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PERSPECTIVAS DO
    DESENVOLVIMENTO.
    DESENVOLVIMENTO
INTEGRAÇÃO TERRITORIAL E
  GESTÃO COMPARTILHADA


           MAIO/2012
Documento de Contribuição Brasileira à Conferência RIO
+20, entre os principais resultados a serem alcançados
deverão estar incluídos:


1 – Erradicação da pobreza como elemento indispensável à
concretização do desenvolvimento sustentável.

2 – A plena consideração do conceito de desenvolvimento
sustentável na tomada de decisão dos atores dos pilares econômico,
social e ambiental, de forma a alcançar maior sinergia, coordenação
e integração entre as três dimensões do desenvolvimento
sustentável, com vistas a superar a prevalência de visões ainda
setoriais.

3 – O fortalecimento do multilateralismo.

4 – O reconhecimento do reordenamento internacional em curso
                                                       curso,
com seus reflexos na estrutura de governança global.
Acordo para o Desenvolvimento Sustentável - Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social e Instituições
Signatárias:


SETE ESTRATEGIAS:
      •   Agendas nacionais para o desenvolvimento sustentável
      •   Novo padrão de produção e consumo
      •   Cidades e campos sustentáveis
      •   Papel da educação, ciência, tecnologia e inovação
      •   Participação e controle social
      •   Parcerias para o desenvolvimento sustentável
      •   Novos indicadores de desenvolvimento.
                                desenvolvimento

Estratégia 1 - Agendas nacionais para o desenvolvimento

•   Fortalecer o papel do Estado como indutor do desenvolvimento,
    por meio de políticas integradas
•   Promover o desenvolvimento regional e local, nas escalas
    subnacionais, por meio de planos territoriais locais, soluções
    apropriadas e políticas integradas
INTEGRAÇÃO DE POLITICAS E O
    G ÇÃO          O    C S
TERRITÓRIO: elementos fundamentais para o
desenvolvimento sustentável

Desafio:
Desafio elaborar politicas coerentes com a
realidade nacional, que assegurem um projeto de
desenvolvimento nestas bases
                         bases.

Para tanto, o IPEA, e a DIRUR em especial,
estão construindo uma agenda de pesquisas
adaptada e coerente com esses princípios e
vinculada à Formação Socioespacial Brasileira.
UM DOS CONCEITOS BASICOS DESTA
   PROPOSTA É A REGIÃO

1. Região é um ente "ontológico" (isto
é, tem realidade em si), e é preciso o
pesquisador decifrar essa realidade

                                           2. Região é um ente "lógico", funcional,
                                           isto é, uma criação do intelecto


                                               A região é formada "de cima pra baixo", através de leis,
                                               institucionalização e ação estatal


A região é um elemento de organização
"espontânea“ do espaço, formada de "baixo pra
cima" (isso é, ela se forma a partir da história da
            é                           história,
cultura, das relações de produção).
PROJETO DIRUR - O BRASIL EM
PERSPECTIVA TERRITORIAL

   Analise dos Padrões do Desenvolvimento
    Brasileiro.
   Analise a partir do sistema de regiões, cujas
    virtuosidades potenciadas alimentarão o
    desenvolvimento; cujas carências,
    negligenciadas, limitarão seus avanços.
FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL
BRASILEIRA. CARACTERISTICAS
      DA URBANIZAÇÃO
             Desigualdades, seg egações e
               es gua dades, segregações
             exclusões, no campo e na
             cidade, são marcas indeléveis da
             gênese e do desenvolvimento da
             FSE brasileira
O processo de urbanização brasileira:
concentrado no tempo e no espaço

         90
         80
         70
         60
         50
         40
         30
         20
         10
          0
              1940   1950        1960      1970     1980     1991   2000    2010

                                           Urbana    Rural
‐   60% população urbana em 224 municípios com mais de 100 mil e RM s.
    60% população urbana em 224 municípios com mais de 100 mil e RM`s.
‐   Desigualdades intraurbanas e interurbanas.
‐   O planejamento como mecanismo de exclusão e reprodução do capital.
        Reforma             Constituição            Estatuto da          Instrum.
        Urbana                Federal                 Cidade           Urbanísticos
Características da Urbanização Brasileira À
 exclusão social e econômica se superpõe a
 exclusão espacial
    l ã          i l


 Maior parte da população não tem acesso à Cidade
 Crescimento por expansão horizontal e não por
  adensamento
 Ocupação de áreas periféricas, distantes e/ou
                        periféricas
  ambientalmente frágeis
 Ocupação de áreas com impedimentos legais que
  dificultam a regularização e o acesso à terra
 Dificuldades de reivindicação de equipamentos
                              ç      q p
  urbanos devido a irregularidade dos loteamentos
Características da Urbanização Brasileira


   Complexidade modelo centro-periferia
    C   l id d     d l     t      if i

   Áreas centrais e certos espaços escolhidos: legalizados, ricos, com
    infraestrutura, equipamentos, acessibilidade
    infraestrutura equipamentos acessibilidade, postos de trabalho
                                                           trabalho,
    equipamentos de lazer e cultura
   Periferias: ilegais, pobres, precárias

   Áreas degradas, irregulares, com perda da dinâmica econômica e
    carências de infraestrutura e equipamentos urbanos nas áreas centrais

   Periferias com áreas selecionadas nas quais as condições de
    urbanidade estão garantidas para usos corporativos (condomínios
    fechados, centros de lazer e de trabalho)
Características da Urbanização Brasileira


   O aparato de planejamento, regulação e controle do
    uso e ocupação só dialoga com a cidade formal
   Os investimentos públicos se concentram na cidade
    formal, aumentando o valor da terra nessas áreas de
    maneira corporativa e fragmentada.

