SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Contos Pechosos
Sinopse: Contos Pechosos é uma coletânea de contos curtos sobre diversificados
assuntos. Você poderá ler sobre diferentes assuntos, em diferentes épocas, em diferentes
lugares.
Classificação: História Curta; Científica; Ficcional; Violência; Linguagem Imprópria;
Ação; Drama; Mistério; Suspense;
Faixa Etária: +13
Nota da Autora: Contos Pechosos é uma coletânea de contos curtos sobre
diversificados assuntos. Você poderá ler sobre diferentes assuntos, em diferentes
épocas, em diferentes lugares. Você poderá se encontrar com Aimée, uma jovem do Rio
de Janeiro; Ernani, um jovem paulista trabalhador. Você irá rir, chorar, se assustar e se
apaixonar. Espero que se divirta lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo.
Dedico essa coletânea a Ernani Valente e Marcella Alcantara. Obrigada por me
inspirarem.

Paranoia
Estávamos em 1933, Getúlio Vargas estava na presidência. Apesar das boas coisas que
Vargas criou, não estava fácil para muita gente. O presidente bom e mal, mas não
vamos falar de política. Iremos falar do que ocorreu comigo há uns dias.
Li em um jornal que uma empresa científica precisava de dois cavalheiros e três damas
para alguns testes. Os voluntários receberiam poucos cruzeiros, mas o suficiente para eu
pagar o aluguel e comprar algum brioche. Segui para o endereço anotado no guardanapo
– único lugar que eu conseguiria para anota-lo. Era um prédio alto, conservado e
moderno. Entrei no local e falei com um cavalheiro o qual me direcionou a sala 358, no
quarto andar. Uns cavalheiros, com jalecos brancos, fizeram-me esperar em uma sala
que continha apenas um sofá branco e revistas sobre evolução científica e o futuro.
Horas se passaram e eu continuava no mesmo cômodo branco. Já estava tarde, mas eu
realmente precisava dos cruzeiros. Retirei minhas sapatilhas e estiquei minhas pernas no
sofá, mantendo-as cobertas pelo vestido. Eu não queria ser deselegante. Mas algo
aconteceu, pois acordei em um lugar diferente. Os cavalheiros e as damas usavam trajes
unificados, calças de um tecido diferente e camisas com mangas curtas. As pessoas
trajavam pequenas roupas íntimas em público, expostas para todas. O que mais me
impressionou foi o fato de que todas as mulheres trabalhavam, andavam sem a
companhia de um homem e não eram paradas por policiais ou olhadas como vulgares.
Olhei para uma foto em uma parede que mostrava o ano de 2014.
- Século XXI? – sussurrei enquanto arrancava a folha do muro.
- Sim, em que época pensou que estamos moça? – perguntou um senhor que passava
dando uma bela gargalhada.
Logo depois, tudo ficou escuro e acordei na sala branca novamente. Continuava a vestir
o meu vestido longo. Fui liberada pelos cientistas que falaram que já tinham do que
precisavam. Voltei à casa um pouco aturdida, mas com o dinheiro de que tanto
precisava.
Século XXI? Ri sozinha jogando as moedas para o alto e pagando-as no ar. Eu estava
ficando paranoica. Nunca que as mulheres teriam tanta liberdade e poder assim. O
cansaço estava definitivamente afetando a minha mente.

Aspirina Para Toda Obra
Não importa em qual lugar do país você mora – a não ser que more em uma fazenda,
sítio ou algo semelhante – você irá sofrer com o caos causado pelas obras públicas.
Barulho das máquinas aqui, homens trabalhando ali e engarrafamento por todo lado.
Pegue um trânsito congestionando e olhe para o lado, provavelmente, verá alguém
tentando distrair-se ou querendo matar-se por causa de um enorme dor de cabeça
causada pelo barulho.
Há poucos dias venho lendo alguns relatos de pessoas, geralmente trabalhadores, mas
um em especial chamou-me a atenção.
Uma bela moça estava em seu carro tentando distrair-se com um jornal do dia anterior
enquanto sua dor de cabeça aumentava. Como saberia que não sairia dali tão cedo,
avistara um canteiro de obra que seria perfeito para estacionar o carro e esperar o
congestionamento diminuir. Encostara o carro na obra e voltara a ler o jornal. Sua dor
de cabeça aumentara tanto que sua visão estava turva. Encostou a cabeça no volante e
fechou os olhos. Alguém batendo na janela de seu carro a acordou de seu transe.
