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Duas Gotas de Felicidade
Autora: Carla Godinho

1
Consegues imaginar um GRANDE rio azul, claro e brilhante?
Ele era a casa de muitos peixes e servia todos os animais da
floresta.
O

GRANDE rio alegrava todo o ambiente com o seu agradável

sussurrar.

Cada pedra, cada tronco caído, cada desnível no solo fazia-o
cantar uma melodia diferente.
CADA GOTA DO RIO ERA ÚNICA E ... ESPECIAL

COMO TU!

Todas unidas formavam um leito fértil que tornava esta floresta
muito rica, e cada gota de água tinha o seu sonho flutuando à
superfície na esperança de o concretizar.
Não é isso que cada um de nós faz?
Sonhas?

2
Pois a história que te vou contar revela sonhos, desejos e anseios
de duas pequenas e especiais gotas do grande rio azul:
A gota verde andava sempre de mão dada com a gota azul e
apesar de terem cores diferentes, eram muito amigas pois
partilhavam o mesmo sonho:
VOAR ATÉ AO

SOL

Queres conhecê-las?
Eram gotas suaves, com um brilho próprio. Em cada declive do rio
pulavam na esperança do vento as levar.
Quando se demoravam ao sol sobre um seixo que as acolhia,
olhavam para o céu e conversavam sobre as muitas aventuras que
ainda iriam viver.
Eram felizes porque tinham com quem partilhar os seus sonhos .
NÓS TAMBÉM SOMOS MAIS FELIZES QUANDO TEMOS A QUEM DAR A
MÃO E PARTILHAR O QUE NOS VAI NA ALMA!

3
Ao longo das suas pequenas vidas deram de beber a vários
animais. Com cada um viveram uma aventura diferente.
Com o urso, um pouco assustadas permitiram que a sua língua
áspera saciasse a riqueza da água fresca do rio.
Com o pardal deixaram-se bebericar reconhecendo que contribuíam
para um chilrear mais harmonioso.
Com o cervo entregaram-se crendo que lhe dariam forças para
correr e pular velozmente salvaguardando a vida.
E quando um dia recordavam as muitas aventuras vividas algo
especial as envolveu.

4
Ah! Como era suave este véu brando e claro, algo que já tinham
ouvido outras gotas falar mas que nunca tinham vivenciado.
Sem nunca soltarem as suas mãos unidas deixaram-se envolver
pela neblina que caía sobre o GRANDE rio azul.
Sem compreenderem que estavam prestes a subir, as gotas
olhavam à sua volta e tudo lhes parecia edílico. Elas nunca tinham
visto a floresta sob o suave nevoeiro, aquele que concretizava os
sonhos de todas as gotas do rio. Quando se entreolharam
perceberam: aos poucos o mundo que conheciam ficava distante.
Elas estavam a voar !!!
Um misto de medo e curiosidade apoderou-se das duas pequenas
amigas. Seria possível? Estariam elas à beira de concretizar o seu
sonho?
Não ousaram falar, o momento era solene, apenas os seus olhos
brilhantes de emoção e as mãos apertadas e suadas denotavam
uma à outra aquilo que sentiam.
Quantas vezes as nossas palavras morrem nos lábios perante algo
que nos fascina?
Quando se deram conta que não estavam a sonhar tal como faziam
tantas e tantas vezes nos seixos do rio, olharam à sua volta e
5
perceberam que não estavam sozinhas. Dentro daquele brando e
suave lençol nebuloso e fino como o pó, estavam muitas outras
gotas que revelavam diferentes sentimentos: umas sorriam,
outras cantavam, havia ainda outras que choravam, lamentavamse e tremiam. Foi então que as duas compreenderam que perante
as mesmas situações cada um escolhe a forma de as encarar, por
isso escolheram: sorrir.
Afinal este era o seu sonho e o grande rio azul cedera-as ao lençol
de nevoeiro que se erguia cada vez mais alto.
De repente uma luz penetrou o véu no qual as duas se embalavam.
Assustaram-se mas logo, logo sentiram uma luz quente, suave e
que trazia cor, aliás muitas cores.
Ah, que experiência para as duas pequeninas gotas sonhadoras!
Tinham à sua frente um lindo caminho a percorrer. Era um caminho
multicor chamado arco-íris. À sua volta mais uma vez constataram
diferentes atitudes nas suas companheiras de viagem: umas
afastavam-se da luz que abria caminho para uma longa estrada,
outras corriam destemidas acotovelando-se sem quererem perder
a oportunidade, outras apenas espreitavam mas logo voltavam as
costas com medo de se encandearem. Na nossa vida acontece algo
parecido: diante de um novo caminho há que fazer escolhas,
escolhas sábias.
E as duas pequeninas gotas fizeram a sua: não temeram e foram
em busca do seu sonho.