   RESULTADO: movimento cíclico progressivo e auto-
    alimentado de periferização irregular em áreas não
    urbanizadas e/ou ambientalmente f á il acompanhado
      b i d       /      bi t l      t frágil,       h d
    da criação de vazios nos interstícios das áreas
    urbanizadas (processo de degradação/especulação)
Características da Urbanização Brasileira


Favores e Negócios se confundem

   As
    A melhorias conseguidas através d reivindicações nas á
           lh i             id  t é de i i di       õ      áreas maisi
    distantes resultam em revalorização, gerando novas ondas de
    expropriação urbana
   Precariedade da ocupação e do acesso a urbanidade não são
    totalmente eliminadas, revelando:
      as diferenças sócio espaciais, e
      a fragmentação do território urbano
             g       ç
   Forma seletiva, corporativa e fragmentada de urbanização resulta em
    alta rentabilidade política
Características da Urbanização Brasileira
Efeitos nefastos para q ase todos
                      quase

   Ocupação das áreas de preservação ambiental e
    áreas de risco: enchentes, erosão, poluições

   Grandes deslocamentos, caos no sistema de
    circulação e transporte

   Inseguranças de diversos tipos: de posse,
    precariedade, violências,
    precariedade violências etc

   Cidade fragmentada formação de guetos
           fragmentada,
Características da Urbanização Brasileira

 Falta de planejamento?
 Zoneamento, PDs e políticas públicas corporativas definem
   áreas, usos e infraestruturas de maneira seletiva, criando
   urbanidade para além da capacidade de absorção do
               p                p                 ç
   mercado (vacância/ociosidade) versus necessidades
   estruturais



 •Vazios Urbanos          •Escassez de localização para
  •Sub-utilização            mercado de baixa renda
    Especulação
   •Especulação               •Expropriação urbana
                                  p p ç
•Baixa densidade               •Imobilidade relativa
Recomposição do tecido urbano
  Integração territorial

Investimentos em grandes projetos equipamentos e infraestruturas
                            projetos,
devem visar não apenas o seu fim específico e setorial, mas também a
reestruturação e reabilitação do tecido urbano, das relações sociais e
da qualidade ambiental
             ambiental.


Associar no projeto ações diversas ao investimento original (revisão das
formas de financiamento).
Tomada de decisão não deve se restringir a setor especifico (natureza
intersetorial dos investimentos, ampliação dos benefícios).
Superação da fragmentação. Superação dos interesses exclusivamente
               fragmentação
corporativos (controle e participação social, identidade com a
intervenção)
O que é integração?

UNIÃO / INCLUSÃO / REUNIÃO / ARTICULAÇÃO / INTEGRIDADE
  (coesão interna)

Combinação de partes que trabalham isoladamente formando um
                                   isoladamente,
  conjunto que trabalha como um todo

   Integração econômica Conceito pós segunda guerra:
               econômica.
    Aproximação. União. Inclusão de economias
   Integração de políticas. A reboque da integração
    econômica,
    econômica encontra mais dificuldades por tratar de diversas
    áreas do conhecimento
   Integração de políticas na área urbana.
     •   Necessário entendimento do que seja urbano e a cidade
     •   O conjunto da cidade trabalha como um todo. A política é a
         responsável por sua fragmentação
Integração de políticas ou do território?
Integração de políticas ou do território?




                                                                             São Paulo



Zoneamento: excludente, elitista, injusto, estático e anti-econômico

Estabelece o controle do uso do solo para as classes média e alta como forma de
diferenciação (segregação) da população pobre (assentamentos precários)
Política urbana - Integração territorial

      CIDADE MODERNA FUNCIONAL
   Subespaços exercem funções especificas no
    sistema urbano.
   Tempo dividido (trabalho, lazer, morar)
   Espaço fragmentado - “zoneado” (centro
    comercial, área industrial, bairro residencial)

           CIDADE FRAGMENTADA
                    X
           COTIDIANO INTEGRADO


URGÊNCIAS/NECESSIDADES (PRÁTICAS)
                X
DIREITOS/CIDADANIA (DIFUSOS-GERAIS)
Integração das políticas urbanas e
cidades brasileiras

INTEGRAÇÃO DE POLITICAS SETORIAIS –
  intervenções que prevejam investimentos em obras
  (de habitação, saneamento transporte espaço
      habitação saneamento, transporte,
  público, etc) e custeio para a elaboração de
  planos, trabalhos sociais, manutenção de
  equipamentos, oferta de serviços públicos, etc.
      i       t     f t d       i     úbli     t
                         +
INTEGRAÇÃO POLITICA DO TERRITÓRIO – superar
             Ã                       Ó
  a profunda desigualdade, a segregação
  socioespacial, regularizar amplamente o acesso a
           p   , g             p
  terra, remover assentamentos precários de áreas
  ambientalmente frágeis, ocupar vazios urbanos, etc
Exemplos de falta de integração

Lixo: transferência de recursos da união para a construção
Li    t     f ê i d              d    iã              t ã
   de aterros sanitários (investimento) X manutenção
   aterros (custeio)
Patrimônio histórico: recursos a fundo perdido para
   manutenção fachada, devem compor com financiamento
   habitacional para reforma do interior (investimento).
   Como viabilizar a manutenção (custeio)?
Existência de recursos para obras e inexistência para
   custas cartoriais
Integração de tarifas. Bilhete Único (São Paulo 2004 –
   Campinas – Rio de Janeiro 2009). BenFacil (Itapevi-
   Barueri-Jandira)
   B      i J di )
Atores da integração das políticas

Poder público
   Vertical: cooperação federativa
   Horizontal: integração programas e ações


Sociedade Civil organizada (participação,
  controle social e responsabilidade
  social)

Capital privado. Sociedade Civil
PPPs - OS e outros
Expansão do Público não Estatal
Dificuldades e desafios
NO PLANO DAS POLITICAS E DO FINANCIAMENTO



