SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 18
Descargar para leer sin conexión
1. RECEITAS PÚBLICAS

   1.1.        Uma abordagem inicial

          Receita é a entrada monetária que ocorre em uma entidade (Contabilidade) ou
patrimônio (Economia), em geral sob a forma de dinheiro ou de créditos representativos
de direitos. Na administração pública brasileira, receita pode ser classificada como todo
e qualquer recolhimento de recurso feito aos cofres públicos que o governo tem direito.

          As receitas se dividem em receitas correntes e de capital, receitas
orçamentárias e extraorçamentárias. Confira abaixo um resumo sobre o que constitui as
principais receitas antes de entrarmos nas análises das Receitas do município de Barueri
–SP:

   1. Receita orçamentária: Tributos, rendas, alienações, transferências, amortização de
      empréstimos.
              a. Receita corrente: meio financeiro de origem tributária, contributiva,
                   patrimonial, industrial, de serviços. Recursos recebidos de outras pessoas
                   físicas ou jurídicas de direito público ou privado, destinadas a atender
                   gastos públicos.
    Tributárias: arrecadação promovida pelo Estado, sem contraprestação direta, sendo
      destinadas ao custeio das atividades ou serviços de competência do setor público. Ex:
      impostos, taxas, contribuição de melhoria.
    Receitas de contribuições: contribuição de caráter social ou econômico.
    Receitas patrimoniais, agropecuária, industriais e de serviço: oriundas da aplicação de
      recursos ou utilização de bens do Estado ou da exploração direta, por ele, de atividades
      produtivas ou comerciais.
    Transferências correntes: recursos recebidos de outras pessoas físicas ou jurídicas
      destinados a atender despesas correntes
    Outras receitas correntes: multas e juros de mora, cobrança de dívidas, restituições,
      indenizações. Sem item específico de classificação.
              b. Receita de capital: provenientes da realização de recursos financeiros,
                   oriundos de constituição de dívidas
    Operações de crédito internas ou externas: captação de recursos mediante a
      empréstimos de longo prazo – obtidos no país ou exterior - destinados ao atendimento
      de desequilíbrio orçamentário.
    Alienação de bens: venda de bens públicos móveis, imóveis ou semoventes.
    Amortização de empréstimos: decorrente do recebimento de valores relativos ao
      principal e respectivas atualizações monetárias referentes a empréstimos concedidos
      pelo Poder público à terceiros.
    Transferência de capital:recursos recebidos de outras pessoas para atender despesas de
      capital
   2. Receita extra-orçamentária: Valores de toda e qualquer arrecadação que não figure no
      orçamento do Estado e todo recolhimento que não constitui sua renda. Valores
      recebidos pelo estado mas que não são se sua propriedade e terão que ser devolvidos.
1.2.         RECEITA NOMINAL DO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP

           A tabela abaixo apresentada é a base para a construção de todas as análises
deste trabalho e foi obtida através de pesquisa no banco de dados das Finanças
Brasileiras (FINBRA). Nela estão contidas informações a respeito das principais
receitas do Município de Barueri –SP compreendidas no período de 2005 a 2010.

           Vale ressaltar que nossa análise se estendeu somente até o ano de 2010, pois o
município de Barueri-SP não disponibilizou os dados de 2011 ao FINBRA, impedindo,
portanto, a conclusão da análise. Entretanto, a prefeitura de Barueri-SP foi contatada no
dia 8 de Novembro de 2012 e nossa equipe aguarda retorno da Secretaria de Finanças de
Barueri-SP.


                                 Prefeitura Municipal de Barueri-SP
                     Evolução das principais receitas: 2005-2011 (valores nominais)
                Transferidas                    Próprias                            Totais
Ano                                                                   Receita    Receita de
         ICMS       FPM       IPVA         IPTU           ISS        Corrente      Capital    Receita Total
2005 254.116.775 23.107.842 16.003.955 7.771.151 163.550.073 634.575.745 22.462.552            657.038.297
2006 296.276.411 25.555.870 19.689.428 8.932.243 181.906.143 706.600.827 4.712.317             711.313.144
2007 357.975.687 29.480.308 24.566.805 10.214.291 235.342.865 884.745.490          216.445     884.961.935
2008 468.001.250 36.583.582 29.804.065 11.616.327 369.354.163 1.201.990.685 3.049.360         1.205.040.045
2009 501.233.648 34.588.444 41.528.924 12.488.243 440.031.135 1.339.469.446 658.263           1.340.127.708
2010 590.017.406 36.921.326 38.565.710 13.407.943 496.177.514 1.555.365.992 237.692           1.555.603.684
2011       *          *         *            *             *             *            *             *
Fonte: FINBRA



    2. DEFLATOR

           Em estatísticas, um deflator é um valor que permite que dados sejam medidos
ao longo do tempo em termos de algum período-base , geralmente através de um índice
de preços, a fim de distinguir entre uma mudança no valor do dinheiro de um produto
nacional bruto (PNB) que vêm a partir de uma variação de preços, e as mudanças na
produção física. Um deflator serve, portanto, como um índice de preços em que os
efeitos da inflação são anulado. Assim, para as análises financeiras do Município de
Barueri-SP, os valores nominais, recolhidos do FINBRA, foram deflacionados de
acordo com os valores da tabela abaixo inserida:
IDP-DI (FGV) - base dez/2011

                                        Mês          Multiplicador
                                     Dez 2005          1,4087506
                                     Dez 2006          1,3597905
                                     Dez 2007          1,2754603
                                     Dez 2008          1,1469919
                                     Dez 2009          1,1675646
                                     Dez 2010          1,0541158
                                     Dez 2011               1
                                     Fonte: Banco Central do Brasil,
                                          Calculadora do Cidadão
                                   (http://www.bc.gov.br/?calculadora)




    3. RECEITA REAL E ANÁLISES FINANCEIRAS

           Com os valores nominais deflacionados, foi possível elaborar a tabela abaixo,
que será utilizada para as análises financeiras:


