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Uma análise sobre a relação
risco versus desempenho em governança de TI:
estudos de caso em organizações prestadoras
de serviços de TI certificadas ISO 20.000
Carlos R. C. Alves
Orientador: Prof. Dr. Antonio G. R. Vidal
Apresentação de defesa de tese 28 de Abril de 2015
2
Conteúdo
• O problema de pesquisa
• Equacionamento da relação risco versus desempenho
• Governança de TI
• Modelo canônico de processos de gerenciamento de serviços de TI
• Método de pesquisa
• Coleta de dados: estudos de caso múltiplos
• Fase 1: questionário
• Fase 2: entrevistas
• Análise de resultados
• Conclusões
3
O problema de pesquisa - introdução
Sustentabilidade do negócio como preocupação do administrador de empresas
◦ Manter as operações, com lucratividade em face de mudanças constantes
Equilíbrio entre Risco e Desempenho
◦ Processo de tomada de decisões
Contexto das organizações cujo negócio-fim é Tecnologia da Informação:
Governança de TI
◦ Sistema para dirigir e controlar a organização
◦ Sistema de distribuição de direitos e responsabilidades
Objetivo da pesquisa
Descrever e analisar os fatores associados à aplicação de modelos padronizados
de governança de TI em organizações prestadoras de serviços de TI.
4
O problema de pesquisa - motivação
Motivação
• Ampla, essencial e universal utilização
recursos de TI pelas organizações
• Necessidade de aplicar práticas de
governança pelos fornecedores de
recursos de TI
• Modelos padronizados de governança de
TI e gerenciamento de processos
proliferaram
• Organizações optam por utilizar um
modelo próprio
• Gastos corporativos com treinamentos,
consultorias e projetos sobre os modelos
de governança de TI são expressivos
Contribuições
Processos
• Processos que são mais críticos para as
organizações
Teórica
• Avaliação do grau de formalismo com se
aplicam os processos
Fatores de influência
• Desenvolvimento do modelo de fatores
que influenciam positiva ou
negativamente a utilização dos modelos
padronizados de governança de TI
5
O problema de pesquisa - questão principal
Os modelos de referência de governança de TI são utilizados conforme
originalmente prescritos, em organizações cujo negócio-fim é a prestação de
serviços de TI?
Se não:
• Quais fatores contribuem para as diferenças em relação ao originalmente
prescrito e ao efetivamente aplicado?
• Quais fatores são positivos e quais são negativos para obtenção do melhor
equacionamento da relação risco versus desempenho?
6
Equacionamento da relação risco versus desempenho
Risco
Impacto negativo do exercício de uma
vulnerabilidade, considerando tanto a
probabilidade quanto o impacto de sua
ocorrência (NIST, 2001).
Desempenho
Forma de medir se uma organização atingiu seus
objetivos e é capaz de se sustentar como
negócio (Maximiliano, 2008)
Métricas de acordo com os objetivos de negócio
Fig. 15 (p.105)
7
Governança de TI
Um estudo sobre a utilização dos modelos de referência de governança de TI
• Fortemente apoiados em processos, com prescrição de:
• Atividades, papéis, responsabilidades e autorizações sobre as decisões de
investimentos e de operação
• Objetivos do gerenciamento por processos são:
• Gerar entrega consistente dos serviços
• Conhecer como as ações afetam os negócios
É a forma pela qual uma organização de TI é dirigida, tratando de direitos de
decisão, responsabilidades e mecanismos de monitoramento, visando o
alinhamento estratégico da TI com o negócio, a avaliação e o gerenciamento de
riscos da TI e a melhoria contínua, otimizando os investimentos em pessoas,
processos e tecnologias.
