SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 12
Descargar para leer sin conexión
FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS-FINOM
IMPERMEABILIZAÇÃO
PARACATU, ABRIL DE 2012
2
FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS-FINOM
IMPERMEABILIZAÇÃO
Trabalho como valor de nota extra.
Professor: Tutimés Tavares
Acadêmico: Brehmer Ribeiro de Sá
Turma: EC VI
PARACATU, ABRIL DE 2012
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………………............04
DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................05
1.DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES...........…………………………………..………........05
2.OCORRÊNCIA DEVIDO MÁ APLICAÇÃO OU AUSÊNCIA DE
IMPERMEABILIZAÇÃO........................................................................................................05
2.1 CORROSÃO DE ARMADURAS...................................................................................06
2.2 TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO...................................06
2.2.1 VARIAÇÕES TÉRMICAS ......................................................................................07
2.2.2 RETRAÇÃO HIDRÁULICA....................................................................................08
3. CUIDADOS IMPORTANTES.............................................................................................08
4. PORQUE IMPERMEABILIZANTE É UM PRODUTO ESSENCIAL PARA GARANTIR
A SEGURANÇA, O FUTURO E O CONFORTO DE UMA OBRA?....................................09
5. NORMA TÉCNICA PARA IMPERMEABILIZANTES.....................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12
4
INTRODUÇÃO
Ao longo deste trabalho serão expressos os requisitos necessários de quem faz a
aplicação de impermeabilizantes, meios corretos de se fazer. Poderá ser observado também, o
que diz a norma regulamentadora sobre impermeabilizantes e consequências de uma aplicação
incorreta ou da ausência de impermeabilizantes nas edificações sejam quais forem elas.
5
Impermeabilização
1. Definição e Considerações
A atividade impermeabilização é entendida de forma simplória, como a adoção de
técnicas e metas com o objetivo de formar uma barreira química ou física, contra a passagem
da água. No entanto, a impermeabilização tem uma função muito mais importante, que é a de
proteger as estruturas de concreto, contra a agressão provocada pela água e esgoto, visto elas
serem suscetíveis a esta degradação.
É sempre de suma importância que haja numa construção, uma sequência cronológica
tanto de técnicas como de correto desenvolvimento. Pois se observarmos, a somatória de
técnicas distintas para a construção de uma estrutura de concreto, cada um com propriedades
diferentes, muitas vezes acarretam em problemas de patologia construtivas, que incidem
diretamente no desempenho da impermeabilização e, se a mesma não estiver adequadamente
dimensionada, poderá falhar por não resistir aos esforços impostos.
Em muitas ocasiões, a impermeabilização é apontada como ineficiente, sendo que, a
partir de uma análise mais rigorosa, percebe-se que a mesma perdeu sua eficiência devido a
erros construtivos que provocaram sua degradação.
Por erro de interpretação, a impermeabilização é apontada como ré, quando nestes
casos é uma verdadeira vítima das falhas construtivas.
Assim sendo, os profissionais da atividade de impermeabilização devem conhecer as
patologias construtivas mais comuns e inerentes às áreas impermeabilizadas, a fim de prevenir
com o dimensionamento adequado da impermeabilização, bem como dos reforços
necessários. Os construtores também devem conscientizar-se destas patologias, já que são
responsáveis diretos pelas suas manifestações. Para melhor entender este mecanismo, seguem
as principais manifestações patológicas que ocorrem em estruturas de concreto em
saneamento.
2. Ocorrências devido má aplicação ou ausência de impermeabilização
Além da necessidade que se sabe existir de aplicação da impermeabilização em uma
construção que esteja exposta a algum tipo de umidade, há também da necessidade da correta
