1. ESTÉTICA
Protocolo de preparo e
cimentação de pinos de fibra
de vidro: técnica modificada
ORTODONTIA
Propulsor Mandibular Forsus:
eficiente alternativa para o
tratamento das más oclusões de
Classe II, por retrusão mandibular
IMPLANTODONTIA
A estética do sorriso nas
reabilitações com implantes
orais com diferentes níveis
de reabsorção óssea
Jan/Fev/Mar 2014 | ed. 57
ISSN - 1807-9954
Sustentabilidade e
Responsabilidade
Social na Odontologia
Compromisso das
empresas do setor
com a sociedade e
o meio ambiente
www.gutierreodonto.com.br > 1
4. Editorial
Jan/Fev/Mar 2014 | ed. 57
Responsabilidade Social
Corporativa: diferencial de mercado
também para o setor odontológico
E
mbora exista uma farta gama de informações disponível nos
mais diversos tipos de veículos de comunicação, nunca é demais falar sobre Responsabilidade Social, Meio Ambiente ou
Desenvolvimento Sustentável, pois tratam-se de assuntos que
estão diretamente relacionados ao cotidiano de todos os seres
vivos que habitam o planeta.
Desde o instante em que acordamos, quando levantamos para lavar o
rosto e escovar os dentes, por todos os lados que olhamos e até enquanto
estamos dormindo, interagimos e sofremos os efeitos de ações baseadas
nesses princípios.
Além disso, o mundo e a sociedade estão em constante transformação,
exigindo que a humanidade se adapte a essas mudanças, fazendo surgir a
todo instante uma infinidade de alternativas, de novos conceitos e ideias que
possam garantir a sua sobrevivência.
Nesse mesmo ritmo, a Responsabilidade Social Corporativa vem crescendo a passos largos nos últimos anos, e hoje representa um dos principais diferenciais entre as empresas de todos os segmentos, podendo ser a
diferença entre sobreviver ou não no mercado, o que acontece também no
setor odontológico.
Por tudo isso, entendemos que a abordagem do tema é bastante coerente,
atual e de grande interesse para os profissionais e empresas do setor e, nada
mais oportuno do que trazê-lo a tona durante o maior congresso internacional de Odontologia da América Latina, o Ciosp, onde profissionais,
autoridades e empresas do mundo todo estarão reunidas para apresentar
e discutir novidades científicas, tecnológicas, atividades culturais e, é claro,
ações de ordem social.
Por tratar-se de um assunto muito diversificado e extenso, optamos por
fazer uma matéria de cunho informativo, com uma explanação generalizada sobre o que é ser uma empresa socialmente responsável, destacando o
trabalho de algumas corporações do segmento, com o objetivo principal de
chamar a atenção dos leitores e de toda a classe odontológica para a grandiosidade e importância do tema.
Na primeira edição de 2014 da Gutierre OdontoLife, selecionamos também novos artigos científicos, de diferentes especialidades, elaborados por
profissionais de diversas regiões do país e trazemos uma grande variedade
de informações sobre produtos e serviços, comerciais, eventos sociais e culturais, entre outras novidades voltadas aos profissionais da Odontologia.
Boa leitura!
Ana Lúcia Pereira
Editora
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distribuída em parceria com a Dental Gutierre Odonto.
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odontológicas. Todo profissional que tiver interesse em
publicar seu trabalho em nossas páginas deve enviar o
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1) Nos trabalhos em grupo, pelo menos um dos autores
deverá ser cirurgião-dentista. 2) Os editores da Gutierre
OdontoLife podem adaptar o artigo às normas jornalísticas
vigentes e ao padrão gráfico da revista. 3) O texto deve ser
digitado e entregue em arquivo do word (doc), na fonte
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referências bibliográficas, titularidade do(s) autor(es) e
legendas identificadas para todas as imagens (fotos, tabelas
ou ilustrações). NÃO INSERIR imagens no arquivo doc. 4)
Todas as imagens devem ser enviadas separadamente, em
alta resolução (JPG - 300 DPIs) com, no mínimo, 9 cm de
largura. Inserir no mínimo três e, no máximo, 16 imagens por
artigo. 5) Os trabalhos em grupo deverão conter os nomes e
a titularidade de todos os autores, e-mail ou telefone de pelo
menos um dos autores. 6) Sobre as referências bibliográficas:
devem ser adotadas as normas de Vancouver (as referências
são enumeradas de acordo com a ordem de entrada no texto).
7) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade
do(s) autor(res). Cada um receberá exemplares da revista em
que seu trabalho foi publicado. 8) Anexar ao trabalho os dados
completos de todos os autores para contato (nome completo
- endereço completo - CEP - telefones e e-mail).
Os trabalhos podem ser enviados para o e-mail: contato@
revistaodontolife.com.br ou através de mídia digital (CD
ou DVD) endereçados para: Redação Gutierre OdontoLife
- R. João Nutti, 1561 - Cj. 12 - Pq. dos Bandeirantes - CEP:
14090-387 - Ribeirão Preto-SP.
4 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
6. Índice
10
37 - ORTODONTIA
Propulsor Mandibular Forsus: eficiente
alternativa para o tratamento das más oclusões
de Classe II, por retrusão mandibular.
40 - IMPLANTODONTIA
A estética do sorriso nas reabilitações
com implantes orais com diferentes níveis
de reabsorção óssea.
CAPA
Responsabilidade
Social e
Sustentabilidade no
setor odontológico.
44 - IMPLANTODONTIA
Provisionalização imediata em dente unitário
anterior: associação periodontoprotética para
resultados funcionais e estéticos previsíveis.
48 - IMPLANTODONTIA
Formação óssea após oito meses de cirurgia
de levantamento de seio maxilar com osso
Bovino inorgânico (Bio-Oss®):
análises microtomográfica e histológica.
DENTAL GUTIERRE ODONTO
16 - Filial de Uberlândia cresce e fortalece
o nome da Gutierre Odonto no país.
18 - Presidente da Ultradent
visita a sede da Gutierre Odonto.
18 - Diversão e brindes da Gutierre
na festa da Uniodonto Araraquara.
19 - Gutierre na SBOE.
19 - Gutierre Odonto participa
de Mutirão de Cidadania e Saúde.
24 - REABILITAÇÃO ORAL
Laminados cerâmicos,
abordagem ultraconservadora.
28 - DENTÍSTICA ESTÉTICA
Resultado harmônico em clareamento dentário
com menos rapidez e menos potência.
31 - DENTÍSTICA ESTÉTICA
Estética e Cosmética em Odontologia:
conceitos e aplicações.
34 - DENTÍSTICA ESTÉTICA
Protocolo de preparo e cimentação de
pinos de fibra de vidro: técnica modificada.
6 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
52 - JURISPRUDÊNCIA NA ODONTOLOGIA
A utilização dos incentivos a projetos sociais,
culturais e esportivos como medida de
responsabilidade social e planejamento tributário.
54 - VITRINE ODONTOLÓGICA
Notícias, informação, lançamentos, novidades e
curiosidades na Odontologia.
57 - SOCIAL
Flashs dos principais acontecimentos do setor.
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8 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
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10. Capa
10 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
11. Responsabilidade Social
e Sustentabilidade no
setor odontológico
A
Responsabilidade Social Corporativa, que se
define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se
relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento
sustentável da sociedade, preservando recursos
ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais,
é um assunto que tem espaço garantido nos noticiários,
na internet, nos jornais e revistas de circulação nacional e
internacional há mais de uma década.
Na era da informação, com os consumidores cada vez
mais bem informados, exigindo que as empresas deixem de
ser apenas agentes de produção, que entregam produtos e
serviços, para interagirem com a sociedade, os empresários
passaram a entender que, nos dias de hoje, a irresponsabilidade social traz determinados benefícios aparentes em
curto prazo, mas que, na verdade, representa um grande
prejuízo a médio e longo prazo. Descobriram também que,
para sobreviver, o melhor negócio é investir na formação
e ampliação do mercado consumidor, distribuindo renda,
patrocinando a cultura, cuidando do meio ambiente e das
nossas crianças.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de 80% das empresas brasileiras estão
realmente empenhadas na tentativa de transformar a realidade social do país e se envolvem de alguma forma com
questões sociais.
Este quadro se reflete também no setor odontológico,
onde é cada dia maior o número de empresas socialmente
responsáveis, que procuram medir o impacto de suas ações
sobre as pessoas, sobre a comunidade onde estão inseridas, a
sociedade em geral, o governo e o meio ambiente, de modo
que, em cada ação, em cada estratégia, procuram fazer com
que esse impacto seja o mais positivo possível.
Como acontece em todos os setores, as empresas de produtos e equipamentos odontológicos vivem um cenário
que aponta para a sustentabilidade, onde o que se busca é
o economicamente viável, o socialmente justo e o ambientalmente correto.
www.gutierreodonto.com.br > 11
12. Capa
o atendimento à população carente em cidades
no sertão da Bahia. Através de sua entidade social chamada Diversity Foundation, a Ultradent
realiza outros projetos que incluem um programa que auxilia jovens com dificuldades sociais
e familiares a se integrarem à sociedade, através
de orientação profissional e apoio financeiro
para que eles possam estudar, com o objetivo de
prepará-los para o mercado de trabalho; a coleta
e doação de alimentos realizada em diferentes
subsidiárias da empresa; aplicação gratuita de
selantes em dentes de crianças de escolas de regiões desprivilegiadas; até a criação e veiculação
e histórias em quadrinhos que ajudam a ensinar
sobre a beleza da diversidade cultural e social, o
‘Scrapyard Detectives’.
