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6. Programa de pesquisa em agroecologia
para a realidade dos países pobres
Dr. Carlos Germano F. Costa
Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente – Especialista em Gestão de Riscos de Desastres
The Inter-American Institute for Cooperation on Agriculture (IICA) – Brazil
Universidade Federal do Ceará/Estácio
Fortaleza, CE, Brasil
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA
LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA (Unilab)
Setor de Estudo: Agroecologia
I – Introdução
II – Conceituação de Agroecologia
III - Contexto e Panorama Mundial
IV - A Idéia de Progresso e Desenvolvimento
V - Eixos de Pesquisa em Agroecologia
para a Realidade dos Países Pobres
VI - Consensos das Linhas de Pesquisa em
Agroecologia para a Realidade de Países Pobres
VII - Promoção de Tecnologias para uma Agricultura
Sustentável
VIII - Questões Chave
IX - Programas Nacionais para a Segurança
Alimentar em Países Africanos
X - Considerações Finais
Roteiro da apresentação
I - Introdução
• Países pobres são, em geral, ricos em recursos
naturais, e “ricos” em conflitos.
• Setor econômico predominante: Agricultura.
• Entretanto, avanços em termos de
desenvolvimento agrícola nem sempre
significaram crescimento suficiente para a atingir
as metas de redução de pobreza e de redução de
insegurança alimentar.
• No período de 1993-2000, uma média de 15
países africanos enfrentou crises de alimentos
todos os anos; esse número subiu para
aproximadamente 25 países desde 2001.
• Povos indígenas e as comunidades tradicionais
são mais VULNERÁVEIS e DEPENDENTES DA
BIODIVERSIDADE e dos ecossistemas e, portanto,
mais imediatamente afetadas por políticas
equivocadas, perdas e degradação.
II - Conceituação de Agroecologia
• Altieri (1977), em seu primeiro manual sistemático, define a
agroecologia como sendo “as bases científicas para uma
agricultura ecológica”, mediante a orquestração das visões de
diferentes disciplinas para, mediante a análise de todo tipo de
processos da atividade agrária.
• Para Gliessman, citado por Guzmán Casado et al., 2000) a
agroecologia se desvela, em grande medida, como o
funcionamento ecológico necessário para se praticar uma
agricultura sustentável , sem esquecer da eqüidade e da busca a
um acesso igualitário aos meios de vida. A integralidade do
enfoque da agroecologia requer, pois, a articulação de suas
dimensões técnica e social.
Agroecologia
- Produção em pequena escala;
- Policultura e associação de culturas;
- Pequena e médias propriedades;
- Mão-de-obra familiar (Agricultura Familiar);
- Uso de técnicas sustentáveis, com aplicação dos conhecimentos
tradicionais;
- Oposição a agricultura moderna. Sem uso de agrotóxicos;
- Diminui a produtividade a curto prazo, mas a aumenta a longo
prazo.
III - Contexto do Panorama Mundial
Pobreza
•Em todas as regiões do mundo
em desenvolvimento, o
percentual de pessoas vivendo
com menos de 1,25 dólares por
dia caiu.
•Desde 1992, a média de
expectativa de vida cresceu três
anos e meio.
•Hoje, 27% da população
mundial vive em absoluta
pobreza; em 1990 eram 46%.
•O progresso no alcance dos
ODM tem sido muito desigual
entre as regiões, com grandes
áreas da África Subsaariana e do
Sul da Ásia dificilmente
atingindo os Objetivos.
Água
•Por conta de infraestrutura
precária e má gestão, a cada
ano cerca de dois milhões de
pessoas, em sua maioria
crianças, morrem de doenças
associados ao fornecimento
inadequado de água,
saneamento e higiene.
•Apenas 63% da população
mundial tem acesso a
saneamento básico, um quadro
projetado para crescer só a
67% até 2015.
•89% da população mundial
agora usa fontes beneficiadas
de água potável e a meta do
ODM para 2015 foi alcançada –
mas 783 milhões de pessoas
ainda estão sem acesso à água
potável.
Comida
•A produção agrícola se
expandiu, mas ao mesmo
tempo, solos, água doce,
oceanos, florestas e
biodiversidade estão
rapidamente sendo
degradados. A mudança
climática está colocando
ainda mais pressão em
recursos dos quais somos
dependentes.
•A produção de alimento
tem crescido
constantemente a um
ritmo superior ao
crescimento da
população, ainda que 925
milhões de pessoas
continuem passando
fome.
Degradação de terra
•Terras produtivas em regiões
secas ou zonas áridas pelo
mundo, onde vivem mais de
dois bilhões de pessoas, estão
sob crescente ameaça por
causa das mudanças climáticas
e práticas precárias de manejo
da terra.
•Mais de 12 milhões de
hectares de terras produtivas
são perdidos por causa da
desertificação a cada ano, o
equivalente a perder uma área
do tamanho da África do Sul a
cada década.
•Nos próximos 25 anos, a
degradação de terra pode
reduzir a produção global de
alimentos em 12%, levando a
um aumento de 30% nos
preços dos alimentos.
Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, junho de 2012
CRISES: Ambiental, econômica, social, alimentos, climáticas...
A Pobreza e a Fome
• População mundial: 7 bilhões de pessoas.
• Metade da população está abaixo da linha
de pobreza (renda de até 2 dólares/dia).
• Um bilhão não têm acesso à água.
• 840 milhões de subnutridos.
• 75% dos indivíduos subnutridos
pertencem ao mundo rural.
Um paradoxo perverso: camponeses famintos
“A maioria das pessoas que têm fome no
mundo é de camponeses depedentes da
produção agrícola. Essa alta prevalência é
resultado de um processo, histórico e atual,
de empobrecimento extremo de centenas de
milhões de camponeses.
Um Mundo Desigual
• População Agrícola Mundial: 3 bilhões de
pessoas (metade da Humanidade).
• População Agrícola Economicamente Ativa: 1,3
bilhões de pessoas (metade da PEA mundial).
• Apenas 2% dessa população possuem tratores e
50% usam tração animal.
• 400 milhões de agricultores não tem acesso a
meios de produção adequados ou suficientes.
• Esses pequenos não possuem áreas adequadas
de cultivo ou não possuem titularidade da terra.
São afetados pela:
• Proletarização/precarização.
• Dependência (patronagem).
• Êxodo e migrações temporárias.
