SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 25
Descargar para leer sin conexión
O indivíduo vive imerso em um espaço em que
tanto ele quanto os objetos que o rodeiam formam
um conjunto de relações que se estruturam com
grande complexidade: daí a necessidade de
percebê-las e representá-las mentalmente.
O desenvolvimento dele dar-se-á pela
apropriação de linguagens e de formas cognitivas
mais complexas existentes em seu contorno
cultural, a qual ocorre nos inúmeros em que ele
estabelece e percebe relações com elementos de
sua cultua e as avalia.
Desde o nascimento, graças à maturação do
 sistema nervoso e à realização de tarefas
 variadas com diferentes parceiros em situações
 cotidianas, a criança desenvolve seu corpo e os
 movimentos que com ele pode realizar. Os
 mecanismos que usa para orientar o tronco e as
 mãos em relação a um estímulo visual, por
 exemplo, são complexos e acionados à medida
 que ela manipula e encaixa objetos, lança-os
 longe e os recupera, os empurra, puxa, prende e
 solta. Locomove-se, assume posturas e
 expressa-se por gestos, que são cada vez mais
 ampliados.
De início o recém-nascido pode apenas diferenciar seu
próprio corpo do mundo que o rodeia. Depois toma a si
mesmo como referência para perceber o entorno. Ao
movimentar o corpo no espaço, recebe informações
próprio-perceptivas (cinestésicas, labirínticas) e externo-
perceptivas (especialmente visuais) necessárias para
interpretar e organizações relações entre os elementos,
formulando uma representação daquele espaço.
A motricidade também se desenvolve por meio da
manipulação de objetos de diferentes formas, cores,
volumes, pesos e texturas. Ao alterar sua colocação
postural conforme lida com esses objetos, variando as
superfícies de contato com eles, a criança trabalha
diversos segmentos corporais com contrações
musculares de diferentes intensidades. Nesse esforço,
     ela se desenvolve.
Se, até aproximadamente os 6 anos, a criança tem
uma perspectiva egocêntrica na sua percepção das
relações que estabelece com elementos do espaço-
proximidade e distância, ordem e inclusão,
continuidade e ruptura, etc.- a partir daquela idade
vai assumir cada vez mais pontos de vista externos
a si mesma para compreender o mundo.
Os recursos de que as crianças dispõem, contudo,
 não constituem apenas atos motores, mas são
 instrumentos para a realização de atividades
 simbólicas, como por exemplo, marchar para ser
 um soldado ou arrastar-se com cuidado para ser
 um explorador de tesouros, simbolismos que
 aprende de sua cultura.
Além disso, a criança nasce em um mundo onde
 estão presentes sistemas simbólicos diversos
 socialmente elaborados, particularmente o
 sistema linguístico. Este perpassa as atividades
 produzidas no ambiente humano em que a
 criança se desenvolve e permite-lhe apropriar-se
 da experiência das gerações precedentes.
A capacidade de adquirir a língua de seu grupo é
uma característica específica da espécie humana e
supõe um equipamento anatômico e
neurofisiológico adaptado, particularmente órgãos
periféricos e sistema nervoso central apropriados e
em adequado estado de funcionamento. Contudo, a
aquisição da linguagem é um processo sócio-
histórico.
O desenvolvimento da linguagem apoia-se em forte
motivação para se comunicar verbalmente com
outra pessoa, motivação parcialmente inata, mas
enriquecida durante o primeiro ano de vida nas
experiências interpessoais com a mãe, pai, irmãos e
outros educadores.
As crianças engajam-se, desde o primeiro
momento, em um processo de comunicação no qual
são estimuladas a desenvolver procedimentos que
lhes permitem questionar o mundo e apropriar-se
dele. Desde cedo o entorno humano empreende
uma diligência ativa de integração do bebê em
formas pré-construídas da língua: nas atividades
conjuntas, parceiros mais experientes apresentam-
lhe normas relativas tanto aos comportamentos e às
formas de relações interpessoais como às palavras