FÁBIO BEVILACQUA FOWLER, gerente de Marketing
Internacional da Ultradent nas Américas.
“Desenvolver
um trabalho
socialmente
responsável é
uma obrigação
corporativa,
mesmo que muitas
empresas ainda
não tenham se dado
conta disso”.
processos judiciais que podem comprometer a
sua própria existência”, argumenta o cirurgião-dentista Fábio Bevilacqua Fowler, Gerente de
Marketing Internacional da Ultradent nas Américas.
“Os valores corporativos implementados pelo
fundador da Ultradent incluem aspectos importantes da responsabilidade social há muitos anos
e, cada vez mais, buscamos opções sustentáveis
para o crescimento do mercado. No ponto de
vista operacional, seguimos todos os requisitos
ambientais exigidos pelos mais rigorosos órgãos
regulamentadores e certificadores internacionais como a FDA, CE, CSA, PMDA e KFDA,
entre outros”, acrescenta Fábio Fowler, graduado em Odontologia pela Universidade de São
Paulo (Usp), pós-graduado em Administração
de Marketing pela Fundação Armando Álvares
Penteado (FAAP) e Mestre em Administração
de Empresas pela Brigham Young University
(BYU).
Entre os exemplos de trabalhos humanitários financiados pela empresa estão a doação
de produtos e o apoio a missões de atendimento
a regiões carentes em diversas partes do nosso planeta. Em 2013, a Ultradent participou
de missões no Haiti, Zambia, Camboja, Belize,
Zimbabue, Guatemala, Ruanda, Nepal, entre
outros. Apoiou o projeto Voluntários do Sertão, em parceria com a Gutierre Odonto, com a
doação de produtos da mais alta qualidade para
EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS
Não existe empresa líder em seu segmento,
assim como no setor odontológico, que não leve
responsabilidade social corporativa e sustentabilidade a sério, pois as grandes organizações
colocam esses assuntos na estratégia do negócio.
“Desenvolver um trabalho socialmente responsável é uma obrigação corporativa, mesmo
que muitas empresas ainda não tenham se dado
conta disso. Uma empresa que não tem uma
visão socialmente responsável hoje em dia corre
cada vez mais riscos de danos à imagem corporativa e de seus produtos e serviços, o que
impacta diretamente o seu potencial de faturamento. Ao mesmo tempo, a fiscalização mais
acirrada por órgãos regulamentadores, por meio
de auditorias, que seguem estritas normas de
gerenciamento de qualidade, projetos e riscos,
faz com que uma empresa negligente a considerações ambientais fique suscetível a multas e a
12 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
Participação da Ultradent em missão no Haiti, em 2013.
A preocupação com a responsabilidade social
sempre caminhou em paralelo com a dedicação
à qualidade no desenvolvimento dos produtos
FGM. "Somos uma empresa que se preocupa
com o ser humano e com o meio a nossa volta. Uma das ações é proteger o meio ambiente,
desenvolvendo campanhas de uso racional de
energia elétrica, água e papel. Temos ainda a
monitoração de produtos químicos utilizados
na empresa, atendimento às normas relativas
à saúde e segurança dos colaboradores e a reciclagem de resíduos gerados nos processos e
atividades”, destaca Bianca Mittelstädt, diretora
administrativa da FGM.
"A FGM disponibiliza verba mensal, produtos
odontológicos e apoia eventos comemorativos
promovidos pelo Profis, entidade destinada a
prestar assistência social aos pacientes de Fissura
do Lábio Palatal em tratamento no Centrinho,
em Joinville-SC. A instituição atende pacientes
de 255 dos 293 municípios catarinenses, realizando mensalmente uma média de 1.200 atendimentos e ainda recebe 40 novos casos. No
mesmo local, através do Serviço de Atenção à
Saúde Auditiva (Sasa), são atendidos mensalmente 200 novos casos de suspeita de deficiência
auditiva e adaptados 70 novos aparelhos auditivos", acrescenta Bianca.
Desde 2003, ajuda por meio de doação de produtos, o Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais, em Bauru-SP, uma referência
mundial em sua área, de acordo com a Organi-
13. Colaboradores da FGM vestem as camisetas da Rede Feminina de
Combate ao Câncer de Joinville-SC, em apoio ao projeto Outubro Rosa.
zação Mundial de Saúde (OMS), que atende pacientes de todo o Brasil. Faz doações para a Apae,
Lar Abdon Batista, instituição joinvillense que
abriga mais de 50 crianças carentes, instituições,
universidades e também Ong´s e profissionais
que voluntariamente auxiliam comunidades carentes no Brasil e em países menos favorecidos.
Dá também apoio à campanha Outubro Rosa,
adquirindo camisetas da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville e apoia campanhas
como, por exemplo, a 'Abrace o São José', com a
compra de camisetas para auxiliar este Hospital
Municipal de Joinville-SC", finaliza.
BIANCA MITTELSTÄDT,
diretora administrativa da FGM.
“A preocupação com
a responsabilidade
social sempre
caminhou em
paralelo com
a dedicação à
qualidade no
desenvolvimento
dos produtos FGM”.
“As mudanças precisam acontecer e alguém
precisa começar, portanto, por mais que ainda
seja um percentual pequeno de pessoas que valorizem as indústrias defensoras da responsabilidade social e ambiental, ainda assim compensa
o esforço, pois os resultados destas pequenas
atitudes junto à sociedade e ao meio ambiente
podem ser vistos, admirados e ainda servem de
exemplo para outras empresas e pessoas. Para a
Cristófoli, desenvolver um trabalho socialmente responsável foi uma escolha e uma escolha
muito feliz”, ressalta a Gerente Comercial e de
Marketing da empresa, Jucy Angela Cristófoli .
“Desde sua fundação a Cristófoli faz doações
para entidades beneficentes, principalmente
de atendimentos odontológicos. A empresa é
mantenedora da Fundação Educere, que é um
Centro de Pesquisas e Desenvolvimento na área
de Biotecnologia, cujo foco principal é a incubação de empresas a partir de um projeto social
inovador que atua na formação de jovens com
potencial empreendedor. A instituição fornece
suporte para o desenvolvimento de novos negócios voltados para a difusão e transferência
de tecnologia na área biomédica e é referência
em pesquisa e desenvolvimento de produtos
inovadores e que agregam valor tecnológico.
Continuamos também com o projeto “Mil Árvores”, que se iniciou com a ideia de plantar
uma árvore para cada autoclave vendida em
um mês, que tomou uma proporção grandiosa,
ganhando a participação de outros defensores
da responsabilidade ambiental e também social.
O grande diferencial deste projeto é que não se
restringe ao plantio de árvores, mas também
envolve uma série de outras ações que buscam
consolidar as atividades de plantio e preservação
da natureza, tais como oficinas educativas para
acompanhamento e monitoramento das árvores
plantadas, práticas educacionais para a preservação ambiental e retirada de entulho de áreas
degradadas. Hoje, o principal objetivo deste projeto é reflorestar, revitalizando a Microbacia do
Rio do Campo, que abastece 80% da população
de Campo Mourão-PR, bem como orientar a
comunidade local no sentido de preservar este
espaço, permitindo que a natureza ocupe o seu
lugar de modo permanente”, completa Angela
Cristófoli, especialista em Marketing.
Exemplos como o da Ultradent, da FGM e
da Cristófoli podem e devem ser seguidos por
qualquer empresa do segmento, seja ela uma
grande fabricante de equipamentos, uma clínica de radiologia, um laboratório de prótese ou
uma clínica odontológica, pois quanto maior
o número de organizações que incorporar os
princípios da responsabilidade social em busca
da sustentabilidade e aplicá-los adequadamente, maior será o retorno positivo para toda a
sociedade.
VANTAGENS DA
RESPONSABILIDADE
SOCIAL CORPORATIVA
Toda e qualquer empresa socialmente responsável agrega valores à sua imagem institucional
e à sua marca, conquista a confiança e a lealdade dos clientes, adquiri maior capacidade para
recrutar e manter os profissionais mais qualificados e talentosos do mercado, aumenta sua
capacidade de adaptação, sua flexibilidade e,
principalmente, sua longevidade.
As normas e certificações existentes como, por
exemplo, a ISO 14.000, que atesta a produção
www.gutierreodonto.com.br > 13
14. Capa
dentro de rígidas normas ambientais; e a ISO
26.000, com as diretrizes em Responsabilidade
Social, além da regulamentação legal, fornecem
as devidas orientações para qualquer organização, independente do seu tamanho, segmento
ou localização, que deseja atuar com responsabilidade social em busca de sustentabilidade.
CONSUMIDOR CONSCIENTE
FAZ A DIFERENÇA
ATER CRISTÓFOLI, fundador
e ANGELA CRISTÓFOLI, gerente
comercial e de Marketing da Cristófoli.
“Para a Cristófoli,
desenvolver
um trabalho
socialmente
responsável foi
uma escolha e uma
escolha muito feliz”.
Projeto Mil Árvores, da Cristófoli.
14 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
Com o passar dos anos, as ações de responsabilidade social e começaram a mudar os hábitos
de quem compra e, hoje, uma parcela significativa de clientes já não procura apenas o melhor
preço num determinado produto, exigindo também atitudes responsáveis do fabricante.
Pesquisas indicam que mais de 40% dos consumidores brasileiros são conscientes e comprometidos com ações de responsabilidade
social. No entanto, apenas 6% desse total são
realmente conscientes na hora de escolherem
produtos e serviços, sendo o meio ambiente o
primeiro fator de compra para 42% deles e, em
segundo, com 28%, as ações sociais realizadas
pelas empresas.