                                               Prefeitura Municipal de Barueri-SP
                                         Evolução real das principais receitas: 2005-2010
                          Transferidas                     Próprias                                  Totais
    Ano                                                                         Outras                                    Receita Total
                                                                                              Receita       Receita de
                  ICMS        FPM        IPVA         IPTU            ISS                    Corrente        Capital
    2005        357.987.160 32.553.186 22.545.582 10.947.614 230.401.263 239.524.157        893.958.962     31.644.133    925603094,9
    2006        402.873.848 34.750.629 26.773.497 12.145.979 247.354.245 236.930.894        960.829.092     6.407.763     967236855,7
    2007        456.583.777 37.600.963 31.333.984 13.027.923 300.170.481 289.740.620 1.128.457.749             276.067    1128733816
    2008        536.793.643 41.961.072 34.185.021 13.323.833 423.646.234 328.763.776 1.378.673.580            3.497.591   1382171171
    2009        585.222.663 40.384.242 48.487.701 14.580.831 513.764.776 361.476.893 1.563.917.107             768.564    1564685672
    2010        621.946.670 38.919.353 40.652.724 14.133.524 523.028.557 400.855.038 1.639.535.867            250.555     1639786422

  Média dos
    anos        467.892.218 37.450.019 32.665.157 12.805.236 343.067.400 291.287.268        1.185.167.298     8.518.824 1.193.686.122
Fonte: FINBRA
3.1.         Evolução das Principais Receitas de Barueri-SP




          A partir destes gráficos é possível notar a evolução das principais receitas do
município de Barueri-SP. Constata-se que as receitas de maior incidência no município
em estudo são o ICMS (transferida) e o ISS (própria). Em geral, as receitas foram
crescentes considerando o período de 2005 a 2010, apenas a Receita de Capital obteve
um grande ápice em 2005, conforme demonstra o gráfico abaixo:
3.2.        Receitas Correntes




          A partir deste gráfico, pode-se observar a composição da Receita Corrente em
pontos percentuais. Percebe-se, mais uma vez, a grande influencia do ISS e ICMS para
o Município em estudo.

   3.3.        Receitas Transferidas

          Voltando-se para as receitas transferidas, verifica-se, conforme o gráfico
abaixo, que o ICMS tem grande influencia, diferentemente do IPVA e do FPM, pois o
município tem um nível populacional grande, equiparando-se com o município de São
Carlos, sendo que o FPM é determinado principalmente pela proporção do número de
habitantes estimado anualmente pelo IBGE, ou seja, municípios de menor porte tem
maior participação nesta transferência.
Mas a que é devido esta grande influência do ICMS sobre as receitas
transferidas?

          Segundo      o     “Jornal      Diário        da   Região”      (Disponível      em:
http://webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=72908&search=icms%20barueri)
Barueri, juntamente com Osasco, ocupa um lugar de destaque no ranking das cidades
com maior arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
no Estado de São Paulo. Dentre os 654 municípios paulistas, Barueri está no 3º lugar,
com R$1,6 milhão durante o primeiro semestre desse ano (2012), atrás apenas da
Capital    (que     R$19,7   bilhões)     e   de        Campinas   (com    R$2,8    bilhões).


O ranking foi elaborado pelo jornal Folha de São Paulo, com base em dados da
Secretaria Estadual da Fazenda, em reportagem publicada, na última semana, sobre as
diferenças de desempenho entre cidades da região Metropolitana e do Interior na
arrecadação                                        do                                   tributo.


Ele aponta ainda que, nos últimos 10 anos, as cidades praticamente dobraram suas
arrecadações. Em Barueri, entre o primeiro semestre de 2002 e igual período deste ano,
a     elevação        nos      repasses       de         ICMS      foi      de     108,44%.


De acordo com o levantamento, o Interior de São Paulo vem batendo a região
Metropolitana em arrecadação, fenômeno que está ligando diretamente à migração de
indústrias nesse sentido. Tanto que 9 das 20 cidades que mais arrecadam esse imposto
estão no Interior paulista. E todas elas registraram uma elevação de 150% no total
arrecadado, ritmo bem acima do registrado pelas cidades da região.



    3.4.         Receitas Próprias




            O município de Barueri-SP tem o oitavo maior PIB do país, segundo notícia
divulgada         na      Folha       de     São         Paulo    (Disponível       em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2012200739.htm), isto é devido ao ganho
de peso do setor de serviços.

            Assim Barueri, com crescimento de 0,24% entre 2002 e 2005, tinha uma
economia         que     era      maior    do      que      a    de    20       capitais.
Segundo o IBGE, o avanço se deve ao ganho de peso do setor de serviços. Nesse ramo
de atividade, a cidade também era a oitava mais importante, com participação de 1,2%
no total. O crescimento da fatia do município no setor foi de 0,3%.
Dados da prefeitura mostram que Barueri já arrecadou R$ 234 milhões em 2007 de ISS
(Imposto Sobre Serviços), um crescimento de 28% em relação ao total do ano passado.
Prefeito de Barueri pela terceira vez, Rubens Furlan (PMDB) cita a reforma tributária
do município como um dos fatores que atraíram as empresas. Até setembro deste ano,
havia empresas com contratos antigos que ainda pagavam alíquota de 0,25% de ISS.
Mesmo com a definição de uma tarifa mínima de 2% pela legislação federal, o
município oferece vantagens tributárias que permitem uma economia às empresas, diz o
prefeito.
A legislação municipal possibilita a retirada dos impostos federais antes de calcular o
ISS, o Imposto Sobre Serviços. Apesar da cobrança de uma alíquota de 2% para o ISS,
as empresas conseguem pagar um valor equivalente a 1,6%.

          Estes fatores acima citados contribuem para a forma do gráfico exposto acima,
em que o ISS tem grande influencia sobre as Receitas Próprias do município.



   3.5.          Evolução das Receitas Correntes e de Capital




          É possível observar no gráfico a evolução das receitas correntes comparada à
evolução das receitas de capital, demonstrando que o valor das receitas correntes é
muito superior ao das receitas de capital, assim como a variação sofrida por ela ao longo
dos anos analisados. Isto é devido pois a receita corrente corresponde de 97% a 100%
da receita total. Entretanto, estes valores estão de acordo com as demais análises dos
outros municípios estudados pelo Observatório Tom Web, não demonstrando
anormalidades.
3.6.         Variação da Receita Total do Município de Barueri-SP




          A receita total do município de Barueri-SP não sofreu muita variação entre os
anos de 2006 a 2010, sendo crescente. Porém, no ano de 2005 a receita total sofreu um
grande aumento devido principalmente ao valor das receitas de capital.