da língua e suas condições de uso.
O desenvolvimento da capacidade de perceber e
produzir sons da fala é o precursor mais direto da
linguagem. Os bebês logo discriminam sons, são
sensíveis a entonações, passam seletivamente a
reagir a sons próprios de sua língua materna
enquanto esquecem outros. Tal desenvolvimento
vai se enriquecer com a formação da capacidade
tanto de categorização de objetos, que será a base
da denominação e da referência, como de imitação
e memória, necessárias para reproduzir padrões
vocais e gestuais. Esse trabalho formativo se
prolongará por toda a vida, especialmente por meio
da educação escolar, e garantirá a aquisição,
reprodução e transformação das significações
      sociais culturalmente construídas.
O sistema linguístico é operável em torno dos 4 a 5
anos, época em que a criança domina o essencial do
sistema fonológico, conhece o sentido e as
condições de uso de muitas palavras em sua cultura
e utiliza corretamente a maior parte das formas
morfológicas e sintáticas de sua língua. A partir dos
5anos ocorrem novos progressos.
Tal sistema continua a se reorganizar e aperfeiçoar
até a pré-adolescência, enriquecido pelas
experiências culturais das crianças, particularmente
por sua vivência escolar.
A construção social dos conhecimentos em
 ambientes socioculturais específicos dependem
 assim da comunidade de intercâmbio à qual
 pertence o aprendiz e dos ambientes de
 aprendizagem criados como recurso para a
 aprendizagem. Nesses ambientes, tempos,
 espaços e atividades definem práticas sociais que
 trabalham diferentes competências ou instituem
 ritos de formação de habilidades e atitudes
 julgadas básicas para o desenvolvimento social
 das novas gerações.
De início, pensamento e linguagem têm origens
diversas. Há o pensar sensório-motor e a linguagem
não cognitiva, por exemplo, os balbucios. No
entanto, ambos os elementos convergem no
desenvolvimento para a formação do pensamento
discursivo.
A habilidade da criança para refletir sobre a definição
de uma palavra é uma capacidade multifacetada e de
lento desenvolvimento, com precursores cognitivos e
linguísticos.
Incapaz de definir uma impressão, a criança
simplesmente a exprime, usando uma linguagem
exclamativa. Incapaz de “pensar” um fenômeno,
fixando suas características essenciais e descartando
as acessórias, ela verbaliza apenas seus elementos
mais notáveis.
O relato infantil de determinado caso ou evento não
busca o equilíbrio entre causas e efeitos, a
proporcionalidade entre ação e resultado, a
coerência entre as partes. É formado pelo
encadeamento de circunstâncias.
A descrição de algo pela criança requer-lhe
coordenar as próprias impressões e processos
mentais. Implica processo gestual, ideomotor, ou
identificação do objeto consigo mesmo,
estabilizando-o.Por sua vez, as tarefas de definir e
de explicar supõem um movimento de isolamento
de palavras dentro de um universo e sua
reintegração em um todo, trazendo elementos
perceptivos, linguísticos e cognitivos de modo
fortemente indissociável.
As respostas infantis parecem indicar a dificuldade
do pensamento de identificar, diferenciar e
relacionar sucessão, causalidade e pertinência de
elementos, de estabelecer relações como as de
lugar, tempo, movimento e causalidade.
Os discursos dos professores, dos pais e da mídia
interagem com as condições psicológicas das
crianças em cada idade, produzindo importante
combinação de processos pelos quais signos
culturais são pessoalmente interpretados e
apropriados por elas.
A capacidade da criança de recombinar sinais e
sentidos, respondendo de forma sempre nova a
cada situação, interage com a tentativa sistemática
das instituições educacionais de controlar suas
respostas.
Devemos transformar as formas como práticas
educativas sã pensadas e considerar a interação
social como o elemento mais importante para
promover oportunidades de aprendizagem e
desenvolvimento.



