O documento resume as principais matérias da edição 1 da Revista Bauhaus, incluindo: 1) Uma matéria sobre a importância da tipografia em projetos gráficos; 2) Uma ilustração realista feita no iPad do ator Morgan Freeman; 3) A decisão da Adobe de vender seus softwares como serviço em nuvem.
1. Revista BAUHAUS 1
A importância da
tipograa
em um
projeto gráco
Ilustrador
surpreende ao
desenhar
realísticamente
no Ipad
Coca ou Pepsi?
Além do sabor
marcante das
duas,comparamos
todos os logos
Adobe muda
política e
decide vender
software
como serviço
Flexograa no
Brasil
se iguala da
europa
REVISTA BAUHAUS/ ED 1. abril 2014
BAUHAUS
revista
O FOOD DESIGN
CRESCE ASSIM
COMO A EXIGIÊNCIA
DOS CONSUMIDORES.
2. SEMANA NACIONAL
Cinearte apresenta Semana Nacional, durante toda a semana, filmes nacionais
Revista BAUHAUS
por menos de cinco reais.
Venha prestígiar o que o cinema brasileiro tem de melhor.
2
3. Uma foto por dia...
O projeto “BH - UMA FOTO POR DIA” nasceu em junho de 2012 como uma forma de compilar em um blog as
suas experiências diárias. Desde então, o portal não para de atrair adeptos, tanto de Belo Horizonte como de
todo o Brasil. Empresário, fotógrafo, designer 3D e compositor de trilhas sonoras, Charles Tôrres é um grande
admirador de fotografia e urbanidades; e sempre procura diluir tal fascínio em seus trabalhos. Ao longo de suas
explorações, ele transcendeu as limitações e gêneros, sempre buscando criar novas tendências e descobrir
novos caminhos. Apaixonado por música moderna, vida urbana e tecnologia, o artista condensa suas áreas de
atuação em um único vetor, intencionado à sintetizar a vida metropolitana em uma forma de arte.
Revista BAUHAUS 3
Tipografia
4 Projeto brinca com tipografia
para revelar seus significados
5 A importância da tipografia para
um projeto gráfico
Ilustração
6Não é uma foto do Morgan Fre-eman,
é uma ilustração feita no
iPad
7Israelense usa o horário de almo-ço
para desenhar em mesa de
vidro do trabalho
Índice
Eco Design
8/9 Coca-Cola ou Pepsi?
Design
10/11 Food Design
Tecnologia
12 Adobe decide investir em sof-tware
como serviço
13Nike pode lançar o primeiro
tênis com cordões automáticos
em 2015
Poster
14 Artísta cria projeto de posters
retrô da série Os Muppets
15Já outro... criou um pôster para
cada episódio da série Bre-aking
Bad
Portifólio
18/19 Criatividade colaborativa
Impressão
20/23 Brasil se iguala a europa
em impressão flexografica
Expediente BAUHAUS
Num. de tiragem.: 5.000 - Editor Chefe: Daniel Abreu - Diagramação e Produção: Bruno Azevedo - Fotografia: Fernanda Cristina - Redação: Isabela Fornéas - Planejamento: Jordy Lucas-
Telefone de contato: (31) 3567-1017- Email: bauhaus@revista.com.br
Site: www.bauhausrevista.com.br
4. Projeto brinca com tipografia de palavras
para revelar seus significados
Da criação do designer Arun Raj, o ‘Tipography Word Play’ tem objetivo de ajudar as
Revista BAUHAUS
pessoas no aprendizado do inglês
De um jeito bem minimalista, Raj
cria representações gráficas do
significado de cada palavra, usan-do
a tipografia de cada uma. Por
exemplo: o T de death vira uma cruz sobre
um fundo preto, criando uma rápida associa-ção
com a morte. O P de jump aparece um
pouco acima do restante das letras, como
se realmente estivesse pulando. Já o T de
helicopter é uma hélice, enquanto as duas
letras O de baloon estão flutuando.
É tudo muito bem pensado e certamente
poderia ser aplicado em diversos idiomas,
como forma de ampliar o vocabulário.
É tudo muito bem pensado e certamente
poderia ser aplicado em diversos idiomas,
como forma de ampliar o vocabulário.
O projeto pessoal é executado sempre
que sobra um tempo para o designer, então
vale ficar de olho para novas atualizações.
Em seu portifólio
( http://www.behance.net/arundesign ) é
possível conferir todas as palavras, além de
outros trabalhos assinados por ele.
