Nesta edição:
- Comissão Mista da MP do Código Florestal aprova plano de trabalho
- Medida Provisória 559 é aprovada na Câmara
- Tombini fala sobre política monetária no Senado
- Comissão de Trabalho debate regulamentação do trabalhador autônomo
Termômetros da Sociedade Brasileira | Junho 2014 | Divulgação 30/06/2014
Novidades Legislativas Nº 41 | 12/06/2012
1. Ano 15 • Número 41 • 12 de junho de 2012 • www.cni.org.br
Nesta Edição:
Comissão Mista da MP do Código Florestal aprova plano de trabalho
Medida Provisória 559 é aprovada na Câmara
Tombini fala sobre política monetária no Senado
Comissão de Trabalho debate regulamentação do trabalhador autônomo
Comissão Mista da MPV 571/2012 – Código Florestal –
painel
aprova seu Plano de Trabalho
Plano Nacional de
A Comissão Mista da MPV 571/2012 aprovou, hoje, o seu Plano de Trabalho. O Educação
relator, senador Luís Henrique da Silveira (PMDB/SC), propôs a realização de
uma audiência pública no próximo dia 26 de junho, às 8:00 h, para a qual estão Reunida para votar o parecer
do relator, deputado Vanhoni
convidados os Ministros do Meio Ambiente (MMA), da Agricultura (MAPA), do (PT-PR), a Comissão Especial
Desenvolvimento Agrário (MDA), das Cidades e da Advocacia Geral da União do Plano Nacional de
(AGU), bem como os presidentes da EMBRAPA e da Agência Nacional de Águas Educação não concluiu a
(ANA). Já no dia 04 de julho, também às 8:00 h, o relator fará a leitura do seu deliberação.
parecer, contendo sua apreciação das 696 emendas submetidas pelos
No parecer apresentado hoje, o
parlamentares dentro do prazo regimental; é possível que a votação do parecer relator defende ampliação do
ocorra na semana seguinte, dia 10 de julho. A MPV 571 faz alterações à recém- ensino técnico e eleva para
sancionada lei do Novo Código Florestal, para suprir as lacunas deixadas pelos 7,5% do PIB o investimento em
vetos da Presidência, e trancará a pauta da Câmara a partir de 12 de julho. educação. A proposta original
do governo era aplicar 7%.
Câmara aprova Medida Provisória 559
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de hoje a Medida
Provisória 559/2012 na forma de projeto de lei de conversão apresentado pelo
relator, deputado Pedro Uczai (PT/SC). Uczai havia lido seu parecer na semana
passada, mas somente essa semana é que o Plenário apreciou seu parecer.
Originalmente a Medida Provisória 559/2012 autoriza a Eletrobrás a assumir o
controle acionário da Celg. Entretanto, Uczai inclui no Projeto de Lei de Conversão da
Medida Provisória dispositivos que estavam sendo discutidos na Medida Provisória
556/2011, que não foi votada pelo Congresso e perdeu a validade, notadamente a
aplicação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras do PAC, a
ampliação do Reporto, a elevação do limite do valor comercial de cada unidade
habitacional construída no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida e alteração
do Reintegra. O projeto de lei de conversão prevê ainda parâmetro para aquisição de
energia por distribuidora.
Durante a apreciação do parecer do relator o PSDB chegou a apresentar destaque
para tentar suprimir a aplicação do RDC em obras do PAC. Entretanto, em votação
nominal, o destaque foi rejeitado por 221 votos a 150.
A Medida Provisória 559/2012 é uma das últimas medidas provisórias com relatório
de Plenário – apenas as Medidas Provisórias 560 e 561 estão sujeitas ao rito antigo
de tramitação de MP, sem passagem pela Comissão Mista do Congresso. O texto
segue para o Senado Federal.
Abaixo os principais pontos introduzidos pelo relator.
Confederação Nacional da Indústria
2. Aplicação do RDC (Lei 12.462/2011) às ações do PAC – o RDC permite, no processo licitatório, a adoção dos
seguintes procedimentos: a) inversão das fases de habilitação e julgamento das propostas; b) modos de disputa
aberto, fechado e combinado, de acordo com a contratação realizada; c) postergação da publicação do orçamento;
e d) realização de contratação integrada, remuneração variável e contratação simultânea.
Reporto - amplia até 31 de dezembro de 2015 o Reporto (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à
Ampliação da Estrutura Portuária). O Regime terminaria no fim de 2011, mas foi prorrogado até 2015 pela MPV
556/2011, que perdeu eficácia.
Valor das Casas do “Minha Casa Minha Vida” - aumenta de R$ 75 mil para R$ 85 mil o limite do valor comercial
de cada unidade habitacional construída no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida.
Aquisição de energia por distribuidoras - determina que o consumo de energia elétrica das unidades
consumidoras que realizem micro ou minigeração distribuída, a ser faturado pelas distribuidoras, corresponderá à
diferença entre a energia consumida da rede elétrica e a nela injetada. Estabelece que a partir da data de conexão
à rede da central micro ou minigeração distribuída, caso o montante da energia injetado seja maior que o
consumido, essa energia excedente será adquirida pelas distribuidoras.
