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Boletim de informação
Cooperativ@
2016
AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE BRITEIROS
Mensagem
do Presidente
info: castreja.cooperativa@gmail.com
3º Edição
Finais Desportivas
2º e 3º Ciclos
18 de março
10.00h até 13.00h
EB 2,3 de Briteiros
VII Olimpíadas Castrejas
Finais Desportivas
Venha Apoiar
Gerações em Movimento
Uma Comunidade
com vida!
Nova Morada
Loja Solidária tem nova casa.
Estamos em Briteiros Santo Estevão,
na Rua da Escola.
Escola de Cidadania de Briteiros
Prof. Adelino Oliveira
Uma parceria com ADERE Minho
Eng. Abílio Vilaça
Escola e a Comunidade
Prof. Fernando Silva
A Castreja- Cooperativa de Apoio Social e Cultural,
CRL tem vindo a trabalhar no sentido de
proporcionar à comunidade Castreja alguns serviços
fundamentais. As nossas preocupações têm sido as
crianças e os jovens, os idosos e as pessoas que, por
uma razão ou outra, estão a passar uma fase difícil da
sua vida, gente que, dada a situação geográfica em
que nos encontramos e o consequente afastamento
dos centros urbanos, sente maior dificuldade de
acessoaos serviços.
Todo este trabalho tem sido desenvolvido com base
em voluntariada, na sua grande maioria, situação
que, apesar de envolver as pessoas de alma e coração
na causa social, coloca também alguma dificuldade
de sustentabilidade quando confrontados com a
necessidade de resolver situações pessoais que
exigemoseuafastamento.
Não deixando de apelar ao voluntariado, temos que
continuar a insistir na necessidade de contar com
recursos humanos próprios capazes de levar por
dianteos objetivosaquenos propomos.
Termino com um agradecimento muito especial à
Câmara Municipal de Guimarães, nas pessoas do
seu presidente, Dr. Domingos Bragança, e todos os
senhores vereadores, Município que tem
reconhecido o trabalho desenvolvido em prol da
comunidade.
José Maria Gomes
Presidente da Cooperativa Castreja
Atividade Física e a Comunidade
Grupo Educação Física
Gerações em Movimento
Inês Marques
Texto opinião de:
Dionísio Ribeiro
Entrevistas aos Presidentes de Junta:
Sérgio Silva, Joaquina Antunes e
Fernando Lourenço
1º Escola de Cidadania em Briteiros
Boletim de informação
Cooperativ@
AtividadeFísicaeaComunidade.
Desde sempre que a atividade física está presente no dia-
a-dia das pessoas. Para que melhor saibamos a importância e o
impacto que a atividade física tem na vida quotidiana das pessoas,
nada melhor do que saber então o que é a atividade física. Assim, “a
atividade física compreende qualquer movimento corporal
produzido pela contracção muscular que resulte num gasto
energético acima do nível de repouso”. A saúde pode entender-se
como
A atividade física tem sido entendida como um
comportamento que pode influenciar a nossa aptidão física. Porém,
é também atualmente, igualmente percebida, como um
comportamentodeterminantedasaúdeedacapacidade.
Apesar de o movimento constituir um aspeto essencial da
vida, tornou-se, ao longo da evolução, uma componente menos
crítica da vida diária dos seres humanos devido aos avanços
tecnológicos. Embora este desenvolvimento tenha contribuído, por
um lado, para uma existência mais facilitada e para uma melhoria da
qualidade de vida, por outro, evidenciou um número considerável de
doençasatribuíveisàfaltademovimento.
Assim, a prática regular de atividade física é fundamental para que haja um
equilíbrio a nível corporal, psíquico e emocional da pessoa. Seguindo esta linha, os principais
benefícios à saúde derivados da prática de atividade física referem-se aos aspetos
antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. De uma forma simples, os
principaisbenefíciosdapráticadaatividadefísicaregularsão:
-ajudaadiminuireacontrolaropeso;
-diminuioriscodedoençascardíacas;
-diminuiapressãoarterial;
-melhoraasensibilidadeàinsulina,logoajudaapreveniradiabetes;
-melhoraos níveisdecolesterolsanguíneo;
-aumentaas taxasdebomcolesterol;
-aumentaaresistênciamuscular;
-aliviaostress eaansiedade;
- ajuda na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções
cognitivasedesocialização;
-aumentodadensidadeósseaedaflexibilidade;
-ajudaaproduziraseretoninaahormonadobemestar.
Como podemos ver prática de atividade física diária só nos traz benefícios que por
vezes não se vêm no imediato mas sim a longo prazo. Há um famoso provérbio latino “mens
sana in corpo sano” (mente sã corpo são) que é uma famosa citação de um poeta romano, que
significabem-estarfísicoemental.
Educar num ambiente de construção comunitária, é, pois, a nossa meta. Temos
procurado a cooperação, a partilha de objetivos e a concertação de diferentes pontos
de vista. Temos tido a felicidade de encontrar nos pais, nos autarcas e em diversas
entidades da região excelentes interlocutores, pessoas voluntariosas, dinâmicas e
carregadasdebomsenso.
Esta atitude da Escola pressupõe cativar apoios das entidades políticas,
empresariais e associativas da região, mas, em contrapartida, também estar
disponível para perder comodidades, poderes e zonas de conforto, que as barreiras
do distanciamento permitem. A proximidade entre as pessoas e parceiros
educativos quebra essas barreiras mas, em simultâneo, gera naturalmente
compromissos mútuos de colaboração e de repartição de responsabilidades,
espaços,tempoepresenças.
Os pais, e as suas associações, são os parceiros mais próximos à Escola e, por
isso também, os mais interessados e empenhados,quando cativados,como tem sido
o caso.
Briteiros tem sido, por isso, um exemplo do que acabo de referir. Tem havido
a preocupação de transformar a escola num espaço de vida real, de participação
comunitária e intervenção social, expresso através do desenvolvimento de
iniciativas que promoveram, inicialmente, uma maior abertura da escola ao meio e,
no seguimento dessas dinâmicas, na concretização de projetos de organização da
economia social perspetivadas para fazer face às dificuldades económicas e sociais
daspopulaçõesconcretas.
As “Olimpíadas Castrejas”, os “Encontros de Natal Castrejos” e a fundação
da “Castreja – Cooperativa de Apoio Social e Cultural, CRL”, são, disso, um
testemunho inequívoco, e,a este nível estratégico, perspetivaram e concretizaram o
desenvolvimento da participação cívica, da solidariedade e da cooperação, a
valorização da educação, do desporto, da cultura e do voluntariado, entendidos de
umaformaintegradaeindissociável.
Esta tem sido,claramente,uma aposta ganha e a aprendizagem mais
relevante que obtive ao longo da minha carreira profissional: quando nos
envolvemos com uma força tão poderosa como é a de uma comunidade inteira,
partimosàaventuradeummundodesconhecido,depotencialidadesinesperadas.
Por tudo isto, enquanto Diretor deste Agrupamento de Escolas tem sido muito
gratificante trabalhar nestaecomestacomunidadeeducativa.
Queestasdinâmicasnuncasepercam!
A relação da Escola com a Comunidade
O grupo de Educação Física.
“A Educação é um processo binómico. Isto é, o ato de educar
pressupõe uma bilateralidade relacional sem a qual toda a tentativa
deeducar-instruirseráfrusteeinútil.
A Escola – habitat por excelência, mas não único de educar –
tem de manter com o Meio – e este com aquela – uma dinâmica
osmóticadeserviçoedeparticipação.
Disse que a Escola é um habitat excelente. Excelente, mas não
único na excelência, porque, só por si, não é capaz de realizar o
processoeducativo.
Educar – Instruir é um ato tripartido em que ao lado e por cima
da Escola exige duas outras componentes insubstituíveis: a
FamíliaeoMeio.” (Teles,1991:12)
Ao longo do meu percurso profissional tive ótimas experiências que me
permitiram compreender que há um imenso campo de potencialidades a explorar
quando a Escola se abre à Comunidade, nela constrói laços fortes de confiança
mútua e com ela partilha e desenvolve o seu Projeto Educativo. O ato de educar
torna-se mais completo, mais rico e mais profundo e a Escola cumpre, assim, bem
melhor, o seu papel formativo junto das crianças e jovens, das famílias e da
sociedade.
Tendo objetivos instrucionais na sua génese, a Escola persegue igualmente
objetivos sociais,pois cada ser humano expressa-se e educa-se no húmus social. Por
isso, quanto mais rica for a participação da Família e da Comunidade na Escola,
melhorelaeducarásocialmente.
No entanto, as práticas escolares, em muitas escolas, parecem contradizer este
seu dever intrínseco. Muitas vezes, a escola sobrevive num espaço de rotinas,
normas e padrões fechados, circunscritos às tarefas estereotipadas de cada
interveniente e num mundo de barreiras e antíteses que não lhe permite potenciar
todas as suas faculdades, nem cumprir todos os seus propósitos, tornando-se, na
maior parte das vezes, num modelo burocrático e descontextualizado da sociedade
envolvente, prevalecendo quase em exclusivo o domínio territorial da sala de aula, a
qual se torna, muitas vezes, numa espécie de fortaleza inexpugnável e de portas
fechadasaomundoreal,daparticipaçãocívicaedacidadania.
Cabe à escola de hoje o papel fulcral de formar cidadãos capazes de contribuírem
para a construção quotidiana de uma economia social mais justa e mais humana.
Para cumprir essa missão, à escola não resta outro caminho senão abrir-se à
participação comunitária, cativando apoios, fomentando a cooperação, promovendo
a cidadania, partilhando o sucesso de cada um em ordem ao desenvolvimento
sustentado do meio. Fernando Ramos da Silva
Diretor do A.E.de Briteiros
Boletim de informação
Cooperativ@
As Associações de Pais assumem cada vez uma maior importância, assim como é
cada vez mais importante que os pais tenham uma nova postura perante a vida escolar
dos seus educandos, muito mais envolvente.
É fundamental lembrar que a todos os pais e encarregados de educação têm o
direito e dever de participar no processo educativo dos seus filhos ou educandos, quer
individualmente, mas também integrando a Associação de Pais, pois é mais fácil fazer
se ouvir enquanto associação do que encarregado de educação individual junto de
qualquer órgão ou empresa (de transportes, de alimentação, etc.).
De uma forma sucinta, é importante existir uma ponte de ligação entre as escolas e
todos os pais e encarregados de educação para que o funcionamento das mesmas e as
actividades realizadas se desenvolvam de forma harmoniosa.
1ª ESCOLA da CIDADANIA em BRITEIROS
Abílio Vilaça
Presidente da Adere Minho
Mónica Oliveira - Associação de Pais
Agrupamento de Escolas de Briteiros
A Adere Minho ( Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho ) em parceria com a Cooperativa Castreja, estão a trabalhar para
constituiraprimeiraEscoladaCidadaniaemBriteiros,Guimarães.
A Escola da Cidadania de Briteiros (ECBriteiros) pretende constituir-se como um espaço de reflexão e de formação sobre os direitos e
deveres dos cidadãos, a partir de conferências organizadas e abertas ao público, tendo como oradores, personalidades de relevante
experiênciaeprestígiono domíniodaCidadaniaedaParticipaçãoCívica.
A qualidade da democracia é fruto de uma maior consciência cívica e da participação dos cidadãos na vida das instituições públicas.
Pretende-sedespertarconsciênciaseajudararefletirsobre opapeldo cidadãonasociedademodernaesobretudonavidadas instituições.
Colocar o cidadão no centro da decisão política é um objetivo das democracias e dessa forma obter contributos para a qualidade de vida dos
cidadãosnoseu conjunto.
É frequente ouvir-se, em Portugal e não só, o lamento após os resultados eleitorais, sobre o nível de abstenção verificado e que
paulatinamente tem vindo a aumentar. Esta constatação é demonstrativa de uma certa incapacidade do sistema partidário em mobilizar os
cidadãosparao exercíciodovoto.