Zonas rurais, pobreza e insegurança alimentar
IV - A Idéia de Progresso e Desenvolvimento
• No século 20, em países e regiões afastadas dos centros da modernização, a idéia
de desenvolvimento ganha força. Na década de 1950, o termo já era empregado
correntemente na literatura econômica e na linguagem comum. A partir daí,
tornou-se um componente ideológico essencial da civilização ocidental
(WALLERSTEIN, 1985).
• A noção de progresso e a idéia de crescimento.
• O mito do progresso.
• Os agricultores se beneficiaram do progresso no caso específico da agricultura?
• As “crises”.
• As teorias desenvolvimentistas.
Desenvolvimento!
• Ação Cultural.
• Dinâmica Transformadora.
• Construção Societária.
• Satisfação de Necessidades e Melhoria das
Condições de Vida.
•“Se o desenvolvimento funda-se na realização das
capacidades humanas, é natural que se empreste
a esta idéia um sentido positivo. As sociedades
são desenvolvidas na medida em que nelas mais
cabalmente o homem logra satisfazer suas
necessidades e renovar suas aspirações” (CELSO
FURTADO, 1980).
Desenvolvimento?
Concepção reducionista: progresso material:
• Crescimento econômico.
• Produção de riquezas.
• Progresso técnico-científico.
• Consumo de bens.
Contradições:
• Desigualdades sociais e territoriais.
• Destruição da vida, da natureza.
O Desenvolvimento Rural
• A noção de
desenvolvimento no
campo da agricultura.
• O “arcaico” E o
“moderno”.
• Noções de
desenvolvimento
agrícola e rural.
• Planos de
desenvolvimento
oficiais VS não oficiais.
O Desenvolvimento Rural Sustentável
• Premissa fundamental:
O reconhecimento da “insustentabilidade” ou inadequação econômica, social e
ambiental do padrão de desenvolvimento das sociedades contemporâneas
(SCHMITT,1995).
• Busca de integração sistêmica.
Desenvolvimento Sustentável
• “Atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das
futuras gerações em prover suas próprias demandas.” (Relatório Brundtland, 1987)
• Conceitualmente e na prática deve se relacionar com ações diferenciadas de
produzir e viver no rural, pautando-se na integração de políticas públicas, de
pesquisas e tecnologias apropriadas, levando em conta a diversidade de públicos,
biomas, produtos e atividades, as dinâmicas de mercados locais, ambientais e de
organização social.
V - Eixos de pesquisa em agroecologia
para a realidade dos países pobres
• Diretrizes Voluntárias.
• Políticas agroambientais no contexto
da segurança alimentar e o combate
à fome.
• Cooperação internacional - Brasil -
Agência Brasileira de Cooperação
(ABC).
• O objetivo é encontrar formas de
reduzir a pobreza rural e a
insegurança alimentar nesses países,
onde destacadas as políticas que
promovem a agricultura de base
ecológica. As diretrizes voluntárias
podem ser relativas ao manejo do
fogo e à governança responsável da
posse da terra e dos recursos
pesqueiros e florestais, por exemplo.
VI - Consensos dos eixos de pesquisa em Agroecologia
• ERRADICAÇÃO DA POBREZA como o grande
desafio global para o alcance do
desenvolvimento sustentável.
• O papel vital das MULHERES E DOS JOVENS
no alcance do desenvolvimento sustentável
em todos os níveis de decisão.
• Papel dos PEQUENOS AGRICULTORES,
PESCADORES E EXTRATIVISTAS para o
desenvolvimento e o crescimento econômico
sustentável que garantam segurança
alimentar.
• Bem-estar de POVOS INDÍGENAS, DAS
COMUNIDADES TRADICIONAIS E DAS
MINORIA ETNICAS.
• Necessidade de REVITALIZAR A
AGRICULTURA E O DESENVOLVIMENTO
RURAL, de forma ambientalmente,
economicamente e socialmente sustentável.
• Garantir acesso ao CRÉDITO, MERCADO, ACESSO À
TERRA, SERVIÇOS DE SAÚDE, SERVIÇOS SOCIAIS,
EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO, ACESSO À
CONHECIMENTOS E TECNOLOGIAS PARA
POPULAÇÕES que vivem em situações de
vulnerabilidade.
• importância das PRÁTICAS TRADICIONAIS DE
AGRICULTURA sustentável (povos indígenas e
comunidades tradicionais) para a conservação e o
uso sustentável da biodiversidade (plantio e
armazenamento de sementes tradicionais (crioulas)
• ÁREAS CHAVE PARA OS INVESTIMENTOS:
agricultura sustentável, infraestrutura rural,
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias
sustentáveis para agricultura, desenvolvimento
cooperativo.
• necessidade de MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS
ECOLÓGICOS que dão suporte à produção de
alimentos.
Novos paradigmas para a
pesquisa agroecológica?
Sustentabilidade
• Inclusão nos benefícios do desenvolvimento como cidadania.
• Cooperação e autogestão: responsabilidade coletiva e
compartilhada em favor de uma ordem econômica, social, política
e cultural mais justa
• Respeito às diversidades e superação das desigualdades
sociais, étnicas , de gênero, geração....
Territorialidade
• Reconhecimento da unidade da vida na terra.
• Equilíbrio entre as dimensões: ambiental, social, cultural,
política e econômica.
Solidariedade
• Projeto nacional a partir de estratégias territoriais de
desenvolvimento, com identidades, limites e soluções partilhadas
entre Estado e sociedade.
Eixos estratégicos
• Combate a pobreza rural (Territórios).
• Segurança alimentar (PAA).
• Geração de renda e agregação de valor
(Biodiesel).
• Sustentabilidade (janela verde) –
orgânicos/comércio justo.
Agricultura familiar
Política estruturada em 3 eixos:
• Assistência técnica.
• Crédito e instrumentos garantidores.
• Comercialização.
Desafios da Pesquisa Agroecológica em Países Pobres
• Planos de ajustamento
estrutural (desde 1980).
• No setor agrícola: Efeito da
diminuição ou eliminação de
serviços de extensão e em
muitos casos o colapso dos
sistemas nacionais de
investigação agrária.
• Organizações de cooperação
bilateral e multilateral
(tripartite).
VII - Promoção de Tecnologias Para Uma Agricultura
Sustentável em Países Pobres
• Empoderamento
dos agricultores.
• Ampliação da
capacidade de
convivência com
o meio
ambiente.
• Incentivo a
formas de
solidariedade.
• Expansão da
capacidade
produtiva e o
acesso aos
mercados.
