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Produção de mudas de plantas
nativas do Cerrado
Projeto Semeando o Bioma Cerrado
Edifício Finatec, Bloco “H” - Campus UnB
Cep: 70.910-900 - Brasília/DF
Telefone: (61) 3348-0423
E-mail: redecerrado@finatec.org.br
Patrocínio
Parceiros
REALIZAÇÃO
Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental
Núcleo de Produção Vegetal
AGRADECIMENTOS
Aos servidores do Núcleo de Produção Vegetal da
Granja Modelo do Ipê, responsáveis pela produção de
milhares de mudas de espécies nativas do bioma Cer-
rado, cujo convívio e troca de experiências em muito
contribuiu para a elaboração desta cartilha e aos profis-
sionais do herbário e do viveiro do Jardim Botânico de
Brasília, com os quais temos compartilhado e adquirido
conhecimentos na coleta de sementes e identificação
de espécies, nossos sinceros agradecimentos.
PARCERIA
Rede de Sementes do Cerrado
SEAPA/DF
Edifício sede: Setor de Áreas Isoladas Norte – SAIN
Parque Rural
CEP 70620-000 – Brasília - DF
Fone 3051.6360 – Fax: 3347.9322
Home page: www.sa.df.gov.br
e-mail: nra.seapa@gmail.com
Governador do Distrito Federal
Agnelo Queiroz
Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
Lúcio Taveira Valadão
Subsecretário de Desenvolvimento Rural e
Agricultura
José Nilton Campelo
Diretoria de Desenvolvimento Sustentável e Pro-
dução - DDP
Fernando Cleser Moreno de Almeida
Gerência de Tecnologia e Produção - GTP
Marília Tiberi Caldas
Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental - NRA
Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana
Núcleo de Produção Vegetal - NPV
Cláudio Silva
Equipe Técnica
Germana Maria C. Lemos Reis (Engenheira Florestal)
Marília Tiberi Caldas (Engenheira Agrônoma)
Júlio Otávio Costa Moretti (Engenheiro Agrônomo)
Alba Evangelista Ramos (Bióloga)
Gilberto Cotta de Figueirêdo (Engenheiro Mecânico)
Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana (Engenhei-
ra Agrônoma)
Rogério Ferreira do Rosário (Técnico em Agropecu-
ária)
Fotos:
Equipe NRA
Direitos autorais reservados à SEAPA/DF.
Permitida à reprodução total ou parcial, desde que
citada a fonte.
Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental - NRA
SAIN Parque Rural Ed. Sede SEAPA
70.620-000 Brasília – DF - Tel. (61) 3051.6360
E-mail: nra.seapa@gmail.com
SEAPA/DF
Produção de Mudas de Plantas Nativas do Cerrado. Germana Maria C. Lemos Reis, Marília Tiberi
Caldas, Júlio Otávio Costa Moretti, Alba Evangelista Ramos, Gilberto Cotta de Figueirêdo,
Rogério Ferreira do Rosário, Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana,– Brasília-DF: SEA-
PA, 2011.
	 36 pg. : il
1. Propagação vegetal. 2. Viveiro de plantas. 3. Reabilitação Ambiental da Área Rural. I.
Reis, Germana Maria C. Lemos. II. Caldas, Marília Tiberi. III. Moretti, Júlio Otávio Costa.
IV. Ramos, Alba Evangelista. V. Figueirêdo, Gilberto Cotta de. VI. Rosário, Rogério Ferreira
do. VII Viana, Juliana Lopes Rodrigues de Sousa. VIII. Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal.
Catalogação
Brasília, 2011
Produção de mudas de plantas
nativas do Cerrado
Diretoria da Rede de Sementes do Cerrado (2010 – 2012)
Presidente
Maria Magaly Velloso da Silva Wetzel
Vice-Presidente
Celúlia Maria R. F. Maury
Secretária
Regina Célia Fernandes
Tesoureira
Carmen Regina M. A. Correa
Conselho Consultivo
Ana Palmira Silva
Manoel Cláudio da Silva Júnior
Alba Evangelista Ramos
José Carlos Sousa Silva
Conselho Fiscal
Sarah Christina Caldas Oliveira
Germana Maria Cavalcanti Lemos Reis
Antonieta Nassif Salomão
Luiz Cláudio Siqueira Jorge
Coordenador do Projeto “Semeando o Bioma Cerrado”
José Rozalvo Andrigueto
Projeto Gráfico, diagramação e ilustrações
Ct. Comunicação
AGRADECIMENTOS
A Rede de Sementes do Cerrado é uma instituição jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, re-
gida por estatuto próprio e sediada em Brasília. Tem por finalidade a conservação,
o manejo, a recuperação, a promoção de estudos e pesquisas e divulgação de
informações técnicas e científicas do Bioma Cerrado.
A Rede de Sementes do Cerrado mantém contratos de cooperação e colabo-
ração com a Embrapa, IBRAM, Oca Brasil, CRAD/UnB, UFG, SEAPA, IFB, Eco
Câmara, entre outros.
Nestes últimos anos a Rede tem desenvolvido os seguintes projetos: capacitação de
pequenos agricultores da Bahia - MMA; levantamento de dados secundários do Rio
São Francisco- MMA; XIII Feira de Sementes dos Índios Kraôs - USAID; recuperação de
nascentes do DF- IBRAM/SEAPA e, no ano de 2011, iniciou o Projeto Semeando o Bio-
ma Cerrado, patrocinado pela Petrobras dentro do Programa da Petrobras Ambiental.
Dentro deste projeto está prevista a realização de 24 cursos visando a capaci-
tação de 360 pessoas para o exercício das atividades em seis áreas temáticas:
identificação de árvores do Bioma Cerrado; seleção e marcação de árvores ma-
trizes; coleta e manejo de sementes, beneficiamento, embalagem e armazena-
mento de sementes; produção de mudas de espécies florestais; viveiros: projetos,
instalação, manejo e comercialização. Para cada curso realizado está prevista a
elaboração de uma cartilha com as informações básicas dos temas.
A Rede de Sementes do Cerrado agradece a Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal - SEAPA/DF pela cessão dos direitos
autorais da cartilha - Produção de Mudas de Plantas Nativas do Cerrado. Também
agradece aos membros do Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental e aos
membros do Núcleo de Produção Vegetal, responsáveis pelo brilhante trabalho
de produção de milhares de mudas de espécies nativas para a recuperação do
Bioma Cerrado e pela elaboração desta excelente cartilha que visa colaborar com
o desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva de sementes e mudas florestais
de espécies nativas a adequarem-se à legislação e adotarem modelos eficientes
de produção promovendo desenvolvimento sustentável.
Maria Magaly V. da Silva Wetzel
Presidente da Rede de Sementes do Cerrado
José Rozalvo Andrigueto
Coordenador do Projeto
APRESENTAÇÃO
O Cerrado brasileiro tornou-se grande celeiro de alimentos para o Brasil e para o
mundo revelando-se grande produtor de grãos e de carne, entre outros. Entretan-
to, esse desenvolvimento da agricultura e pecuária ocasionou a perda de áreas
naturais para a implantação das lavouras e em alguns casos o uso das áreas de
preservação permanente e de reserva legal, comprometendo a quantidade e qua-
lidade dos recursos hídricos.
A responsabilidade socioambiental é de todos. E a atividade agrícola tem de estar
muito comprometida com essa premissa. Assim, como principal usuária dos re-
cursos hídricos, deve contribuir para a manutenção de processos que garantam a
oferta de água. Por isso, é de fundamental importância que os produtores rurais se
engajem no desafio de revegetar as matas ciliares, fonte de água e biodiversidade.
Com esse intuito, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do DF lançou o
Programa de Reabilitação Ambiental da Área Rural do DF cujos objetivos abrangem a
adimplência ambiental das propriedades rurais com destaque para a proteção de ma-
nanciais, revegetação das áreas de preservação permanente, incentivo à averbação
e plantio das reservas legais, conservação do solo e uso das boas práticas agrícolas.
Um dos instrumentos utilizados no Programa é a capacitação de produtores ru-
rais em instalação e operação de viveiros de produção de mudas. Esta atividade
pode representar um acréscimo na renda do produtor rural na medida em que ele
passa a produzir e ofertar mudas ao mercado, além de utilizá-las na revegetação
de suas propriedades para proteção dos recursos hídricos ou mesmo implantar
pomares de frutos e sementes.
A parceria com a Rede de Sementes do Cerrado representa um caminho para
estender a experiência do Distrito Federal na capacitação de produtores rurais
para outros locais no bioma Cerrado. Essa cartilha busca subsidiar o produtor
rural quanto à implantação e operação de um viveiro permanente de produção de
mudas de espécies nativas, além de descortinar outras possibilidades de negó-
cios envolvendo sementes e mudas.
