETAS JUVENIS DE PUNHOBOL
ANÁLISE DA FORÇA EM ATLETAS JUVENIS DE PUNHOBOLANÁLISE DA FORÇA EM ATLETAS JUVENIS DE PUNHOBOL
ANÁLISE DA FORÇA EM ATLETAS JUVENIS DE PUNHOBOL
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Tese
TeseTese
Tese
 
Respiração na Corrida: Como melhorar a performance
Respiração na Corrida: Como melhorar a performanceRespiração na Corrida: Como melhorar a performance
Respiração na Corrida: Como melhorar a performance
 
Rewlatório de grupo de física e química 3º período - corrigido pelo professor
Rewlatório de grupo de física e química   3º período - corrigido pelo professorRewlatório de grupo de física e química   3º período - corrigido pelo professor
Rewlatório de grupo de física e química 3º período - corrigido pelo professor
 
Atividade fisica, saude e qualidade de vida
Atividade fisica, saude e qualidade de vidaAtividade fisica, saude e qualidade de vida
Atividade fisica, saude e qualidade de vida
 
Ciclismo Paraolímpico
Ciclismo ParaolímpicoCiclismo Paraolímpico
Ciclismo Paraolímpico
 
Dissertação jonas-de-almeida-neves
Dissertação jonas-de-almeida-nevesDissertação jonas-de-almeida-neves
Dissertação jonas-de-almeida-neves
 
Rapidez Média
Rapidez MédiaRapidez Média
Rapidez Média
 

Destacado

Treinamento personalizado e composição corporal
Treinamento personalizado e composição corporalTreinamento personalizado e composição corporal
Treinamento personalizado e composição corporal
washington carlos vieira
 

Destacado (12)

Apresentação do artigo "O judô enquanto instrumento pedagógico nas aulas de E...
Apresentação do artigo "O judô enquanto instrumento pedagógico nas aulas de E...Apresentação do artigo "O judô enquanto instrumento pedagógico nas aulas de E...
Apresentação do artigo "O judô enquanto instrumento pedagógico nas aulas de E...
 
Preparação física lutas-intermitencia-aerobio-bacharelado
Preparação física lutas-intermitencia-aerobio-bachareladoPreparação física lutas-intermitencia-aerobio-bacharelado
Preparação física lutas-intermitencia-aerobio-bacharelado
 
Presentación judo
Presentación judoPresentación judo
Presentación judo
 
Artes Marciais - Monografia
Artes Marciais - MonografiaArtes Marciais - Monografia
Artes Marciais - Monografia
 
Judô
JudôJudô
Judô
 
Treinamento personalizado e composição corporal
Treinamento personalizado e composição corporalTreinamento personalizado e composição corporal
Treinamento personalizado e composição corporal
 
Desenvolvimento de força e potencia
Desenvolvimento de força e potenciaDesenvolvimento de força e potencia
Desenvolvimento de força e potencia
 
Judo
JudoJudo
Judo
 
Judo [manual ilustrado]
Judo [manual ilustrado]Judo [manual ilustrado]
Judo [manual ilustrado]
 
Judo
JudoJudo
Judo
 
Lutas - Conceito e Histórico
Lutas - Conceito e HistóricoLutas - Conceito e Histórico
Lutas - Conceito e Histórico
 
Apresentando TCC
Apresentando TCCApresentando TCC
Apresentando TCC
 

Associação entre perfil morfofuncional, análise técnico tática e percepção subjetiva de esforço em atletas de judô - rio claro 2013