Governança de TI
Definição proposta a partir das referências: Weill e Ross (2004); Simonsson e Johnson (2005); ITGI (2006); Van Grembergen e de Haes (2008);
Fernandes e Abreu (2008); Carvalho (2009); Albertin e Albertin (2010)
Pesquisa sobre definições publicadas
8
Modelo canônico de processos de gerenciamento de serviços de TI
Norma com objetivo de transformar em
requisitos certificáveis as práticas de
gerenciamento de serviços de TI
Modelo canônico
• Referência publicada para comparação
de práticas executadas na organização
(Brown e Diguid, 1991)
• Comparação nas organizações
brasileiras participantes da pesquisa
• Organizações brasileiras adotam como
referencial de práticas em
gerenciamento de TI
• Para que as organizações se certifiquem,
devem cumprir minimamente o mesmo
conjunto de requisitos
ISO 20.000 Justificativa
9
Método de pesquisa
Ref.: Webster e Watson (2002)
• Pesquisa empírica
• Natureza qualitativa
• Método de estudos de casos múltiplos (8 casos de 27 organizações certificadas1),
dividido em duas fases
(1) Identificadas a partir de website, livro especializado e organismos certificadores. Foram contatadas 20 das 27 organizações, sendo que 3 se manifestaram
formalmente para não participar (alegando motivos de segurança da informação) e as outras não responderam. (Fig. 14, p.99)
10
Método de pesquisa
Fase 1: questionários
• Foco na qualificação das organizações
• Questões formuladas com base em
referencial teórico
• Ferramenta SurveyMonkey
• Importância relativa dada pelas
organizações ao modelo canônico
Fase 2: entrevistas
• Foco na relação risco versus desempenho
• Análise das entrevistas
• Perguntas e respostas possíveis com base
no referencial teórico
• Validação das respostas da Fase 1
• Redução do viés sobre as respostas
(Fishbein e Ajzen, 2010)
Coleta de dados realizada em duas fases
Critérios para interpretar as descobertas da pesquisa (e reduzir viés de estudo de casos)
• Uso de questionário para orientar a pesquisa
• Questionário quantitativo antes das entrevistas
• Realizaçãode piloto
• Método anti viés para criar perguntas
• Pesquisador realiza as entrevistas, transcrições, redaçãoe análise dos casos
• Uso de outras fontes além das entrevistas
11
Coleta de dados – Fase 1: questionários
• Qualificadoras, priorização de processos e motivadores
• Tamanho das empresas
• Adoção de modelos de melhores práticas
• Riscos
• Prioridade: atendimento aos requisitos dos clientes
• Execução: associados a erros dos profissionais
• Desempenho
• Processos prioritários: visibilidade dos clientes
• Fatores de sucesso: comprometimento da alta direção, processos eficazes (controle)
• Pessoas
• Fazem parte da elaboração dos processos
• Relação entre processos e pessoas (controle x reflexão em práticas)
12
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Qualificadoras, priorização de processos e motivadores
0.0%
50.0%
12.5%
37.5%
até 100
100 a 1.000
1.001 a 2.500
maior que 2.500
Respostas possíveis % de respostas obtidas
Gestores da empresa (C-level) em conjunto com as
áreas de negócio
50%
Gestores da empresa (C-level) 25%
Área de TI 25%
Gestores das áreas de negócio 0%
Disperso entre áreas usuárias 0%
Tamanho das organizações
Respondentes
Relacionado ao modelo federativo (Weill e Ross, 2004)
Fig. 16 e Tab. 20 (p.122)
13
Coleta de dados – Fase 1: questionários
8
7
5
4
3 3
5
3
4
4
2
3
0
0
0
1
2
3
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
ITIL PMBoK Cobit BSC Seis Sigma CMM /
CMMI
Númeroderespostas
Não utilizado
Investimento em certificação de
profissionais
Adotado
Sendo que a maioria das organizações já possuía seus processos e os adaptaram à norma.
Qualificadoras, priorização de processos e motivadores
Fig. 17 (p.123)
14
Coleta de dados – Fase 1: questionários
0
3
2 2
1
0
1
2
3
Completamente
avessa a riscos
Completamente
disposta a
arriscar
Atitude típica da organização perante os riscos
Riscos
6
1 1
0
0
1
2
3
4
5
6
Reduz/mitiga os riscos Compartilha/transfere
os riscos
Aceita o risco Evita o risco
Atitude típica da organização perante
oportunidade inovadora com um cliente
Figs. 19 e 20 (p.125)
15
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Fatores externos sobre investimentos de TI
Riscos
14
21
27
28
32
0 5 10 15 20 25 30 35
Poder de barganha dos fornecedores
Ameaça de produtos/serviços substitutos
Rivalidade entre concorrentes
Ameaça de concorrentes novos
Poder de barganha dos clientes
18
18
26
26
32
0 5 10 15 20 25 30 35
Política interna
Otimismo da gerência
Projeto
