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Modelo de Jogo Barcelona - Exercícios de ligação entre sectores (defesa/médios e médios/avançados)
1. TAREFA #1 – CONSTRUÇÃO DE EXERCÍCIOS TENDO POR BASE O MODELO DE JOGO DO BARCELONA DE GUARDIOLA
Contextualização: "Nossa forma de entender o futebol é acreditar que com a bola, com os passes e com as tabelinhas, ou seja, com a bola saindo dos nossos pés lá de trás, podemos ser bem- sucedidos.” (Andrés Iniesta)
Guardiola revolucionou o futebol. Se como jogador era discreto, a sua filosofia no que diz respeito à forma de jogar das suas equipas pasmou o mundo com a sua capacidade de controlo dos adversários. A obsessão pela posse, o tiki taka. Passes curtos, muitas linhas de passe, bola sempre no chão. Controlo da bola para poder controlar o jogo. Afinal, quem decide é sempre quem a bola..
Foi-nos proposta a criação de dois exercícios no momento ofensivo, um primeiro de ligação entre a defesa e o meio-campo, outro entre o meio-campo e a defesa. Torna-se portanto importante identificar os traços gerais – príncipios – destes momentos específicos no modelo de jogo do Barcelona.
Na fase de construção (III) desde o guarda-redes, centrais a garantir largura no “bico” da área. Com pressão de um jogador adversário, ainda que o central a quem seja dirigido o primeiro passe não seja necessariamente o que progride com bola, segurança na saída, mesmo que para isso seja necessário utilizar a linha de passe dada pelo guarda-redes ou pelo outro central (situação de 3x1). Na mesma fase, laterais garantem largura e profundidade, a menos que na situação descrita anteriormente exista um 3x2, sendo que neste caso a profunidade dada diminui de forma a dar uma linha de passe mais próxima. O mesmo acontece com o pivot defensivo, apenas recua perto da sua área de forma a garantir a manutenção da superiodade numérica/linha de passe. Nesta fase de iniciação/manutenção da construção Guardiola propõe o Príncipio do Homem Livre, progressão para atrair (fixar) e libertar um homem de marcação (o homem livre). Contra equipas mais defensivas (vulgo “linhas baixas”),
2. Guardiola considera essencial que um central ataque o espaço para atrair um adversário. Se for um avançado, passa ao outro central que pode avançar com o avançado batido. Caso saia um médio, criou-se um homem livre numa zona mais adiantada. Desiquilibrio pronto a ser aproveitado. A partir daqui será mais facil garantir a manutenção da bola, podendo mesmo repetir-se a lógica do progredir/atrair/fixar com muitas situações de superioridade (2x1). O adversário tende a “fechar” o corredor central, abrindo espaço pronto a ser aproveitado pelos extremos (fase de criação de situações de finalização).
Fig.1 _ Situação de 3x2 entre centrais/GR e avançados adversários, desce o médio defensivo entre os centrais. Fig.2 _ Médio-defensivo progride com bola. Sem um advesário direto, toca num dos interiores. Fig.3 _ Interior recebe orientado para o espaço livre deixado pelo médio-defensivo. Manutenção do triângulo.
3. Garantido o avanço em termos territoriais, tentativa de criação de situações de finalização. Guardiola considera necessário o risco para alcançar o sucesso (para criar situações e o próprio golo), mas a verdade é que a equipa só arrisca realmente o último passe em condições muito favoráveis. Não estão criadas condições? Posse, muita posse. Nos três corredores e quase sempre no meio-campo adversário. É nesta fase (II transição para a I) que entra onde príncipio fundamental para Guardiola, o Príncipio do Terceiro Homem. Sucintamente, descreve o movimento de um jogador mais avançado no terreno que recua e realiza combinação direta/indireta com um jogador de frente para o jogo. Ao mesmo tempo que recua, abre espaço para a entrada de um extremo ou interior na sua zona (muitas vezes em dermarcações de rotura). Uma circulação bastante utilizada neste Barcelona era o passe de Busquets para Messi (o avançado), que dava frontal a Iniesta/Xavi (os interiores). Caso existisse condições, picar sobre ou entre a defesa adversária para entrada de um companheiro.
Fig.4 _ Interior toca no central. Avança alguns metros, atrai e toca no lateral livre. Garantido o homem livre, desta vez com aproveitamento do corredor. Fig.5 _ Lateral recebe de frente para o jogo. Atrai jogador e cria linha de passe, neste caso do interior. Com espaço, executa passe longo para o outro corredor.
4. Fig.6 _ Apoio frontal dado por Messi. Passe não é dirigido por Busquets mas o príncipio de tocar em quem está de frente para o jogo presente. Fig.7 _ Combinação direta concluida. Sem espaço para explorar nas costas de Messi, circulação pelo corredor. Manutenção da posse. Fig.8 _ Iniesta recebe do corredor e coloca em Messi, que aparece entre-linhas. Fig.9 _ Messi de primeira em Xavi. Nova combinação direta, com Messi em situação de finalização.
5. Exercícios:
Organização Ofensiva (Articulação defesas/médios)
DESCRIÇÃO ESQUEMA TE TA
Objetivo: Construção de acções
ofensivas (Fase III)
Forma: Exercício específico fundamental
(Fase II) – GR+5x2
Espaço: 55x32,5 m ; 5x5m nos
retangulos; 3m portas de entrada
Número jogadores: 8
Orgânica: Equipa amarela com o objetivo
de manutenção de posse de bola em que
um dos centrais tem de passar em
condução numa das portas de entrada;
azuis tentam desarmar os centrais (caso
o consigam rápida finalização).
Condicionantes:
Guarda-redes pode ser utilizado
durante a posse (cobertura
ofensiva).
Laterais (dentro dos retângulos)
funcionam como apoios da equipa
amarela, jogando a um toque e não
saindo do seu espaço.
Bola recomeça sempre do GR, com
centrais a dar largura e médio-defensivo
a recuar.
Critérios êxito: condução; passe;
recepção; temporização; desmarcação;
combinações direta e indireta; técnica
de GR
15’
6. Organização Ofensiva (Articulação médios/avançados)
DESCRIÇÃO ESQUEMA TE TA
Objetivo: Construção de situações de
finalização e finalização propriamente
dia (Fase II e I)
Forma: Exercício específico fundamental
(Fase II) – GR+4x6
Espaço: 55x32,5 m; 3m portas de
entrada; 2x12 m no retângulo
Número jogadores: 11
Orgânica: Equipa azul em ataque
organizado, utilizando frequentemente o
apoio frontal dado pelo avançado.
Sempre que possível procurar
desmarcações em rotura dos extremos e
do avançado. Caso não seja possível,
manutenção da posse. Amarelos
defendem à zona, caso recuperem
devem colocar a bola numa das portas.
Condicionantes:
Médio-defensivo como cobertura
ofensiva (zona limitada), jogando a
um toque.
Existe fora-de-jogo;
Bola recomeça do médio-defensivo.
Critérios êxito: condução; passe;
recepção; temporização; desmarcação
em apoio e rotura; combinações direta e
indireta; coberturas ofensivas
15’