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UNINASSAU – CENTRO UNIVERSITÁRIOMAURÍCIO DE NASSAU– 
CAMPUS RECIFE 
TRABALHO – FRAME RELAY 
RECIFE / DEZEMBRO / 2014
UNINASSAU – CENTRO UNIVERSITÁRIOMAURÍCIO DE NASSAU– 
CAMPUS RECIFE 
ALUNOS: Antônio Normando 
Bruno Luiz 
Rodrigo Augusto 
Washington Machado 
PROFESSOR :Thayson Renan 
BLOCO : JK 
TURMA : MD 
SALA: 301 
RECIFE / DEZEMBRO / 2014
Sumário 
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4 
HISTÓRICO ..............................................................................................................................5 
REDE FRAME RELAY ............................................................................................................5 
VANTAGENS E RESTRIÇÕES .............................................................................................7 
FRAME RELAY: CARACTERÍSTICAS ................................................................................8 
CIRCUITOS VIRTUAIS (VIRTUAL CIRCUITS) ............................................................... 10 
ESTRUTURA DO FRAME................................................................................................... 11 
FLUXO DAS INFORMAÇÕES ............................................................................................ 13 
FRAME RELAY: SINALIZAÇÃO ........................................................................................ 14 
AVISO DE CONGESTIONAMENTO ................................................................................. 15 
SINALIZAÇÃO SVC.............................................................................................................. 18 
FRAME RELAY: PADRÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 19 
FRAME RELAY: APLICAÇÕES ......................................................................................... 21 
INTERLIGAÇÃO DE REDES LAN ..................................................................................... 21 
INTERLIGAÇÃO SNA – LAN .............................................................................................. 22 
VOZ SOBRE FRAME RELAY (VOFR) .............................................................................. 23 
INTERAÇÃO FRAME RELAY – ATM ................................................................................ 24 
INTERAÇÃO COM OUTROS PROTOCOLOS ................................................................ 26 
FRAME RELAY: CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 26 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 28 
PERGUNTAS E RESPOSTAS ........................................................................................... 29 
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................... 33
4 
Introdução 
O Frame Relay é uma tecnologia de comunicação de dados de alta 
velocidade que é usada em muitas redes ao redor do mundo para interligar 
aplicações do tipo LAN, SNA, Internet e Voz. Basicamente pode-se dizer que a 
tecnologia Frame Relay fornece um meio para enviar informações através de uma 
rede de dados, dividindo essas informações em frames (quadros) ou packets 
(pacotes). Cada frame carrega um endereço que é usado pelos equipamentos da 
rede para determinar o seu destino. A tecnologia Frame Relay utiliza uma forma 
simplificada de chaveamento de pacotes, que é adequada para computadores, 
estações de trabalho e servidores de alta performance que operam com protocolos 
inteligentes, tais como SNA e TCP/IP. Isto permite que uma grande variedade de 
aplicações utilize essa tecnologia, aproveitando-se de sua confiabilidade e eficiência 
no uso de banda.
5 
Histórico 
No fim da década de 80 e início da década de 90, vários fatores combinados 
demandaram a transmissão de dados com velocidades mais altas: 
 A migração das interfaces de texto para interfaces gráficas; 
 O aumento do tráfego do tipo rajada (bursty) nas aplicações de dados; 
 O aumento da capacidade de processamento dos equipamentos de usuário 
(PCs, estações de trabalho, terminais Unix, entre outros); 
 A popularização das redes locais e das aplicações cliente / servidor; 
 A disponibilidade de redes digitais de transmissão. 
Nessa época o Bell Labs (EUA) desenvolvia a tecnologia ISDN e o protocolo Frame 
Relay era parte desse conjunto. Entretanto, devido a suas características, o 
protocolo foi desmembrado e evoluiu como um serviço de rede independente, com 
padrões e recomendações elaborados por órgão internacionais de 
Telecomunicações. 
Rede Frame Relay 
Uma rede Frame Relay é composta por: 
 Equipamentos de usuários (PCs, estações de trabalho, servidores, 
computadores de grande porte, etc.) e suas respectivas aplicações; 
 Equipamentos de acesso com interface Frame Relay (bridges, roteadores de 
acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc.);
 Equipamentos de rede (switches, roteadores de rede, equipamentos de 
6 
transmissão com canais E1 ou T1, etc.). 
A conversão dos dados para o protocolo Frame Relay é feita pelos equipamentos de 
acesso. Os frames gerados são enviados aos equipamentos de rede, cuja função é 
basicamente transportar esse frames até o seu destino, usando os procedimentos 
de chaveamento ou roteamento próprios do protocolo. 
A rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma 
simples conexão física entre 2 pontos distintos. A conexão entre esses pontos é feita 
através de um circuito virtual (virtual circuit) configurado com uma determinada 
banda. A alocação de banda física na rede é feita pacote a pacote, quando da 
transmissão dos dados. 
A figura a seguir apresenta uma rede Frame Relay.
7 
Vantagens e Restrições 
A tecnologia Frame Relay oferece vários benefícios, quando comparada com outras 
tecnologias: 
 Custo de propriedade reduzido (equipamentos mais simples); 
 Padrões estáveis e largamente utilizados, o que possibilita a implementação 
de plataformas abertas e plug-and-play; 
 Overhead reduzido, combinado com alta confiabilidade; 
 Redes escaláveis, flexíveis e com procedimentos de recuperação bem 
definidos; 
 Interoperabilidade com outros protocolos e aplicações, tais como ATM e 
TCP/IP. 
Entretanto, para as vantagens do Frame Relay serem efetivas, 2 requisitos devem 
ser atendidos: 
 Os equipamentos de usuário devem utilizar aplicações com protocolos 
inteligentes, que controle o fluxo das informações enviadas e recebidas; 
 A rede de transporte deve ser virtualmente a prova de falhas.
8 
Frame Relay: Características 
O protocolo Frame Relay é resultado da combinação das funcionalidades de 
multiplexação estatística e compartilhamento de portas do X.25, com as 
características de alta velocidade e baixo atraso (delay) dos circuitos TDM. 
O Frame Relay é um serviço de pacotes que organiza as informações em frames, ou 
seja, em pacotes de dados com endereço de destino definido, ao invés de coloca-los 
em slots fixos de tempo, como é o caso do TDM. Este procedimento permite ao 
protocolo implementar as características de multiplexação estatística e de 
compartilhamento de portas. 
Considerando o modelo OSI para protocolos, o Frame Relay elimina todo o 
processamento da camada de rede (layer 3) do X.25. Apenas algumas 
funcionalidades básicas da camada de enlace de dados (layer 2) são 
implementadas, tais como a verificação de frames válidos, porém sem a solicitação 
de retransmissão em caso de erro. 
Desta forma, as funcionalidades implementadas nos protocolos de aplicação, tais 
como verificação de sequência de frames, o uso de frames de confirmações e 
supervisão, entre outras, não são duplicadas na rede Frame Relay. 
A figura a seguir mostra o uso do modelo em camadas para o Frame Relay e suas 
aplicações.
A eliminação dessas funcionalidades simplifica o protocolo, permite altas taxas de 
processamento de frames e, conseqüentemente, um atraso (delay) menor que o do 
X.25, embora seja maior que o do TDM, que não tem nenhum processamento 
associado. 
Para permitir a eliminação de tais funcionalidades da rede Frame Relay, os 
equipamentos de usuários devem garantir a transmissão de informações fim-a-fim 
sem erros. Felizmente, a maioria desses equipamentos, principalmente aqueles 
destinados a aplicações do tipo LAN, já tem inteligência e capacidade de 
processamento para executar essa funcionalidade. A tabela a seguir apresenta uma 
comparação entre os circuitos TDM, o protocolo X.25 e o Frame Relay. 
9
10 
Circuitos Virtuais (Virtual Circuits) 
A tecnologia Frame Relay é baseada no uso de Circuitos Virtuais (VC's). Um 
VC é um circuito de dados virtual bidirecional configurado entre 2 portas quaisquer 
da rede, que funciona como um circuito dedicado. Existem 2 tipos de VC's, conforme 
descrito a seguir: 
1) Permanent Virtual Circuit (PVC) 
O PVC foi primeiro tipo de circuito virtual padronizado para o Frame Relay a ser 
implementado. Ele é configurado pelo operador na rede através do sistema de 
Gerência de Rede, como sendo uma conexão permanente entre 2 pontos. Seu 
encaminhamento através dos equipamentos da rede pode ser alterado ao longo do 
tempo devido à falhas ou reconfigurações de rotas, porém as portas de cada 
extremidade são mantidas fixas e de acordo com a configuração inicial. 
