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Projecto Bairros em Lisboa 2012


Jornadas SIPA 2011
6 de Novembro




Coordenação: CEACT/UAL - Centro de Estudos de Arquitectura, Cidade e Território
da Universidade Autónoma de Lisboa
Parceiros: IHRU – SIPA | e-Geo | CML
O PROJECTO: PONTO DE PARTIDA




O conceito de Bairro é…
-Uma referência constante nos mais diversos tipos de discurso (comum, técnico,
científico, promocional, histórico, político, estratégico, ficcional…);

-Uma realidade de existência global mas com características diferenciáveis
localmente;

-Uma ideia que é facilmente identificável mas dificilmente definível;
O PROJECTO: PONTO DE PARTIDA




O projecto de investigação “Bairros em Lisboa, 2012” surge da grande
dificuldade de encontrar um critério empírico de definição de “Bairro” e da
grande diversidade de lugares e realidades (sociais, culturais, arquitectónicas,
históricas, espaciais) na cidade de Lisboa, onde esse termo se aplica com toda a
propriedade.
O PROJECTO: PERGUNTAS E OBJECTIVOS




Perante tal diversidade considera-se fundamental:
− Abordar o Bairro como um espaço físico - na sua componente histórica e
urbanística - mas também como um espaço que configura práticas sociais, que
é utilizado, vivenciado e representado pelos seus habitantes e utilizadores.
− Compreender a que contextos – espaciais, históricos, arquitectónicos, sociais,
culturais – se associa o conceito de Bairro
− Definir os critérios que podem ser utilizados para definir o que é um Bairro,
numa cidade plural como Lisboa.

− Retratar de uma forma tão completa quanto possível alguns Bairros de
Lisboa, a fim de compreender a amplitude do seu papel nas novas formas de
habitar a cidade contemporânea e de contribuir para o seu conhecimento e
ordenamento.
O PROJECTO: PERGUNTAS E OBJECTIVOS


Questões que inquietam e suscitam debate:

− Como distinguir os Bairros na Lisboa de hoje?
− Será possível estabelecer uma tipologia dos bairros existentes?
− De que forma essa tipologia poderá ser útil para o ordenamento da cidade?
− Porque razão certos projectos urbanos vingam como Bairro e outros não?
− Como é que os residentes e os utentes da cidade caracterizam se apropriam
      e representam o espaço do Bairro?
− Poderá a expansão urbana das últimas décadas ser associada ao conceito
      de Bairro ou estamos perante realidades que exigem novas designações
      e formas de classificar a cidade?
− Como sobreviverá o Bairro de cariz popular a processos de nobilitação
      urbana e de “musealização” de tipicidades?
− Porque razão os Instrumentos de Gestão do Território e os documentos
      estratégicos não coincidem na leitura que fazem dos Bairros?
O PROJECTO: CRONOGRAMA E METODOLOGIA


Ano                             Desenvolvimento do projecto
2010    Concepção do projecto
        Estabelecimento de parcerias (IHRU - SIPA | e-Geo | CML)

        Definição da primeira proposta de tipologias

        Primeiro mapeamento

        Inquéritos teste e início de 2 casos de estudo (Campo de Ourique e Graça),
         incluindo levantamento histórico, urbanístico e arquitectónico e registo
         fotográfico e cartográfico dos estudos de caso
2011    Mesa redonda de lançamento O lugar do Bairro
        Realização de entrevistas a actores-chave

        Trabalho de campo: finalização de Graça e Campo de Ourique. Telheiras

        Início de Ajuda e Alvalade

        Produção de cartografia

        Divulgação em conferências internacionais

2012    Finalização de Ajuda e Alvalade e outro a definir
        Análise de resultados e redefinição de tipologias

        Divulgação e aplicação de conteúdos
O PROJECTO: PARCERIA COM O IHRU - SIPA




− Parceiro pleno, presente em todas as
      fases (reuniões de
      trabalho, discussão de
      conceitos, definição da
      tipologia, selecção de casos de
      estudo, leitura da cartografia)

− Workshop sobre inventário de conjuntos
     urbanos aos alunos do 3º ano do
     curso de Arquitectura da UAL
     (disciplina de Seminário)