Importa por isso, conhecer com maior profundidade as razões que fundamentam tal comportamento e despertar nos cidadãos, e sobretudo nos
abstencionistas, uma outra forma de envolvência na vida das instituições e sobretudo no direito de estar ativo nos processos eleitorais,
contribuindoparao enriquecimentodademocracialocal.
Conseguir inverter a tendência crescente da abstenção é um objetivo nobre e de trabalho sistemático que deve envolver os cidadãos
despertando o seu interesse pelas causas e valores públicos, transformando-os em protagonistas de novos tempos e de novos desafios.
Portugal do futuro não pode ser conivente com a desmobilização da sociedade para as causas comuns, para a melhoria da democracia e da
qualidadedevidadaspopulações.
São conhecidas as elevadas taxas de abstenção que, eleição a eleição, se verificam e que merecem de todos a crítica e não pode continuar a ser
aceite. É neste contexto “…que a educação pode desempenhar um papel essencial na promoção dos valores fundamentais do Conselho da
Europa – a democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito – e na prevenção de violações dos direitos humanos. …. A educação é cada
vez mais considerada um meio de combater o aumento da violência, do racismo, do extremismo, da xenofobia, da discriminação e da
intolerância….”(CartadoConselhodaEuropa,2010)
A abstenção crescente e o alheamento dos cidadãos pela “coisa pública” constituirão a prazo os fatores de uma democracia mais pobre e mais
vulnerávelaoutrasforçasdeinteressescontráriosaos defendidospelaConstituiçãodaRepúblicaPortuguesaedo ConselhodaEuropa.
A EC Briteiros, constituir-se-á como a primeira Escola da Cidadania a ser fundada em Portugal, respeitando os princípios da Carta do
Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos e da Constituição da República
Portuguesa.
A AdereMinhoeaCooperativaCastrejaembreveapresentarãocommaiordetalheesteimportanteprojeto.
A importância das Associações de Pais.
ESCOLA DA CIDADANIA EM BRITEIROS
O ser humano, à semelhança de outros animais, nasce munido de algumas capacidades instintivas que lhe garantem condições mínimas de sobrevivência. Ele
écapazdese alimentar,se lheproporcionamalimento,ereageaestímulos.
Progressivamente,desenvolveumprocesso deaprendizagem,nainteraçãocomos humanospróximosecomos objetos.A descobertado mundo.
Até há bem pouco tempo, tendo como referência a História da Humanidade, esta interação prolongava-se pela vida fora, durante a qual era possível a
apropriação das aprendizagens necessárias à vida: a linguagem, a busca dos alimentos, o abrigo, a relação com os outros baseada em costumes próprios da sua
comunidade,entreoutras.
A industrialização trouxe consigo a necessidade de “arrancar”, às origens, grandes massas humanas para ocuparem postos de trabalho em unidades de mão-
de-obraintensivaeorganizaçãocientificadotrabalho.
Como resposta à necessidade de instruir esta gente, não apenas nos aspetos teóricos mas, direi até principalmente, nos aspetos comportamentais de
cumprimento de horários, entradas e saídas a toque de campainha, surge a Escola como instituição pública na qual, desde cedo, os frequentadores eram
expostos àsmesmasexigênciasqueos esperavamnavidaativa.
Podemos dizer que assistimos à interrupção do ritmo natural de funcionamento de uma escola de vida, das aprendizagens em contexto comunitário, para dar
lugaraumconstructosocialaquese veioachamardeEscola.
De há mais de um século a esta parte vimos assistindo àquilo a que António Nóvoa chama de “transbordamento da Escola”, ou seja, a Escola que tinha,
inicialmente, um objetivo muito específico, centrado num currículo mínimo, vem alargando a sua ação e a expectativa que nela se coloca, aos mais variados
aspetosdavidaemsociedade:asaúde,asexualidade,o consumo,aprevençãorodoviária,etc...etc...
Estamos perante uma situação de pedir à escola formal, que teve uma origem muito concreta e que correspondia às necessidades da altura, intervenção em
todos os aspetos da vida, alimentando as mais variadas discussões em torno da temática “Escola e Cidadania”, das quais têm resultado posições entre duas
extremas: os que defendem uma escola eminentemente instrutiva e os que advogam a escola como espaço educativo, no qual o instrutivo surge como
instrumentoaoserviçodaconstruçãodo “cidadãointeiro”.
Não nos competindo aqui tomar parte nesta acesa discussão, constatamos, no entanto, um deficit de preparação cívica dos cidadãos que se traduz em
indicadores concretos como o individualismo, a falta de solidariedade, dificuldades em participar na vida comunitária, desconhecimento dos direitos cívicos,
associadosaos respetivosdeveres,aceitaçãoacríticadas decisõesdos representantese,deformaevidente,umaforteabstençãoeleitoral.
Esta constatação tem, provavelmente, origem numa de duas possibilidades ou na sua conjugação: ou a escola formal não dá atenção às questões da prática da
participação cívica, ficando mais preocupada com os resultados académicos e a preparação dos exames; ou a comunidade em geral não tem tido, ela própria, a
capacidade para retomar velhas dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida , em contexto comunitário, promovendo um ambiente de “Escola da Cidadania”
por “mergulho”navivênciacívicado diaadia.
O espírito de Escola que pretendemos induzir na Comunidade de Briteiros tem como pressupostos, por um lado, os indicadores anteriormente referidos e, por
outro lado, alguma vivência e preocupações comunitárias, reconhecidas localmente e a nível nacional, centradas na capacidade das lideranças locais, tanto
nas Juntas deFreguesiacomonaEscola,naCooperativaCastrejaou emcoordenadorescomunitáriosidentificados.
Procurámos, também, uma parceria qualificadorada ADERE MINHO – Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho, instituiçãode âmbito supra
municipal e certificadora da atividade artesanal a nível nacional, na expectativa de que, desta dinâmica comunitária possam surgir oportunidades no campo
do empreendedorismo, do auto-emprego ou da valorização de produtos e atividades regionais, a par do reforço da participação cívica, traduzida, por exemplo,
emfortedecréscimodaabstençãoeleitoral.
Adelino Oliveira
Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa Castreja
1. Só era possível aprender a caçar, caçando, sob orientação do adulto.
2. Esta comunidade recebeu o Prémio Nacional Cooperação e Solidariedade, atribuída pela CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, em 2012.
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Cooperativ@
E já lá vão quase dois anos de Gerações em Movimento! Neste último ano, ao olhar
para trás, relembramos com orgulho e vaidade as metas que alcançamos
No Carnaval, pessoas vistas como velhas, incapazes, em solidão e infelizes,
vestiram-se de jovens e celebraram a vida, no seu maior valor: a vontade de viver.
Desfilaram ao som de “I'm sexy and I know it” (Sei que sou sexy) ou “Cause I'm
happy” (Porque sou feliz), com roupas características da atualidade, carinhosamente
cedida pelos familiares. E vibraram!
Na celebração do dia do Pai e Mãe, contamos com o imprescindível apoio das
famílias, que nos brindaram com emocionantes mensagens-vídeo da parte dos filhos
para os respetivos pais, revelando que à parte as dinâmicas familiares, o trabalho, os
afazeres diários ou o stress, há laços que são inoxidáveis e que têm que ser
(re)lembrados, fortalecidos. Numa palavra: emoção!
Na Páscoa, demos vida ao nosso nome e unimos gerações. Em família. Através de
um peddy paper onde a dança e o que é populista foram protagonistas, transmitimos
sabedoria e reavivamos tradições, onde mais uma vez, alegria, atividade, capacidade,
derrubaram estereótipos. Num confronto de Gerações provou-se que partilha, é uma
moeda de troca onde todos ganham, especialmente as relações.
Nos santos populares, a tradição avivou-se, através da confeção de vibrantes trajes
alusivos ao manjerico, à sardinha, ao vinho ou ao arruado, borrifados com os
inebriantes clássicos musicais alusivos à época. Tudo elaborado manualmente, sendo
motricidade fina, a criatividade e a vaidade as vencedoras.
O pós-férias arrancou na sob o sol e o mar da cidade de Viana do Castelo, onde
visitamos o Museu do Traje e Ouro e Mosteiro de Sta. Luzia, num misto de cultura e
religião. De Viana para Guimarães. Foi tempo de (re)visitar o que é tão
orgulhosamente nosso: Guimarães ( Praça de S.Tiago, Largo da Oliveira, Castelo de
Guimarães, Paço dos Duques, Mercado Municipal…)Uma viagem entre as memórias
do ontem e os dias de hoje.
Depois veio o Magusto, onde o lema foi exercício físico! Um exercício muito
especial concebido para quebrar os padrões normais do mesmo, uma vez que todo ele
era dançante! Uma dança que não perdoou a parte muscular nem tão pouco o sistema
cardiovascular! Aqui a palavra de ordem foi participação!
Na época mais mágica do ano, o natal, foi hora de mais uma vez derrubar barreiras e
provar talentos: danças de salão como o merengue e o twist, teatro com as lições do
Tonecas, cântico muito (pouco) tradicional, com os Xutos e Pontapés e até a
apresentação do Nosso hino.
Não podemos deixar de relembrar a impreterível colaboração da Guarda Nacional
Republicana e dos Bombeiros Voluntários das Taipas como membros ativos e
presentes na segurança e proteção social de todos quantos nos acompanham.
Todos estes momentos foram sempre polvilhados com muita atividade física e
mental, com esforço, dedicação, com trabalho árduo e meticuloso, com partilha e
vontade e acima de tudo com muito (sor)riso! A recompensa é ouvirmos pela voz de
quem não tem vez, que “ não há nada que nós não façamos!”
Aqui, desmistificamos estereótipos, alteramos mentalidades, damos um novo sentido
à atividade física e mental, reforçamos a saúde, a segurança e a proteção social,
revigoramos e criamos relações, tornamos a vontade de viver inoxidável. Aqui,
somos felizes. Felizes e capazes.
Inês Marques
Assistente Social
Boletim de informação
Cooperativ@
Gerações em Movimento
Uma comunidade com vida.
Boletim de informação
Cooperativ@
Festa de Natal Páscoa
Dia Mundial da Coluna São João
Santos Populares Visita ao estádio D. Afonso Henriques
Carnaval Visita aos B.V. Taipas
Visita a Guimarães Dia da Mulher
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Corrida Carrinhos de Rolamentos Slide - Acampamento Castrejo
Acampamento Castrejo Olimpíadas Castrejas
Acampamento Castrejo Acampamento Castrejo
Festa de Natal Castreja Festa de Natal Castreja
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Cooperativ@
A Loja Solidária Castreja, que antes
se encontrava sediada em frente à
Escola EB 2 e 3 de Briteiros, situa-se
agora nas antigas instalações da
Escola Primária de Real, na Rua
da Escola em S. Estevão de Briteiros.
Estamos de portas abertas para
receber todos os que nos queiram
ajudar a ajudar quem mais precisa.
Visite-nos!
Loja Solidária
Tem nova casa.
No âmbito da sua atividade diária, a Loja Solidária
presta diversos serviços à comunidade, dos quais destacamos:
- Cedência de ajudas técnicas ( cadeiras de rodas /
camas articuladas eléctricas)
- Apoio Alimentar;
- Fornecimento de Vestuário;
- Material Escolar;
- Apoio Psicológico.
Loja Solidária
Tem nova casa.
" Ano de 2008 - a convite do meu irmão Manuel, vou
a Portugal, mais exactamente a Vermil,
imediatamente apaixonei-me por este país e os seus
habitantes.
Entre visitas e conversas, tomo conhecimento que
algumas pessoas estão a passar por dificuldades e
que por intermédio da Associação “ Servir sans
Frontieres” talvez poderiamos trazer alguma coisa
positiva a esta população.