4
5. T I p o G R af IA
A importância da tipografia
para um projeto gráfico
Revista BAUHAUS 5
Garota com
síndrome de
Down cria
tipografia para
o time Barcelona
A espanhola Anna Vives
vai viver em agosto um
momento inesquecível,
ela tem síndrome de
Down, verá todos os
jogadores do Barcelona
entrarem em campo
usando a camisa com
a tipografia criada por
ela. A ideia surgiu da
própria jovem e rece-beu
total apoio do time
espanhol. A a estreia
do novo uniforme será
durante o Troféu Joan
Gamper, um torneio
amistoso internacional
de futebol interclubes
disputado anualmente
na CatalunhaO apoio
tem permitido, entre
outras coisas, que
a jovem conheça os
jogadores da equipe,
incluindo seu maior
ídolo, Andres Iniesta, o
meio-campo
O typedesigner Crystian
Cruz, diretor de arte da
revista Info, mostrou a im-portância
da tipografia
em um projeto gráfico,
aos alunos da FAU da
ECA-USP presentes na
Semana Plug: de Design.
Especialista em fontes,
Crystian as estuda, como
autodidata, há 10 anos.
“É essencial saber qual o
tipo certo de fonte para
se utilizar em cada pro-jeto.
Seja ele editorial ou
não”,diz.
Tipos e tipos
A tipografia é essencial para
um bom projeto gráfico, es-pecialmente
no meio edito-rial.
Nas revistas, a disposição
das letras é responsável por
chamar a atenção do leitor e
prendê-lo à matéria. “Quando
uma matéria está mal dia-gramada,
você vê que tem
algo errado. A leitura não flui.
Você acha que o texto está
chato. Mas o problema, muitas
vezes, é da tipografia, não da
reportagem”, diz Crystian. No
caso dos livros, ela é impor-tante
até mesmo para reduzir
o tempo de leitura. Tanto mais
legível a a letra,tanto melhor.
Do básico ao
avançado
A tipografia é impor-tantíssima
para hierar-quizar
os elementos de
uma página. Retrancas,
chapéus, títulos, subtítu-los,
assinaturas, capitu-lares,
textos, quadros,
boxes, legendas, tabe-las,
rodapés e créditos
precisam ser inteligíveis
para o leitor, que precisa
entender sem grandes
esforços a função e im-portância
de cada um.
Mas, a tipografia pode
ir muito além. Ela tam-bém
é usada para contar
histórias de uma maneira
mais visual. Nos anos 90,
as mídias digitais, com
os primeiros softwares
de editoração eletrôni-ca,
deram nova abertura
aos typedesigners, que
puderam fazer trabalhos
mais autorais. Contudo, é
importante ter bom sen-so.
“Tem que levar em
conta qual é o momento,
qual é o perfil da revista,
o que dá para ser feito e
o que não dá”, diz Crys-tian.
6. Não é uma foto do Morgan Freeman, é
uma ilustração feita no iPad
Revista BAUHAUS
Caso você não esteja convencido, basta
assistir ao vídeo disponível no You Tube.
É uma ilustração feita em um iPad usando
apenas um dedo. A pintura do rosto do
ator norte-americano Morgan Freeman foi
feita pelo artista plástico Kyle Lambert, de
26 anos, de Chesire, cidade do interior da
Inglaterra.
O desenho foi feito com 285 mil toques
de pincel feitos com o dedo na tela do
iPad e levou mais de 200 horas de traba-lho
para ser realizado apenas nos “ajustes
finos” da pintura: olhos, cabelo, pintas, textu-ra
da barba e outros detalhes da face de
Freeman. Para conseguir essa precisão, ele
ampliou o desenho ao nível dos pixels.
Igualmente fantástico é o
vídeo criado por Lambert
para mostrar o processo
de criação do desenho. O
vídeo já atingiu mais de 2,7
milhões de visualizações
no YouTube em apenas 24
horas depois de ser postado
na rede social de vídeos
do Google. Que coisa linda
não é?
Disponível em:
http://youtu.be/uEdRLlqdgA4
6
7. ILUSTRADO
Israelense usa o horário de almoço para
desenhar em mesa de vidro do trabalho
Para muita gente, o horário do almoço é sagrado: sentar
para comer sem ninguém perturbando por perto. Tem uns
que até fazem suas orações antes da refeição. Já outros,
gostam de sair com a galera pra bater aquele papo e até
falar mal do chefe!