                                     WALLON,
                    Para saber mais: WALLON
                     Henri. As origens do
                     pensamento na criança. São
                    Paulo: Manole, 1989
PROCURE OBSERVAR CRIANÇAS
DE DIFERENTES IDADES. O FOCO
DA OBSERVAÇÃO PODE SER O
DESENVOLVIMENTO MOTOR, A
LINGUAGEM OU O PENSAMENTO
CONCEITUAL. NESTE ÚLTIMO
CASO, AS CRIANÇAS COM MAIS
DE 3 ANOS PODEM SER
CONVIDADAS A DEFINIR
PALAVRAS.
ADULTO - É uma       ALEGRIA - É um
pessoa que sabe      palhacinho no
tudo, mas quando     coração da gente.
não sabe diz logo:
“veja na             AMAR - É pensar no
enciclopédia”.       outro, mesmo
                     quando a gente
                     nem tá pensando.
BOCA - É a             CABELO - É uma
garagem da língua.     coisa que serve pra
                       gente não ficar
BONITA - “Se eu        careca.
sou bonita ou
inteligente? Se eu     CALCANHAR - É o
sou bonita, você vê    queixo do pé.
na cara. E se eu sou
inteligente, nem
respondo a uma
pergunta boba
dessas”.
CHOCOLATE - É        CRIANÇA - Ser
uma coisa que a      criança é não
gente nunca          estragar a vida.
oferece aos amigos
porque eles          DEUS - Um dia eu
aceitam.             disse que Deus era
                     muito distraído e
COBRA - É um         todo mundo riu. Só
bicho que só tem     não sei a graça que
rabo.                isso tem.
ELÉTRONS - São os   FÉ - É uma
micróbios da        menininha, na
eletricidade.       praia, esvaziando o
                    mar com um
ESPERANÇA - É um    baldezinho de
pedaço da gente     plástico furado.
que sabe que vai
dar certo.          FUTEBOL - É um
                    jogo em que, às
                    vezes, a trave joga
                    melhor que o
                    goleiro. Pega tudo.
FUTURO - É tudo      MENTIRA - (ouve-se
que vem depois e,    o estraçalhar de um
quando chega, já     vidro no banheiro e
era.                 o menino grita) - “É
                     mentira do barulho!”
INFERNO - É um
lugar onde a gente
morre muito mais.