aplicação dessa impermeabilização. Sendo sempre feita por profissionais capacitados, aptos
para a execução do serviço.
6
Podem ser observadas logo abaixo algumas manifestações patológicas provocadas
pela infiltração d’água, devido à ausência ou falha da impermeabilização.
2.1 Corrosão de Armaduras
A corrosão das armaduras é uma das principais manifestações patológicas,
responsáveis por prejuízos da ordem de 0,5% do PIB, segundo algumas estatísticas.
Recobrimento das armaduras abaixo dos valores recomendados pelas normas da ABNT.
Concreto executado com elevado fator água/cimento, acarretando elevada porosidade do concreto e fissuras de retração.
Ausência ou deficiência de cura do concreto, proporcionando a ocorrência de fissuras, porosidade excessiva, diminuição da resistência, etc.
Segregação do concreto com formação de ninhos de concretagem, devido ao traço, lançamento e vibração incorretos, formas inadequadas,
etc.
Já em outro momento, podemos perceber manifestações patológicas originárias do
processo construtivo, que podem provocar o rompimento ou danos à impermeabilização.
2.2Trincas e fissuras em estruturas de concreto
Dentre os inúmeros problemas patológicos das estruturas de concreto, as trincas são
particularmente importantes pelos seguintes fatos:
- aviso de um eventual problema estrutural ou de estado perigoso;
- comprometimento da estanqueidade da edificação;
- constrangimento psicológico dos usuários dos serviços de água e esgoto.
7
Trinca ocasionada em parede
Logo abaixo estão alguns dos principais ocasionadores de trincas encontradas na
patologia das estruturas de concreto:
2.2.1 Variações térmicas
Os componentes de uma estrutura de concreto, notadamente as tampas dos
reservatórios estão sujeitas a variações térmicas diárias e sazonais, que provocam sua variação
dimensional. Estes movimentos de dilatação e contração são restringidos pelos diversos
vínculos que envolvem os materiais, gerando tensões que podem provocar trincas ou fissuras.
As lesões verificadas em obras sob efeito das movimentações diferenciadas, assumem
diversas situações e intensidade, como exemplo:
- destacamentos entre alvenarias e estruturas;
- destacamento das argamassas de seus substratos;
- fissuras ou trincas inclinadas em paredes com vínculo em pilares e vigas, expostos ou não à
insolação;
- fissuras ou trincas regularmente espaçadas em alvenarias ou concreto, com grandes vãos
sem juntas;
- fissuras ou trincas horizontais em alvenarias apoiadas em lajes submetidas a forte insolação.
A diferença entre as temperaturas das superfícies superior e inferior da laje faz com que a dilatação seja mais intensa na face superior,
provocando tensões de tração e cisalhamento nas paredes
8
2.2.2 Retração hidráulica
O concreto ou argamassa retrai quando seca e expande quando absorve água. Estas
variações de volume, devido a presença de água, são inerentes ao concreto e argamassas.
A mistura de água ao cimento produz uma série de reações cujos produtos compõem-
se de materiais cristalinos e uma grande quantidade de gel (tobermorita). A variação do traço
do concreto e argamassas apresenta maior ou menor retração. A quantidade de água tem
relação direta com a retração.
As medidas preventivas para reduzir a retração hidráulica são:
- menor relação água/cimento;
- maior teor de agregados;
- espessura do cimento;
- hidratação.
3. Cuidados Importantes
Antes da aplicação da impermeabilização em qualquer sistema, devem ter sido
anteriormente executados a regularização da superfície e o tratamento de todos os detalhes, já
mencionados.
Para receber a impermeabilização, as superfícies devem estar limpas, lisas, secas e
isentas de poeira, graxas, óleos, além de estarem livres de qualquer irregularidade. As trincas
e fissuras devem ser tratadas de forma compatível com o sistema de impermeabilização.
Deve ser vedado o trânsito de pessoal, material e equipamentos estranhos ao processo
de impermeabilização durante sua execução. Não se deve pisar sobre as camadas até a
secagem completa das mesmas e, quando secas, deve-se evitar o trânsito durante as horas de
