2. Wright e a modernidade
• Wright é uma das forças que animam a modernidade,
expressando-se dentro do seu individualismo e da
universalidade da civilização industrial. Ao lado
daqueles que enfrentam a evidência de uma progressiva
privatização do indivíduo pela perda dos símbolos
coletivos.
• Para Wright a via solitária é do individualismo e anti-
intelectualismo. – une-se a Ruskin e Morris em defesa do
ideal de harmonia entre a natureza e o artista.
• Wright acredita na democracia americana, livre do peso da
cultura européia, pode realizar uma arte plenamente
criativa, é liberal e sua solidão é uma forma de liberdade.
3. Arquitetura é criação
• O problema é diferenciar a arquitetura americana da
arquitetura européia, não há dificuldade em ser um
artista gênio, em fazer a obra prima.
• A América é para Wright, um imenso espaço disponível
para o exercício da criação.
• O arquiteto é um pioneiro, com a missão de construir a
feição original de um país.
• Propõe a arquitetura orgânica, termo que sintetiza uma
analogia geral e poética que aproxima fatos sociais da
lógica da biologia. A vitalidade das conquistas científicas
iluminaria as teorias do crescimento da sociedade.
4. Arquitetura orgânica
• A arquitetura interessa as relações entre organismo, função e o
princípio da vitalidade. A arquitetura guiada pelo princípio orgânico
cresce de dentro para fora, em harmonia com o meio, integra
interior e exterior rompendo os limites da caixa mediante do jogo
livre de paredes.
• Para Wright a arquitetura não depende da história nasce da relação
com o entorno, não se interessa pela história, mas, pelo atemporal.
• O princípio fundamental da arquitetura orgânica é de que o
processo da construção deve ser natural como o crescimento.
• O termo orgânico forma um sistema de concepção do espaço como
um campo de forças, não como uma relação de grandezas, a arte
forma um sistema entre realidade natural e humana.
• A inovação de Wright consiste em situar a arquitetura como
resultado da ação do sujeito e não na produção de objetos.
17. First Harold Bradley House (1909), Louis Sullivan.
Louis Sullivan, detalhe Guaranty Building, Buffalo, New York
•Superfícies lisas - trabalhadas
Acabamentos de interiores /
ornamento = Sulivan
33. A fase da Pradaria - 1890-1916
• Pontos que caracterizam as casas da pradaria, Chicago:
• Interior e exterior com senso de unidade: reduz as partes necessárias ao mínimo
(salas e cômodos). Faz estes em conjunto subdividindo-os por meio de artifícios de
luz, permeadas por vistas abertas para a paisagem.
• Associação da construção com o sítio, ênfase com os planos paralelos do terreno, as
paredes são paralelas ao melhor lado do terreno, conexão com a vida doméstica.
• Caixa eliminada e alargamento do espaço interno, uso de proporções humanas
como base. Harmonização entre exterior e interior. “ O cômodo fechado não é a
expressão essencial da arquitetura”.
• Construção sobre uma base elevada, fundação visível.
• Redução da quantidade de materiais, utilizar os ornamentos dentro da natureza dos
materiais, este uso expressa claramente a concepção do edifício.
• Incorporação dos equipamentos hidráulicos-sanitários, aquecimento, eletricidade
atendendo aos princípios da arquitetura orgânica.
• Incorporar os maquinismos se possível, evitar linhas retas diretas (volumetria cúbica
quebrada).
• Eliminar o decorador.
• Wright, todavia, insistia na autoridade dos materiais e métodos tradicionais na fase
das casa da pradaria.
37. Nathan Moore House
Oak Park, 1895 / rebuilt 1924
Richardson - Arquiteto precursor,
influencia Wright nos primeiros
telhados da pradaria.
L. Sullivan e M Richardson - Estilo
assimétrico para ambientes
domésticos (Inspirados em N. B.
Shaw, arquiteto inglês, seguidor de W.
Morris).
Estilo Simétrico para Instituições
Públicas.
As Massas que constituem
volumes demarcados.
41. William Martin House, Oak Park, Ill
Casa da pradaria - a beleza é ressaltada por formas e elementos
construtivos: telhados leves, prolongados (em balanço) e terraços
51. Lógicas de mensuração geométrico
Exploração das propriedades físico-
mecânicas da estrutura
52.
53. •Linguagem linear - Linha para demarcar
ângulos, decompor os volumes não em
planos, mas, em superfícies, nós focais, a
utilização dos materiais, dinâmica espacial.