A configuração dos PVC's requer um planejamento criterioso para levar em 
consideração o padrão de tráfego da rede e o uso da banda disponível. Sua 
utilização é destinada a aplicações permanente e de longo prazo e são uma 
alternativa aos circuitos dedicados dos sistemas TDM com boa relação custo / 
benefício. 
2) Switched Virtual Circuit (SVC) 
O SVC também foi padronizado para o Frame Relay desde o princípio, mas só foi 
implementado mais recentemente, quando surgiram novas demandas de mercado. 
Ele é disponibilizado na rede de forma automática, sem intervenção do operador, 
como um circuito virtual sob demanda, para atender, entre outras, as aplicações de 
Voz que estabelecem novas conexões a cada chamada. O estabelecimento de uma 
chamada usando o protocolo de sinalização do SVC (ITU-T Q.933) é comparável ao 
uso normal de telefone, onde a aplicação de usuário especifica um número de
destinatário para completar a chamada, e o SVC é estabelecido entre as portas de 
origem e destino. 
O estabelecimento de SVC's na rede é mais complexo que os PVC's, embora seja 
transparente para o usuário final. A conexões devem ser estabelecidas de forma 
dinâmica na rede, atendendo as solicitações de destino e banda das diversas 
aplicações de usuários, e devem ser acompanhadas e cobradas de acordo com o 
serviço fornecido. 
Enquanto o PVC oferece o ganho relativo ao uso estatístico de banda do Frame 
Relay, o SVC propicia a conectividade entre quaisquer pontos de origem e destino, o 
que resulta em flexibilidade e economia para o projeto da rede. 
11 
Estrutura do Frame 
O protocolo do Frame Relay utiliza um frame com estrutura comum e bastante 
simplificada, conforme demonstram a figura e a descrição a seguir:
12 
 Flags: Indicam o início e o fim de cada frame. 
 Cabeçalho: Carrega as informações de controle do protocolo. É composto por 
2 bytes com as seguintes informações: 
 DLCI (Data Link Connection Identifier), com 10 bits, representa o número 
(endereço) designado para o destinatário de um PVC dentro de um canal de 
usuário, e tem significado local apenas para a porta de origem (vide figura 
abaixo); 
 C/R (Command / Response), com 1 bit, é usado pela aplicação usuária; 
 FECN (Foward Explicit Congestion Notification), com 1 bit, é usado pela rede 
para informar um equipamento receptor de informações que procedimentos 
de prevenção de congestionamento devem ser iniciados; 
 BECN (Backward Explicit Congestion Notification), com 1 bit, é usado pela 
rede para informar um equipamento transmissor de informações que 
procedimentos de prevenção de congestionamento devem ser iniciados; 
 DE (Discard Eligibility Indicator), com 1 bit, indica se o frame pode ser 
preferencialmente descartado em caso de congestionamento na rede; 
 EA (Extension Bit), com 2 bits, é usado para indicar que o cabeçalho tem mais 
de 2 bytes, em caso especiais; 
 Informação de usuário: Contém as informações da aplicação usuária a serem 
transportadas através da rede Frame Relay. 
 FCS : O FCS (Frame Check Sequence) representa o CRC padrão de 16 bits 
usado pelo protocolo Frame Relay para detectar erros existentes entre o Flag 
de início do frame e o próprio FCS, e pode ser usado apenas para frames 
com até 4096 bytes. 
A figura a seguir exemplifica DLCI's configurados a partir de uma mesma porta para 
vários destinatários em locais distintos da rede.
Além disso, os frames podem ter comprimento variável e, dependendo do tipo de informação 
da aplicação do usuário, seu tamanho pode variar de alguns poucos até milhares de caracteres. 
Esta funcionalidade, similar ao X.25, é essencial para a interoperabilidade com aplicações do 
tipo LAN e outros tipos de tráfego síncrono. 
Essa facilidade, porém, faz com que o atraso (delay) varie em função do tamanho do frame. 
Entretanto, a tecnologia Frame Relay tem sido adaptada para atender até mesmo as aplicações 
sensíveis a atraso (delay), como é o caso da Voz. 
13 
Fluxo das informações 
O fluxo básico das informações em uma rede Frame Relay é descrito a seguir: 
 As informações são enviadas através da rede Frame Relay usando o DLCI, 
que especifica o destinatário do frame; 
 Se a rede tiver algum problema ao processar o frame devido à falhas ou ao 
congestionamento nas linhas de dados, os frames são simplesmente 
descartados;
 A rede Frame Relay não executa a correção de erros, pois ela considera que 
o protocolo da aplicação de usuário executa a recuperação de falhas através 
da solicitação de retransmissão dos frames perdidos; 
 A recuperação de falhas executada pelo protocolo da aplicação, embora 
confiável, apresenta como resultado o aumento do atraso (delay), do 
processamento de frames e do uso de banda, o que torna imprescindível que 
a rede minimize o descarte de frames; 
 A rede Frame Relay requer circuitos da rede de transmissão com baixas taxas 
14 
de erros e falhas para apresentar boa eficiência; 
 Em redes de transmissão de boa qualidade, o congestionamento é de longe a 
causa mais freqüente de descarte de frames, demandando da rede Frame 
Relay a habilidade de evitar e reagir rapidamente ao congestionamento como 
forma de determinar a sua eficiência. 
Frame Relay: Sinalização 
Embora o protocolo Frame Relay tenha sido desenvolvido para ser o mais 
simples possível, e a sua premissa básica determinar que os eventuais problemas 
de erros da rede deveriam ser resolvidos pelos protocolos dos equipamentos de 
usuário, surgiram ao longo do tempo necessidades que levaram os órgão de 
padronização a definir mecanismos de sinalização para três tipos de situações: 
 Aviso de congestionamento; 
 Estado das conexões; 
 Sinalização SVC.
Entretanto, a implementação desses mecanismos é opcional e, embora a rede seja 
mais eficiente com a sua adoção, os equipamentos que não os implementam devem 
atender pelo menos as recomendações básicas do Frame Relay. 
15 
Aviso de Congestionamento 
A capacidade de transporte da Rede Frame Relay é limitada pela sua banda 
disponível. Conforme o tráfego a ser transportado aumenta, a banda vai sendo 
alocada até o limiar onde não é possível receber o tráfego adicional. Quando atinge 
esse limiar, a rede é considerada congestionada, embora ainda possa transportar 
todo o tráfego entrante. 
Caso os equipamentos de usuário continuem a enviar tráfego adicional, a rede é 
levada ao estado de congestionamento severo, o que provoca a perda de pacotes 
por falta de banda. Nesse estado, os procedimentos de reenvio de pacotes perdidos 
dos equipamentos usuários concorrem com o tráfego existente e a rede entra em 
acentuado processo de degradação. 
Para evitar esse tipo de situação, foram definidos os seguintes mecanismos de aviso 
de congestionamento: 
1) Aviso Explícito de Congestionamento 
Este mecanismo utiliza os bits FECN e BECN do cabeçalho do frame, descrito 
anteriormente, para avisar os equipamentos de usuários sobre o estado da rede. 
A figura abaixo ilustra um exemplo onde o equipamento B está atingindo o estado de 
congestionamento, como resultado de um pico temporário de tráfego entrante,
oriundo de vários equipamentos, ou de um congestionamento no tronco que interliga 
B e C. 
A identificação do congestionamento é feita pelo equipamento B, baseado no estado 
de seus buffers internos ou no tamanho de suas filas de frames a enviar. Nesse 
momento B ativa o bit FECN nos frames a serem enviados para avisar que a rede 
está congestionada. Desta forma todos os equipamentos de rede e de usuário 
envolvidos no caminho entre B e o destino dos DLCIs afetados tomam conhecimento 
desse fato. Dependendo da inteligência do protocolo da aplicação de usuário, 
procedimentos de recuperação de falha podem ser iniciados. 
Além de informar os equipamentos de destino, B ativa também o bit BECN. 
Novamente, todos os equipamentos de rede e de usuário envolvidos no caminho 
entre B e a origem dos DLCIs afetados tomam conhecimento do congestionamento. 