   Escala compatível recursos (demanda/dimensão projetos integrados);
   Longevidade das intervenções X continuidade dos programas para
    além do calendário político;
   Modelo de composição do orçamento publico (setorial e por emendas
    parlamentares);
   Falta de indicadores adaptados as políticas integradas e com séries
    históricas que possibilitem o monitoramento e avaliação das
    ações, bem como o planejamento e orçamentação.
   Falta de lógica indicadores e vontade política para ligar:
              lógica,
    planejamento – programação – orçamentação – execução –
    avaliação – planejamento. Gestão publica voltada para a integração
   Articulação federativa e complexa distribuição de competências entre
            ç                    p             ç           p
    os níveis da federação
   Distorções entre investimento e custeio
Dificuldades e desafios
NO PLANO DOS PROGRAMAS E DA URBANIZAÇÃO



   Articulação entre diversos órgãos que cuidam de políticas setoriais;
   Empresas concessionárias de serviços públicos versus interesse público
    coletivo;
   Manutenção de intervenções, distribuição de responsabilidades após
    intervenção;

   Complexidade técnica das intervenções;
   Falta engenharia econômica e financeira que dê subsídios claros para a
    elaboração de programas integrados;
   Falta de profissionais formados para elaboração de projetos integrados e
    para trabalho em equipes multidisciplinares;

   Legislação (do uso e ocupação do solo até a lei de licitações)
   Complexidade fundiária da intervenção - Licenciamento, regularidade e
    regularização
Dificuldades e desafios associados ao
modelo de crescimento
 Padrão de mobilidade urbana ocorrida nas últimas décadas
                               Mobilidade na cidade do Rio de Janeiro, 1950 e 
                                                  2005
                            1800
                                                               1.525        1.641
                            1600
                  ens/ano




                            1400
                            1200
   Milhões de viage




                            1000
                             800                                                    1950
                                   649
                             600
                                                                                    2005
                             400              208 259      216
                             200                                       20
                                         0
                               0
                                   Bondes      Trens        Ônibus     Auto

                                                Modo de tranporte


Redução transporte sobre trilhos e coletivo para transp. Individual e rodoviário
Dificuldades e desafios associados ao
                    modelo de crescimento
                                                                                                                          Vendas de autos e motocicletas
                                                                                                                          Taxa anual de crescimento (%)
                                                                                                                          Autos                    7%aa.
                                                                                                                          Motos                   12% aa.
                                        Vendas de autos e motos x Pas Transp bus
                                                                  Pas. Transp.                                            PIB                      4%aa.
                                                                                                                          Fonte: Anfavea, abraciclo
                    450

                    400                                                                  Venda de motos
                    350
Índice (1998=100)




                    300

                    250                                                                         Venda de automóveis

                    200

                    150

                    100

                    50                                                           Passageiros transp. nos ônibus*

                     0
                          1998   1999    2000   2001       2002      2003    2004     2005     2006    2007        2008


        * Capitais brasileiras                     Autos          Motos     Pas. Transp. bus
Dificuldades e desafios associados ao
  modelo de crescimento

   %             Individual          Coletivo          • Aumento acidentes
  30
                                                       • Aumento
29,5                                                   congestionamentos
                                                              i
                                                       urbanos
  29
                                                       • Grandes iniquidades no
28,5                                                   uso d espaço público
                                                           do         úbli

  28
                                                       • Aumento da Poluição
                                                       • Consumo exagerado de
27,5
                                                       combustíveis
  27                                                   • Perda de desempenho do
          2003   2004         2005   2006       2007   t a spo te púb co
                                                       transporte público
                                                       • Aumento dos gastos
                                                       familiares com transporte
Fonte: ANTP
Dificuldades e desafios associados ao
   modelo de crescimento
 Custos de cada acidente (R$ nov/2011)
                         (           )




Fonte: IPEA Pesquisa sobre custos de acidentes Ipea/Denatran/ANTP
Dificuldades e desafios associados ao
 modelo de crescimento
Custos dos acidentes nas aglomerações urbanas por tipo e veículo




   Percentual do custo em relação às ocorrências


                                                   • Custo total anual em
            Fonte: IPEA
                                                   abr/03: R$ 5,3 bilhões
                                                   • A preços de hoje
                                                   equivaleria a R$ 7,2 bi
                                                   por ano
Dificuldades e desafios associados ao
 modelo de crescimento
Presença dos Planos Diretores – Porte de municípios
Dificuldades e desafios associados ao
 modelo de crescimento

Presença dos Planos Diretores -REGIC
                               REGIC
Dificuldades e desafios associados ao
 modelo de crescimento
Instrumentos urbanísticos - REGIC
           1900ral


          1900ral


          1900ral
          1900 l


          1900ral


          1900ral


          1900ral


          1900ral


          1900ral


          1900ral
                    Metrópole –   Área de    Capital     Área de      Centro    Centro de Centro Local
                       MT       abrangência Regional - abrangência   Regional     Zona
                                    - MT      CR           - CR

                                        Lei do Solo Criado   Lei da OUC %
Dificuldades e desafios associados ao
 modelo de crescimento
Instrumentos u ba s cos – Região Metropolitana
  s u e os urbanísticos    eg ão e opo a a
         1900ral


         1900ral


         1900ral


         1900ral


         1900ral


         1900ral


         1900ral


         1900ral
                   Abaixo de 20 mil De 20 mil a 100 De 100 mil a 500 De 500 mil a 2   Acima de 2
                                          mil             mil           milhões        milhões

                                      Lei do Solo Criado    Lei da OUC %
Dificuldades e desafios associados ao
modelo de crescimento
Rede Avaliação Planos Diretores Participativos
      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral

      1900ral
                Centro-Oeste   Nordeste           Norte               Sudeste   Sul