Em 2009, tive a sorte de conhecer a Cristina Pereira,
que me indicou uma cooperativa denominada
Castreja trabalhava para 8 aldeias na região de
Guimarães.
Encontramo-nos com os dirigentes dessa cooperativa
nomeadamente com a Srª Joaquina Antunes.
Desde essa data, 2009, a relação entre a “Servir sans
Frontieres” e a Cooperativa Castreja, jamais pararam
de ficar reforçadas.
Cada ano tentamos trazer material para fazer face às
necessidades dos habitantes de Briteiros e das aldeias
que dependem desta Cooperativa Castreja.
Material médico e mobiliário para melhorar o dia-a-
dia bem como roupas e até mesmo produtos
alimentares foram enviados para a sua loja.
Yannick Valette
Desta colaboração das duas associações resulta uma
vontade de querer o bem-estar à nossa volta.
Desde o ano de 2009 posso dizer que estou ligado
profundamente a vós e que considero-vos como
amigos próximos e é sempre com muita alegria que
venho regularmente ver-vos mesmo que a estadia
seja curta.
Desejo que a nossa colaboração possa durar muitos
mais anos e felicito-vos pelo trabalho da vossa
associação.
Estarei com vocês no final do mês de Março de
2016, a convite do meu irmão Manuel para um
festival do cavalo na região de Braga na altura da
Páscoa. Penso que vamos ter oportunidade de nos
reencontrar novamente durante a minha estadia.
Um grande abraço a todos vós e um muito obrigado
de coração pela felicidade que vocês me dão.
“Muitos beijinhos a todos”
Ajude-nos a Ajudar!
Entregue-nos bens alimentares, roupas, brinquedos que não precise e faça alguém sorrir!
Loja Solidária Castreja - Rua da Escola | Santo Estevão de Briteiros
Boletim de informação
Cooperativ@
1- Qual a importância que atribui ao
trabalho da cooperativa castreja na
comunidade?
A Cooperativa Castreja numa sociedade como a
nossa, com as dificuldades sociais e económicas
com que hoje vivemos, tem um papel
importantíssimo, apresenta-se desde logo, como
o elo de ligação entre a sociedade real com as
suas dificuldades e anseios e a esperança e
conforto com que a Cooperativa e seus
voluntários proporcionam a esta gente, a esta
comunidade.
O trabalho da Cooperativa é realmente
merecedor de todo o reconhecimento, desde a
Loja Solidária onde presta ajuda com bens
alimentares, de vestuário e equipamento de
suporte articulado/saúde às famílias mais
necessitadas contribuindo desta forma para que
estas famílias possam ter um pouco mais de
conforto, passando pelas crianças e jovens onde
fomenta o gosto pela atividade física
promovendo as Olimpíadas Castrejas junto das
escolas, acabando com as Gerações em
Movimento destinadas aos menos jovens,
desenvolvendo com estes encontros semanais
com diversas atividades lúdicas, possibilitando
assim para além do intercambio de
conhecimentos, que muitos deles esqueçam por
momentos a solidão que tanto os afeta.
2- Com o voluntariado diminuído, como
entende, as respostas a dar, aos
desafios e problemas sociais, das
varias freguesias da comunidade
castreja?
A realidade local, que é também uma realidade
do Mundo atual, mostra que o voluntariado
existe e é capaz de fazer coisas extraordinárias,
mas, como em todas as áreas, tem momentos de
menor vigor de menor expressão. Estou certo
que a Cooperativa saberá dar uma resposta
positiva e suplantar mais este desafio, pois,
quando alguém se torna voluntário Castrejo será
sempre voluntário Castrejo e o espirito de
partilha e solidariedade estará sempre presente.
Os desafios e problemas sociais que as
freguesias desta comunidade atravessam são
problemas comuns, logo, no meu ponto de vista
o que faz sentido é delinear uma estratégia
também ela comum, sem esquecer claro está, a
especificidade que cada freguesia apresenta.
Alguns dos problemas sociais que afetam esta
comunidade são resultantes de um menor poder
financeiro, e estando também as juntas de
freguesias a sofrer constantes cortes
orçamentais o que faz mais sentido é na minha
opinião uma ação consertada entre todos que
possibilite uma resposta mais eficaz, mais
abrangente, resposta esta que só pode ser dada
pela Cooperativa Castreja.
3- Que medidas, se podem
implementar, para uma melhor
interação, entre a infância,
juventude e a idade sénior,
aumentando assim o fator de coesão
social da nossa comunidade?
A Cooperativa Castreja tem neste capitulo dado
sempre uma resposta bastante assertiva, sempre
pronta e eficaz para cada uma das faixas etárias.
A promoção e incentivo ao desporto junto dos
mais novos, valorizando a amizade e interação
de grupo em detrimento dos resultados,
realizando ainda ao longo do ano diversas festas
para alegria e satisfação dos “miúdos”. Na faixa
etária sénior o trabalho da cooperativa é ainda
mais visível e intenso, pois, numa sociedade
cada vez mais envelhecida o cuidado e ajuda
aos menos jovens é cada vez mais uma
prioridade e tem de ser vista como uma
realidade necessária, neste sentido foi criado o
programa Gerações em Movimento capaz de
por tudo isso em prática.
Em relação a novas medidas não é fácil a sua
criação e implementação, na minha opinião, o
que deve ser feito é uma aposta na consolidação
do que existe tentando sempre que possível
melhorar essas mesmas respostas, melhorando
assim o serviço prestado à comunidade.
. Para todas as pessoas que dedicam do seu
tempo para a ajuda aos outros, muito bem
hajam, que assim continuem.
Sérgio Silva
Presidente da Junta de Barco
Tendo em conta que sou um dos fundadores da cooperativa castreja, desde muito cedo que o vi a necessidade de um projeto de
cariz social na nossa zona. Com o passar dos anos, e tendo em conta que o projeto continua de pé (com melhorias devido à todas as
pessoas que por ele passaram e continuam nele a trabalhar) considero que mais que nunca, na atual conjuntura, é fundamental no apoio
às famílias. Dando os parabéns á Dr. Joaquina Antunes e toda a sua equipa pela gestão de todos os disponíveis, e escassos, recursos que
temos para todas as solicitações que diariamente chegam.
Durante cerca de uma década habituamo-nos a um grupo de voluntários excepcionais, que dedicaram a esta instituição todo o
tempo que esta instituição precisava. Os tempos são outros as coisas não estão fáceis! apesar disso, acredito no espírito de entre ajuda
dos cidadãos das freguesias da comunidade castreja, sei que no que depender de nós este projeto não acabará, mas está na hora de
ambicionar mais, de requerer mais ajudas, conseguir mais vantagens para quem connosco trabalha. Apenas com trabalho voluntário
torna-se difícil, talvez tenha chegado a hora de ir mais longe, de apostar na contratação retirando a sobrecarga diária dos excepcionais
voluntários, motivando-os cada vez mais para esta missão
As juntas de freguesia são parceiros por inerência da nossa comunidade mas só as câmaras municipais têm meios ao seu
alcance para ajudar a diminuir as dificuldades das famílias. Para uma maior coesão só atrás do diálogo entre as várias instituições
existentes nesta área geográfica do conselho, como o agrupamento de escolas, paróquias, casa do povo, santa casa da misericórdia,
Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, segurança social e acima de tudo as empresas, pois sem estas não há a criação de emprego, o
que levará inevitavelmente á estagnação. Estes serão parceiros indispensáveis para uma boa coesão. Só com o bom envolvimento destes
parceiros se pode melhorar a qualidade de vida da nossa comunidade, e para que os menos afortunados da nossa sociedade não se
sintam excluídos da mesma.
Nota: Deixo aqui o meu reconhecimento público de todo o trabalho do ex presidente, Sr. Américo Freitas, e a todos os voluntários que
sempre o acompanharam.
Quero desejar ao atual presidente da direção, Sr. José Maria Gomes, o maior êxito!
Por fim, apelo e agradeço ao Sr. Presidente da Câmara, Dr. Domingos Bragança, o seu apoio imprescindível, que continue, como
sempre, a nosso lado.
Dionisio Cardoso Ribeiro
Presidente da União de Freguesias de
Souto S. Salvador, Souto Sta Maria E Gondomar
Opinião
Entrevistas
Boletim de informação
Cooperativ@
1- Qual a importância que atribui ao trabalho da Cooperativa
Castreja na comunidade?
Quando há cerca de 6 anos, um grupo de pais, professores e
presidentes de junta de freguesia uniram esforços e criaram a Castreja-
Cooperativa de Apoio Social e Cultural, CRL., as necessidades e
dificuldadessociaiseeconómicasdestacomunidadeeramjábemnotórias.
Ao longo destes anos, a Cooperativa Castreja soube estar atenta,
adaptar-se e estar próxima dos anseios e das novas necessidades da
população: primeiro com as Olimpíadas Castrejas que fomentaram e
fomentam ainda, passados muitos anos, o desporto e competição sadia das
crianças no meio escolar, depois, com a abertura da Loja Solidária que presta
hojeapoioacercade25famílias.
Os menos jovens também não foram esquecidos, sendo o projeto
“Gerações em Movimento” um dos projetos de excelência: os encontros
semanais nas várias freguesias, os intercâmbios de conhecimentos, de
experiências, de histórias, as atividades lúdicas e desportivas ali
desenvolvidas, têm sido essenciais para fazer esquecer a solidão e apatia de
muitos deles. É bom assistir à dedicação e alegria com que se entregam nas
suas atividades!
Claro que aqueles que, infelizmente, não podem frequentar as
salas de convívio, também esses são merecedores da ajuda da Castreja que,
através de ajudas técnicas (cama elétricas, cadeiras de rodas…), vêm o seu
dia a dia e conforto ser melhorado, facilitando ainda o trabalho dos
familiares que lhes prestam os cuidados necessários. Este é um projeto que
continua a ser pensado a fim de se encontrar novas e melhores soluções para
o bemestardestaspessoas.
Assim, de tudo isto se depreende a importância do trabalho da
Cooperativa Castreja na nossa comunidade. A Castreja é hoje a “Âncora”
para a resolução de muitos problemas da nossa comunidade, sendo que toda
estarededeajudassó épossívelgraçasaoVoluntariado.
2- Com o voluntariado diminuído, como entende, as respostas a dar,
aos desafios e problemas sociais, das varias freguesias da
comunidade castreja?
O problema da diminuição do voluntariado não está restrito à Castreja,
qualquer instituição ou associação depara-se com esta situação no dia a dia.
Apesar de, ao longo destes anos, ter assistido ao afastamento de alguns
voluntários, pelas mais diversas razões, a verdade é que a Castreja, felizmente,
continua a ter uma rede de voluntários que, com a seu trabalho, dedicação,
espirito de partilha e solidariedade, têm sido incansáveis na procura de soluções
para os desafios e problemas sociais comuns a todas freguesias, e ainda para a
construção do bem estar de toda a comunidade. O que os move é a vontade de
ajudar:“Castrejoumavez,CastrejoSempre”!!
Posto isto, entendo ainda que com uma ação consertada e com
interajuda de todos: voluntários, juntas de freguesia e diversas instituições já em
funcionamento no território da Comissão Social Castreja, se poderá alcançar
mais e melhores resultados. O que nos deve e deverá mover a todos será encontrar
soluçõesrápidaseeficazesparaos problemassociaisdetodaacomunidade.
3- Que medidas se podem implementar para uma melhor interação,
entre a infância, juventude e a idade sénior, aumentando assim o
fatordecoesãosocialda nossa comunidade?