Dependendo da inteligência do protocolo da aplicação de usuário, procedimentos de 
diminuição de tráfego a ser enviado para a rede podem ser iniciados. 
O processo de ativação dos bits FECN e BECN pode ocorrer simultaneamente em 
vários DLCIs, como resultado da ocorrência de congestionamento, avisando vários 
equipamentos de origem e destino. 
16 
2) Aviso Implícito de Congestionamento
Alguns protocolos dos equipamentos de aplicação, como o TCP/IP, possuem 
mecanismos para verificar o congestionamento da rede. Esses protocolos analisam, 
por exemplo, o atraso (delay) de resposta dos frames enviados ou a perda de 
frames, para detectar de forma implícita se a rede está congestionada. 
Esses protocolos limitam o envio de tráfego para a rede por meio de uma janela de 
tempo, que permite o envio de um determinado número de frames antes que uma 
resposta seja recebida. Quando detecta que um congestionamento está ocorrendo, 
o protocolo reduz a janela de tempo, o que reduz o envio de frames, diminuindo o 
carregamento da rede. 
Esse mesmo procedimento de ajuste da janela de tempo é normalmente usado 
pelos equipamentos de usuário como resultado da sinalização de congestionamento 
explícito dos bits FECN e BECN. 
Os avisos explícito e implícito de congestionamento são complementares, e devem 
ser usados de forma conjunta para avaliar o envio de tráfego para a rede, como 
forma de evitar eventuais congestionamentos. 
17 
3) Elegibilidade para Descarte 
Alguns equipamentos de usuário não têm inteligência ou capacidade de 
processamento para analisar os avisos de congestionamento, que de fato são a 
parte opcional do padrão Frame Relay. Entretanto, como parte do padrão básico do 
Frame Relay existe no cabeçalho do protocolo o bit DE que, se ativado, indica aos 
equipamentos da rede que o frame pode ser descartado em caso de 
congestionamento. 
Para definir o procedimento de ativação do bit DE, o padrão Frame Relay definiu o 
CIR (Committed Information Rate), que representa a capacidade média de 
informação de um circuito virtual. Para cada VC a ser ativado na rede, o usuário 
deve especificar o CIR de acordo com a necessidade de sua aplicação. 
Normalmente o CIR é especificado como sendo uma porcentagem da capacidade 
máxima da porta física onde é conectado o equipamento de aplicação do usuário, ou
seja, para uma porta de 64 kbits/s, por exemplo, pode-se adotar um CIR de 32 
kbits/s (50%) a ser configurado para o VC 
18 
Sinalização SVC 
A sinalização SVC trata apenas do estabelecimento e controle de um 
determinado SVC, de forma automática na rede. Diferente dos 2 tipos de sinalização 
anteriores, onde o resultado da sinalização é informado aos operadores da rede 
Frame Relay, a sinalização SVC não informa qual o estado atual da rede. Ela é 
apenas um procedimento para estabelecer um SVC de acordo com a demanda de 
uma determinada aplicação de usuário. 
O padrão Frames Relay define as mensagens e os procedimentos necessários para 
ativar um SVC. Basicamente a rede avisa o destinatário que existe uma demanda 
para estabelecer uma conexão, e ele deve decidir de aceita ou não. Se for aceita, a 
rede configura o SVC na rede entre a origem da demanda e o destinatário. Assim 
que o SVC estiver ativo, os equipamentos de aplicação da origem e do destino 
podem iniciar a transferência de informações. 
Quando os equipamentos de aplicação não necessitarem mais da conexão, 
qualquer um ou ambos avisam a rede, que por sua vez desativa o SVC. Durante o 
período em que o SVC está ativo, informações de tempo de duração e banda, entre 
outras, são armazenadas para uso dos sistemas de cobrança.
19 
Frame Relay: Padrões e Recomendações 
A tecnologia Frame Relay surgiu como um desmembramento do 
desenvolvimento do padrão ISDN. O protocolo foi desenvolvido para transportar 
sinalização de canal D do ISDN, e tinha características que poderiam ser utilizadas 
em outras aplicações. Uma delas era o fato de que o protocolo podia configurar 
circuitos virtuais na camada Enlace de Dados (layer 2), no nível de frame, ao invés 
da camada de Rede (layer 3) do X.25, o que o simplificava muito. 
Esse desmembramento fez com que rapidamente a tecnologia Frame Relay tivesse 
um conjunto de especificações prontas e aprovadas pelos dois órgãos internacionais 
envolvidos na sua padronização: o ANSI (EUA) e o ITU-T (Europa). O padrão básico 
inicial do Frame Relay foi aprovado inicialmente em 1990 pelo ANSI, e sua 
complementação foi aprovada em 1991. As recomendações do ITU-T para o Frame 
Relay estão alinhadas como os padrões ANSI. 
A tabela abaixo apresenta os principais padrões ANSI e recomendações ITU-T 
vigentes para o Frame Relay. 
Com o objetivo de prover interoperabilidade, os equipamentos da rede Frame Relay 
devem atender pelo menos o método básico de transporte de dados especificado no 
padrão ANSI, que determina o uso de DLCI's em cabeçalhos de 2 bytes no frame.
Embora o uso de mecanismos de sinalização e controle seja opcional, eles são 
essenciais para garantir que a rede Frame Relay funcione com o desempenho 
adequado. 
Além dos órgãos de padronização, foi fundado o FR Fórum, que é uma organização 
sem fins lucrativos dedicada a promover o uso e a implementação do Frame Relay 
baseado nos padrões e recomendações vigentes. O Fórum desenvolve e aprova 
Acordos de Implementação (IA - Implementation Agreements) que garantam a 
interoperabilidade do Frame Relay. Desde os primeiros IA's, foram definidas 
funcionalidades adicionais, tais como procedimentos de multicast, encapsulamento 
multiprotocolo e sinalização SVC, para aumentar a capacidade das redes Frame 
Relay. 
20 
A tabela a seguir apresenta os principais IA's vigentes.
21 
Frame Relay: Aplicações 
As aplicações típicas da tecnologia Frame Relay são apresentadas a seguir. 
Interligação de Redes LAN 
A interligação das redes LAN de vários escritórios compondo uma rede WAN, 
é uma aplicação típica para o uso da tecnologia Frame Relay. O tráfego usual das 
redes de dados é normalmente de 2 tipos: interativo (comando - resposta), ou seja, 
solicitação de usuários e aplicações clientes e respostas de aplicações servidoras, e 
por rajadas (bursty), quando grandes quantidades de dados são transferidas de 
forma não contínua. 
O Frame Relay, através de roteadores ou equipamentos de acesso (FRAD) 
instalados nos escritórios, permite utilizar uma porta única em cada escritório para 
compor redes do tipo malha (meshed) onde a comunicação de um escritório com 
todos os outros é possível sem a complexidade do uso de múltiplas portas e 
múltiplos circuitos dedicados.
Além disso, o uso dos circuitos virtuais do Frame Relay para compor a rede permite 
tempos de provisionamento muito menores e reconfiguração de rede ou aumento de 
banda com maior facilidade. 
22 
Interligação SNA – LAN 
A tecnologia Frame Relay possui facilidades de encapsulamento de múltiplos 
protocolos. O protocolo da tecnologia SNA pode ser utilizado sobre o Frame Relay 
para interligar computadores de grande porte com escritórios, agências bancárias e 
outras aplicações onde o acesso a esses computadores de missão crítica se faz de 
forma remota. 
O tempo de latência (delay), as taxas de transferência de dados, a disponibilidade e 
o gerenciamento de rede oferecidos pelo Frame Relay, torna esse tipo de aplicação 
de missão crítica viável e com custos aceitáveis.
Estas funcionalidades permitem aos roteadores e dispositivos de acesso Frame 
Relay (FRAD), que fornecem a conectividade de rede, suportarem o tráfego de 
sistemas SNA, sensíveis a atrasos (delays), e de redes LAN simultaneamente com o 
desempenho adequado. 
Ainda nesse mesmo ambiente, os equipamentos Frame Relay possuem interfaces 
prontas para o protocolo SDLC, e para sistemas BSC. 
23 
Voz sobre Frame Relay (VoFR) 
A tecnologia Frame Relay também possui facilidades para o transporte de 
Voz, fax e sinais de modens analógicos atendendo os requisitos de atraso (delay) 
específicos para esse tipo de aplicação. 