                                Outorga onerosa   Operações urbanas
Pagamento por Serviços
Ambientais Urbanos para Gestão
           de Resíduos Sólidos
                       IPEA - DIRUR
Aspectos conceituais

   Diferenças entre benefícios econômicos e
    ambientais da reciclagem


       Benefícios                 Benefícios
       econômicos                 ambientais
     • Insumos para os            • Não há mercado
     quais há mercado
                                  • Não há preços -
     • Preços de mercado          não considerados
     refletem sua utilidade -     nas decisões (não
     internalizados nas           internalizados)
     decisões
                                  • Ad é d i
                                    Advém do impacto
                                                   t
     • Advém da economia          ambiental reduzido
     de materiais / custos
Metodologia proposta
            Detalhamento dos custos evitados


    Custos econômicos                                              Custos ambientais
       –   Matérias primas principais                                  –   Poluição atmosférica da atividade
                                                                           produtiva*
       –   Energia
                                                                       –   Poluição atmosférica relativa ao
                                                                                 ç
       –   Água
           Ág a
                                                                           consumo de energia elétrica da
       –   Transformação da matéria                                        atividade produtiva*
           prima em produto
                                                                       –   Poluição da água
                                                                                 ç        g
           intermediário/final
                                                                       –   Área ocupada para extração de
       –   Monitoramento ambiental
                                                                           matéria prima
       –   Coleta tradicional
                                                                       –   Poluição atmosférica de aterros
                                                                                 ç
       –   Implantação, manutenção e                                       sanitários e lixões*
           fechamento/recuperação de
                                                                       –   Poluição da água por lixões
           aterros sanitários/lixões
                                                                       –   Área ocupada por aterros
                                                                           sanitários e lixões

* No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
Metodologia proposta
    Detalhamento dos custos gerados pela reciclagem



      Custos econômicos                                      Custos ambientais
        –   Coleta seletiva                                      –   Emissões atmosféricas
        –   Triagem                                                  proporcionais ao consumo
        –   Transformação da                                         de energia elétrica pela
            sucata em produto                                        atividade de reciclagem*
            intermediário/final                                  –   Poluição atmosférica da
                                                                     atividade de reciclagem*
                                                                 –   Poluição da água pela
                                                                     reciclagem
                                                                         i l




* No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
Os benefícios econômicos e
                          ambientais associados à reciclagem

   Aspectos valorados                                Cálculos produto-específico
                                                               produto específico




    Custos econômicos da produção a            Custos ambientais da produção a
+                                          +
    partir de matéria prima virgem             partir de matéria prima virgem

    Custos econômicos da coleta              Custos ambientais da coleta
+   tradicional e disposição de resíduos   + tradicional e disposição de resíduos
    em aterros e lixões
         t        li õ                       em aterros e lixões
                                                  t        li õ

    Custos econômicos da coleta seletiva       Custos ambientais da coleta seletiva
-                                          -
    e d triagem
      da i                                     e d triagem
                                                 da i

-                               g
    Custos econômicos da reciclagem        - Custos ambientais da reciclagem
                                                                         g


=      Benefícios econômicos               =          Benefícios ambientais
Os benefícios econômicos e
                        ambientais associados à reciclagem

     Benefícios econômicos da reciclagem


Materiais          Custo dos        Custo dos    Benefícios da    Benefícios da
                 insumos para     insumos para    reciclagem     reciclagem (%)
                   p
                   produção        p
                                   produção a       (R$/t)
                primária (R$/t)      partir da
                                    reciclagem
                                      (R$/t)
Aço                  552              425            127              23%
Alumínio            6.162            3.447          2.715             44%
Papel/papelão
  p p p              687              357            330              48%
Plásticos           1.790             626           1.164             65%
Vidro                263              143            120              46%
Os benefícios econômicos e
                        ambientais associados à reciclagem
                                                       g

     Benefícios ambientais da reciclagem (custo evitado)


Material      Geração de      Emissões de   Consumo de    Biodiversida   Total
             energia (R$/t)   GEE (R$/t)    água (R$/t)        de        (R$/t)
                                                             (R$/t)
Aço               26              48            <1            <1          74
Alumínio          169            170            <1             -          339

Papel/            10              9             <1             5          24
papelão
Plásticos          5              51            <1             -          56

Vidro              3              8             <1             -          11


     Aspectos não incluídos: poluição atmosférica
      local, efluentes líquidos, resíduos sólidos etc
Panorama da geração e destinação
                      de materiais recicláveis no Brasil

   Estimativa dos benefícios totais


Materiais         Benefícios gerados       Benefício atual      Benefícios potenciais
                   pela reciclagem         (R$ 1.000/ano)         (R$ 1.000/ano)
                        (R$/t)
Aço                               88     387.200 – 387.200                    89.232
Alumínio                        2.941    473.501 – 952.884                   488.206
Papel e papelão                  241     148.215 – 877.963                 1.671.094
Plásticos                       1.107   357.561 – 1.064.934                5.826.141
Vidro
Vid                               18        1.404 8.460
                                            1 404 – 8 460                     19.980
                                                                              19 980
Total                                   1.367.881 – 3.291.441              8.094.653
Serviços ambientais no contexto
urbano

   Atividades exercidas no meio urbano que
    gerem externalidades ambientais positivas, ou
    diminuam externalidades ambientais
    negativas, sob o ponto de vista da gestão dos
    recursos naturais da redução de riscos ou da
             naturais,                riscos,
    potencialização de serviços ecossistêmicos
   Exemplos:
    –   Tratamento de efluentes
    –   Reciclagem de resíduos urbanos
    –   Manutenção de áreas verdes
Diretrizes para uma política de
                       í
PSAU para a reciclagem
       p            g