Mas encontramos alguém que é totalmente diferente. O
israelense Zur Taman é um ilustrador, e na agência em que
trabalha, usa a sua própria mesa para se inspirar. Isso mes-mo,
para ele, o horário de almoço é para desenhar! Em seus
rabiscos simples sobre a superfície lisa de vidro, ele dá vida
à diversos personagens. Provavelmente, a mesa é de vidro
para ele desenhar.
Revista BAUHAUS 7
DESIGN
8. Revista BAUHAUS
Uma rival forte e agressiva
para a Coca-Cola, que busca na
nova geração sua gama de con-sumidores.
PEPSI é uma marca
autentica cada vez mais perce-bida
pelos consumidores como
inovadora, porém a coca-cola
continua a conquistar as famílias
do Brasil e do mundo, na sessão
Eco desta edição vamos analisar
os logos desssas gigantes de be-bidas
8
10. FOOD DESIGN
Revista BAUHAUS
O design design. sempre frequentou a
cozinha. O mais comum, porém, é pensar na
funcionalidade dos utensílios ou na apresen-tação
dos pratos. Mas ele vai muito além da
ergonomia dos talheres ou do visual escol-hido
para a montagem de uma receita.
“Comer é consumir design: ele está todos os
dias em nossa mesa. O design faz parte da
história da alimentação e, como ela, foi in-fluenciado
por vários movimentos artísticos”,
decreta Marc Brétillot, criador e professor
do curso de design culinário da École Su-périeur
dArt et de Design de Reims, uma
referência na França. A concepção de al-guns
produtos, segundo ele, faz parte da
etimologia da palavra. É o caso de from-age,
que vem da palavra “formage” - feito
na fôrma.
Arquitetos que viraram chefs, como Ana
Soares, da Mesa III, estão entre aqueles
que melhor elaboram formas e funcionali-dade.
“Food design é trabalhar com as ad-
10
11. Revista BAUHAUS 11
versidades e usar o conhe-cimento
para dar estrutura
ao que se quer. Aprendi isso
em Bolonha, há mais de uma
década, quando estava me
aperfeiçoando”, conta a
chef. “Lá, tinha uma senhora
de 80 anos que trabalhava
no grupo da Marcella Ha-zan
e me disse assim:
Ouse, senhora Ana. A úni-ca
coisa importante é man-ter
a estrutura’.” Enquanto
mostra como faz estampas
nas massas, ela recorda
um erro do qual extraiu boas lições. Foi quando
preparou tortelli de zucca para uma festa co-mandada
por Emmanuel Bassoleil e, na hora, a
massa se abriu. “O recheio era muito úmido e a
massa não tinha estrutura para suportar.”
A questão da forma e do conteúdo está pre-sente
desde os primórdios da chocolateria. As
técnicas belgas usam mais moldes, e as france-sas,
mais produtos banhados. “Os carrés, como
diz o nome, têm o formato quadrado porque
partimos do recheio. Fazemos o recheio numa
fôrma grande e, quando cristaliza, cortamos
quadradinhos que, depois, são banhados”, diz a
chocolatière Renata Arassiro.
Já as barras maciças devem ser mais finas
para derreter na boca com rapidez. “Quem faz
chocolate sabe que é assim, não pergunta por
quê. Temos a noção de que todas as formas, que
fazem parte da cultura do chocolate, foram de-senvolvidas
para facilitar a degustação e maxi-mizar
as sensações.”
Design e funcionalidade convivem lado a lado
na cozinha desde antes da Revolução Industrial.
O que nem sempre se faz, entretanto, é uma
reflexão sobre os motivos que levam a determi-nado
resultado.
12. Adobe decide
investir em
software como
serviço
Revista BAUHAUS
Empresa abandonou o sistema da venda fí-sica
de seus aplicativos e passa a oferecê-los
por meio de assinatura mensal, apostando no
SAAS.
Acompanhando uma tendência crescente no
mercado de computação em nuvem, a Adobe
lançou, nesta semana, um serviço de assinatura
na nova atualização de seu Creative Cloud.
De acordo com comunicado da empresa, a
nova versão será a única forma através da
qual os usuários poderão ter acesso às ferra-mentas
da empresa, a partir de 17 de junho.
A Creative Cloud reúne as ferramentas que o
usuário possui e dá acesso a toda a sua equi-pe
às versões mais recentes de todos os apli-cativos
profissionais de criação próprios para
desktop da Adobe, como Photoshop, o Illustra-tor
e outros, além de novos recursos e atualiza-ções
assim que estão disponíveis.