                     MISTÉRIO - É uma
                     coisa que a gente
                     não sabe explicar
                     direito e, quando
                     explica, já não é.
NAMORADO - É         PIADA - É uma
uma pessoa que       coisa engraçada
tem medo do claro.   que perde a graça
                     quando a pessoa
NEVOEIRO - É         avisa que vai ser.
poeira do frio.
                     POLUIÇÃO - É
PACIÊNCIA - É uma    sujeira do
coisa que mamãe      progresso.
perde sempre.
                     REDE - É uma
                     porção de buracos
                     amarrados com
                     barbante.
REFLEXO - É          SAUDADE - É
quando a água do     quando uma pessoa
lago se veste de     que devia estar
árvores.             perto está longe.

RELÂMPAGO - É um     SONO - É saudade
barulho rabiscando   de dormir.
o céu.
                     SORTE - É a gente
                     acordar, se
                     preparar pra ir pra
                     escola e descobrir
                     que é feriado
                     nacional.
STRIP-TEASE - É      VEIAS - São raízes
mulher tirando a     que aparecem no
roupa toda, na       pescoço das
frente de todo       meninas que
mundo, sem ser pra   gritam.
tomar banho.

TRISTEZA - É uma
criança com gesso    VIDA - A vida de
no pé, sem           muita gente é só
assinatura.          gol contra.
                     VIDA - A vida a
                     gente não explica.
                     Vive.
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Slides planejamento escolar
Slides planejamento escolarSlides planejamento escolar
Slides planejamento escolar
Ananda Lima
 
Modelo relatório individual
Modelo relatório individualModelo relatório individual
Modelo relatório individual
straraposa
 
HENRI WALLON
HENRI WALLONHENRI WALLON
HENRI WALLON
LIMA, Alan Lucas de
 
Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da história
Lílian Reis
 
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
Graça Sousa
 

La actualidad más candente (20)

Slides planejamento escolar
Slides planejamento escolarSlides planejamento escolar
Slides planejamento escolar
 
Projeto ludico simone drumond
Projeto ludico simone drumondProjeto ludico simone drumond
Projeto ludico simone drumond
 
Modelo relatório individual
Modelo relatório individualModelo relatório individual
Modelo relatório individual
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagem
 
Henri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoriaHenri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoria
 
Planejamento 1º periodo
Planejamento 1º periodoPlanejamento 1º periodo
Planejamento 1º periodo
 
Educação Infantil
Educação InfantilEducação Infantil
Educação Infantil
 
Deficiencia intelectual
Deficiencia intelectualDeficiencia intelectual
Deficiencia intelectual
 
Hipóteses da psicogênese da língua escrita segundo emília
Hipóteses da psicogênese da língua escrita segundo emíliaHipóteses da psicogênese da língua escrita segundo emília
Hipóteses da psicogênese da língua escrita segundo emília
 
HENRI WALLON
HENRI WALLONHENRI WALLON
HENRI WALLON
 
Trabalho coletivo - Trabalho de Equipe, Cooperação, Colaboração como elemento...
Trabalho coletivo - Trabalho de Equipe, Cooperação, Colaboração como elemento...Trabalho coletivo - Trabalho de Equipe, Cooperação, Colaboração como elemento...
Trabalho coletivo - Trabalho de Equipe, Cooperação, Colaboração como elemento...
 
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCCPlanejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
 
Descritores de Língua Portuguesa 5º Ano
Descritores de Língua Portuguesa 5º AnoDescritores de Língua Portuguesa 5º Ano
Descritores de Língua Portuguesa 5º Ano
 
Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da história
 
PNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educação
PNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educaçãoPNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educação
PNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educação
 
Formação continuada de professores.
Formação continuada de professores.Formação continuada de professores.
Formação continuada de professores.
 
Jogos matemáticos educação infantil
Jogos matemáticos   educação infantilJogos matemáticos   educação infantil
Jogos matemáticos educação infantil
 
Percepção Auditiva visual e tátil;
Percepção Auditiva visual e tátil;Percepção Auditiva visual e tátil;
Percepção Auditiva visual e tátil;
 
Estágios do desenvolvimento cognitivo segundo jean piaget
Estágios do desenvolvimento cognitivo segundo jean piagetEstágios do desenvolvimento cognitivo segundo jean piaget
Estágios do desenvolvimento cognitivo segundo jean piaget
 
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
50 Ideias e Sugestões de Atividades e Jogos Para Suas Aulas
 

Destacado

Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
Clarisse Bueno
 
Fases do desenvolvimento motor
Fases do desenvolvimento motorFases do desenvolvimento motor
Fases do desenvolvimento motor
BBM07
 
Apresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martinsApresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martins
lurdesdm
 
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada aAprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Mateus Henrique Dal Forno
 
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
PROIDDBahiana
 
Piaget e a cognição
Piaget e a cognição Piaget e a cognição
Piaget e a cognição
mluisavalente
 
Capitulo i conceptos basicos de economia
Capitulo i conceptos basicos de economiaCapitulo i conceptos basicos de economia
Capitulo i conceptos basicos de economia
frankfigallolizano
 
Apresentacao vygotsky 1
Apresentacao vygotsky 1Apresentacao vygotsky 1
Apresentacao vygotsky 1
Nuap Santana
 

Destacado (20)

Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3
 
Fases do desenvolvimento motor
Fases do desenvolvimento motorFases do desenvolvimento motor
Fases do desenvolvimento motor
 
Apresentação Fac. Motricidade Humana
Apresentação Fac. Motricidade HumanaApresentação Fac. Motricidade Humana
Apresentação Fac. Motricidade Humana
 