Para a maioria dos administradores de rede de Voz e dados, a possibilidade de 
transportar a Voz proveniente de PABX's, sinais de fax e de modens, e dados 
através da mesma porta Frame Relay e usando procedimentos comuns de
gerenciamento e manutenção atende os requisitos de redução de custos e de 
complexidade das grandes redes corporativas. 
Deve-se entretanto levar em consideração a qualidade do serviço prestado pela rede 
multisserviços de terceiros para que o resultado nas aplicações de Voz, fax e 
modem possam ainda atender os requisitos aplicáveis aos serviços convencionais. 
24 
Interação Frame Relay – ATM 
Para buscar aumentar a interoperabilidade do Frame Relay com outros 
protocolos de dados, o FR Fórum e o ATM Fórum, os órgãos responsáveis pelo 
desenvolvimento de Acordos de Implementação (IA's), desenvolveram padrões para 
interligar equipamentos dessas tecnologias através de PVC's. 
Foram padronizadas duas formas de interoperabilidade. A primeira, chamada de 
Frame Relay/ATM Network Interworking for PVC's, padroniza uma funcionalidade
25 
responsável pelo encapsulamento dos PVC's para que os mesmos possam ser 
transportados indistintamente nas redes da 2 tecnologias. Seu uso típico ocorre 
quando a rede Frame Relay tem com núcleo uma rede ATM, para otimizar ainda 
mais o uso de banda e a segurança. A figura a seguir apresenta esta solução. 
A segunda forma de interoperabilidade, chamada de Frame Relay/ATM Service 
Interworking for PVC's, padroniza uma funcionalidade responsável pela conversão 
dos protocolos (FR <--> ATM), que pode ser incorporada tantos aos equipamentos 
de acesso como aos equipamentos da rede. Seu uso típico ocorre quando o usuário 
possui redes Frame Relay em alguns escritórios que devem se interligar com a rede 
ATM da matriz. A figura a seguir apresenta esta solução.
26 
Interação com outros protocolos 
Outras aplicações vem sendo desenvolvidas para o uso da tecnologia Frame 
Relay. Atualmente muitos acessos a internet ou a redes IP, e mesmos serviços VPN 
utilizam como meio de transporte das informações as redes Frame Relay, para 
otimizar o projeto da rede e simplificar os processos de ativação e reconfiguração. 
Frame Relay: Considerações Finais 
A tecnologia Frame Relay é aplicável em inúmeros casos principalmente para 
compor as redes WAN (inter-offices) dos usuários finais, através dos recursos das 
redes multisserviços implantadas pelos prestadores de serviços existentes no 
mercado. 
Entretanto, a migração de redes convencionais, baseadas em circuitos dedicados, 
para redes Frame Relay torna-se um desafio, visto que os requisitos de 
confiabilidade, desempenho e performance do usuário final devem ser atendidos na 
nova tecnologia, e os prestadores de serviço buscam maximizar os ganhos obtidos 
com a implantação dessas redes estatísticas. 
O usuário final deve fazer um planejamento detalhado para compor a nova rede 
WAN de forma a continuar atendendo os seus próprios requisitos, e fazer um plano 
de migração que indique passo a passo as atividades a serem executadas, os 
recursos necessários e os resultados esperados.
27 
A nova rede deve ser planejada levando em consideração: 
 Os requisitos de sua rede atual relativos a banda máxima necessária, latência 
(delay máximo) aceitável e disponibilidade, e os requisitos adicionais para a 
nova rede; 
 O impacto da nova tecnologia nos procedimentos de gerenciamento e 
manutenção da rede, definindo claramente os limites entre o usuário e o 
prestador de serviços e as ferramentas a serem utilizadas para configuração 
de serviços e detecção de falhas; 
 O comprometimento do SLA atual com a implantação da nova tecnologia, em 
termos de latência, disponibilidade da rede, tempo de recuperação, entre 
outros requisitos; 
 O planejamento da nova rede deve atender a necessidades atuais e futuras 
de banda para a implantação de novas aplicações, aumento de usuários, etc. 
O usuário deve ainda analisar o perfil de suas aplicações para verificar o quanto elas 
podem se beneficiar do uso da nova tecnologia. Alguns critérios são apresentados a 
seguir: 
 Número de escritórios a serem interligado: quanto maior, maior a otimização 
pelo uso do Frame Relay; 
 Velocidade: se a rede atual usa circuitos dedicados de baixa capacidade e 
está chegando ao limite da banda, a nova rede pode usufruir de velocidades 
mais altas com custos aceitáveis; 
 Rede atual com equipamentos de vários fornecedores e vários protocolos: a 
nova rede é compatível com fornecedores e protocolos diversos nativamente; 
 Se a rede atual foi implementada com muitos circuitos dedicados para 
interligar todos os escritórios, a nova rede pode usar uma única porta em 
cada escritório com múltiplos circuitos virtuais, reduzindo os seus custos; 
 Tráfego do tipo interativo e rajada: se este é o perfil do tráfego atual, a nova 
rede tem plena capacidade para transporta-lo com eficiência; 
 Grandes distâncias: se os escritórios têm distâncias geográficas muito 
grandes, as redes Frame Relay normalmente são cobradas por banda e 
portas e não por distância, o que pode reduzir o seu custo.
28 
Conclusão 
Portanto o frame relay possui a vantagem de garantir que os frames sejam 
entregues na ordem em que são transmitidos. Este serviço, baseado nos dois 
primeiros níveis do modelo OSI, transmite quadros, baseado em muiltiplexação 
estatística, onde cada quadro possui a informação de endereçamento necessária 
para que este seja entregue ao destino final, possibilitando quadros de tamanho 
variável, obtendo assim uma utilização mais eficiente da largura de banda 
disponível. 
Este serviço suporta múltiplos protocolos e aplicações e diversos ambientes de 
clientes, sobre uma mesma interface de rede. É muito utilizado para comunicação 
entre LAN’s ou Internet.
29 
Perguntas e Respostas 
1) O que é Frame Relay ? 
Resposta: 
O Frame Relay é uma tecnologia de comunicação de dados de alta velocidade que é 
usada em muitas redes ao redor do mundo para interligar aplicações do tipo LAN, 
SNA, Internet e Voz. 
2) Uma rede Frame Relay é composta por? 
Resposta: 
Equipamentos de usuários (PCs, estações de trabalho, servidores, 
computadores de grande porte, etc.) e suas respectivas aplicações; 
Equipamentos de acesso com interface Frame Relay (bridges, roteadores de 
acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc.); 
Equipamentos de rede (switches, roteadores de rede, equipamentos de 
transmissão com canais E1 ou T1, etc.) 
3) Como é feita a conversão dos dados para o protocolo Frame Relay? 
Resposta: 
A conversão dos dados para o protocolo Frame Relay é feita pelos equipamentos de 
acesso. Os frames gerados são enviados aos equipamentos de rede, cuja função é
basicamente transportar esse frames até o seu destino, usando os procedimentos 
de chaveamento ou roteamento próprios do protocolo. 
4) Por que a rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem? 
30 
Resposta: 
A rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma 
simples conexão física entre 2 pontos distintos. A conexão entre esses pontos é feita 
através de um circuito virtual (virtual circuit) configurado com uma determinada 
banda. A alocação de banda física na rede é feita pacote a pacote, quando da 
transmissão dos dados. 
5) Quais as vantagens e restrições da tecnologia Frame Relay ? 
Resposta: 
A tecnologia Frame Relay oferece vários benefícios, quando comparada com outras 
tecnologias: 
- Custo de propriedade reduzido (equipamentos mais simples); 
- Padrões estáveis e largamente utilizados, o que possibilita a implementação 
de plataformas abertas e plug-and-play; 
- Overhead reduzido, combinado com alta confiabilidade; 
- Redes escaláveis, flexíveis e com procedimentos de recuperação bem 
definidos; 
- Interoperabilidade com outros protocolos e aplicações, tais como ATM e 
TCP/IP.
Entretanto, para as vantagens do Frame Relay serem efetivas, 2 requisitos devem 
ser atendidos: 
- Os equipamentos de usuário devem utilizar aplicações com protocolos 
inteligentes, que controle o fluxo das informações enviadas e recebidas; 
31 
- A rede de transporte deve ser virtualmente a prova de falhas. 