Como já referimos, a Castreja tem estado, ao longo destes anos, atenta
às necessidades da população. Tem-se adaptado aos novos desafios! Tendo cada
uma das faixas etárias a sua resposta: Olimpíadas Castrejas e Salas Gerações em
Movimento, porque não implementar, em tempos de férias, as Salas Convívio
Intergeracional? Este intercâmbio poderá sobretudo ajudar os mais jovens que,
face aos testemunhos de vida dos mais velhos, poderão “construir” o seu
caminho! Esta convívio, há muito “esquecido” na nossa sociedade, seria muito
salutarparaaaprendizagemdesses jovens!
Quanto à implementação de novos projetos e novas medidas, e porque
a Castreja já abarca uma série de iniciativas para os mais jovens e para os menos
jovens,aquelesdeverãoapenasser consolidados,adaptadosemelhorados.
Joaquina Antunes
Presidente da União de Freguesias
Briteiros S. Salvador e Briteiros Sta Leocádia
1)
A Cooperativa Castreja, instituição da Comissão Social Interfreguesias Castreja, nasceu pela necessidade de abraçar e desenvolver
projetos que se têm vindo a revelar de excelência e que a todos devem encher de satisfação e orgulho, destacando : “Olimpíadas Castrejas”, “Loja
Solidária”e“GeraçõesemMovimento”.
2) Com ovoluntariadodiminuído, comoentende,as respostas adar,aos desafios eproblemassociais,das variasfreguesiasda comunidade castreja?
O problema da diminuição de voluntariado é transversal a qualquer associação, não se verificando apenas na Comunidade Castreja. Esta
redução de voluntários tem a ver com o próprio cansaço que esses elementos vão sentindo com o passar do tempo e com a conjuntura desfavorável
que vivemos. Por isso, a estrutura Castreja terá que ser mais profissionalizada e as juntas de freguesia terão que ser o garante do bom desempenho da
CooperativaCastreja.
3) Que medidas se podem implementar para uma melhor interação, entre a infância, juventude e a idade sénior, aumentando assim o fator de coesão
socialda nossa comunidade?
Penso não haver medidas novas a implementar. O que se tem feito alcança uma boa interação ente a infância, juventude e sénior. Nas
diversas iniciativas que se irão realizar, deve ser mantida a ideia da participação e intervenção dessas faixas etárias. Para aumentar a coesão da nossa
comunidade,devemserreforçadosos laçosdeuniãoentreas diversasfreguesias,pensandomaisnocoletivo,ou sejatodaaComunidadeCastreja.
Quala importânciaque atribuiao trabalhoda CooperativaCastreja na comunidade?
Fernando Lourenço
Presidente da União de Freguesias
Briteiros Sto Estevão e Donim
Boletim de informação
Cooperativ@
“Já conseguimos dar mais anos à vida, precisamos de discutir como dar mais vida aos anos.”
Dr. Rui Barreira, Diretor do Centro Distrital de Braga da Segurança Social
Com o aumento da esperança média de vida, este é um desafio que se coloca à sociedade atual. Quem são os idosos que vivem à nossa volta?
Onde estão? Como vivem? O que podemos fazer para lhe “dar mais vida”? Estas e outras questões conduziram, acerca de dois anos, à
criação do Programa “Guimarães 65+”, que conta com uma forte cooperação de mais de quarenta instituições do concelho que integram a
RedeSocialdeGuimarães,entreas quaisaCastreja– CooperativadeApoioSocialeCultural,CRL.
Este projeto pretende prevenir e combater o isolamento social e geográfico dos idosos, promovendo o seu bem-estar, segurança e
solidariedade ativa e disponibilizando uma rede de comunicação móvel com sistema de SOS, para acesso direto a familiares e serviços,
comocentrosdesaúdeeforçasdesegurança.
No âmbito deste programa e com o objetivo de conhecer melhor a realidade, foram realizadas mais de 200 visitas domiciliárias a idosos,
com mais de 65 anos, residentes na Comissão Social Interfreguesias Castreja. Estas visitas iniciais visaram o levantamento dos principais
dados sociodemográficos e necessidades do idoso, sendo posteriormente realizadas visitas de monitorização de acordo com os registos
efetuados. Com base nestes dados, sinalizou-se situações de isolamento/negligência e potenciou-se a segurança e respostas sociais a alguns
idosos, criando-se estratégias de proximidade direcionadas ao apoio técnico e psicológico ou ao encaminhamento para as salas de convívio
“GeraçõesemMovimento”.
Sabendo que esta é uma região com um índice de envelhecimento elevado, predominando uma população idosa com baixos rendimentos,
reduzidos níveis de literacia e de sociabilidade e elevados indicadores de isolamento social, foi agradável constatar que “os nossos idosos”
são, maioritariamente ativos, quando comparados com os restantes dados do município. A convivência, através das diversas visitas
domiciliárias, permitiu perceber que os idosos capazes de realizar as atividades de vida diárias, mantêm-se, geralmente, ocupados em
tarefas como tratar do quintal, cuidar dos netos ou preparar as refeições para os filhos. A possibilidade de continuar a realizar estas
atividades confere-lhes um sentimento de utilidade, que justifica o seu humor mais positivo em relação aos idosos que vivem em situações
de maior isolamento e/ou são fisicamente pouco ativos. Também a permanência no meio das paredes que ergueram e dos afetos que foram
criando ao longo dos anos, é sem dúvida uma mais valia para a maioria dos idosos que conta com os familiares mais próximos como
principal rede de suporte social. Contudo, cada idoso tem a sua história de vida e o processo de envelhecimento, muitas vezes associado à
inatividade, pode acarretar diversas consequências como a redução da capacidade de concentração, reação e coordenação que, por vezes,
desencadeiamprocessos deautodesvalorização,depressãoeisolamento.
Deste modo, impõe-se o desafio de continuar a estimular física e mentalmente os idosos, melhorando a sua qualidade de vida e a sua
autonomiafuncionalepsicológica,eprivilegiandoapessoa atravésdeumaintervençãosocialadequada.
Programa 65+
Carla Antunes
Psicóloga
Ficha Técnica
Propriedade:
Cooperativa Castreja
2500 exemplares
Distribuição Gratuíta
Emergência Nacional
112
Bombeiros das Taipas
253 576 114
GNR das Taipas
253 576 117
Câmara Municipal
de Guimarães
Telf.: 253 421 200
Fax: 253 515 134
geral@cm-guimaraes.pt
Junta de Freguesia
de Barco
Terça/Quarta/Quinta
das 20.30h - 21.30h
Junta de Freguesia
Briteiros Sta Leocádia
Segunda
das 16.30h - 19.30h
Quarta
das 14.30h - 16.30h
Junta de Freguesia
Briteiros S. Salvador
Segunda
das 14.30h - 16.30h
Quarta
das 16.30h - 19.30h
Junta de Freguesia
Briteiros Sto. Estevão
Terça/Quinta
das 20h - 21h
Junta de Freguesia
Donim
Terça/Quinta
das 19h - 20h
Junta de Freguesia
Souto Sta. Maria
Terça/Quinta
das 18.30h - 20h
Junta de Freguesia
Souto S. Salvador
Terça/Quinta
das 20.30h - 22.30h
Junta de Freguesia
Gondomar
Terça/Quinta
das 18h - 20h
Horários
de Atendimento
texto retirado do jornal “Reflexo”
digital, de dia 7 de janeiro de 2016
Gerações em Movimento, no caminho certo a seguir.
Boletim de informação
Cooperativ@
Paula Oliveira
Vereadora Câmara
Municipal de Guimarães
A união faz a força, já todos ouvimos esta expressão e decerto já todos tivemos a oportunidade de experienciá-la nas mais diversas
vertentes. Pois bem, o projeto “ CASTREJA” é resultado desta máxima, da união de vontades que deu e dá força para criar e manter a
cooperativa social. E foram muitas as vontades, desde as institucionais como a ESCOLA, JUNTAS DE FREGUESIA, COMISSÃO
SOCIAL INTERFREGUESIAS a um conjunto muito alargado de pessoas que individualmente e imbuídas de um espirito de partilha e com
vontade de se comprometerem cívica e socialmente, partilhando as preocupações pelas carências sentidas no território, se uniram para dar
corpoàcooperativasocialCASTREJA.
O trabalho perspetivado também era muito, havia a noção clara de que o território onde se propunha intervir estava virgem em termos de
intervenção social, um território marcado pela marginalização concelhia, dificultando assim o acesso às respostas existentes, não raras
vezes muito centralizadas e, finalmente, um território de grande ruralidade e forte emigração que promove isolamento e solidão em especial
nos maisidosos.
Assim, e feito o levantamento social que identificou as dificuldades e, conhecidas as vontades da população das freguesias pertencentes ao
agrupamento de ESCOLAS de BRITEIROS, nasce a CASTREJA, um nome consensual, não ferindo suscetibilidades e estando acima de
qualquerbairrismo,tornou-seumamarcaidentitáriadestaregião,contribuídotambémparaacoesãoterritorialesocial.
O trabalho desenvolvido em varias arias, tendo começado pela população escolar, chegou a todas as faixas etárias mas, gostaria de salientar
o projeto GERAÇÕES EM MOVIMENTO destinado aos menos jovens que, não parando de crescer mostra a valia do projeto e, a loja
solidária com intervenção junto de algumas famílias mais carenciadas e na disponibilização de ajudas técnicas como camas articuladas e
cadeirasderodastempermitidomaisconfortoamuitaspessoas.
Aqui chegados, sentindo a força que nos é dada pela satisfação da população abrangida e pelo reconhecimento das instituições de que
destaco a Câmara Municipal, apoiando e dando-nos como exemplo e referência, colocando sobre nós os holofotes da exposição pública
mais alargada, a união inicial das vontades não se pode perder sob pena de defraudar as expectativas dos que beneficiam do trabalho da
castreja,regrageralos maisvulneráveis.
Os tempos são difíceis, o voluntariado está em crise mas o nosso território é hoje mais solidário e, estou certo, não deixará de dizer presente
semprequesejanecessário.
A direção, por sua vez, deverá encontrar formas e caminhos a seguir no sentido de, mantendo viável o projeto, procurar a cada momento
responderáquiloquesãoas dificuldadesdopublicoalvoedos grupos maisnumerosos.
No quemedizrespeitoedentrodoquesãoasminhaslimitações,fareioquetenhofeitoqueédizer:PRESENTE
A experiência de um idoso deve ser encarada como um documento vivo a preservar, como uma bússola que nos orienta na vida, como
um guião que nos indica o caminho certo a seguir.
Trabalhar com idosos é fazer a diferença na vida de alguém todos os dias. O projeto “Gerações em Movimento”, criado em março de
2014, nasceu no âmbito do programa “Guimarães 65+”, uma iniciativa que pretende prevenir o isolamento e situações de negligência
de idosos do concelho que residem sozinhos, aumentando a sua segurança, o seu bem-estar e a solidariedade ativa da sua rede familiar
e social.
Quase a completar dois anos, o projeto “Gerações em Movimento”, que vai continuar em 2016 com o apoio do senhor Presidente da
Câmara Municipal de Guimarães, afirma-se já como uma das atividades de referência da Comissão Social Interfreguesia de Castreja.
Dinamizado pela assistente social Inês Marques, pela enfermeira Melody Monteiro e pela educadora social Sílvia Antunes, este é um
exemplo de inclusão social, onde o público mais idoso de oito freguesias do concelho tem oportunidade de partilhar experiências e de
potenciar os seus talentos.
De segunda a sexta-feira, uma vez por semana em cada oito freguesias que integram a Comissão Social Interfreguesia de Castreja, 135
idosos dedicam-se ao culto da componente física, mas também à saúde psicológica com a realização de trabalhos que estimulam a
memória, fomentam a criatividade e, sobretudo, aumentam a qualidade de vida dos Vimaranenses que frequentam estas ações.
