O documento descreve um estudo realizado entre homens que fazem sexo com homens (HSH) na região central de São Paulo, com o objetivo de conhecer a prevalência do HIV, comportamentos sexuais e acesso à prevenção. Os principais resultados incluem: 1) A prevalência geral de HIV foi de 15,4%, sendo maior entre homens mais velhos; 2) A maioria dos entrevistados relataram ter tido relações sexuais sem preservativo nos últimos 6 meses; 3) Cerca de 30% relataram já terem sofrido discrimin
1. 30 ANOS DO PROGRAMA ESTADUAL DE AIDS DE SÃO PAULO
HIV/Aids entre Homens que fazem sexo com
Homens: Projeto SampaCentro
Maria Amelia S.M. Veras e equipe do SampaCentro
FCMSCSP
2. Contexto
Sucesso histórico em implantar programas de HIV
em larga escala - combinado com o surgimento
de novas ferramentas poderosas para evitar que
pessoas sejam infectadas e que morram por
causas relacionadas com a AIDS - permitiu
estabelecer as bases para o eventual fim da AIDS.
UNAIDS- Global Report 2012
3. Contexto
•
Dados de vigilância epidemiológica no Brasil
indicando recrudescimento da epidemia de
HIV/Aids entre HSH
•
Planos de Enfrentamento da Epidemia de
HIV/Aids entre HSH (2008). Necessidade de
atualizar números com estudos sobre grupos
específicos.
4. Tendência recente no Estado de São Paulo
Figura 5 - Tendência dos casos de aids em adultos do sexo masculino segundo categoria de
exposição, estado de São Paulo, 2005 a 2009*
HSH**
Hetero
UDI***
Linear (HSH**)
Linear (Hetero)
Linear (UDI***)
2.000
y = -69x + 1880
r2 = 0,84; p= 0,023
1.800
1.600
1.400
1.200
y = 12x + 1238,2
r2 = 0,08; p= 0,327
1.000
o
s
a
c
e
d
º
N
800
600
400
200
y = -74x + 619,1
R2 = 0,97; p< 0,001
0
2005
2006
2007
Ano de diagnóstico
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Esatual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP)
Notas:
* Dados preliminares até 30/06/2011
**HSH - Homens que fazem sexo com homens
***UDI - Uso de drogas injetáveis
2008
2009
5. Contexto
“A epidemia entre homossexuais masculinos,
essa é, no meu ver, a única epidemia
verdadeiramente global que nós temos hoje,
entre as muitas epidemias de aids. O risco de um
homossexual jovem [adquirir HIV] hoje em uma
capital europeia é igual ao risco para adquirir
HIV de um jovem crescendo na África do Sul, que
tem a maior epidemia do mundo”.
Luiz Antonio Loures, diretor adjunto do Programa de Aids das
Nações Unidas (UNAIDS) e subsecretário-geral da Organização das Nações
Unidas Evento 30 anos Programa de aids de SP.
6. Projeto SampaCentro: o que e
como
Conhecer a prevalência do HIV, comportamentos
e práticas sexuais, e o acesso à prevenção dos
HSH que frequentam espaços de sociabilidade
nos distritos da Consolação e da República, região
central do Município de São Paulo.
Inquérito com base em amostragem por
tempo/espaço (TLS ou TSS), precedida de
pesquisa formativa.