   4. DESPESAS PÚBLICAS

   4.1.        Uma Breve análise

          Despesa é o consumo de um bem ou serviço, que, direta ou indiretamente,
contribui para a geração de receitas. Assim, as despesas classificam-se como:

   1. Despesas orçamentárias: são as despesas públicas que, para serem realizadas
      dependem de autorização legislativa e não podem se efetivar sem crédito
      orçamentário correspondente. Categorias econômicas:
            a. Despesas correntes: Realizadas para manutenção dos equipamentos e
                 para o funcionamento dos órgãos governamentais. Ou seja, são despesas
                 que não contribuem diretamente para formação ou aquisição de um bem.
            b. Capital: São despesas relativas à aquisição de um bem patrimonial. Dessa
                 forma, designam as saídas, ou promessas de saídas, em decorrência da
                 realização de investimentos em bens de capital. Então, são realizadas com
                 propósito de formar e/ou adquirir ativos reais. Em síntese, despesas de
                 Capital são despesas que contribuem diretamente para a formação ou
                 aquisição de um bem.
                 Exemplos: planejamento e execução de obras, compra de instalações,
                 equipamentos, amortização de dívida e concessões de empréstimo.
Além disso, despesas de capital podem ser gastos realizados pela
                   administração pública com finalidade de criar novos bens de capital, ou
                   adquirir bens já em uso como:
                      I.       Investimentos: dotações para planejamento e a execução de
                               obras, são eles: obras públicas; serviços em regime de
                               programação especial; equipamentos e instalações, material
                               permanente.
                      II.      Inversões financeiras: dotações destinadas à aquisição de
                               imóveis ou de bens de capital já em utilização. São divididas
                               em: aquisição de imóveis; participação em constituição ou
                               aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou
                               financeiras; aquisição de títulos representativos de capital de
                               empresas em funcionamento; constituição de títulos rotativos;
                               concessão de empréstimos.
                      III.     Transferência de capital: dotações para investimentos ou
                               inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou
                               privado devam realizar. Ex: amortizações da dívida pública.



   4.2.        DESPESA NOMINAL

          A tabela abaixo apresentada é a base para a construção de todas as análises
deste trabalho e foi obtida através de pesquisa no banco de dados das Finanças
Brasileiras (FINBRA). Nela estão contidas informações a respeito das principais
despesas do Município de Barueri –SP compreendidas no período de 2005 a 2010.

          Assim como as Receitas, as análises das Despesas se estenderam somente até o
ano de 2010, pois o município de Barueri-SP não disponibilizou os dados de 2011 ao
FINBRA, impedindo, portanto, a conclusão da análise. Entretanto, a prefeitura de
Barueri-SP foi contatada no dia 8 de Novembro de 2012 e nossa equipe aguarda retorno
da Secretaria de Finanças de Barueri-SP.

                              Prefeitura Municipal de Barueri-SP
                 Evolução das principais despesas: 2005-2011 (valores nominais)
                  Funções                           Elementos                     Despesa
            Educação      Saúde       Pessoal        Obras     Equipamentos       Total*
    2005 201.820.607 122.254.615 267.022.815 95.172.710           6.128.534     692.399.281
    2006 221.496.654 136.336.353 271.230.056 161.960.512          4.021.333     795.044.908
    2007 252.789.433 163.016.346 283.463.724 208.814.648         11.268.936     919.353.088
    2008 343.519.107 214.373.142 305.365.344 304.775.793         32.134.195   1.200.167.582
    2009 391.590.846 252.479.304 415.302.432 281.879.977         19.531.042   1.360.783.601
    2010 417.900.494 279.452.064 515.520.302 335.951.244         17.945.193   1.566.769.297
    2011       *            *             *            *              *              *
    Fonte: FINBRA
Observação Importante: Assim como as receitas nominais, as despesas nominais
necessitam ser deflacionadas a fim de análise. Os deflatores utilizados foram os mesmos
valores que constam no item dois da análise completa disponível acima.



   4.3.          DESPESA REAL DE BARUERI-SP

          Com os valores nominais deflacionados, foi possível elaborar a tabela abaixo,
que será utilizada para as análises financeiras:

                                  Prefeitura Municipal de Barueri-SP
                            Evolução real das principais despesas: 2005-2010
                          Funções                            Elementos                     Despesa
      Ano
                   Educação      Saúde         Pessoal       Obras       Equipamentos       Total
     2005         284.314.901 172.226.262 376.168.551 134.074.612          8.633.576     975.417.903
     2006         301.189.047 185.388.877 368.816.053 220.232.366          5.468.171    1.081.094.513
     2007         322.422.886 207.920.878 361.546.727 266.334.794         14.373.080    1.172.598.366
     2008         394.013.633 245.884.257 350.251.576 349.575.366         36.857.662    1.376.582.495
     2009         457.207.610 294.785.898 484.892.418 329.113.082         22.803.753    1.588.802.761
     2010         440.515.513 294.574.836 543.418.095 354.131.514         18.916.312    1.651.556.271

Média dos anos    366.610.598 233.463.501 414.182.237 275.576.956        17.842.092     1.307.675.385
Fonte: FINBRA



   4.4.          Evolução dos Principais Grupos de Despesa de Barueri-SP




          A partir do gráfico acima notamos que os maiores gastos são concentrados nas
dotações de Educação e Pessoal. É importante observar neste gráfico que as despesas
destacadas são inferiores à despesa total porque as despesas de obras e equipamentos
não estão inclusas.
A partir do gráfico acima, que se refere à evolução das Principais Despesas
com investimento de Barueri-SP, observamos que as despesas com equipamentos quase
não sofreram variações, diferentemente das despesas com obras que variaram,
principalmente no período compreendido entre 2007 a 2010. Além disso, nota-se que
em 2008 ambas as despesas aumentaram. Este fato pode ser relacionado por 2008 ser
ano eleitoral.




         Já o gráfico acima apresenta a composição da despesa total por peso
(percentual). Confira abaixo uma análise melhor especificada do grupo destas principais
despesas abordadas.
4.5.        Análises Específicas

          Os gráficos que se seguem referem-se a uma análise mais específica sobre os
principais grupos de despesas destacados acima. Vale ressaltar que, para todos estes
gráficos, a variação em percentual nem sempre corresponde a uma variação especifica
da despesa em questão, pois os percentuais foram calculados considerando outras
despesas em um mesmo período. Dessa forma, se em determinado ano houve um valor
maior com despesas de pessoal, por exemplo, e, por conta disso, houve uma redução
proporcional em despesas com saúde, não significa que as despesas com saúde
realmente tenham sofrido a mesma proporção de variação.