O projeto “Gerações em Movimento” acrescenta valor e, na verdade, faz diferença na vida das pessoas. É o fiel testemunho de uma
resposta social que preenche o quotidiano dos idosos, combate o isolamento e promove o envelhecimento ativo, sempre num ambiente
com dimensão familiar, contagiados por uma enorme alegria, o que auxilia a relação com todos os gestores sociais intervenientes neste
programa.
A experiência de um idoso deve ser encarada como um documento vivo a preservar, como uma bússola que nos orienta na vida, como
um guião que nos indica o caminho certo a seguir pela nossa vida fora, como uma referência de vida para as gerações mais novas.
Obrigado a todos pelas maravilhosas lições de vida, que nos enchem o coração e que nos impulsionam a abraçar novos desafios. Bom
ano de 2016!
Américo Freitas
Membro do Conselho Estratégico da Castreja
“ A UNIÃO FAZ A FORÇA “

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Escola Sustentável: ecolúdica e amiga da natureza
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Jornal Castreja 3º Edição

  • 1. Boletim de informação Cooperativ@ 2016 AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE BRITEIROS Mensagem do Presidente info: castreja.cooperativa@gmail.com 3º Edição Finais Desportivas 2º e 3º Ciclos 18 de março 10.00h até 13.00h EB 2,3 de Briteiros VII Olimpíadas Castrejas Finais Desportivas Venha Apoiar Gerações em Movimento Uma Comunidade com vida! Nova Morada Loja Solidária tem nova casa. Estamos em Briteiros Santo Estevão, na Rua da Escola. Escola de Cidadania de Briteiros Prof. Adelino Oliveira Uma parceria com ADERE Minho Eng. Abílio Vilaça Escola e a Comunidade Prof. Fernando Silva A Castreja- Cooperativa de Apoio Social e Cultural, CRL tem vindo a trabalhar no sentido de proporcionar à comunidade Castreja alguns serviços fundamentais. As nossas preocupações têm sido as crianças e os jovens, os idosos e as pessoas que, por uma razão ou outra, estão a passar uma fase difícil da sua vida, gente que, dada a situação geográfica em que nos encontramos e o consequente afastamento dos centros urbanos, sente maior dificuldade de acessoaos serviços. Todo este trabalho tem sido desenvolvido com base em voluntariada, na sua grande maioria, situação que, apesar de envolver as pessoas de alma e coração na causa social, coloca também alguma dificuldade de sustentabilidade quando confrontados com a necessidade de resolver situações pessoais que exigemoseuafastamento. Não deixando de apelar ao voluntariado, temos que continuar a insistir na necessidade de contar com recursos humanos próprios capazes de levar por dianteos objetivosaquenos propomos. Termino com um agradecimento muito especial à Câmara Municipal de Guimarães, nas pessoas do seu presidente, Dr. Domingos Bragança, e todos os senhores vereadores, Município que tem reconhecido o trabalho desenvolvido em prol da comunidade. José Maria Gomes Presidente da Cooperativa Castreja Atividade Física e a Comunidade Grupo Educação Física Gerações em Movimento Inês Marques Texto opinião de: Dionísio Ribeiro Entrevistas aos Presidentes de Junta: Sérgio Silva, Joaquina Antunes e Fernando Lourenço 1º Escola de Cidadania em Briteiros
  • 2. Boletim de informação Cooperativ@ AtividadeFísicaeaComunidade. Desde sempre que a atividade física está presente no dia- a-dia das pessoas. Para que melhor saibamos a importância e o impacto que a atividade física tem na vida quotidiana das pessoas, nada melhor do que saber então o que é a atividade física. Assim, “a atividade física compreende qualquer movimento corporal produzido pela contracção muscular que resulte num gasto energético acima do nível de repouso”. A saúde pode entender-se como A atividade física tem sido entendida como um comportamento que pode influenciar a nossa aptidão física. Porém, é também atualmente, igualmente percebida, como um comportamentodeterminantedasaúdeedacapacidade. Apesar de o movimento constituir um aspeto essencial da vida, tornou-se, ao longo da evolução, uma componente menos crítica da vida diária dos seres humanos devido aos avanços tecnológicos. Embora este desenvolvimento tenha contribuído, por um lado, para uma existência mais facilitada e para uma melhoria da qualidade de vida, por outro, evidenciou um número considerável de doençasatribuíveisàfaltademovimento. Assim, a prática regular de atividade física é fundamental para que haja um equilíbrio a nível corporal, psíquico e emocional da pessoa. Seguindo esta linha, os principais benefícios à saúde derivados da prática de atividade física referem-se aos aspetos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. De uma forma simples, os principaisbenefíciosdapráticadaatividadefísicaregularsão: -ajudaadiminuireacontrolaropeso; -diminuioriscodedoençascardíacas; -diminuiapressãoarterial; -melhoraasensibilidadeàinsulina,logoajudaapreveniradiabetes; -melhoraos níveisdecolesterolsanguíneo; -aumentaas taxasdebomcolesterol; -aumentaaresistênciamuscular; -aliviaostress eaansiedade; - ajuda na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivasedesocialização; -aumentodadensidadeósseaedaflexibilidade; -ajudaaproduziraseretoninaahormonadobemestar. Como podemos ver prática de atividade física diária só nos traz benefícios que por vezes não se vêm no imediato mas sim a longo prazo. Há um famoso provérbio latino “mens sana in corpo sano” (mente sã corpo são) que é uma famosa citação de um poeta romano, que significabem-estarfísicoemental. Educar num ambiente de construção comunitária, é, pois, a nossa meta. Temos procurado a cooperação, a partilha de objetivos e a concertação de diferentes pontos de vista. Temos tido a felicidade de encontrar nos pais, nos autarcas e em diversas entidades da região excelentes interlocutores, pessoas voluntariosas, dinâmicas e carregadasdebomsenso. Esta atitude da Escola pressupõe cativar apoios das entidades políticas, empresariais e associativas da região, mas, em contrapartida, também estar disponível para perder comodidades, poderes e zonas de conforto, que as barreiras do distanciamento permitem. A proximidade entre as pessoas e parceiros educativos quebra essas barreiras mas, em simultâneo, gera naturalmente compromissos mútuos de colaboração e de repartição de responsabilidades, espaços,tempoepresenças. Os pais, e as suas associações, são os parceiros mais próximos à Escola e, por isso também, os mais interessados e empenhados,quando cativados,como tem sido o caso. Briteiros tem sido, por isso, um exemplo do que acabo de referir. Tem havido a preocupação de transformar a escola num espaço de vida real, de participação comunitária e intervenção social, expresso através do desenvolvimento de iniciativas que promoveram, inicialmente, uma maior abertura da escola ao meio e, no seguimento dessas dinâmicas, na concretização de projetos de organização da economia social perspetivadas para fazer face às dificuldades económicas e sociais daspopulaçõesconcretas. As “Olimpíadas Castrejas”, os “Encontros de Natal Castrejos” e a fundação da “Castreja – Cooperativa de Apoio Social e Cultural, CRL”, são, disso, um testemunho inequívoco, e,a este nível estratégico, perspetivaram e concretizaram o desenvolvimento da participação cívica, da solidariedade e da cooperação, a valorização da educação, do desporto, da cultura e do voluntariado, entendidos de umaformaintegradaeindissociável. Esta tem sido,claramente,uma aposta ganha e a aprendizagem mais relevante que obtive ao longo da minha carreira profissional: quando nos envolvemos com uma força tão poderosa como é a de uma comunidade inteira, partimosàaventuradeummundodesconhecido,depotencialidadesinesperadas. Por tudo isto, enquanto Diretor deste Agrupamento de Escolas tem sido muito gratificante trabalhar nestaecomestacomunidadeeducativa. Queestasdinâmicasnuncasepercam! A relação da Escola com a Comunidade O grupo de Educação Física. “A Educação é um processo binómico. Isto é, o ato de educar pressupõe uma bilateralidade relacional sem a qual toda a tentativa deeducar-instruirseráfrusteeinútil. A Escola – habitat por excelência, mas não único de educar – tem de manter com o Meio – e este com aquela – uma dinâmica osmóticadeserviçoedeparticipação. Disse que a Escola é um habitat excelente. Excelente, mas não único na excelência, porque, só por si, não é capaz de realizar o processoeducativo. Educar – Instruir é um ato tripartido em que ao lado e por cima da Escola exige duas outras componentes insubstituíveis: a FamíliaeoMeio.” (Teles,1991:12) Ao longo do meu percurso profissional tive ótimas experiências que me permitiram compreender que há um imenso campo de potencialidades a explorar quando a Escola se abre à Comunidade, nela constrói laços fortes de confiança mútua e com ela partilha e desenvolve o seu Projeto Educativo. O ato de educar torna-se mais completo, mais rico e mais profundo e a Escola cumpre, assim, bem melhor, o seu papel formativo junto das crianças e jovens, das famílias e da sociedade. Tendo objetivos instrucionais na sua génese, a Escola persegue igualmente objetivos sociais,pois cada ser humano expressa-se e educa-se no húmus social. Por isso, quanto mais rica for a participação da Família e da Comunidade na Escola, melhorelaeducarásocialmente. No entanto, as práticas escolares, em muitas escolas, parecem contradizer este seu dever intrínseco. Muitas vezes, a escola sobrevive num espaço de rotinas, normas e padrões fechados, circunscritos às tarefas estereotipadas de cada interveniente e num mundo de barreiras e antíteses que não lhe permite potenciar todas as suas faculdades, nem cumprir todos os seus propósitos, tornando-se, na maior parte das vezes, num modelo burocrático e descontextualizado da sociedade envolvente, prevalecendo quase em exclusivo o domínio territorial da sala de aula, a qual se torna, muitas vezes, numa espécie de fortaleza inexpugnável e de portas fechadasaomundoreal,daparticipaçãocívicaedacidadania. Cabe à escola de hoje o papel fulcral de formar cidadãos capazes de contribuírem para a construção quotidiana de uma economia social mais justa e mais humana. Para cumprir essa missão, à escola não resta outro caminho senão abrir-se à participação comunitária, cativando apoios, fomentando a cooperação, promovendo a cidadania, partilhando o sucesso de cada um em ordem ao desenvolvimento sustentado do meio. Fernando Ramos da Silva Diretor do A.E.de Briteiros
  • 3. Boletim de informação Cooperativ@ As Associações de Pais assumem cada vez uma maior importância, assim como é cada vez mais importante que os pais tenham uma nova postura perante a vida escolar dos seus educandos, muito mais envolvente. É fundamental lembrar que a todos os pais e encarregados de educação têm o direito e dever de participar no processo educativo dos seus filhos ou educandos, quer individualmente, mas também integrando a Associação de Pais, pois é mais fácil fazer se ouvir enquanto associação do que encarregado de educação individual junto de qualquer órgão ou empresa (de transportes, de alimentação, etc.). De uma forma sucinta, é importante existir uma ponte de ligação entre as escolas e todos os pais e encarregados de educação para que o funcionamento das mesmas e as actividades realizadas se desenvolvam de forma harmoniosa. 1ª ESCOLA da CIDADANIA em BRITEIROS Abílio Vilaça Presidente da Adere Minho Mónica Oliveira - Associação de Pais Agrupamento de Escolas de Briteiros A Adere Minho ( Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho ) em parceria com a Cooperativa Castreja, estão a trabalhar para constituiraprimeiraEscoladaCidadaniaemBriteiros,Guimarães. A Escola da Cidadania de Briteiros (ECBriteiros) pretende constituir-se como um espaço de reflexão e de formação sobre os direitos e deveres dos cidadãos, a partir de conferências organizadas e abertas ao público, tendo como oradores, personalidades de relevante experiênciaeprestígiono domíniodaCidadaniaedaParticipaçãoCívica. A qualidade da democracia é fruto de uma maior consciência cívica e da participação dos cidadãos na vida das instituições públicas. Pretende-sedespertarconsciênciaseajudararefletirsobre opapeldo cidadãonasociedademodernaesobretudonavidadas instituições. Colocar o cidadão no centro da decisão política é um objetivo das democracias e dessa forma obter contributos para a qualidade de vida dos cidadãosnoseu conjunto. É frequente ouvir-se, em Portugal e não só, o lamento após os resultados eleitorais, sobre o nível de abstenção verificado e que paulatinamente tem vindo a aumentar. Esta constatação é demonstrativa de uma certa incapacidade do sistema partidário em mobilizar os cidadãosparao exercíciodovoto. Importa por isso, conhecer com maior profundidade as razões que fundamentam tal comportamento e despertar nos cidadãos, e sobretudo nos abstencionistas, uma outra forma de envolvência na vida das instituições e sobretudo no direito de estar ativo nos processos eleitorais, contribuindoparao enriquecimentodademocracialocal. Conseguir inverter a tendência crescente da abstenção é um objetivo nobre e de trabalho sistemático que deve envolver os cidadãos despertando o seu interesse pelas causas e valores públicos, transformando-os em protagonistas de novos tempos e de novos desafios. Portugal do futuro não pode ser conivente com a desmobilização da sociedade para as causas comuns, para a melhoria da democracia e da qualidadedevidadaspopulações. São conhecidas as elevadas taxas de abstenção que, eleição a eleição, se verificam e que merecem de todos a crítica e não pode continuar a ser aceite. É neste contexto “…que a educação pode desempenhar um papel essencial na promoção dos valores fundamentais do Conselho da Europa – a democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito – e na prevenção de violações dos direitos humanos. …. A educação é cada vez mais considerada um meio de combater o aumento da violência, do racismo, do extremismo, da xenofobia, da discriminação e da intolerância….”(CartadoConselhodaEuropa,2010) A abstenção crescente e o alheamento dos cidadãos pela “coisa pública” constituirão a prazo os fatores de uma democracia mais pobre e mais vulnerávelaoutrasforçasdeinteressescontráriosaos defendidospelaConstituiçãodaRepúblicaPortuguesaedo ConselhodaEuropa. A EC Briteiros, constituir-se-á como a primeira Escola da Cidadania a ser fundada em Portugal, respeitando os princípios da Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos e da Constituição da República Portuguesa. A AdereMinhoeaCooperativaCastrejaembreveapresentarãocommaiordetalheesteimportanteprojeto. A importância das Associações de Pais.