  • 1. Associação entre perfil morfofuncional,Associação entre perfil morfofuncional, análise técnico-tática e percepçãoanálise técnico-tática e percepção subjetiva de esforço em atletas de judôsubjetiva de esforço em atletas de judô Branco B.H.M.¹, Andreato L.V.¹, Miarka B.¹, Júlio U.F.¹, Moraes S.M.F.², Machado F.A.², Franchini E.¹,3 1- Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, Brasil. 2- Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil. 3 – Universidade de Montpellier, França
  • 2. IntroduçãoIntrodução Modalidades categorizadas por massa corporal – possível vantagem ao minimizar a massa gorda (Franchini et al.,2001).
  • 3. Percentual de gordura em atletas de judô: ausência de consenso quanto à diferença níveis competitivos distintos (Franchini et al., 2007; Kubo et al., 2006; Callister et al., 1991) IntroduçãoIntrodução
  • 4. SJFT • Capaz de discriminar atletas quanto ao nível competitivo (Franchini et al., 2005) • Correlacionado (r= 0.79) à potência aeróbia máxima (Franchini et al., 2007) IntroduçãoIntrodução
  • 5. Barra com judogi – valores superiores para atletas de nível nacional em relação a atletas de nível estadual (Franchini et al., 2011) IntroduçãoIntrodução
  • 6. No entanto, a influência da composição corporal e aptidão física com relação ao desempenho específico no judô, são discutíveis. IntroduçãoIntrodução
  • 7. ObjetivoObjetivo Verificar o relacionamento entre a composição corporal, o desempenho motor e o desempenho específico no judô, bem como suas influências sobre as respostas perceptivas
  • 8. Métodos  Amostra: 8 atletas (-55kg, -60kg, -66kg, -73kg, -81kg, -90kg, -100kg e +100kg; 22,8 ± 4,3 anos, 81,2 ± 20,2 kg; 16,4 ± 5,7 anos de judô).  Estudo aprovado pelo pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Estadual de Maringá, seguindo as diretrizes da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.  Combates foram filmados uma câmera Sony® (modelo DCR-DVD 508)
  • 9. Dados técnico-táticos foram mensurados utilizando o software FRAMI® (Miarka et al., 2009)  VO2máx - velocidade inicial de 9 km/h (inclinação fixada em 1%), incremento de 1 km/h a cada 3min (esteira Inbramed® ) Métodos
  • 10.  Análise de gases - FitMate (COSMED® , Roma - Itália).  FC - POLAR RS800  SJFT: três períodos de atividade de judô (A = 15 s, B e C = 30 s), intercalados com intervalos de 10 s  Carga máxima dinâmica: supino reto, remada 450 e agachamento. Métodos
  • 11. Análise estatística: GraphPad 3.0® Média, desvio-padrão (DP), intervalo de confiança de 95% (IC 95%) e amplitude (valores mínimos e máximos). Normalidade: teste de Kolmogorov-Smirnov Correlações: Pearson ou Spearman. Métodos
  • 12. ResultadosResultados Média DP IC 95% Amplitude Normalidade (p) VO2max (ml/kg/min) 47.6 5.5 43.0 – 52.2 36.7 – 55.5 0.209 (>0.10) LAn (ml/kg/min) 35.6 4.7 31.7 – 39.5 27.3 – 40.3 0.181 (>0.10) Potência e capacidade aeróbias
  • 13.   Média DP IC 95% Amplitude Normalidade (p) Supino 92.5 18.3 77.2 – 107.8 70.0 – 120.0 0.159 (>0.10) Agachamento 135.0 25.6 113.6 – 156.4 110.0 – 190.0 0.327 (0.01)* Remada 45º 66.3 11.9 56.3 – 76.2 50.0 – 90.0 0.251 (>0.10) Força Máxima  (kg e kg/kg de  massa corporal)           Supino 1.21 0.41 0.87 – 1.55 0.69 – 1.74 0.195 (>0.10) Agachamento 1.77 0.59 1.28 – 2.26 1.12 – 2.60 0.257 (>0.10) ResultadosResultados
  • 14. Média DP IC 95% Amplitude Normalidade (p) SJFT Arremessos 22 3 20 - 25 19 - 26 0.197 (>0.10) Barra com Judogi (rep.) 12 7 6 - 18 2 - 23 0.167 (>0.10) Arremessos durante o SJFT e barra com Judogi ResultadosResultados
  • 15.   Média DP IC 95% Amplitude Normalidade  (p) Número de ataques 5 5 3 – 7 0 - 19 0.207 (0.00)* Número ataques  efetivos 1 1 0 – 1 0 - 1 0.366  (<0.0001)* PSE (6-20) 12 5 11 – 14 6 - 20 0.135 (>0.10) ResultadosResultados Análise dos combates e PSE
  • 19. PSE e tempo de ataque e defesaPSE e tempo de ataque e defesa
  • 20. PSE e tempo de combate no soloPSE e tempo de combate no solo
  • 21. ConclusãoConclusão Esses achados trazem importantes indicativos as fortes correlações positivas entre avaliações específicas e de força máxima e relativa. A PSE apresentou forte correlação com o tempo de esforço em combates competitivos e moderada relação com ações rápidas de ataque.