Temos a certeza que esta parceria será prolífica, ganhando o Cerrado e todos
nós, habitantes deste Bioma.
Lucio Taveira Valadão
Secretário de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal
sumário
I. Introdução 06
II. Construção do viveiro 07
III. Produção de mudas 10
IV. Dormência 12
V. Beneficiamento das sementes 13
VI. Armazenamento 15
VII. Preparação do substrato 16
VIII. Semeadura 17
IX. Canteiros 20
X. Raleio ou desbaste 21
XI. Transplantio 22
XII. Luminosidade 23
XIII. Rega 23
XIV. Irrigação 24
XV. Controle fitossanitário e tratos culturais 25
Referências bibliográficas 26
Anexos 28
6Semeando o Bioma Cerrado
I. INTRODUÇÃO
Viveiros florestais são áreas com um conjunto de benfeitorias e utensílios, em que
se empregam técnicas visando obter o máximo da produção de mudas. Existem
dois tipos de viveiro:
 Viveiro permanente - onde são produzidas mudas de maneira contínua e por
tempo indeterminado, ou para comercialização;
 Viveiro temporário - onde as mudas são produzidas para uma determinada área
e por um período limitado.
Todos os procedimentos pertinentes à produção e comercialização de sementes
e mudas em viveiros permanentes devem seguir a Lei 10.711 de 05 de agosto de
2003, regulamentada pelo Decreto n° 5.153 de 23 de julho de 2004, Diário Oficial
da União.
O interessado deverá inscrever o viveiro de produção de mudas no RENASEM
(Registro Nacional de Sementes e Mudas) do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) - Superintendência Federal de Agricultura no Distrito
Federal (SFA), Divisão Técnica (DF) do Serviço de Fiscalização de Insumos Agro-
pecuários (SEFAG).
Para tanto, deverá ter um responsável técnico (Eng. Agrônomo ou Eng. Florestal),
que possua registro profissional no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Ar-
quitetura e Agronomia) – e inscrição no RENASEM.
7 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
II. CONSTRUÇÃO DO VIVEIRO
a) Escolha do local
O viveiro deve ser instalado em ambiente totalmente ensolarado e livre de ventos
fortes, em local quase plano ou pouco inclinado, com declividade de 1% a 3%, o
suficiente para evitar acúmulo de água no solo e para não comprometer as ativi-
dades de manejo e de produção das mudas.
100
1 a 3
Inclinação de 10 a 30 cm em 10 m
A proximidade de uma fonte de água de qualidade e constante, a disponibilidade
de mão de obra e material necessários para sua instalação e manutenção são
aspectos importantes e decisivos na instalação de um viveiro.
O local deve ser cercado para evitar o acesso de animais e plantadas árvores
para formar quebra-vento visando evitar danos nas sementeiras e mudas.
Locar o comprimento do viveiro no sentido Norte/Sul, para distribuição mais uni-
forme da luminosidade.
As linhas de plantio (canteiros) devem ser
montadas de forma que as plantas não fa-
çam sombra às outras. Isso é conseguido
com o alinhamento dos canteiros no sen-
tido Norte-Sul, pois as plantas receberão
aproximadamente a mesma quantidade de
energia.
O Mão esquerda Mão direita
L
S
N
8Semeando o Bioma Cerrado
Dificilmente a área escolhida, ou disponível para a instalação do viveiro, reunirá
todos os requisitos citados, devendo, em cada caso, serem levados em consi-
deração os que pareçam essenciais. Entretanto, fácil acesso, disponibilidade de
água e intensa iluminação solar são elementos considerados de grande impor-
tância.
b) Infraestrutura e dimensionamento
A área necessária para instalação de um viveiro depende da quantidade e do tipo
de mudas a serem produzidas, do método de propagação (sementes ou vegeta-
tiva), dimensões dos canteiros, passeios, estradas e instalações.
A área dos canteiros corresponde de 50% a 60% da área total do viveiro. O ta-
manho do viveiro é função da quantidade de mudas que se deseja produzir e
dos recipientes em que as mesmas estarão acondicionadas. Pode-se considerar,
para fins de projeto, a produção média de 30 mudas/m2
, com uso de saquinhos
apropriados de 20 x 30 cm. Adotando-se esses indicadores, pode-se definir a
área de viveiro a ser construído. Por exemplo, desejando-se produzir 4.000 mu-
das, a área de viveiro necessária será de 133 m2
. Adotando-se as dimensões de
12 x 12 m, temos uma área de 144 m2
e capacidade para cerca de 4.300 mudas.
Considerando um pé direito de 2,30 m, altura considerada satisfatória para mane-
jo e manutenção do telado, sugere-se o uso de esteios de madeira com 3 metros
de comprimento e 17 a 20 cm de diâmetro, enterrados 70 cm. Outros materiais
também podem ser usados na estrutura de sustentação da tela sombreadora, tais
como, caibros, bambu, perfis metálicos e pilares de concreto, dentre outros.
Há necessidade de uma infraestrutura mínima de apoio, como depósito para fer-
ramentas, defensivos e adubos, local para beneficiamento e armazenamento de
sementes, preparação de substrato e enchimento de embalagens, canteiro para
semeadura e estaquia e área a pleno sol para aclimatação das mudas.
Exemplo: um projeto de viveiro de módulo com área de 144 m2
, coberta com
sombrite com 50% de luminosidade (telado), para abrigar os canteiros, com pos-
sibilidade de produzir aproximadamente 4.300 mudas por ano, dependendo do
tamanho do recipiente. A proposta modular do anexo 1 permite a ampliação da
área de produção por meio da replicação do módulo, de acordo com a demanda
e o interesse do proprietário.
9 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
	
Construção do viveiro sombreado
(estrutura)
Construção do viveiro sombreado
costura da tela
Construção do viveiro sombreado – malha de
arame liso para sustentação da tela
Viveiro sombreado
c) Sistema de irrigação
Em viveiros de pequeno porte a irrigação pode ser feita utilizando-se regadores
ou mangueiras. Porém, em viveiros comerciais o sistema por aspersão é o mais
recomendado e o detalhamento do sistema deverá ser feito, caso a caso, por um
técnico especializado.
10Semeando o Bioma Cerrado
III. PRODUÇÃO DE MUDAS
Os principais procedimentos envolvidos na coleta do material a ser propagado são
a escolha de matrizes, a coleta propriamente dita e a opção do método de propa-
gação - sexuada (por sementes) ou assexuada (vegetativa – partes das plantas
- estaquia, enxertia, alporquia, mergulhia, cultura de tecidos), somados aos conhe-
cimentos básicos sobre germinação de sementes e propagação vegetativa.
a) Escolha de matrizes
É necessária a seleção de árvores matrizes, isto é, fornecedoras de sementes,
para acompanhamento do processo de formação das sementes, desde a polini-
zação até a maturação das mesmas, adotando-se um esquema de coleta quinze-
nal ou mensal dos frutos e sementes maduros.
As melhores sementes são obtidas de árvores adultas, sadias, vigorosas, que
apresentam boa forma do tronco, altura e distribuição de copa. No caso de frutí-
feras deve-se considerar a qualidade dos frutos e produtividade.
Organizar expedições de coleta requer o conhecimento das espécies, saber os
locais onde elas ocorrem, ter um calendário com as épocas de frutificação e pro-
mover o monitoramento da maturação dos frutos.
As matrizes devem ser marcadas e mapeadas de forma que possam ser facil-
mente encontradas posteriormente, de preferência usando um aparelho de GPS
portátil para registro das coordenadas geográficas.
A correta escolha da árvore matriz está em função do objetivo do plantio.
Escolha de matriz na mata Escolha de matriz no cerrado
11 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
b) Coleta de sementes
A coleta de sementes deve ser realizada pelo próprio viveirista uma vez que o
comércio de sementes de espécies nativas de Cerrado é incipiente.
Na região do Cerrado há frutificação de espécies durante todo o ano embora
entre os meses de março a junho exista menor número de espécies frutificando.
As espécies com frutos secos, de um modo geral, dispersam as sementes no
período seco, como ocorre com a aroeira, sucupira branca, gonçalo alves. Já as
espécies com frutos carnosos, apresentam maturação de frutos entre o início e o
meio da estação chuvosa, como pequi, mangaba e cagaita. As espécies de mata
de galeria concentram a dispersão das sementes do meio para o final da estação
seca (julho-setembro).
A coleta de sementes pode ser realizada diretamente das árvores ou no solo
quando se tratar de frutos grandes ou de sementes pesadas. Para garantir a qua-
lidade das sementes recomenda-se a coleta diretamente da copa das árvores.
O ideal é a coleta das sementes ser realizada de vários indivíduos visando garan-
tir maior variabilidade genética.
Uma vez colhidas, as sementes devem ser beneficiadas, secas, e logo semea-
das, evitando seu armazenamento.