Operacional
Técnico
Classificação de riscos internos
Figs. 21 e 23 (p.126 e 127)
16
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Processos da ISO 20.000 com maior impacto
Desempenho
0
0
1
2
4
7
7
9
12
18
18
21
21
0 5 10 15 20 25
G. da capacidade
G. de configuração
Orçamento e contabilização para serviços
G. de relações de negócio
G. de liberações e implantação
Desenho e transição de serviços novos ou modificados
G. de fornecedores
Pl. de continuidade e disp. de serviço
G. de problemas
G. de nível de serviço
G. de mudanças
G. da segurança da informação
G. de incidentes e requisições de serviço
Placar das respostas
Processos
D
D
R
R
R
Cl
Cl
Cl
Co
Co
Relacionamento entre:
• Desempenho e Cliente
• Risco e Controle
D: Desempenho; R: Risco; Cl: Cliente; Co: Controle
Fig. 25 (p.129)
17
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Fatores mais importantes para sucesso da adoção e manutenção da norma ISO 20.000
Desempenho
Pe: Pessoas; Pr: Processos
Fig. 26 (p.130)
0
0
1
4
5
5
5
7
8
9
12
15
15
15
19
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Valorizar profissionais competentes
Buscar fornecedores confiáveis
Obter ajuda externa à organização (ex.: consultorias,…
Controlar planos e ações de melhoria
Respeitar o funcionário, com relação à comunicação…
Ter um sistema de comunicação eficaz
Melhorar a qualidade da documentação
Investir em educação e treinamento
Planejar a implantação de processos
Aumentar o foco no cliente
Definir métricas do processo ou da gestão
Promover educação / mudança da cultura dos funcionários
Estabelecer políticas de gerenciamento
Estabelecer processos eficazes
Obter comprometimento da alta administração
Pe
Pr
Pr
Pr
Pr
Pr
Pe
18
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Motivos mais importantes para organizações se certificarem ISO 20.000
Desempenho
5
16
20
24
27
28
0 5 10 15 20 25 30
Exigência de fornecedores
Pressão dos concorrentes (por exemplo: eles já
haviam se certificado)
Estabelecer uma linguagem comum sobre os
processos dentro da organização
Exigência da governança corporativa
Necessidade relacionada a oportunidades de
mercado
Exigência de clientes
placar das respostas
Razõesparaacertificação
D
R
D
D: Desempenho; R: Risco; Cl: Clientes; Pe: Pessoas; Pr: Processos
Fig. 27 (p.132)
Benefícios
• Experiência no negócio-fim
de TI
• Intensidade do aprendizado
organizacional
Desempenho
• Foco nos clientes
• Clientes satisfeitos
• Entrega consistente de
qualidade
• Política, planos e ações de
gerenciamento
Cl
Cl
Cl
Pr
Pe
Pe
19
Coleta de dados – Fase 1: questionários
Pessoas
Atitudes do chefe imediato
para decisões
Conhecimento dos processos
x
Refletem dia-a-dia
Participação na definição dos
processos
Reflexão em práticas
Figs. 33, 34, 35 e 36 (p.136 a 138)
20
Coleta de dados – Fase 2: entrevistas
Fator Evidências
Decisão - Investimentos • Tomada de decisões: envolvimento do board
Segurança da informação • Regulamentações externas e conformidade
• Erros operacionais dos profissionais
Continuidade de serviços / Riscos de TI • Atitude perante risco: oferta aos clientes
Atitude perante o risco • Depende do momento da organização:
• Crescimento = flexibilidade
• Estabilização = controle
Salvaguarda de ativos • Não apresenta resultados diretos aos clientes
Tomada de decisão baseada em
informações
• Métricas de processos:
• Controle operacional e comparar desempenho
• Decisões estratégicas
Gerenciamento das mudanças • Formalizado para evitar erros operacionais
Conformidade com políticas internas • Governança corporativa e decisões do board
Risco
Tab. 32 (p.181)
21
Coleta de dados – Fase 2: entrevistas
Fator Evidências
Recursos e processos dos parceiros • Atividades principais: profissionais da própria organização
Foco nos clientes / Clientes satisfeitos • Principal fator de desempenho
• Momento da organização (flexibilidade x controle)
Escopo de tecnologia • Mercado e demanda dos clientes
Competências sistêmicas /
Processos eficazes / Saídas
de qualidade / Arquitetura
• Processos: estabilizar e padronizar operações
• Arquitetura de TI: secundária
Outros recursos da organização • Investimentos de TI: independentes dessas áreas
Conhecimento no negócio de TI • Métricas extraídas dos processos: resultados aparentes
Profissionais competentes • Investimentos em capacitação
Sistemas de comunicação eficazes • Treinar e comunicar os objetivos e mudanças
Políticas de gerenciamento, investimentos,
planos e ações
• Presença do board
Definir um plano estratégico de TI • Cultura de melhoria contínua