          Portanto, levando em conta os fatores acima citados o grupo preocupou-se em
colocar nos gráficos não somente a porcentagem da despesa, mas também os valores
realmente gastos, para que não haja confusão.

   4.5.1. Despesas com Saúde




          A partir do gráfico acima percebe-se que as despesas com saúde não sofreram
grandes variações. Além disso, a porcentagem das despesas com saúde estão
enquadradas nos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar               101/00               –          disponível            em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm), no qual afirmam que
despesas com saúde devem corresponder no mínimo a 15%. Dessa forma, pode-se
constatar que o município em estudo gasta além do previamente especificado pela LC
101/00.
4.5.2. Despesas com Pessoal




          A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) limita os gastos
com pessoal a 60% da receita dos municípios:

          “Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais
da receita corrente líquida, a seguir discriminados: (...) III - Municípios: 60% (sessenta por cento).”

           Hoje, a média desse tipo de despesa é de 48%, segundo a Confederação
Nacional de Municípios (CNM). Levando em conta estes fatores, concluímos que o
município de Barueri está abaixo da média, segundo a CNM, neste tipo de despesa,
pois, em média, o município, neste período em estudo, direcionou 32% de seus gastos
para despesas com Pessoal.
4.5.3. Despesas com Saúde




        Com este gráfico observa-se que o município está cumprindo com o disposto
na LC 101/00 que dispões que o mínimo dos gastos com saúde para os municípios é de
25%. Portanto, percebe-se que o município de Barueri gastou a mais que o valor
especificado na Lei de Responsabilidade Fiscal.



   4.5.4. Despesas com Obras




        As despesas com Obras sofreram consideráveis variações crescentes nos
períodos de 2005 a 2008, sofrendo, já em 2009, uma pequena queda relacionadas aos
outros anos, mas voltando a aumentar no período de 2010. Atualmente, no site do
município (http://www.barueri.sp.gov.br/), há um item em que é possível acompanhar
as obras da cidade através de fotos.

   4.5.5. Despesas com Equipamentos




         Observa-se a partir deste gráfico que as despesas com equipamentos sofreram
grandes variações durante todos os anos, tendo o ano de 2008 como destaque, com
variação de 3%.

   5. EVOLUÇÃO DO VALOR REAL ADICIONADO

                                 Prefeitura Municipal de Barueri-SP


                            Evolução real do valor adicionado: 2005-2010

                    Ano base                                            R$
                     2005                                         18.889.432.953
                     2006                                         20.825.972.985
                     2007                                         22.347.508.439
                     2008                                         20.662.176.032
                     2009                                         21.527.955.222
                     2010                                         19.273.386.056
                               Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

                                                Disponível em:
         https://www10.fazenda.sp.gov.br/DIPAM/ConsultaIndice/DipamConsultaComparativoMunicipios.aspx
A tabela acima citada foi obtida através de uma pesquisa no banco de dados da
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. A evolução do valor adicionado reflete
corresponde às saídas, deduzidas as entradas ocorridas no território de cada município,
durante o ano civil, ou seja, tudo o que o município produziu sobre o qual incidiu o
ICMS. Considerando o gráfico percebe-se que este teve bastante variação no período
em estudo.




   6. ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO NO ICMS

                                 Prefeitura Municipal de
                                       Barueri - SP
                                 Evolução do índice de
                              participação no ICMS: 2005-
                                          2010

                              Ano de aplicação      Índice
                                   2005          2,27216907
                                   2006          2,45907511
                                   2007          2,58597070
                                   2008          2,58466342
                                   2009          2,45508466
                                   2010          2,28005209
                                          2011
                              Fonte: Secretaria da Fazenda
                                do Estado de São Paulo
O ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
é o principal imposto de competência estadual. Vinte e cinco por cento (25%) da
arrecadação do ICMS retorna aos municípios de acordo com seu índice de participação.

   O índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS é
formado pelo somatório resultante:

       a) Do rateio de 15% (quinze por cento) em partes iguais entre todos os
       municípios do Estado; e

       b) Da participação do município no valor adicionado em relação ao valor
       adicionado do Estado, considerando-se a média dos dois últimos anos e peso
       equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento).

        Observando o gráfico conclui-se que o índice de participação do município não
teve grandes variações.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Nf.janeiro.final (1)
Nf.janeiro.final (1)Nf.janeiro.final (1)
Nf.janeiro.final (1)Ascom Sefaz
 
Planejamento e receita 2
Planejamento e receita 2Planejamento e receita 2
Planejamento e receita 2Cepam
 
400 relatório da receita
400 relatório da receita400 relatório da receita
400 relatório da receitaWilliam Jordão
 
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016 Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016 Ministério da Economia
 
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes SubnacionaisApresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes SubnacionaisMinistério da Economia
 
Parte final pa
Parte final paParte final pa
Parte final pabobrafa
 
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicamp
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicampFernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicamp
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicampJornal GGN
 
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015Ministério da Economia
 
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculo
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do CalculoPolítica remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculo
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculoadunimontes
 
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...Ministério da Economia
 
N fout.nov2011.ok
N fout.nov2011.okN fout.nov2011.ok
N fout.nov2011.okAscom Sefaz
 
Apresentação do terceiro quadrimestre
Apresentação do terceiro quadrimestreApresentação do terceiro quadrimestre
Apresentação do terceiro quadrimestrePortal NE10
 
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-201412015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014Tania Gurgel
 
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013Relatório de investimentos de estatais - maio 2013
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013Giovanni Sandes
 

La actualidad más candente (14)

Nf.janeiro.final (1)
Nf.janeiro.final (1)Nf.janeiro.final (1)
Nf.janeiro.final (1)
 
Planejamento e receita 2
Planejamento e receita 2Planejamento e receita 2
Planejamento e receita 2
 
400 relatório da receita
400 relatório da receita400 relatório da receita
400 relatório da receita
 
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016 Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
Apresentação - Resultado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS 2016
 
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes SubnacionaisApresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais
Apresentação - Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais
 
Parte final pa
Parte final paParte final pa
Parte final pa
 
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicamp
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicampFernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicamp
Fernando Nogueira da Costa, professor livre docente do ie unicamp
 
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Novembro de 2015
 
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculo
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do CalculoPolítica remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculo
Política remuneratória 2012 - Reunião com a Memória do Calculo
 
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...
Apresentação do ministro Joaquim Levy na Comissão de Finanças e Tributação da...
 