6
O caminho que as levava até ele era resplandecente. À medida que
avançavam observavam-se e sorriam, as suas cores ganhavam
novos tons, os reflexos do que contemplamos têm este poder !!,
Elas já não tinham as suas cores originais, agora eram iguais
porque se deixaram envolver no multicolorido caminho. As suas
mãos permaneciam juntas e a sua amizade fortalecia-se a cada
experiência que viviam.
Finamente o caminho levava-as a uma fofa e delicada nuvem que
parecia de algodão. Sem hesitar saltaram e flutuaram na fofa
almofada gigante que as convidava a repousar após a longa
caminhada.
A felicidade que sentiam era-lhes familiar, era a mesma que em
tempos viveram sobre os seixos do rio ao contemplarem o sol.
Esse instante fê-las sentir que a felicidade não surge no fim do
caminho mas é conquistada minuto a minuto em todos os
pequenos momentos da vida.
Mas… enquanto conversavam sobre todas estas emoções um
abanão estremeceu-as:
assustaram-se e as mãos apertaram-se mais.
Ouviram um grande BUM-CATRAPUM-BUM-BUM,; um raio clareou
cada uma das gotas e elas abraçaram-se a tremer.
Opssss, afinal para concretizarem os seus sonhos as nossas
amigas também tinham que ultrapassar dificuldades.

7
O estrondo devia-se ao choque da sua nuvem de algodão com um
rolo de aragem nublado. Então o céu abriu-se e assim puderam
vislumbrar o sol.
Com o grande abanão sofrido, ambas ficaram penduradas na
grande nuvem de algodão e aprenderam sobre este estranho
fenómeno da natureza: muitas eram as nuvens que povoavam os
ares preparando-se para batalhar. Umas brancas, outras
cinzentas mas o que deliciou a vista das duas gotas foi a
contemplação do ansiado sol dourado que as aquecia enquanto
penduradas na nuvem voavam ao sabor da brisa que se
transformava em vento.
Surpreendentemente algo de especial ainda lhes estava reservado.
Por vezes dá-se esse milagre: é-nos concedido algo melhor do que
aquilo que conseguimos desejar!
Chegara a hora do sol terminar a sua nobre tarefa, aos poucos
fechava os olhos e deixava-se adormecer. As duas gotas viveram
mais um momento de felicidade, concretizaram o seu sonho:
voaram para contemplar o sol e tiveram o privilégio de o ver
adormecer principescamente. O adormecer do sol reveste-se de
cores que ninguém pode descrever, apenas as duas pequeninas
gotas testemunharam as tonalidades de ouro, fogo e carmim.
No meio de tais cenas naturais esqueceram-se de si próprias e
quando regressaram à sua condição, perceberam que apenas uma
das suas mãos as mantinha presas à imensa nuvem fofa que
mudara de tonalidades para cinzenta e negra.

8
Timidamente compreenderam que o seu sonho chegara ao fim. Uma
negra nuvem dirigia-se velozmente para elas empurrada pelo
vento. Ambas fecharam os olhos à espera do embate.
BUM- CATRAPUM-PUM-PUM, o embate fê-las esvoaçar.
De mãos inalteradamente entrelaçadas flutuaram como gotas em
forma de chuva descendo para o mundo que tão bem conheciam.
Mergulharam juntas naquele que sempre as esperou: o grande rio
azul que as recebia carinhosamente como duas velhas amigas.
Regressaram,

estavam

diferentes,

sentiam

o

coração

transbordante de tantas emoções vividas.
Voltariam com gratidão a saciar os animais da floresta e quando
tivessem tempo: descansariam nos seixos do rio olhando para o
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porque afinal… nunca se deixa de sonhar.