sol quente.
A eficiência e durabilidade dos sistemas impermeáveis dependem, como qualquer
outro revestimento, da base de aplicação. Argamassas de regularização com traço fraco ou
feitas com agregados que contenham materiais orgânicos, tendem a deteriorar-se como tempo,
soltando a impermeabilização e provocando vazamentos.
Deve-se evitar o uso de materiais argilosos como o saibro nas argamassas de
regularização que servirão de base para sistemas mais sofisticados.
As regularizações devem ser com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia lavada,
aditivada com cola - apropriada - para garantir a aderência e auxiliar na prevenção das fissuras
9
e trincas de evaporação da água e retração do cimento. Antes de aplicar os materiais
impermeabilizantes, verifique se a regularização está bem aderida ao substrato em todos os
pontos, fazendo as correções quando necessário.
Em caso de vazamentos, evite fazer reparos definitivos, por onde a água sai. Ao
encontrar resistência, a água irá procurar novos caminhos, causando maiores danos. Faça os
reparos de emergência com produtos de pega rápida conforme o caso, e o reparo definitivo no
menor tempo possível.
As meias-canas ou chanfros, em reservatórios, piscinas e encontro de lajes com
paredes, tem a finalidade de proteger os vértices contra a pressão da água nestes locais,
considerados críticos, e permitir um melhor controle da aplicação dos materiais
impermeabilizantes evitando acúmulos e formação de vincos.
Trincas e fissuras no concreto e/ou regularização devem ser tratadas com materiais
apropriados antes da aplicação do impermeabilizante. Trincas não tratadas rompem a película
ao se movimentarem ou cortam a impermeabilização se esta for flexível.
Ao tratar as superfícies com materiais impermeabilizantes elásticos, sejam acrílicos,
betuminosos, pré-moldados ou moldados "in loco", não é recomendado aplicar acabamentos
finais como massas niveladoras, pinturas, assentamento de pisos ou azulejos, por exemplo,
diretamente sobre a superfície impermeabilizada. Devido às variações térmicas, o grau de
plasticidade do produto empregado poderá variar de acordo com suas características, e o
revestimento aplicado poderá vir a soltar-se. Utilize sempre o chapisco e a argamassa de
proteção mecânica sobre a impermeabilização como base para o acabamento.
O período de testes de 72 horas é de fundamental importância em se tratando de
impermeabilização. Recomenda-se ser efetuada uma prova de carga com lâmina d’água, para
verificação da aplicação É mais fácil detectar e corrigir problemas, antes da aplicação de
revestimentos sobre a camada impermeável.
4. Porque impermeabilizante é um produto essencial para garantir a segurança, o
futuro e o conforto de uma obra?
Porque a impermeabilização protegerá sua obra contra todo e qualquer tipo de
umidade e infiltração. Que, como observados acima, são fatores, que além de comprometer a
estrutura da edificação, causam um dano estético a mesma.
10
Aplicação de impermeabilizante numa parede
5. Norma Técnica para impermeabilizantes
A NBR 9575: Impermeabilização – Projeto e Seleção é uma norma que estabelece as
exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que
sejam atendidas as condições mínimas de proteção da estrutura em relação à proteção contra
infiltração de água nas partes construtivas, além de preservar a saúde, segurança e conforto do
usuário.
11
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pôde-se perceber neste trabalho que impermeabilização é uma tecnologia de suma
importância para a construção civil, que não é por ser algo que deve ser feito que qualquer
pessoa pode fazer.
Nota-se também que para aplicação de impermeabilizantes, é necessário que se siga
uma norma corrente no país para que haja o melhor funcionamento possível da mesma,
envolvendo além de conforto, segurança para quem a utiliza.
12
Referencias Bibliográficas
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASD8AK/impermeabilizacao
http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_obra&id=23