   Aspectos gerais da política
    –   Pagamento condicionado à realização de um
        serviço
    –   Estímulo ao aumento da produtividade
    –   Problemas a serem abordados
                          abordados:
            Preço por material pago aos catadores é inadequado
            Preço do material reciclável é muito instável
            Baixo grau de organização
    –   Considerar diferenças entre cooperativas
                          ç            p
Diretrizes para uma política de
PSAU para a reciclagem
       p            g
Alta eficiência       Baixa eficiência




                  X
Instrumentos propostos:
Pagamento por produtividade (1/2)
   g       p p              ( )

   Objetivos
    –   Elevar o nível de renda dos catadores
    –   Estimular a profissionalização e eficiência
   Descrição do instrumento
    –   Cooperativas divididas segundo grau produtividade
    –   Pagamento baseado na produtividade física das
        cooperativas
    –   Pressupostos
            Pagamento por catador maior para cooperativas mais
             eficientes
            Pagamentos por tonelada maior para cooperativas menos
             eficientes
Instrumentos propostos:
Acréscimos compensatórios
    é                 ó
g
graduados

   Objetivos
    –   Possibilitar intervenções discricionárias sobre os valores
        de grupos de materiais recicláveis
           g p
    –   Estimular o aumento da coleta de materiais específicos
    –   Reduzir oscilação do valor p g em momentos de crise
                        ç           pago
   Descrição do instrumento
    –   Fator multiplicador p g p de material
                   p        por grupo
    –   O multiplicador deve estimular o recolhimento de grupos
        de materiais prioritários
    –   Em crises, o multiplicador pode ser modificado gerando
        acréscimos para materiais específicos
Instrumentos propostos:
    Fundo cooperativo
              p

   Objetivos
    Objeti os
    –   Aumentar o grau de organização e profissionalização
        das cooperativas
   Descrição do instrumento
    –   Poderia ser operado por banco público, fundação,
        cooperativa de crédito ou outra instituição
    –   Somente seria utilizado para fi específicos, acordados
        S       t    i tili d          fins      ífi      d d
        entre as cooperativas e o órgão gestor, que visem
        capacitá los
        capacitá-los para melhorias de médio e longo prazos
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Perspectivas para o Desenvolvimento