6) Em relação a tecnologia Frame Relay, explique o que é Circuitos 
Virtuais (Virtual Circuits). 
Resposta: 
A tecnologia Frame Relay é baseada no uso de Circuitos Virtuais (VC's). Um VC é 
um circuito de dados virtual bidirecional configurado entre 2 portas quaisquer da 
rede, que funciona como um circuito dedicado. 
7) Quais os dois tipos de Circuitos Virtuais (Virtual Circuits) 
Resposta: 
Permanent Virtual Circuit (PVC), Switched Virtual Circuit (SVC) 
8) Quais dispositivos agregam e convertem dados em pacotes Frame 
Relay.? 
Resposta: 
bridges, roteadores de acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc. 
9) Em quais camadas do modelo OSI opera o protocolo Frame Relay?
32 
Resposta: 
camadas física e de enlace de dados do modelo OSI 
10) Qual tipo de rede que é mais usado o protocolo Frame Relay? 
Resposta: 
WANs
33 
Bibliografia 
https://www.google.com.br/ 
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  • 1. UNINASSAU – CENTRO UNIVERSITÁRIOMAURÍCIO DE NASSAU– CAMPUS RECIFE TRABALHO – FRAME RELAY RECIFE / DEZEMBRO / 2014
  • 2. UNINASSAU – CENTRO UNIVERSITÁRIOMAURÍCIO DE NASSAU– CAMPUS RECIFE ALUNOS: Antônio Normando Bruno Luiz Rodrigo Augusto Washington Machado PROFESSOR :Thayson Renan BLOCO : JK TURMA : MD SALA: 301 RECIFE / DEZEMBRO / 2014
  • 3. Sumário INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4 HISTÓRICO ..............................................................................................................................5 REDE FRAME RELAY ............................................................................................................5 VANTAGENS E RESTRIÇÕES .............................................................................................7 FRAME RELAY: CARACTERÍSTICAS ................................................................................8 CIRCUITOS VIRTUAIS (VIRTUAL CIRCUITS) ............................................................... 10 ESTRUTURA DO FRAME................................................................................................... 11 FLUXO DAS INFORMAÇÕES ............................................................................................ 13 FRAME RELAY: SINALIZAÇÃO ........................................................................................ 14 AVISO DE CONGESTIONAMENTO ................................................................................. 15 SINALIZAÇÃO SVC.............................................................................................................. 18 FRAME RELAY: PADRÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 19 FRAME RELAY: APLICAÇÕES ......................................................................................... 21 INTERLIGAÇÃO DE REDES LAN ..................................................................................... 21 INTERLIGAÇÃO SNA – LAN .............................................................................................. 22 VOZ SOBRE FRAME RELAY (VOFR) .............................................................................. 23 INTERAÇÃO FRAME RELAY – ATM ................................................................................ 24 INTERAÇÃO COM OUTROS PROTOCOLOS ................................................................ 26 FRAME RELAY: CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 26 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 28 PERGUNTAS E RESPOSTAS ........................................................................................... 29 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................... 33
  • 4. 4 Introdução O Frame Relay é uma tecnologia de comunicação de dados de alta velocidade que é usada em muitas redes ao redor do mundo para interligar aplicações do tipo LAN, SNA, Internet e Voz. Basicamente pode-se dizer que a tecnologia Frame Relay fornece um meio para enviar informações através de uma rede de dados, dividindo essas informações em frames (quadros) ou packets (pacotes). Cada frame carrega um endereço que é usado pelos equipamentos da rede para determinar o seu destino. A tecnologia Frame Relay utiliza uma forma simplificada de chaveamento de pacotes, que é adequada para computadores, estações de trabalho e servidores de alta performance que operam com protocolos inteligentes, tais como SNA e TCP/IP. Isto permite que uma grande variedade de aplicações utilize essa tecnologia, aproveitando-se de sua confiabilidade e eficiência no uso de banda.
  • 5. 5 Histórico No fim da década de 80 e início da década de 90, vários fatores combinados demandaram a transmissão de dados com velocidades mais altas:  A migração das interfaces de texto para interfaces gráficas;  O aumento do tráfego do tipo rajada (bursty) nas aplicações de dados;  O aumento da capacidade de processamento dos equipamentos de usuário (PCs, estações de trabalho, terminais Unix, entre outros);  A popularização das redes locais e das aplicações cliente / servidor;  A disponibilidade de redes digitais de transmissão. Nessa época o Bell Labs (EUA) desenvolvia a tecnologia ISDN e o protocolo Frame Relay era parte desse conjunto. Entretanto, devido a suas características, o protocolo foi desmembrado e evoluiu como um serviço de rede independente, com padrões e recomendações elaborados por órgão internacionais de Telecomunicações. Rede Frame Relay Uma rede Frame Relay é composta por:  Equipamentos de usuários (PCs, estações de trabalho, servidores, computadores de grande porte, etc.) e suas respectivas aplicações;  Equipamentos de acesso com interface Frame Relay (bridges, roteadores de acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc.);
  • 6.  Equipamentos de rede (switches, roteadores de rede, equipamentos de 6 transmissão com canais E1 ou T1, etc.). A conversão dos dados para o protocolo Frame Relay é feita pelos equipamentos de acesso. Os frames gerados são enviados aos equipamentos de rede, cuja função é basicamente transportar esse frames até o seu destino, usando os procedimentos de chaveamento ou roteamento próprios do protocolo. A rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma simples conexão física entre 2 pontos distintos. A conexão entre esses pontos é feita através de um circuito virtual (virtual circuit) configurado com uma determinada banda. A alocação de banda física na rede é feita pacote a pacote, quando da transmissão dos dados. A figura a seguir apresenta uma rede Frame Relay.
  • 7. 7 Vantagens e Restrições A tecnologia Frame Relay oferece vários benefícios, quando comparada com outras tecnologias:  Custo de propriedade reduzido (equipamentos mais simples);  Padrões estáveis e largamente utilizados, o que possibilita a implementação de plataformas abertas e plug-and-play;  Overhead reduzido, combinado com alta confiabilidade;  Redes escaláveis, flexíveis e com procedimentos de recuperação bem definidos;  Interoperabilidade com outros protocolos e aplicações, tais como ATM e TCP/IP. Entretanto, para as vantagens do Frame Relay serem efetivas, 2 requisitos devem ser atendidos:  Os equipamentos de usuário devem utilizar aplicações com protocolos inteligentes, que controle o fluxo das informações enviadas e recebidas;  A rede de transporte deve ser virtualmente a prova de falhas.
  • 8. 8 Frame Relay: Características O protocolo Frame Relay é resultado da combinação das funcionalidades de multiplexação estatística e compartilhamento de portas do X.25, com as características de alta velocidade e baixo atraso (delay) dos circuitos TDM. O Frame Relay é um serviço de pacotes que organiza as informações em frames, ou seja, em pacotes de dados com endereço de destino definido, ao invés de coloca-los em slots fixos de tempo, como é o caso do TDM. Este procedimento permite ao protocolo implementar as características de multiplexação estatística e de compartilhamento de portas. Considerando o modelo OSI para protocolos, o Frame Relay elimina todo o processamento da camada de rede (layer 3) do X.25. Apenas algumas funcionalidades básicas da camada de enlace de dados (layer 2) são implementadas, tais como a verificação de frames válidos, porém sem a solicitação de retransmissão em caso de erro. Desta forma, as funcionalidades implementadas nos protocolos de aplicação, tais como verificação de sequência de frames, o uso de frames de confirmações e supervisão, entre outras, não são duplicadas na rede Frame Relay. A figura a seguir mostra o uso do modelo em camadas para o Frame Relay e suas aplicações.