A Difusão de Sistemas Agroecológicos de Produção em
Países Pobres
• Analisando-se os princípios
teóricos da agroecologia
diante das características da
produção familiar, verifica-se
que a agroecologia se adequa
mais facilmente à realidade de
sistemas de organização
familiar da produção agrícola
• Limitações: interação com o
mercado; redução de
produtividade;
Relações sociais complexas
• Desenvolvimento
de novas
tecnologias.
• Pequeno
agricultor e
produção.
• Impactos
negativos.
• Reconhecimento
da limitação de
modelos
tradicionais.
VIII - Questões Chave
• Acesso e Gestão de recursos Naturais.
• Políticas de Preços, Crédito e Acesso à
Mercados.
• Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável.
• Parceiros.
Acesso e Gestão de recursos Naturais
• Os recursos naturais são
componentes elementares
para a segurança alimentar
das populações nas áreas
rurais, na medida em que
contribuem não só para o
consumo direto de alimentos
dessas populações como
também estão na base de
atividades que possibilitam
às populações comprar
posteriormente esses
mesmos alimentos.
• Apresentam-se sucintamente
algumas questões relativas
ao acesso a recursos
fundiários, recursos hídricos
e biodiversidade, em países
pobres.
•Recursos fundiários - (legislações, acesso a mulheres e jovens, terras
comunitárias, cadastro, demarcação, gestão sustentável etc.).
•Recursos Hídricos - A água é um recurso produtivo essencial para a saúde,
higiene, cultivos e criação de animais, de importância crescente, devido ao
crescimento demográfico, à intensificação da agricultura e às alterações
climáticas e consequente maior escassez de recursos hídricos.
•Biodiversidade - um dos elementos centrais para assegurar a segurança
Alimentar. Segundo dados do IAASTD (2008 apudActionAid 2009), nos últimos
50 anos perdeu-se cerca de 75% da diversidade de sementes utilizadas pelos
agricultores. Acrescente-se que a África detém 17% das florestas mundiais e a
desflorestação, com fins lucrativos ou agrícolas, é um importante motivo de
preocupação.
Políticas de Preços, Crédito e Acesso à Mercados
• Este tópico pretende analisar as possíveis opções que se colocam aos decisores
políticos, no que respeita política de preços, acesso a mercados e crédito
agrícola, no contexto da necessária industrialização africana. A fraca integração
entre a agricultura e a indústria resulta também de antecedentes históricos - da
baixa importância concedida às indústrias alimentares baseadas em matérias-
primas locais. (PAA)
Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável
• Até 2008, a África registrou avanços na
redução da proporção de pessoas que
sofrem de fome. No entanto, este
progresso foi ameaçado pelo aumento
exponencial dos preços dos alimentos
que começou no início de 2008, o que
minou a segurança alimentar na região.
• De acordo com estimativas recentes, o
número de subnutridos na África
subsaariana aumentou de 212 milhões
em 2004-06 para 265 milhões em 2009.
• Embora algum progresso tenha sido
alcançado na redução da proporção de
pessoas que sofrem de fome crônica
(redução de 34 para 30%), a desnutrição
têm aumentado de forma constante na
África subsaariana desde 1990-92 (FAO,
2010).
IX - Programas Nacionais para Segurança Alimentar
em Países Africanos (apoiado pela FAO fDB, FAO,
World Bank, UNDP, WFP, IFAD, IFPR)
• 40 países africanos envolvidos.
• Visam atingir mais de 20 milhões
de pessoas (2010).
• Apesar de se encontrarem em
diferentes estágios de
implementação / formulação,
todos os PN têm em curso
processos de formulação e/ou
implementação de estratégias e
programas nacionais de Segurança
Alimentar e Nutricional consideram
técnicas agroecológicas, porém
marcadamente com viés voltado
para a agricultura convencional.
À procura da autossuficiência
• Cultivo industrializado não é viável para o futuro.
• Os Governos do Quênia, Etiópia e Senega – KARI;
projeto piloto para agricultura sustentável
• O projeto ainda está na fase inicial. inclui
representantes do Governo, da indústria alimentar
e dos agricultores, para além de grupos da
sociedade civil e organizações humanitárias.
• os problemas de autossuficiência alimentar
africanos não podem ser solucionados com o
cultivo convencional e industrializado. Mas
encontrar uma alternativa não é fácil.
• Primeiro é necessário compreender como
funciona todo o sistema alimentar, da produção ao
consumo, incluindo a exportação, como é o caso
no Quénia.
Casos
• O estágio mais avançado de
implementação de políticas
de SAN é o de Moçambique
(1998).
• O Governo de Cabo Verde
possui uma estratégia
Nacional de Segurança
Alimentar, que deu lugar a um
Plano Nacional de segurança
Alimentar, este último
aprovado em 2006.
• Na Guiné-Bissau existem
vários projetos locais com
vista à promoção da SAN quer
por iniciativa do Governo,
quer por iniciativa de algumas
ONGs nacionais e
internacionais.
• Angola apresentou na 26ª Conferência FAO
(Luanda, Maio de 2010) a sua Estratégia de
Segurança Alimentar e Nutricional, um
instrumento multi-setorial, com participação
dos vários setores do Governo e sociedade
civil, aprovado em Novembro de 2009.
• O Governo de São Tomé e Príncipe já tomou
também a decisão de formular uma política
nacional de SAN estando em tramitação
estratégias de segurança alimentar que
deverão considerar os tópicos anteriormente
apresentados. Isto implica, necessariamente,
terem um espaço para o diálogo e
coordenação de políticas com impacto na
segurança alimentar (SARMENTO, 2010).
•Se as estratégias incluem a dinamização da
produção agrícola com particular foco na
pequena produção, será importante, discutir
também os modelos que podem contribuir
mais eficazmente para a resolução da
insegurança alimentar.
•Ao contrário do referido muitas vezes, a
agricultura intensiva tem conduzido a um
declínio da produtividade local e regional, pelo
impacto negativo no uso do solo e da água,
através da erosão, sedimentação, poluição
química, diminuição da biodiversidade,
escassez de fontes de água doce além de
possíveis modificações no clima regional.
Estratégias e Modelos
Parceiros
Brasil
• Cooperação brasileira se desloca
para
o comércio e investimento, no
mesmo sentido que a (OCDE).
• Dicotomia: Modelo
Agroecológico e Agricultura
Familiar (MDA), VS Convencional
(EMBRAPA).
• Envolve transferência de
tecnologia (expansão de
mercado – More Food
Programme, oferta de crédito.);
• Projetos conjuntos de pesquisa;
focus em biocombústiveis.