- Está se sentindo bem, senhora? – perguntou um operador de obra assim que ela
abaixou o vidro.
- Apenas com dor de cabeça, mas já estou controlando-a – mentiu dando o seu sorriso
mais convincente.
- A senhora quer Aspirina? Eu sempre carrego alguns comprimidos comigo por causa
desse barulho infernal – perguntou retirando algumas cartelas do bolso da calça.
Aceitou e tomou os comprimidos com água que também foi lhe oferecida. Logo sua
dor de cabeça passou e pode seguir para casa. Quando se vive em uma cidade grande,
umas cartelas de Aspirina é sempre pau para toda obra.

A Morte Me Assaltou
Levantar da cama, tomar café da manhã e ir trabalhar. Um cotidiano comum de muitos
brasileiros, ainda mais daqueles que vivem na cidade grande, como São Paulo. Ernani,
um jovem no auge de seus vinte e cinco anos, tinha acabado de sair da faculdade de
Metalurgia. Trabalha na empresa de seu pai, não mais como empresário, e, sim como
metalúrgico. Tudo estava ocorrendo como ele desejava.
Outro dia, estava o jovem ido ganhar a vida, todo sorridente, como só ele. Seu emprego
ficava no outro lado da cidade. Então, pegou o metro lotado e, em alguns minutos já
estava em seu destino. Trabalhou o dia todo, incansavelmente como um bom
empregado. Ele era o filho do chefe, precisava dar o exemplo. Quando o dia acabara,
Ernani se direcionou a estação de metro, mas próxima para poder descansar em sua
residência. Só que morar em capitais tem um grande problema, os inúmeros assaltos.
- Qual é tio? Passa tudo. Isso é um assalto – falou um adolescente segurando uma arma
calibre trinta e seis.
- Desculpa meninos, estou sem nada – respondeu o trabalhador.
O assaltante, não conformado, revistou o jovem e percebeu que ele só tinha alguns
trocados para a passagem de volta a casa. O trombadinha empurrou os pertences contra
o peito de Ernani fazendo-o cair.
- Ainda posso roubar-te uma coisa – vociferou o garoto atirando logo em seguida contra
o corpo do metalúrgico – A vida.
O adolescente correu deixando o corpo do rapaz ensanguentado ali, em praça pública
até o dia seguinte, quando policiais avistaram o cadáver no chão. Um jovem inocente
que mal começara a vida morreu. Entre muitos pensamentos, o último de Ernani foi: - A
vida passou tão rápida.

Abantesma
Bem, o meu nome é Aimée e preciso contar uma coisa a vocês. É muito ruim quando
você tem um dia estragado por uma coisa, certo? Então imagine que duas coisas acabam
com o seu dia. Horrível não? Ok, vocês devem estar se perguntando onde eu quero
chegar ou pedindo para que eu vá logo para a ação.
Eu tinha viajado para um desses locais no litoral, que só são conhecidos por causa das
praias, com a minha mãe. A viagem foi ótima, o problema foi a volta. Minha mãe tinha
planejado tudo perfeitamente até que o barco onde voltaríamos sumiu e o piloto estava
com as mãos abanando. Não podendo ficar nem um dia a mais naquele lugar,
arrumamos um jeito de voltar com uns nativos da praia que tinham um barco de
pequeno porte.
Já não bastasse o fato de os nativos me assustarem com seus dentes serem pontiagudos
e dourado sujo, ainda teria que voltar a casa em uma canoa. Durante o percurso, me
mantive a certa distância daqueles homens exóticos. Eu tinha uma vasta sensação de que
a qualquer momento eles amaldiçoariam minha família e me comeriam viva. Os meus
problemas passaram de inconvenientes a péssimos quando uma tempestade forte
começou. Ondas fortes foram formadas e estava prestes a ver a canoa embaixo de mim
se desfazer.
Enquanto minha mãe e eu segurávamos na borda da canoa esperando não sermos
levadas pelas ondas temerosas. E os nativos sumiram. Estávamos sozinhas no meio do
mar debaixo de uma tempestade, que poderia perfeitamente imitar a do filme Poseidon.
Uma onda enorme – ela não era enorme, mas grande o suficiente para aquela canoa –
virou o barco pequeno. Tentei me segurar em alguma coisa, mas tudo já tinha virado
nada. Minha mãe ergueu-me para que pudesse voltar a respirar.
Fomos atingidas por uma corrente de ferro que era presa a um poste no meio do mar.