  • 9. A eliminação dessas funcionalidades simplifica o protocolo, permite altas taxas de processamento de frames e, conseqüentemente, um atraso (delay) menor que o do X.25, embora seja maior que o do TDM, que não tem nenhum processamento associado. Para permitir a eliminação de tais funcionalidades da rede Frame Relay, os equipamentos de usuários devem garantir a transmissão de informações fim-a-fim sem erros. Felizmente, a maioria desses equipamentos, principalmente aqueles destinados a aplicações do tipo LAN, já tem inteligência e capacidade de processamento para executar essa funcionalidade. A tabela a seguir apresenta uma comparação entre os circuitos TDM, o protocolo X.25 e o Frame Relay. 9
  • 10. 10 Circuitos Virtuais (Virtual Circuits) A tecnologia Frame Relay é baseada no uso de Circuitos Virtuais (VC's). Um VC é um circuito de dados virtual bidirecional configurado entre 2 portas quaisquer da rede, que funciona como um circuito dedicado. Existem 2 tipos de VC's, conforme descrito a seguir: 1) Permanent Virtual Circuit (PVC) O PVC foi primeiro tipo de circuito virtual padronizado para o Frame Relay a ser implementado. Ele é configurado pelo operador na rede através do sistema de Gerência de Rede, como sendo uma conexão permanente entre 2 pontos. Seu encaminhamento através dos equipamentos da rede pode ser alterado ao longo do tempo devido à falhas ou reconfigurações de rotas, porém as portas de cada extremidade são mantidas fixas e de acordo com a configuração inicial. A configuração dos PVC's requer um planejamento criterioso para levar em consideração o padrão de tráfego da rede e o uso da banda disponível. Sua utilização é destinada a aplicações permanente e de longo prazo e são uma alternativa aos circuitos dedicados dos sistemas TDM com boa relação custo / benefício. 2) Switched Virtual Circuit (SVC) O SVC também foi padronizado para o Frame Relay desde o princípio, mas só foi implementado mais recentemente, quando surgiram novas demandas de mercado. Ele é disponibilizado na rede de forma automática, sem intervenção do operador, como um circuito virtual sob demanda, para atender, entre outras, as aplicações de Voz que estabelecem novas conexões a cada chamada. O estabelecimento de uma chamada usando o protocolo de sinalização do SVC (ITU-T Q.933) é comparável ao uso normal de telefone, onde a aplicação de usuário especifica um número de
  • 11. destinatário para completar a chamada, e o SVC é estabelecido entre as portas de origem e destino. O estabelecimento de SVC's na rede é mais complexo que os PVC's, embora seja transparente para o usuário final. A conexões devem ser estabelecidas de forma dinâmica na rede, atendendo as solicitações de destino e banda das diversas aplicações de usuários, e devem ser acompanhadas e cobradas de acordo com o serviço fornecido. Enquanto o PVC oferece o ganho relativo ao uso estatístico de banda do Frame Relay, o SVC propicia a conectividade entre quaisquer pontos de origem e destino, o que resulta em flexibilidade e economia para o projeto da rede. 11 Estrutura do Frame O protocolo do Frame Relay utiliza um frame com estrutura comum e bastante simplificada, conforme demonstram a figura e a descrição a seguir:
  • 12. 12  Flags: Indicam o início e o fim de cada frame.  Cabeçalho: Carrega as informações de controle do protocolo. É composto por 2 bytes com as seguintes informações:  DLCI (Data Link Connection Identifier), com 10 bits, representa o número (endereço) designado para o destinatário de um PVC dentro de um canal de usuário, e tem significado local apenas para a porta de origem (vide figura abaixo);  C/R (Command / Response), com 1 bit, é usado pela aplicação usuária;  FECN (Foward Explicit Congestion Notification), com 1 bit, é usado pela rede para informar um equipamento receptor de informações que procedimentos de prevenção de congestionamento devem ser iniciados;  BECN (Backward Explicit Congestion Notification), com 1 bit, é usado pela rede para informar um equipamento transmissor de informações que procedimentos de prevenção de congestionamento devem ser iniciados;  DE (Discard Eligibility Indicator), com 1 bit, indica se o frame pode ser preferencialmente descartado em caso de congestionamento na rede;  EA (Extension Bit), com 2 bits, é usado para indicar que o cabeçalho tem mais de 2 bytes, em caso especiais;  Informação de usuário: Contém as informações da aplicação usuária a serem transportadas através da rede Frame Relay.  FCS : O FCS (Frame Check Sequence) representa o CRC padrão de 16 bits usado pelo protocolo Frame Relay para detectar erros existentes entre o Flag de início do frame e o próprio FCS, e pode ser usado apenas para frames com até 4096 bytes. A figura a seguir exemplifica DLCI's configurados a partir de uma mesma porta para vários destinatários em locais distintos da rede.
  • 13. Além disso, os frames podem ter comprimento variável e, dependendo do tipo de informação da aplicação do usuário, seu tamanho pode variar de alguns poucos até milhares de caracteres. Esta funcionalidade, similar ao X.25, é essencial para a interoperabilidade com aplicações do tipo LAN e outros tipos de tráfego síncrono. Essa facilidade, porém, faz com que o atraso (delay) varie em função do tamanho do frame. Entretanto, a tecnologia Frame Relay tem sido adaptada para atender até mesmo as aplicações sensíveis a atraso (delay), como é o caso da Voz. 13 Fluxo das informações O fluxo básico das informações em uma rede Frame Relay é descrito a seguir:  As informações são enviadas através da rede Frame Relay usando o DLCI, que especifica o destinatário do frame;  Se a rede tiver algum problema ao processar o frame devido à falhas ou ao congestionamento nas linhas de dados, os frames são simplesmente descartados;
  • 14.  A rede Frame Relay não executa a correção de erros, pois ela considera que o protocolo da aplicação de usuário executa a recuperação de falhas através da solicitação de retransmissão dos frames perdidos;  A recuperação de falhas executada pelo protocolo da aplicação, embora confiável, apresenta como resultado o aumento do atraso (delay), do processamento de frames e do uso de banda, o que torna imprescindível que a rede minimize o descarte de frames;  A rede Frame Relay requer circuitos da rede de transmissão com baixas taxas 14 de erros e falhas para apresentar boa eficiência;  Em redes de transmissão de boa qualidade, o congestionamento é de longe a causa mais freqüente de descarte de frames, demandando da rede Frame Relay a habilidade de evitar e reagir rapidamente ao congestionamento como forma de determinar a sua eficiência. Frame Relay: Sinalização Embora o protocolo Frame Relay tenha sido desenvolvido para ser o mais simples possível, e a sua premissa básica determinar que os eventuais problemas de erros da rede deveriam ser resolvidos pelos protocolos dos equipamentos de usuário, surgiram ao longo do tempo necessidades que levaram os órgão de padronização a definir mecanismos de sinalização para três tipos de situações:  Aviso de congestionamento;  Estado das conexões;  Sinalização SVC.