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Duas gotas de felicidade-o meu primeiro livro juvenil

  • 1. Duas Gotas de Felicidade Autora: Carla Godinho 1
  • 2. Consegues imaginar um GRANDE rio azul, claro e brilhante? Ele era a casa de muitos peixes e servia todos os animais da floresta. O GRANDE rio alegrava todo o ambiente com o seu agradável sussurrar. Cada pedra, cada tronco caído, cada desnível no solo fazia-o cantar uma melodia diferente. CADA GOTA DO RIO ERA ÚNICA E ... ESPECIAL COMO TU! Todas unidas formavam um leito fértil que tornava esta floresta muito rica, e cada gota de água tinha o seu sonho flutuando à superfície na esperança de o concretizar. Não é isso que cada um de nós faz? Sonhas? 2
  • 3. Pois a história que te vou contar revela sonhos, desejos e anseios de duas pequenas e especiais gotas do grande rio azul: A gota verde andava sempre de mão dada com a gota azul e apesar de terem cores diferentes, eram muito amigas pois partilhavam o mesmo sonho: VOAR ATÉ AO SOL Queres conhecê-las? Eram gotas suaves, com um brilho próprio. Em cada declive do rio pulavam na esperança do vento as levar. Quando se demoravam ao sol sobre um seixo que as acolhia, olhavam para o céu e conversavam sobre as muitas aventuras que ainda iriam viver. Eram felizes porque tinham com quem partilhar os seus sonhos . NÓS TAMBÉM SOMOS MAIS FELIZES QUANDO TEMOS A QUEM DAR A MÃO E PARTILHAR O QUE NOS VAI NA ALMA! 3
  • 4. Ao longo das suas pequenas vidas deram de beber a vários animais. Com cada um viveram uma aventura diferente. Com o urso, um pouco assustadas permitiram que a sua língua áspera saciasse a riqueza da água fresca do rio. Com o pardal deixaram-se bebericar reconhecendo que contribuíam para um chilrear mais harmonioso. Com o cervo entregaram-se crendo que lhe dariam forças para correr e pular velozmente salvaguardando a vida. E quando um dia recordavam as muitas aventuras vividas algo especial as envolveu. 4
  • 5. Ah! Como era suave este véu brando e claro, algo que já tinham ouvido outras gotas falar mas que nunca tinham vivenciado. Sem nunca soltarem as suas mãos unidas deixaram-se envolver pela neblina que caía sobre o GRANDE rio azul. Sem compreenderem que estavam prestes a subir, as gotas olhavam à sua volta e tudo lhes parecia edílico. Elas nunca tinham visto a floresta sob o suave nevoeiro, aquele que concretizava os sonhos de todas as gotas do rio. Quando se entreolharam perceberam: aos poucos o mundo que conheciam ficava distante. Elas estavam a voar !!! Um misto de medo e curiosidade apoderou-se das duas pequenas amigas. Seria possível? Estariam elas à beira de concretizar o seu sonho? Não ousaram falar, o momento era solene, apenas os seus olhos brilhantes de emoção e as mãos apertadas e suadas denotavam uma à outra aquilo que sentiam. Quantas vezes as nossas palavras morrem nos lábios perante algo que nos fascina? Quando se deram conta que não estavam a sonhar tal como faziam tantas e tantas vezes nos seixos do rio, olharam à sua volta e 5
  • 6. perceberam que não estavam sozinhas. Dentro daquele brando e suave lençol nebuloso e fino como o pó, estavam muitas outras gotas que revelavam diferentes sentimentos: umas sorriam, outras cantavam, havia ainda outras que choravam, lamentavamse e tremiam. Foi então que as duas compreenderam que perante as mesmas situações cada um escolhe a forma de as encarar, por isso escolheram: sorrir. Afinal este era o seu sonho e o grande rio azul cedera-as ao lençol de nevoeiro que se erguia cada vez mais alto. De repente uma luz penetrou o véu no qual as duas se embalavam. Assustaram-se mas logo, logo sentiram uma luz quente, suave e que trazia cor, aliás muitas cores. Ah, que experiência para as duas pequeninas gotas sonhadoras! Tinham à sua frente um lindo caminho a percorrer. Era um caminho multicor chamado arco-íris. À sua volta mais uma vez constataram diferentes atitudes nas suas companheiras de viagem: umas afastavam-se da luz que abria caminho para uma longa estrada, outras corriam destemidas acotovelando-se sem quererem perder a oportunidade, outras apenas espreitavam mas logo voltavam as costas com medo de se encandearem. Na nossa vida acontece algo parecido: diante de um novo caminho há que fazer escolhas, escolhas sábias. E as duas pequeninas gotas fizeram a sua: não temeram e foram em busca do seu sonho. 6