Embora seja pequeno, este número já é suficiente para provocar mudanças de atitude por
parte das empresas, pois o consumidor consciente vem fazendo a diferença. Dessa forma,
a tendência é que a consciência da sociedade,
do mercado e dos consumidores privilegie cada
vez mais as empresas socialmente responsáveis.
Dentro e fora do setor odontológico, temos
visto um grande progresso nos últimos anos
com respeito ao aumento da consciência sobre a
Responsabilidade Social e seu verdadeiro significado, embora, no Brasil, ainda estejamos muito
longe de alcançar o nível ideal de conscientização social, o que só acontecerá quando conseguirmos desenvolver e incorporar uma cultura
de responsabilidade social ao pensamento de
todos.
O FUTURO APONTA PARA
NOVOS DESAFIOS SOCIAIS
Na maioria das vezes, as ações ambientais
(que já foram incorporadas pela maior parte
das organizações e, indiscutivelmente, devem
continuar sendo alvo dos projetos de sustentabilidade), estão no topo das prioridades da
política de responsabilidade social aplicada pelas
empresas, como a gestão de resíduos, as chaminés com filtros ou o não jogar poluentes em rios.
No entanto, as tendências apontam para novas
necessidades sociais, decorrentes de mudanças
que aconteceram no mundo nos últimos anos,
sobretudo de caráter econômico e social, e que
estão obrigando as empresas a se redescobrirem enquanto agentes de promoção, atenção e
desenvolvimento da sociedade. Nesse contexto,
entre outras prioridades, os maiores desafios
concentram-se na geração de empregos e na
incorporação dos milhares de jovens que anualmente ingressam no mercado de trabalho.
Portanto, nos próximos anos, somente as empresas que conseguirem entender e superar esses
dois grandes desafios sairão na frente e estarão,
de fato, contribuindo para o futuro e com a evolução da humanidade.
16. Dental Gutierre Odonto
Filial de Uberlândia cresce
e fortalece o nome da
Gutierre Odonto no país
U
m dos momentos mais marcantes da
história da Dental Gutierre Odonto
aconteceu em 2007 com a inauguração
do escritório de vendas em Ubelândia-MG que,
dois anos mais tarde, tornou-se a primeira filial
da empresa.
Com apenas três vendedores, o objetivo inicial
do escritório era atender a classe odontológica
do Triângulo Mineiro, mas o sucesso foi tanto
que, em 2009, foi transferido para um prédio
de 600m², onde encontra-se instalada a filial
de Uberlândia, que conta atualmente com uma
equipe de nove profissionais qualificados para
atender a grande demanda de pedidos.
“Hoje somos uma extensão da nossa matriz e
atendemos todo o Brasil, sobretudo o Triângulo
Mineiro, Sul do Goiás, Tocantins, Mato Grosso
e Belo Horizonte. Trabalhamos com mais de
17 mil itens e temos parceria com as principais
indústrias do setor, como 3M, FGM, Ultradent,
Vigodent Coltene, KG, Dentsply, Colgate, entre
outras, com as quais priorizamos o relacionamento baseado na transparência e na reciprocidade. As grandes parcerias nos colocam um
16 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
“Para as cidades
dos estados de
Minas Gerais e de
Goiás contamos
com uma logística
especial que nos
garante uma entrega
em até 24 horas...”
17. Transformamos negócios em sorrisos.
Arrison Dias Bueno, gerente da filial Gutierre em Uberlândia.
Elza de Souza, vendedora.
Ampla loja: conforto e agilidade aos clientes.
Mais de 17 mil itens das melhores marcas do mercado.
passo a frente no mercado, pois assim conseguimos durante o ano todo proporcionar aos
nossos amigos clientes muitos eventos voltados
para o melhor aproveitamento e conhecimento
dos produtos, fazendo com que isso resulte em
ganhos financeiros para os clientes”, explica o
gerente da filial da Gutierre Odonto em Uberlândia, Arrison Dias Bueno.
Assim como a matriz de Araraquara-SP, a
filial oferece um atendimento diferenciado a
seus clientes, com amplo estoque e variedade
de produtos, preços competitivos, entrega rápida e atendimento aos acadêmicos, com equipe
altamente qualificada e experiente.
“Quando recebemos um cliente na empresa
gostamos de atendê-lo como um amigo. Um
amigo que pode contar com todo o nosso conhecimento e atenção para o que for preciso.
Também oferecemos brindes e promoções diárias, que é um dos nossos diferenciais no mercado”, acrescenta a vendedora Elza de Souza, que
trabalha na empresa desde a sua inauguração.
O sistema de entregas da filial de Uberlândia é
feito por empresa especializada em encomendas
rápidas, através de profissionais treinados e habilitados para este fim. “Para as cidades dos estados
de Minas Gerais e de Goiás, por exemplo, contamos com uma logística especial que nos garante
uma entrega em até 24 horas, deixando nossos
clientes totalmente satisfeitos”, salienta Arrison.
A Gutierre de Uberlândia tem hoje uma ampla loja, totalmente climatizada, com estacionamento próprio para até 12 veículos e mantém sua equipe de colaboradores em constante
treinamento para melhor atender seus clientes.
Parte desta equipe se une ao time de vendedores e colaboradores que representará a Gutierre no Congresso Internacional de Odontologia
(Ciosp) e nos principais eventos que acontecerão ao longo de 2014, trabalhando com empenho e determinação para manter a Dental entre
as melhores empresas do setor odontológico.
www.gutierreodonto.com.br > 17
18. Dental Gutierre Odonto
Presidente da Ultradent
visita a sede da Gutierre Odonto
O
fundador e presidente da Ultradent Products, Inc, Dr. Dan Fischer, esteve no Brasil
em outubro de 2013 e, na oportunidade, visitou
a matriz da Dental Gutierre, em Araraquara-SP,
acompanhado pelo Dr. Fábio Bevilacqua Fowler,
Gerente de Marketing Internacional da Ultradent
Brasil. Além de conhecer toda a estrutura da Gutierre Odonto, o principal objetivo da visita foi
projetar ações conjuntas para 2014. “O Congresso
Internacional de Odontologia de São Paulo é o
ponta pé inicial para a Dental e, com parcerias
como a que temos com a Ultradent, podemos
dizer que começamos o ano com o pé direito”,
afirma Eduardo Gutierre, diretor da Dental.
Para Dan Fischer, “a Gutierre tem sido um
canal fundamental que leva aos cirurgiões-dentistas todas as novidades e lançamentos da
Ultradent no Brasil”.
No Ciosp 2014, a Ultradent terá um espaço
exclusivo dentro do stand da Gutierre Odonto,
por onde passarão centenas de clientes e visitantes.
Eduardo Gutierre recebe Dan Fisher, presidente
da Ultradent, na sede da Gutierre Odonto.
Diversão e brindes da Gutierre na
festa da Uniodonto Araraquara
A
festa de confraternização da Uniodonto
Araraquara aconteceu em novembro e foi
um grande sucesso. Mais uma vez o evento, realizado no Clube de Campo da Apcd de Araraquara, contou com a participação da Dental
Gutierre levando aos convidados e cooperados
muita diversão, com brincadeiras e gincanas. O
dia começou com uma descontraída partida de
futebol entre associados da Apcd e cooperados
Uniodonto e seguiu com um almoço árabe, música ao vivo e muita dança do ventre.
A Dental Gutierre foi responsável também
pelo sorteio e distribuição de mais de 20 brindes
aos participantes das brincadeiras, organizadas
pela empresa Tio & Tio Recreação.
Outra grande parceria entre Gutierre, Apcd
e Uniodonto Araraquara, será levar os associados ao Ciosp 2014, onde cada um ganhará um
vale compras, além de brindes e muitas outras
novidades.
Cooperados confraternizam e ganham o mascote da Gutierre, o Gutinho.
Equipes participam de brincadeiras e gincana.
Bailarinas apresentam dança do ventre.
18 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
Distribuição de prêmios e brindes.
19. Transformamos negócios em sorrisos.
Gutierre na SBOE
O
P
arceira oficial da Organização Voluntários
do Sertão, a Dental Gutierre Odonto apoiou
a realização do 2º Mutirão de Cidadania e Saúde,
realizado em Ribeirão Preto, através da doação
de materiais para tratamento odontológico.
A ação promovida pela Organização e pelo
Ministério Público Federal (MPF) aconteceu
em novembro, na esplanada do Theatro Pedro
II, onde foram realizados 8.841 atendimentos,
mobilizando mais de 400 profissionais, levando gratuitamente mais de 40 serviços diferentes
para a população, entre eles a emissão de documentos, orientações jurídicas, consultas e orientações médicas, atendimentos odontológicos e
oftalmológicos, aferição de pressão arterial, teste
de glicemia, orientações nutricionais, cortes de
cabelo e muito mais.
Com o apoio da Gutierre Odonto mais de 150
pessoas foram atendidas, totalizando cerca de
500 procedimentos odontológicos entre extrações, restaurações, aplicação de flúor, raspagem
e profilaxia. Na oportunidade, os participantes
também tiveram acesso ao escovódromo e receberam orientações sobre saúde bucal.
Tenda montada na Esplanada do Theatro Pedro II, em Ribeirao Preto-SP.