N fout.nov2011.ok
N fout.nov2011.okN fout.nov2011.ok
N fout.nov2011.ok
 
Apresentação do terceiro quadrimestre
Apresentação do terceiro quadrimestreApresentação do terceiro quadrimestre
Apresentação do terceiro quadrimestre
 
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-201412015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014
12015 03 05-plano-anual-da-fiscalizacao-2015-e-resultados-2014
 
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013Relatório de investimentos de estatais - maio 2013
Relatório de investimentos de estatais - maio 2013
 

Similar a Relatorio final barueri

Apresentacao fonac
Apresentacao fonacApresentacao fonac
Apresentacao fonacfonacrj
 
Balanço da CNM sobre arrecadação
Balanço da CNM sobre arrecadaçãoBalanço da CNM sobre arrecadação
Balanço da CNM sobre arrecadaçãoJornal do Commercio
 
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015Ministério da Economia
 
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do Brasil
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do BrasilPainel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do Brasil
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do BrasilDiágoras M. Alencar Junior
 
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiroLuiz de Queiroz
 
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012Jamildo Melo
 
Construindo as condições para a retomada do crescimento
Construindo as condições para a retomada do crescimentoConstruindo as condições para a retomada do crescimento
Construindo as condições para a retomada do crescimentoEdgar Gonçalves
 
6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann
6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann
6º Congresso Estadual | Richard DutzmannAPEPREM
 
Contas OCIP 2015
Contas OCIP 2015Contas OCIP 2015
Contas OCIP 2015ousamcoura
 
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10RiRossi
 
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de CastroVI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro24x7 COMUNICAÇÃO
 
Apresentação contas s. social porto
Apresentação contas s. social portoApresentação contas s. social porto
Apresentação contas s. social portoAurpic Animação
 

Similar a Relatorio final barueri (20)

Apresentacao fonac
Apresentacao fonacApresentacao fonac
Apresentacao fonac
 
Balanço da CNM sobre arrecadação
Balanço da CNM sobre arrecadaçãoBalanço da CNM sobre arrecadação
Balanço da CNM sobre arrecadação
 
Lava jato
Lava jatoLava jato
Lava jato
 
Lavajato 210316185430
Lavajato 210316185430Lavajato 210316185430
Lavajato 210316185430
 
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015
Resultado do Tesouro Nacional - Outubro de 2015
 
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do Brasil
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do BrasilPainel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do Brasil
Painel 4 - Os rumos do desenvolvimento econômico do Brasil
 
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro
‘Dinheiro de pobre’: a inclusão social no sistema financeiro
 
A crise do estado de alagoas
A crise do estado de alagoasA crise do estado de alagoas
A crise do estado de alagoas
 
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012
Relatório Financeiro e Administrativo de Gravatá 2012
 
Construindo as condições para a retomada do crescimento
Construindo as condições para a retomada do crescimentoConstruindo as condições para a retomada do crescimento
Construindo as condições para a retomada do crescimento
 
Ldo sefaz seplan 2014 versão 6.0
Ldo sefaz   seplan  2014 versão 6.0Ldo sefaz   seplan  2014 versão 6.0
Ldo sefaz seplan 2014 versão 6.0
 
6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann
6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann
6º Congresso Estadual | Richard Dutzmann
 
OCIP 2016
OCIP 2016OCIP 2016
OCIP 2016
 
Ocip 2016
Ocip 2016Ocip 2016
Ocip 2016
 
Contas OCIP 2015
Contas OCIP 2015Contas OCIP 2015
Contas OCIP 2015
 
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10
Apresentação - Teleconferência Resultados 4T10
 
OCIP 2015
OCIP 2015OCIP 2015
OCIP 2015
 
Ocip 2015
Ocip 2015Ocip 2015
Ocip 2015
 
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de CastroVI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro
VI Encontro CECIEx - Paulo Rabello de Castro
 
Apresentação contas s. social porto
Apresentação contas s. social portoApresentação contas s. social porto
Apresentação contas s. social porto
 