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula patologias e revestimentos 2016
Aula patologias e revestimentos 2016Aula patologias e revestimentos 2016
Aula patologias e revestimentos 2016UNAERP
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassasfbnseabra
 
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantesprofNICODEMOS
 
Materiais cerâmicos e porcelanatos pronto
Materiais cerâmicos e porcelanatos prontoMateriais cerâmicos e porcelanatos pronto
Materiais cerâmicos e porcelanatos prontoWeslley Miranda
 
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...Leonardo Aquino
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoJupira Silva
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos wendellnml
 
Cimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoCimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Compactação do solo.
Compactação do solo. Compactação do solo.
Compactação do solo. matheusaline
 
Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim
  Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim  Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim
Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elimPriscila Honório
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoDavid Grubba
 
Argamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoArgamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Thiagoooooo
 

La actualidad más candente (20)

Aula patologias e revestimentos 2016
Aula patologias e revestimentos 2016Aula patologias e revestimentos 2016
Aula patologias e revestimentos 2016
 
Argamassas
ArgamassasArgamassas
Argamassas
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassas
 
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes
1º lista de exercício avaliativo sobre cimento e aglomerantes
 
Materiais cerâmicos e porcelanatos pronto
Materiais cerâmicos e porcelanatos prontoMateriais cerâmicos e porcelanatos pronto
Materiais cerâmicos e porcelanatos pronto
 
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...
Dissertação a respeito de Reforço e Recuperação Estrutural de Estruturas em C...
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
 
Tipos de concreto
Tipos de concretoTipos de concreto
Tipos de concreto
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 
Cimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoCimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de Construção
 
Compactação do solo.
Compactação do solo. Compactação do solo.
Compactação do solo.
 
Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim
  Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim  Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim
Agregados miúdo e graúdo prof. jonatas elim
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: Introdução
 
Argamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de ConstruçãoArgamassa - Materiais de Construção
Argamassa - Materiais de Construção
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Material dosagem
Material dosagemMaterial dosagem
Material dosagem
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
 
Impermeabilizantes
ImpermeabilizantesImpermeabilizantes
Impermeabilizantes
 
DRYWALL
DRYWALLDRYWALL
DRYWALL
 
Dosagem de concreto
Dosagem de concretoDosagem de concreto
Dosagem de concreto
 

Destacado

Impermeabilizantes
ImpermeabilizantesImpermeabilizantes
ImpermeabilizantesRodolfoDL7
 
Tipos De Impermeabilizantes
Tipos De ImpermeabilizantesTipos De Impermeabilizantes
Tipos De ImpermeabilizantesEfra7_10
 
Modelo trabalho na ABNT
Modelo trabalho na ABNTModelo trabalho na ABNT
Modelo trabalho na ABNTMicheli Wink
 
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudo
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudoPalestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudo
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudoluciano schadler
 
Impermeabilização p ower poit
Impermeabilização p ower poitImpermeabilização p ower poit
Impermeabilização p ower poitmarcelino025
 
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasargamassasantarita
 
Industria cimenteira e Impermeabilizantes
Industria cimenteira e ImpermeabilizantesIndustria cimenteira e Impermeabilizantes
Industria cimenteira e ImpermeabilizantesLeonardo Rodrigues
 
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturais
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturaisNbr 15575 2013_final sistemas estruturais
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturaisgnamello
 
Impermeabilização para Steel Frame
Impermeabilização para Steel FrameImpermeabilização para Steel Frame
Impermeabilização para Steel FrameConstrucril
 
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto Armado
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto ArmadoTrabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto Armado
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto ArmadoPedro Henrique
 
Nbr 14724 2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicos
Nbr 14724   2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicosNbr 14724   2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicos
Nbr 14724 2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicosLazinha Santos
 

Destacado (20)

Impermeabilização
ImpermeabilizaçãoImpermeabilização
Impermeabilização
 
Impermeabilizantes
ImpermeabilizantesImpermeabilizantes
Impermeabilizantes
 
Tipos De Impermeabilizantes
Tipos De ImpermeabilizantesTipos De Impermeabilizantes
Tipos De Impermeabilizantes
 
Impermeabilizantes
ImpermeabilizantesImpermeabilizantes
Impermeabilizantes
 
Modelo trabalho na ABNT
Modelo trabalho na ABNTModelo trabalho na ABNT
Modelo trabalho na ABNT
 