São utilizados para a coleta equipamentos como veículo, podão, tesoura de poda,
saco, escada, lona plástica, etiqueta.
Coleta com podão em jerivá Coleta de fruta de veado
12Semeando o Bioma Cerrado
IV. DORMÊNCIA
A dormência ocorre quando, mesmo com as condições favoráveis à germinação,
as sementes viáveis de algumas espécies não germinam ou levam mais tempo
para germinar.
a) Causas da dormência
Embrião imaturo ou rudimentar; impermeabilidade à água; impermeabilidade a
gases; restrições mecânicas (tegumento duro); embrião dormente; ação de subs-
tâncias inibidoras (ácido abscísico, cumarinas, compostos fenólicos, alcalóides).
Mesmo com as condições favoráveis à germinação, as sementes viáveis de algu-
mas espécies podem apresentar dormência e levarem mais tempo para germinar.
Diversas espécies de Cerrado podem apresentar dormência, sendo mais comum,
a dificuldade de embebição de água em função da dureza do tegumento, princi-
palmente nas sementes de leguminosas.
Para a superação da dormência, o viveirista deve estar atento à literatura especí-
fica para escolher o método apropriado.
b) Métodos de superação
 Escarificação mecânica (uso de lixa);
 Escarificação ácida (ácido sulfúrico);
 Tratamento com água quente;
 Lavagem em água corrente;
 Secagem prévia;
 Pré-resfriamento ou substrato umedecido (5 a 10 ºC);
 Estratificação;
 Produtos químicos (ácido giberélico);
 Temperaturas alternadas;
 Exposição à luz.
13 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
Escarificação de sementes de jatobá Extração da semente de baru
V. BENEFICIAMENTO DAS SEMENTES
O beneficiamento abrange todas as atividades a que a semente está submetida,
desde a coleta até a embalagem, visando melhorar a qualidade física das semen-
tes. Consiste de todas as operações de preparo das sementes após a colheita,
tais como, manipulação, debulha, descascamento, despolpa, secagem, limpeza,
classificação, tratamento e embalagem.
Para algumas espécies, o beneficiamento é iniciado com a secagem ou extração
das sementes, sendo completado pelo uso de peneiras sob água corrente.
O beneficiamento será diferenciado de acordo com o tipo de frutos (secos ou
carnosos). As sementes são extraídas diretamente dos frutos secos e retiradas
as impurezas, como deve ocorrer com as sementes de ipês, angico. Os carnosos
são despolpados com o uso de água corrente, por exemplo, ingá, jenipapo.
RECEPÇÃO EXTRAÇÃO SECAGEM
ARMAZENAMENTO CLASSIFICAÇÃO
Fluxograma básico das etapas de beneficiamento de sementes
14Semeando o Bioma Cerrado
Beneficiamento de sementes de fruta de papagaio
Semente de baru beneficiada
Beneficiamento de jatobá
15 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
VI. ARMAZENAMENTO
O armazenamento de sementes é um método que permite o prolongamento da
vida das sementes, proporcionando qualidade e disponibilidade das mesmas ao
longo do ano.
As espécies possuem comportamentos diversos, por isso suportam tempos dife-
rentes de armazenamento.
Para armazenar sementes é ideal possuir locais adequados e secagem específi-
ca de acordo com a espécie.
Existem dois tipos de sementes, as ortodoxas que suportam secagem e armaze-
namento, como ipê, paineira, e as recalcitrantes as quais não suportam secagem
e, por isso, possuem o tempo de armazenamento curto comparado ao de outras
espécies, perdendo com isso facilmente a viabilidade, por exemplo, pinha do
brejo, manguito.
16Semeando o Bioma Cerrado
VII. PREPARAÇÃO DO SUBSTRATO
 A análise do solo antes da preparação do substrato orientará os procedimentos
para assegurar a qualidade quando à fertilidade dos componentes do subs-
trato.
 O preparo do substrato é uma das operações ou etapas fundamentais na for-
mação da muda.
 O substrato deve, de preferência, ser areno-argiloso, pois quando muito com-
pacto diminui a aeração e prejudica o desenvolvimento das raízes.
 Isento de sementes de plantas daninhas indesejáveis, de pragas e microorga-
nismos patogênicos.
 Para a produção de espécies de mata de galeria, o substrato deve possuir mis-
tura de subsolo de cerrado, areia e matéria orgânica (esterco de gado curtido)
na proporção 3:1:1, acrescido de 2 Kg de NPK 4-14-8 por m³ de substrato.
 Para as demais espécies de Cerrado usar substrato de terra pura de latossolo
vermelho amarelo misturada com esterco de gado curtido ou composto orgâ-
nico. Originalmente estes solos, além de pobres, são ácidos e por isso efetuar
calagem para correção da acidez.
Preparo de 1m3
de substrato suficiente para o enchimento de 200 a 250 sacos
plásticos, dependendo do seu tamanho:
 300 a 350 Kg de solo da região;
 300 a 350 Kg de esterco de gado curtido;
 300g de calcário dolomítico;
 400 a 600 g de superfosfato simples.
A terra deve ser peneirada antes de receber adubação química e ser colocada
nos sacos plásticos.
Para os canteiros de enraizamento de estacas pode-se utilizar uma mistura de
50% de areia e 50% de vermiculita, ou ainda, areia e esterco de curral na propor-
ção de 1:1.
17 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
Preparo do substrato e enchimento
de sacos plásticos
Substrato em sacos plásticos
	
VIII. SEMEADURA
A semeadura deve ser feita em sementeiras ou diretamente nas embalagens. No
caso de uso de sementeiras deve-se tomar cuidado durante o transplantio para
evitar a mortalidade das mudas, ocasionada principalmente por danos às raízes.
A utilização da semeadura em sementeiras é usualmente feita para espécies de
sementes muito pequenas e de difícil distribuição individualizada (quaresmeira)
ou de germinação baixa ou irregular (buriti, mamica de porca, pequi).
Nas embalagens plásticas, a semeadura direta tem a vantagem de permitir a sele-
ção das plantas, uniformizando por tamanho, além do melhor desenvolvimento do
sistema radicular. As sementes devem ser selecionadas escolhendo-se aquelas
livres do ataque de pragas ou doenças e as de maiores tamanhos.
A semeadura deve ser feita entre 2 e 3 cm de profundidade, dependendo do
tamanho da semente. Recomenda-se a semeadura logo após a coleta das se-
mentes.
18Semeando o Bioma Cerrado
Alguns cuidados precisam ser adotados antes, durante e após a semeadura para
sucesso na produção:
 Não deixar as sementes expostas ao tempo;
 Irrigar bem os canteiros antes da semeadura;
 Escarificar a superfície do substrato caso apresente crosta;
 Depositar as sementes no centro dos sacos plásticos;
 Não deixar as sementes expostas após a semeadura, cobri-las com o substrato
utilizado;
 Não remexer ou escarificar o recipiente até a emergência das plântulas;
 Colocar uma plaqueta de identificação constando a espécie, origem da semen-
te e data de semeadura;
 Regar diariamente.
	
A escolha da embalagem depende da escala de produção, espécie, tamanho
final da muda e tempo de permanência das mudas no viveiro. Para produção em
pequena escala podem ser utilizados materiais recicláveis como embalagem de
longa vida, garrafas pets, sacos de leite, latas, fazendo-se furos na base para
drenagem do excesso de água.
Os sacos plásticos, tubetes e bandejas de isopor são os tipos mais comuns de
embalagens nos viveiros de média e grande produção.
Utilizam-se frequentemente:
 Sacos plásticos de polipropileno, pretos, 8 a 10 perfurações na base com maior
disponibilidade no comércio, baixo custo e fácil manuseio no viveiro, nos tama-
nhos: 8x12 cm, 15x18 cm, 20x25 cm, entre outros. Para espécies de Cerrado
recomendam-se sacos plásticos com dimensões de 20 cm de diâmetro x 30 cm
de altura x 0,02 mm de espessura ou 14 cm x 25 cm x 0,02 mm.
 Tubetes para produção em grande escala; o custo inicial da instalação da in-
fraestrutura de suporte é elevado e há necessidade de manejo mais refinado.
19 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
Semeadura em tubete
Semeadura em sementeira de areia
Semeadura em bandeja de isopor
Semeadura direta em sacos plásticos
20Semeando o Bioma Cerrado
IX. CANTEIROS
Os canteiros são formados pelas embalagens plásticas provenientes da semea-
dura direta, da repicagem da sementeira ou do leito de enraizamento. Piquetes
ligados por fios de arame delimitam os canteiros.
Optando-se pelo uso de tubetes ou de bandejas de isopor, o canteiro é arranjado
a uma altura de 0,80cm a 1,0m e sustentado por suportes fixos no solo.