- Cruzamento com os dados do inventário
      de conjuntos urbanos para Lisboa

- Produção de cartografia histórica
O PROJECTO: ALGUNS RESULTADOS
INQUÉRITO PRELIMINAR ON-LINE Dos bairros que indicou, qual o mais representativo daquilo que considera
                                                                                     um bairro de Lisboa?
Item                      Sim, sempre Sim, às vezes    Não
Classifique as   Conjunto de edifícios da mesma época                         28.6%34       69.7%83       1.7%2
    seguintes
  afirmações     Conjunto de edifícios que obedecem a um plano urbanístico    26.1%31       64.7%77      9.2%11

   de acordo
   com a sua     Conjunto de ruas de uma mesma freguesia                      26.9%32       62.2%74      10.9%13

      ideia de   É um dormitório                                               3.4%4        29.4%35         6
                                                                                                         67.2%80
                 Existem relações familiares                                  36.1%43       60.5%72       3.4%4
    bairro de
                 Existe comércio tradicional                                  74.8%89       24.4%29       0.8%1
       Lisboa:                                              6
                 Existe vivência diurna de rua                                79.0%94       21.0%25         -

                 Existe vivência nocturna de rua                              25.2%30       73.1%87       1.7%2

                 Existem espaços verdes e jardins                             32.8%39       66.4%79       0.8%1


                 Existem relações estreitas de vizinhança                     46.2%55       53.8%64         -


                 Vivem pessoas de vários estratos sociais                     32.8%39       66.4%79       0.8%1


                 Vivem sobretudo pessoas do mesmo estrato social              10.1%12       64.7%77      25.2%30
O QUE FAZ DA GRAÇA UM BAIRRO?




             A arquitectura       4

                 Ser antigo       4

  Ser um bairro tradicional           6

                   História           6

Relação entre os habitantes               7

               "Tem tudo"                          14

 "Toda a gente se conhece"                              17

    O comércio tradicional                                             29

                As pessoas                                             29

                              0   5           10   15        20   25   30   35
RELAÇÃO COM OS VIZINHOS




                               NS/NR


Mantém conversação com alguns mas não
  estabelece relações de amizade com
                nenhum                                                         Graça
                                                                               Campo de Ourique
  Não mantém conversação com nenhum
                                                                               Telheiras


  Tem relações de amizade com algum(s)


                                         0   20 40 60 80 100 120 140 160 180
GRAU DE SATISFAÇÃO COM ALGUNS ASPECTOS DO BAIRRO (GRAÇA+CAMPO
                                           DE OURIQUE+TELHEIRAS)




     Segurança



     Habitantes



       Prestígio                                    NS/NR
                                                    Baixo
                                                    Médio
   Qualidade de
       vida                                         Alto



    Estacioname
        nto


      Comércio


                   0   50   100   150   200   250
LIMITES DO BAIRRO - GRAÇA
Graça
Campo de Ourique
Ajuda
O Bairro é …
− Uma malha urbana composta por ruas e edifícios com espessura temporal
    e arquitectónica.
− Uma unidade de base da vida urbana, que não corresponde a uma
    definição político-administrativa nem é um simples suporte físico de
    um grupo populacional.
− Uma área sem demarcação territorial, mas delimitada na memória e no
    imaginário colectivo dos seus residentes.
− Um referencial geográfico onde se observa a sobreposição de
    temporalidades, espacialidades e sociabilidades diversas.
− Um lugar que promove a criação de marcas identitárias partilhadas no
    colectivo e reconhecidas no exterior.
− Uma realidade que permite a intersecção da objectividade da vida social
    com as subjectividades da sua representação.
− Um sítio onde se “cresce” pessoal e socialmente e onde se criam
    memórias.
“It is this social diversity, and not just the diversity of buildings and uses, that
gives the city its soul.”