  • 7. O caminho que as levava até ele era resplandecente. À medida que avançavam observavam-se e sorriam, as suas cores ganhavam novos tons, os reflexos do que contemplamos têm este poder !!, Elas já não tinham as suas cores originais, agora eram iguais porque se deixaram envolver no multicolorido caminho. As suas mãos permaneciam juntas e a sua amizade fortalecia-se a cada experiência que viviam. Finamente o caminho levava-as a uma fofa e delicada nuvem que parecia de algodão. Sem hesitar saltaram e flutuaram na fofa almofada gigante que as convidava a repousar após a longa caminhada. A felicidade que sentiam era-lhes familiar, era a mesma que em tempos viveram sobre os seixos do rio ao contemplarem o sol. Esse instante fê-las sentir que a felicidade não surge no fim do caminho mas é conquistada minuto a minuto em todos os pequenos momentos da vida. Mas… enquanto conversavam sobre todas estas emoções um abanão estremeceu-as: assustaram-se e as mãos apertaram-se mais. Ouviram um grande BUM-CATRAPUM-BUM-BUM,; um raio clareou cada uma das gotas e elas abraçaram-se a tremer. Opssss, afinal para concretizarem os seus sonhos as nossas amigas também tinham que ultrapassar dificuldades. 7
  • 8. O estrondo devia-se ao choque da sua nuvem de algodão com um rolo de aragem nublado. Então o céu abriu-se e assim puderam vislumbrar o sol. Com o grande abanão sofrido, ambas ficaram penduradas na grande nuvem de algodão e aprenderam sobre este estranho fenómeno da natureza: muitas eram as nuvens que povoavam os ares preparando-se para batalhar. Umas brancas, outras cinzentas mas o que deliciou a vista das duas gotas foi a contemplação do ansiado sol dourado que as aquecia enquanto penduradas na nuvem voavam ao sabor da brisa que se transformava em vento. Surpreendentemente algo de especial ainda lhes estava reservado. Por vezes dá-se esse milagre: é-nos concedido algo melhor do que aquilo que conseguimos desejar! Chegara a hora do sol terminar a sua nobre tarefa, aos poucos fechava os olhos e deixava-se adormecer. As duas gotas viveram mais um momento de felicidade, concretizaram o seu sonho: voaram para contemplar o sol e tiveram o privilégio de o ver adormecer principescamente. O adormecer do sol reveste-se de cores que ninguém pode descrever, apenas as duas pequeninas gotas testemunharam as tonalidades de ouro, fogo e carmim. No meio de tais cenas naturais esqueceram-se de si próprias e quando regressaram à sua condição, perceberam que apenas uma das suas mãos as mantinha presas à imensa nuvem fofa que mudara de tonalidades para cinzenta e negra. 8
  • 9. Timidamente compreenderam que o seu sonho chegara ao fim. Uma negra nuvem dirigia-se velozmente para elas empurrada pelo vento. Ambas fecharam os olhos à espera do embate. BUM- CATRAPUM-PUM-PUM, o embate fê-las esvoaçar. De mãos inalteradamente entrelaçadas flutuaram como gotas em forma de chuva descendo para o mundo que tão bem conheciam. Mergulharam juntas naquele que sempre as esperou: o grande rio azul que as recebia carinhosamente como duas velhas amigas. Regressaram, estavam diferentes, sentiam o coração transbordante de tantas emoções vividas. Voltariam com gratidão a saciar os animais da floresta e quando tivessem tempo: descansariam nos seixos do rio olhando para o céu recordando o sonho vivido e alimentando novos anseios porque afinal… nunca se deixa de sonhar. 9