A largura dos canteiros deve ser de 1,00 a 1,20 m e a distância entre eles de 0,60
m, aproximadamente, para permitir os tratos culturais e a insolação adequada das
mudas do centro.
A locação dos canteiros, preferencialmente, é na direção norte-sul para recebe-
rem insolação mais uniforme e no sentido paralelo à inclinação do terreno, para
facilitar o escoamento da água de chuva ou excedente de irrigação, lembrando
que a inclinação do terreno deve ser suave para se evitar a ocorrência de enxur-
rada entre canteiros e a consequente erosão do solo.
Canteiros em viveiro sombreado Canteiros em pleno sol
21 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
X. RALEIO OU DESBASTE
 Na semeadura direta nos sacos plásticos, dependendo da espécie, colocar
mais de uma semente, para garantir a presença de, pelo menos, uma muda
por embalagem.
 Quando mais de uma semente germina, é necessário fazer um raleio ou des-
baste, deixando apenas a muda mais vigorosa e de melhor forma.
 O raleio é feito quando as mudas tiverem de dois a três pares de folhas defini-
tivas.
Muda de mangaba após raleio
Mudas de pequi após raleio
Mudas de jatobá após raleio
22Semeando o Bioma Cerrado
XI. TRANSPLANTIO
As mudas cultivadas em sementeiras, tubetes ou bandejas de isopor, quando
apresentarem seu segundo conjunto de folhas, devem ser transferidas para os
sacos plásticos.
Cuidados no transplantio para garantir a integridade e desenvolvimento das mu-
das:
 Retirar a muda do canteiro de semeadura com cuidado para manter o torrão de
terra protegendo as raízes;
 Proceder a seleção de mudas mais vigorosas;
 Abrir o orifício no substrato com profundidade suficiente para acomodar as
raízes das mudas;
 Plantar, preenchendo o orifício com substrato peneirado, fino e seco, de forma
a evitar a formação de bolsas de ar;
 Regar fartamente logo após o transplantio;
 Identificar as mudas.
Transplantio de mudas de tubete
23 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
XII. LUMINOSIDADE
 Manter as mudas encanteiradas em local semi-sombreado (tela sombreadora
conhecida como sombrite, com 50% de passagem de luz).
 A aclimatação das mudas será em condições de pleno sol antes de serem leva-
das para o campo (rustificação), por ocasião do plantio definitivo.
 Algumas espécies de características próprias devem ser semeadas a pleno
sol, sem uso de sombrite ou outra cobertura, pois são adaptadas a ambientes
abertos na natureza.
XIII. REGA
 Regar as mudas encanteiradas de forma abundante, porém, com intervalo de
tempo suficiente para favorecer a aeração do substrato, considerando a neces-
sidade da espécie. Como exemplo, irrigar o buriti três vezes ao dia, pois é uma
espécie de ambiente úmido.
 Fazer maior controle
na época chuvosa vi-
sando prevenir doen-
ças fúngicas devido
ao excesso de água
acumulado nas folhas
e caule.
 As plantas recém
repicadas e que se
encontram nas se-
menteiras devem ser
regadas diariamente,
evitando-se o enchar-
camento.
24Semeando o Bioma Cerrado
XIV. IRRIGAÇÃO
 A irrigação por regadores ou mangueiras é suficiente nos viveiros de pequeno
porte. Usar regador de crivo fino para evitar erosão e danos às folhas.
 Em viveiros comerciais o sistema por aspersão é o mais recomendado e o de-
talhamento do sistema deverá ser feito caso a caso.
 O mais usual é a irrigação por microaspersão, devido à maior eficiência e ao
menor tamanho das gotas aspergidas.
 Quanto maior a proximidade do viveiro da fonte de água para irrigação menor
será o custo para o produtor, devido à menor potência requerida para seu bom-
beamento e, consequentemente, menor gasto com energia. Havendo possibili-
dade, é desejável a condução da água por gravidade, com pressão suficiente
para suprir as perdas de carga da tubulação e para a operação dos microas-
persores, ao redor de 20 m.c.a.
25 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
XV. CONTROLE FITOSSANITÁRIO E TRATOS CULTURAIS
 Manter o controle de pragas ou doenças, consultando um profissional especia-
lizado;
 Estar atento ao ataque de formigas cortadeiras;
 Manter os recipientes e as ruas de circulação entre os canteiros livres de ervas
daninhas e cobrir com matéria morta ou brita para evitar acúmulo de água;
 Realizar a movimentação das embalagens plásticas para evitar que as raízes
penetrem no solo.
Aplicação de inseticida óleo de Neen Tratos culturais
26Semeando o Bioma Cerrado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação brasi-
leira sobre sementes e mudas: Lei 10.711, de 05 de agosto de 2003, Decreto
n° 5.153, de 23 de julho de 2004 e outros. Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Coordenação de sementes e
mudas. Brasília: MAPA/DAS/CSM, 2007. 318p.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análi-
se de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399 p.
FELFILI, J. M.; MENDONÇA, R. C. DE; WALTER, B. M. T.; SILVA JÚNIOR, M. C. DA;
NÓBREGA, M. G. G.; FAGG, C. W.; SEVILHA, A. C. E SILVA, M. A. Flora fanero-
gâmica das Matas de Galeria e Ciliares do Brasil Central. In: Cerrado: caracteri-
zação e recuperação de matas de galeria / Editores José Felipe Ribeiro, Carlos
Eduardo Lazarini da Fonseca, José Carlos Sousa-Silva. - Planaltina: Embrapa Cer-
rados, 2001.
GONZÁLES, S. e TORRES, R. A. A. 2003. Coleta de Sementes e Produção de
Mudas. In: Germinação de Sementes e Produção de Mudas de Plantas do Cerra-
do/ Organizado por Antonieta Nassif Salomão et al. - Brasília, Rede de Sementes
do Cerrado.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. v.01. 1992.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. v.02. 1992.
MELO, J. T. DE; TORRES, R. A. DE A.; SILVEIRA, C. E. DOS S. DA e CALDAS, L. S.
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de plantas do Cerrado. In: Cerrado:
ecologia e flora. Editores técnicos: Suelil Matiko Sano, Semíramis Pedrosa de
Almeida, José Felipe Ribeiro, Embrapa-Cerrados.- Brasília-DF: Embrapa Informa-
ção Tecnológica, 2008. v.02. cap. 11.
27 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
PAIVA, H. N. e GONÇALVES, W. 2001. Produção de Mudas. Viçosa: Aprenda
Fácil. Coleção Jardinagem e Paisagismo. Série Arborização urbana, v.1. 130p.
PINTO, A.C. de Q. (coor). 1996. Viveiro de mudas frutíferas sob condições
do ecossistema de Cerrados. Planaltina: EMBRAPA-CPAC. 112p. (EMBRAPA-
CPAC. Documentos, 62).
SALOMÃO, A. N.; SOUSA-SILVA, J. C.; DAVIDE, A. C.; GONZÁLES, S.; TORRES,
R. A. A.; WETZEL, M. M. V. S.; Firetti, F. e Caldas, L. S. Germinação de sementes
e produção de mudas de plantas do Cerrado. Brasília-DF, Rede de Sementes
do Cerrado. 96p, 2003.
SILVA JÚNIOR, M.C. e PEREIRA, B. A. DA S. + 100 árvores do cerrado - Ma-
tas de Galeria: guia de campo. Ed. Rede de Sementes do Cerrado. Brasília-DF.
288p. 2009.
SILVA JÚNIOR, M.C.; SANTOS, G. C. DOS; NOGUEIRA, P. E.; MUNHOZ, C. B. R.
e RAMOS, A.E. 100 árvores do Cerrado: guia de campo. Rede de Sementes do
Cerrado. Brasília-DF. 278p. 2005.
WENDLING, I; GATTO, A.; PAIVA, H.N. DE e GONÇALVES, W. Planejamento e
Instalação de Viveiros. Editora Aprenda Fácil. Viçosa-MG. Coleção jardinagem e
paisagismo. Série produção de mudas ornamentais. v.1. 120p, 2001.
28Semeando o Bioma Cerrado
ANEXOS
Anexo 1. Projeto de viveiro modular, detalhes construtivos e quantitativos
29 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
I. Material de construção
II. Ferramental e equipamentos
30Semeando o Bioma Cerrado
III. Insumos para produção de mudas – 4.300/8.600 mudas/ano
IV. Mão de obra para produção de mudas
31 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
Anexo 2. Esquadrejamento da área
32Semeando o Bioma Cerrado
Anexo 3. Relação de plantas nativas do bioma Cerrado para produção em viveiro
33 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
34Semeando o Bioma Cerrado
NOTAS
1
sementes apresentam dormência em função da imaturidade do embrião. Escarificar e embeber
em solução de 2g de ácido giberélico/ litro d’água.