Desempenho
Tab. 32 (p.184)
22
Análise de resultados
Fase 1
Distribuição das organizações
Intervalo de distância euclidiana quadrática com Z-scores: resultado bom (stress=5,0%, RSQ=0,99)
Fig. 37 (p.190)
Variáveis utilizadas:
• Tamanho da organização (Q4)
• Estratégia de adoção da norma (Q8)
• Atitude perante o risco (Q17 e Q18)
• Características dos profissionais (Q21
a Q31)
23
Análise de resultados
Fase 1
Organizações de acordo com as atitudes dos profissionais*
Análise de conglomerados
Avessas a
riscos
Dispostas a
arriscar
1 4
6 7
2 3
5
8
* Intervalo de distância euclidiana quadrática com Z-scores: resultado bom (stress=5,5%, RSQ=0,99): variáveis Q21 a Q31
(Fig. 38, p.192)
24
Análise de resultados
Fase 1
• Participação dos profissionais
• Cultura de melhoria contínua
• Relação diretamente proporcional:
• Visibilidade de ações e Reflexão em práticas
Conformidade reflexiva
Controle panótico
Visibilidade das ações Controle
Conformidade às regras Reflexão em práticas
Fig. 5 (p.49)
25
Análise de resultados
Fase 2
Tomada de decisões
Práticas institucionalizadas de
melhoria contínua
88%
13%
0%
0%
0%
5- planos de ação e melhoria, com
acompanhamento de seu andamento
4- reuniões de acompanhamento
3- análise formalizada
2- apenas geração de informação, sem
análise
1- não são gerados relatórios
0% 20% 40% 60% 80%
Fig. 40 (p.194)
26
Análise de resultados
Fase 2 - Risco
Riscos de TI que afetam mais diretamente as operações
Gerenciamento de mudanças
como principal contramedida dos
riscos operacionais
• Processo/controle x pessoas
Tab. 33 (p.197); Fig. 45 (p.199)
Operacional (necessita revisões de processos que estão
além da capacitação da equipe)
75%
Disponibilidade dos serviços 25%
Técnico (necessita tecnologia que não está disponível) 0%
Político 0%
0%
13%
13%
13%
13%
50%
N/A- não há processo definido
1- mudanças são feitas ad hoc
2- há controle das mudanças, mas não
formalizado nem para todas as mudanças
3- processo definido, mas com erros na
execução
4- processo definido e medido através de
relatórios
5- processo definido, interage com outros
procesos de governança de TI e seu…
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Controle e comunicação das mudanças
27
Análise de resultados
Fase 2 - Desempenho
Relação entre desempenho e requisitos e satisfação dos clientes
Tab. 35 (p.201)
28
Análise de resultados
Fases 1 e 2
Fig. 47 (p.212). Escalonamento multidimensional: 23 variáveis padronizadas.
Resultado bom (stress=5,6%, RSQ=0,98)
Variáveis:
• Tamanho da organização (Q4)
• Processo da tomada de decisão
(Q5, R1, R9, R11)
• Estratégia e benefícios da adoção
da norma (Q8, D4)
• Atitude perante o risco (Q17, Q18)
• Atitude dos profissionais (D8, Q21
a Q31)
• Processos (R10, D12)
29
Análise de resultados
Particularidades dos casos
• Empresas menores: maior disposição a riscos para
que possam crescer
• Empresas maiores: visibilidade e controle,
consistência de práticas para aumento de escala
• Empresa não-TI: maior foco em disponibilidade (em
detrimento a): olhar do cliente interno
Pontos comuns
Adotar mais de um modelo de referência
Adotar o modelo canônico para consolidar
práticas internas
Contratar serviços de terceiros para transferir
riscos
Investir em treinamentos e certificação
Gerenciar à vista através de métricas
Apontar processos como principal diferencial da
organização
Adequar as práticas às regulamentações
Considerar pouca importância aos terceiros
Considerar pouca importância para o processo de
gerenciamento de configuração
Considerar planos de recuperação de desastres
apenas quando o cliente está disposto a contratar
Pontos divergentes
Adotar processos padronizados apenas para
ganhar escala nas áreas centralizadas
(compartilhadas)
Verificar na prática a influência da governança
de TI no processo de decisão sobre
investimentos
Fomentar processos de troca de práticas
internas
Destacar a arquitetura de TI como diferencial
Fases 1 e 2
30
Análise de resultados
Fig. 48 (p.212)
31
Conclusões
Como são utilizados os modelos de referência
de governança de TI em organizações cujo
negócio-fim são a prestação de serviços e
infraestrutura de TI?
• Quais fatores contribuem para as
diferenças em relação aos processos
originalmente prescritos pelos modelos
de referência de governança de TI e aos
efetivamente aplicados?
• Quais fatores são positivos e quais são
negativos para obtenção do melhor
equacionamento da relação risco x
desempenho?
Não são aplicados como originalmente prescritos.