Douglas Intrabartolo
Gutierre
Odonto
participa de
Mutirão de
Cidadania e
Saúde
“A maior importância dos eventos de especialidades é que nos
permitem prestar um atendimento
exclusivo e personalizado aos clientes, especificamente voltado para as
suas reais necessidades. Isso tudo, é
claro, com profissionais treinados e
com os produtos de alta qualidade
que a Gutierre oferece ao mercado”,
explica Eduardo Gutierre, diretor
da empresa.
Em seu estande a Gutierre Odonto recebeu visitantes, realizou cadastramento de clientes, vendas diretas
e distribuiu brindes aos participantes, marcando mais uma vez a sua
presença nos mais importantes
eventos realizados no país.
Douglas Intrabartolo
19º Congresso Internacional
de Sociedade Brasileira de
Odontologia Estética (SBOE) reuniu os melhores e mais renomados
profissionais deste segmento para
aperfeiçoamento técnico e oportunidades de negócios, em novembro,
em Curitiba-PR, carinhosamente
conhecida como Cidade Sorriso.
O evento é realizado anualmente
pela SBOE e ofereceu uma grade
de palestras de altíssima qualidade
para os participantes que também
puderam conferir as novidades
do mercado na feira comercial,
que mais uma vez contou com a
participação da Dental Gutierre
Odonto.
Mais de 150 atendimentos odontológicos e 500 procedimentos em apenas um dia de mutirão.
www.gutierreodonto.com.br > 19
24. Caderno Científico | Reabilitação Oral
◗◗ CARLOS MARCELO ARCHANGELO
Especialista, Mestre e Doutor em Prótese
Dentária pela Unesp de Araçatuba-SP.
Professor do Instituto Federal do Paraná.
Endereço para correspondência: Rua Eurico
Humming, 107 – Apto. 104 - Bairro Gleba
Palhano - CEP: 86050-464 - Londrina-PR.
Fone: (43) 3325 3996 - Cel: (43) 9912-9565.
E-mail: carlosarchangelo@uol.com.br
◗◗ JOSÉ CARLOS ROMANINI
Técnico em Prótese Dentária - Laboratório de
Prótese Dentária Romanini - Londrina-PR.
◗◗ JOSÉ NORBERTO GARCIA NESELLO
Especialista em Implantodontia. Mestrando
em Prótese Dentária na Faculdade de Ingá Maringá-PR.
◗◗ KAREN CRISTINA ARCHANGELO
Especialista em Prótese Dentária e
Endodontia. Mestranda em Odontologia na
Universidade Estadual de Londrina (Uel).
Professora do Instituto Federal do Paraná.
◗◗ RODOLFO BRUNIERA ANCHIETA
Especialista em Prótese Dentária e
Implantodontia. Doutor em Prótese Dentária
pela Unesp de Araçatuba-SP.
◗◗ DANIELA GARCIA NESELLO
Especialista em Implantodontia.
Mestre em Prótese Dentária pela
Universidade de Uningá-PR.
Laminados cerâmicos,
abordagem
ultraconservadora
INTRODUÇÃO
A evolução dos materiais restauradores e dos
procedimentos de adesão tem possibilitado a
utilização de reconstruções minimamente invasivas com maior previsibilidade de sucesso1-3.
O objetivo da Odontologia Restauradora
quando da reposição das estruturas dentais
perdidas é o restabelecimento da função e da
estética, aliando sempre que possível preparos
cavitários conservadores1-3. Os preparos conservadores promovem a manutenção da vitalidade do dente e reduzem a sensibilidade pós-operatória4.
Em dentes anteriores, os materiais utilizados
para a reconstrução da estrutura dental perdida
são as resinas compostas e as cerâmicas dentárias. As resinas compostas apresentam vantagens: como a inserção direta ao preparo, a
facilidade de modificação, reparo e a estética favorável logo na sua inserção5. Por sua vez, as cerâmicas dentárias com sua evolução apresentam
resultado extremamente estético e duradouro,
proporcionando, uma reabilitação estética com
lisura superficial, brilho, estabilidade de cor e
funcionalmente aceitável por um período de
tempo maior que as resinas compostas6,7.
Aliado a todas essas características, ressalta-se
que algumas cerâmicas apresentam alto potencial de se unirem ao dente através de retenção
micromecânica com a utilização do condicionamento com ácido fluorídrico, silanização e
utilização de cimento resinoso, promovendo
aumento da sua resistência a fratura e a possibilidade de preparos minimamente invasivos8,9.
Somando todas as características das cerâmicas
dentárias contemporâneas, nos deparamos com
um material com comportamento biomecânico próximo do dente íntegro com resutados de
longevidade superiores a 12 anos10.
Dessa forma, o objetivo do presente artigo é
ilustrar através de um caso clínico, a utilização
de laminados cerâmicos na reabilitação da dentição anterior.
CASO CLÍNICO
Paciente de 35 anos D. G. N. compareceu a
uma clínica particular na cidade de Londrina-PR, queixando-se do desgaste dentário das bordas incisais, do espaço negro entre os incisivos
centrais, da coloração e do volume dentário de
seus dentes. Após uma avaliação criteriosa e
em comum acordo com a paciente, o plano de
tratamento foi estabelecido, preconizando-se
realização de clareamento dentário e de facetas
laminadas de cerâmica do 15 ao 25. O clareamento dentário foi feito com um gel a base
24 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
de peróxido de carbamida na concentração de
10% (Powerbleaching, BM4 – Brasil Materiais
e Instrumentais - Brasil) em moldeiras individuais. O período de uso foi de 15 dias seguindo
o protocolo de utilização do fabricante e supervisionado pelo cirurgião-dentista. Após a
realização do clareamento foi aguardado um
período de 20 dias para estabilização da cor do
dente11 (Figura1).
Inicialmente foi feito um protocolo fotográfico (composto de 12 fotografias). O intuito deste
protocolo fotográfico foi o de realizar o planejamento e a posterior execução do caso com a
maior previsibilidade possível (Figura 1, 2 e 3).
Algumas fotografias foram selecionadas, enviadas ao laboratório e um planejamento prévio
foi desenvolvido. Foi realizada uma moldagem
inicial com um silicone de adição (Virtual, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) e, através de um
check list previamente feito, o enceramento de
diagnóstico executado. As incisais e pontas de
cúspides foram reestabelecidas em 1,5 mm e
o volume vestibular aumentado em 0,2 mm.
(Figura 4).
Após isso, foi feito o mock up que é a reprodução das alterações realizadas no enceramento
de diagnóstico, reproduzidas em boca para a
visualização do cirurgião-dentista e do paciente
(Figura 5). Nesse momento, qualquer tipo de
alteração, insatisfação ou imperfeições devem
ser anotadas, fotografadas e enviadas ao laboratório para que essas alterações sejam executadas
no enceramento e novo mock up seja feito no
paciente. Para este procedimento foi utilizado
uma resina bisacril na cor A2 (Systemp C & B,
Ivoclar Vivadent, Liechtenstein).
Preconizando a Odontologia Restauradora
minimamente invasiva, os preparos executados
foram mínimos, simplesmente o arredondamento de quinas e arestas (Figura 6).
Em seguida, a moldagem para o modelo de
trabalho foi feita com um material a base de
silicone por adição (Virtual, Ivoclar Vivadent,
Liechtenstein) pela técnica da dupla mistura
(Figura 7). O molde foi enviado ao Laboratório
de Prótese Dentária Romanini (Londrina - PR)
para a confecção dos modelos e das lâminas de
cerâmica. Em associação ao técnico de prótese
dentária optou-se pela utilização de uma cerâmica reforçada por dissilicato de lítio IPS e.max
Press pastilha HT A1 para a confecção das lâminas de cerâmica (Sistema IPS e. max, Ivoclar
Vivadent, Liechtenstein) (Figura 8).
Um dos grandes desafios na confecção de
lâminas de cerâmica com pouca espessura é a
escolha de cor ideal do cimento a ser utilizado.
25. Archangelo CM / Romanini JC / Nesello JNG / Archangelo KC / Anchieta RB / Nesello DG
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 10
Figura 9
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Figura 14
Figura 15
Figura 16
www.gutierreodonto.com.br > 25
26. Caderno Científico | Reabilitação Oral
◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Belser UC, Magne P, Magne M. Ceramic
laminate veneers: continuous evolution of
indications. J Esthet Dent 1997;9:197-07.
2) Beier US, Kapferer I, Burtscher D,
Dumfahrt H. Clinical Performance of
Porcelain Laminate Venners for Up to 20
Years. The Int Journal of Prosthodontics
2012;25(1):79-85.
3) Peumans M, Van Meerbeek B,
Lambrechts P, Vanherle G. Porcelain
veneers: a review of the literature. Journal
of Dentistry 2000;28:163-77.
4) Magne P, Douglas WH. Additive contour
of porcelain veneers: a key element in
enamel preservation, adhesion, and
esthetics for aging dentition. The Journal of
Adhesive Dentistry 1999;1:81-92.
5) Horvath S, Schulz CP. Minimally Invasive
Restoration of a Maxilary Central Incisor
with a Partial Venner. The Eur J of Esthet
Dent 2012;7(1):6-16.
6) Belser UC, Magne P, Magne M. Ceramic
laminate veneers: continuous evolution of
indications. J Esthet Dent 1997;9(4):197-207
7) Çehreli MC, Iplikçioglu H. Fiveyear follow-up of InCeram laminate
restorations: A clinical report. J Prosthet
De t 2000;84(5):487-489).
8) Magne P, Douglas WH. Interdental design
of porcelain veneers in the presence of
composite fillings: finite element analysis of
composite shrinkage and thermal stresses.
Int J Prosthodont 2000;13(2):117-124.
