1. verdade. Apesar da aparência pacata e bucólica, as vacas também são responsáveis pelo efeito estufa e
o aquecimento global. Durante o processo digestivo do animal, ele emite gás metano, que é cerca de 20
vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2). Estima-se que 16% da poluição mundial seja
proveniente da pecuária. Mas os bovinos não são os únicos vilões. Cabras, ovelhas e búfalos também
causam o mesmo problema.
Diferente do ser humano, os animais ruminantes têm quatro estômagos. Os dois primeiros são o rúmen
e o retículo, onde o bolo alimentar se mistura continuamente. Dentro deles, há uma concentração
enorme de microorganismos (bactérias, protozoários e fungos). Como todo esse processo de
fermentação dos alimentos é anaeróbico (sem presença de ar), o gás metano é produzido e acaba sendo
expelido pelo animal. Uma vaca pode liberar de 150 a 500 litros de gás por dia, dependendo de sua
espécie e finalidade. “O problema não está na digestão das vacas. Mas, sim, no aumento exorbitante do
rebanho mundial para suprir a demanda por alimentos e outros produtos”, afirma o professor alemão
Michael Kreuzer, especialista em alimentação animal, do ETH Zürich - Instituto de Ciências Animais da
Escola Politécnica de Zurique.
Kreuzer estuda o assunto há mais de 20 anos. Em seus últimos experimentos, o especialista alemão
constatou que, ao adicionar substâncias provenientes de plantas tropicais na dieta alimentar do animal,
é possível diminuir a emissão de metano. Foram testados três tipos de aditivos alimentares.
Primeiramente, gordura de coco, linhaça e de sementes de girassol. Essas substâncias conseguem inibir
a proliferação de um microorganismo no rúmen, responsável pela produção do metano. Na segunda
fase da pesquisa, foram testados saponinas (encontradas nos frutos do jequiriti ou quilaia) e tanino
(originário de alguns tipos de acácia). “Os resultados mostraram diminuição do metano em até 20%”,
revela Kreuzer. Para comprovar esses valores, a equipe do ETH colocou vacas e ovelhas dentro de uma
câmara de vidro, alimentou-as durante dois dias e ficou monitorando a emissão de gases.
Os cientistas também sabem que vacas alimentadas exclusivamente com ração produzem um terço do
metano do que as que comem em pastos. “O metano se origina, principalmente, da digestão da celulose
dos alimentos verdes”, explica o professor do ETH. Entretanto, além do capim e feno serem bem mais
baratos e saudáveis, se pecuaristas decidissem utilizar somente ração, o dano para o meio ambiente
seria igualmente ruim.
Encontrar soluções “naturais” para o problema é o ideal, já que essas alternativas dificilmente afetam a
qualidade nutricional e o gosto do leite e da carne. As leis européias proíbem o uso de antibióticos para
reprimir a formação de metano (prática largamente utilizada em muitos países) e a injeção de
microorganismos modificados geneticamente no rúmen.
Entretanto, para tornar a ingestão dos aditivos alimentares de plantas tropicais uma alternativa
comercialmente viável, seria necessário que a produção dessas substâncias fosse realizada nos países de
origem, já que atualmente elas ainda são raras e caras.(planetasustentavel.abril.com.br /acedido em
22/02/12)
2. A Produção Animal e o
Ambiente
Alfredo Emilio Silveira de Borba
Produção Animal e
Poluição
Agentes principais da poluição
A Poluição Atmosférica:
- Dióxido de carbono;
- Metano e
- Azoto.
A Poluição da Água e do Solo:
- Azoto e
- Fósforo .