9. Centro-República
Porção mais antiga do “gueto”: 1970
Porção mais antiga do “gueto”: 1970
Mais pobres, de
Mais pobres, de
pele mais escura,
pele mais escura,
mais velhos, mais
mais velhos, mais
gordos
gordos
Mais casais
Mais casais
heterogâmicos
heterogâmicos
em termos de:
em termos de:
geração,
geração,
cor/raça ee
cor/raça
gênero
gênero
(bicha-bofe)
(bicha-bofe)
Maior concentração espacial de estabelecimentos de lazer
Maior concentração espacial de estabelecimentos de lazer
eesociabilidade voltados para gays, HSH eetravestis
sociabilidade voltados para gays, HSH travestis
Proximidade com
Proximidade com
“zona moral”
“zona moral”
(prostituição,
(prostituição,
“cracolândia”);
“cracolândia”);
Concentração
Concentração
residencial de
residencial de
estudantes, HSH,
estudantes, HSH,
idosos, profissionais
idosos, profissionais
do sexo, travestis;
do sexo, travestis;
Sede de ONGs
Sede de ONGs
Maior concentração de
Maior concentração de
locais para práticas sexuais
locais para práticas sexuais
(cinemões eeclubes de
(cinemões clubes de
sexo)
sexo)
10. Augusta – Barra Funda
Território de tribos
Território de tribos
juvenis (1990 -juvenis (1990
modernos eerockers)
modernos rockers)
Predomínio:
Predomínio:
estratos médios;
estratos médios;
brancos eepardos,
brancos pardos,
jovens eecasais
jovens casais
homogâmicos
homogâmicos
(geração eeatributos de
(geração atributos de
gênero ––gay-gay)
gênero gay-gay)
Boates cercadas por bares eebotecos
Boates cercadas por bares botecos
Interligação
Interligação
Centro-Jardins
Centro-Jardins
Casas de prostituição
Casas de prostituição
feminina
feminina
Locais mistos:
Locais mistos:
hetero eeGLS
hetero GLS
Grande
Grande
rotatividade das
rotatividade das
casas
casas
Maior no. de
Maior no. de
saunas
saunas
12. Características Demográficas
Idade
Raça
Escolaridade
Trabalho
assalariado
De 18 a 24 anos
De 25 a 34 anos
De 35 a 49 anos
De 50 a 77 anos
Amarela
Branca
Indígena
Parda
Preta
Até Ensino
Fundamental
Completo
Até Ensino Médio
Completo
Até Ensino Superior
Incompleto
Ensino Superior
Completo
Pós Graduação
Sim
A
B
Status
C
socioeconômico
D
E
N
%
367
459
295
95
29
712
12
333
124
30,7
42,4
20,4
6,5
2,5
63,1
0,9
24,9
8,7
56
4,1
359
29,5
278
24,5
358
29,0
165
12,9
1095
90,1
195
693
310
14
5
17,0
58,0
23,3
1,3
0,3
Auto-referida
Estimulada
RU
Espontânea
RU
Espontânea
(Critério de
Classificação
Econômica Brasil –
ABEP)
13. Município de
SP
Local de moradia dos entrevistados
Locais de Moradia
Zona Central
N
374
%
30,8
Zona Leste
184
13,5
Zona Norte
116
7,9
Zona Oeste
158
13,2
Zona Sul
184
14,8
159
14,3
38
3,5
4
0,1
Municípios da Grande São Paulo
Outras Cidades do Estado de
São Paulo
NS/NR
RU
Espontânea
14. Prevalência de Infecção pelo HIV e
Estimativa de infecção recente
Resultado sorologia para HIV e
Infecção
Nº testados
HIV
Infecção
Recente
testes reagentes
Prevalência
776
118
15,4%
118
39
33,0%
15. Prevalência de Sífilis,
Hepatites B e C
Sífilis
Hepatite B
Hepatite C
N testados
227
227
227
Testes reagentes
43
7
6
Prevalência %
18,9
3,1
2,6
16. Resultados da sorologia anti-HIV por faixa etária
Idade
De 18 a 24 anos
De 25 a 34 anos
De 35 a 49 anos
De 50 a 77 anos
Total
HIV Reagente
N
19
42
46
11
118
%
6,4