  • 4. ESCOLA DA CIDADANIA EM BRITEIROS O ser humano, à semelhança de outros animais, nasce munido de algumas capacidades instintivas que lhe garantem condições mínimas de sobrevivência. Ele écapazdese alimentar,se lheproporcionamalimento,ereageaestímulos. Progressivamente,desenvolveumprocesso deaprendizagem,nainteraçãocomos humanospróximosecomos objetos.A descobertado mundo. Até há bem pouco tempo, tendo como referência a História da Humanidade, esta interação prolongava-se pela vida fora, durante a qual era possível a apropriação das aprendizagens necessárias à vida: a linguagem, a busca dos alimentos, o abrigo, a relação com os outros baseada em costumes próprios da sua comunidade,entreoutras. A industrialização trouxe consigo a necessidade de “arrancar”, às origens, grandes massas humanas para ocuparem postos de trabalho em unidades de mão- de-obraintensivaeorganizaçãocientificadotrabalho. Como resposta à necessidade de instruir esta gente, não apenas nos aspetos teóricos mas, direi até principalmente, nos aspetos comportamentais de cumprimento de horários, entradas e saídas a toque de campainha, surge a Escola como instituição pública na qual, desde cedo, os frequentadores eram expostos àsmesmasexigênciasqueos esperavamnavidaativa. Podemos dizer que assistimos à interrupção do ritmo natural de funcionamento de uma escola de vida, das aprendizagens em contexto comunitário, para dar lugaraumconstructosocialaquese veioachamardeEscola. De há mais de um século a esta parte vimos assistindo àquilo a que António Nóvoa chama de “transbordamento da Escola”, ou seja, a Escola que tinha, inicialmente, um objetivo muito específico, centrado num currículo mínimo, vem alargando a sua ação e a expectativa que nela se coloca, aos mais variados aspetosdavidaemsociedade:asaúde,asexualidade,o consumo,aprevençãorodoviária,etc...etc... Estamos perante uma situação de pedir à escola formal, que teve uma origem muito concreta e que correspondia às necessidades da altura, intervenção em todos os aspetos da vida, alimentando as mais variadas discussões em torno da temática “Escola e Cidadania”, das quais têm resultado posições entre duas extremas: os que defendem uma escola eminentemente instrutiva e os que advogam a escola como espaço educativo, no qual o instrutivo surge como instrumentoaoserviçodaconstruçãodo “cidadãointeiro”. Não nos competindo aqui tomar parte nesta acesa discussão, constatamos, no entanto, um deficit de preparação cívica dos cidadãos que se traduz em indicadores concretos como o individualismo, a falta de solidariedade, dificuldades em participar na vida comunitária, desconhecimento dos direitos cívicos, associadosaos respetivosdeveres,aceitaçãoacríticadas decisõesdos representantese,deformaevidente,umaforteabstençãoeleitoral. Esta constatação tem, provavelmente, origem numa de duas possibilidades ou na sua conjugação: ou a escola formal não dá atenção às questões da prática da participação cívica, ficando mais preocupada com os resultados académicos e a preparação dos exames; ou a comunidade em geral não tem tido, ela própria, a capacidade para retomar velhas dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida , em contexto comunitário, promovendo um ambiente de “Escola da Cidadania” por “mergulho”navivênciacívicado diaadia. O espírito de Escola que pretendemos induzir na Comunidade de Briteiros tem como pressupostos, por um lado, os indicadores anteriormente referidos e, por outro lado, alguma vivência e preocupações comunitárias, reconhecidas localmente e a nível nacional, centradas na capacidade das lideranças locais, tanto nas Juntas deFreguesiacomonaEscola,naCooperativaCastrejaou emcoordenadorescomunitáriosidentificados. Procurámos, também, uma parceria qualificadorada ADERE MINHO – Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho, instituiçãode âmbito supra municipal e certificadora da atividade artesanal a nível nacional, na expectativa de que, desta dinâmica comunitária possam surgir oportunidades no campo do empreendedorismo, do auto-emprego ou da valorização de produtos e atividades regionais, a par do reforço da participação cívica, traduzida, por exemplo, emfortedecréscimodaabstençãoeleitoral. Adelino Oliveira Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa Castreja 1. Só era possível aprender a caçar, caçando, sob orientação do adulto. 2. Esta comunidade recebeu o Prémio Nacional Cooperação e Solidariedade, atribuída pela CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, em 2012. Boletim de informação Cooperativ@
  • 5. E já lá vão quase dois anos de Gerações em Movimento! Neste último ano, ao olhar para trás, relembramos com orgulho e vaidade as metas que alcançamos No Carnaval, pessoas vistas como velhas, incapazes, em solidão e infelizes, vestiram-se de jovens e celebraram a vida, no seu maior valor: a vontade de viver. Desfilaram ao som de “I'm sexy and I know it” (Sei que sou sexy) ou “Cause I'm happy” (Porque sou feliz), com roupas características da atualidade, carinhosamente cedida pelos familiares. E vibraram! Na celebração do dia do Pai e Mãe, contamos com o imprescindível apoio das famílias, que nos brindaram com emocionantes mensagens-vídeo da parte dos filhos para os respetivos pais, revelando que à parte as dinâmicas familiares, o trabalho, os afazeres diários ou o stress, há laços que são inoxidáveis e que têm que ser (re)lembrados, fortalecidos. Numa palavra: emoção! Na Páscoa, demos vida ao nosso nome e unimos gerações. Em família. Através de um peddy paper onde a dança e o que é populista foram protagonistas, transmitimos sabedoria e reavivamos tradições, onde mais uma vez, alegria, atividade, capacidade, derrubaram estereótipos. Num confronto de Gerações provou-se que partilha, é uma moeda de troca onde todos ganham, especialmente as relações. Nos santos populares, a tradição avivou-se, através da confeção de vibrantes trajes alusivos ao manjerico, à sardinha, ao vinho ou ao arruado, borrifados com os inebriantes clássicos musicais alusivos à época. Tudo elaborado manualmente, sendo motricidade fina, a criatividade e a vaidade as vencedoras. O pós-férias arrancou na sob o sol e o mar da cidade de Viana do Castelo, onde visitamos o Museu do Traje e Ouro e Mosteiro de Sta. Luzia, num misto de cultura e religião. De Viana para Guimarães. Foi tempo de (re)visitar o que é tão orgulhosamente nosso: Guimarães ( Praça de S.Tiago, Largo da Oliveira, Castelo de Guimarães, Paço dos Duques, Mercado Municipal…)Uma viagem entre as memórias do ontem e os dias de hoje. Depois veio o Magusto, onde o lema foi exercício físico! Um exercício muito especial concebido para quebrar os padrões normais do mesmo, uma vez que todo ele era dançante! Uma dança que não perdoou a parte muscular nem tão pouco o sistema cardiovascular! Aqui a palavra de ordem foi participação! Na época mais mágica do ano, o natal, foi hora de mais uma vez derrubar barreiras e provar talentos: danças de salão como o merengue e o twist, teatro com as lições do Tonecas, cântico muito (pouco) tradicional, com os Xutos e Pontapés e até a apresentação do Nosso hino. Não podemos deixar de relembrar a impreterível colaboração da Guarda Nacional Republicana e dos Bombeiros Voluntários das Taipas como membros ativos e presentes na segurança e proteção social de todos quantos nos acompanham. Todos estes momentos foram sempre polvilhados com muita atividade física e mental, com esforço, dedicação, com trabalho árduo e meticuloso, com partilha e vontade e acima de tudo com muito (sor)riso! A recompensa é ouvirmos pela voz de quem não tem vez, que “ não há nada que nós não façamos!” Aqui, desmistificamos estereótipos, alteramos mentalidades, damos um novo sentido à atividade física e mental, reforçamos a saúde, a segurança e a proteção social, revigoramos e criamos relações, tornamos a vontade de viver inoxidável. Aqui, somos felizes. Felizes e capazes. Inês Marques Assistente Social Boletim de informação Cooperativ@ Gerações em Movimento Uma comunidade com vida.