  • 1. PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO. DESENVOLVIMENTO INTEGRAÇÃO TERRITORIAL E GESTÃO COMPARTILHADA MAIO/2012
  • 2. Documento de Contribuição Brasileira à Conferência RIO +20, entre os principais resultados a serem alcançados deverão estar incluídos: 1 – Erradicação da pobreza como elemento indispensável à concretização do desenvolvimento sustentável. 2 – A plena consideração do conceito de desenvolvimento sustentável na tomada de decisão dos atores dos pilares econômico, social e ambiental, de forma a alcançar maior sinergia, coordenação e integração entre as três dimensões do desenvolvimento sustentável, com vistas a superar a prevalência de visões ainda setoriais. 3 – O fortalecimento do multilateralismo. 4 – O reconhecimento do reordenamento internacional em curso curso, com seus reflexos na estrutura de governança global.
  • 3. Acordo para o Desenvolvimento Sustentável - Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e Instituições Signatárias: SETE ESTRATEGIAS: • Agendas nacionais para o desenvolvimento sustentável • Novo padrão de produção e consumo • Cidades e campos sustentáveis • Papel da educação, ciência, tecnologia e inovação • Participação e controle social • Parcerias para o desenvolvimento sustentável • Novos indicadores de desenvolvimento. desenvolvimento Estratégia 1 - Agendas nacionais para o desenvolvimento • Fortalecer o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, por meio de políticas integradas • Promover o desenvolvimento regional e local, nas escalas subnacionais, por meio de planos territoriais locais, soluções apropriadas e políticas integradas
  • 4. INTEGRAÇÃO DE POLITICAS E O G ÇÃO O C S TERRITÓRIO: elementos fundamentais para o desenvolvimento sustentável Desafio: Desafio elaborar politicas coerentes com a realidade nacional, que assegurem um projeto de desenvolvimento nestas bases bases. Para tanto, o IPEA, e a DIRUR em especial, estão construindo uma agenda de pesquisas adaptada e coerente com esses princípios e vinculada à Formação Socioespacial Brasileira.
  • 5. UM DOS CONCEITOS BASICOS DESTA PROPOSTA É A REGIÃO 1. Região é um ente "ontológico" (isto é, tem realidade em si), e é preciso o pesquisador decifrar essa realidade 2. Região é um ente "lógico", funcional, isto é, uma criação do intelecto A região é formada "de cima pra baixo", através de leis, institucionalização e ação estatal A região é um elemento de organização "espontânea“ do espaço, formada de "baixo pra cima" (isso é, ela se forma a partir da história da é história, cultura, das relações de produção).
  • 6. PROJETO DIRUR - O BRASIL EM PERSPECTIVA TERRITORIAL  Analise dos Padrões do Desenvolvimento Brasileiro.  Analise a partir do sistema de regiões, cujas virtuosidades potenciadas alimentarão o desenvolvimento; cujas carências, negligenciadas, limitarão seus avanços.
  • 7. FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL BRASILEIRA. CARACTERISTICAS DA URBANIZAÇÃO Desigualdades, seg egações e es gua dades, segregações exclusões, no campo e na cidade, são marcas indeléveis da gênese e do desenvolvimento da FSE brasileira
  • 8. O processo de urbanização brasileira: concentrado no tempo e no espaço 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Urbana Rural ‐ 60% população urbana em 224 municípios com mais de 100 mil e RM s. 60% população urbana em 224 municípios com mais de 100 mil e RM`s. ‐ Desigualdades intraurbanas e interurbanas. ‐ O planejamento como mecanismo de exclusão e reprodução do capital. Reforma Constituição Estatuto da Instrum. Urbana Federal Cidade Urbanísticos
  • 9. Características da Urbanização Brasileira À exclusão social e econômica se superpõe a exclusão espacial l ã i l Maior parte da população não tem acesso à Cidade  Crescimento por expansão horizontal e não por adensamento  Ocupação de áreas periféricas, distantes e/ou periféricas ambientalmente frágeis  Ocupação de áreas com impedimentos legais que dificultam a regularização e o acesso à terra  Dificuldades de reivindicação de equipamentos ç q p urbanos devido a irregularidade dos loteamentos
  • 10. Características da Urbanização Brasileira  Complexidade modelo centro-periferia C l id d d l t if i  Áreas centrais e certos espaços escolhidos: legalizados, ricos, com infraestrutura, equipamentos, acessibilidade infraestrutura equipamentos acessibilidade, postos de trabalho trabalho, equipamentos de lazer e cultura  Periferias: ilegais, pobres, precárias  Áreas degradas, irregulares, com perda da dinâmica econômica e carências de infraestrutura e equipamentos urbanos nas áreas centrais  Periferias com áreas selecionadas nas quais as condições de urbanidade estão garantidas para usos corporativos (condomínios fechados, centros de lazer e de trabalho)
  • 11. Características da Urbanização Brasileira  O aparato de planejamento, regulação e controle do uso e ocupação só dialoga com a cidade formal  Os investimentos públicos se concentram na cidade formal, aumentando o valor da terra nessas áreas de maneira corporativa e fragmentada.  RESULTADO: movimento cíclico progressivo e auto- alimentado de periferização irregular em áreas não urbanizadas e/ou ambientalmente f á il acompanhado b i d / bi t l t frágil, h d da criação de vazios nos interstícios das áreas urbanizadas (processo de degradação/especulação)
  • 12. Características da Urbanização Brasileira Favores e Negócios se confundem  As A melhorias conseguidas através d reivindicações nas á lh i id t é de i i di õ áreas maisi distantes resultam em revalorização, gerando novas ondas de expropriação urbana  Precariedade da ocupação e do acesso a urbanidade não são totalmente eliminadas, revelando:  as diferenças sócio espaciais, e  a fragmentação do território urbano g ç  Forma seletiva, corporativa e fragmentada de urbanização resulta em alta rentabilidade política
  • 13. Características da Urbanização Brasileira Efeitos nefastos para q ase todos quase  Ocupação das áreas de preservação ambiental e áreas de risco: enchentes, erosão, poluições  Grandes deslocamentos, caos no sistema de circulação e transporte  Inseguranças de diversos tipos: de posse, precariedade, violências, precariedade violências etc  Cidade fragmentada formação de guetos fragmentada,
  • 14. Características da Urbanização Brasileira Falta de planejamento? Zoneamento, PDs e políticas públicas corporativas definem áreas, usos e infraestruturas de maneira seletiva, criando urbanidade para além da capacidade de absorção do p p ç mercado (vacância/ociosidade) versus necessidades estruturais •Vazios Urbanos •Escassez de localização para •Sub-utilização mercado de baixa renda Especulação •Especulação •Expropriação urbana p p ç •Baixa densidade •Imobilidade relativa