14,7
27,7
18,3
15,4
17. Prevalência da infecção pelo HIV de acordo com histórico de
testagem
Variável
n/N
HIV (teste positivo)
114/745
Teste anterior (-)
Teste anterior (+)
Não foi buscar resultado ultimo teste
Teste anterior indeterminado
Nunca se testou
55/544
46/47
0.8/23
3/5
6/116
Percentual Ajustado
(95% CI)
15.4 (11.6-20.1)
10.2 (6.4-15.8)
98.4 (88.8-99.8)
3.4 (0.7-16.0)
64.0 (13.1-95.5)
5.1 (2.0-12.7)
18. Características independentemente
associadas à infecção
Variável
OR Bruto
IC95%
OR Ajustado
IC95% CI
Idade
18-24
25-34
1.00
1.00
2.43
1.08-5.45
2.44
1.09-5.50
35-49
7.27
3.37-15.65
6.52
3.00-14.16
50-77
3.26
0.89-11.93
2.78
0.64-12.16
Identidade Sexual
Homossexual
1.00
Bissexual
0.49
0.18-1.30
0.77
0.29-2.03
Heterosexual
0.02
0.01-0.20
0.05
0,01-0.50
Transexual/travesti
0.17
0.03-0.96
0.11
0.01-0.87
Estrato SE
A/B
1.00
C/D/E
1.99
Quantas pessoas
conhece infectadas
pelo HIV
Poucas
Muitas
1.00
1.15-3.44
1.00
5.37
2.15
1.15-4.01
1.00
2.86-10.09
3.67
1.75-7.70
Papel no sexo anal
Outro
Exclusivamente
insertivo
Uso de condom últs 3
parceiros
Não
Sim
1.00
1.00
4.41
1.23-15.83
1.04-16.73
1.00
1.00
1.87
4.18
1.21-2.89
1.63
0.99-2.69
Encontra parceiros
sexuais na internet
Não
1.00
Sim
1.53
1.00
0.99-2.35
1.71
1.06-2.76
19. Prática de sexo anal e número de parceiros últimos 6 meses
Atividade sexual anal
N
%
Exclusivamente ativo
188
15,5
Predominantemente ativo
268
22,1
Igualmente ativo e passivo
516
42,6
RU
Predominantemente passivo
173
14,3
Estimulada
Exclusivamente passivo
54
4,4
Nunca pratico sexo anal
13
1,1
Quantidade de parceiros
De 0 a 1 parceiros
De 2 a 5 parceiros
De 6 a 10 parceiros
Mais de 10 parceiros
N
%
358
461
171
218
29,6
38,2
14,2
18,0
RU
Espontânea
20. Características da última relação sexual
Última relação sexual
%
Minha casa
42,6
Casa dele
308
25,6
Hotel, motel, drive
229
19
57
4,7
39
3,2
Casa de amigos
26
2,1
Outro
24
2
Boate
Onde transaram
515
11
0,9
906
74,7
240
67,8
32
9,2
81
23
Sauna, cinema, clube de
sexo, darkroom, sexshop
Rua, praça, parque, carro
em espaço público,
banheiro público
Usou camisinha
Ambos / vocês dois
Uso de drogas ou
Ele/Ela
medicamentos
Você
RU
Estimulada
22. Experiência de estigma e Discriminação em função da sexualidade
N
%
Excluído ou marginalizado - Professores ou
colegas na escola/ faculdade
364
30,0
Excluído ou maltratado - Motivos religiosos
359
29,6
Excluído ou marginalizado - Grupo de amigos ou
vizinhos
353
29,1
Excluído ou marginalizado - Ambiente familiar
332
27,5
Excluído ou marginalizado - Ambiente religioso
276
23,2
Impedido de doar sangue
Mal atendido ou impedido de entrar em
comércio/locais de lazer
Maltratado por policiais ou ter sido mal atendido
em delegacias
221
18,7
206
16,9
204
16,9
Mal atendido em serviços públicos
147
12,1
146
12,1
122
10,0
Discriminação
Não ser selecionado ou ter sido demitido do
emprego
Mal atendido em serviços de saúde ou por
profissionais de saúde
RM
Estimulada
23. Ter sido vítima de agressão e outras formas de violência
em função da sexualidade
Agressão e violência
Agressão verbal
Ameaça de agressão
Constrangimento no trabalho
Agressão física
Chantagem ou extorsão
Violência sexual
“Boa noite cinderela"
N
729
406
250
195
169
86
57
%
59,9
33,4