  • 6. Boletim de informação Cooperativ@ Festa de Natal Páscoa Dia Mundial da Coluna São João Santos Populares Visita ao estádio D. Afonso Henriques Carnaval Visita aos B.V. Taipas Visita a Guimarães Dia da Mulher
  • 7. Boletim de informação Cooperativ@ Corrida Carrinhos de Rolamentos Slide - Acampamento Castrejo Acampamento Castrejo Olimpíadas Castrejas Acampamento Castrejo Acampamento Castrejo Festa de Natal Castreja Festa de Natal Castreja
  • 8. Boletim de informação Cooperativ@ A Loja Solidária Castreja, que antes se encontrava sediada em frente à Escola EB 2 e 3 de Briteiros, situa-se agora nas antigas instalações da Escola Primária de Real, na Rua da Escola em S. Estevão de Briteiros. Estamos de portas abertas para receber todos os que nos queiram ajudar a ajudar quem mais precisa. Visite-nos! Loja Solidária Tem nova casa. No âmbito da sua atividade diária, a Loja Solidária presta diversos serviços à comunidade, dos quais destacamos: - Cedência de ajudas técnicas ( cadeiras de rodas / camas articuladas eléctricas) - Apoio Alimentar; - Fornecimento de Vestuário; - Material Escolar; - Apoio Psicológico. Loja Solidária Tem nova casa. " Ano de 2008 - a convite do meu irmão Manuel, vou a Portugal, mais exactamente a Vermil, imediatamente apaixonei-me por este país e os seus habitantes. Entre visitas e conversas, tomo conhecimento que algumas pessoas estão a passar por dificuldades e que por intermédio da Associação “ Servir sans Frontieres” talvez poderiamos trazer alguma coisa positiva a esta população. Em 2009, tive a sorte de conhecer a Cristina Pereira, que me indicou uma cooperativa denominada Castreja trabalhava para 8 aldeias na região de Guimarães. Encontramo-nos com os dirigentes dessa cooperativa nomeadamente com a Srª Joaquina Antunes. Desde essa data, 2009, a relação entre a “Servir sans Frontieres” e a Cooperativa Castreja, jamais pararam de ficar reforçadas. Cada ano tentamos trazer material para fazer face às necessidades dos habitantes de Briteiros e das aldeias que dependem desta Cooperativa Castreja. Material médico e mobiliário para melhorar o dia-a- dia bem como roupas e até mesmo produtos alimentares foram enviados para a sua loja. Yannick Valette Desta colaboração das duas associações resulta uma vontade de querer o bem-estar à nossa volta. Desde o ano de 2009 posso dizer que estou ligado profundamente a vós e que considero-vos como amigos próximos e é sempre com muita alegria que venho regularmente ver-vos mesmo que a estadia seja curta. Desejo que a nossa colaboração possa durar muitos mais anos e felicito-vos pelo trabalho da vossa associação. Estarei com vocês no final do mês de Março de 2016, a convite do meu irmão Manuel para um festival do cavalo na região de Braga na altura da Páscoa. Penso que vamos ter oportunidade de nos reencontrar novamente durante a minha estadia. Um grande abraço a todos vós e um muito obrigado de coração pela felicidade que vocês me dão. “Muitos beijinhos a todos” Ajude-nos a Ajudar! Entregue-nos bens alimentares, roupas, brinquedos que não precise e faça alguém sorrir! Loja Solidária Castreja - Rua da Escola | Santo Estevão de Briteiros
  • 9. Boletim de informação Cooperativ@ 1- Qual a importância que atribui ao trabalho da cooperativa castreja na comunidade? A Cooperativa Castreja numa sociedade como a nossa, com as dificuldades sociais e económicas com que hoje vivemos, tem um papel importantíssimo, apresenta-se desde logo, como o elo de ligação entre a sociedade real com as suas dificuldades e anseios e a esperança e conforto com que a Cooperativa e seus voluntários proporcionam a esta gente, a esta comunidade. O trabalho da Cooperativa é realmente merecedor de todo o reconhecimento, desde a Loja Solidária onde presta ajuda com bens alimentares, de vestuário e equipamento de suporte articulado/saúde às famílias mais necessitadas contribuindo desta forma para que estas famílias possam ter um pouco mais de conforto, passando pelas crianças e jovens onde fomenta o gosto pela atividade física promovendo as Olimpíadas Castrejas junto das escolas, acabando com as Gerações em Movimento destinadas aos menos jovens, desenvolvendo com estes encontros semanais com diversas atividades lúdicas, possibilitando assim para além do intercambio de conhecimentos, que muitos deles esqueçam por momentos a solidão que tanto os afeta. 2- Com o voluntariado diminuído, como entende, as respostas a dar, aos desafios e problemas sociais, das varias freguesias da comunidade castreja? A realidade local, que é também uma realidade do Mundo atual, mostra que o voluntariado existe e é capaz de fazer coisas extraordinárias, mas, como em todas as áreas, tem momentos de menor vigor de menor expressão. Estou certo que a Cooperativa saberá dar uma resposta positiva e suplantar mais este desafio, pois, quando alguém se torna voluntário Castrejo será sempre voluntário Castrejo e o espirito de partilha e solidariedade estará sempre presente. Os desafios e problemas sociais que as freguesias desta comunidade atravessam são problemas comuns, logo, no meu ponto de vista o que faz sentido é delinear uma estratégia também ela comum, sem esquecer claro está, a especificidade que cada freguesia apresenta. Alguns dos problemas sociais que afetam esta comunidade são resultantes de um menor poder financeiro, e estando também as juntas de freguesias a sofrer constantes cortes orçamentais o que faz mais sentido é na minha opinião uma ação consertada entre todos que possibilite uma resposta mais eficaz, mais abrangente, resposta esta que só pode ser dada pela Cooperativa Castreja. 3- Que medidas, se podem implementar, para uma melhor interação, entre a infância, juventude e a idade sénior, aumentando assim o fator de coesão social da nossa comunidade? A Cooperativa Castreja tem neste capitulo dado sempre uma resposta bastante assertiva, sempre pronta e eficaz para cada uma das faixas etárias. A promoção e incentivo ao desporto junto dos mais novos, valorizando a amizade e interação de grupo em detrimento dos resultados, realizando ainda ao longo do ano diversas festas para alegria e satisfação dos “miúdos”. Na faixa etária sénior o trabalho da cooperativa é ainda mais visível e intenso, pois, numa sociedade cada vez mais envelhecida o cuidado e ajuda aos menos jovens é cada vez mais uma prioridade e tem de ser vista como uma realidade necessária, neste sentido foi criado o programa Gerações em Movimento capaz de por tudo isso em prática. Em relação a novas medidas não é fácil a sua criação e implementação, na minha opinião, o que deve ser feito é uma aposta na consolidação do que existe tentando sempre que possível melhorar essas mesmas respostas, melhorando assim o serviço prestado à comunidade. . Para todas as pessoas que dedicam do seu tempo para a ajuda aos outros, muito bem hajam, que assim continuem. Sérgio Silva Presidente da Junta de Barco Tendo em conta que sou um dos fundadores da cooperativa castreja, desde muito cedo que o vi a necessidade de um projeto de cariz social na nossa zona. Com o passar dos anos, e tendo em conta que o projeto continua de pé (com melhorias devido à todas as pessoas que por ele passaram e continuam nele a trabalhar) considero que mais que nunca, na atual conjuntura, é fundamental no apoio às famílias. Dando os parabéns á Dr. Joaquina Antunes e toda a sua equipa pela gestão de todos os disponíveis, e escassos, recursos que temos para todas as solicitações que diariamente chegam. Durante cerca de uma década habituamo-nos a um grupo de voluntários excepcionais, que dedicaram a esta instituição todo o tempo que esta instituição precisava. Os tempos são outros as coisas não estão fáceis! apesar disso, acredito no espírito de entre ajuda dos cidadãos das freguesias da comunidade castreja, sei que no que depender de nós este projeto não acabará, mas está na hora de ambicionar mais, de requerer mais ajudas, conseguir mais vantagens para quem connosco trabalha. Apenas com trabalho voluntário torna-se difícil, talvez tenha chegado a hora de ir mais longe, de apostar na contratação retirando a sobrecarga diária dos excepcionais voluntários, motivando-os cada vez mais para esta missão As juntas de freguesia são parceiros por inerência da nossa comunidade mas só as câmaras municipais têm meios ao seu alcance para ajudar a diminuir as dificuldades das famílias. Para uma maior coesão só atrás do diálogo entre as várias instituições existentes nesta área geográfica do conselho, como o agrupamento de escolas, paróquias, casa do povo, santa casa da misericórdia, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, segurança social e acima de tudo as empresas, pois sem estas não há a criação de emprego, o que levará inevitavelmente á estagnação. Estes serão parceiros indispensáveis para uma boa coesão. Só com o bom envolvimento destes parceiros se pode melhorar a qualidade de vida da nossa comunidade, e para que os menos afortunados da nossa sociedade não se sintam excluídos da mesma. Nota: Deixo aqui o meu reconhecimento público de todo o trabalho do ex presidente, Sr. Américo Freitas, e a todos os voluntários que sempre o acompanharam. Quero desejar ao atual presidente da direção, Sr. José Maria Gomes, o maior êxito! Por fim, apelo e agradeço ao Sr. Presidente da Câmara, Dr. Domingos Bragança, o seu apoio imprescindível, que continue, como sempre, a nosso lado. Dionisio Cardoso Ribeiro Presidente da União de Freguesias de Souto S. Salvador, Souto Sta Maria E Gondomar Opinião Entrevistas
  • 10. Boletim de informação Cooperativ@ 1- Qual a importância que atribui ao trabalho da Cooperativa Castreja na comunidade? Quando há cerca de 6 anos, um grupo de pais, professores e presidentes de junta de freguesia uniram esforços e criaram a Castreja- Cooperativa de Apoio Social e Cultural, CRL., as necessidades e dificuldadessociaiseeconómicasdestacomunidadeeramjábemnotórias. Ao longo destes anos, a Cooperativa Castreja soube estar atenta, adaptar-se e estar próxima dos anseios e das novas necessidades da população: primeiro com as Olimpíadas Castrejas que fomentaram e fomentam ainda, passados muitos anos, o desporto e competição sadia das crianças no meio escolar, depois, com a abertura da Loja Solidária que presta hojeapoioacercade25famílias. Os menos jovens também não foram esquecidos, sendo o projeto “Gerações em Movimento” um dos projetos de excelência: os encontros semanais nas várias freguesias, os intercâmbios de conhecimentos, de experiências, de histórias, as atividades lúdicas e desportivas ali desenvolvidas, têm sido essenciais para fazer esquecer a solidão e apatia de muitos deles. É bom assistir à dedicação e alegria com que se entregam nas suas atividades! Claro que aqueles que, infelizmente, não podem frequentar as salas de convívio, também esses são merecedores da ajuda da Castreja que, através de ajudas técnicas (cama elétricas, cadeiras de rodas…), vêm o seu dia a dia e conforto ser melhorado, facilitando ainda o trabalho dos familiares que lhes prestam os cuidados necessários. Este é um projeto que continua a ser pensado a fim de se encontrar novas e melhores soluções para o bemestardestaspessoas. Assim, de tudo isto se depreende a importância do trabalho da Cooperativa Castreja na nossa comunidade. A Castreja é hoje a “Âncora” para a resolução de muitos problemas da nossa comunidade, sendo que toda estarededeajudassó épossívelgraçasaoVoluntariado. 2- Com o voluntariado diminuído, como entende, as respostas a dar, aos desafios e problemas sociais, das varias freguesias da comunidade castreja? O problema da diminuição do voluntariado não está restrito à Castreja, qualquer instituição ou associação depara-se com esta situação no dia a dia. Apesar de, ao longo destes anos, ter assistido ao afastamento de alguns voluntários, pelas mais diversas razões, a verdade é que a Castreja, felizmente, continua a ter uma rede de voluntários que, com a seu trabalho, dedicação, espirito de partilha e solidariedade, têm sido incansáveis na procura de soluções para os desafios e problemas sociais comuns a todas freguesias, e ainda para a construção do bem estar de toda a comunidade. O que os move é a vontade de ajudar:“Castrejoumavez,CastrejoSempre”!! Posto isto, entendo ainda que com uma ação consertada e com interajuda de todos: voluntários, juntas de freguesia e diversas instituições já em funcionamento no território da Comissão Social Castreja, se poderá alcançar mais e melhores resultados. O que nos deve e deverá mover a todos será encontrar soluçõesrápidaseeficazesparaos problemassociaisdetodaacomunidade. 