  • 15. Recomposição do tecido urbano Integração territorial Investimentos em grandes projetos equipamentos e infraestruturas projetos, devem visar não apenas o seu fim específico e setorial, mas também a reestruturação e reabilitação do tecido urbano, das relações sociais e da qualidade ambiental ambiental. Associar no projeto ações diversas ao investimento original (revisão das formas de financiamento). Tomada de decisão não deve se restringir a setor especifico (natureza intersetorial dos investimentos, ampliação dos benefícios). Superação da fragmentação. Superação dos interesses exclusivamente fragmentação corporativos (controle e participação social, identidade com a intervenção)
  • 16. O que é integração? UNIÃO / INCLUSÃO / REUNIÃO / ARTICULAÇÃO / INTEGRIDADE (coesão interna) Combinação de partes que trabalham isoladamente formando um isoladamente, conjunto que trabalha como um todo  Integração econômica Conceito pós segunda guerra: econômica. Aproximação. União. Inclusão de economias  Integração de políticas. A reboque da integração econômica, econômica encontra mais dificuldades por tratar de diversas áreas do conhecimento  Integração de políticas na área urbana. • Necessário entendimento do que seja urbano e a cidade • O conjunto da cidade trabalha como um todo. A política é a responsável por sua fragmentação
  • 17. Integração de políticas ou do território?
  • 18. Integração de políticas ou do território? São Paulo Zoneamento: excludente, elitista, injusto, estático e anti-econômico Estabelece o controle do uso do solo para as classes média e alta como forma de diferenciação (segregação) da população pobre (assentamentos precários)
  • 19. Política urbana - Integração territorial CIDADE MODERNA FUNCIONAL  Subespaços exercem funções especificas no sistema urbano.  Tempo dividido (trabalho, lazer, morar)  Espaço fragmentado - “zoneado” (centro comercial, área industrial, bairro residencial) CIDADE FRAGMENTADA X COTIDIANO INTEGRADO URGÊNCIAS/NECESSIDADES (PRÁTICAS) X DIREITOS/CIDADANIA (DIFUSOS-GERAIS)
  • 20. Integração das políticas urbanas e cidades brasileiras INTEGRAÇÃO DE POLITICAS SETORIAIS – intervenções que prevejam investimentos em obras (de habitação, saneamento transporte espaço habitação saneamento, transporte, público, etc) e custeio para a elaboração de planos, trabalhos sociais, manutenção de equipamentos, oferta de serviços públicos, etc. i t f t d i úbli t + INTEGRAÇÃO POLITICA DO TERRITÓRIO – superar Ã Ó a profunda desigualdade, a segregação socioespacial, regularizar amplamente o acesso a p , g p terra, remover assentamentos precários de áreas ambientalmente frágeis, ocupar vazios urbanos, etc
  • 21. Exemplos de falta de integração Lixo: transferência de recursos da união para a construção Li t f ê i d d iã t ã de aterros sanitários (investimento) X manutenção aterros (custeio) Patrimônio histórico: recursos a fundo perdido para manutenção fachada, devem compor com financiamento habitacional para reforma do interior (investimento). Como viabilizar a manutenção (custeio)? Existência de recursos para obras e inexistência para custas cartoriais Integração de tarifas. Bilhete Único (São Paulo 2004 – Campinas – Rio de Janeiro 2009). BenFacil (Itapevi- Barueri-Jandira) B i J di )
  • 22. Atores da integração das políticas Poder público Vertical: cooperação federativa Horizontal: integração programas e ações Sociedade Civil organizada (participação, controle social e responsabilidade social) Capital privado. Sociedade Civil PPPs - OS e outros Expansão do Público não Estatal
  • 23. Dificuldades e desafios NO PLANO DAS POLITICAS E DO FINANCIAMENTO  Escala compatível recursos (demanda/dimensão projetos integrados);  Longevidade das intervenções X continuidade dos programas para além do calendário político;  Modelo de composição do orçamento publico (setorial e por emendas parlamentares);  Falta de indicadores adaptados as políticas integradas e com séries históricas que possibilitem o monitoramento e avaliação das ações, bem como o planejamento e orçamentação.  Falta de lógica indicadores e vontade política para ligar: lógica, planejamento – programação – orçamentação – execução – avaliação – planejamento. Gestão publica voltada para a integração  Articulação federativa e complexa distribuição de competências entre ç p ç p os níveis da federação  Distorções entre investimento e custeio
  • 24. Dificuldades e desafios NO PLANO DOS PROGRAMAS E DA URBANIZAÇÃO  Articulação entre diversos órgãos que cuidam de políticas setoriais;  Empresas concessionárias de serviços públicos versus interesse público coletivo;  Manutenção de intervenções, distribuição de responsabilidades após intervenção;  Complexidade técnica das intervenções;  Falta engenharia econômica e financeira que dê subsídios claros para a elaboração de programas integrados;  Falta de profissionais formados para elaboração de projetos integrados e para trabalho em equipes multidisciplinares;  Legislação (do uso e ocupação do solo até a lei de licitações)  Complexidade fundiária da intervenção - Licenciamento, regularidade e regularização
  • 25. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Padrão de mobilidade urbana ocorrida nas últimas décadas Mobilidade na cidade do Rio de Janeiro, 1950 e  2005 1800 1.525 1.641 1600 ens/ano 1400 1200 Milhões de viage 1000 800 1950 649 600 2005 400 208 259 216 200 20 0 0 Bondes Trens Ônibus Auto Modo de tranporte Redução transporte sobre trilhos e coletivo para transp. Individual e rodoviário
  • 26. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Vendas de autos e motocicletas Taxa anual de crescimento (%) Autos 7%aa. Motos 12% aa. Vendas de autos e motos x Pas Transp bus Pas. Transp. PIB 4%aa. Fonte: Anfavea, abraciclo 450 400 Venda de motos 350 Índice (1998=100) 300 250 Venda de automóveis 200 150 100 50 Passageiros transp. nos ônibus* 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 * Capitais brasileiras Autos Motos Pas. Transp. bus
  • 27. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento % Individual Coletivo • Aumento acidentes 30 • Aumento 29,5 congestionamentos i urbanos 29 • Grandes iniquidades no 28,5 uso d espaço público do úbli 28 • Aumento da Poluição • Consumo exagerado de 27,5 combustíveis 27 • Perda de desempenho do 2003 2004 2005 2006 2007 t a spo te púb co transporte público • Aumento dos gastos familiares com transporte Fonte: ANTP
  • 28. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Custos de cada acidente (R$ nov/2011) ( ) Fonte: IPEA Pesquisa sobre custos de acidentes Ipea/Denatran/ANTP
  • 29. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Custos dos acidentes nas aglomerações urbanas por tipo e veículo Percentual do custo em relação às ocorrências • Custo total anual em Fonte: IPEA abr/03: R$ 5,3 bilhões • A preços de hoje equivaleria a R$ 7,2 bi por ano
  • 30. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Presença dos Planos Diretores – Porte de municípios
  • 31. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Presença dos Planos Diretores -REGIC REGIC