20,6
16
13,9
7,1
4,7
RM
Estimulada
24. Acesso à informação sobre HIV e AIDS
Fonte de Informação sobre HIV
Internet
TV
Jornais
Outro
Amigo / parente
Médicos
Educação em saúde na escola
Material educativo gratuito
Livros
Pessoal do CTA
Folhetos - Posto de saúde
Educador
Parceiro sexual
Total
N
564
208
89
77
70
49
42
27
23
20
13
11
5
1211
%
47,0
17,3
7,4
6,5
5,9
4,1
3,5
2,2
1,9
1,7
1,1
1,0
0,4
RU
Estimulada
25. Situação de risco de infecção pelo HIV
Infecção pelo HIV
%
74,5
25,5
Muito tesão e não usaram
camisinha
204
23,5
Camisinha rompeu
Outro
Já achou, alguma vez, que
tinha sido infectado pelo HIV
N
902
308
177
141
20,4
16,2
134
15,4
91
10,5
Não tinha camisinha
76
8,7
Esqueceram de usar a
camisinha
46
5,3
Sim
Não
O que aconteceu para achar Parceiro poderia estar
infectado pelo HIV
que estava infectado pelo
HIV
Não quiseram usar
camisinha
RU
Estimulada
26. Apoio diante de situação de risco de infecção pelo HIV
Formas de apoio procuradas quando achou
que estava infectado
N
%
Serviço de saúde - Testagem
545
44,8
Não fez nada
210
17,7
Serviço de saúde - Orientação
78
6,6
Procurou amigos
55
4,6
Serviço de saúde - Doar sangue e ser testado
41
3,4
24
2,0
14
1,1
9
0,8
538
83,6
Serviço de saúde - Medicação para prevenir
infecção pelo HIV
Família
ONG
Encontrou apoio
RM
Espontânea
27. Formas de prevenção utilizadas
Formas de prevenção
N
%
Preservativo e/ou gel lubrificante
1107
91,2
Seleciona os parceiros
É fiel
262
154
21,6
12,7
Faz teste de HIV regularmente
154
12,7
Reduz o número de parceiros
147
12,1
Confia no(s) parceiro(s)
117
9,6
Opta por práticas de menor risco
98
8,1
Abstinência sexual
Faz apenas sexo oral
Nenhuma
55
49
27
4,5
4,0
2,3
Usa medicamentos para HIV após exposição
18
1,3
Usa medicamentos para HIV antes da exposição
16
1,3
RM
Espontânea
28. Ricardo Fernandes Gambôa
De prazeres e perigos: abordagem etnográfica dos roteiros eróticos
de homens que fazem sexo com homens e desafios à prevenção
do HIV na região central da cidade de São Paulo
Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva
da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa
de São Paulo, defendida em 2013.
Orientadoras: Profa. Dra. Maria Amélia Veras
Profa. Dra. Regina Facchini
29. QUANDO O TESÃO FOR DEMAIS:
CONTROLE DE EXCESSOS, DESCONTROLE E VULNERABILIDADE
Roteiros considerados mais perigosos, relacionados à prática do
sexo anal, implicam, necessariamente, em mais disposição.
Pode estar ligada à ideia de desejo sexual como instinto
irrefreável. Dar vazão a tal instinto implica colocar em prática a
fantasia da foda reduzindo o “controle”. Para uma melhor
disposição:
• Álcool ou outras substâncias psicoativas
• Buscar um ambiente tão povoado de estímulos eróticos também pode
alimentar o instinto (a prática do sexo anal desprotegido seduz)
30. QUANDO O TESÃO FOR DEMAIS:
CONTROLE DE EXCESSOS, DESCONTROLE E VULNERABILIDADE
Vulnerabilidade individual:
O público do cinema não é composto por sujeitos que negam o
perigo a ponto de colocar-se em risco, mas por homens que
tentam manejar ou gerenciar as informações de prevenção que
possuem no sentido de um cálculo racional, que visa minimizar o
risco e maximizar o prazer de determinadas práticas sexuais.