• O governo brasileiro também
assinou um
acordo de cooperação com a FAO
para estender seu Zero
Programa Fome para a África.
China
•sempre reconheceu a inclusão de
interesses comerciais.
•Em contraste com os doadores
ocidentais, estas novas
intervenções estabelecemuma
sinergia entre a infra-estrutura
desenvolvimento, a cooperação
técnica e acumulação de capital
• Gera novas demandas e
mercados.
•Não fazem investimentos de
capital condicionada.
OCDE
•interesses comerciais.
•Sem sinergia entre a infra-
estrutura
desenvolvimento, a
cooperação técnica e
acumulação de capital
• Gera demandas e mercados.
•Fazem investimentos de
capital condicionada.
Status dos Programas de Pesquisa na África
• Enquanto poucos países vão
investindo fortemente no R&D e
no desenvolvimento de seu setor
agrícola, muitos estão atrasados,
em detrimento em termo de
segurança de alimentos.
• Em termos de pessoal engajado na
pesquisa agrícola, África tem a
menor capacidade do mundo, com
apenas 70 pesquisadores por um
milhão de habitantes (em
comparação com os EUA e o
Japão, com 2.640 e 4.380,
respectivamente).
• O declínio da fertilidade do solo
ameaça a produtividade das
culturas e o desenvolvimento
agrícola em vários países.
As leis e regulamentos nacionais e regionais
desatualizadas, e restringem o desenvolvimento dos
mercados de sementes em África.
O baixo custo e alimentos de importações
subvencionados, enfraquecem os mercados agrícolas
africanos, junto com fraco acesso ao crédito,
restrições comerciais e os altos custos de transporte.
Embora a agricultura representa até 40 % do PIB em
alguns países africanos, apenas 0,25 % dos
empréstimos bancários vão para os pequenos
agricultores.
As mulheres, que representam a maioria dos
pequenos agricultores em África, são fortemente
prejudicadas sobre os sistemas atuais de direitos de
terra.
Status dos Programas de Pesquisa na África
• Concentra-se profundamente na cadeia
de valores de culturas básicas.
• Há mais organizações internacionais que
nacionais e, incluindo os ministérios da
agricultura, o Banco Mundial, a FAO e o
Fundo Internacional para o
Desenvolvimento Agrícola, envolvidos
em projetos de pesquisa agrícola.
• concentra-se nos alimentos básicos, tais
como cereais e tuberosos/raízes
comestíveis, cerca de 75 % dos quais são
produzidos em África.
• Baixas taxas de comércio;
importação/exportação.
Mozambique, Setembro 9, 2013/African Press Organization (APO). Aliança
para a Revolução Verde Africana (AGRA) (http://www.agra.org)
“Renascimento” da agricultura
africana.
• EPAD/CAADP
(compromisso de
Maputo de aumentar
para 10% a alocação
do PIB para a
agricultura) (2003).
• Intervenção em prol de
uma segunda
revolução verde no
continente.
• Aliança por uma
Revolução Verde”
(financiamento da
Fundação Rockefeller e
da Fundação Bill &
Mellinda Gates - USD
$50 milhões e USD$
100 milhões,
espectivamente).
X - Considerações Finais
• A abordagem agroecológica é mais sensível às complexidades dos sistemas agrícolas locais. Neste sentido, a
abordagem da agroecologia apresenta-se como particularmente interessante para o fortalecimento dos pequenos
agricultores em países pobres.
• Os sistemas de cultivo e as técnicas especialmente adequadas às necessidades dos agroecossistemas específicos
contribuem para a otimização do uso de recursos disponíveis no próprio local, combinando os diferentes
componentes do sistema agrícola, num mosaico de variedades genéticas tradicionais e aperfeiçoadas, insumos
locais e técnicas (ALTIERI, 2004).
• As práticas agroecológicas permitem a recuperação do “saber fazer” dos agricultores e consequente
fortalecimento da sua auto-estima. Com isto, a agroecologia é um excelente instrumento para a mobilização dos
agricultores.
• Na maioria dos países africanos e latino americanos, o uso de práticas agroecológicas apenas exige a recuperação
de técnicas de produção tradicionais, as quais foram caindo em desuso pelo processo imposto de intensificação
da atividade agrícola.
• A agroecologia confere maior resiliência dos agricultores às mudanças climáticas e seus impactos. Nesse sentido,
a agroecologia é coerente com as necessidades econômicas, de saúde e de nutrição das populações mais
vulneráveis.
• Programas de pesquisa agroecológica em países pobres, principalmente na África são fortemente marcadas pela
presença de atores externos: Organizações Internacionais e governos, que em geral, impõem diretrizes
econômicas e comerciais.
Referências
• CAPORAL, F.R.; RAMOS, L.F. Ramos. Da extensão rural convencional à extensão rural para o desenvolvimento sustentável: enfrentar desafios para
romper a inércia. Brasilia, Setembro 2006, 23 p.
• CAPORAL, F.R.; COSTABEBER, J.A. Agroecologia: princípios e conceitos, Brasília. 2004. 24p.
• MAZOYER, M; ROUDART, L. Historia das agriculturas no mundo do neolitico à crise contemporânea, 2010.
• AGROECOLOGIA. Manejo de pragas e doenças: agricultura familiar, agroecologia e mercado. n. 6. 2010.
• ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. Editora: UFRGS - UNIV FED RIO GRANDE DO SUL. 2009. 120p.
• AQUINO, A. M.; ASSIS, R. L. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Editores técnicos, Adriana Maria de
Aquino, Renato Linhares de Assis – Brasília, DF: EMBRAPA (Informação Tecnológica). 2005. 517p. : Il.
• DOURADO, D. R. Manejo ecológico do solo: cartilha para capacitação de agricultores familiares. Editor: Empresa Baiana de desenvolvimento Agrícola
S.A. – EBDA. Salvador – BA. 2007. 31p.
• CRIVELLARO, C. V. L. et al. Agroecologia: um caminho amigável de conservação da natureza e valorização da vida / Núcleo de Educação e
Monitoramento Ambiental. – NEMA. Rio Grande: NEMA, 2008. 28p.
• GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: Processos Ecológicos em Agricultura Sustentável. Editora: UFRG. 2009. 354p.
• GUTERRES, I. Agroecologia militante: contribuições de Enio Guterres/Ivani, Guterres. 1 Edição, São Paulo – SP: Expressão Popular. 2006. 184p.
• FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER. Portal agroecologia. http://www.agroecologia.inf.br/. Fortaleza – Ceará.
• PENTEADO, S. R.; Defensivos alternativos e naturais: para uma agricultura sustentável. Via verde-Fraga e Penteado, 2006. 150p.
• THEODORO, S. H. Agroecologia: um novo caminho para extensão rural sustentável. Rio de Janeiro – RJ. Editora: Garamond. 2009. 236p.
• SARMENTO, F. Gênero, Acesso a Recursos Naturais e Desenvolvimento Territorial – Programa Regional de Construção de Capacidades(AECID / FAO).
2010.
• ALTIERI, M .Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável.Editora da UFRGS. Porto Alegre – Brasil. 4.ed. 2004.

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Programa de pesquisa em agroecologia para a realidade dos países pobres

  • 1. 6. Programa de pesquisa em agroecologia para a realidade dos países pobres Dr. Carlos Germano F. Costa Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente – Especialista em Gestão de Riscos de Desastres The Inter-American Institute for Cooperation on Agriculture (IICA) – Brazil Universidade Federal do Ceará/Estácio Fortaleza, CE, Brasil UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA (Unilab) Setor de Estudo: Agroecologia
  • 2. I – Introdução II – Conceituação de Agroecologia III - Contexto e Panorama Mundial IV - A Idéia de Progresso e Desenvolvimento V - Eixos de Pesquisa em Agroecologia para a Realidade dos Países Pobres VI - Consensos das Linhas de Pesquisa em Agroecologia para a Realidade de Países Pobres VII - Promoção de Tecnologias para uma Agricultura Sustentável VIII - Questões Chave IX - Programas Nacionais para a Segurança Alimentar em Países Africanos X - Considerações Finais Roteiro da apresentação
  • 3. I - Introdução • Países pobres são, em geral, ricos em recursos naturais, e “ricos” em conflitos. • Setor econômico predominante: Agricultura. • Entretanto, avanços em termos de desenvolvimento agrícola nem sempre significaram crescimento suficiente para a atingir as metas de redução de pobreza e de redução de insegurança alimentar. • No período de 1993-2000, uma média de 15 países africanos enfrentou crises de alimentos todos os anos; esse número subiu para aproximadamente 25 países desde 2001. • Povos indígenas e as comunidades tradicionais são mais VULNERÁVEIS e DEPENDENTES DA BIODIVERSIDADE e dos ecossistemas e, portanto, mais imediatamente afetadas por políticas equivocadas, perdas e degradação.
  • 4. II - Conceituação de Agroecologia • Altieri (1977), em seu primeiro manual sistemático, define a agroecologia como sendo “as bases científicas para uma agricultura ecológica”, mediante a orquestração das visões de diferentes disciplinas para, mediante a análise de todo tipo de processos da atividade agrária. • Para Gliessman, citado por Guzmán Casado et al., 2000) a agroecologia se desvela, em grande medida, como o funcionamento ecológico necessário para se praticar uma agricultura sustentável , sem esquecer da eqüidade e da busca a um acesso igualitário aos meios de vida. A integralidade do enfoque da agroecologia requer, pois, a articulação de suas dimensões técnica e social. Agroecologia - Produção em pequena escala; - Policultura e associação de culturas; - Pequena e médias propriedades; - Mão-de-obra familiar (Agricultura Familiar); - Uso de técnicas sustentáveis, com aplicação dos conhecimentos tradicionais; - Oposição a agricultura moderna. Sem uso de agrotóxicos; - Diminui a produtividade a curto prazo, mas a aumenta a longo prazo.
  • 5. III - Contexto do Panorama Mundial Pobreza •Em todas as regiões do mundo em desenvolvimento, o percentual de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares por dia caiu. •Desde 1992, a média de expectativa de vida cresceu três anos e meio. •Hoje, 27% da população mundial vive em absoluta pobreza; em 1990 eram 46%. •O progresso no alcance dos ODM tem sido muito desigual entre as regiões, com grandes áreas da África Subsaariana e do Sul da Ásia dificilmente atingindo os Objetivos. Água •Por conta de infraestrutura precária e má gestão, a cada ano cerca de dois milhões de pessoas, em sua maioria crianças, morrem de doenças associados ao fornecimento inadequado de água, saneamento e higiene. •Apenas 63% da população mundial tem acesso a saneamento básico, um quadro projetado para crescer só a 67% até 2015. •89% da população mundial agora usa fontes beneficiadas de água potável e a meta do ODM para 2015 foi alcançada – mas 783 milhões de pessoas ainda estão sem acesso à água potável. Comida •A produção agrícola se expandiu, mas ao mesmo tempo, solos, água doce, oceanos, florestas e biodiversidade estão rapidamente sendo degradados. A mudança climática está colocando ainda mais pressão em recursos dos quais somos dependentes. •A produção de alimento tem crescido constantemente a um ritmo superior ao crescimento da população, ainda que 925 milhões de pessoas continuem passando fome. Degradação de terra •Terras produtivas em regiões secas ou zonas áridas pelo mundo, onde vivem mais de dois bilhões de pessoas, estão sob crescente ameaça por causa das mudanças climáticas e práticas precárias de manejo da terra. •Mais de 12 milhões de hectares de terras produtivas são perdidos por causa da desertificação a cada ano, o equivalente a perder uma área do tamanho da África do Sul a cada década. •Nos próximos 25 anos, a degradação de terra pode reduzir a produção global de alimentos em 12%, levando a um aumento de 30% nos preços dos alimentos. Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, junho de 2012 CRISES: Ambiental, econômica, social, alimentos, climáticas...
  • 6.
  • 7. A Pobreza e a Fome • População mundial: 7 bilhões de pessoas. • Metade da população está abaixo da linha de pobreza (renda de até 2 dólares/dia). • Um bilhão não têm acesso à água. • 840 milhões de subnutridos. • 75% dos indivíduos subnutridos pertencem ao mundo rural. Um paradoxo perverso: camponeses famintos “A maioria das pessoas que têm fome no mundo é de camponeses depedentes da produção agrícola. Essa alta prevalência é resultado de um processo, histórico e atual, de empobrecimento extremo de centenas de milhões de camponeses. Um Mundo Desigual
  • 8.
  • 9.