9) Edelhoff D, Sorensen JA. Tooth
structure removal associated with various
preparation designs for anterior teeth. J
Prosthet Dent 2002;87(5):503-509.
10) Fradeani M, Redemagni M, Corrado M.
Porcelain laminate veneers: 6-to 12-year
clinical evaluation – A retrospective study.
The International Journal of Periodontics &
Restorative Dentistry 2005;25:9-17.
11) Belotserkovets LR, Rodrigues JA,
Campos IT, Marchi GM. Restabelecimento
da estética através da colagem de
fragmento dentário. Rev ABO Nac 2005;
13(1):41-4.
12) Terzioglu H, Yilmaz B, Yurdukoru B. The
effect of different shades of specific luting
agents and IPS empress ceramic thickness
on overall color. Int J Periodontics
Restorative Dent. 2009 Oct;29(5):499-505.
26 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
Archangelo CM / Romanini JC / Nesello JNG / Archangelo KC / Anchieta RB / Nesello DG
Nesse sentido, a utilização de um cimento resinoso que apresente várias nuances de cor (valor)
para a escolha e a pasta de prova try in, permite
a observação da interação da cor do cimento
com a cerâmica, tornando mais favorável a mimetização da cerâmica com o dente, e os dentes
vizinhos (Figura 9). Depois da escolha da cor
do cimento (Variolink veneer HV + 2, Ivoclar
Vivadent, Liechtenstein), duas etapas foram
executadas anteriormente ao procedimento de
cimentação: o tratamento dos dentes e o tratamento dos laminados.
O tratamento da face interna dos laminados
foi feito da seguinte forma: 1) Ácido fluorídrico
(Condac porcelana, FGM, Brasil) a 10% por 20s
(Figura 10), seguido de lavagem em água corrente por 20s para a remoção do ácido fluorídrico;
2) Condicionamento do interior da cerâmica
com ácido fosfórico a 37% (Total etch, Ivoclar
Vivadent, Liechtenstein) para a remoção dos
precipitados formados pelo ácido fluorídrico
(Figura 10); 3) Lavagem e secagem, e aplicação
do silano por 20s (Monobond Plus, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 10) e aquecido o
laminado para a otimização de suas propriedades adesivas; 4) Aplicação de uma fina camada
de sistema adesivo (Heliobond, Ivoclar Vivadent,
Liechtenstein) (Figura 10) e acondicionamento
do mesmo no casulo sob proteção da luz (Ivoclar
Vivadent, Liechtenstein).
A seguir realizou-se o tratamento do dente:
1) Ácido fosfórico a 37% (Total etch, Ivoclar
Vivadent, Liechtenstein) durante 30s em esmalte, seguido de lavagem com água e secagem
com jatos de ar e papel absorvente (Figura 11);
2) Aplicação de sistema adesivo (Heliobond,
Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 11).
O cimento Variolink Veener (Ivoclar Vivadent,
Liechtenstein) na cor HV + 2 foi aplicado no
interior do laminado e o mesmo posicionado
no preparo (Figura 12). Os excessos grosseiros
foram removidos e a polimerização do cimento e sistema adesivo foram feitas com um fotopolimerizador Bluephase (Ivoclar Vivadent,
Liechtenstein) ativando por 20s em cada face
do dente (vestibular, palatina, mesial e distal).
Após a cimentação, foram feitos os ajustes e
acabamento inicial da linha de cimentação com
lamina de bisturi nº 12 e pontas de borrachas
abrasivas específicas para cerâmica (Figura 13)
(OptraFine, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein).
O acabamento final foi feito uma semana após
com disco de feltro e pasta de polimento do
kit Optrafine (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein)
(Figura 13), obtendo-se o seguinte resultado
(Figuras 14, 15 e 16).
DISCUSSÃO
O estado atual de desenvolvimento dos materiais restauradores tem aumentado a possibilidade de execução de tratamentos minimamente
invasivos12.
Entretanto, copiar as características intrínsecas
e extrínsecas do dente, como a cor, a forma, a
textura superficial e outros elementos da dentição
natural ainda são um grande desafio, independente do material de escolha do dente restaurado.
Quando da utilização de restaurações indiretas,
o trabalho do ceramista é tão importante quanto o realizado pelo cirurgião-dentista, pois sua
habilidade e conhecimentos são os responsáveis
pela anatomia e naturalidade da peça. Da mesma
forma, a interação entre os profissionais é fundamental para o sucesso do trabalho.
Um dos grandes desafios nos casos de laminados cerâmicos é mimetizar o substrato dentário
à lâmina de cerâmica.
Nesse sentido, o cimento resinoso é imprescindível, o mesmo, deve ser estável ao longo do
tempo, prevenindo a alteração de cor da interface de cimentação12. No referido caso o cimento
de eleição foi o Variolink veener (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein). Uma outra vantagem da
utilização desse cimento é de que sua cura é somente fotopolimerizável permitindo um tempo
de trabalho bom e uma manutenção de cor mais
adequada para a cimentação de laminados com
espessura mínima. O sistema ainda possui as
pastas de prova try in que imitam a cor final do
cimento e são utilizadas para a escolha da cor
final de cimentação.
O sistema cerâmico utilizado também (IPS
e.max) atuou com maior biomimetismo, restaurou com rigidez a estrutura coronária, restabelecendo a função dos dentes naturais, bem
como a estética do sorriso10.
CONCLUSÃO
Os laminados em cerâmica apresentaram um
real e efetivo tratamento conservador. Quando
corretamente indicados produzem restaurações
com excelência estética, permitindo a satisfação
dos pacientes com efeito imediato na qualidade
de vida.
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28. Caderno Científico | Dentística Estética
◗◗ RENATO MIOTTO PALO
Especialista em Endodontia pelo
Hospital de Reabilitação de Anomalias
Crânio-Faciais da Usp de Bauru-SP
(HRACF – Usp/Bauru). Mestrado em
Endodontia pela Unesp de São José dos
Campos-SP. Doutorado em Endodontia
pela Unesp de Araraquara-SP.
E-mail: rmpalo@me.com
Resultado harmônico
em clareamento dentário
com menos rapidez
e menos potência
INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos o clareamento dentário vem sendo estudado, testado e conhecido dia após dia. Em um passado recente, a
tendência foi de aumentar as concentrações
para se conseguir resultados mais rápidos e
mais efetivos, assim os clareadores receberam
aumento em suas concentrações1,2.
Nos dias atuais, com o objetivo de diminuir os efeitos indesejáveis da ação clareadora,
como por exemplo, a sensibilidade dentária,
alguns fabricantes de clareadores estão aplicando mudanças em suas formulações para
ganhar mais estabilidade e controlar as taxas de liberação dos íons oxidativos, uma vez
que a diferença entre os fabricantes está no
controle da estabilidade de concentração e
pH1,2,3-12.
Várias características dos géis clareadores
têm relação com esta estabilidade.
A primeira é a viscosidade e, dependendo do
tipo, principalmente da taxa de diluição dos
espessantes, os géis se tornam mais ou menos
viscosos, mas nesta questão também se regula
o comportamento do íon oxidativo9,13-16.
Assim, a viscosidade ideal controla a liberação e diminui a entrada desordenada dos
íons, reduzindo a chegada até a câmara pulpar
e a chance de sensibilidade. Hoje já existem
estudos demonstrando os comportamentos
dos clareadores4,12,15-27.
Em segundo lugar, alguns fabricantes agregam às fórmulas componentes que ajudam
na reestruturação da malha orgânica entre os
prismas de esmalte, que é alterada durante a
ação clareadora, amenizando o desconforto
para novos estímulos pós clareamento; como
o flúor e o nitrato de potássio, que atuam diminuindo o estímulo nervoso do tecido conjuntivo pulpar, dando ao paciente a sensação
de ausência de dor. (Exemplo fórmulas que
contenham PF, Potássio e Flúor)1,6,9,19,23,28-31.
Por vezes, ações clareadoras muito rápidas
podem estar relacionadas ao impacto da desorganização e desidratação da malha orgânica entre os prismas do esmalte criando assim
um aspecto branco. Do contrário, quando se
consegue controlar a entrada dos íons para
os tecidos dentários de forma mais lenta e
organizada, há tempo para a combinação entre os pigmentos e os radicais oxidativos e o
resultado é um clareamento com dentes mais
harmônicos e menos opacos.
28 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
CASO CLÍNICO
Paciente feminino, 23 anos, relatou estar desconfortável com a coloração levemente amarelada de seus dentes e ainda ter uma sensibilidade
naturalmente aumentada (Figura 1).
Durante o exame clínico inicial, foram identificados dentes jovens sem restaurações e com normalidade de translucidez do esmalte. Sem pontos opacos.
Foi proposto clareamento dentário em terapia
caseira, noturna, com peróxido de carbamida a
10% que contenha nitrato de potássio e flúor em
sua formula (Opalescence 10% PF - Ultradent
do Brasil), por se tratar de baixa concentração,
alta viscosidade e liberação lenta (Figura 2).
Durante a primeira sessão foi realizada moldagem para a confecção de moldeiras individualizadas (Figuras 3 a 7).
Um ponto importante discutido com a paciente foi a quantidade e frequência da utilização
do gel clareador. A orientação foi uma gota em
cada dente dentro da moldeira (Figuras 8 e 9)
e uso noturno.
A paciente foi ainda orientada da necessidade
de correta utilização e adaptação da moldeira
(Figuras 10 a 13).
A paciente foi reavaliada em 7 dias e repetiu
o procedimento por mais 7 dias, totalizando
15 dias de clareamento, quando a mesma demonstrou estar completamente satisfeita com
o resultado obtido (Figura 14).