Introdução ao sistema nervoso
Introdução ao sistema nervosoIntrodução ao sistema nervoso
Introdução ao sistema nervoso
 
Http atalho
Http atalhoHttp atalho
Http atalho
 
Apresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martinsApresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martins
 
Os dis da cognição
Os dis da cogniçãoOs dis da cognição
Os dis da cognição
 
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada aAprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
 
Comunicação aumentativa
Comunicação aumentativaComunicação aumentativa
Comunicação aumentativa
 
B.4.2. sintaxe
B.4.2. sintaxeB.4.2. sintaxe
B.4.2. sintaxe
 
Aprendizado motor
Aprendizado motorAprendizado motor
Aprendizado motor
 
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
 
Piaget e a cognição
Piaget e a cognição Piaget e a cognição
Piaget e a cognição
 
Capitulo i conceptos basicos de economia
Capitulo i conceptos basicos de economiaCapitulo i conceptos basicos de economia
Capitulo i conceptos basicos de economia
 
Educação e corporeidade
Educação e corporeidadeEducação e corporeidade
Educação e corporeidade
 
Jean Piaget e a cognição
Jean Piaget  e a cogniçãoJean Piaget  e a cognição
Jean Piaget e a cognição
 
Apresentacao vygotsky 1
Apresentacao vygotsky 1Apresentacao vygotsky 1
Apresentacao vygotsky 1
 

Similar a Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição

Aprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação InfantilAprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação Infantil
ntm.pedagogico
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
SimoneHelenDrumond
 
Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil
Marcos Azevedo
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil.
Investigação do currículo na escola da educação infantil.Investigação do currículo na escola da educação infantil.
Investigação do currículo na escola da educação infantil.
SimoneHelenDrumond
 
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantilProjeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
Edione Zelenka
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
Ana Teresa
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
CatiaDuarte_1
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
margarida_branco
 

Similar a Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição (20)

O que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinarO que a creche pode ensinar
O que a creche pode ensinar
 
A vida a brincar
A vida a brincarA vida a brincar
A vida a brincar
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Se não serve para brincar, não presta!
Se não serve para brincar, não presta!Se não serve para brincar, não presta!
Se não serve para brincar, não presta!
 
A construção da linguagem
A construção da linguagem A construção da linguagem
A construção da linguagem
 
Aprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação InfantilAprendizagem na Educação Infantil
Aprendizagem na Educação Infantil
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumondInvestigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
Investigação do currículo na escola da educação infantil. 1
 
Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil Proposta gênios educação infantil
Proposta gênios educação infantil
 
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessaDesenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
 
Características comunicativas e linguísticas
Características comunicativas e linguísticasCaracterísticas comunicativas e linguísticas
Características comunicativas e linguísticas
 
Brincar de brincar
Brincar de brincarBrincar de brincar
Brincar de brincar
 
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumondArtigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
 
Caderno de Orientações Pedagógicas - Educação Infantil -RO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Educação Infantil -ROCaderno de Orientações Pedagógicas - Educação Infantil -RO
Caderno de Orientações Pedagógicas - Educação Infantil -RO
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil.
Investigação do currículo na escola da educação infantil.Investigação do currículo na escola da educação infantil.
Investigação do currículo na escola da educação infantil.
 
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantilProjeto Interdisciplinar Educação infantil
Projeto Interdisciplinar Educação infantil
 
Artigochapecó 10
Artigochapecó 10Artigochapecó 10
Artigochapecó 10
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincarA ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
A ludoterapia e_a_importancia_do_brincar
 

Más de Maria Bárbara Floriano

Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Maria Bárbara Floriano
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
Maria Bárbara Floriano
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Maria Bárbara Floriano
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Maria Bárbara Floriano
 

Más de Maria Bárbara Floriano (18)