  • 10. • População Agrícola Mundial: 3 bilhões de pessoas (metade da Humanidade). • População Agrícola Economicamente Ativa: 1,3 bilhões de pessoas (metade da PEA mundial). • Apenas 2% dessa população possuem tratores e 50% usam tração animal. • 400 milhões de agricultores não tem acesso a meios de produção adequados ou suficientes. • Esses pequenos não possuem áreas adequadas de cultivo ou não possuem titularidade da terra. São afetados pela: • Proletarização/precarização. • Dependência (patronagem). • Êxodo e migrações temporárias. Zonas rurais, pobreza e insegurança alimentar
  • 11. IV - A Idéia de Progresso e Desenvolvimento • No século 20, em países e regiões afastadas dos centros da modernização, a idéia de desenvolvimento ganha força. Na década de 1950, o termo já era empregado correntemente na literatura econômica e na linguagem comum. A partir daí, tornou-se um componente ideológico essencial da civilização ocidental (WALLERSTEIN, 1985). • A noção de progresso e a idéia de crescimento. • O mito do progresso. • Os agricultores se beneficiaram do progresso no caso específico da agricultura? • As “crises”. • As teorias desenvolvimentistas.
  • 12. Desenvolvimento! • Ação Cultural. • Dinâmica Transformadora. • Construção Societária. • Satisfação de Necessidades e Melhoria das Condições de Vida. •“Se o desenvolvimento funda-se na realização das capacidades humanas, é natural que se empreste a esta idéia um sentido positivo. As sociedades são desenvolvidas na medida em que nelas mais cabalmente o homem logra satisfazer suas necessidades e renovar suas aspirações” (CELSO FURTADO, 1980). Desenvolvimento? Concepção reducionista: progresso material: • Crescimento econômico. • Produção de riquezas. • Progresso técnico-científico. • Consumo de bens. Contradições: • Desigualdades sociais e territoriais. • Destruição da vida, da natureza.
  • 13. O Desenvolvimento Rural • A noção de desenvolvimento no campo da agricultura. • O “arcaico” E o “moderno”. • Noções de desenvolvimento agrícola e rural. • Planos de desenvolvimento oficiais VS não oficiais.
  • 14. O Desenvolvimento Rural Sustentável • Premissa fundamental: O reconhecimento da “insustentabilidade” ou inadequação econômica, social e ambiental do padrão de desenvolvimento das sociedades contemporâneas (SCHMITT,1995). • Busca de integração sistêmica. Desenvolvimento Sustentável • “Atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas.” (Relatório Brundtland, 1987) • Conceitualmente e na prática deve se relacionar com ações diferenciadas de produzir e viver no rural, pautando-se na integração de políticas públicas, de pesquisas e tecnologias apropriadas, levando em conta a diversidade de públicos, biomas, produtos e atividades, as dinâmicas de mercados locais, ambientais e de organização social.
  • 15. V - Eixos de pesquisa em agroecologia para a realidade dos países pobres • Diretrizes Voluntárias. • Políticas agroambientais no contexto da segurança alimentar e o combate à fome. • Cooperação internacional - Brasil - Agência Brasileira de Cooperação (ABC). • O objetivo é encontrar formas de reduzir a pobreza rural e a insegurança alimentar nesses países, onde destacadas as políticas que promovem a agricultura de base ecológica. As diretrizes voluntárias podem ser relativas ao manejo do fogo e à governança responsável da posse da terra e dos recursos pesqueiros e florestais, por exemplo.
  • 16. VI - Consensos dos eixos de pesquisa em Agroecologia • ERRADICAÇÃO DA POBREZA como o grande desafio global para o alcance do desenvolvimento sustentável. • O papel vital das MULHERES E DOS JOVENS no alcance do desenvolvimento sustentável em todos os níveis de decisão. • Papel dos PEQUENOS AGRICULTORES, PESCADORES E EXTRATIVISTAS para o desenvolvimento e o crescimento econômico sustentável que garantam segurança alimentar. • Bem-estar de POVOS INDÍGENAS, DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS E DAS MINORIA ETNICAS. • Necessidade de REVITALIZAR A AGRICULTURA E O DESENVOLVIMENTO RURAL, de forma ambientalmente, economicamente e socialmente sustentável. • Garantir acesso ao CRÉDITO, MERCADO, ACESSO À TERRA, SERVIÇOS DE SAÚDE, SERVIÇOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO, ACESSO À CONHECIMENTOS E TECNOLOGIAS PARA POPULAÇÕES que vivem em situações de vulnerabilidade. • importância das PRÁTICAS TRADICIONAIS DE AGRICULTURA sustentável (povos indígenas e comunidades tradicionais) para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade (plantio e armazenamento de sementes tradicionais (crioulas) • ÁREAS CHAVE PARA OS INVESTIMENTOS: agricultura sustentável, infraestrutura rural, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para agricultura, desenvolvimento cooperativo. • necessidade de MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS ECOLÓGICOS que dão suporte à produção de alimentos.
  • 17. Novos paradigmas para a pesquisa agroecológica? Sustentabilidade • Inclusão nos benefícios do desenvolvimento como cidadania. • Cooperação e autogestão: responsabilidade coletiva e compartilhada em favor de uma ordem econômica, social, política e cultural mais justa • Respeito às diversidades e superação das desigualdades sociais, étnicas , de gênero, geração.... Territorialidade • Reconhecimento da unidade da vida na terra. • Equilíbrio entre as dimensões: ambiental, social, cultural, política e econômica. Solidariedade • Projeto nacional a partir de estratégias territoriais de desenvolvimento, com identidades, limites e soluções partilhadas entre Estado e sociedade.
  • 18. Eixos estratégicos • Combate a pobreza rural (Territórios). • Segurança alimentar (PAA). • Geração de renda e agregação de valor (Biodiesel). • Sustentabilidade (janela verde) – orgânicos/comércio justo. Agricultura familiar Política estruturada em 3 eixos: • Assistência técnica. • Crédito e instrumentos garantidores. • Comercialização.
  • 19. Desafios da Pesquisa Agroecológica em Países Pobres • Planos de ajustamento estrutural (desde 1980). • No setor agrícola: Efeito da diminuição ou eliminação de serviços de extensão e em muitos casos o colapso dos sistemas nacionais de investigação agrária. • Organizações de cooperação bilateral e multilateral (tripartite).
  • 20. VII - Promoção de Tecnologias Para Uma Agricultura Sustentável em Países Pobres • Empoderamento dos agricultores. • Ampliação da capacidade de convivência com o meio ambiente. • Incentivo a formas de solidariedade. • Expansão da capacidade produtiva e o acesso aos mercados.