Durante a última consulta foi aplicado um questionário de satisfação e desconforto e a paciente
não relatou nenhum episódio de sensibilidade aumentada, nem irritação dos tecidos moles bucais.
DISCUSSÃO
Percebe-se que hoje, o resultado final está
ganhando mais importância que a rapidez de
resposta. Se em um passado recente a ideia era
criar técnicas e materiais que respondessem de
forma imediata, ações adversas ajudaram a entender o cuidado e os reais motivos para se obter
um clareamento harmônico e duradouro.
Nos dias atuais, com o objetivo de diminuir
os efeitos indesejáveis da ação clareadora, como
por exemplo, a sensibilidade dentária, os clareadores estão sofrendo mudanças em suas formulações para ganhar mais estabilidade e controlar
as taxas de liberação dos íons oxidativos. No
presente caso optou-se por usar peroxido de
carbamida a 10% com presença em sua formula
de flúor e nitrato de potássio (Opalescence PF
29. Palo RM
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Figura 14
www.gutierreodonto.com.br > 29
30. Caderno Científico | Dentística Estética
10%) e por ter alta confiabilidade devido ao
controle de estabilidade de concentração e pH,
além de não ter sofrido mudanças recentes em
sua formulação. Ainda, apresenta alta viscosidade que colabora fisicamente na aderência do
gel na moldeira e na superfície dentária, diminuindo o extravasamento aos tecidos moles; e
estabilidade química para controle da liberação
iônica, uma vez que controle de pH, diluição
de espessantes do gel e outros componentes da
fórmula podem afetar a permeabilidade desses
íons pelos tecidos dentários1,10,15,16,21,29,32.
A escolha pelo material também influenciou a
escolha da terapia de uso noturno, pois devido
a liberação gradual do Opalescence PF 10%,
é recomendado para até 8 horas de ação10,32,33.
O resultado obtido foi discreto, harmônico e
de acordo com as intenções da paciente.
Nota-se a ausência de áreas de desidratação,
Palo RM
pontos brancos e ainda a transparência incisal
preservada. Estes são sinais de que houve uma
ação clareadora efetiva, harmônica e segura, talvez devido a presença do íon flúor e do nitrato
de potássio em sua formulação, que demonstraram ser benéficos ao esmalte, diferentemente da
presença de cálcio na fórmula que demonstrou
ser indiferente1,8,10,13,28-30.
A foto final refere-se a um mês após o término
do clareamento, onde a estabilidade de cor já
aconteceu.
CONCLUSÃO
Concluímos que o imediatismo por dentes
brancos deve ser visto com cautela, para evitar
que áreas de desidratação sejam erroneamente
interpretadas como clareamento, assim, terapias
mais lentas e graduais mostram resultados harmônicos e duradouros.
◗◗ REFERÊNCIAS
1) Matis BA, Cochran MA, Eckert GJ. Review of the effectiveness of various tooth whitening systems. Operative Dentstry. 2009; 34-2: 230-235.
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30) Simas RM, Alexandrino LD, Gomes YSBL, Klautau EB, Esteves RA, Silva CM. Avaliação do esmalte clareado com peroxido de hidrogênio a 35% com ou sem cálcio. Brazilian Oral Research.
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31) Wainwright WW, Lemoine FA. Rapid diffuse penetration of intact enamel and dentin by carbon-14-labeled urea. J Am Dent Assoc. 1950; 41: 135-45.
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33) Feinman RA. Bleaching vital teeth. Curr Opin Cosmetic Dent. 1994; 23-9.
30 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
31. Caderno Científico | Dentística Estética
◗ MIRIAM BALDIN
Especialista em Dentística e Estética
dental. Ministradora dos cursos Atualização
e Aperfeiçoamento em Dentística Estética
e Diretora do Departamento de Dentística
da Apcd de Ribeirão Preto-SP. Proprietária
da Clinica Baldin (Odontologia/Saúde/
Estética).
Site: www.miriambaldin.odo.br
E-mail: miriam@miriambaldin.odo.br
Baldin M
Estética e cosmética
em Odontologia:
conceitos e aplicações
INTRODUÇÃO
Em Odontologia, o conceito de estética inclui os
aspectos morfofisiológicos harmônicos e, a cosmética inclui aspectos relacionados com a técnica, o
material, a cor e a interação entre eles. Sendo assim,
a estética pode ser definida como a arte de criar,
reproduzir, copiar e harmonizar as restaurações
com as estruturas dentárias e anatômicas circunvizinhas, enquanto a cosmética constitui o conjunto de procedimentos e materiais odontológicos
específicos com o objetivo de alcançar a beleza e a
harmonia requeridas pela estética1.
O presente artigo visa mostrar como alguns
procedimentos restauradores estéticos e cosméticos podem mudar a aparência dentofacial, principalmente quando atuando em conjunto com
outras disciplinas da Odontologia, melhorando
sobremaneira o resultado final de tratamentos
onde antes se buscava apenas saúde e função1,2.
Atualmente, muitos dos planejamentos cirúrgicos, ortodônticos ou reabilitadores já prevêem a necessidade de procedimentos cosméticos, principalmente adesivos, para concluir os
casos mais complexos, em que o objetivo seja
o restabelecimento do sorriso. A Odontologia
Estética, juntamente com uma enorme variedade de materiais restauradores disponíveis, tem
trazido oportunidades de tratamentos nunca
antes imaginados. A possibilidade de se acrescentar resinas e porcelanas sem a necessidade
de metal, com pouco desgaste dental, mudou
sobremaneira os tratamentos reabilitadores e a
aparência dentofacial3.
Ela estará presente após tratamentos ortodônticos,
onde os diastemas estejam abertos e necessitem ser
fechados após a completa movimentação dental. Geralmente para estes casos utilizam-se resinas compostas, fragmentos ou laminados cerâmicos.
Pacientes com perda de dimensão vertical e
desgaste excessivo nos dentes anteriores podem
ter seu sorriso de volta após a reabilitação posterior, associado à tratamento reabilitador posterior em que se possibilita a criação de espaços
interoclusais para a reabilitação anterior. Em
muitos casos podemos criar ilusões de ótica para
fazer com que os dentes pareçam mais longos
ou curtos, mais largos ou estreitos, auxiliando
assim em grandes reabilitações orais.
CASOS CLÍNICOS
Seguem casos clínicos em que houve aplicação
de técnicas e materiais estéticos e cosméticos,
para que fosse devolvida a harmonia e naturalidade do sorriso.
Caso Clínico 1 (Figuras 1a e 1b)
Paciente portadora de dentes com desarmonia
de formato e cor, trazendo a impressão de um
sorriso sem vitalidade. Foram aplicadas técnicas de clareamento dental, restaurações com
resinas compostas e princípios de remodelação
cosmética, fazendo assim com que o sorriso se
enquadrasse ao perfil da paciente
Figura 1a
DISCUSSÃO
◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Mondelli,J,Estética e Cosmética
em Clínica Integrada Restauradora,
Quintessence.2003, 7-9,87.
2) Magne P, Belser U, Restaurações
Adesivas de Porcelana na dentição
Anterior: :Uma Abordagem Biomimética,
Quintessence .2012;58.
3) Fradeani M, Análise Estética Uma
Abordagem Sistemática Para o Tratamento
Protético, Quintessence.2006.
Ao contrário do que muitos pensam, a estética e a cosmética em Odontologia não visam
apenas clarear dentes ou restaurar dentes com
resinas compostas. Elas implicam numa vasta
área de conhecimento multidisciplinar relacionado à aparência dentofacial. O profissional que
trabalha com esta disciplina utiliza técnicas de
clareamento dentário, microabrasão, remodelação cosmética, aliados a procedimentos de
ortodontia, periodontia, prótese e oclusão, podendo assim modificar forma, cor, tamanho e
posição dos dentes. Utilizam materiais como
resinas compostas e cerâmicas de última geração, associadas a princípios de proporção áurea,
remodelação cosmética e ilusão de ótica. Sendo
assim, fazer Odontologia Estética exige dos profissionais alta performance técnica associada à
tecnologia disponível no mercado atualmente.
Podemos citar alguns exemplos de como a Odontologia Estética pode se associar a outras especialidades odontológicas para recriar sorrisos harmoniosos.
M. Baldin
Figura 1b
M. Baldin
www.gutierreodonto.com.br > 31
32. Caderno Científico | Dentística Estética
Caso Clínico 2 (Figuras 2a, 2b e 2c)
Figura 2a
Paciente submetido a tratamento ortodôntico portador de diastemas. Após a remoção do
aparelho, fechamento dos diastemas com resinas
compostas e remodelação cosmética.
M. Baldin
Figura 2b
Figura 2c
M. Baldin
Caso Clínico 3 (Figuras 3a, 3b, 3c e 3d)
Paciente com mordida aberta anterior, com
indicação para cirurgia ortognática, optou por
apenas harmonizar o sorriso com facetas nos
dentes anteriores e modificação do corredor bucal. Este tratamento possibilitou que o espaço
existente entre as duas arcadas parecesse menor devido ao maior grau de aparecimento dos
dentes ântero-superiores. Para isso, trabalhou-se
com os princípios de dominância anterior, linha
média e progressão regressiva, fundamentais
para a Odontologia Estética.
Este procedimento não substitui a necessidade
de tratamentos cirúrgico/ortodôntico, mas devolve parcialmente harmonia ao sorriso.