Impermeabilizacao vedacit
Impermeabilizacao vedacitImpermeabilizacao vedacit
Impermeabilizacao vedacit
 
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudo
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudoPalestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudo
Palestra sistemas-de-impermeabiliz aca-o ótimo estudo
 
Impermeabilização p ower poit
Impermeabilização p ower poitImpermeabilização p ower poit
Impermeabilização p ower poit
 
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
 
Industria cimenteira e Impermeabilizantes
Industria cimenteira e ImpermeabilizantesIndustria cimenteira e Impermeabilizantes
Industria cimenteira e Impermeabilizantes
 
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturais
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturaisNbr 15575 2013_final sistemas estruturais
Nbr 15575 2013_final sistemas estruturais
 
Risco Estrutural
Risco EstruturalRisco Estrutural
Risco Estrutural
 
Revisão p2
Revisão p2Revisão p2
Revisão p2
 
Sistemas de impermeabilizacion
Sistemas de impermeabilizacionSistemas de impermeabilizacion
Sistemas de impermeabilizacion
 
Tcpo
TcpoTcpo
Tcpo
 
Impermeabilização para Steel Frame
Impermeabilização para Steel FrameImpermeabilização para Steel Frame
Impermeabilização para Steel Frame
 
Osteopatia estrutural - CBO
Osteopatia estrutural - CBOOsteopatia estrutural - CBO
Osteopatia estrutural - CBO
 
Projeto Profissões - Engenharia civil
Projeto Profissões - Engenharia civilProjeto Profissões - Engenharia civil
Projeto Profissões - Engenharia civil
 
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto Armado
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto ArmadoTrabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto Armado
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil: Concreto Armado
 
Nbr 14724 2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicos
Nbr 14724   2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicosNbr 14724   2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicos
Nbr 14724 2011 - nova norma da abnt para trabalhos acadêmicos
 

Similar a Impermeabilização: Importância e Cuidados

Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1profNICODEMOS
 
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxUGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxMarcelloSantos40
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteELKA PORCIÚNCULA
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxRonaldoSL1
 
Revestimentos cerâmicos apresentação correção
Revestimentos cerâmicos apresentação correçãoRevestimentos cerâmicos apresentação correção
Revestimentos cerâmicos apresentação correçãoFelipeforest
 
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivosprofNICODEMOS
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Barto Freitas
 
Definições ensaios físicos
Definições ensaios físicosDefinições ensaios físicos
Definições ensaios físicosRobson Werling
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentesJho05
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAndrea Chociay
 
Proteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de ConcretoProteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de ConcretoAdriana de Araujo
 
Acidentes , manutenção
Acidentes , manutençãoAcidentes , manutenção
Acidentes , manutençãowalb0410
 
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxUGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxMarcelloSantos40
 
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdf
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdfAula-3-Durabilidade-e-Ações.pdf
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdfLaisMiranda3
 
Falhas em revestimentos
Falhas em revestimentosFalhas em revestimentos
Falhas em revestimentosTon Luis
 

Similar a Impermeabilização: Importância e Cuidados (20)

Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1Patologias do concreto 1
Patologias do concreto 1
 
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxUGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
 
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptxCARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
CARACTERISTICAS DO CONCRETO - EQUIPE 02.pptx
 
Revestimentos cerâmicos apresentação correção
Revestimentos cerâmicos apresentação correçãoRevestimentos cerâmicos apresentação correção
Revestimentos cerâmicos apresentação correção
 
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos5º e 6º aula   concreto - patologia e aditivos
5º e 6º aula concreto - patologia e aditivos
 
Mecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do ConcretoMecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do Concreto
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
 
Definições ensaios físicos
Definições ensaios físicosDefinições ensaios físicos
Definições ensaios físicos
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentes
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
 
concretos1.pdf
concretos1.pdfconcretos1.pdf
concretos1.pdf
 
Proteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de ConcretoProteção Superficial das Estruturas de Concreto
Proteção Superficial das Estruturas de Concreto
 