  • 21. A Difusão de Sistemas Agroecológicos de Produção em Países Pobres • Analisando-se os princípios teóricos da agroecologia diante das características da produção familiar, verifica-se que a agroecologia se adequa mais facilmente à realidade de sistemas de organização familiar da produção agrícola • Limitações: interação com o mercado; redução de produtividade;
  • 22. Relações sociais complexas • Desenvolvimento de novas tecnologias. • Pequeno agricultor e produção. • Impactos negativos. • Reconhecimento da limitação de modelos tradicionais.
  • 23. VIII - Questões Chave • Acesso e Gestão de recursos Naturais. • Políticas de Preços, Crédito e Acesso à Mercados. • Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável. • Parceiros.
  • 24. Acesso e Gestão de recursos Naturais • Os recursos naturais são componentes elementares para a segurança alimentar das populações nas áreas rurais, na medida em que contribuem não só para o consumo direto de alimentos dessas populações como também estão na base de atividades que possibilitam às populações comprar posteriormente esses mesmos alimentos. • Apresentam-se sucintamente algumas questões relativas ao acesso a recursos fundiários, recursos hídricos e biodiversidade, em países pobres. •Recursos fundiários - (legislações, acesso a mulheres e jovens, terras comunitárias, cadastro, demarcação, gestão sustentável etc.). •Recursos Hídricos - A água é um recurso produtivo essencial para a saúde, higiene, cultivos e criação de animais, de importância crescente, devido ao crescimento demográfico, à intensificação da agricultura e às alterações climáticas e consequente maior escassez de recursos hídricos. •Biodiversidade - um dos elementos centrais para assegurar a segurança Alimentar. Segundo dados do IAASTD (2008 apudActionAid 2009), nos últimos 50 anos perdeu-se cerca de 75% da diversidade de sementes utilizadas pelos agricultores. Acrescente-se que a África detém 17% das florestas mundiais e a desflorestação, com fins lucrativos ou agrícolas, é um importante motivo de preocupação.
  • 25. Políticas de Preços, Crédito e Acesso à Mercados • Este tópico pretende analisar as possíveis opções que se colocam aos decisores políticos, no que respeita política de preços, acesso a mercados e crédito agrícola, no contexto da necessária industrialização africana. A fraca integração entre a agricultura e a indústria resulta também de antecedentes históricos - da baixa importância concedida às indústrias alimentares baseadas em matérias- primas locais. (PAA)
  • 26. Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável • Até 2008, a África registrou avanços na redução da proporção de pessoas que sofrem de fome. No entanto, este progresso foi ameaçado pelo aumento exponencial dos preços dos alimentos que começou no início de 2008, o que minou a segurança alimentar na região. • De acordo com estimativas recentes, o número de subnutridos na África subsaariana aumentou de 212 milhões em 2004-06 para 265 milhões em 2009. • Embora algum progresso tenha sido alcançado na redução da proporção de pessoas que sofrem de fome crônica (redução de 34 para 30%), a desnutrição têm aumentado de forma constante na África subsaariana desde 1990-92 (FAO, 2010).
  • 27. IX - Programas Nacionais para Segurança Alimentar em Países Africanos (apoiado pela FAO fDB, FAO, World Bank, UNDP, WFP, IFAD, IFPR) • 40 países africanos envolvidos. • Visam atingir mais de 20 milhões de pessoas (2010). • Apesar de se encontrarem em diferentes estágios de implementação / formulação, todos os PN têm em curso processos de formulação e/ou implementação de estratégias e programas nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional consideram técnicas agroecológicas, porém marcadamente com viés voltado para a agricultura convencional. À procura da autossuficiência • Cultivo industrializado não é viável para o futuro. • Os Governos do Quênia, Etiópia e Senega – KARI; projeto piloto para agricultura sustentável • O projeto ainda está na fase inicial. inclui representantes do Governo, da indústria alimentar e dos agricultores, para além de grupos da sociedade civil e organizações humanitárias. • os problemas de autossuficiência alimentar africanos não podem ser solucionados com o cultivo convencional e industrializado. Mas encontrar uma alternativa não é fácil. • Primeiro é necessário compreender como funciona todo o sistema alimentar, da produção ao consumo, incluindo a exportação, como é o caso no Quénia.
  • 28. Casos • O estágio mais avançado de implementação de políticas de SAN é o de Moçambique (1998). • O Governo de Cabo Verde possui uma estratégia Nacional de Segurança Alimentar, que deu lugar a um Plano Nacional de segurança Alimentar, este último aprovado em 2006. • Na Guiné-Bissau existem vários projetos locais com vista à promoção da SAN quer por iniciativa do Governo, quer por iniciativa de algumas ONGs nacionais e internacionais. • Angola apresentou na 26ª Conferência FAO (Luanda, Maio de 2010) a sua Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional, um instrumento multi-setorial, com participação dos vários setores do Governo e sociedade civil, aprovado em Novembro de 2009. • O Governo de São Tomé e Príncipe já tomou também a decisão de formular uma política nacional de SAN estando em tramitação estratégias de segurança alimentar que deverão considerar os tópicos anteriormente apresentados. Isto implica, necessariamente, terem um espaço para o diálogo e coordenação de políticas com impacto na segurança alimentar (SARMENTO, 2010).
  • 29. •Se as estratégias incluem a dinamização da produção agrícola com particular foco na pequena produção, será importante, discutir também os modelos que podem contribuir mais eficazmente para a resolução da insegurança alimentar. •Ao contrário do referido muitas vezes, a agricultura intensiva tem conduzido a um declínio da produtividade local e regional, pelo impacto negativo no uso do solo e da água, através da erosão, sedimentação, poluição química, diminuição da biodiversidade, escassez de fontes de água doce além de possíveis modificações no clima regional. Estratégias e Modelos
  • 30. Parceiros Brasil • Cooperação brasileira se desloca para o comércio e investimento, no mesmo sentido que a (OCDE). • Dicotomia: Modelo Agroecológico e Agricultura Familiar (MDA), VS Convencional (EMBRAPA). • Envolve transferência de tecnologia (expansão de mercado – More Food Programme, oferta de crédito.); • Projetos conjuntos de pesquisa; focus em biocombústiveis. • O governo brasileiro também assinou um acordo de cooperação com a FAO para estender seu Zero Programa Fome para a África. China •sempre reconheceu a inclusão de interesses comerciais. •Em contraste com os doadores ocidentais, estas novas intervenções estabelecemuma sinergia entre a infra-estrutura desenvolvimento, a cooperação técnica e acumulação de capital • Gera novas demandas e mercados. •Não fazem investimentos de capital condicionada. OCDE •interesses comerciais. •Sem sinergia entre a infra- estrutura desenvolvimento, a cooperação técnica e acumulação de capital • Gera demandas e mercados. •Fazem investimentos de capital condicionada.