A atualização do Creative Cloud inclui a nova
geração de aplicações para desktop da Adobe
– Adobe Photoshop CC, InDesign CC, Illustrator
CC, Dreamweaver CC e Premiere Pro CC. As
ferramentas de desktop da Adobe, conhecidas
como Creative Suite (CS), vão passr a ter, a
partir de agora, a marca CC para indicar que
são parte integral do Creative Cloud.
12
13. Nike pode lançar o primeiro tênis com
cordões automáticos em 2015
Em 2011, a Nike lançou o Air Mag, tênis de Marty Mcfly e vendeu 1,5 mil pares no eBay.
Revista BAUHAUS 13
Cordões tem origem no tênis do perso-nagem
Marty McFly em “De Volta Para
o Futuro - Parte II”
A Nike pode lançar o primeiro tênis
com cordões automáticos em 2015. Se-gundo
informações do blog Sole Collec-tor,
Tinker Hatfield, principal designer
da empresa americana, confirmou que
o tênis pode ser desenvolvido com em
um ano. “Se nós vamos ver cordões au-tomáticos
em 2015? Para isso, eu posso
afirmar que sim”, disse Hatfield ao blog.
Hatfield foi responsável pelos princi-pais
tênis da empresa como Air Jordan,
Air Max 1 e o Air Trainer. Em 2011, a Nike
lançou o “Air Mag”, tênis de Marty Mcfly,
personagem de Michael J.Fox em “De
Volta Para o Futuro - Parte II” e vendeu
1,5 mil pares no eBay; rendendo US$ 6
milhões à fundação de Fox no combate
ao Mal de Parkinson. No filme, o tênis ti-nha
os cordões automáticos – até então
peça de ficção.
14. Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets
Revista BAUHAUS
Foi a idéia do ilustrador
Michael De Pippo, fanático
pelos Muppets, e seus per-sonagens
preferidos: a ban-da
Dr. Teeth and the Elec-tric
Mayhem composta por
Dr. Teeth, Janice, Sgt. Floyd
Pepper, Zoot e Animal.
Pippo homenageou seus
‘heróis do rock’ em car-tazes
retrô com um visual
bem limpo e poucas cores,
que nos faz lembrar dos
antigos cartazes de shows
para anunciar um dos
maiores shows do grupo,
realizado em 1981. Ele
salienta que os projetos
não são licenciados pela
Disney, pois é justamente
uma criação de fã demon-strando
toda a admiração
pelos incríveis Muppets.
14
15. Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Breaking Bad
O artista gráfico Zsolt Molnár, após assistir a nossa série
tão amada, teve a brilhante idéia de fazer um pôster
para cada episódio de Breaking Bad (ou seja, 62 no to-tal)
para homenagear a obra prima que acabara de ver.
E o resultado disso ficou sensacional.
Para isso, ele teve de assistir a série toda novamente. E
a dedicação foi tamanha que, em média, ele viu os episó-dios
umas 4-5 vezes, alguns até mais. Tendo finalizado
a sua série de 62 cartazes em aproximadamente 400
horas de trabalho. Completando cinco meses de trabalho.
Revista BAUHAUS 15
16. CRATIVIDADE
COLABORATIVA
Hoje a arte enviada é do
fotografo Rodrigues Neto
de São Paulo, ele diz que a
fotografia é incrível, per-mitindo
paralisar o tempo
e fazer do mesmo uma
arte única e expressiva ‘‘é
a minha intenção como
fotógrafo’’ completa.
17.
18.
19.
20. Brasil se iguala a europa em impressão
Revista BAUHAUS
flexografica
A dinistradora de
empresas Ana
Carina Marcussi, pre-sidente
executiva da
Associação Brasileira
Técnica de Flexogra-fia,
Abflexo/FTA Brasil,
garante que o País está entre os melhores
do mundo em impressão flexográfica. “Nossa
qualidade é comparada à da Europa e su-perior
à dos Estados Unidos”, enfatiza.
Representante comercial do Grupo Furnax
e proprietária da Flexocom, Ana Marcussi
aponta alguns desafios a serem vencidos
pelo setor, como maior agilidade na produ-ção
com redução de custos fabris e controle
do processo de fabricação.
Como a senhora avalia o crescimento da
flexografia no Brasil? No ranking geral dos
impressos de flexografia no mundo, que posi-ção
o País ocupa?