55. Obras, procedimentos de projeto e viagens:
• Viagem ao Japão em 1893, verificação dos
espaços regionais, flexíveis, contínuos entre
ambiente e em relação ao exterior, espaços
modulados (tatame 90X180 cm);
• Atividade no Japão, construção do Hotel Imperial,
(destruído). Wright aprendeu um método de ensino
que aplicou em Taliesin, no deserto do Arizona,
oposto ao da Bauhaus (fase formalista e da nova
objetividade), voltado para vida cotidiana, centrado
na relação mestre e discípulo, experiência superior,
comunhão com a natureza, nos materiais e
processos formativos;
• Atividade de ensino e pesquisa desenvolvidos em
Taliesin, onde os alunos aprendem não só a
projetar e construir, mas a compreender o espírito
dos materiais e a espacialidade concreta do local.
67. Obras primas: anos 1930-1950
• Casa da Cascata, 1936
• Complexo do Laboratório Johnson, 1936/39
• Taliensin West, 1938
• Museu Guggenheim, 1959, Nova York
68. A Casa da Cascata, Fallingwater house ou Casa Kaufmann
perto de Pittsburgh, Pensilvania, 1936.
78. Relação com a paisagem e senso de unidade interna. O espaço interior
contínuo entre diversos ambientes, a horizontalidade.
Planta aberta, caixa quebrada (volume externo) que possibilita ótima
relação entre interior e exterior da construção.
Recurso a estratégias construtivas, luz, sombra, ventilação, claridade.
Materiais: pedra, tijolo, madeira, utilizados de acordo com suas
propriedades e aparência, uso das cores naturais.
Concreto - flexibilidade, maleabilidade.
79. Em busca de novas
perspectivas Wright
funda o Ocotillo Desert
Camp, Arizona, em 1929,
prossegue na formulação
de Usonia, sua visão
estética da paisagem
humana no continente
norte-americano
121. Anos 30 e 40: casas usonianas
• Wright acredita que uma cultura igualitária surgiria
espontaneamente nos EUA. Enfatizava o individualismo
necessário para realização de uma forma dispersa e
nova.
• Horizontalidade é a alinha de força da terra, da ação da
vida humana e do repouso. A horizontalidade domina o
exterior é realçada pela ausência de delimitações no
interior.
• O estilo horizontal de viver promove a interação e livre
mobilidade. A verticalidade acentua a hierarquia, o
isolamento e a ambição.
• A casa não deve ser um espaço rígido que condiciona a
existência, mas um meio de contato com a realidade. O
espaço tem que possibilitar ser definido pelo indivíduo
que o usufrui.
125. Problema Habitação
• Planta conforme as necessidades
e condicionantes do contexto –
planta livre – flexível
• Espaço interior a marca central da
chaminé - fogo purificador
• Interpenetração de volumes e
Superfícies planas descontínuas
• Emprego de materiais naturais
• Espaço interior em relação com o
terreno
• Atração ao orgânico: quer dizer
vida / desenvolvimento /
dinamismo
• Wright - conjunto orgânico x
abstração
126. Busca do espaço contínuo
Livre vinculação e lógicas de mensuração geométrico-proporcionais
Arquitetura orgânica: partido é resultado de uma relação de forças
num campo de força da relação com o entorno, não é uma relação de
grandezas e medidas.
Para Wright arquitetura é resultado de ação do sujeito...
.
128. Busca do espaço contínuo
From the very beginning my T-square and triangle were an easy media of
expression for my geometrical sense of things. F. L. Wright
133. Repercussão na Europa
• Em 1910 um de um prof. Estética faz uma
exposição sobre sobre Frank Lloyd Wright e
difunde suas idéias, que são apropriadas por
movimentos como neoplasticismo ou The Stijl,
Grupo G, Mies Van der Rohe, entre outros.
• Na Europa, substituem as linhas que
expressavam forças semelhantes às naturais,
pela utilização dos planos, cuja força expressiva
é dada pela definição no espaço e pelo
dinamismo dos volumes que determinam.
134. A superfície: a fragmentação do volume
deslocamento do centro no The Stijl
135. A superfície, a fragmentação do volume, a
elementarização da construção pelo The Stijl
136. Pavilhão Lowndes, Petrópolis, RJ,
M.M. Roberto 1941-42.
Casa Rio Branco Paranhos, SP, 1942-43.
Garagem de Barcos do Santa Paula Iate Clube, São Paulo,
João Batista Vilanova Artigas, 1961.
Brasil- MMM Roberto e Vilanova Artigas
137. • Referencias bibliográficas principais:
ZEVI, Bruno. Frank Lloyd Wright. Barcelona, GG, 1985
Françoise Choay, O Urbanismo. Editora Perspectiva
CURTIS, William J.R. Modern Arquitecture Since 1900.
Phaidon Press
• Texto “A solidão moderna” de texto de Sophia Telles
na Revista AU
AULA CLARA MIRANDA DAUUFES- 2008