         Sharon Zukin (2010), Naked City: the death and life of authentic
         urban places, Oxford University Press, New York




“Cuanto mayor sea la variedad de usos que tenga un barrio, más sustentable
resultará”
         Alvarez de Celis in clarin.com (5/4/2011)
A EQUIPA

UAL: Filipa Ramalhete | Assunção Gato | Cristina Dias | Joana Afonso | Sara
Machado | Bruno Neves
E-Geo: Nuno Soares
IHRU: Margarida Tavares da Conceição | Luís Marques | Teresa Ferreira
Trabalho de campo: João Ortigão Ramos | Maria Castilho | Miguel Esteves |
Pedro Pedro | Fábio Fonseca | Isa Esteves


Fotografias: Nuno Soares

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Apresentação Jornadas SIPA 2011

  • 1. Projecto Bairros em Lisboa 2012 Jornadas SIPA 2011 6 de Novembro Coordenação: CEACT/UAL - Centro de Estudos de Arquitectura, Cidade e Território da Universidade Autónoma de Lisboa Parceiros: IHRU – SIPA | e-Geo | CML
  • 2. O PROJECTO: PONTO DE PARTIDA O conceito de Bairro é… -Uma referência constante nos mais diversos tipos de discurso (comum, técnico, científico, promocional, histórico, político, estratégico, ficcional…); -Uma realidade de existência global mas com características diferenciáveis localmente; -Uma ideia que é facilmente identificável mas dificilmente definível;
  • 3. O PROJECTO: PONTO DE PARTIDA O projecto de investigação “Bairros em Lisboa, 2012” surge da grande dificuldade de encontrar um critério empírico de definição de “Bairro” e da grande diversidade de lugares e realidades (sociais, culturais, arquitectónicas, históricas, espaciais) na cidade de Lisboa, onde esse termo se aplica com toda a propriedade.
  • 4. O PROJECTO: PERGUNTAS E OBJECTIVOS Perante tal diversidade considera-se fundamental: − Abordar o Bairro como um espaço físico - na sua componente histórica e urbanística - mas também como um espaço que configura práticas sociais, que é utilizado, vivenciado e representado pelos seus habitantes e utilizadores. − Compreender a que contextos – espaciais, históricos, arquitectónicos, sociais, culturais – se associa o conceito de Bairro − Definir os critérios que podem ser utilizados para definir o que é um Bairro, numa cidade plural como Lisboa. − Retratar de uma forma tão completa quanto possível alguns Bairros de Lisboa, a fim de compreender a amplitude do seu papel nas novas formas de habitar a cidade contemporânea e de contribuir para o seu conhecimento e ordenamento.
  • 5. O PROJECTO: PERGUNTAS E OBJECTIVOS Questões que inquietam e suscitam debate: − Como distinguir os Bairros na Lisboa de hoje? − Será possível estabelecer uma tipologia dos bairros existentes? − De que forma essa tipologia poderá ser útil para o ordenamento da cidade? − Porque razão certos projectos urbanos vingam como Bairro e outros não? − Como é que os residentes e os utentes da cidade caracterizam se apropriam e representam o espaço do Bairro? − Poderá a expansão urbana das últimas décadas ser associada ao conceito de Bairro ou estamos perante realidades que exigem novas designações e formas de classificar a cidade? − Como sobreviverá o Bairro de cariz popular a processos de nobilitação urbana e de “musealização” de tipicidades? − Porque razão os Instrumentos de Gestão do Território e os documentos estratégicos não coincidem na leitura que fazem dos Bairros?
  • 6. O PROJECTO: CRONOGRAMA E METODOLOGIA Ano Desenvolvimento do projecto 2010  Concepção do projecto  Estabelecimento de parcerias (IHRU - SIPA | e-Geo | CML)  Definição da primeira proposta de tipologias  Primeiro mapeamento  Inquéritos teste e início de 2 casos de estudo (Campo de Ourique e Graça), incluindo levantamento histórico, urbanístico e arquitectónico e registo fotográfico e cartográfico dos estudos de caso 2011  Mesa redonda de lançamento O lugar do Bairro  Realização de entrevistas a actores-chave  Trabalho de campo: finalização de Graça e Campo de Ourique. Telheiras  Início de Ajuda e Alvalade  Produção de cartografia  Divulgação em conferências internacionais 2012  Finalização de Ajuda e Alvalade e outro a definir  Análise de resultados e redefinição de tipologias  Divulgação e aplicação de conteúdos