2
quebra mecânica do fruto para retirada das sementes 	
3
sementes apresentam dormência. Embeber em solução de 2g de ácido giberélico/ 08 litros d’água,
por 96h.
* sementes perdem rapidamente a viabilidade, semear logo após colhidas.
Notas
Notas
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Produção de mudas de plantas
nativas do Cerrado
Projeto Semeando o Bioma Cerrado
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Cep: 70.910-900 - Brasília/DF
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5 producao-de-mudas-de-plantas-nativa-do-cerrado

  • 1. www.rededesementesdocerrado.org.br Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Projeto Semeando o Bioma Cerrado Edifício Finatec, Bloco “H” - Campus UnB Cep: 70.910-900 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-0423 E-mail: redecerrado@finatec.org.br Patrocínio Parceiros
  • 2. REALIZAÇÃO Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental Núcleo de Produção Vegetal AGRADECIMENTOS Aos servidores do Núcleo de Produção Vegetal da Granja Modelo do Ipê, responsáveis pela produção de milhares de mudas de espécies nativas do bioma Cer- rado, cujo convívio e troca de experiências em muito contribuiu para a elaboração desta cartilha e aos profis- sionais do herbário e do viveiro do Jardim Botânico de Brasília, com os quais temos compartilhado e adquirido conhecimentos na coleta de sementes e identificação de espécies, nossos sinceros agradecimentos. PARCERIA Rede de Sementes do Cerrado SEAPA/DF Edifício sede: Setor de Áreas Isoladas Norte – SAIN Parque Rural CEP 70620-000 – Brasília - DF Fone 3051.6360 – Fax: 3347.9322 Home page: www.sa.df.gov.br e-mail: nra.seapa@gmail.com Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Lúcio Taveira Valadão Subsecretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura José Nilton Campelo Diretoria de Desenvolvimento Sustentável e Pro- dução - DDP Fernando Cleser Moreno de Almeida Gerência de Tecnologia e Produção - GTP Marília Tiberi Caldas Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental - NRA Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana Núcleo de Produção Vegetal - NPV Cláudio Silva Equipe Técnica Germana Maria C. Lemos Reis (Engenheira Florestal) Marília Tiberi Caldas (Engenheira Agrônoma) Júlio Otávio Costa Moretti (Engenheiro Agrônomo) Alba Evangelista Ramos (Bióloga) Gilberto Cotta de Figueirêdo (Engenheiro Mecânico) Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana (Engenhei- ra Agrônoma) Rogério Ferreira do Rosário (Técnico em Agropecu- ária) Fotos: Equipe NRA Direitos autorais reservados à SEAPA/DF. Permitida à reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental - NRA SAIN Parque Rural Ed. Sede SEAPA 70.620-000 Brasília – DF - Tel. (61) 3051.6360 E-mail: nra.seapa@gmail.com SEAPA/DF Produção de Mudas de Plantas Nativas do Cerrado. Germana Maria C. Lemos Reis, Marília Tiberi Caldas, Júlio Otávio Costa Moretti, Alba Evangelista Ramos, Gilberto Cotta de Figueirêdo, Rogério Ferreira do Rosário, Juliana Lopes Rodrigues de Sousa Viana,– Brasília-DF: SEA- PA, 2011. 36 pg. : il 1. Propagação vegetal. 2. Viveiro de plantas. 3. Reabilitação Ambiental da Área Rural. I. Reis, Germana Maria C. Lemos. II. Caldas, Marília Tiberi. III. Moretti, Júlio Otávio Costa. IV. Ramos, Alba Evangelista. V. Figueirêdo, Gilberto Cotta de. VI. Rosário, Rogério Ferreira do. VII Viana, Juliana Lopes Rodrigues de Sousa. VIII. Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal. Catalogação
  • 3. Brasília, 2011 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
  • 4. Diretoria da Rede de Sementes do Cerrado (2010 – 2012) Presidente Maria Magaly Velloso da Silva Wetzel Vice-Presidente Celúlia Maria R. F. Maury Secretária Regina Célia Fernandes Tesoureira Carmen Regina M. A. Correa Conselho Consultivo Ana Palmira Silva Manoel Cláudio da Silva Júnior Alba Evangelista Ramos José Carlos Sousa Silva Conselho Fiscal Sarah Christina Caldas Oliveira Germana Maria Cavalcanti Lemos Reis Antonieta Nassif Salomão Luiz Cláudio Siqueira Jorge Coordenador do Projeto “Semeando o Bioma Cerrado” José Rozalvo Andrigueto Projeto Gráfico, diagramação e ilustrações Ct. Comunicação
  • 5. AGRADECIMENTOS A Rede de Sementes do Cerrado é uma instituição jurídica de direito privado, sem fins lucrativos - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, re- gida por estatuto próprio e sediada em Brasília. Tem por finalidade a conservação, o manejo, a recuperação, a promoção de estudos e pesquisas e divulgação de informações técnicas e científicas do Bioma Cerrado. A Rede de Sementes do Cerrado mantém contratos de cooperação e colabo- ração com a Embrapa, IBRAM, Oca Brasil, CRAD/UnB, UFG, SEAPA, IFB, Eco Câmara, entre outros. Nestes últimos anos a Rede tem desenvolvido os seguintes projetos: capacitação de pequenos agricultores da Bahia - MMA; levantamento de dados secundários do Rio São Francisco- MMA; XIII Feira de Sementes dos Índios Kraôs - USAID; recuperação de nascentes do DF- IBRAM/SEAPA e, no ano de 2011, iniciou o Projeto Semeando o Bio- ma Cerrado, patrocinado pela Petrobras dentro do Programa da Petrobras Ambiental. Dentro deste projeto está prevista a realização de 24 cursos visando a capaci- tação de 360 pessoas para o exercício das atividades em seis áreas temáticas: identificação de árvores do Bioma Cerrado; seleção e marcação de árvores ma- trizes; coleta e manejo de sementes, beneficiamento, embalagem e armazena- mento de sementes; produção de mudas de espécies florestais; viveiros: projetos, instalação, manejo e comercialização. Para cada curso realizado está prevista a elaboração de uma cartilha com as informações básicas dos temas. A Rede de Sementes do Cerrado agradece a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal - SEAPA/DF pela cessão dos direitos autorais da cartilha - Produção de Mudas de Plantas Nativas do Cerrado. Também agradece aos membros do Núcleo de Proteção e Reabilitação Ambiental e aos membros do Núcleo de Produção Vegetal, responsáveis pelo brilhante trabalho de produção de milhares de mudas de espécies nativas para a recuperação do Bioma Cerrado e pela elaboração desta excelente cartilha que visa colaborar com o desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva de sementes e mudas florestais de espécies nativas a adequarem-se à legislação e adotarem modelos eficientes de produção promovendo desenvolvimento sustentável. Maria Magaly V. da Silva Wetzel Presidente da Rede de Sementes do Cerrado José Rozalvo Andrigueto Coordenador do Projeto
  • 6. APRESENTAÇÃO O Cerrado brasileiro tornou-se grande celeiro de alimentos para o Brasil e para o mundo revelando-se grande produtor de grãos e de carne, entre outros. Entretan- to, esse desenvolvimento da agricultura e pecuária ocasionou a perda de áreas naturais para a implantação das lavouras e em alguns casos o uso das áreas de preservação permanente e de reserva legal, comprometendo a quantidade e qua- lidade dos recursos hídricos. A responsabilidade socioambiental é de todos. E a atividade agrícola tem de estar muito comprometida com essa premissa. Assim, como principal usuária dos re- cursos hídricos, deve contribuir para a manutenção de processos que garantam a oferta de água. Por isso, é de fundamental importância que os produtores rurais se engajem no desafio de revegetar as matas ciliares, fonte de água e biodiversidade. Com esse intuito, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do DF lançou o Programa de Reabilitação Ambiental da Área Rural do DF cujos objetivos abrangem a adimplência ambiental das propriedades rurais com destaque para a proteção de ma- nanciais, revegetação das áreas de preservação permanente, incentivo à averbação e plantio das reservas legais, conservação do solo e uso das boas práticas agrícolas. Um dos instrumentos utilizados no Programa é a capacitação de produtores ru- rais em instalação e operação de viveiros de produção de mudas. Esta atividade pode representar um acréscimo na renda do produtor rural na medida em que ele passa a produzir e ofertar mudas ao mercado, além de utilizá-las na revegetação de suas propriedades para proteção dos recursos hídricos ou mesmo implantar pomares de frutos e sementes. A parceria com a Rede de Sementes do Cerrado representa um caminho para estender a experiência do Distrito Federal na capacitação de produtores rurais para outros locais no bioma Cerrado. Essa cartilha busca subsidiar o produtor rural quanto à implantação e operação de um viveiro permanente de produção de mudas de espécies nativas, além de descortinar outras possibilidades de negó- cios envolvendo sementes e mudas. Temos a certeza que esta parceria será prolífica, ganhando o Cerrado e todos nós, habitantes deste Bioma. Lucio Taveira Valadão Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal
  • 7. sumário I. Introdução 06 II. Construção do viveiro 07 III. Produção de mudas 10 IV. Dormência 12 V. Beneficiamento das sementes 13 VI. Armazenamento 15 VII. Preparação do substrato 16 VIII. Semeadura 17 IX. Canteiros 20 X. Raleio ou desbaste 21 XI. Transplantio 22 XII. Luminosidade 23 XIII. Rega 23 XIV. Irrigação 24 XV. Controle fitossanitário e tratos culturais 25 Referências bibliográficas 26 Anexos 28
  • 8. 6Semeando o Bioma Cerrado I. INTRODUÇÃO Viveiros florestais são áreas com um conjunto de benfeitorias e utensílios, em que se empregam técnicas visando obter o máximo da produção de mudas. Existem dois tipos de viveiro:  Viveiro permanente - onde são produzidas mudas de maneira contínua e por tempo indeterminado, ou para comercialização;  Viveiro temporário - onde as mudas são produzidas para uma determinada área e por um período limitado. Todos os procedimentos pertinentes à produção e comercialização de sementes e mudas em viveiros permanentes devem seguir a Lei 10.711 de 05 de agosto de 2003, regulamentada pelo Decreto n° 5.153 de 23 de julho de 2004, Diário Oficial da União. O interessado deverá inscrever o viveiro de produção de mudas no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - Superintendência Federal de Agricultura no Distrito Federal (SFA), Divisão Técnica (DF) do Serviço de Fiscalização de Insumos Agro- pecuários (SEFAG). Para tanto, deverá ter um responsável técnico (Eng. Agrônomo ou Eng. Florestal), que possua registro profissional no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Ar- quitetura e Agronomia) – e inscrição no RENASEM.