Ela continha triângulos metálicos enormes que semelhavam aos dentes dos nativos. Um
tremor passou por todo meu corpo. Não sei o que aconteceu em seguida, não sei se
adormeci ou desmaiei, porém quando acordei, estava jogada na areia da praia da minha
cidade com os meus pertences ao meu lado.
Madre e eu decidimos não discutir sobre o ocorrido, acontecimentos demais para um
dia só. Seguimos para casa andando, já que não era tão longe dali. Eu morava com meus
pais e minha irmã em um apartamento pequeno em um bairro requintado do Rio de
Janeiro.
Entrei no banheiro e sorri na frente do espelho por finalmente estar em casa e sem mais
problemas. Olhei meu sorriso e gritei. Manchas pretas, que faziam meus dentes
parecerem pontiagudos e conterem um buraco em forma cilíndrica, dominavam minha
arcada dentária. Não sei o que tinha acontecido, mas meus dentes estavam idênticos ao
dos nativos estranhos da praia.
Minha mãe com a maior simplicidade do mundo falou apenas para que eu escovasse os
dentes. Ela não percebia tudo que podia estar atrás disso? O sumiço dos nativos, a nossa
aparição na praia da capital sem mais nem menos e, agora, meus dentes de repente
estarem assim? Não sabia o que fazer. Uma parte de mim desejava chorar em posição
fetal até virar pó e a outra queria pegar uma lupa e investigar o caso ala Sherlock
Holmes. Entretanto, fiz a escolha mais sensata, escovei os dentes.
Olhei para o lado e, então, lembrei-me dela. Madeleine estava lá me fitando com
aqueles olhos vazios. Madeleine era a filha da irmã da minha mãe. Como os meus tios
não tinham tempo para cuidar dela, deixavam-na com a gente. Até hoje não entendi o
motivo de ela sempre ficar no banheiro, era desconfortante. Madeleine era pequena,
parecia ter uns três anos, olhos grandes como um filhote de gato e cabelo preto
escorrido sempre preso de lado.
A minha prima, que eu não considerava ser prima, estava sempre lá fitando o nada,
como em um estado vegetativo. Não tinha escutado a voz dela em momento nenhum
desde que veio para cá, há cinco anos. Certas vezes ela me assustava, pois algo nela me
passava terror. Ela tinha um ar demoníaco.
- Por que mesmo a gente ainda cuida da Madeleine? – gritei à minha mãe indo à sala
onde ela estava.
- Você sabe que seus tios não têm condição e tempo para cuidar dela, Aimée – lançoume um olhar repreendendo-me por falar tão alto.
- Não tem como devolvê-la? Eu poderia dizer que ela só ocupa espaço, mas nem isso.
Ela está lá quando eu olho, mas quando viro novamente, ela sumiu. Parece um
fantasma, é assustador. Por favor, Mãe, eu não quero fazer parte de algum filme de
exorcismo – sussurrei.
- Aimée, não seja boba. Sua prima só gosta de ficar sozinha – respondeu voltando ao
quarto.
Segui-a até o cômodo onde minha irmã também se encontrava. Olhei para porta do
banheiro esperando a garota sair de lá girando a cabeça em 360º e andando como uma
aranha.
- Mãe, eu também acho que você devia devolvê-la aos meus tios. Já se passaram cinco
anos, eles empurraram o encosto para gente – cortou minha irmã levantando-se da
cama.
Ouvi um barulho no banheiro, porém a conversa paralela de minha madre e minha irmã
continuaram como se os ouvidos delas estivessem inercies ao ruído. A luz acendeu e a
porta do banheiro caiu como se estivesse fechando o cômodo erroneamente. Minha
respiração sumiu e eu só conseguia apontar e gaguejar. Os barulhos continuavam como
se todo o banheiro estivesse sendo destruído então começou um grito agudo que fazia
todo o meu corpo estremecer.
Madeleine tinha feito alguma coisa e isso seria impossível por causa dos problemas de
saúde dela. Pude, pelo canto do olho, ver as expressões chocadas de minha genitora e
minha irmã. Em um supetão, a luz apagou e a porta voltou à posição inicial, como se
nada tivesse acontecido.
A porta da sala abriu avisando a chegada do meu pai. Nós três corremos até o homem
robusto que mal pisara o pé dentro de casa. Gritávamos contando o ocorrido naquele dia
enquanto ele tentava absorver toda a informação que compreendia. Após muito tempo,
meu pai conseguiu nos acalmar e pudemos contar exatamente o que aconteceu.