3- Que medidas se podem implementar para uma melhor interação, entre a infância, juventude e a idade sénior, aumentando assim o fatordecoesãosocialda nossa comunidade? Como já referimos, a Castreja tem estado, ao longo destes anos, atenta às necessidades da população. Tem-se adaptado aos novos desafios! Tendo cada uma das faixas etárias a sua resposta: Olimpíadas Castrejas e Salas Gerações em Movimento, porque não implementar, em tempos de férias, as Salas Convívio Intergeracional? Este intercâmbio poderá sobretudo ajudar os mais jovens que, face aos testemunhos de vida dos mais velhos, poderão “construir” o seu caminho! Esta convívio, há muito “esquecido” na nossa sociedade, seria muito salutarparaaaprendizagemdesses jovens! Quanto à implementação de novos projetos e novas medidas, e porque a Castreja já abarca uma série de iniciativas para os mais jovens e para os menos jovens,aquelesdeverãoapenasser consolidados,adaptadosemelhorados. Joaquina Antunes Presidente da União de Freguesias Briteiros S. Salvador e Briteiros Sta Leocádia 1) A Cooperativa Castreja, instituição da Comissão Social Interfreguesias Castreja, nasceu pela necessidade de abraçar e desenvolver projetos que se têm vindo a revelar de excelência e que a todos devem encher de satisfação e orgulho, destacando : “Olimpíadas Castrejas”, “Loja Solidária”e“GeraçõesemMovimento”. 2) Com ovoluntariadodiminuído, comoentende,as respostas adar,aos desafios eproblemassociais,das variasfreguesiasda comunidade castreja? O problema da diminuição de voluntariado é transversal a qualquer associação, não se verificando apenas na Comunidade Castreja. Esta redução de voluntários tem a ver com o próprio cansaço que esses elementos vão sentindo com o passar do tempo e com a conjuntura desfavorável que vivemos. Por isso, a estrutura Castreja terá que ser mais profissionalizada e as juntas de freguesia terão que ser o garante do bom desempenho da CooperativaCastreja. 3) Que medidas se podem implementar para uma melhor interação, entre a infância, juventude e a idade sénior, aumentando assim o fator de coesão socialda nossa comunidade? Penso não haver medidas novas a implementar. O que se tem feito alcança uma boa interação ente a infância, juventude e sénior. Nas diversas iniciativas que se irão realizar, deve ser mantida a ideia da participação e intervenção dessas faixas etárias. Para aumentar a coesão da nossa comunidade,devemserreforçadosos laçosdeuniãoentreas diversasfreguesias,pensandomaisnocoletivo,ou sejatodaaComunidadeCastreja. Quala importânciaque atribuiao trabalhoda CooperativaCastreja na comunidade? Fernando Lourenço Presidente da União de Freguesias Briteiros Sto Estevão e Donim
  • 11. Boletim de informação Cooperativ@ “Já conseguimos dar mais anos à vida, precisamos de discutir como dar mais vida aos anos.” Dr. Rui Barreira, Diretor do Centro Distrital de Braga da Segurança Social Com o aumento da esperança média de vida, este é um desafio que se coloca à sociedade atual. Quem são os idosos que vivem à nossa volta? Onde estão? Como vivem? O que podemos fazer para lhe “dar mais vida”? Estas e outras questões conduziram, acerca de dois anos, à criação do Programa “Guimarães 65+”, que conta com uma forte cooperação de mais de quarenta instituições do concelho que integram a RedeSocialdeGuimarães,entreas quaisaCastreja– CooperativadeApoioSocialeCultural,CRL. Este projeto pretende prevenir e combater o isolamento social e geográfico dos idosos, promovendo o seu bem-estar, segurança e solidariedade ativa e disponibilizando uma rede de comunicação móvel com sistema de SOS, para acesso direto a familiares e serviços, comocentrosdesaúdeeforçasdesegurança. No âmbito deste programa e com o objetivo de conhecer melhor a realidade, foram realizadas mais de 200 visitas domiciliárias a idosos, com mais de 65 anos, residentes na Comissão Social Interfreguesias Castreja. Estas visitas iniciais visaram o levantamento dos principais dados sociodemográficos e necessidades do idoso, sendo posteriormente realizadas visitas de monitorização de acordo com os registos efetuados. Com base nestes dados, sinalizou-se situações de isolamento/negligência e potenciou-se a segurança e respostas sociais a alguns idosos, criando-se estratégias de proximidade direcionadas ao apoio técnico e psicológico ou ao encaminhamento para as salas de convívio “GeraçõesemMovimento”. Sabendo que esta é uma região com um índice de envelhecimento elevado, predominando uma população idosa com baixos rendimentos, reduzidos níveis de literacia e de sociabilidade e elevados indicadores de isolamento social, foi agradável constatar que “os nossos idosos” são, maioritariamente ativos, quando comparados com os restantes dados do município. A convivência, através das diversas visitas domiciliárias, permitiu perceber que os idosos capazes de realizar as atividades de vida diárias, mantêm-se, geralmente, ocupados em tarefas como tratar do quintal, cuidar dos netos ou preparar as refeições para os filhos. A possibilidade de continuar a realizar estas atividades confere-lhes um sentimento de utilidade, que justifica o seu humor mais positivo em relação aos idosos que vivem em situações de maior isolamento e/ou são fisicamente pouco ativos. Também a permanência no meio das paredes que ergueram e dos afetos que foram criando ao longo dos anos, é sem dúvida uma mais valia para a maioria dos idosos que conta com os familiares mais próximos como principal rede de suporte social. Contudo, cada idoso tem a sua história de vida e o processo de envelhecimento, muitas vezes associado à inatividade, pode acarretar diversas consequências como a redução da capacidade de concentração, reação e coordenação que, por vezes, desencadeiamprocessos deautodesvalorização,depressãoeisolamento. Deste modo, impõe-se o desafio de continuar a estimular física e mentalmente os idosos, melhorando a sua qualidade de vida e a sua autonomiafuncionalepsicológica,eprivilegiandoapessoa atravésdeumaintervençãosocialadequada. Programa 65+ Carla Antunes Psicóloga
  • 12. Ficha Técnica Propriedade: Cooperativa Castreja 2500 exemplares Distribuição Gratuíta Emergência Nacional 112 Bombeiros das Taipas 253 576 114 GNR das Taipas 253 576 117 Câmara Municipal de Guimarães Telf.: 253 421 200 Fax: 253 515 134 geral@cm-guimaraes.pt Junta de Freguesia de Barco Terça/Quarta/Quinta das 20.30h - 21.30h Junta de Freguesia Briteiros Sta Leocádia Segunda das 16.30h - 19.30h Quarta das 14.30h - 16.30h Junta de Freguesia Briteiros S. Salvador Segunda das 14.30h - 16.30h Quarta das 16.30h - 19.30h Junta de Freguesia Briteiros Sto. Estevão Terça/Quinta das 20h - 21h Junta de Freguesia Donim Terça/Quinta das 19h - 20h Junta de Freguesia Souto Sta. Maria Terça/Quinta das 18.30h - 20h Junta de Freguesia Souto S. Salvador Terça/Quinta das 20.30h - 22.30h Junta de Freguesia Gondomar Terça/Quinta das 18h - 20h Horários de Atendimento texto retirado do jornal “Reflexo” digital, de dia 7 de janeiro de 2016 Gerações em Movimento, no caminho certo a seguir. Boletim de informação Cooperativ@ Paula Oliveira Vereadora Câmara Municipal de Guimarães A união faz a força, já todos ouvimos esta expressão e decerto já todos tivemos a oportunidade de experienciá-la nas mais diversas vertentes. Pois bem, o projeto “ CASTREJA” é resultado desta máxima, da união de vontades que deu e dá força para criar e manter a cooperativa social. E foram muitas as vontades, desde as institucionais como a ESCOLA, JUNTAS DE FREGUESIA, COMISSÃO SOCIAL INTERFREGUESIAS a um conjunto muito alargado de pessoas que individualmente e imbuídas de um espirito de partilha e com vontade de se comprometerem cívica e socialmente, partilhando as preocupações pelas carências sentidas no território, se uniram para dar corpoàcooperativasocialCASTREJA. O trabalho perspetivado também era muito, havia a noção clara de que o território onde se propunha intervir estava virgem em termos de intervenção social, um território marcado pela marginalização concelhia, dificultando assim o acesso às respostas existentes, não raras vezes muito centralizadas e, finalmente, um território de grande ruralidade e forte emigração que promove isolamento e solidão em especial nos maisidosos. Assim, e feito o levantamento social que identificou as dificuldades e, conhecidas as vontades da população das freguesias pertencentes ao agrupamento de ESCOLAS de BRITEIROS, nasce a CASTREJA, um nome consensual, não ferindo suscetibilidades e estando acima de qualquerbairrismo,tornou-seumamarcaidentitáriadestaregião,contribuídotambémparaacoesãoterritorialesocial. O trabalho desenvolvido em varias arias, tendo começado pela população escolar, chegou a todas as faixas etárias mas, gostaria de salientar o projeto GERAÇÕES EM MOVIMENTO destinado aos menos jovens que, não parando de crescer mostra a valia do projeto e, a loja solidária com intervenção junto de algumas famílias mais carenciadas e na disponibilização de ajudas técnicas como camas articuladas e cadeirasderodastempermitidomaisconfortoamuitaspessoas. Aqui chegados, sentindo a força que nos é dada pela satisfação da população abrangida e pelo reconhecimento das instituições de que destaco a Câmara Municipal, apoiando e dando-nos como exemplo e referência, colocando sobre nós os holofotes da exposição pública mais alargada, a união inicial das vontades não se pode perder sob pena de defraudar as expectativas dos que beneficiam do trabalho da castreja,regrageralos maisvulneráveis. Os tempos são difíceis, o voluntariado está em crise mas o nosso território é hoje mais solidário e, estou certo, não deixará de dizer presente semprequesejanecessário. A direção, por sua vez, deverá encontrar formas e caminhos a seguir no sentido de, mantendo viável o projeto, procurar a cada momento responderáquiloquesãoas dificuldadesdopublicoalvoedos grupos maisnumerosos. No quemedizrespeitoedentrodoquesãoasminhaslimitações,fareioquetenhofeitoqueédizer:PRESENTE A experiência de um idoso deve ser encarada como um documento vivo a preservar, como uma bússola que nos orienta na vida, como um guião que nos indica o caminho certo a seguir. Trabalhar com idosos é fazer a diferença na vida de alguém todos os dias. O projeto “Gerações em Movimento”, criado em março de 2014, nasceu no âmbito do programa “Guimarães 65+”, uma iniciativa que pretende prevenir o isolamento e situações de negligência de idosos do concelho que residem sozinhos, aumentando a sua segurança, o seu bem-estar e a solidariedade ativa da sua rede familiar e social. Quase a completar dois anos, o projeto “Gerações em Movimento”, que vai continuar em 2016 com o apoio do senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, afirma-se já como uma das atividades de referência da Comissão Social Interfreguesia de Castreja. Dinamizado pela assistente social Inês Marques, pela enfermeira Melody Monteiro e pela educadora social Sílvia Antunes, este é um exemplo de inclusão social, onde o público mais idoso de oito freguesias do concelho tem oportunidade de partilhar experiências e de potenciar os seus talentos. De segunda a sexta-feira, uma vez por semana em cada oito freguesias que integram a Comissão Social Interfreguesia de Castreja, 135 idosos dedicam-se ao culto da componente física, mas também à saúde psicológica com a realização de trabalhos que estimulam a memória, fomentam a criatividade e, sobretudo, aumentam a qualidade de vida dos Vimaranenses que frequentam estas ações. O projeto “Gerações em Movimento” acrescenta valor e, na verdade, faz diferença na vida das pessoas. É o fiel testemunho de uma resposta social que preenche o quotidiano dos idosos, combate o isolamento e promove o envelhecimento ativo, sempre num ambiente com dimensão familiar, contagiados por uma enorme alegria, o que auxilia a relação com todos os gestores sociais intervenientes neste programa. A experiência de um idoso deve ser encarada como um documento vivo a preservar, como uma bússola que nos orienta na vida, como um guião que nos indica o caminho certo a seguir pela nossa vida fora, como uma referência de vida para as gerações mais novas. Obrigado a todos pelas maravilhosas lições de vida, que nos enchem o coração e que nos impulsionam a abraçar novos desafios. Bom ano de 2016! Américo Freitas Membro do Conselho Estratégico da Castreja “ A UNIÃO FAZ A FORÇA “