Acidentes , manutenção
Acidentes , manutençãoAcidentes , manutenção
Acidentes , manutenção
 
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxUGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
 
Prevenção e recuperação de fissuras
Prevenção e recuperação de fissurasPrevenção e recuperação de fissuras
Prevenção e recuperação de fissuras
 
7887228 cd01
7887228 cd017887228 cd01
7887228 cd01
 
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdf
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdfAula-3-Durabilidade-e-Ações.pdf
Aula-3-Durabilidade-e-Ações.pdf
 
Apostila - Operador de Betoneira
Apostila  -  Operador de BetoneiraApostila  -  Operador de Betoneira
Apostila - Operador de Betoneira
 
Falhas em revestimentos
Falhas em revestimentosFalhas em revestimentos
Falhas em revestimentos
 

Impermeabilização: Importância e Cuidados

  • 1. FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS-FINOM IMPERMEABILIZAÇÃO PARACATU, ABRIL DE 2012
  • 2. 2 FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS-FINOM IMPERMEABILIZAÇÃO Trabalho como valor de nota extra. Professor: Tutimés Tavares Acadêmico: Brehmer Ribeiro de Sá Turma: EC VI PARACATU, ABRIL DE 2012
  • 3. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO………………………………………………………………………............04 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................05 1.DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES...........…………………………………..………........05 2.OCORRÊNCIA DEVIDO MÁ APLICAÇÃO OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO........................................................................................................05 2.1 CORROSÃO DE ARMADURAS...................................................................................06 2.2 TRINCAS E FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO...................................06 2.2.1 VARIAÇÕES TÉRMICAS ......................................................................................07 2.2.2 RETRAÇÃO HIDRÁULICA....................................................................................08 3. CUIDADOS IMPORTANTES.............................................................................................08 4. PORQUE IMPERMEABILIZANTE É UM PRODUTO ESSENCIAL PARA GARANTIR A SEGURANÇA, O FUTURO E O CONFORTO DE UMA OBRA?....................................09 5. NORMA TÉCNICA PARA IMPERMEABILIZANTES.....................................................10 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12
  • 4. 4 INTRODUÇÃO Ao longo deste trabalho serão expressos os requisitos necessários de quem faz a aplicação de impermeabilizantes, meios corretos de se fazer. Poderá ser observado também, o que diz a norma regulamentadora sobre impermeabilizantes e consequências de uma aplicação incorreta ou da ausência de impermeabilizantes nas edificações sejam quais forem elas.
  • 5. 5 Impermeabilização 1. Definição e Considerações A atividade impermeabilização é entendida de forma simplória, como a adoção de técnicas e metas com o objetivo de formar uma barreira química ou física, contra a passagem da água. No entanto, a impermeabilização tem uma função muito mais importante, que é a de proteger as estruturas de concreto, contra a agressão provocada pela água e esgoto, visto elas serem suscetíveis a esta degradação. É sempre de suma importância que haja numa construção, uma sequência cronológica tanto de técnicas como de correto desenvolvimento. Pois se observarmos, a somatória de técnicas distintas para a construção de uma estrutura de concreto, cada um com propriedades diferentes, muitas vezes acarretam em problemas de patologia construtivas, que incidem diretamente no desempenho da impermeabilização e, se a mesma não estiver adequadamente dimensionada, poderá falhar por não resistir aos esforços impostos. Em muitas ocasiões, a impermeabilização é apontada como ineficiente, sendo que, a partir de uma análise mais rigorosa, percebe-se que a mesma perdeu sua eficiência devido a erros construtivos que provocaram sua degradação. Por erro de interpretação, a impermeabilização é apontada como ré, quando nestes casos é uma verdadeira vítima das falhas construtivas. Assim sendo, os profissionais da atividade de impermeabilização devem conhecer as patologias construtivas mais comuns e inerentes às áreas impermeabilizadas, a fim de prevenir com o dimensionamento adequado da impermeabilização, bem como dos reforços necessários. Os construtores também devem conscientizar-se destas patologias, já que são responsáveis diretos pelas suas manifestações. Para melhor entender este mecanismo, seguem as principais manifestações patológicas que ocorrem em estruturas de concreto em saneamento. 