O documento discute o papel do técnico de enfermagem na unidade básica de saúde, incluindo suas responsabilidades em vacinação, curativos, retirada de pontos, triagem pré-natal e teste do pezinho. Ele também fornece detalhes sobre procedimentos específicos e condições de saúde como fenilcetonúria, TSH e T4 livre, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e fibrose cística.
3. O PAPEL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
4. VACINAÇÃO
A vacinação sensibiliza o sistema
imunológico do organismo,
prevenindo o surgimento de
doenças causadas por vírus e
bactérias específicas. Dessa
forma, ajuda o sistema
imunológico a estabelecer meios
de defesa contra esses micro-
organismos, de forma que,
quando uma pessoa imunizada
fica exposta à doença, o seu
sistema imunológico poderá reagir
rápida e eficazmente para
prevenir a infecção.
5.
6.
7. CURATIVOS
Finalidades:
- isolar o ferimento
do exterior,
impedindo a
contaminação
- proteger contra
traumatismo
externos,
amortecendo os
choques
- absorver as
secreções
- facilitar a
cicatrização
Material necessário:
Bandeja contendo:
- pacote de curativo
(2 pinças dente de
rato e 1 kocher)
- cuba rim
- frasco com soro
fisiológico
- frasco com
povidine tópico
- atadura de crepe
se necessário
- pomada se
prescrito
- luva
- esparadrapo ou
micropore
- gaze
8. Técnica
1- limpar e prepara a
bandeja com álcool
70%
2- lavar as mãos
3- levar o material para
junto do paciente
4- abrir o pacote sobre
a mesa de cabeceira,
dispor o material com
técnica de forma a não
cruzar o campo estéril
5- colocar as gazes no
campo, abrindo o
pacote de gaze com
técnica
6- desprender o
esparadrapo,
limpando todas as
marcas da pele
7- descobrir o local do
curativo
8- retirar o curativo
sujo existente, colocar
na cuba rim
9- proceder a limpeza
do ferimento, com a
pinça montada com
gaze embebido em
solução prescrita.
Seguir os princípios
do menos
contaminado para o
mais contaminado.
10- observar as
condições da lesão
11- aplicar a solução
prescrita, em caso de
pomada usar sobre a
gaze distribuindo com
uma espátula
12- cobrir o local com
gaze
13- fixar o curativo
com tiras de
esparadrapo ou
micropore
14- desprezar o
material contaminado
15- deixar o paciente
confortável
16- cuidar do material
usado
17- lavar as mãos
18- anotar no
prontuário do
paciente, hora, local
do ferimento, solução
e medicamento usado,
aspecto e grau de
cicatrização.
9. RETIRADAS DE PONTOS
Finalidades:
- Retirar pontos após o processo de cicatrização.
Material Necessário:
- Bandeja, pacote de curativo, gaze esterilizada, soro
fisiológico 0,9%, saco de lixo, 01 par de luvas de
procedimento e lâmina de bisturí descartável.
Pré - Execução:
-Observar prescrição médica;
- Preparar o material;
- Lavar as mãos.
10. Execução:
- Identificar-se;
- Checar prescrição médica e nome do cliente;
- Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
- Colocar o material a ser usado próximo do cliente;
- Aproximar o lixo, em posição que não cruze material sujo sobre o
limpo;
- Colocar o cliente em posição confortável, expondo apenas o local da
incisão;
- Calçar as luvas;
- Retirar o curativo, se estiver usando técnica de curativo simples (usar
luvas);
- Verificar as condições de cicatrização, avaliando se os pontos podem
ser retirados totalmente ou alternados;
- Colocar o pacote de curativo sobre o carrinho ou bandeja;
- Dispor as pinças num lado, em cima e na borda do campo esterilizado,
com auxílio da pinça servente;
- Abrir o pacote de gaze e colocá-las no campo esterilizado distante das
pinças;
- Fazer antissepsia da incisão e lavar com SF 0,9%;
- Preparar o bisturí;
- Pegar a pinça dente de rato, fixar e levantar o ponto na altura do nó
cirúrgico;
11. - Cortar o fio logo abaixo do nó cirúrgico, próximo a pele;
- Puxar o ponto retirando-o;
- Colocar o ponto retirado sobre a gaze próximo a incisão;
- Proceder da mesma maneira para os demais pontos;
- Desprezar a gaze;
- Observar se todos os pontos saíram por inteiro;
- Fazer o curativo de acordo com a técnica simples ou contaminado.
Pós - Execução:
- Desprezar o material utilizado em local adequado;
- Lavar as mãos;
- Checar a prescrição médica;
- Realizar as anotações necessárias;
- Preencher a nota de débito e anexar à ficha de atendimento.
Avaliação:
- Presença de secreção e deiscência.
Riscos / Tomada de Decisão:
- Sangramento: Compressão local e avisar o médico;
- Deiscência: Aproximar parede com pontos falsos e avisar o médico.