  • 9. 7 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado II. CONSTRUÇÃO DO VIVEIRO a) Escolha do local O viveiro deve ser instalado em ambiente totalmente ensolarado e livre de ventos fortes, em local quase plano ou pouco inclinado, com declividade de 1% a 3%, o suficiente para evitar acúmulo de água no solo e para não comprometer as ativi- dades de manejo e de produção das mudas. 100 1 a 3 Inclinação de 10 a 30 cm em 10 m A proximidade de uma fonte de água de qualidade e constante, a disponibilidade de mão de obra e material necessários para sua instalação e manutenção são aspectos importantes e decisivos na instalação de um viveiro. O local deve ser cercado para evitar o acesso de animais e plantadas árvores para formar quebra-vento visando evitar danos nas sementeiras e mudas. Locar o comprimento do viveiro no sentido Norte/Sul, para distribuição mais uni- forme da luminosidade. As linhas de plantio (canteiros) devem ser montadas de forma que as plantas não fa- çam sombra às outras. Isso é conseguido com o alinhamento dos canteiros no sen- tido Norte-Sul, pois as plantas receberão aproximadamente a mesma quantidade de energia. O Mão esquerda Mão direita L S N
  • 10. 8Semeando o Bioma Cerrado Dificilmente a área escolhida, ou disponível para a instalação do viveiro, reunirá todos os requisitos citados, devendo, em cada caso, serem levados em consi- deração os que pareçam essenciais. Entretanto, fácil acesso, disponibilidade de água e intensa iluminação solar são elementos considerados de grande impor- tância. b) Infraestrutura e dimensionamento A área necessária para instalação de um viveiro depende da quantidade e do tipo de mudas a serem produzidas, do método de propagação (sementes ou vegeta- tiva), dimensões dos canteiros, passeios, estradas e instalações. A área dos canteiros corresponde de 50% a 60% da área total do viveiro. O ta- manho do viveiro é função da quantidade de mudas que se deseja produzir e dos recipientes em que as mesmas estarão acondicionadas. Pode-se considerar, para fins de projeto, a produção média de 30 mudas/m2 , com uso de saquinhos apropriados de 20 x 30 cm. Adotando-se esses indicadores, pode-se definir a área de viveiro a ser construído. Por exemplo, desejando-se produzir 4.000 mu- das, a área de viveiro necessária será de 133 m2 . Adotando-se as dimensões de 12 x 12 m, temos uma área de 144 m2 e capacidade para cerca de 4.300 mudas. Considerando um pé direito de 2,30 m, altura considerada satisfatória para mane- jo e manutenção do telado, sugere-se o uso de esteios de madeira com 3 metros de comprimento e 17 a 20 cm de diâmetro, enterrados 70 cm. Outros materiais também podem ser usados na estrutura de sustentação da tela sombreadora, tais como, caibros, bambu, perfis metálicos e pilares de concreto, dentre outros. Há necessidade de uma infraestrutura mínima de apoio, como depósito para fer- ramentas, defensivos e adubos, local para beneficiamento e armazenamento de sementes, preparação de substrato e enchimento de embalagens, canteiro para semeadura e estaquia e área a pleno sol para aclimatação das mudas. Exemplo: um projeto de viveiro de módulo com área de 144 m2 , coberta com sombrite com 50% de luminosidade (telado), para abrigar os canteiros, com pos- sibilidade de produzir aproximadamente 4.300 mudas por ano, dependendo do tamanho do recipiente. A proposta modular do anexo 1 permite a ampliação da área de produção por meio da replicação do módulo, de acordo com a demanda e o interesse do proprietário.
  • 11. 9 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Construção do viveiro sombreado (estrutura) Construção do viveiro sombreado costura da tela Construção do viveiro sombreado – malha de arame liso para sustentação da tela Viveiro sombreado c) Sistema de irrigação Em viveiros de pequeno porte a irrigação pode ser feita utilizando-se regadores ou mangueiras. Porém, em viveiros comerciais o sistema por aspersão é o mais recomendado e o detalhamento do sistema deverá ser feito, caso a caso, por um técnico especializado.
  • 12. 10Semeando o Bioma Cerrado III. PRODUÇÃO DE MUDAS Os principais procedimentos envolvidos na coleta do material a ser propagado são a escolha de matrizes, a coleta propriamente dita e a opção do método de propa- gação - sexuada (por sementes) ou assexuada (vegetativa – partes das plantas - estaquia, enxertia, alporquia, mergulhia, cultura de tecidos), somados aos conhe- cimentos básicos sobre germinação de sementes e propagação vegetativa. a) Escolha de matrizes É necessária a seleção de árvores matrizes, isto é, fornecedoras de sementes, para acompanhamento do processo de formação das sementes, desde a polini- zação até a maturação das mesmas, adotando-se um esquema de coleta quinze- nal ou mensal dos frutos e sementes maduros. As melhores sementes são obtidas de árvores adultas, sadias, vigorosas, que apresentam boa forma do tronco, altura e distribuição de copa. No caso de frutí- feras deve-se considerar a qualidade dos frutos e produtividade. Organizar expedições de coleta requer o conhecimento das espécies, saber os locais onde elas ocorrem, ter um calendário com as épocas de frutificação e pro- mover o monitoramento da maturação dos frutos. As matrizes devem ser marcadas e mapeadas de forma que possam ser facil- mente encontradas posteriormente, de preferência usando um aparelho de GPS portátil para registro das coordenadas geográficas. A correta escolha da árvore matriz está em função do objetivo do plantio. Escolha de matriz na mata Escolha de matriz no cerrado
  • 13. 11 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado b) Coleta de sementes A coleta de sementes deve ser realizada pelo próprio viveirista uma vez que o comércio de sementes de espécies nativas de Cerrado é incipiente. Na região do Cerrado há frutificação de espécies durante todo o ano embora entre os meses de março a junho exista menor número de espécies frutificando. As espécies com frutos secos, de um modo geral, dispersam as sementes no período seco, como ocorre com a aroeira, sucupira branca, gonçalo alves. Já as espécies com frutos carnosos, apresentam maturação de frutos entre o início e o meio da estação chuvosa, como pequi, mangaba e cagaita. As espécies de mata de galeria concentram a dispersão das sementes do meio para o final da estação seca (julho-setembro). A coleta de sementes pode ser realizada diretamente das árvores ou no solo quando se tratar de frutos grandes ou de sementes pesadas. Para garantir a qua- lidade das sementes recomenda-se a coleta diretamente da copa das árvores. O ideal é a coleta das sementes ser realizada de vários indivíduos visando garan- tir maior variabilidade genética. Uma vez colhidas, as sementes devem ser beneficiadas, secas, e logo semea- das, evitando seu armazenamento. São utilizados para a coleta equipamentos como veículo, podão, tesoura de poda, saco, escada, lona plástica, etiqueta. Coleta com podão em jerivá Coleta de fruta de veado
  • 14. 12Semeando o Bioma Cerrado IV. DORMÊNCIA A dormência ocorre quando, mesmo com as condições favoráveis à germinação, as sementes viáveis de algumas espécies não germinam ou levam mais tempo para germinar. a) Causas da dormência Embrião imaturo ou rudimentar; impermeabilidade à água; impermeabilidade a gases; restrições mecânicas (tegumento duro); embrião dormente; ação de subs- tâncias inibidoras (ácido abscísico, cumarinas, compostos fenólicos, alcalóides). Mesmo com as condições favoráveis à germinação, as sementes viáveis de algu- mas espécies podem apresentar dormência e levarem mais tempo para germinar. Diversas espécies de Cerrado podem apresentar dormência, sendo mais comum, a dificuldade de embebição de água em função da dureza do tegumento, princi- palmente nas sementes de leguminosas. Para a superação da dormência, o viveirista deve estar atento à literatura especí- fica para escolher o método apropriado. b) Métodos de superação  Escarificação mecânica (uso de lixa);  Escarificação ácida (ácido sulfúrico);  Tratamento com água quente;  Lavagem em água corrente;  Secagem prévia;  Pré-resfriamento ou substrato umedecido (5 a 10 ºC);  Estratificação;  Produtos químicos (ácido giberélico);  Temperaturas alternadas;  Exposição à luz.