2. Ocorrências devido má aplicação ou ausência de impermeabilização Além da necessidade que se sabe existir de aplicação da impermeabilização em uma construção que esteja exposta a algum tipo de umidade, há também da necessidade da correta aplicação dessa impermeabilização. Sendo sempre feita por profissionais capacitados, aptos para a execução do serviço.
  • 6. 6 Podem ser observadas logo abaixo algumas manifestações patológicas provocadas pela infiltração d’água, devido à ausência ou falha da impermeabilização. 2.1 Corrosão de Armaduras A corrosão das armaduras é uma das principais manifestações patológicas, responsáveis por prejuízos da ordem de 0,5% do PIB, segundo algumas estatísticas. Recobrimento das armaduras abaixo dos valores recomendados pelas normas da ABNT. Concreto executado com elevado fator água/cimento, acarretando elevada porosidade do concreto e fissuras de retração. Ausência ou deficiência de cura do concreto, proporcionando a ocorrência de fissuras, porosidade excessiva, diminuição da resistência, etc. Segregação do concreto com formação de ninhos de concretagem, devido ao traço, lançamento e vibração incorretos, formas inadequadas, etc. Já em outro momento, podemos perceber manifestações patológicas originárias do processo construtivo, que podem provocar o rompimento ou danos à impermeabilização. 2.2Trincas e fissuras em estruturas de concreto Dentre os inúmeros problemas patológicos das estruturas de concreto, as trincas são particularmente importantes pelos seguintes fatos: - aviso de um eventual problema estrutural ou de estado perigoso; - comprometimento da estanqueidade da edificação; - constrangimento psicológico dos usuários dos serviços de água e esgoto.
  • 7. 7 Trinca ocasionada em parede Logo abaixo estão alguns dos principais ocasionadores de trincas encontradas na patologia das estruturas de concreto: 2.2.1 Variações térmicas Os componentes de uma estrutura de concreto, notadamente as tampas dos reservatórios estão sujeitas a variações térmicas diárias e sazonais, que provocam sua variação dimensional. Estes movimentos de dilatação e contração são restringidos pelos diversos vínculos que envolvem os materiais, gerando tensões que podem provocar trincas ou fissuras. As lesões verificadas em obras sob efeito das movimentações diferenciadas, assumem diversas situações e intensidade, como exemplo: - destacamentos entre alvenarias e estruturas; - destacamento das argamassas de seus substratos; - fissuras ou trincas inclinadas em paredes com vínculo em pilares e vigas, expostos ou não à insolação; - fissuras ou trincas regularmente espaçadas em alvenarias ou concreto, com grandes vãos sem juntas; - fissuras ou trincas horizontais em alvenarias apoiadas em lajes submetidas a forte insolação. A diferença entre as temperaturas das superfícies superior e inferior da laje faz com que a dilatação seja mais intensa na face superior, provocando tensões de tração e cisalhamento nas paredes
  • 8. 8 2.2.2 Retração hidráulica O concreto ou argamassa retrai quando seca e expande quando absorve água. Estas variações de volume, devido a presença de água, são inerentes ao concreto e argamassas. A mistura de água ao cimento produz uma série de reações cujos produtos compõem- se de materiais cristalinos e uma grande quantidade de gel (tobermorita). A variação do traço do concreto e argamassas apresenta maior ou menor retração. A quantidade de água tem relação direta com a retração. As medidas preventivas para reduzir a retração hidráulica são: - menor relação água/cimento; - maior teor de agregados; - espessura do cimento; - hidratação. 