31. QUANDO O TESÃO FOR DEMAIS:
CONTROLE DE EXCESSOS, DESCONTROLE E VULNERABILIDADE
Vulnerabilidade social:
Barreiras culturais que impliquem a vivência da sexualidade
como algo proibido, relegada à vida obscura dos cinemões,
podem impactar na forma como estes homens encaram o risco,
bem como influenciar a motivação (ou ausência dela) para a
prevenção e a busca de informações.
No cinemão e nas comunidades online observam-se processos
de estigmatização de homossexuais vivendo com o HIV, tidos
como sujos e individualmente culpabilizados por sua condição.
32. QUANDO O TESÃO FOR DEMAIS:
CONTROLE DE EXCESSOS, DESCONTROLE E VULNERABILIDADE
Vulnerabilidade programática:
Ainda faltam preservativos e lubrificante.
Nenhum dos homens com quem o autor conversou mencionou a profilaxia
pós-exposição.
Ausência de intervenções de prevenção nas comunidades do Orkut. A
fantasia relatada online se desdobra na vida off-line.
Estabelecimentos nega que ocorra sexo casual e anônimo entre homens, o
que pode representar entraves para o acesso dos serviços de saúde e
prevenção a estes espaços.
33. QUANDO O TESÃO FOR DEMAIS:
CONTROLE DE EXCESSOS, DESCONTROLE E VULNERABILIDADE
A relação entre sexo (sobretudo penetração anal) e perigo é bem conhecida,
bem como a necessidade de usar camisinha.
•Articulação entre saúde coletiva e direitos humanos, como uma relação
necessária.
•Uma abordagem que conceba a conduta sexual como uma atividade social
diversa, pautada pelo respeito aos direitos individuais na construção de
corpos e de prazeres, sem conotações moralizantes ou normatizantes, é
necessária e fundamental para possibilitar a “ressocialização do sexo seguro”1
entre HSH.
1. PAIVA, 2012
35. Mirando-se no exemplo da
Austrália
• ” … modo como a resposta à epidemia de HIV
emergiu da comunidade gay, demonstra a
importância da ação coletiva (collective agency)
e da capacidade de construção da comunidade,
com apoio e financiamento do governo”
• “Usar camisinha tornou-se sinônimo de
cuidado com o outro”
Kippax, S et al. AJPH, June, 2013
36. Mirando o exemplo, Austrália
Talk test, test, trust (2003)
•Resposta efetiva ate o final da década de 1990.
•Aumento da incidência nos anos 2000:
emergência de abordagens biomédicas e
diminuição de recursos para a prevenção de HIV
pelo governo.
•Necessário entender como a comunidade gay se
relaciona entre si, com as políticas biomédicas e
com a saúde pública.
Kippax, S et al. AJPH, June, 2013
37. A call to action for comprehensive HIV services for men who have
sex with men.
Beyrer C, Sullivan PS, Sanchez J, Dowdy D, Altman D, Trapence G, Collins C, Katabira E,
Kazatchkine M, Sidibe M, Mayer KH - Center for Public Health and Human Rights, Johns
Hopkins Bloomberg School of Public Health,
Os dados tem mostrado que os HSH suportam uma carga desproporcional
de infecção pelo HIV. No entanto, eles continuam a ser excluídos, por
vezes, de forma sistemática, do acesso aos serviços de HIV por causa do
estigma, discriminação e criminalização. Esta situação deve mudar para
que o controle global da epidemia de HIV seja alcançado. Na saúde pública,
com referencial dos direitos humanos, a expansão da prevenção,
tratamento e cuidados para HSH é um imperativo urgente. Uma
combinação efetiva de prevenção e tratamento, de modo cuidadoso e
culturalmente adequado, pode ser desenvolvida, mesmo em ambientes
desafiadores.
Para tratar HIV em HSH é preciso pesquisa continuada, vontade política,
reformas estruturais, o envolvimento da comunidade e planejamento
estratégico e programação, mas pode e deve ser feito.
38. O que fazer?
•
•
•
•
Ampliar opções de prevenção!