• Controle e visibilidade sobre as atividades
• Áreas centralizadas x próximas do cliente
• Utilidade do processo
• Estabelece o ecossistema de org. de TI
Tabs. 38 e 39 (p.215 e 216)
• Priorização das
necessidades dos
clientes
• Maior desempenho
 maior risco
• Decisão: arcar com
os custos da
governança
• Padronizar
atividades para
minimizar riscos
operacionais
• G. Mudanças
• Melhoria contínua
Negativos Positivos
32
Conclusões
Método
• Definir as questões e possíveis respostas
antes da aplicação dos instrumentos de
coleta facilita a análise de dados
• Aplicar a Fase 1 para mais organizações
• Aprofundar a Fase 2 para um número menor
de casos
Trabalhos futuros
• Panorama de TI no Brasil: inclusão de mais
organizações
• Melhoria do questionário através das
perguntas propostas nas entrevistas
• Propostas da evolução do modelo
canônico
• Maior adequação à realidade das
organizações
• Utilidade relativa dos processos
• Pressão sobre os profissionais
• Pesquisa nas organizações para
determinar esta influência
33
Agradecimentos
Uma análise entre a relação
risco versus desempenho em governança de TI:
estudos de caso em organizações certificadas
ISO 20.000
Carlos R. C. Alves
Orientador: Prof. Dr. Antonio G. R. Vidal
NUSP 2377105 - crcalves@usp.br

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  • 1. Uma análise sobre a relação risco versus desempenho em governança de TI: estudos de caso em organizações prestadoras de serviços de TI certificadas ISO 20.000 Carlos R. C. Alves Orientador: Prof. Dr. Antonio G. R. Vidal Apresentação de defesa de tese 28 de Abril de 2015
  • 2. 2 Conteúdo • O problema de pesquisa • Equacionamento da relação risco versus desempenho • Governança de TI • Modelo canônico de processos de gerenciamento de serviços de TI • Método de pesquisa • Coleta de dados: estudos de caso múltiplos • Fase 1: questionário • Fase 2: entrevistas • Análise de resultados • Conclusões
  • 3. 3 O problema de pesquisa - introdução Sustentabilidade do negócio como preocupação do administrador de empresas ◦ Manter as operações, com lucratividade em face de mudanças constantes Equilíbrio entre Risco e Desempenho ◦ Processo de tomada de decisões Contexto das organizações cujo negócio-fim é Tecnologia da Informação: Governança de TI ◦ Sistema para dirigir e controlar a organização ◦ Sistema de distribuição de direitos e responsabilidades Objetivo da pesquisa Descrever e analisar os fatores associados à aplicação de modelos padronizados de governança de TI em organizações prestadoras de serviços de TI.
  • 4. 4 O problema de pesquisa - motivação Motivação • Ampla, essencial e universal utilização recursos de TI pelas organizações • Necessidade de aplicar práticas de governança pelos fornecedores de recursos de TI • Modelos padronizados de governança de TI e gerenciamento de processos proliferaram • Organizações optam por utilizar um modelo próprio • Gastos corporativos com treinamentos, consultorias e projetos sobre os modelos de governança de TI são expressivos Contribuições Processos • Processos que são mais críticos para as organizações Teórica • Avaliação do grau de formalismo com se aplicam os processos Fatores de influência • Desenvolvimento do modelo de fatores que influenciam positiva ou negativamente a utilização dos modelos padronizados de governança de TI
  • 5. 5 O problema de pesquisa - questão principal Os modelos de referência de governança de TI são utilizados conforme originalmente prescritos, em organizações cujo negócio-fim é a prestação de serviços de TI? Se não: • Quais fatores contribuem para as diferenças em relação ao originalmente prescrito e ao efetivamente aplicado? • Quais fatores são positivos e quais são negativos para obtenção do melhor equacionamento da relação risco versus desempenho?
  • 6. 6 Equacionamento da relação risco versus desempenho Risco Impacto negativo do exercício de uma vulnerabilidade, considerando tanto a probabilidade quanto o impacto de sua ocorrência (NIST, 2001). Desempenho Forma de medir se uma organização atingiu seus objetivos e é capaz de se sustentar como negócio (Maximiliano, 2008) Métricas de acordo com os objetivos de negócio Fig. 15 (p.105)
  • 7. 7 Governança de TI Um estudo sobre a utilização dos modelos de referência de governança de TI • Fortemente apoiados em processos, com prescrição de: • Atividades, papéis, responsabilidades e autorizações sobre as decisões de investimentos e de operação • Objetivos do gerenciamento por processos são: • Gerar entrega consistente dos serviços • Conhecer como as ações afetam os negócios É a forma pela qual uma organização de TI é dirigida, tratando de direitos de decisão, responsabilidades e mecanismos de monitoramento, visando o alinhamento estratégico da TI com o negócio, a avaliação e o gerenciamento de riscos da TI e a melhoria contínua, otimizando os investimentos em pessoas, processos e tecnologias. Governança de TI Definição proposta a partir das referências: Weill e Ross (2004); Simonsson e Johnson (2005); ITGI (2006); Van Grembergen e de Haes (2008); Fernandes e Abreu (2008); Carvalho (2009); Albertin e Albertin (2010) Pesquisa sobre definições publicadas