Figura 3a
M. Baldin
Figura 3b
M. Baldin
Figura 3c
M. Baldin
Figura 3d
M. Baldin
Caso Clínico 4 (Figuras 4a e 4b)
Paciente com ausência dos dentes 22, 32 e
42, com desvio de linha média e acentuado
desgaste dos dentes anteriores, com perda de
dimensão vertical. Para que fosse possível a reabilitação do sorriso deste paciente, associou-se ao tratamento o uso de placa de mordida
articulada pré e pós-tratamento reabilitador. O
paciente foi submetido a completa reabilitação
posterior, com uma dimensão vertical alterada, para que gerasse espaço para a reabilitação
anterior. Nos dentes posteriores utilizou-se
coroas totais, e nos dentes anteriores facetas e
restaurações com resinas compostas e porcelanas a partir do dente 13 até a transformação
do dente 23 no 22 ausente e do dente 24 em 23.
Desta forma, conseguiu-se minimizar o efeito
das ausências e melhorar a aparência dos dentes anteriores, possibilitando assim um sorriso
mais confiante ao paciente.
32 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
Figura 4a
M. Baldin
Figura 4b
M. Baldin
M. Baldin
33. Baldin M
Figura 5a
Figura 5b
Caso Clínico 5
(Figuras 5a, 5b, 5c, 5d e 5e)
Paciente com indicação para coroas em porcelana nos dentes anteriores, com presença de
implante em posição irregular, entre os dentes 22 e 23 (Figuras 5a e 5b). Para se conseguir
harmonia anterior, necessitou-se distribuir os
espaços a partir do dente 13, baseando-se em
princípios estéticos de proporções ideais de largura e comprimento dos dentes. Deste modo,
através de coroas de porcelana, aumentou-se
a largura a dos dentes a partir do dente 13, de
modo que sobre o implante fosse construído o
dente 22. Posteriormente, seria transformado
o dente 24 em 23, para enquadrar os dentes ao
conjunto orofacial.
M. Baldin
M. Baldin
Figura 5c
Figura 5d
M. Baldin
M. Baldin
CONCLUSÃO
Figura 5e
“O objetivo da estética e da cosmética não se
resume apenas em restaurar a forma e a função dos dentes, mas no restabelecimento de um
novo sorriso que se adapte ao perfil do paciente. Através de suas técnicas e materiais, auxilia
em várias outras especialidades odontológicas,
desde o planejamento, execução e finalizações
reabilitadoras, trazendo de volta a beleza e naturalidade dos dentes e do sorriso”.
M. Baldin
2014
1º semestre
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Corpo Docente:
• Prof. MS Danilo Maeda Reino Coordenador, Especialista, Mestre
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34. Caderno Científico | Dentística Estética
◗◗ MARCELO RODRIGUES ALVES
Professor do Curso de Especialização em
Dentística da Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo (Forp/Usp). Clínica particular em
Ribeirão Preto/SP.
E-mail: dr.marcelo@mcpremiere.com.br
◗◗ ÁLVARO AUGUSTO JUNQUEIRA JÚNIOR
Especialista e Mestrando em
Dentística pela Forp/Usp.
E-mail: alvarojunqueira@usp.br
Protocolo de preparo e
cimentação de pinos de fibra
de vidro: Técnica modificada
INTRODUÇÃO
Dentes tratados endodonticamente tornam-se enfraquecidos devido à perda de estrutura
dentária, principalmente de dentina, decorrente
de fraturas coronárias, lesões cariosas, erosão,
abfração e pelo tratamento endodôntico1. A preservação de maior volume de dentina, tecido
este altamente resiliente e que confere resistência
elástica ao elemento dental, deve ser objetivo de
todo tratamento restaurador.
González2 relata que dentes restaurados com
pinos metálicos fraturam com cargas significantemente menores que os dentes cimentados com
pinos de fibra de vidro, observado ainda que o
aumento de chances de fraturas relacionadas
ao diâmetro do pino mostraram-se significantemente maiores apenas nos pinos metálicos.
Diferentemente dos pinos rígidos, os pinos de
fibra de vidro não necessitam ser maiores que
o tamanho da coroa para reduzir as chances de
fratura radicular3. Isto ocorre porque, uma vez
cimentado adesivamente o pino no conduto,
não há necessidade de aumentar a retenção com
a confecção de um pino muito longo4.
DISCUSSÃO
Mesmo dotado de tais vantagens, a presença
de uma linha de cimentação exagerada entre o
dente e o pino permanece um problema clínico
importante5,6 principalmente em canais elípticos, onde os pinos pré-fabricados não apresentam adaptação adequada7. Casos como estes predispõem situações em que a camada de cimento
torna-se muito espessa, aumentando a presença
de bolhas e favorecendo a descimentação do
pino8. Uma opção para estes casos é realizar a
reanatomização do pino com resina composta9,
aumentando sua adaptação no conduto e possibilitando a criação de uma camada de cimento
mais fina.8 Aumentar a superfície de contato
entre o pino e o dente pode, também, reduzir
a dependência da adesividade para retenção do
pino10. Também foi demonstrado que cimentos
com melhores propriedades mecânicas e menor
potencial adesivo podem ser úteis na cimentação
de pinos reanatomizados11.
A perda de retenção do pino é a causa de falha
mais comumente relatada para insucessos de
coroas retidas por pinos12,13, tornando a pesquisa
sobre fatores que aumentam a retenção do mesmo no conduto muito focada14. É importante
que o cirurgião-dentista entenda como atingir
união efetiva dos pinos com a estrutura dental, promovendo retenção e reduzindo o risco
de fratura dental15. Shori16 realizou um estudo
mostrando que o tratamento prévio do pino
34 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
de fibra de vidro com peróxido de hidrogênio
a 10% aumenta sobremaneira a eficiência da
silanização, tornando a adesão entre o pino e o
cimento resinoso significativamente aumentada. Neste mesmo estudo, Shori observou que o
uso de ácido fosfórico a 37% aumentou a força
de adesão, porém somente quando comparado
com o grupo de pinos sem qualquer tratamento
prévio à silanização. É importante destacar que o
uso do ácido fosfórico a 37% tem como objetivo
apenas limpar a superfície do pino.
Em relação à fotopolimerização do cimento resinoso, é importante destacar que não é
clinicamente possível fotopolimerizar todo o
cimento presente dentro do conduto17. Com
isso, torna-se desejável o uso de fotopolimerizadores de alta potência, assim como torna-se
indispensável o uso de cimentos que possuam,
além da capacidade de fotopolimerização, uma
via química para complementação da polimerização pela luz. A forma de inserção do cimento
no conduto também interfere na retenção do
pino, sendo que o uso de pontas auto-misturadoras para levar o cimento no interior do canal
e o uso de brocas lentulo mostram melhores
resultados18,19,20. Contudo, como a ativação da
lentulo aumenta a temperatura do cimento, este
pode começar a polimerizar-se precocemente,
fazendo com que esta prática deva ser cautelosa
quando escolhida. O corte do pino deve preceder a cimentação, a fim de evitar vibrações
sobre o mesmo enquanto o cimento não está
completamente polimerizado. O corte apical do
pino não é recomendado pelo fabricante.
CONCLUSÃO
Este trabalho tem como finalidade mostrar o
passo-a-passo de uma técnica modificada, onde
a cimentação de um pino de fibra de vidro é
realizada com o mesmo material para reconstrução coronária. Esta técnica facilita o procedimento, pois não há necessidade do uso de resina
composta para restauração final do elemento
reabilitado.
35. Alves MR / Junqueira Jr. AA
Figura 1
Após o tratamento endodôntico é feita a remoção do material obturador. No mínimo a mesma medida coronária
e no máximo 2/3 do conduto radicular.
Figura 3b
Certificando-se do travamento procedemos ao corte
incial no comprimento de trabalho necessário.
Figura 5
Para a secagem pode ser utilizado sugador de
endo ou peças plásticas adaptadas à cânula
(Cappilary Tips - Ultradent).
Figura 8
Finalização da secagem com cone de papel.
Figura 2
Após a remoção, o preparo é feito com brocas do mesmo
diâmetro dos pinos com o objetivo de máxima adaptação.
O instrumento final é escolhido de acordo com a amplitude
da obturação final diagnosticada pelo RX.
Figura 3c
Em casos onde o elemento apresenta remanescente
coronário, pode ser necessário o corte chanfrado
do pino para melhor adaptação.
Figura 6
Condicionamento com Ácido Fosfórico a 37% durante 15s.
Figura 9
Aplicação ativa do adesivo com movimentos vigorosos
contra a superfície dentinária. (Allcem - FGM).
Figura 3a
Certificamos o diâmetro e adaptação do pino. O mesmo
deve "travar"nas paredes internas do conduto.
Figura 4
O início do preparo do conduto faz-se com a utilização
de insertos ultrassônicos sem ponta ativa com o
objetivo de limpeza sem desgaste interno.
Figura 7
Lava-se novamente com ultrassom e secagem
inicial com cânulas de sucção.
Figura 10
Remoção do excesso de adesivo com cones
de papel. Deixar por 15s dentro do canal.
www.gutierreodonto.com.br > 35
36. Caderno Científico | Dentística Estética
Figura 11
Figura 12
Fotopolimerização por 40s. Verificar a potência do fotopolimerizador. (Optilight Max, 1200 mW/cm2, Gnatus).
Preparo prévio do Pino: Aplicação de ácido fosfórico
por 40s, lavagem e secagem. Aplicação do silano e
aguardar 3 min para evaporação. Aplicação do adesivo,
secagem com jato de ar para remoção de excessos
e fotopolimerização por 15s.