3. Cuidados Importantes Antes da aplicação da impermeabilização em qualquer sistema, devem ter sido anteriormente executados a regularização da superfície e o tratamento de todos os detalhes, já mencionados. Para receber a impermeabilização, as superfícies devem estar limpas, lisas, secas e isentas de poeira, graxas, óleos, além de estarem livres de qualquer irregularidade. As trincas e fissuras devem ser tratadas de forma compatível com o sistema de impermeabilização. Deve ser vedado o trânsito de pessoal, material e equipamentos estranhos ao processo de impermeabilização durante sua execução. Não se deve pisar sobre as camadas até a secagem completa das mesmas e, quando secas, deve-se evitar o trânsito durante as horas de sol quente. A eficiência e durabilidade dos sistemas impermeáveis dependem, como qualquer outro revestimento, da base de aplicação. Argamassas de regularização com traço fraco ou feitas com agregados que contenham materiais orgânicos, tendem a deteriorar-se como tempo, soltando a impermeabilização e provocando vazamentos. Deve-se evitar o uso de materiais argilosos como o saibro nas argamassas de regularização que servirão de base para sistemas mais sofisticados. As regularizações devem ser com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia lavada, aditivada com cola - apropriada - para garantir a aderência e auxiliar na prevenção das fissuras
  • 9. 9 e trincas de evaporação da água e retração do cimento. Antes de aplicar os materiais impermeabilizantes, verifique se a regularização está bem aderida ao substrato em todos os pontos, fazendo as correções quando necessário. Em caso de vazamentos, evite fazer reparos definitivos, por onde a água sai. Ao encontrar resistência, a água irá procurar novos caminhos, causando maiores danos. Faça os reparos de emergência com produtos de pega rápida conforme o caso, e o reparo definitivo no menor tempo possível. As meias-canas ou chanfros, em reservatórios, piscinas e encontro de lajes com paredes, tem a finalidade de proteger os vértices contra a pressão da água nestes locais, considerados críticos, e permitir um melhor controle da aplicação dos materiais impermeabilizantes evitando acúmulos e formação de vincos. Trincas e fissuras no concreto e/ou regularização devem ser tratadas com materiais apropriados antes da aplicação do impermeabilizante. Trincas não tratadas rompem a película ao se movimentarem ou cortam a impermeabilização se esta for flexível. Ao tratar as superfícies com materiais impermeabilizantes elásticos, sejam acrílicos, betuminosos, pré-moldados ou moldados "in loco", não é recomendado aplicar acabamentos finais como massas niveladoras, pinturas, assentamento de pisos ou azulejos, por exemplo, diretamente sobre a superfície impermeabilizada. Devido às variações térmicas, o grau de plasticidade do produto empregado poderá variar de acordo com suas características, e o revestimento aplicado poderá vir a soltar-se. Utilize sempre o chapisco e a argamassa de proteção mecânica sobre a impermeabilização como base para o acabamento. O período de testes de 72 horas é de fundamental importância em se tratando de impermeabilização. Recomenda-se ser efetuada uma prova de carga com lâmina d’água, para verificação da aplicação É mais fácil detectar e corrigir problemas, antes da aplicação de revestimentos sobre a camada impermeável. 4. Porque impermeabilizante é um produto essencial para garantir a segurança, o futuro e o conforto de uma obra? Porque a impermeabilização protegerá sua obra contra todo e qualquer tipo de umidade e infiltração. Que, como observados acima, são fatores, que além de comprometer a estrutura da edificação, causam um dano estético a mesma.
  • 10. 10 Aplicação de impermeabilizante numa parede 5. Norma Técnica para impermeabilizantes A NBR 9575: Impermeabilização – Projeto e Seleção é uma norma que estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da estrutura em relação à proteção contra infiltração de água nas partes construtivas, além de preservar a saúde, segurança e conforto do usuário.
  • 11. 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pôde-se perceber neste trabalho que impermeabilização é uma tecnologia de suma importância para a construção civil, que não é por ser algo que deve ser feito que qualquer pessoa pode fazer. Nota-se também que para aplicação de impermeabilizantes, é necessário que se siga uma norma corrente no país para que haja o melhor funcionamento possível da mesma, envolvendo além de conforto, segurança para quem a utiliza.