  • 15. 13 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Escarificação de sementes de jatobá Extração da semente de baru V. BENEFICIAMENTO DAS SEMENTES O beneficiamento abrange todas as atividades a que a semente está submetida, desde a coleta até a embalagem, visando melhorar a qualidade física das semen- tes. Consiste de todas as operações de preparo das sementes após a colheita, tais como, manipulação, debulha, descascamento, despolpa, secagem, limpeza, classificação, tratamento e embalagem. Para algumas espécies, o beneficiamento é iniciado com a secagem ou extração das sementes, sendo completado pelo uso de peneiras sob água corrente. O beneficiamento será diferenciado de acordo com o tipo de frutos (secos ou carnosos). As sementes são extraídas diretamente dos frutos secos e retiradas as impurezas, como deve ocorrer com as sementes de ipês, angico. Os carnosos são despolpados com o uso de água corrente, por exemplo, ingá, jenipapo. RECEPÇÃO EXTRAÇÃO SECAGEM ARMAZENAMENTO CLASSIFICAÇÃO Fluxograma básico das etapas de beneficiamento de sementes
  • 16. 14Semeando o Bioma Cerrado Beneficiamento de sementes de fruta de papagaio Semente de baru beneficiada Beneficiamento de jatobá
  • 17. 15 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado VI. ARMAZENAMENTO O armazenamento de sementes é um método que permite o prolongamento da vida das sementes, proporcionando qualidade e disponibilidade das mesmas ao longo do ano. As espécies possuem comportamentos diversos, por isso suportam tempos dife- rentes de armazenamento. Para armazenar sementes é ideal possuir locais adequados e secagem específi- ca de acordo com a espécie. Existem dois tipos de sementes, as ortodoxas que suportam secagem e armaze- namento, como ipê, paineira, e as recalcitrantes as quais não suportam secagem e, por isso, possuem o tempo de armazenamento curto comparado ao de outras espécies, perdendo com isso facilmente a viabilidade, por exemplo, pinha do brejo, manguito.
  • 18. 16Semeando o Bioma Cerrado VII. PREPARAÇÃO DO SUBSTRATO  A análise do solo antes da preparação do substrato orientará os procedimentos para assegurar a qualidade quando à fertilidade dos componentes do subs- trato.  O preparo do substrato é uma das operações ou etapas fundamentais na for- mação da muda.  O substrato deve, de preferência, ser areno-argiloso, pois quando muito com- pacto diminui a aeração e prejudica o desenvolvimento das raízes.  Isento de sementes de plantas daninhas indesejáveis, de pragas e microorga- nismos patogênicos.  Para a produção de espécies de mata de galeria, o substrato deve possuir mis- tura de subsolo de cerrado, areia e matéria orgânica (esterco de gado curtido) na proporção 3:1:1, acrescido de 2 Kg de NPK 4-14-8 por m³ de substrato.  Para as demais espécies de Cerrado usar substrato de terra pura de latossolo vermelho amarelo misturada com esterco de gado curtido ou composto orgâ- nico. Originalmente estes solos, além de pobres, são ácidos e por isso efetuar calagem para correção da acidez. Preparo de 1m3 de substrato suficiente para o enchimento de 200 a 250 sacos plásticos, dependendo do seu tamanho:  300 a 350 Kg de solo da região;  300 a 350 Kg de esterco de gado curtido;  300g de calcário dolomítico;  400 a 600 g de superfosfato simples. A terra deve ser peneirada antes de receber adubação química e ser colocada nos sacos plásticos. Para os canteiros de enraizamento de estacas pode-se utilizar uma mistura de 50% de areia e 50% de vermiculita, ou ainda, areia e esterco de curral na propor- ção de 1:1.
  • 19. 17 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Preparo do substrato e enchimento de sacos plásticos Substrato em sacos plásticos VIII. SEMEADURA A semeadura deve ser feita em sementeiras ou diretamente nas embalagens. No caso de uso de sementeiras deve-se tomar cuidado durante o transplantio para evitar a mortalidade das mudas, ocasionada principalmente por danos às raízes. A utilização da semeadura em sementeiras é usualmente feita para espécies de sementes muito pequenas e de difícil distribuição individualizada (quaresmeira) ou de germinação baixa ou irregular (buriti, mamica de porca, pequi). Nas embalagens plásticas, a semeadura direta tem a vantagem de permitir a sele- ção das plantas, uniformizando por tamanho, além do melhor desenvolvimento do sistema radicular. As sementes devem ser selecionadas escolhendo-se aquelas livres do ataque de pragas ou doenças e as de maiores tamanhos. A semeadura deve ser feita entre 2 e 3 cm de profundidade, dependendo do tamanho da semente. Recomenda-se a semeadura logo após a coleta das se- mentes.
  • 20. 18Semeando o Bioma Cerrado Alguns cuidados precisam ser adotados antes, durante e após a semeadura para sucesso na produção:  Não deixar as sementes expostas ao tempo;  Irrigar bem os canteiros antes da semeadura;  Escarificar a superfície do substrato caso apresente crosta;  Depositar as sementes no centro dos sacos plásticos;  Não deixar as sementes expostas após a semeadura, cobri-las com o substrato utilizado;  Não remexer ou escarificar o recipiente até a emergência das plântulas;  Colocar uma plaqueta de identificação constando a espécie, origem da semen- te e data de semeadura;  Regar diariamente. A escolha da embalagem depende da escala de produção, espécie, tamanho final da muda e tempo de permanência das mudas no viveiro. Para produção em pequena escala podem ser utilizados materiais recicláveis como embalagem de longa vida, garrafas pets, sacos de leite, latas, fazendo-se furos na base para drenagem do excesso de água. Os sacos plásticos, tubetes e bandejas de isopor são os tipos mais comuns de embalagens nos viveiros de média e grande produção. Utilizam-se frequentemente:  Sacos plásticos de polipropileno, pretos, 8 a 10 perfurações na base com maior disponibilidade no comércio, baixo custo e fácil manuseio no viveiro, nos tama- nhos: 8x12 cm, 15x18 cm, 20x25 cm, entre outros. Para espécies de Cerrado recomendam-se sacos plásticos com dimensões de 20 cm de diâmetro x 30 cm de altura x 0,02 mm de espessura ou 14 cm x 25 cm x 0,02 mm.  Tubetes para produção em grande escala; o custo inicial da instalação da in- fraestrutura de suporte é elevado e há necessidade de manejo mais refinado.