  • 15. Entretanto, a implementação desses mecanismos é opcional e, embora a rede seja mais eficiente com a sua adoção, os equipamentos que não os implementam devem atender pelo menos as recomendações básicas do Frame Relay. 15 Aviso de Congestionamento A capacidade de transporte da Rede Frame Relay é limitada pela sua banda disponível. Conforme o tráfego a ser transportado aumenta, a banda vai sendo alocada até o limiar onde não é possível receber o tráfego adicional. Quando atinge esse limiar, a rede é considerada congestionada, embora ainda possa transportar todo o tráfego entrante. Caso os equipamentos de usuário continuem a enviar tráfego adicional, a rede é levada ao estado de congestionamento severo, o que provoca a perda de pacotes por falta de banda. Nesse estado, os procedimentos de reenvio de pacotes perdidos dos equipamentos usuários concorrem com o tráfego existente e a rede entra em acentuado processo de degradação. Para evitar esse tipo de situação, foram definidos os seguintes mecanismos de aviso de congestionamento: 1) Aviso Explícito de Congestionamento Este mecanismo utiliza os bits FECN e BECN do cabeçalho do frame, descrito anteriormente, para avisar os equipamentos de usuários sobre o estado da rede. A figura abaixo ilustra um exemplo onde o equipamento B está atingindo o estado de congestionamento, como resultado de um pico temporário de tráfego entrante,
  • 16. oriundo de vários equipamentos, ou de um congestionamento no tronco que interliga B e C. A identificação do congestionamento é feita pelo equipamento B, baseado no estado de seus buffers internos ou no tamanho de suas filas de frames a enviar. Nesse momento B ativa o bit FECN nos frames a serem enviados para avisar que a rede está congestionada. Desta forma todos os equipamentos de rede e de usuário envolvidos no caminho entre B e o destino dos DLCIs afetados tomam conhecimento desse fato. Dependendo da inteligência do protocolo da aplicação de usuário, procedimentos de recuperação de falha podem ser iniciados. Além de informar os equipamentos de destino, B ativa também o bit BECN. Novamente, todos os equipamentos de rede e de usuário envolvidos no caminho entre B e a origem dos DLCIs afetados tomam conhecimento do congestionamento. Dependendo da inteligência do protocolo da aplicação de usuário, procedimentos de diminuição de tráfego a ser enviado para a rede podem ser iniciados. O processo de ativação dos bits FECN e BECN pode ocorrer simultaneamente em vários DLCIs, como resultado da ocorrência de congestionamento, avisando vários equipamentos de origem e destino. 16 2) Aviso Implícito de Congestionamento
  • 17. Alguns protocolos dos equipamentos de aplicação, como o TCP/IP, possuem mecanismos para verificar o congestionamento da rede. Esses protocolos analisam, por exemplo, o atraso (delay) de resposta dos frames enviados ou a perda de frames, para detectar de forma implícita se a rede está congestionada. Esses protocolos limitam o envio de tráfego para a rede por meio de uma janela de tempo, que permite o envio de um determinado número de frames antes que uma resposta seja recebida. Quando detecta que um congestionamento está ocorrendo, o protocolo reduz a janela de tempo, o que reduz o envio de frames, diminuindo o carregamento da rede. Esse mesmo procedimento de ajuste da janela de tempo é normalmente usado pelos equipamentos de usuário como resultado da sinalização de congestionamento explícito dos bits FECN e BECN. Os avisos explícito e implícito de congestionamento são complementares, e devem ser usados de forma conjunta para avaliar o envio de tráfego para a rede, como forma de evitar eventuais congestionamentos. 17 3) Elegibilidade para Descarte Alguns equipamentos de usuário não têm inteligência ou capacidade de processamento para analisar os avisos de congestionamento, que de fato são a parte opcional do padrão Frame Relay. Entretanto, como parte do padrão básico do Frame Relay existe no cabeçalho do protocolo o bit DE que, se ativado, indica aos equipamentos da rede que o frame pode ser descartado em caso de congestionamento. Para definir o procedimento de ativação do bit DE, o padrão Frame Relay definiu o CIR (Committed Information Rate), que representa a capacidade média de informação de um circuito virtual. Para cada VC a ser ativado na rede, o usuário deve especificar o CIR de acordo com a necessidade de sua aplicação. Normalmente o CIR é especificado como sendo uma porcentagem da capacidade máxima da porta física onde é conectado o equipamento de aplicação do usuário, ou
  • 18. seja, para uma porta de 64 kbits/s, por exemplo, pode-se adotar um CIR de 32 kbits/s (50%) a ser configurado para o VC 18 Sinalização SVC A sinalização SVC trata apenas do estabelecimento e controle de um determinado SVC, de forma automática na rede. Diferente dos 2 tipos de sinalização anteriores, onde o resultado da sinalização é informado aos operadores da rede Frame Relay, a sinalização SVC não informa qual o estado atual da rede. Ela é apenas um procedimento para estabelecer um SVC de acordo com a demanda de uma determinada aplicação de usuário. O padrão Frames Relay define as mensagens e os procedimentos necessários para ativar um SVC. Basicamente a rede avisa o destinatário que existe uma demanda para estabelecer uma conexão, e ele deve decidir de aceita ou não. Se for aceita, a rede configura o SVC na rede entre a origem da demanda e o destinatário. Assim que o SVC estiver ativo, os equipamentos de aplicação da origem e do destino podem iniciar a transferência de informações. Quando os equipamentos de aplicação não necessitarem mais da conexão, qualquer um ou ambos avisam a rede, que por sua vez desativa o SVC. Durante o período em que o SVC está ativo, informações de tempo de duração e banda, entre outras, são armazenadas para uso dos sistemas de cobrança.
  • 19. 19 Frame Relay: Padrões e Recomendações A tecnologia Frame Relay surgiu como um desmembramento do desenvolvimento do padrão ISDN. O protocolo foi desenvolvido para transportar sinalização de canal D do ISDN, e tinha características que poderiam ser utilizadas em outras aplicações. Uma delas era o fato de que o protocolo podia configurar circuitos virtuais na camada Enlace de Dados (layer 2), no nível de frame, ao invés da camada de Rede (layer 3) do X.25, o que o simplificava muito. Esse desmembramento fez com que rapidamente a tecnologia Frame Relay tivesse um conjunto de especificações prontas e aprovadas pelos dois órgãos internacionais envolvidos na sua padronização: o ANSI (EUA) e o ITU-T (Europa). O padrão básico inicial do Frame Relay foi aprovado inicialmente em 1990 pelo ANSI, e sua complementação foi aprovada em 1991. As recomendações do ITU-T para o Frame Relay estão alinhadas como os padrões ANSI. A tabela abaixo apresenta os principais padrões ANSI e recomendações ITU-T vigentes para o Frame Relay. Com o objetivo de prover interoperabilidade, os equipamentos da rede Frame Relay devem atender pelo menos o método básico de transporte de dados especificado no padrão ANSI, que determina o uso de DLCI's em cabeçalhos de 2 bytes no frame.
  • 20. Embora o uso de mecanismos de sinalização e controle seja opcional, eles são essenciais para garantir que a rede Frame Relay funcione com o desempenho adequado. Além dos órgãos de padronização, foi fundado o FR Fórum, que é uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover o uso e a implementação do Frame Relay baseado nos padrões e recomendações vigentes. O Fórum desenvolve e aprova Acordos de Implementação (IA - Implementation Agreements) que garantam a interoperabilidade do Frame Relay. Desde os primeiros IA's, foram definidas funcionalidades adicionais, tais como procedimentos de multicast, encapsulamento multiprotocolo e sinalização SVC, para aumentar a capacidade das redes Frame Relay. 20 A tabela a seguir apresenta os principais IA's vigentes.
  • 21. 21 Frame Relay: Aplicações As aplicações típicas da tecnologia Frame Relay são apresentadas a seguir. Interligação de Redes LAN A interligação das redes LAN de vários escritórios compondo uma rede WAN, é uma aplicação típica para o uso da tecnologia Frame Relay. O tráfego usual das redes de dados é normalmente de 2 tipos: interativo (comando - resposta), ou seja, solicitação de usuários e aplicações clientes e respostas de aplicações servidoras, e por rajadas (bursty), quando grandes quantidades de dados são transferidas de forma não contínua. O Frame Relay, através de roteadores ou equipamentos de acesso (FRAD) instalados nos escritórios, permite utilizar uma porta única em cada escritório para compor redes do tipo malha (meshed) onde a comunicação de um escritório com todos os outros é possível sem a complexidade do uso de múltiplas portas e múltiplos circuitos dedicados.
  • 22. Além disso, o uso dos circuitos virtuais do Frame Relay para compor a rede permite tempos de provisionamento muito menores e reconfiguração de rede ou aumento de banda com maior facilidade. 22 Interligação SNA – LAN A tecnologia Frame Relay possui facilidades de encapsulamento de múltiplos protocolos. O protocolo da tecnologia SNA pode ser utilizado sobre o Frame Relay para interligar computadores de grande porte com escritórios, agências bancárias e outras aplicações onde o acesso a esses computadores de missão crítica se faz de forma remota. O tempo de latência (delay), as taxas de transferência de dados, a disponibilidade e o gerenciamento de rede oferecidos pelo Frame Relay, torna esse tipo de aplicação de missão crítica viável e com custos aceitáveis.