Relatorio final barueri

  • 1. 1. RECEITAS PÚBLICAS 1.1. Uma abordagem inicial Receita é a entrada monetária que ocorre em uma entidade (Contabilidade) ou patrimônio (Economia), em geral sob a forma de dinheiro ou de créditos representativos de direitos. Na administração pública brasileira, receita pode ser classificada como todo e qualquer recolhimento de recurso feito aos cofres públicos que o governo tem direito. As receitas se dividem em receitas correntes e de capital, receitas orçamentárias e extraorçamentárias. Confira abaixo um resumo sobre o que constitui as principais receitas antes de entrarmos nas análises das Receitas do município de Barueri –SP: 1. Receita orçamentária: Tributos, rendas, alienações, transferências, amortização de empréstimos. a. Receita corrente: meio financeiro de origem tributária, contributiva, patrimonial, industrial, de serviços. Recursos recebidos de outras pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, destinadas a atender gastos públicos.  Tributárias: arrecadação promovida pelo Estado, sem contraprestação direta, sendo destinadas ao custeio das atividades ou serviços de competência do setor público. Ex: impostos, taxas, contribuição de melhoria.  Receitas de contribuições: contribuição de caráter social ou econômico.  Receitas patrimoniais, agropecuária, industriais e de serviço: oriundas da aplicação de recursos ou utilização de bens do Estado ou da exploração direta, por ele, de atividades produtivas ou comerciais.  Transferências correntes: recursos recebidos de outras pessoas físicas ou jurídicas destinados a atender despesas correntes  Outras receitas correntes: multas e juros de mora, cobrança de dívidas, restituições, indenizações. Sem item específico de classificação. b. Receita de capital: provenientes da realização de recursos financeiros, oriundos de constituição de dívidas  Operações de crédito internas ou externas: captação de recursos mediante a empréstimos de longo prazo – obtidos no país ou exterior - destinados ao atendimento de desequilíbrio orçamentário.  Alienação de bens: venda de bens públicos móveis, imóveis ou semoventes.  Amortização de empréstimos: decorrente do recebimento de valores relativos ao principal e respectivas atualizações monetárias referentes a empréstimos concedidos pelo Poder público à terceiros.  Transferência de capital:recursos recebidos de outras pessoas para atender despesas de capital 2. Receita extra-orçamentária: Valores de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento do Estado e todo recolhimento que não constitui sua renda. Valores recebidos pelo estado mas que não são se sua propriedade e terão que ser devolvidos.
  • 2. 1.2. RECEITA NOMINAL DO MUNICÍPIO DE BARUERI-SP A tabela abaixo apresentada é a base para a construção de todas as análises deste trabalho e foi obtida através de pesquisa no banco de dados das Finanças Brasileiras (FINBRA). Nela estão contidas informações a respeito das principais receitas do Município de Barueri –SP compreendidas no período de 2005 a 2010. Vale ressaltar que nossa análise se estendeu somente até o ano de 2010, pois o município de Barueri-SP não disponibilizou os dados de 2011 ao FINBRA, impedindo, portanto, a conclusão da análise. Entretanto, a prefeitura de Barueri-SP foi contatada no dia 8 de Novembro de 2012 e nossa equipe aguarda retorno da Secretaria de Finanças de Barueri-SP. Prefeitura Municipal de Barueri-SP Evolução das principais receitas: 2005-2011 (valores nominais) Transferidas Próprias Totais Ano Receita Receita de ICMS FPM IPVA IPTU ISS Corrente Capital Receita Total 2005 254.116.775 23.107.842 16.003.955 7.771.151 163.550.073 634.575.745 22.462.552 657.038.297 2006 296.276.411 25.555.870 19.689.428 8.932.243 181.906.143 706.600.827 4.712.317 711.313.144 2007 357.975.687 29.480.308 24.566.805 10.214.291 235.342.865 884.745.490 216.445 884.961.935 2008 468.001.250 36.583.582 29.804.065 11.616.327 369.354.163 1.201.990.685 3.049.360 1.205.040.045 2009 501.233.648 34.588.444 41.528.924 12.488.243 440.031.135 1.339.469.446 658.263 1.340.127.708 2010 590.017.406 36.921.326 38.565.710 13.407.943 496.177.514 1.555.365.992 237.692 1.555.603.684 2011 * * * * * * * * Fonte: FINBRA 2. DEFLATOR Em estatísticas, um deflator é um valor que permite que dados sejam medidos ao longo do tempo em termos de algum período-base , geralmente através de um índice de preços, a fim de distinguir entre uma mudança no valor do dinheiro de um produto nacional bruto (PNB) que vêm a partir de uma variação de preços, e as mudanças na produção física. Um deflator serve, portanto, como um índice de preços em que os efeitos da inflação são anulado. Assim, para as análises financeiras do Município de Barueri-SP, os valores nominais, recolhidos do FINBRA, foram deflacionados de acordo com os valores da tabela abaixo inserida:
  • 3. IDP-DI (FGV) - base dez/2011 Mês Multiplicador Dez 2005 1,4087506 Dez 2006 1,3597905 Dez 2007 1,2754603 Dez 2008 1,1469919 Dez 2009 1,1675646 Dez 2010 1,0541158 Dez 2011 1 Fonte: Banco Central do Brasil, Calculadora do Cidadão (http://www.bc.gov.br/?calculadora) 3. RECEITA REAL E ANÁLISES FINANCEIRAS Com os valores nominais deflacionados, foi possível elaborar a tabela abaixo, que será utilizada para as análises financeiras: Prefeitura Municipal de Barueri-SP Evolução real das principais receitas: 2005-2010 Transferidas Próprias Totais Ano Outras Receita Total Receita Receita de ICMS FPM IPVA IPTU ISS Corrente Capital 2005 357.987.160 32.553.186 22.545.582 10.947.614 230.401.263 239.524.157 893.958.962 31.644.133 925603094,9 2006 402.873.848 34.750.629 26.773.497 12.145.979 247.354.245 236.930.894 960.829.092 6.407.763 967236855,7 2007 456.583.777 37.600.963 31.333.984 13.027.923 300.170.481 289.740.620 1.128.457.749 276.067 1128733816 2008 536.793.643 41.961.072 34.185.021 13.323.833 423.646.234 328.763.776 1.378.673.580 3.497.591 1382171171 2009 585.222.663 40.384.242 48.487.701 14.580.831 513.764.776 361.476.893 1.563.917.107 768.564 1564685672 2010 621.946.670 38.919.353 40.652.724 14.133.524 523.028.557 400.855.038 1.639.535.867 250.555 1639786422 Média dos anos 467.892.218 37.450.019 32.665.157 12.805.236 343.067.400 291.287.268 1.185.167.298 8.518.824 1.193.686.122 Fonte: FINBRA
  • 4. 3.1. Evolução das Principais Receitas de Barueri-SP A partir destes gráficos é possível notar a evolução das principais receitas do município de Barueri-SP. Constata-se que as receitas de maior incidência no município em estudo são o ICMS (transferida) e o ISS (própria). Em geral, as receitas foram crescentes considerando o período de 2005 a 2010, apenas a Receita de Capital obteve um grande ápice em 2005, conforme demonstra o gráfico abaixo:
  • 5. 3.2. Receitas Correntes A partir deste gráfico, pode-se observar a composição da Receita Corrente em pontos percentuais. Percebe-se, mais uma vez, a grande influencia do ISS e ICMS para o Município em estudo. 3.3. Receitas Transferidas Voltando-se para as receitas transferidas, verifica-se, conforme o gráfico abaixo, que o ICMS tem grande influencia, diferentemente do IPVA e do FPM, pois o município tem um nível populacional grande, equiparando-se com o município de São Carlos, sendo que o FPM é determinado principalmente pela proporção do número de habitantes estimado anualmente pelo IBGE, ou seja, municípios de menor porte tem maior participação nesta transferência.
