2. Roteiro
1. Antecedentes da Matriz Energética
2. A Trajetória no Atual Século
3. Crise e Estagnação das Renováveis
4. Observações Finais
3. 1. Antecedentes
• Até o Primeiro Choque do Petróleo, o Brasil
apoiou sua industrialização em 2 principais
vetores energéticos:
– Eletricidade (origem hídrica)
– Petróleo e Derivados (predominantemente importado)
• A partir dos Choques do Petróleo inicia-se
um processo de mudança estrutural:
– Diversificação da Matriz Energética
– Desenvolvimento do Petróleo Nacional
5. Consumo de Derivados de Petróleo (1970-1985)
6 0 .0 0 0
5 0 .0 0 0
P ro d uto s nã o
E ne rg é tico s
O utra s S e c. P e tró le o
4 0 .0 0 0
G á s C a na liza d o
m il T E P
Q ue ro se ne
3 0 .0 0 0
N a fta
GLP
2 0 .0 0 0
G a so lina
Ó le o C o m b ustíve l
1 0 .0 0 0
Ó le o D ie se l
0
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
Fonte: BEN, 2008 19
6. Contra-choque e o retorno das Energias Fósseis
• Em 1985, o preço internacional do petróleo cai
abruptamente nova fase de petróleo barato,
consumo volta a aumentar mas em velocidade
moderada
• No Brasil, os preços internos de derivados caem
consumo volta a crescer
• O processo de expansão das energias de
substituição se reduz
– Produção de Álcool se estabiliza (crise de 90)
– Carvão, Lenha, etc. perdem espaço
7. 6
C O N S U M O F INA L P O R F O N T E ( 10 te p )
100
90
80
70
D E RI V A D OS D E P E T RÓ LE O
60
50
E LE TR I C ID A D E
40
BA G A Ç O D E C A N A
O UT R O S
LEN H A
30
20
10
ÁLC O OL
0
1974
1977
1989
1992
2004
2007
19 7 1
1 9 80
1 98 3
19 8 6
1 9 95
1 99 8
20 0 1
8. Volta da Petro-prosperidade na
Década de 90
• A partir da segunda metade dos 90, a produção
nacional de petróleo volta a crescer (Águas
Profundas)
• Consumo interno de derivados de petróleo
cresce substancialmente na década de 90
• Diesel lidera cada vez mais (derivado de mais
difícil substituição)
• Consumo de gasolina cresce em função da
retomada da indústria automobilística e da
estagnação do álcool
11. 2. A Nova Trajetória no Atual Século
• Crise econômica em 1998 desvaloriza Real
• Preços internos da energia sobem e consumo de derivados
de petróleo se estabiliza
• Crise do Apagão em 2001
• Preços internacionais do petróleo se elevam a partir de
2003
• Produção Nacional de Petróleo aumenta :
– Preços internacionais mais altos estimulam ainda mais oferta
interna:
• 2000: 63,8 MTEP
• 2009: 101 MTEP
• Expansão do consumo de Gás Natural
• 2000: 7,1 MTEP
• 2011: 18,7 MTEP
12. Crescimento de Fontes Renováveis
• Etanol volta a crescer a partir de 2003:
– Torna-se competitivo com a gasolina produção
atinge 27 milhões de m3 em 2008
– Introdução dos veículos flex
– Cresce o Bagaço de Cana (Álcool e Açúcar)
• Outras Fontes da Biomassa (lenha, carvão vegetal)
crescem em função dos preços mais altos do
petróleo exploração não sustentável
• Surge o programa do Biodiesel
• Energia Hidráulica mantém participação estável
13. Consumo Final por Fonte
(sem Derivados de Petróleo e Eletricidade)
Fonte: BEN, 2010
14. Retorno das Renováveis na Matriz
Mudanças Nova
Estruturais Tendência
Retorno das Energias
Fósseis
Petroprosperidade
Fonte: BEN, 2010
15. 3. Crise de 2008 e Estagnação das Renováveis
• A partir da crise de 2008 voltam as energias fósseis:
– Participação das energias não renováveis aumenta
novamente na matriz energética
– Consumo de derivados de petróleo volta a crescer
– Produção de Etanol cai
– Expansão do Biodiesel (apoiado na soja)
• Na geração de energia elétrica, observa-se auspiciosa
progressão das fontes renováveis:
– Uso da biomassa
– Energia eólica
– PCH
23. Tendências do Planejamento Energético
• As metas do PDEE (2021) são que o Brasil não
emita mais que 680 MtCO2
• Aposta ainda pesadamente em energias não
renováveis (55% do consumo)
• Ainda assim a produção de etanol teria que
alcançar 68,5 M m3 em 2021
26. 4. Observações Finais
• A trajetória atual de expansão do consumo parece ser
insustentável: forte limitações da capacidade da oferta
• A política de promoção da Biomassa (etanol) revela-
se insuficiente (demasiadamente apoiada no mercado)
• As políticas de promoção às energias renováveis no
setor elétrico estão dando mais certo porque garantem
demanda de longo prazo e preços
• Inovação é variável chave para garantir a transição
para trajetória sustentável
– Melhorar a eficiência dos sistemas energéticos renováveis
– Adaptar as tecnologias energéticas às mudanças climáticas
– Desenvolver e Difundir Tecnologias de Consumo Eficientes
• Mudanças no Padrão de Consumo são necessárias
27. Muito Obrigado!
• Referências Bibliográficas:
FURTADO, A. T. Structural Changes in the Brazilian Energy Matrix.
Terrae (Campinas), v. 6, p. 42-51, 2009.
http://www.ige.unicamp.br/terrae/V6/T_V6_A5.html
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL – EPE, vários anos.
https://ben.epe.gov.br/Default.aspx