  • 21. 19 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Semeadura em tubete Semeadura em sementeira de areia Semeadura em bandeja de isopor Semeadura direta em sacos plásticos
  • 22. 20Semeando o Bioma Cerrado IX. CANTEIROS Os canteiros são formados pelas embalagens plásticas provenientes da semea- dura direta, da repicagem da sementeira ou do leito de enraizamento. Piquetes ligados por fios de arame delimitam os canteiros. Optando-se pelo uso de tubetes ou de bandejas de isopor, o canteiro é arranjado a uma altura de 0,80cm a 1,0m e sustentado por suportes fixos no solo. A largura dos canteiros deve ser de 1,00 a 1,20 m e a distância entre eles de 0,60 m, aproximadamente, para permitir os tratos culturais e a insolação adequada das mudas do centro. A locação dos canteiros, preferencialmente, é na direção norte-sul para recebe- rem insolação mais uniforme e no sentido paralelo à inclinação do terreno, para facilitar o escoamento da água de chuva ou excedente de irrigação, lembrando que a inclinação do terreno deve ser suave para se evitar a ocorrência de enxur- rada entre canteiros e a consequente erosão do solo. Canteiros em viveiro sombreado Canteiros em pleno sol
  • 23. 21 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado X. RALEIO OU DESBASTE  Na semeadura direta nos sacos plásticos, dependendo da espécie, colocar mais de uma semente, para garantir a presença de, pelo menos, uma muda por embalagem.  Quando mais de uma semente germina, é necessário fazer um raleio ou des- baste, deixando apenas a muda mais vigorosa e de melhor forma.  O raleio é feito quando as mudas tiverem de dois a três pares de folhas defini- tivas. Muda de mangaba após raleio Mudas de pequi após raleio Mudas de jatobá após raleio
  • 24. 22Semeando o Bioma Cerrado XI. TRANSPLANTIO As mudas cultivadas em sementeiras, tubetes ou bandejas de isopor, quando apresentarem seu segundo conjunto de folhas, devem ser transferidas para os sacos plásticos. Cuidados no transplantio para garantir a integridade e desenvolvimento das mu- das:  Retirar a muda do canteiro de semeadura com cuidado para manter o torrão de terra protegendo as raízes;  Proceder a seleção de mudas mais vigorosas;  Abrir o orifício no substrato com profundidade suficiente para acomodar as raízes das mudas;  Plantar, preenchendo o orifício com substrato peneirado, fino e seco, de forma a evitar a formação de bolsas de ar;  Regar fartamente logo após o transplantio;  Identificar as mudas. Transplantio de mudas de tubete
  • 25. 23 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado XII. LUMINOSIDADE  Manter as mudas encanteiradas em local semi-sombreado (tela sombreadora conhecida como sombrite, com 50% de passagem de luz).  A aclimatação das mudas será em condições de pleno sol antes de serem leva- das para o campo (rustificação), por ocasião do plantio definitivo.  Algumas espécies de características próprias devem ser semeadas a pleno sol, sem uso de sombrite ou outra cobertura, pois são adaptadas a ambientes abertos na natureza. XIII. REGA  Regar as mudas encanteiradas de forma abundante, porém, com intervalo de tempo suficiente para favorecer a aeração do substrato, considerando a neces- sidade da espécie. Como exemplo, irrigar o buriti três vezes ao dia, pois é uma espécie de ambiente úmido.  Fazer maior controle na época chuvosa vi- sando prevenir doen- ças fúngicas devido ao excesso de água acumulado nas folhas e caule.  As plantas recém repicadas e que se encontram nas se- menteiras devem ser regadas diariamente, evitando-se o enchar- camento.
  • 26. 24Semeando o Bioma Cerrado XIV. IRRIGAÇÃO  A irrigação por regadores ou mangueiras é suficiente nos viveiros de pequeno porte. Usar regador de crivo fino para evitar erosão e danos às folhas.  Em viveiros comerciais o sistema por aspersão é o mais recomendado e o de- talhamento do sistema deverá ser feito caso a caso.  O mais usual é a irrigação por microaspersão, devido à maior eficiência e ao menor tamanho das gotas aspergidas.  Quanto maior a proximidade do viveiro da fonte de água para irrigação menor será o custo para o produtor, devido à menor potência requerida para seu bom- beamento e, consequentemente, menor gasto com energia. Havendo possibili- dade, é desejável a condução da água por gravidade, com pressão suficiente para suprir as perdas de carga da tubulação e para a operação dos microas- persores, ao redor de 20 m.c.a.
  • 27. 25 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado XV. CONTROLE FITOSSANITÁRIO E TRATOS CULTURAIS  Manter o controle de pragas ou doenças, consultando um profissional especia- lizado;  Estar atento ao ataque de formigas cortadeiras;  Manter os recipientes e as ruas de circulação entre os canteiros livres de ervas daninhas e cobrir com matéria morta ou brita para evitar acúmulo de água;  Realizar a movimentação das embalagens plásticas para evitar que as raízes penetrem no solo. Aplicação de inseticida óleo de Neen Tratos culturais
  • 28. 26Semeando o Bioma Cerrado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação brasi- leira sobre sementes e mudas: Lei 10.711, de 05 de agosto de 2003, Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004 e outros. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Coordenação de sementes e mudas. Brasília: MAPA/DAS/CSM, 2007. 318p. BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análi- se de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399 p. FELFILI, J. M.; MENDONÇA, R. C. DE; WALTER, B. M. T.; SILVA JÚNIOR, M. C. DA; NÓBREGA, M. G. G.; FAGG, C. W.; SEVILHA, A. C. E SILVA, M. A. Flora fanero- gâmica das Matas de Galeria e Ciliares do Brasil Central. In: Cerrado: caracteri- zação e recuperação de matas de galeria / Editores José Felipe Ribeiro, Carlos Eduardo Lazarini da Fonseca, José Carlos Sousa-Silva. - Planaltina: Embrapa Cer- rados, 2001. GONZÁLES, S. e TORRES, R. A. A. 2003. Coleta de Sementes e Produção de Mudas. In: Germinação de Sementes e Produção de Mudas de Plantas do Cerra- do/ Organizado por Antonieta Nassif Salomão et al. - Brasília, Rede de Sementes do Cerrado. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. v.01. 1992. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. v.02. 1992. MELO, J. T. DE; TORRES, R. A. DE A.; SILVEIRA, C. E. DOS S. DA e CALDAS, L. S. Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de plantas do Cerrado. In: Cerrado: ecologia e flora. Editores técnicos: Suelil Matiko Sano, Semíramis Pedrosa de Almeida, José Felipe Ribeiro, Embrapa-Cerrados.- Brasília-DF: Embrapa Informa- ção Tecnológica, 2008. v.02. cap. 11.
  • 29. 27 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado PAIVA, H. N. e GONÇALVES, W. 2001. Produção de Mudas. Viçosa: Aprenda Fácil. Coleção Jardinagem e Paisagismo. Série Arborização urbana, v.1. 130p. PINTO, A.C. de Q. (coor). 1996. Viveiro de mudas frutíferas sob condições do ecossistema de Cerrados. Planaltina: EMBRAPA-CPAC. 112p. (EMBRAPA- CPAC. Documentos, 62). SALOMÃO, A. N.; SOUSA-SILVA, J. C.; DAVIDE, A. C.; GONZÁLES, S.; TORRES, R. A. A.; WETZEL, M. M. V. S.; Firetti, F. e Caldas, L. S. Germinação de sementes e produção de mudas de plantas do Cerrado. Brasília-DF, Rede de Sementes do Cerrado. 96p, 2003. SILVA JÚNIOR, M.C. e PEREIRA, B. A. DA S. + 100 árvores do cerrado - Ma- tas de Galeria: guia de campo. Ed. Rede de Sementes do Cerrado. Brasília-DF. 288p. 2009. SILVA JÚNIOR, M.C.; SANTOS, G. C. DOS; NOGUEIRA, P. E.; MUNHOZ, C. B. R. e RAMOS, A.E. 100 árvores do Cerrado: guia de campo. Rede de Sementes do Cerrado. Brasília-DF. 278p. 2005. WENDLING, I; GATTO, A.; PAIVA, H.N. DE e GONÇALVES, W. Planejamento e Instalação de Viveiros. Editora Aprenda Fácil. Viçosa-MG. Coleção jardinagem e paisagismo. Série produção de mudas ornamentais. v.1. 120p, 2001.
  • 30. 28Semeando o Bioma Cerrado ANEXOS Anexo 1. Projeto de viveiro modular, detalhes construtivos e quantitativos
  • 31. 29 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado I. Material de construção II. Ferramental e equipamentos
  • 32. 30Semeando o Bioma Cerrado III. Insumos para produção de mudas – 4.300/8.600 mudas/ano IV. Mão de obra para produção de mudas
  • 33. 31 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Anexo 2. Esquadrejamento da área
  • 34. 32Semeando o Bioma Cerrado Anexo 3. Relação de plantas nativas do bioma Cerrado para produção em viveiro
  • 35. 33 Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado
  • 36. 34Semeando o Bioma Cerrado NOTAS 1 sementes apresentam dormência em função da imaturidade do embrião. Escarificar e embeber em solução de 2g de ácido giberélico/ litro d’água. 2 quebra mecânica do fruto para retirada das sementes 3 sementes apresentam dormência. Embeber em solução de 2g de ácido giberélico/ 08 litros d’água, por 96h. * sementes perdem rapidamente a viabilidade, semear logo após colhidas.
  • 37. Notas
  • 38. Notas
  • 39. www.rededesementesdocerrado.org.br Produção de mudas de plantas nativas do Cerrado Projeto Semeando o Bioma Cerrado Edifício Finatec, Bloco “H” - Campus UnB Cep: 70.910-900 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-0423 E-mail: redecerrado@finatec.org.br Patrocínio Parceiros