Figura 14
Figura 15
Verificar dispositivo intra-canal que acompanha
a ponta automix do sistema.
Figura 17
Alves MR / Junqueira Jr. AA
Figura 13
Cimentação e restauração coronária feita com
cimento resinoso dual (Allcem Core, FGM).
Figura 16
Inserção do cimento dentro do canal
previamente à inserção do pino.
Aspecto final, notar a cobertura completa do remanescente. Não é indicado deixar o pino de fibra exposto.
Figura 18
Fotopolimerização por 40s.
Polimento pode ser feito com discos de lixa e feltro acompanhados de pastas de polimento (Diamond master, FGM).
◗◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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36 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57
37. Caderno Científico | Ortodontia
◗◗ RENATA CRISTINA FARIA RIBEIRO DE CASTRO
Mestre e Doutora em Ortodontia pela
Faculdade de Odontologia de Bauru da
Universidade de São Paulo (Fob/Usp).
Pós-Doutorado pela Faculdade de
Odontologia de Piracicaba - Unicamp.
Coordenadora do mestrado em
Odontologia, área de concentração em
Ortodontia, pela Universidade do Sagrado
Coração (USC - Bauru-SP).
E-mail: drarenatacastro@gmail.com
Castro RCFR
Propulsor Mandibular Forsus:
eficiente alternativa para
o tratamento das más
oclusões de Classe II, por
retrusão mandibular
INTRODUÇÃO
A má oclusão de Classe II por retrusão mandibular, identificada pela convexidade facial
aumentada, está presente em 37,2% da população brasileira1 e, dentre as suas manifestações,
a forma mais prevalente é a caracterizada pela
deficiência mandibular2-5. Em consequência da
maior prevalência do retrognatismo mandibular, estão indicados, para esses casos, aparelhos
que estimulem o redirecionamento do crescimento mandibular6-8.
Muitos dispositivos e técnicas para o tratamento das alterações dentoesqueléticas e funcionais da maloclusão Classe II foram descritos
na literatura. Destacam-se os aparelhos ortopédicos funcionais, aparelhos extrabucais, aparelhos fixos associados a elásticos de Classe II e
ou ortopédicos funcionais fixos, podendo ainda
envolver ou não extrações dentárias. Quanto aos
ortopédicos funcionais fixos, estão bem indicados para os casos em que a maloclusão de Classe
II tem como principal componente a deficiência
mandibular9. Se o componente esquelético mais
comprometido na má oclusão de Classe II é a
mandíbula, cabe ao ortodontista ter em mãos
alternativas de tratamento com ação direta no
osso basal comprometido, neste caso, aparelhos
propulsores da mandíbula fixos.
Desde que Pancherz7, em 1979, reintroduziu o
uso deste aparelho na literatura mundial, outros
dispositivos surgiram com aplicações semelhantes, porém, ressalta-se que são distintos em relação ao vetor de força, instalação, conforto para
o paciente e sistema de ancoragem.
Aparelhos desenvolvidos recentemente (século XXI) podem ser classificados como híbridos
(Twin Force Bite Corrector e FORSUS), porque
eles representam a combinação de características
dos aparelhos funcionais fixos rígidos (Ex.: Herbst, APM, FLF, MARA) com aparelhos funcionais fixos flexíveis (Ex.: Jasper Jumper, Churro
Jumper). Poderiam ser descritos como aparelhos
com os sistemas rígidos associados a dispositivos
do tipo mola. O objetivo desses aparelhos é mover os dentes pela aplicação de forças elásticas
contínuas, que substituem o tradicional uso de
elásticos ou de forças extra-orais. A característica comum é o uso de molas em espiral para
produzir forças que variam entre 150 e 200 gramas. Outras características incluem a redução da
necessidade de cooperação do paciente, a facilidade de instalação do aparelho, menor índice de
quebra e maior conforto para os pacientes10,11 e,
no caso do propulsor mandibular Forsus, não
necessita de ancoragens intrabucais devido ao
seu vetor de força mais horizontal.
DISCUSSÃO
Dentre os aparelhos ortopédicos funcionais
fixos híbridos destaca-se o Forsus, inicialmente
constituído por lâminas de níquel-titânio, revestidas por plástico e se chamava Forsus Nitinol
Flat Spring. Bill Vogt, em 2001, desenvolveu o
Forsus - Fatigue Resistant Device (FFRD), composto por três partes telescópicas envolvidas
por uma mola helicoidal. Quando totalmente
comprimida, o que raramente deve ocorrer na
utilização clínica, a força gerada pela mola é de,
aproximadamente, 200 gramas10. Essa característica faz com que se assemelhe a alguns aparelhos funcionais flexíveis. Difere, no entanto,
pela maior resistência à quebra da mola espiral.
A mola é aplicada por seu deslizamento sobre
uma superfície rígida evitando desta forma angulações nos pontos de fixação e permitindo
movimentos mandibulares laterais.
A segunda versão do aparelho Forsus foi fabricada em seis diferentes tamanhos (entre 22
e 38 mm), servindo tanto para o lado direito e
o esquerdo, para a obtenção do valor total do
comprimento do módulo deve-se somar 12 mm
à medida, em máxima intercuspidação habitual,
da mesial do tubo do primeiro molar superior
a distal do bráquete do canino inferior. As suas
extremidades são presas às bandas ou ao fio ortodôntico do tubo do primeiro molar, por meio
de um pino (conhecido como Módulo L-PIN),
a distal do bráquete do canino inferior. O arco
inferior deve apresentar fio retangular de aço de
0,021” x 0,025” e o fabricante não indica uso de
ancoragem inferior e nem superior10. Em 2008
o fabricante (3M Unitek Corp, Monrovia, Califórnia) substituiu o módulo L-PIN pelo módulo
EZ, uma trava antirrotacional para encaixe no
tubo do molar, com o objetivo de proporcionar
mais estabilidade ao Forsus - Fatigue Resistant
Device. Em 2010, o módulo EZ dop Forsus Fatigue Resistant Device recebeu um reforço
de solda, minimizando, ainda mais, riscos de
fratura e, este novo módulo foi chamado de Forwww.gutierreodonto.com.br > 37
38. Caderno Científico | Ortodontia
sus Módulo EZ2. Atualmente, somente o Forsus
EZ2 é comercializado no Brasil e no exterior.
As alterações promovidas pelo Forsus foram
investigadas e os resultados mostram que em
pacientes com idade inicial média de 14,2 anos,
a análise das telerradiografias demonstrou que
66% das alterações foram de origem dentária,
a correção da relação molar ocorreu por meio
da distalização dos molares superiores e mesialização dos molares inferiores8,12,13,14. Houve uma retrusão dos incisivos superiores e a
protrusão dos inferiores, reduzindo trespasse
horizontal, sendo que a intrusão e protrusão
dos inferiores também reduziram em 1,2 mm
o trespasse vertical. Não houve alteração significante na maxila e a mandíbula apresentou um
significante aumento no comprimento efetivo.
O plano oclusal rotacionou no sentido horário
(4,2º) como resultado da intrusão dos incisivos
inferiores e molares superiores. Dois terços dos
pacientes preferiram o novo aparelho ao uso da
ancoragem extrabucal, aparelhos removíveis ou
elásticos intermaxilares. Os autores concluíram
que o Forsus consiste em um excelente sistema
Figura 1
Figura 2
auxiliar para o tratamento da maloclusão de
Classe II em pacientes não colaboradores e após
o pico de crescimento puberal.
Numa avaliação de 48 adolescentes que apresentavam retrognatismo mandibular e padrão
de crescimento horizontal ou normal13, os pacientes foram divididos aleatoriamente em três
grupos: 1) com idade média de 13,6 anos, tratado com Forsus Nitinol Flat Spring; 2) com
idade média de 14,0 anos, tratado com aparelhos
Jasper Jamper; e 3) grupo controle, não tratado,
com idade média de 13,8 anos. Telerradiografias laterais e modelos de estudo foram obtidos
após a fase de nivelamento e no momento da
remoção dos aparelhos. A análise cefalométrica
revelou que ambos os aparelhos redirecionaram o crescimento mandibular, com aumento
da altura facial anterior e posterior. Incisivos
superiores foram extruídos, retraídos e verticalizados, com distalização e intrusão dos primeiros
molares superiores. Na mandíbula, os incisivos
foram intruídos e protruídos para vestibular,
enquanto os molares sofreram mesialização e
extrusão. Houve obtenção de relação molar de
Figura 3
Trespasse horizontal na instalação do
aparelho ortopédico funcional fixo.
Fonte: autora do presente artigo.
Ancoragem intrabucal superior (barra transpalatina) e inferior (arco lingual de Nance), previamente a instalação
do propulsor mandibular híbrido Twin Force Bite Corrector. Devido ao vetor de força mais vertical de sistemas
de molas de níquel titânio, este ortopédico híbrido não dispensa o uso de ancoragens, superior e inferior.
Por outro lado, o propulsor mandibular híbrido Forsus, devido ao vetor de força mais horizontal
e sistemas de mola de aço inoxidável, dispensa o uso de ancoragens.
Figura 4
Figura 5a
Forsus Fatigue Resistant Device, módulo EZ2 e, associado ao aparelho fixo autoligado Clarity SL.
Fonte: 3M Unitek
Régua fornecida pelo fabricante para a obtenção da medida da mesial do tubo primeiro molar superior à distal
do braquete do canino inferior. Fonte: 3M Unitek
Figura 6a
Figura 5b
Figura 6b
Forsus Fatigue Resistant Device, módulo L-Pin (etapa final de uso).
38 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57