Alfabetário
AlfabetárioAlfabetário
Alfabetário
 
Livro ancestralidade
Livro ancestralidadeLivro ancestralidade
Livro ancestralidade
 
Projeto índios
Projeto índiosProjeto índios
Projeto índios
 
Livrinho animais
Livrinho animaisLivrinho animais
Livrinho animais
 
Livro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilãoLivro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilão
 
Espaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e IdentidadesEspaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e Identidades
 
Ministério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a InfânciaMinistério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a Infância
 
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
 
Artigo constituir se professor
Artigo constituir se professorArtigo constituir se professor
Artigo constituir se professor
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
 
Histórico Ed Infantil
Histórico Ed InfantilHistórico Ed Infantil
Histórico Ed Infantil
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 
Políticas Sociais Ed Especial
 Políticas Sociais Ed Especial Políticas Sociais Ed Especial
Políticas Sociais Ed Especial
 
Bullying
 Bullying Bullying
Bullying
 
Aula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animalAula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animal
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
 
Avaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolarAvaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolar
 
Guia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizadorGuia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizador
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 

Último (20)

Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 

Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição

  • 1.
  • 2. O indivíduo vive imerso em um espaço em que tanto ele quanto os objetos que o rodeiam formam um conjunto de relações que se estruturam com grande complexidade: daí a necessidade de percebê-las e representá-las mentalmente. O desenvolvimento dele dar-se-á pela apropriação de linguagens e de formas cognitivas mais complexas existentes em seu contorno cultural, a qual ocorre nos inúmeros em que ele estabelece e percebe relações com elementos de sua cultua e as avalia.
  • 3. Desde o nascimento, graças à maturação do sistema nervoso e à realização de tarefas variadas com diferentes parceiros em situações cotidianas, a criança desenvolve seu corpo e os movimentos que com ele pode realizar. Os mecanismos que usa para orientar o tronco e as mãos em relação a um estímulo visual, por exemplo, são complexos e acionados à medida que ela manipula e encaixa objetos, lança-os longe e os recupera, os empurra, puxa, prende e solta. Locomove-se, assume posturas e expressa-se por gestos, que são cada vez mais ampliados.
  • 4. De início o recém-nascido pode apenas diferenciar seu próprio corpo do mundo que o rodeia. Depois toma a si mesmo como referência para perceber o entorno. Ao movimentar o corpo no espaço, recebe informações próprio-perceptivas (cinestésicas, labirínticas) e externo- perceptivas (especialmente visuais) necessárias para interpretar e organizações relações entre os elementos, formulando uma representação daquele espaço. A motricidade também se desenvolve por meio da manipulação de objetos de diferentes formas, cores, volumes, pesos e texturas. Ao alterar sua colocação postural conforme lida com esses objetos, variando as superfícies de contato com eles, a criança trabalha diversos segmentos corporais com contrações musculares de diferentes intensidades. Nesse esforço, ela se desenvolve.
  • 5. Se, até aproximadamente os 6 anos, a criança tem uma perspectiva egocêntrica na sua percepção das relações que estabelece com elementos do espaço- proximidade e distância, ordem e inclusão, continuidade e ruptura, etc.- a partir daquela idade vai assumir cada vez mais pontos de vista externos a si mesma para compreender o mundo.