Ana Marcussi – Não existe um ranking glo-bal
que nos mostre essa posição claramen-te;
contudo, o que temos visto é que há um
crescimento do uso da flexografia, tanto em
banda larga quanto em banda estreita. Como
o processo flexográfico evoluiu bastante nos
últimos anos, principalmente em tecnologia,
hoje é uma opção excelente de impressão
para embalagens, rótulos e etiquetas, entre
outros produtos.
A flexo vem conseguindo imprimir produtos
que até então eram feitos somente em roto-gravura
ou offset. Exemplo disso são as em-balagens
que exigem alta qualidade e que
antes só era possível imprimir na roto.
Em rótulos e etiquetas, também, muitos
casos que antes usavam offset e serigrafia
migraram para a flexo. O avanço da flexo
deve-se à alta qualidade, melhores custos,
processos industriais e materiais mais sus-tentáveis.
Dos três segmentos de aplicação
dessa tecnologia, a flexo tem maior atuação
no de rótulos e etiquetas e caixas de papelão
ondulado. Em flexíveis, a rotogravura ainda
Ana Carina Marcussi
20
21. Revista BAUHAUS 21
abrange uma área maior,
porém isso também é um
bom sinal, ou seja, significa
que podemos ganhar mais
e mais espaço. Em quali-dade,
o Brasil está entre
os melhores do mundo em
impressão flexográfica, se
não é o melhor. Nossa qua-lidade
é comparada à da
Europa e superior à encon-trada
nos Estados Unidos.
E a tecnologia é a grande
responsável pelo avanço
da flexografia no País.
Qual é hoje o percentual
no Brasil e no mundo dos
impressos feitos em flexo-grafia?
AM – Não existe uma
estatística do setor, que
fica entre plástico, papel,
papel-cartão e papelão
ondulado. Em todas as pa-lestras
realizadas por es-pecialistas
aqui no Brasil e
fora, os gráficos apontam
para a estagnação do
processo offset e da roto-gravura,
cujo crescimento
tem sido irrisório, segun-do
afirmam. No entanto,
a curva ascendente da
flexografia é muito grande
e continua em crescimen-to
no mundo. No exterior,
as leis são mais rígidas
na questão de segurança
de alimentos e do meio
ambiente, principalmente.
No Brasil, essa realidade
ainda não chegou; aqui
praticamente não existe
impressão à base de água
para embalagens flexíveis.
O que existe no País em
termos desse tipo de impressão à base
de água é para etiquetas e embalagens
de papelão ondulado (neste caso, 100%
da impressão utiliza esse método).
Qual o futuro da flexografia?
AM – Atualmente, os preços dos equi-pamentos
de flexografia estão muito pa-recidos
com os de rotogravura. Lá atrás,
o investimento em uma máquina para a
produção de embalagens flexíveis em fle-xo
era muito baixo e em roto, muito alto.
Hoje, não é mais. O preço de uma má-quina
flexográfica muito boa, sem engre-nagens,
totalmente eletrônica e com alta
tecnologia quase se equipara ao de uma
impressora em rotogravura. Na verdade,
essa é que perdeu valor comercial. A flexo
cresceu demais no Brasil e de forma muito
rápida. Estima-se que existem atualmente,
no País, mais de 11 mil indústrias de plásti-co,
que envolvem a flexo e a rotogravura.
Qual será o grande desafio para a fle-xografia
nos próximos anos?
AM – O apelo ecológico é o grande
desafio da flexografia, bem como dos
demais processos de impressão. Hoje, a
maior parte da impressão em flexo banda
larga é feita com tintas à base de sol-vente.
Em flexografia, a banda larga re-presenta
o volume maior, em toneladas,
e uma grande demanda, em quantidade.
A grande dificuldade das empresas, seja
em roto ou em flexo, é o uso de tinta à
base de solvente. Há ainda a questão
dos plásticos. O uso do plástico biodegra-dável
é baixo: pouquíssimas empresas o
utilizam porque ele é muito caro. Faltam
cultura e leis mais rígidas para incentivar
o uso da impressão à base de água ou
outra que não cause tanto dano ao meio
ambiente, como a tinta EB (cura por fei-xe
de elétrons) e materiais mais susten-táveis.
Mas esse movimento já começou,
não só na flexografia.
Quais são as principais
metas da flexografia atu-almente?
AM – Redução de des-perdícios,
para diminuição
dos custos fabris, melhoria
contínua de qualidade de
impressão e estabilidade
de padrão de qualidade.
Tudo isso está voltado ao
controle total do processo
e exige investimento em
mão de obra mais qualifi-cada,
treinamento, conhe-cimento
e equipamentos
de inspeção e medição.