  • 8. 8 Modelo canônico de processos de gerenciamento de serviços de TI Norma com objetivo de transformar em requisitos certificáveis as práticas de gerenciamento de serviços de TI Modelo canônico • Referência publicada para comparação de práticas executadas na organização (Brown e Diguid, 1991) • Comparação nas organizações brasileiras participantes da pesquisa • Organizações brasileiras adotam como referencial de práticas em gerenciamento de TI • Para que as organizações se certifiquem, devem cumprir minimamente o mesmo conjunto de requisitos ISO 20.000 Justificativa
  • 9. 9 Método de pesquisa Ref.: Webster e Watson (2002) • Pesquisa empírica • Natureza qualitativa • Método de estudos de casos múltiplos (8 casos de 27 organizações certificadas1), dividido em duas fases (1) Identificadas a partir de website, livro especializado e organismos certificadores. Foram contatadas 20 das 27 organizações, sendo que 3 se manifestaram formalmente para não participar (alegando motivos de segurança da informação) e as outras não responderam. (Fig. 14, p.99)
  • 10. 10 Método de pesquisa Fase 1: questionários • Foco na qualificação das organizações • Questões formuladas com base em referencial teórico • Ferramenta SurveyMonkey • Importância relativa dada pelas organizações ao modelo canônico Fase 2: entrevistas • Foco na relação risco versus desempenho • Análise das entrevistas • Perguntas e respostas possíveis com base no referencial teórico • Validação das respostas da Fase 1 • Redução do viés sobre as respostas (Fishbein e Ajzen, 2010) Coleta de dados realizada em duas fases Critérios para interpretar as descobertas da pesquisa (e reduzir viés de estudo de casos) • Uso de questionário para orientar a pesquisa • Questionário quantitativo antes das entrevistas • Realizaçãode piloto • Método anti viés para criar perguntas • Pesquisador realiza as entrevistas, transcrições, redaçãoe análise dos casos • Uso de outras fontes além das entrevistas
  • 11. 11 Coleta de dados – Fase 1: questionários • Qualificadoras, priorização de processos e motivadores • Tamanho das empresas • Adoção de modelos de melhores práticas • Riscos • Prioridade: atendimento aos requisitos dos clientes • Execução: associados a erros dos profissionais • Desempenho • Processos prioritários: visibilidade dos clientes • Fatores de sucesso: comprometimento da alta direção, processos eficazes (controle) • Pessoas • Fazem parte da elaboração dos processos • Relação entre processos e pessoas (controle x reflexão em práticas)
  • 12. 12 Coleta de dados – Fase 1: questionários Qualificadoras, priorização de processos e motivadores 0.0% 50.0% 12.5% 37.5% até 100 100 a 1.000 1.001 a 2.500 maior que 2.500 Respostas possíveis % de respostas obtidas Gestores da empresa (C-level) em conjunto com as áreas de negócio 50% Gestores da empresa (C-level) 25% Área de TI 25% Gestores das áreas de negócio 0% Disperso entre áreas usuárias 0% Tamanho das organizações Respondentes Relacionado ao modelo federativo (Weill e Ross, 2004) Fig. 16 e Tab. 20 (p.122)
  • 13. 13 Coleta de dados – Fase 1: questionários 8 7 5 4 3 3 5 3 4 4 2 3 0 0 0 1 2 3 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 ITIL PMBoK Cobit BSC Seis Sigma CMM / CMMI Númeroderespostas Não utilizado Investimento em certificação de profissionais Adotado Sendo que a maioria das organizações já possuía seus processos e os adaptaram à norma. Qualificadoras, priorização de processos e motivadores Fig. 17 (p.123)
  • 14. 14 Coleta de dados – Fase 1: questionários 0 3 2 2 1 0 1 2 3 Completamente avessa a riscos Completamente disposta a arriscar Atitude típica da organização perante os riscos Riscos 6 1 1 0 0 1 2 3 4 5 6 Reduz/mitiga os riscos Compartilha/transfere os riscos Aceita o risco Evita o risco Atitude típica da organização perante oportunidade inovadora com um cliente Figs. 19 e 20 (p.125)
  • 15. 15 Coleta de dados – Fase 1: questionários Fatores externos sobre investimentos de TI Riscos 14 21 27 28 32 0 5 10 15 20 25 30 35 Poder de barganha dos fornecedores Ameaça de produtos/serviços substitutos Rivalidade entre concorrentes Ameaça de concorrentes novos Poder de barganha dos clientes 18 18 26 26 32 0 5 10 15 20 25 30 35 Política interna Otimismo da gerência Projeto Operacional Técnico Classificação de riscos internos Figs. 21 e 23 (p.126 e 127)
  • 16. 16 Coleta de dados – Fase 1: questionários Processos da ISO 20.000 com maior impacto Desempenho 0 0 1 2 4 7 7 9 12 18 18 21 21 0 5 10 15 20 25 G. da capacidade G. de configuração Orçamento e contabilização para serviços G. de relações de negócio G. de liberações e implantação Desenho e transição de serviços novos ou modificados G. de fornecedores Pl. de continuidade e disp. de serviço G. de problemas G. de nível de serviço G. de mudanças G. da segurança da informação G. de incidentes e requisições de serviço Placar das respostas Processos D D R R R Cl Cl Cl Co Co Relacionamento entre: • Desempenho e Cliente • Risco e Controle D: Desempenho; R: Risco; Cl: Cliente; Co: Controle Fig. 25 (p.129)