  • 6. Os recursos de que as crianças dispõem, contudo, não constituem apenas atos motores, mas são instrumentos para a realização de atividades simbólicas, como por exemplo, marchar para ser um soldado ou arrastar-se com cuidado para ser um explorador de tesouros, simbolismos que aprende de sua cultura. Além disso, a criança nasce em um mundo onde estão presentes sistemas simbólicos diversos socialmente elaborados, particularmente o sistema linguístico. Este perpassa as atividades produzidas no ambiente humano em que a criança se desenvolve e permite-lhe apropriar-se da experiência das gerações precedentes.
  • 7. A capacidade de adquirir a língua de seu grupo é uma característica específica da espécie humana e supõe um equipamento anatômico e neurofisiológico adaptado, particularmente órgãos periféricos e sistema nervoso central apropriados e em adequado estado de funcionamento. Contudo, a aquisição da linguagem é um processo sócio- histórico. O desenvolvimento da linguagem apoia-se em forte motivação para se comunicar verbalmente com outra pessoa, motivação parcialmente inata, mas enriquecida durante o primeiro ano de vida nas experiências interpessoais com a mãe, pai, irmãos e outros educadores.
  • 8. As crianças engajam-se, desde o primeiro momento, em um processo de comunicação no qual são estimuladas a desenvolver procedimentos que lhes permitem questionar o mundo e apropriar-se dele. Desde cedo o entorno humano empreende uma diligência ativa de integração do bebê em formas pré-construídas da língua: nas atividades conjuntas, parceiros mais experientes apresentam- lhe normas relativas tanto aos comportamentos e às formas de relações interpessoais como às palavras da língua e suas condições de uso.
  • 9. O desenvolvimento da capacidade de perceber e produzir sons da fala é o precursor mais direto da linguagem. Os bebês logo discriminam sons, são sensíveis a entonações, passam seletivamente a reagir a sons próprios de sua língua materna enquanto esquecem outros. Tal desenvolvimento vai se enriquecer com a formação da capacidade tanto de categorização de objetos, que será a base da denominação e da referência, como de imitação e memória, necessárias para reproduzir padrões vocais e gestuais. Esse trabalho formativo se prolongará por toda a vida, especialmente por meio da educação escolar, e garantirá a aquisição, reprodução e transformação das significações sociais culturalmente construídas.
  • 10. O sistema linguístico é operável em torno dos 4 a 5 anos, época em que a criança domina o essencial do sistema fonológico, conhece o sentido e as condições de uso de muitas palavras em sua cultura e utiliza corretamente a maior parte das formas morfológicas e sintáticas de sua língua. A partir dos 5anos ocorrem novos progressos. Tal sistema continua a se reorganizar e aperfeiçoar até a pré-adolescência, enriquecido pelas experiências culturais das crianças, particularmente por sua vivência escolar.
  • 11. A construção social dos conhecimentos em ambientes socioculturais específicos dependem assim da comunidade de intercâmbio à qual pertence o aprendiz e dos ambientes de aprendizagem criados como recurso para a aprendizagem. Nesses ambientes, tempos, espaços e atividades definem práticas sociais que trabalham diferentes competências ou instituem ritos de formação de habilidades e atitudes julgadas básicas para o desenvolvimento social das novas gerações.
  • 12. De início, pensamento e linguagem têm origens diversas. Há o pensar sensório-motor e a linguagem não cognitiva, por exemplo, os balbucios. No entanto, ambos os elementos convergem no desenvolvimento para a formação do pensamento discursivo. A habilidade da criança para refletir sobre a definição de uma palavra é uma capacidade multifacetada e de lento desenvolvimento, com precursores cognitivos e linguísticos. Incapaz de definir uma impressão, a criança simplesmente a exprime, usando uma linguagem exclamativa. Incapaz de “pensar” um fenômeno, fixando suas características essenciais e descartando as acessórias, ela verbaliza apenas seus elementos mais notáveis.