Dentro da poluição Atmosférica
salientamos o efeito estufa
O Efeito estufa é um fenómeno natural, que
permite a entrada da radiação solar, mas
retém o calor acumulado, interceptando a
radiação infravermelha emitida pela
superfície da terra
3. Depois da industrialização, este fenómeno natural foi
ampliação pela actividade humana, sobretudo pela
emissão
de gases absorventes da radiação infravermelha. A
modificação atmosférica que resulta desta efeito estufa
adicional, traduz-se num aquecimento global, e por
conseguinte numa modificação do sistema climático do
planeta
Uma grande parte desta radiação é interceptada pelos
gases
absorventes (vapor de água e CO2 essencialmente)
presentes na atmosfera, diminuindo, assim a sua perda
para
o espaço. A energia retida pelo efeito estufa leva a um
aumento da temperatura na superfície, que é essencial à
manutenção e desenvolvimento da vida. Sem o efeito
estufa,
a terra teria uma temperatura média de –18ºC em vez dos
4. 15ºC que tem
O CO2 : É o principal gás que contribui para o efeito
estufa na natureza, juntamente com o vapor de água.
A sua duração na atmosfera é de cerca de 100 anos.
Os suas fontes naturais são numerosas: erupções
vulcânicas, respiração das plantas, dos animais e
dos homens, decomposição da matéria orgânica
morta.
Pela acção do homem, a taxa de CO2 da atmosfera
aumentou 30 % nos últimos dois séculos
Elemento essencial à vida, está presente sobre a forma orgânica e mineral, em todos
os meios. A maior parte encontra-se nos oceanos, mas grande parte encontra-se no
solo, na vegetação e na atmosfera.
O carbono transfere-se permanentemente entre estes meios. Assim, pela fotossíntese,
as plantas absorvem CO2 atmosférico e transformam-no em compostos carbonados
orgânicos (glucose, celulose,...), para suprir as suas necessidades energéticas;
uma parte do CO2 absorvido é rejeitado para a atmosfera.
Quando as plantas morrem, os microrganismos do solo decompõem a matéria
orgânica vegetal e libertam uma parte do carbono na atmosfera, sendo a outra parte
armazenada no solo
Emissões de metano provenientes dos animais.
- Uma grande parte do CH4 proveniente das explorações agrícolas,
é produzida pelos ruminantes. O seu sistema digestivo comporta o
retículo-rúmen que permite a digestão microbiana das forragens e
conduz à produção de metano, que é eructado pelo animal. Estas
emissões de metano variam com o animal e com a sua
alimentação.
- O metano provém igualmente dos estrumes e nitreiras com
excrementos animais. Como toda a MO, estes produtos
decompõem-se pela acção dos microrganismos, num meio pobre
em oxigénio.
O Azoto proveniente dos
Animais
O azoto é excretado pelos
animais por duas formas:
- Azoto fecal e
- Azoto urinário.
Quanto maior a quantidade de
azoto degradado no rúmen,
maiores as excreções
urinárias de ureia.
No caso açoriano é frequente
encontrar-se grandes
concentrações de azoto nas
pastagens, com uma alta
degradabilidade ruminal
5. Tendência nos
Lagos e lagoas
- Aumento da temperatura da água.
- Uma perturbação das sucessões
sazonais.
- Alterações no fitoplâncton e
zooplâncton , alterações na
reprodução dos peixes, alteração
das espécies piscícolas.
- Risco de modificação da
biodiversidade.
Tendência nas
pastagens
- Uma modificação da constituição das plantas, com
maior acumulação de açucares solúveis.
- Diminuição do teor proteico:
a) Um aumento de 10 a 20% da produção de
pasto ( O dobro do CO2);
b) Uma aumento da fotossíntese e da fixação
biológica de azoto.
- Estes dois efeitos favorecem a produção de
pastagem, mas o seu efeito a longo prazo são
6. incertos, caso a evolução climática interfira com o
aumento do CO2 atmosférico.
- Uma evolução da composição botânica da
pastagens (diminuição das gramíneas e aumento
das leguminosas)
Nas grandes
Culturas
- Alteração do ciclo das culturas, com um
desenvolvimento mais rápido nas condições
actuais.
- Alteração do rendimento. Deve ter-se em
conta que o aumento da concentração
atmosférica de CO2 e o aumento da
eficiência da água, o que resultará num
aumento do rendimento potencial das
culturas de Inverno (trigo) e de Verão
(milho).
- Há que ter em conta a incerteza sobre a
alimentação hídrica, que pode ser
fortemente penalizada pelas tendências
anunciadas para a pluviosidade.