  • 6. Mas a que é devido esta grande influência do ICMS sobre as receitas transferidas? Segundo o “Jornal Diário da Região” (Disponível em: http://webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=72908&search=icms%20barueri) Barueri, juntamente com Osasco, ocupa um lugar de destaque no ranking das cidades com maior arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado de São Paulo. Dentre os 654 municípios paulistas, Barueri está no 3º lugar, com R$1,6 milhão durante o primeiro semestre desse ano (2012), atrás apenas da Capital (que R$19,7 bilhões) e de Campinas (com R$2,8 bilhões). O ranking foi elaborado pelo jornal Folha de São Paulo, com base em dados da Secretaria Estadual da Fazenda, em reportagem publicada, na última semana, sobre as diferenças de desempenho entre cidades da região Metropolitana e do Interior na arrecadação do tributo. Ele aponta ainda que, nos últimos 10 anos, as cidades praticamente dobraram suas arrecadações. Em Barueri, entre o primeiro semestre de 2002 e igual período deste ano, a elevação nos repasses de ICMS foi de 108,44%. De acordo com o levantamento, o Interior de São Paulo vem batendo a região Metropolitana em arrecadação, fenômeno que está ligando diretamente à migração de indústrias nesse sentido. Tanto que 9 das 20 cidades que mais arrecadam esse imposto
  • 7. estão no Interior paulista. E todas elas registraram uma elevação de 150% no total arrecadado, ritmo bem acima do registrado pelas cidades da região. 3.4. Receitas Próprias O município de Barueri-SP tem o oitavo maior PIB do país, segundo notícia divulgada na Folha de São Paulo (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2012200739.htm), isto é devido ao ganho de peso do setor de serviços. Assim Barueri, com crescimento de 0,24% entre 2002 e 2005, tinha uma economia que era maior do que a de 20 capitais. Segundo o IBGE, o avanço se deve ao ganho de peso do setor de serviços. Nesse ramo de atividade, a cidade também era a oitava mais importante, com participação de 1,2% no total. O crescimento da fatia do município no setor foi de 0,3%. Dados da prefeitura mostram que Barueri já arrecadou R$ 234 milhões em 2007 de ISS (Imposto Sobre Serviços), um crescimento de 28% em relação ao total do ano passado. Prefeito de Barueri pela terceira vez, Rubens Furlan (PMDB) cita a reforma tributária do município como um dos fatores que atraíram as empresas. Até setembro deste ano, havia empresas com contratos antigos que ainda pagavam alíquota de 0,25% de ISS. Mesmo com a definição de uma tarifa mínima de 2% pela legislação federal, o município oferece vantagens tributárias que permitem uma economia às empresas, diz o prefeito.
  • 8. A legislação municipal possibilita a retirada dos impostos federais antes de calcular o ISS, o Imposto Sobre Serviços. Apesar da cobrança de uma alíquota de 2% para o ISS, as empresas conseguem pagar um valor equivalente a 1,6%. Estes fatores acima citados contribuem para a forma do gráfico exposto acima, em que o ISS tem grande influencia sobre as Receitas Próprias do município. 3.5. Evolução das Receitas Correntes e de Capital É possível observar no gráfico a evolução das receitas correntes comparada à evolução das receitas de capital, demonstrando que o valor das receitas correntes é muito superior ao das receitas de capital, assim como a variação sofrida por ela ao longo dos anos analisados. Isto é devido pois a receita corrente corresponde de 97% a 100% da receita total. Entretanto, estes valores estão de acordo com as demais análises dos outros municípios estudados pelo Observatório Tom Web, não demonstrando anormalidades.
  • 9. 3.6. Variação da Receita Total do Município de Barueri-SP A receita total do município de Barueri-SP não sofreu muita variação entre os anos de 2006 a 2010, sendo crescente. Porém, no ano de 2005 a receita total sofreu um grande aumento devido principalmente ao valor das receitas de capital. 4. DESPESAS PÚBLICAS 4.1. Uma Breve análise Despesa é o consumo de um bem ou serviço, que, direta ou indiretamente, contribui para a geração de receitas. Assim, as despesas classificam-se como: 1. Despesas orçamentárias: são as despesas públicas que, para serem realizadas dependem de autorização legislativa e não podem se efetivar sem crédito orçamentário correspondente. Categorias econômicas: a. Despesas correntes: Realizadas para manutenção dos equipamentos e para o funcionamento dos órgãos governamentais. Ou seja, são despesas que não contribuem diretamente para formação ou aquisição de um bem. b. Capital: São despesas relativas à aquisição de um bem patrimonial. Dessa forma, designam as saídas, ou promessas de saídas, em decorrência da realização de investimentos em bens de capital. Então, são realizadas com propósito de formar e/ou adquirir ativos reais. Em síntese, despesas de Capital são despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem. Exemplos: planejamento e execução de obras, compra de instalações, equipamentos, amortização de dívida e concessões de empréstimo.
  • 10. Além disso, despesas de capital podem ser gastos realizados pela administração pública com finalidade de criar novos bens de capital, ou adquirir bens já em uso como: I. Investimentos: dotações para planejamento e a execução de obras, são eles: obras públicas; serviços em regime de programação especial; equipamentos e instalações, material permanente. II. Inversões financeiras: dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização. São divididas em: aquisição de imóveis; participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras; aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento; constituição de títulos rotativos; concessão de empréstimos. III. Transferência de capital: dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. Ex: amortizações da dívida pública. 4.2. DESPESA NOMINAL A tabela abaixo apresentada é a base para a construção de todas as análises deste trabalho e foi obtida através de pesquisa no banco de dados das Finanças Brasileiras (FINBRA). Nela estão contidas informações a respeito das principais despesas do Município de Barueri –SP compreendidas no período de 2005 a 2010. Assim como as Receitas, as análises das Despesas se estenderam somente até o ano de 2010, pois o município de Barueri-SP não disponibilizou os dados de 2011 ao FINBRA, impedindo, portanto, a conclusão da análise. Entretanto, a prefeitura de Barueri-SP foi contatada no dia 8 de Novembro de 2012 e nossa equipe aguarda retorno da Secretaria de Finanças de Barueri-SP. Prefeitura Municipal de Barueri-SP Evolução das principais despesas: 2005-2011 (valores nominais) Funções Elementos Despesa Educação Saúde Pessoal Obras Equipamentos Total* 2005 201.820.607 122.254.615 267.022.815 95.172.710 6.128.534 692.399.281 2006 221.496.654 136.336.353 271.230.056 161.960.512 4.021.333 795.044.908 2007 252.789.433 163.016.346 283.463.724 208.814.648 11.268.936 919.353.088 2008 343.519.107 214.373.142 305.365.344 304.775.793 32.134.195 1.200.167.582 2009 391.590.846 252.479.304 415.302.432 281.879.977 19.531.042 1.360.783.601 2010 417.900.494 279.452.064 515.520.302 335.951.244 17.945.193 1.566.769.297 2011 * * * * * * Fonte: FINBRA