  • 17. 17 Coleta de dados – Fase 1: questionários Fatores mais importantes para sucesso da adoção e manutenção da norma ISO 20.000 Desempenho Pe: Pessoas; Pr: Processos Fig. 26 (p.130) 0 0 1 4 5 5 5 7 8 9 12 15 15 15 19 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Valorizar profissionais competentes Buscar fornecedores confiáveis Obter ajuda externa à organização (ex.: consultorias,… Controlar planos e ações de melhoria Respeitar o funcionário, com relação à comunicação… Ter um sistema de comunicação eficaz Melhorar a qualidade da documentação Investir em educação e treinamento Planejar a implantação de processos Aumentar o foco no cliente Definir métricas do processo ou da gestão Promover educação / mudança da cultura dos funcionários Estabelecer políticas de gerenciamento Estabelecer processos eficazes Obter comprometimento da alta administração Pe Pr Pr Pr Pr Pr Pe
  • 18. 18 Coleta de dados – Fase 1: questionários Motivos mais importantes para organizações se certificarem ISO 20.000 Desempenho 5 16 20 24 27 28 0 5 10 15 20 25 30 Exigência de fornecedores Pressão dos concorrentes (por exemplo: eles já haviam se certificado) Estabelecer uma linguagem comum sobre os processos dentro da organização Exigência da governança corporativa Necessidade relacionada a oportunidades de mercado Exigência de clientes placar das respostas Razõesparaacertificação D R D D: Desempenho; R: Risco; Cl: Clientes; Pe: Pessoas; Pr: Processos Fig. 27 (p.132) Benefícios • Experiência no negócio-fim de TI • Intensidade do aprendizado organizacional Desempenho • Foco nos clientes • Clientes satisfeitos • Entrega consistente de qualidade • Política, planos e ações de gerenciamento Cl Cl Cl Pr Pe Pe
  • 19. 19 Coleta de dados – Fase 1: questionários Pessoas Atitudes do chefe imediato para decisões Conhecimento dos processos x Refletem dia-a-dia Participação na definição dos processos Reflexão em práticas Figs. 33, 34, 35 e 36 (p.136 a 138)
  • 20. 20 Coleta de dados – Fase 2: entrevistas Fator Evidências Decisão - Investimentos • Tomada de decisões: envolvimento do board Segurança da informação • Regulamentações externas e conformidade • Erros operacionais dos profissionais Continuidade de serviços / Riscos de TI • Atitude perante risco: oferta aos clientes Atitude perante o risco • Depende do momento da organização: • Crescimento = flexibilidade • Estabilização = controle Salvaguarda de ativos • Não apresenta resultados diretos aos clientes Tomada de decisão baseada em informações • Métricas de processos: • Controle operacional e comparar desempenho • Decisões estratégicas Gerenciamento das mudanças • Formalizado para evitar erros operacionais Conformidade com políticas internas • Governança corporativa e decisões do board Risco Tab. 32 (p.181)
  • 21. 21 Coleta de dados – Fase 2: entrevistas Fator Evidências Recursos e processos dos parceiros • Atividades principais: profissionais da própria organização Foco nos clientes / Clientes satisfeitos • Principal fator de desempenho • Momento da organização (flexibilidade x controle) Escopo de tecnologia • Mercado e demanda dos clientes Competências sistêmicas / Processos eficazes / Saídas de qualidade / Arquitetura • Processos: estabilizar e padronizar operações • Arquitetura de TI: secundária Outros recursos da organização • Investimentos de TI: independentes dessas áreas Conhecimento no negócio de TI • Métricas extraídas dos processos: resultados aparentes Profissionais competentes • Investimentos em capacitação Sistemas de comunicação eficazes • Treinar e comunicar os objetivos e mudanças Políticas de gerenciamento, investimentos, planos e ações • Presença do board Definir um plano estratégico de TI • Cultura de melhoria contínua Desempenho Tab. 32 (p.184)
  • 22. 22 Análise de resultados Fase 1 Distribuição das organizações Intervalo de distância euclidiana quadrática com Z-scores: resultado bom (stress=5,0%, RSQ=0,99) Fig. 37 (p.190) Variáveis utilizadas: • Tamanho da organização (Q4) • Estratégia de adoção da norma (Q8) • Atitude perante o risco (Q17 e Q18) • Características dos profissionais (Q21 a Q31)
  • 23. 23 Análise de resultados Fase 1 Organizações de acordo com as atitudes dos profissionais* Análise de conglomerados Avessas a riscos Dispostas a arriscar 1 4 6 7 2 3 5 8 * Intervalo de distância euclidiana quadrática com Z-scores: resultado bom (stress=5,5%, RSQ=0,99): variáveis Q21 a Q31 (Fig. 38, p.192)
  • 24. 24 Análise de resultados Fase 1 • Participação dos profissionais • Cultura de melhoria contínua • Relação diretamente proporcional: • Visibilidade de ações e Reflexão em práticas Conformidade reflexiva Controle panótico Visibilidade das ações Controle Conformidade às regras Reflexão em práticas Fig. 5 (p.49)