12. TRIAGEM PRÉ-NATAL
Os exames de Triagem
Pré-Natal são de extrema
importância para uma
gestação segura, pois
através dele é possível
identificar e reduzir muitos
problemas de saúde que
podem atingir a mãe e o
bebê como doenças,
infecções ou disfunções
que, detectadas
precocemente, possibilita
um tratamento com maior
êxito.
13. Pré-eclâmpsia ou doença hipertensiva
específica da gravidez: Está entre as mais
graves da gestação. Acomete as grávidas a
partir do segundo trimestre e é mais comum na
primeira gravidez. O problema acontece devido
a uma alteração vascular da placenta, que
eleva a pressão arterial.
Diabetes gestacional: É outra doença comum
na gestação. Acomete freqüentemente as
mulheres com antecedente familiar, mas pode
aparecer também em decorrência de ganho
excessivo de peso durante a gestação. Isso faz
com que o bebê apresente uma curva de
crescimento acima da média ou pode aumentar
o líquido amniótico.
14. Anemia: Também conhecida como anemia
transitória da gravidez. Na gestação, há um
aumento de 20% no volume de sangue
circulante sem haver um acréscimo de
glóbulos vermelhos. Isso pode interferir no
crescimento do bebê e causar tontura,
formigamento e dor de cabeça na gestante.
Infecção de urina: As doenças infecciosas,
principalmente no trato urinário, ocorrem na
gestante por conta da menor imunidade,
maior secreção vaginal e maior frequência
urinária por conta da pressão do útero na
bexiga.
15. O QUE É O TESTE DO PEZINHO? - TRIAGEM NEONATAL
A triagem neonatal, também conhecida
como teste do pezinho, costuma ser
realizada na própria maternidade ou
hospital onde o bebê nasceu, entre o 3º e
o 7º dia de vida.
Através de gotinhas de sangue tiradas do
calcanhar da criança, é possível se fazer
uma importante avaliação inicial para
detectar algumas doenças genéticas
(transmitidas pelos genes da mãe e do
pai) e congênitas (que se desenvolve no
útero), que precisam de tratamento o mais
rápido possível para evitar graves
seqüelas no futuro.
16. PKU - FENILCETONÚRIA
A Fenilcetonúria (PKU do
inglês PhenylKetonUria) é uma
doença genética rara caracterizada por defeito
da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH).
Esta proteína catalisa o processo de conversão
(hidroxilização) da fenilalanina em tirosina,
elemento importante na síntese da melanina. 1
A ação da fenilalanina hidroxilase (PAH) é
transferir um átomo de oxigênio para o anel
aromático da fenilalanina. Posteriormente, um
íon de hidrogênio (H+) liga-se ao oxigênio
completando a transformação em tirosina.
17. CAUSAS DA PKU
A doença é autossômica recessiva e afeta aproximadamente
um em cada dez mil indivíduos da população caucasiana. As
pessoas com PKU (fenilcetonúria) possuem uma mutação
no gene da PAH (fenilalanina hidroxilase). Essa mutação
pode acontecer em qualquer uma das milhares de bases
de ADN dentro do gene e mutações diferentes têm efeitos
desiguais na enzima. Algumas mutações fazem com que a
enzima não mais reconheça a fenilalanina. Outras mutações
não impedem, mas retardam a ação da enzima. Existem
também mutações que tornam a enzima instável, com
o catabolismo (velocidade de degradação) acelerado. Esta
doença pode ser detectada logo após o nascimento através
de triagem neonatal (conhecida popularmente por teste do
pezinho).
A forma clássica da apresentação dessa doença, envolve
formação de amiloides tóxicos no cérebro de modo similar
ao Mal de Alzheimere Mal de Parkinson.
18. TSH E T4 LIVRE
Antes de darmos início à explicação do que são os
dois exames em questão é importante deixarmos
claro o que são o TSH e o T4 livre. A glândula
tireoide é responsável por juntar o iodo proveniente
dos alimentos que ingerimos e de unir a aminoácidos
que recebem o nome de tirosina. Com isto, temos a
formação de dois hormônios: o T3 e o T4.
Grande parte dos T3 e dos T4 está no sangue ligado
a uma proteína que recebe o nome de TGB. Apenas
uma fração pode modular o organismo e não está
ligada ao TGB, e T4 livre é o nome dado quando
desta situação. A dosagem do T4 livre pode mostrar
a quantidade de hormônio tireoidiano em ação,
sendo que um número muito elevado
significa hipertireoidismo e um número
baixo hipotireoidismo.
19. As principais alterações da glândula tireoide
são, portanto, o hipotireoidismo e o
hipertireoidismo. A primeira condição é
provocada pela falta de hormônios da
tireoide e leva a uma série de sintomas, já a
segunda é provocada pelo excesso e leva a
outros sintomas. O TSH também é um
indicador útil para esta avaliação, pois este
hormônio é quem estimula a produção de T3
e de T4 por parte da tireoide.