  • 11. Observação Importante: Assim como as receitas nominais, as despesas nominais necessitam ser deflacionadas a fim de análise. Os deflatores utilizados foram os mesmos valores que constam no item dois da análise completa disponível acima. 4.3. DESPESA REAL DE BARUERI-SP Com os valores nominais deflacionados, foi possível elaborar a tabela abaixo, que será utilizada para as análises financeiras: Prefeitura Municipal de Barueri-SP Evolução real das principais despesas: 2005-2010 Funções Elementos Despesa Ano Educação Saúde Pessoal Obras Equipamentos Total 2005 284.314.901 172.226.262 376.168.551 134.074.612 8.633.576 975.417.903 2006 301.189.047 185.388.877 368.816.053 220.232.366 5.468.171 1.081.094.513 2007 322.422.886 207.920.878 361.546.727 266.334.794 14.373.080 1.172.598.366 2008 394.013.633 245.884.257 350.251.576 349.575.366 36.857.662 1.376.582.495 2009 457.207.610 294.785.898 484.892.418 329.113.082 22.803.753 1.588.802.761 2010 440.515.513 294.574.836 543.418.095 354.131.514 18.916.312 1.651.556.271 Média dos anos 366.610.598 233.463.501 414.182.237 275.576.956 17.842.092 1.307.675.385 Fonte: FINBRA 4.4. Evolução dos Principais Grupos de Despesa de Barueri-SP A partir do gráfico acima notamos que os maiores gastos são concentrados nas dotações de Educação e Pessoal. É importante observar neste gráfico que as despesas destacadas são inferiores à despesa total porque as despesas de obras e equipamentos não estão inclusas.
  • 12. A partir do gráfico acima, que se refere à evolução das Principais Despesas com investimento de Barueri-SP, observamos que as despesas com equipamentos quase não sofreram variações, diferentemente das despesas com obras que variaram, principalmente no período compreendido entre 2007 a 2010. Além disso, nota-se que em 2008 ambas as despesas aumentaram. Este fato pode ser relacionado por 2008 ser ano eleitoral. Já o gráfico acima apresenta a composição da despesa total por peso (percentual). Confira abaixo uma análise melhor especificada do grupo destas principais despesas abordadas.
  • 13. 4.5. Análises Específicas Os gráficos que se seguem referem-se a uma análise mais específica sobre os principais grupos de despesas destacados acima. Vale ressaltar que, para todos estes gráficos, a variação em percentual nem sempre corresponde a uma variação especifica da despesa em questão, pois os percentuais foram calculados considerando outras despesas em um mesmo período. Dessa forma, se em determinado ano houve um valor maior com despesas de pessoal, por exemplo, e, por conta disso, houve uma redução proporcional em despesas com saúde, não significa que as despesas com saúde realmente tenham sofrido a mesma proporção de variação. Portanto, levando em conta os fatores acima citados o grupo preocupou-se em colocar nos gráficos não somente a porcentagem da despesa, mas também os valores realmente gastos, para que não haja confusão. 4.5.1. Despesas com Saúde A partir do gráfico acima percebe-se que as despesas com saúde não sofreram grandes variações. Além disso, a porcentagem das despesas com saúde estão enquadradas nos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00 – disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm), no qual afirmam que despesas com saúde devem corresponder no mínimo a 15%. Dessa forma, pode-se constatar que o município em estudo gasta além do previamente especificado pela LC 101/00.
  • 14. 4.5.2. Despesas com Pessoal A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) limita os gastos com pessoal a 60% da receita dos municípios: “Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: (...) III - Municípios: 60% (sessenta por cento).” Hoje, a média desse tipo de despesa é de 48%, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Levando em conta estes fatores, concluímos que o município de Barueri está abaixo da média, segundo a CNM, neste tipo de despesa, pois, em média, o município, neste período em estudo, direcionou 32% de seus gastos para despesas com Pessoal.
  • 15. 4.5.3. Despesas com Saúde Com este gráfico observa-se que o município está cumprindo com o disposto na LC 101/00 que dispões que o mínimo dos gastos com saúde para os municípios é de 25%. Portanto, percebe-se que o município de Barueri gastou a mais que o valor especificado na Lei de Responsabilidade Fiscal. 4.5.4. Despesas com Obras As despesas com Obras sofreram consideráveis variações crescentes nos períodos de 2005 a 2008, sofrendo, já em 2009, uma pequena queda relacionadas aos outros anos, mas voltando a aumentar no período de 2010. Atualmente, no site do
  • 16. município (http://www.barueri.sp.gov.br/), há um item em que é possível acompanhar as obras da cidade através de fotos. 4.5.5. Despesas com Equipamentos Observa-se a partir deste gráfico que as despesas com equipamentos sofreram grandes variações durante todos os anos, tendo o ano de 2008 como destaque, com variação de 3%. 5. EVOLUÇÃO DO VALOR REAL ADICIONADO Prefeitura Municipal de Barueri-SP Evolução real do valor adicionado: 2005-2010 Ano base R$ 2005 18.889.432.953 2006 20.825.972.985 2007 22.347.508.439 2008 20.662.176.032 2009 21.527.955.222 2010 19.273.386.056 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Disponível em: https://www10.fazenda.sp.gov.br/DIPAM/ConsultaIndice/DipamConsultaComparativoMunicipios.aspx
  • 17. A tabela acima citada foi obtida através de uma pesquisa no banco de dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. A evolução do valor adicionado reflete corresponde às saídas, deduzidas as entradas ocorridas no território de cada município, durante o ano civil, ou seja, tudo o que o município produziu sobre o qual incidiu o ICMS. Considerando o gráfico percebe-se que este teve bastante variação no período em estudo. 6. ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO NO ICMS Prefeitura Municipal de Barueri - SP Evolução do índice de participação no ICMS: 2005- 2010 Ano de aplicação Índice 2005 2,27216907 2006 2,45907511 2007 2,58597070 2008 2,58466342 2009 2,45508466 2010 2,28005209 2011 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo
  • 18. O ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação é o principal imposto de competência estadual. Vinte e cinco por cento (25%) da arrecadação do ICMS retorna aos municípios de acordo com seu índice de participação. O índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS é formado pelo somatório resultante: a) Do rateio de 15% (quinze por cento) em partes iguais entre todos os municípios do Estado; e b) Da participação do município no valor adicionado em relação ao valor adicionado do Estado, considerando-se a média dos dois últimos anos e peso equivalente a 85% (oitenta e cinco por cento). Observando o gráfico conclui-se que o índice de participação do município não teve grandes variações.