  • 32. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Instrumentos urbanísticos - REGIC 1900ral 1900ral 1900ral 1900 l 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral Metrópole – Área de Capital Área de Centro Centro de Centro Local MT abrangência Regional - abrangência Regional Zona - MT CR - CR Lei do Solo Criado Lei da OUC %
  • 33. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Instrumentos u ba s cos – Região Metropolitana s u e os urbanísticos eg ão e opo a a 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral Abaixo de 20 mil De 20 mil a 100 De 100 mil a 500 De 500 mil a 2 Acima de 2 mil mil milhões milhões Lei do Solo Criado Lei da OUC %
  • 34. Dificuldades e desafios associados ao modelo de crescimento Rede Avaliação Planos Diretores Participativos 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Outorga onerosa Operações urbanas
  • 35. Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos IPEA - DIRUR
  • 36. Aspectos conceituais  Diferenças entre benefícios econômicos e ambientais da reciclagem Benefícios Benefícios econômicos ambientais • Insumos para os • Não há mercado quais há mercado • Não há preços - • Preços de mercado não considerados refletem sua utilidade - nas decisões (não internalizados nas internalizados) decisões • Ad é d i Advém do impacto t • Advém da economia ambiental reduzido de materiais / custos
  • 37. Metodologia proposta  Detalhamento dos custos evitados  Custos econômicos  Custos ambientais – Matérias primas principais – Poluição atmosférica da atividade produtiva* – Energia – Poluição atmosférica relativa ao ç – Água Ág a consumo de energia elétrica da – Transformação da matéria atividade produtiva* prima em produto – Poluição da água ç g intermediário/final – Área ocupada para extração de – Monitoramento ambiental matéria prima – Coleta tradicional – Poluição atmosférica de aterros ç – Implantação, manutenção e sanitários e lixões* fechamento/recuperação de – Poluição da água por lixões aterros sanitários/lixões – Área ocupada por aterros sanitários e lixões * No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
  • 38. Metodologia proposta  Detalhamento dos custos gerados pela reciclagem  Custos econômicos  Custos ambientais – Coleta seletiva – Emissões atmosféricas – Triagem proporcionais ao consumo – Transformação da de energia elétrica pela sucata em produto atividade de reciclagem* intermediário/final – Poluição atmosférica da atividade de reciclagem* – Poluição da água pela reciclagem i l * No item poluição atmosférica, inicialmente, pretende-se considerar GEE, SOx e material particulado
  • 39. Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem  Aspectos valorados Cálculos produto-específico produto específico Custos econômicos da produção a Custos ambientais da produção a + + partir de matéria prima virgem partir de matéria prima virgem Custos econômicos da coleta Custos ambientais da coleta + tradicional e disposição de resíduos + tradicional e disposição de resíduos em aterros e lixões t li õ em aterros e lixões t li õ Custos econômicos da coleta seletiva Custos ambientais da coleta seletiva - - e d triagem da i e d triagem da i - g Custos econômicos da reciclagem - Custos ambientais da reciclagem g = Benefícios econômicos = Benefícios ambientais
  • 40. Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem  Benefícios econômicos da reciclagem Materiais Custo dos Custo dos Benefícios da Benefícios da insumos para insumos para reciclagem reciclagem (%) p produção p produção a (R$/t) primária (R$/t) partir da reciclagem (R$/t) Aço 552 425 127 23% Alumínio 6.162 3.447 2.715 44% Papel/papelão p p p 687 357 330 48% Plásticos 1.790 626 1.164 65% Vidro 263 143 120 46%
  • 41. Os benefícios econômicos e ambientais associados à reciclagem g  Benefícios ambientais da reciclagem (custo evitado) Material Geração de Emissões de Consumo de Biodiversida Total energia (R$/t) GEE (R$/t) água (R$/t) de (R$/t) (R$/t) Aço 26 48 <1 <1 74 Alumínio 169 170 <1 - 339 Papel/ 10 9 <1 5 24 papelão Plásticos 5 51 <1 - 56 Vidro 3 8 <1 - 11  Aspectos não incluídos: poluição atmosférica local, efluentes líquidos, resíduos sólidos etc
  • 42. Panorama da geração e destinação de materiais recicláveis no Brasil  Estimativa dos benefícios totais Materiais Benefícios gerados Benefício atual Benefícios potenciais pela reciclagem (R$ 1.000/ano) (R$ 1.000/ano) (R$/t) Aço 88 387.200 – 387.200 89.232 Alumínio 2.941 473.501 – 952.884 488.206 Papel e papelão 241 148.215 – 877.963 1.671.094 Plásticos 1.107 357.561 – 1.064.934 5.826.141 Vidro Vid 18 1.404 8.460 1 404 – 8 460 19.980 19 980 Total 1.367.881 – 3.291.441 8.094.653
  • 43. Serviços ambientais no contexto urbano  Atividades exercidas no meio urbano que gerem externalidades ambientais positivas, ou diminuam externalidades ambientais negativas, sob o ponto de vista da gestão dos recursos naturais da redução de riscos ou da naturais, riscos, potencialização de serviços ecossistêmicos  Exemplos: – Tratamento de efluentes – Reciclagem de resíduos urbanos – Manutenção de áreas verdes
  • 44. Diretrizes para uma política de í PSAU para a reciclagem p g  Aspectos gerais da política – Pagamento condicionado à realização de um serviço – Estímulo ao aumento da produtividade – Problemas a serem abordados abordados:  Preço por material pago aos catadores é inadequado  Preço do material reciclável é muito instável  Baixo grau de organização – Considerar diferenças entre cooperativas ç p
  • 45. Diretrizes para uma política de PSAU para a reciclagem p g Alta eficiência Baixa eficiência X
  • 46. Instrumentos propostos: Pagamento por produtividade (1/2) g p p ( )  Objetivos – Elevar o nível de renda dos catadores – Estimular a profissionalização e eficiência  Descrição do instrumento – Cooperativas divididas segundo grau produtividade – Pagamento baseado na produtividade física das cooperativas – Pressupostos  Pagamento por catador maior para cooperativas mais eficientes  Pagamentos por tonelada maior para cooperativas menos eficientes
  • 47. Instrumentos propostos: Acréscimos compensatórios é ó g graduados  Objetivos – Possibilitar intervenções discricionárias sobre os valores de grupos de materiais recicláveis g p – Estimular o aumento da coleta de materiais específicos – Reduzir oscilação do valor p g em momentos de crise ç pago  Descrição do instrumento – Fator multiplicador p g p de material p por grupo – O multiplicador deve estimular o recolhimento de grupos de materiais prioritários – Em crises, o multiplicador pode ser modificado gerando acréscimos para materiais específicos
  • 48. Instrumentos propostos: Fundo cooperativo p  Objetivos Objeti os – Aumentar o grau de organização e profissionalização das cooperativas  Descrição do instrumento – Poderia ser operado por banco público, fundação, cooperativa de crédito ou outra instituição – Somente seria utilizado para fi específicos, acordados S t i tili d fins ífi d d entre as cooperativas e o órgão gestor, que visem capacitá los capacitá-los para melhorias de médio e longo prazos – Flexibilidade para financiar a formação de cooperativas