Como a senhora enxerga
a concorrência entre roto-gravura
e flexografia?
AM – A rotogrwwavura é
um processo mais antigo e
tradicional e, por isso, mais
conhecido pelas empresas
que usam embalagens. A
melhora de qualidade em
flexografia aos poucos vai
ecoando nos clientes finais
e isso, com certeza, trará
mais volume para a fle-xografia
a médio e longo
prazos. O apelo ambiental
e com relação à susten-tabilidade
faz com que a
flexografia cresça frente à
rotogravura.
Como será a aceitação
das tintas UV e de cura
por electron beam para as
embalagens?
AM – As tintas UV ofere-cem
melhor qualidade de
22. Revista BAUHAUS
impressão e mais brilho, mas causam maior
impacto ambiental quando comparadas à
cura por EB, que ainda está em fase de
desenvolvimento no mundo. Sua vantagem
é a possibilidade de eliminar a laminação
e a menor geração de compostos orgâ-nicos
voláteis, além da melhoria na quali-dade
de impressão. O desafio enfrentado
são os custos, ainda muito altos.
Quais as regiões de maior potencial
para a flexografia no Brasil?
AM – O Sul e o Sudeste têm um maior
volume atualmente. Nessas regiões estão
os estados com maior modernização e
conhecimento técnico e tecnológico. São
Paulo vem em primeiro lugar, seguido por
Santa Catarina. A tecnologia electron
beam já chegou em São Paulo, na Antilhas,
a primeira gráfica a desenvolvê-la no País.
Com certeza, outras empresas devem es-tar
correndo atrás disso. O Nordeste tam-bém
se destaca, devido ao alto consumo.
A região está crescendo muito em volume,
protegida pelo governo e impulsionada
pelo aumento do poder aquisitivo da po-pulação.
A senhora acredita que a flexografia
seguirá a mesma tendência do offset, que
absorveu os birôs de pré-impressão? As
clicherias serão absorvidas pelos conver-tedores?
AM – Não acredito nessa possibilida-de,
pois são muitos convertedores médios
e pequenos, e a tecnologia de cliche-ria
ainda é muito cara. É um investimen-to
contínuo, que exige altíssimo nível da
mão de obra e controle. É bem mais ba-rato
para o convertedor fazer parceria
com uma clicheria para que seja aten-dido
plenamente em suas necessidades.
No Brasil as clicherias possuem um ótimo
nível técnico.
Quais as grandes dificuldades do con-vertedor
de papelão ondulado?
AM – É um mercado bem consolidado e
as empresas têm dificuldades diferentes
dependendo do seu porte. Em comum há o
desafio da melhoria contínua na qualidade
da impressão. Nas grandes empresas os
investimentos são altos. Já no segmento
coberto pelos pequenos e médios negó-cios,
com a chegada das máquinas asiá-ticas
no Brasil, foi possível elevar muito o
nível de qualidade do produto final, com
redução dos custos de fabricação. A difi-culdade
de todos ainda é o conhecimento
técnico e investimentos em mão de obra e
capacitação.
O que é importante hoje para se fazer
um bom impresso em flexografia?
AM – Ter um bom controle do processo,
pois a flexo apresenta muitas variáveis. É
necessário utilizar tecnologia de ponta, já
que a flexografia chegou onde está muito
por conta da tecnologia, que evoluiu muito,
e de profissionais capacitados.
Quais as competências exigidas de um
profissional para atuar no mercado de fle-xografia?
AM – Conhecimento técnico, experiên-cia
e cabeça aberta para aprendizados
e novas tecnologias.
22
23. Um gelo
sua noite. CRIAÇÃO: BRUNO AZEVEDO
pra esquentar
BEBA COM MODERAÇÃO, SE BEBER, NÃO DIRIJA.
24. TENHA
LEMBRANÇAS
ETERNAS...
DAQUELES
MOMENTOS
INESQUECÍVEIS...
PAPERFIX É O ÚNICO PAPEL
FOTOGRÁFICO RESISTENTE
A ÁGUA E AO TEMPO,
PORQUE É REVESTIDO DE
PLÁSTICO RECICLADO.
ALÉM DE DURÁVEL,TRÁS
UMA QUALIDADE INCRÍVEL
PARA SUAS FOTOS, POR
ISSO TEM O MELHOR CUSTO
BENÉFICIO DO MERCADO.
CRIAÇÃO:BRUNO AZEVEDO