20. ANEMIA FALCIFORME
A anemia falciforme é uma doença genética e
hereditária, predominante em negros, mas que pode
manifestar-se também nos brancos. Ela se
caracteriza por uma alteração nos glóbulos
vermelhos, que perdem a forma arredondada e
elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o
nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a
passagem do sangue pelos vasos de pequeno
calibre e a oxigenação dos tecidos.
As hemácias falciformes contêm um tipo de
hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na
falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o
fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da
hemácia normal.
21. CAUSAS DA ANEMIA FALCIFORME
A anemia falciforme é causada por mutação
genética, responsável pela deformidade dos
glóbulos vermelhos. Para ser portador da
doença, é preciso que o gene alterado seja
transmitido pelo pai e pela mãe. Se for
transmitido apenas por um dos pais, o filho
terá o traço falciforme, que poderá passar
para seus descendentes, mas não a doença
manifesta.
22. HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA
doença que faz com que a
criança tenha uma deficiência
hormonal de alguns hormônios e
um exagero na produção de
outros, que pode, inclusive,
levar à morte;
23. FIBROSE CÍSTICA
Doença que leva à produção de
uma grande quantidade de
muco, comprometendo o
sistema respiratório e afetando
também o pâncreas;
24. DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
A biotinidase é uma enzima responsável pela
utilização e reutilização da biotina
(ou vitamina H) pelo organismo. A biotina é
necessária para o perfeito funcionamento das
carboxilases, as quais atuam nometabolismo de
algumas gorduras, carboidratos e proteínas. Se
a biotinidase é deficiente, as carboxilases são
incapazes de exercer suas funções normais.
Com a deficiência da biotinidase, o organismo
precisa da biotina em quantidades maiores do
que a propiciada pela dieta normal. A deficiência
de biotinidase tem importantes repercussões
metabólicas e é um distúrbio do metabolismo.
25. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Umas das formas e a mais utilizada para
mensuração de percentual de gordura é através
das dobras cutâneas,essas nos dão um valor
aproximado da composição corporal a partir da
avaliação da espessura em milímetros, e para
tal procedimento, utiliza-se o adipômetro,
também chamado de compasso de dobras
cutâneas.
As principais dobras cutâneas mensuradas são:
tríceps, bíceps, subescapular, peitoral,
antebraço, axilar média, supra-ilíaca,
abdominal, coxa e panturrilha.
26. As circunferências informam a
presença de gordura corporal e
analisam os padrões de distribuição
dessa gordura. As circunferências que
podem ser mensuradas são: pescoço,
tórax, cintura, abdômen, quadril, coxa,
panturrilha, braço, antebraço e punho.
A relação das circunferências da cintura
e do quadril (C/Q) pode ser usada para
identificação do risco de doença
cardiovascular.
27. ATENDIMENTO DOMICILIAR
O cuidado domiciliar é umaestratégia assistencial que
enfatiza a autonomia do paciente, bem como o
autocuidado no espaço domiciliar. A estratégia envolve
planejamento, coordenação e atuação de vários serviços.
Este estudo é do tipo descritivo, contemplando uma
abordagem qualitativa por meio de uma revisão
bibliográfica. Os dados foram analisados pela técnica de
Análise de Conteúdo, sendo identificado duas categorias:
programas de cuidado domiciliar e a sistematização do
cuidado. O cuidado domiciliar reduz o número de
complicações clínicas, rehospitalização e custos
hospitalares. Ao se delinear um programa de cuidado
domiciliar, os objetivos devem ser estabelecidos com a
finalidade de concretizar as mudanças desejadas. O
profissional de enfermagem ao sistematizar deve
estabelecer vínculo e parceria com o paciente e a família.
28. ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS
Esterilização de materiais é a total eliminação
da vida microbiológica destes materiais. É
diferente de limpeza e diferente de assepsia.
Como exemplo, uma tesoura cirúrgica pode ser
lavada, e ela estará apenas limpa. Para ser
esterilizada é necessário que seja submetida ao
calor durante um determinado tempo,
destruindo todas as bactérias,
seus esporos, víruse fungos. Existem várias
técnicas de esterilização, que apresentam
vantagens e desvantagens; contudo, a técnica
usada mais regularmente é a autoclavagem.
29. ARRUMAÇÃO DE MATERIAL
Máquina para lavagem, térmicas e ultrassônicas,
Maquinas de desinfectar automáticas
Autoclaves (i.e. equipamento para esterilização) de última geração
A esterilização de materiais segue padrões baseados em normas
internacionais para desinfecção e esterilização de materiais médicos e
hospitalares.
A segurança dos procedimentos cirúrgicos é assegurada pelo controle
químico, físico e biológico rigoroso de todo o processo, a fim de garantir
a qualidade e segurança de todos os procedimentos invasivos.