  • 31. Status dos Programas de Pesquisa na África • Enquanto poucos países vão investindo fortemente no R&D e no desenvolvimento de seu setor agrícola, muitos estão atrasados, em detrimento em termo de segurança de alimentos. • Em termos de pessoal engajado na pesquisa agrícola, África tem a menor capacidade do mundo, com apenas 70 pesquisadores por um milhão de habitantes (em comparação com os EUA e o Japão, com 2.640 e 4.380, respectivamente). • O declínio da fertilidade do solo ameaça a produtividade das culturas e o desenvolvimento agrícola em vários países. As leis e regulamentos nacionais e regionais desatualizadas, e restringem o desenvolvimento dos mercados de sementes em África. O baixo custo e alimentos de importações subvencionados, enfraquecem os mercados agrícolas africanos, junto com fraco acesso ao crédito, restrições comerciais e os altos custos de transporte. Embora a agricultura representa até 40 % do PIB em alguns países africanos, apenas 0,25 % dos empréstimos bancários vão para os pequenos agricultores. As mulheres, que representam a maioria dos pequenos agricultores em África, são fortemente prejudicadas sobre os sistemas atuais de direitos de terra.
  • 32. Status dos Programas de Pesquisa na África • Concentra-se profundamente na cadeia de valores de culturas básicas. • Há mais organizações internacionais que nacionais e, incluindo os ministérios da agricultura, o Banco Mundial, a FAO e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, envolvidos em projetos de pesquisa agrícola. • concentra-se nos alimentos básicos, tais como cereais e tuberosos/raízes comestíveis, cerca de 75 % dos quais são produzidos em África. • Baixas taxas de comércio; importação/exportação. Mozambique, Setembro 9, 2013/African Press Organization (APO). Aliança para a Revolução Verde Africana (AGRA) (http://www.agra.org)
  • 33. “Renascimento” da agricultura africana. • EPAD/CAADP (compromisso de Maputo de aumentar para 10% a alocação do PIB para a agricultura) (2003). • Intervenção em prol de uma segunda revolução verde no continente. • Aliança por uma Revolução Verde” (financiamento da Fundação Rockefeller e da Fundação Bill & Mellinda Gates - USD $50 milhões e USD$ 100 milhões, espectivamente).
  • 34. X - Considerações Finais • A abordagem agroecológica é mais sensível às complexidades dos sistemas agrícolas locais. Neste sentido, a abordagem da agroecologia apresenta-se como particularmente interessante para o fortalecimento dos pequenos agricultores em países pobres. • Os sistemas de cultivo e as técnicas especialmente adequadas às necessidades dos agroecossistemas específicos contribuem para a otimização do uso de recursos disponíveis no próprio local, combinando os diferentes componentes do sistema agrícola, num mosaico de variedades genéticas tradicionais e aperfeiçoadas, insumos locais e técnicas (ALTIERI, 2004). • As práticas agroecológicas permitem a recuperação do “saber fazer” dos agricultores e consequente fortalecimento da sua auto-estima. Com isto, a agroecologia é um excelente instrumento para a mobilização dos agricultores. • Na maioria dos países africanos e latino americanos, o uso de práticas agroecológicas apenas exige a recuperação de técnicas de produção tradicionais, as quais foram caindo em desuso pelo processo imposto de intensificação da atividade agrícola. • A agroecologia confere maior resiliência dos agricultores às mudanças climáticas e seus impactos. Nesse sentido, a agroecologia é coerente com as necessidades econômicas, de saúde e de nutrição das populações mais vulneráveis. • Programas de pesquisa agroecológica em países pobres, principalmente na África são fortemente marcadas pela presença de atores externos: Organizações Internacionais e governos, que em geral, impõem diretrizes econômicas e comerciais.
  • 35. Referências • CAPORAL, F.R.; RAMOS, L.F. Ramos. Da extensão rural convencional à extensão rural para o desenvolvimento sustentável: enfrentar desafios para romper a inércia. Brasilia, Setembro 2006, 23 p. • CAPORAL, F.R.; COSTABEBER, J.A. Agroecologia: princípios e conceitos, Brasília. 2004. 24p. • MAZOYER, M; ROUDART, L. Historia das agriculturas no mundo do neolitico à crise contemporânea, 2010. • AGROECOLOGIA. Manejo de pragas e doenças: agricultura familiar, agroecologia e mercado. n. 6. 2010. • ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. Editora: UFRGS - UNIV FED RIO GRANDE DO SUL. 2009. 120p. • AQUINO, A. M.; ASSIS, R. L. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Editores técnicos, Adriana Maria de Aquino, Renato Linhares de Assis – Brasília, DF: EMBRAPA (Informação Tecnológica). 2005. 517p. : Il. • DOURADO, D. R. Manejo ecológico do solo: cartilha para capacitação de agricultores familiares. Editor: Empresa Baiana de desenvolvimento Agrícola S.A. – EBDA. Salvador – BA. 2007. 31p. • CRIVELLARO, C. V. L. et al. Agroecologia: um caminho amigável de conservação da natureza e valorização da vida / Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental. – NEMA. Rio Grande: NEMA, 2008. 28p. • GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: Processos Ecológicos em Agricultura Sustentável. Editora: UFRG. 2009. 354p. • GUTERRES, I. Agroecologia militante: contribuições de Enio Guterres/Ivani, Guterres. 1 Edição, São Paulo – SP: Expressão Popular. 2006. 184p. • FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER. Portal agroecologia. http://www.agroecologia.inf.br/. Fortaleza – Ceará. • PENTEADO, S. R.; Defensivos alternativos e naturais: para uma agricultura sustentável. Via verde-Fraga e Penteado, 2006. 150p. • THEODORO, S. H. Agroecologia: um novo caminho para extensão rural sustentável. Rio de Janeiro – RJ. Editora: Garamond. 2009. 236p. • SARMENTO, F. Gênero, Acesso a Recursos Naturais e Desenvolvimento Territorial – Programa Regional de Construção de Capacidades(AECID / FAO). 2010. • ALTIERI, M .Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável.Editora da UFRGS. Porto Alegre – Brasil. 4.ed. 2004.