  • 23. Estas funcionalidades permitem aos roteadores e dispositivos de acesso Frame Relay (FRAD), que fornecem a conectividade de rede, suportarem o tráfego de sistemas SNA, sensíveis a atrasos (delays), e de redes LAN simultaneamente com o desempenho adequado. Ainda nesse mesmo ambiente, os equipamentos Frame Relay possuem interfaces prontas para o protocolo SDLC, e para sistemas BSC. 23 Voz sobre Frame Relay (VoFR) A tecnologia Frame Relay também possui facilidades para o transporte de Voz, fax e sinais de modens analógicos atendendo os requisitos de atraso (delay) específicos para esse tipo de aplicação. Para a maioria dos administradores de rede de Voz e dados, a possibilidade de transportar a Voz proveniente de PABX's, sinais de fax e de modens, e dados através da mesma porta Frame Relay e usando procedimentos comuns de
  • 24. gerenciamento e manutenção atende os requisitos de redução de custos e de complexidade das grandes redes corporativas. Deve-se entretanto levar em consideração a qualidade do serviço prestado pela rede multisserviços de terceiros para que o resultado nas aplicações de Voz, fax e modem possam ainda atender os requisitos aplicáveis aos serviços convencionais. 24 Interação Frame Relay – ATM Para buscar aumentar a interoperabilidade do Frame Relay com outros protocolos de dados, o FR Fórum e o ATM Fórum, os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento de Acordos de Implementação (IA's), desenvolveram padrões para interligar equipamentos dessas tecnologias através de PVC's. Foram padronizadas duas formas de interoperabilidade. A primeira, chamada de Frame Relay/ATM Network Interworking for PVC's, padroniza uma funcionalidade
  • 25. 25 responsável pelo encapsulamento dos PVC's para que os mesmos possam ser transportados indistintamente nas redes da 2 tecnologias. Seu uso típico ocorre quando a rede Frame Relay tem com núcleo uma rede ATM, para otimizar ainda mais o uso de banda e a segurança. A figura a seguir apresenta esta solução. A segunda forma de interoperabilidade, chamada de Frame Relay/ATM Service Interworking for PVC's, padroniza uma funcionalidade responsável pela conversão dos protocolos (FR <--> ATM), que pode ser incorporada tantos aos equipamentos de acesso como aos equipamentos da rede. Seu uso típico ocorre quando o usuário possui redes Frame Relay em alguns escritórios que devem se interligar com a rede ATM da matriz. A figura a seguir apresenta esta solução.
  • 26. 26 Interação com outros protocolos Outras aplicações vem sendo desenvolvidas para o uso da tecnologia Frame Relay. Atualmente muitos acessos a internet ou a redes IP, e mesmos serviços VPN utilizam como meio de transporte das informações as redes Frame Relay, para otimizar o projeto da rede e simplificar os processos de ativação e reconfiguração. Frame Relay: Considerações Finais A tecnologia Frame Relay é aplicável em inúmeros casos principalmente para compor as redes WAN (inter-offices) dos usuários finais, através dos recursos das redes multisserviços implantadas pelos prestadores de serviços existentes no mercado. Entretanto, a migração de redes convencionais, baseadas em circuitos dedicados, para redes Frame Relay torna-se um desafio, visto que os requisitos de confiabilidade, desempenho e performance do usuário final devem ser atendidos na nova tecnologia, e os prestadores de serviço buscam maximizar os ganhos obtidos com a implantação dessas redes estatísticas. O usuário final deve fazer um planejamento detalhado para compor a nova rede WAN de forma a continuar atendendo os seus próprios requisitos, e fazer um plano de migração que indique passo a passo as atividades a serem executadas, os recursos necessários e os resultados esperados.
  • 27. 27 A nova rede deve ser planejada levando em consideração:  Os requisitos de sua rede atual relativos a banda máxima necessária, latência (delay máximo) aceitável e disponibilidade, e os requisitos adicionais para a nova rede;  O impacto da nova tecnologia nos procedimentos de gerenciamento e manutenção da rede, definindo claramente os limites entre o usuário e o prestador de serviços e as ferramentas a serem utilizadas para configuração de serviços e detecção de falhas;  O comprometimento do SLA atual com a implantação da nova tecnologia, em termos de latência, disponibilidade da rede, tempo de recuperação, entre outros requisitos;  O planejamento da nova rede deve atender a necessidades atuais e futuras de banda para a implantação de novas aplicações, aumento de usuários, etc. O usuário deve ainda analisar o perfil de suas aplicações para verificar o quanto elas podem se beneficiar do uso da nova tecnologia. Alguns critérios são apresentados a seguir:  Número de escritórios a serem interligado: quanto maior, maior a otimização pelo uso do Frame Relay;  Velocidade: se a rede atual usa circuitos dedicados de baixa capacidade e está chegando ao limite da banda, a nova rede pode usufruir de velocidades mais altas com custos aceitáveis;  Rede atual com equipamentos de vários fornecedores e vários protocolos: a nova rede é compatível com fornecedores e protocolos diversos nativamente;  Se a rede atual foi implementada com muitos circuitos dedicados para interligar todos os escritórios, a nova rede pode usar uma única porta em cada escritório com múltiplos circuitos virtuais, reduzindo os seus custos;  Tráfego do tipo interativo e rajada: se este é o perfil do tráfego atual, a nova rede tem plena capacidade para transporta-lo com eficiência;  Grandes distâncias: se os escritórios têm distâncias geográficas muito grandes, as redes Frame Relay normalmente são cobradas por banda e portas e não por distância, o que pode reduzir o seu custo.
  • 28. 28 Conclusão Portanto o frame relay possui a vantagem de garantir que os frames sejam entregues na ordem em que são transmitidos. Este serviço, baseado nos dois primeiros níveis do modelo OSI, transmite quadros, baseado em muiltiplexação estatística, onde cada quadro possui a informação de endereçamento necessária para que este seja entregue ao destino final, possibilitando quadros de tamanho variável, obtendo assim uma utilização mais eficiente da largura de banda disponível. Este serviço suporta múltiplos protocolos e aplicações e diversos ambientes de clientes, sobre uma mesma interface de rede. É muito utilizado para comunicação entre LAN’s ou Internet.
  • 29. 29 Perguntas e Respostas 1) O que é Frame Relay ? Resposta: O Frame Relay é uma tecnologia de comunicação de dados de alta velocidade que é usada em muitas redes ao redor do mundo para interligar aplicações do tipo LAN, SNA, Internet e Voz. 2) Uma rede Frame Relay é composta por? Resposta: Equipamentos de usuários (PCs, estações de trabalho, servidores, computadores de grande porte, etc.) e suas respectivas aplicações; Equipamentos de acesso com interface Frame Relay (bridges, roteadores de acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc.); Equipamentos de rede (switches, roteadores de rede, equipamentos de transmissão com canais E1 ou T1, etc.) 3) Como é feita a conversão dos dados para o protocolo Frame Relay? Resposta: A conversão dos dados para o protocolo Frame Relay é feita pelos equipamentos de acesso. Os frames gerados são enviados aos equipamentos de rede, cuja função é
  • 30. basicamente transportar esse frames até o seu destino, usando os procedimentos de chaveamento ou roteamento próprios do protocolo. 4) Por que a rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem? 30 Resposta: A rede Frame Relay é sempre representada por uma nuvem, já que ela não é uma simples conexão física entre 2 pontos distintos. A conexão entre esses pontos é feita através de um circuito virtual (virtual circuit) configurado com uma determinada banda. A alocação de banda física na rede é feita pacote a pacote, quando da transmissão dos dados. 5) Quais as vantagens e restrições da tecnologia Frame Relay ? Resposta: A tecnologia Frame Relay oferece vários benefícios, quando comparada com outras tecnologias: - Custo de propriedade reduzido (equipamentos mais simples); - Padrões estáveis e largamente utilizados, o que possibilita a implementação de plataformas abertas e plug-and-play; - Overhead reduzido, combinado com alta confiabilidade; - Redes escaláveis, flexíveis e com procedimentos de recuperação bem definidos; - Interoperabilidade com outros protocolos e aplicações, tais como ATM e TCP/IP.
  • 31. Entretanto, para as vantagens do Frame Relay serem efetivas, 2 requisitos devem ser atendidos: - Os equipamentos de usuário devem utilizar aplicações com protocolos inteligentes, que controle o fluxo das informações enviadas e recebidas; 31 - A rede de transporte deve ser virtualmente a prova de falhas. 6) Em relação a tecnologia Frame Relay, explique o que é Circuitos Virtuais (Virtual Circuits). Resposta: A tecnologia Frame Relay é baseada no uso de Circuitos Virtuais (VC's). Um VC é um circuito de dados virtual bidirecional configurado entre 2 portas quaisquer da rede, que funciona como um circuito dedicado. 7) Quais os dois tipos de Circuitos Virtuais (Virtual Circuits) Resposta: Permanent Virtual Circuit (PVC), Switched Virtual Circuit (SVC) 8) Quais dispositivos agregam e convertem dados em pacotes Frame Relay.? Resposta: bridges, roteadores de acesso, dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc. 9) Em quais camadas do modelo OSI opera o protocolo Frame Relay?
  • 32. 32 Resposta: camadas física e de enlace de dados do modelo OSI 10) Qual tipo de rede que é mais usado o protocolo Frame Relay? Resposta: WANs
  • 33. 33 Bibliografia https://www.google.com.br/ http://www.teleco.com.br/