Reintegra - estabelece forma de recolhimento de tributos federais, no caso de venda no mercado interno ou da não
exportação das mercadorias destinadas à exportação que estiverem inseridas no âmbito do Reintegra (Regime
Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras). No caso de revenda no mercado
interno, determina que o pagamento será efetuado até o décimo dia subsequente ao da revenda. Mantém o prazo
de 10 dias para recolhimento dos tributos previsto para o caso de não exportação das mercadorias, bem como as
regras relativas à incidência de juros e multa.
Permite a opção de aderir ao Reintegra aos empreendimentos industriais instalados nas áreas da SUDAM e
SUDENE que fazem jus a crédito presumido do IPI (pela Lei n. 9.826/1999) e às empresas instaladas ou que
venham a se instalar nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e que sejam montadoras e fabricantes de
veículos automotores que já apurem crédito presumido de IPI (por meio da Lei n. 9.440/1997).
Ainda no âmbito do Reintegra, determina que do valor apurado pela exportadora de bens manufaturados para fins
de ressarcir parcial ou integralmente o resíduo tributário federal existente na cadeia de produção, 17, 84%
corresponderão a crédito de PIS/PASEP e 82,16% corresponderão a crédito da COFINS.
Presidente do Banco Central Alexandre Tombini fala sobre Política
Monetária
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou hoje durante audiência pública na Comissão de
Assuntos Econômicos do Senado, que há um fluxo de saída de dólares do país neste momento, mas que a
moeda brasileira tem caminhado, em relação ao dólar, junto com o que ocorre com as divisas de outros
países.
“Os mercados internacionais devem enfrentar instabilidade ao longo dos próximos trimestres e talvez até nos
próximos dois anos, mantendo ainda o cenário de baixo crescimento mundial”, afirmou. Tombini acrescentou que a
volatilidade mais acentuada ocorrerá, sobretudo, em mercados de renda variável. O presidente do BC repetiu a
análise de que a perspectiva é de baixa expansão econômica global para os próximos anos, o que contribui para
um viés de inflação baixa. Para 2012, a projeção é de crescimento global em torno de 2,3%.
NOVIDADES LEGISLATIVAS
Ano 15 – nº 41, de 12 de junho de 2012 2
3. Tombini disse ainda que a queda dos juros e do spread e a aceleração da economia irão ajudar no recuo da
inadimplência nos próximos meses. Há um recuo no juro real e que o patamar atual está baixo comparado com o
histórico do país.
Em relação aos preços disse que a inflação mostra queda importante. A inflação convergirá para o centro da meta
de 4,5% este ano e não irá escapar para níveis mais elevados em 2013.
Comissão do Trabalho debate o projeto que regula as atividades dos
Representantes Comerciais Autônomos
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público – CTASP realizou na tarde de hoje, audiência
pública sobre o PL 1.439/07, que dispõe sobre as atividades dos representantes comerciais autônomos, com
presença dos representantes da CNI, Edésio Reichert; do Conselho Federal dos Representantes Comerciais,
Manoel Affonso Mendes de Farias Mello; da Federação do Comércio do Estado do Paraná, Paulo Cézar
Nauiack e do Sindicato dos Representantes Comerciais de Pernambuco e Empresas de Representação do
Estado de Pernambuco, Severino Nascimento Cunha.
A audiência foi presidida pelo deputado Augusto Coutinho (PTB/PE) e teve a participação dos deputados Sandro
Mabel (PMDB/GO), relator do projeto na CTASP, e Chico Lopes (PCdoB/CE).
O PL 1.439/07, na sua redação original, estabelece que a indenização dos representantes comerciais, devida na
rescisão contratual sem justo motivo, será no valor não inferior a 1/20 do total da retribuição auferida nos últimos
três anos de vigência do contrato. O direito à indenização ficará sujeito ao prazo prescricional de dois anos, contado
da rescisão do contrato.
O relator do projeto, deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), apresentou substitutivo que fixa o percentual mínimo de
indenização em 1/12 do total da retribuição auferida nos últimos cinco anos de representação. Após a extinção do
contrato, o prazo prescricional para reclamar eventual indenização e demais direitos garantidos por lei será de dois
anos.
A legislação atual estabelece que é devida ao representante comercial, em decorrência de rescisão contratual,
uma indenização cujo montante não será inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o
tempo em que exerceu a representação.
A CNI tem posição convergente ao projeto, pois entende que ele traz maior segurança jurídica para os setores que
negociam seus produtos mediante representação comercial. Edésio Reichert, representante da CNI, falou da
importância dos representantes comerciais para as empresas e da necessidade de se fixar um limite de tempo para
o cálculo da indenização no caso de rescisão contratual sem justo motivo.
Os representantes do Conselho Federal dos Representantes Comerciais, do Sindicato dos Representantes
Comerciais de Pernambuco e Empresas de Representação do Estado de Pernambuco e da Federação do
Comércio do Estado do Paraná, defenderam a manutenção da atual legislação da categoria, enfatizando que os
representantes comerciais ampliam os mercados da indústria e que o trabalho desenvolvido por eles contribuem
diretamente para o crescimento das empresas.
Ao final, o deputado Sandro Mabel (PMDB/GO) informou que o projeto deverá entrar em pauta após a realização
das eleições municipais.
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