  • 25. 25 Análise de resultados Fase 2 Tomada de decisões Práticas institucionalizadas de melhoria contínua 88% 13% 0% 0% 0% 5- planos de ação e melhoria, com acompanhamento de seu andamento 4- reuniões de acompanhamento 3- análise formalizada 2- apenas geração de informação, sem análise 1- não são gerados relatórios 0% 20% 40% 60% 80% Fig. 40 (p.194)
  • 26. 26 Análise de resultados Fase 2 - Risco Riscos de TI que afetam mais diretamente as operações Gerenciamento de mudanças como principal contramedida dos riscos operacionais • Processo/controle x pessoas Tab. 33 (p.197); Fig. 45 (p.199) Operacional (necessita revisões de processos que estão além da capacitação da equipe) 75% Disponibilidade dos serviços 25% Técnico (necessita tecnologia que não está disponível) 0% Político 0% 0% 13% 13% 13% 13% 50% N/A- não há processo definido 1- mudanças são feitas ad hoc 2- há controle das mudanças, mas não formalizado nem para todas as mudanças 3- processo definido, mas com erros na execução 4- processo definido e medido através de relatórios 5- processo definido, interage com outros procesos de governança de TI e seu… 0% 10% 20% 30% 40% 50% Controle e comunicação das mudanças
  • 27. 27 Análise de resultados Fase 2 - Desempenho Relação entre desempenho e requisitos e satisfação dos clientes Tab. 35 (p.201)
  • 28. 28 Análise de resultados Fases 1 e 2 Fig. 47 (p.212). Escalonamento multidimensional: 23 variáveis padronizadas. Resultado bom (stress=5,6%, RSQ=0,98) Variáveis: • Tamanho da organização (Q4) • Processo da tomada de decisão (Q5, R1, R9, R11) • Estratégia e benefícios da adoção da norma (Q8, D4) • Atitude perante o risco (Q17, Q18) • Atitude dos profissionais (D8, Q21 a Q31) • Processos (R10, D12)
  • 29. 29 Análise de resultados Particularidades dos casos • Empresas menores: maior disposição a riscos para que possam crescer • Empresas maiores: visibilidade e controle, consistência de práticas para aumento de escala • Empresa não-TI: maior foco em disponibilidade (em detrimento a): olhar do cliente interno Pontos comuns Adotar mais de um modelo de referência Adotar o modelo canônico para consolidar práticas internas Contratar serviços de terceiros para transferir riscos Investir em treinamentos e certificação Gerenciar à vista através de métricas Apontar processos como principal diferencial da organização Adequar as práticas às regulamentações Considerar pouca importância aos terceiros Considerar pouca importância para o processo de gerenciamento de configuração Considerar planos de recuperação de desastres apenas quando o cliente está disposto a contratar Pontos divergentes Adotar processos padronizados apenas para ganhar escala nas áreas centralizadas (compartilhadas) Verificar na prática a influência da governança de TI no processo de decisão sobre investimentos Fomentar processos de troca de práticas internas Destacar a arquitetura de TI como diferencial Fases 1 e 2
  • 31. 31 Conclusões Como são utilizados os modelos de referência de governança de TI em organizações cujo negócio-fim são a prestação de serviços e infraestrutura de TI? • Quais fatores contribuem para as diferenças em relação aos processos originalmente prescritos pelos modelos de referência de governança de TI e aos efetivamente aplicados? • Quais fatores são positivos e quais são negativos para obtenção do melhor equacionamento da relação risco x desempenho? Não são aplicados como originalmente prescritos. • Controle e visibilidade sobre as atividades • Áreas centralizadas x próximas do cliente • Utilidade do processo • Estabelece o ecossistema de org. de TI Tabs. 38 e 39 (p.215 e 216) • Priorização das necessidades dos clientes • Maior desempenho  maior risco • Decisão: arcar com os custos da governança • Padronizar atividades para minimizar riscos operacionais • G. Mudanças • Melhoria contínua Negativos Positivos
  • 32. 32 Conclusões Método • Definir as questões e possíveis respostas antes da aplicação dos instrumentos de coleta facilita a análise de dados • Aplicar a Fase 1 para mais organizações • Aprofundar a Fase 2 para um número menor de casos Trabalhos futuros • Panorama de TI no Brasil: inclusão de mais organizações • Melhoria do questionário através das perguntas propostas nas entrevistas • Propostas da evolução do modelo canônico • Maior adequação à realidade das organizações • Utilidade relativa dos processos • Pressão sobre os profissionais • Pesquisa nas organizações para determinar esta influência
  • 34. Uma análise entre a relação risco versus desempenho em governança de TI: estudos de caso em organizações certificadas ISO 20.000 Carlos R. C. Alves Orientador: Prof. Dr. Antonio G. R. Vidal NUSP 2377105 - crcalves@usp.br

Notas del editor

  1. mostrar tendência de mercado – modos do Gartner?