  • 13. O relato infantil de determinado caso ou evento não busca o equilíbrio entre causas e efeitos, a proporcionalidade entre ação e resultado, a coerência entre as partes. É formado pelo encadeamento de circunstâncias. A descrição de algo pela criança requer-lhe coordenar as próprias impressões e processos mentais. Implica processo gestual, ideomotor, ou identificação do objeto consigo mesmo, estabilizando-o.Por sua vez, as tarefas de definir e de explicar supõem um movimento de isolamento de palavras dentro de um universo e sua reintegração em um todo, trazendo elementos perceptivos, linguísticos e cognitivos de modo fortemente indissociável.
  • 14. As respostas infantis parecem indicar a dificuldade do pensamento de identificar, diferenciar e relacionar sucessão, causalidade e pertinência de elementos, de estabelecer relações como as de lugar, tempo, movimento e causalidade. Os discursos dos professores, dos pais e da mídia interagem com as condições psicológicas das crianças em cada idade, produzindo importante combinação de processos pelos quais signos culturais são pessoalmente interpretados e apropriados por elas. A capacidade da criança de recombinar sinais e sentidos, respondendo de forma sempre nova a cada situação, interage com a tentativa sistemática das instituições educacionais de controlar suas respostas.
  • 15. Devemos transformar as formas como práticas educativas sã pensadas e considerar a interação social como o elemento mais importante para promover oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento. WALLON, Para saber mais: WALLON Henri. As origens do pensamento na criança. São Paulo: Manole, 1989
  • 16. PROCURE OBSERVAR CRIANÇAS DE DIFERENTES IDADES. O FOCO DA OBSERVAÇÃO PODE SER O DESENVOLVIMENTO MOTOR, A LINGUAGEM OU O PENSAMENTO CONCEITUAL. NESTE ÚLTIMO CASO, AS CRIANÇAS COM MAIS DE 3 ANOS PODEM SER CONVIDADAS A DEFINIR PALAVRAS.
  • 17. ADULTO - É uma ALEGRIA - É um pessoa que sabe palhacinho no tudo, mas quando coração da gente. não sabe diz logo: “veja na AMAR - É pensar no enciclopédia”. outro, mesmo quando a gente nem tá pensando.
  • 18. BOCA - É a CABELO - É uma garagem da língua. coisa que serve pra gente não ficar BONITA - “Se eu careca. sou bonita ou inteligente? Se eu CALCANHAR - É o sou bonita, você vê queixo do pé. na cara. E se eu sou inteligente, nem respondo a uma pergunta boba dessas”.
  • 19. CHOCOLATE - É CRIANÇA - Ser uma coisa que a criança é não gente nunca estragar a vida. oferece aos amigos porque eles DEUS - Um dia eu aceitam. disse que Deus era muito distraído e COBRA - É um todo mundo riu. Só bicho que só tem não sei a graça que rabo. isso tem.
  • 20. ELÉTRONS - São os FÉ - É uma micróbios da menininha, na eletricidade. praia, esvaziando o mar com um ESPERANÇA - É um baldezinho de pedaço da gente plástico furado. que sabe que vai dar certo. FUTEBOL - É um jogo em que, às vezes, a trave joga melhor que o goleiro. Pega tudo.
  • 21. FUTURO - É tudo MENTIRA - (ouve-se que vem depois e, o estraçalhar de um quando chega, já vidro no banheiro e era. o menino grita) - “É mentira do barulho!” INFERNO - É um lugar onde a gente morre muito mais. MISTÉRIO - É uma coisa que a gente não sabe explicar direito e, quando explica, já não é.
  • 22. NAMORADO - É PIADA - É uma uma pessoa que coisa engraçada tem medo do claro. que perde a graça quando a pessoa NEVOEIRO - É avisa que vai ser. poeira do frio. POLUIÇÃO - É PACIÊNCIA - É uma sujeira do coisa que mamãe progresso. perde sempre. REDE - É uma porção de buracos amarrados com barbante.
  • 23. REFLEXO - É SAUDADE - É quando a água do quando uma pessoa lago se veste de que devia estar árvores. perto está longe. RELÂMPAGO - É um SONO - É saudade barulho rabiscando de dormir. o céu. SORTE - É a gente acordar, se preparar pra ir pra escola e descobrir que é feriado nacional.
  • 24. STRIP-TEASE - É VEIAS - São raízes mulher tirando a que aparecem no roupa toda, na pescoço das frente de todo meninas que mundo, sem ser pra gritam. tomar banho. TRISTEZA - É uma criança com gesso VIDA - A vida de no pé, sem muita gente é só assinatura. gol contra. VIDA - A vida a gente não explica. Vive.