  • 7. O PROJECTO: PARCERIA COM O IHRU - SIPA − Parceiro pleno, presente em todas as fases (reuniões de trabalho, discussão de conceitos, definição da tipologia, selecção de casos de estudo, leitura da cartografia) − Workshop sobre inventário de conjuntos urbanos aos alunos do 3º ano do curso de Arquitectura da UAL (disciplina de Seminário) - Cruzamento com os dados do inventário de conjuntos urbanos para Lisboa - Produção de cartografia histórica
  • 8. O PROJECTO: ALGUNS RESULTADOS INQUÉRITO PRELIMINAR ON-LINE Dos bairros que indicou, qual o mais representativo daquilo que considera um bairro de Lisboa?
  • 9. Item Sim, sempre Sim, às vezes Não Classifique as Conjunto de edifícios da mesma época 28.6%34 69.7%83 1.7%2 seguintes afirmações Conjunto de edifícios que obedecem a um plano urbanístico 26.1%31 64.7%77 9.2%11 de acordo com a sua Conjunto de ruas de uma mesma freguesia 26.9%32 62.2%74 10.9%13 ideia de É um dormitório 3.4%4 29.4%35 6 67.2%80 Existem relações familiares 36.1%43 60.5%72 3.4%4 bairro de Existe comércio tradicional 74.8%89 24.4%29 0.8%1 Lisboa: 6 Existe vivência diurna de rua 79.0%94 21.0%25 - Existe vivência nocturna de rua 25.2%30 73.1%87 1.7%2 Existem espaços verdes e jardins 32.8%39 66.4%79 0.8%1 Existem relações estreitas de vizinhança 46.2%55 53.8%64 - Vivem pessoas de vários estratos sociais 32.8%39 66.4%79 0.8%1 Vivem sobretudo pessoas do mesmo estrato social 10.1%12 64.7%77 25.2%30
  • 10. O QUE FAZ DA GRAÇA UM BAIRRO? A arquitectura 4 Ser antigo 4 Ser um bairro tradicional 6 História 6 Relação entre os habitantes 7 "Tem tudo" 14 "Toda a gente se conhece" 17 O comércio tradicional 29 As pessoas 29 0 5 10 15 20 25 30 35
  • 11. RELAÇÃO COM OS VIZINHOS NS/NR Mantém conversação com alguns mas não estabelece relações de amizade com nenhum Graça Campo de Ourique Não mantém conversação com nenhum Telheiras Tem relações de amizade com algum(s) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
  • 12. GRAU DE SATISFAÇÃO COM ALGUNS ASPECTOS DO BAIRRO (GRAÇA+CAMPO DE OURIQUE+TELHEIRAS) Segurança Habitantes Prestígio NS/NR Baixo Médio Qualidade de vida Alto Estacioname nto Comércio 0 50 100 150 200 250
  • 13. LIMITES DO BAIRRO - GRAÇA
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  • 31. Ajuda
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  • 41. O Bairro é … − Uma malha urbana composta por ruas e edifícios com espessura temporal e arquitectónica. − Uma unidade de base da vida urbana, que não corresponde a uma definição político-administrativa nem é um simples suporte físico de um grupo populacional. − Uma área sem demarcação territorial, mas delimitada na memória e no imaginário colectivo dos seus residentes. − Um referencial geográfico onde se observa a sobreposição de temporalidades, espacialidades e sociabilidades diversas. − Um lugar que promove a criação de marcas identitárias partilhadas no colectivo e reconhecidas no exterior. − Uma realidade que permite a intersecção da objectividade da vida social com as subjectividades da sua representação. − Um sítio onde se “cresce” pessoal e socialmente e onde se criam memórias.
  • 42. “It is this social diversity, and not just the diversity of buildings and uses, that gives the city its soul.” Sharon Zukin (2010), Naked City: the death and life of authentic urban places, Oxford University Press, New York “Cuanto mayor sea la variedad de usos que tenga un barrio, más sustentable resultará” Alvarez de Celis in clarin.com (5/4/2011)
  • 43. A EQUIPA UAL: Filipa Ramalhete | Assunção Gato | Cristina Dias | Joana Afonso | Sara Machado | Bruno Neves E-Geo: Nuno Soares IHRU: Margarida Tavares da Conceição | Luís Marques | Teresa Ferreira Trabalho de campo: João Ortigão Ramos | Maria Castilho | Miguel Esteves | Pedro Pedro | Fábio Fonseca | Isa Esteves Fotografias: Nuno Soares