Considerar a agenda individual!
Estratégias PEP, PrEP, prevenção secundária;
Ampliar diagnóstico e tratamento precoce de
outras DST (Sífilis, gonorréia, HPV, hepatites)
• Estratégias para atingir adolescentes e jovens
HSH, travestis e trans
• Refinar instrumentos de monitoramento
(repetir TLS, RDS, estudos quali)
39. O que fazer?
Ocupar espaços não tradicionais (espaços de
sociabilidade, redes sociais)
Incorporar novas tecnologias, fazer estudos de
aceitabilidade
Usar recursos não tradicionais (intervenções na
internet, apps para celular)
40. Requisitos para a AÇÃO
• Reconhecimento da diversidade sexual,
enfrentamento da discriminação nos espaços públicos
e privados;
• Reaprender com a comunidade: HSH inventaram uma
série de estratégias incorporadas (ou ainda não) pela
Saúde Pública;
• ReConstruir de forma compartilhada: agenda deve ser
fruto da parceria (governo, profissionais de saúde,
comunidade, pesquisadores, educadores);
41. Equipe
Coordenadora: Maria Amelia de Sousa Mascena Veras
Coordenadora Adjunta : Gabriela Junqueira Calazans
•Equipe de coordenação operacional
•Gabriela Junqueira Calazans
•Manoel Ribeiro
•Márcia Giovanetti
•Maria Amélia de Sousa Mascena Veras
•Ricardo Gamboa
Coordenadora da pesquisa formativa: Isadora França Lins
Pesquisadores pesquisa formativa: Regina Facchini e Ricardo Gamboa
Coordenadora do componente laboratorial: Carmem Aparecida de Freitas Oliveira
Equipe do componente laboratorial: Carlos Augusto Velasco de Castro, Carmen Lúcia
Soares, Edilene Peres Real da Silveira, Elaine Lopes de Oliveira, Graça Ribeiro, Márcia
Jorge Castejon, Rosemeire Yamashiro
42. Equipe
Assistentes de coordenação: Denise Andrade e Jucélia Barbosa
Coordenadoras do campo do inquérito: Margaret Dominguez e Mariângela Nepomuceno
Supervisores de campo do inquérito: Aline Ramos Barbosa, Cleiton Eduardo Fiório , Luiz
Fabio Alves de Deus , Mariana Lebrão Lisboa, Marina Mendes de Oliveira Pecoraro, Tiago
Rodrigo Marin
Entrevistadores do inquérito: Adriano Volnei Zago, Bianca Thais Manzani Pascoal, Brener
Yoshio Kataguire C. Carneiro, Bruno Puccinelli, Camila Vitule Brito de Souza, Carolina
Simone Souza Adania, Cecília Ferrari França, Cleiton Eduardo Fiório, Félix Luis Rocha da
Silva, Higor de Moura Valente, Janaina Lima, Jeilson Felix de Lima, Luciana de Sá Almeida,
Luiz Fabio Alves de Deus, Marilda Madalena Martins, Paulo Clécio Silva de Souza, Paulo
Sérgio Stockler
Coletadores: Anderson Batista do Nascimento, Gabriel Antônio Guimarães Pereira Filho,
Izildinha de Jesus Pinheiro, José Bonifácio, Manoel Francisco de Miranda, Maria da
Conceição Barbosa Araújo, Maria Esmelindra Monteiro de Moraes, Miguel Padula Junior,
Vanessa Gutierrez Alves, Vladimir Rodrigues Macedo
Pesquisa formativa concomitante ao inquérito: Bruno Puccinelli e Ricardo Gamboa
43. Agradecimentos
• Aos participantes
• Equipe do CRT-DST/Aids
• Equipe da FCMSCSP
• Programa Municipal de
DST/AIDS
• Departamento Nacional
de DST/AIDS
•
•
•
•
Fórum ONG/Aids-SP
Fórum Paulista LGBT
Aliança Paulista LBGT
Conexão Paulista LGBT
• Financiamento:
– FAPESP
– SES-SP
– FAP-FCMSCSP