- Do que vocês falando? – ele indagou unindo as sobrancelhas – Os tais nativos não
existem desde a chegada das caravelas portuguesas no solo brasileiro, e Madeleine
morreu há três anos.
Tão Longe Com Você
Os dois estavam ali, se amando, após uma daquelas discussões constantes. Aquela
paixão resplandecente e um amor eminente. Os seus lábios se tocavam com volúpia e as
mãos bobas que acariciavam o corpo um do outro, à procura de saciar o fogo do desejo.
Léo e Bela, enamorados, se adoravam em um quarto escuro da casa da menina.
- Amo-te – falou Léo assim que descolou os lábios de sua amada, e assim, novamente –
Por todo o sempre.
- Não diga isso – retrucou Bela interrompendo os atos de seu namorado, ainda com os
olhos fechados.
- Por quê? Tu não me amas mais? – gaguejou o garoto, com olhar inocente, temendo a
resposta da garota em seus braços.
- Oh não, Léo – respondeu dando um sorriso puro e apreciando a ingenuidade do garoto
a sua frente – Eu o amo. Amo-te mais do que qualquer outro alguém.
- Então o que há? - indagou Leonardo, sentando na cama, confuso com as palavras de
sua querida.
- Sempre é tempo demais - replicou Isabela sentando ao lado de seu adorado e
segurando sua mão - Um dia você irá encontrar alguém que vai te amar tanto quanto eu
- sua voz ficou embargada mostrando que aquilo era tão difícil para ela quanto para ele O que sentes por mim é algo passageiro.
- Não é possível. Meu sentimento por você é algo que jamais senti antes. Nem o tempo
e nem outro alguém poderá amenizar o que eu sinto por você - cortou segurando o resto
de Isabela com suas duas mãos.
- Que seja infinito enquanto dure - suplicou após balançar a cabeça negativamente
desistindo daquela breve discussão.
- E que dure para sempre - completou Léo tomando os lábios de Bela.
O amor e a paixão alcançou o casal novamente. Os dois se completavam com duas
peças de um quebra-cabeça. Léo e Bela. Uma atração que iria além do "até que a morte
os separe".

Soberano
Uma lembrança que vem como uma nuvem mágica ou um correr ligeiro de uma fita de filme
antigo. Cores, cheiro, sons e pensamentos vindos um de cada vez, respectivamente, como em
uma marcha lenta de lesmas. Então, quase de supetão, o sorriso nostálgico aparece
juntamente com as sensações calorosas e o arrepio inebriante.
Amplo espaço com idas e vindas, voltas e retas, paradas e contínuas. Número avantajado de
pessoas falando aqui e ali, respirando para lá e vivendo mais para cá. Livros amontoados e
enfileirados por todos os cantos, de todas as formas, tamanhos e cores. Autores brasileiros,
estrangeiros e aqueles que não podem ser considerados autores, mas escrevem seus
versinhos. Uma brilhante tirada de fôlego para qualquer leitor nato, viciado e apaixonado.
Entretanto não é deste lugar esplêndido que venho lembrar, talvez em partes, mas sim, do
abraço apertado, dos olhos incandescentes e o sorriso terno. Abraços que poderiam quebrarlhe as costelas, porém completamente aconchegantes. Olhos que sorriam e brilhavam como
um amanhecer. Sorriso que transparecia a alma feliz e elegante. Dois conhecidos se
encontrando pela primeira vez em atos e sentimentos de saudade que a outros olhos parecem
impossíveis. Um cheiro estranhamente bom e uma textura suave que serão lembradas até
quando o tempo e a idade brincarão de amnésia comigo.
A primeira vista de dois estranhos no que parecia ser o melhor lugar do mundo. A quase
perfeição em pessoa, o meu príncipe. Não há mente criativa o suficiente para tornar o dia mais
especial da minha vida em algo melhor. Ah, esse espetáculo de 2013 vai deixar saudades.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Livro - Contos de terror - 5º ano "E"
Livro - Contos de terror - 5º ano "E"Livro - Contos de terror - 5º ano "E"
Livro - Contos de terror - 5º ano "E"Guilherme Leão
 
Situação de aprendizagem texto pausa moacyr scliar jaquelina marcelino
Situação de aprendizagem  texto pausa  moacyr scliar  jaquelina marcelinoSituação de aprendizagem  texto pausa  moacyr scliar  jaquelina marcelino
Situação de aprendizagem texto pausa moacyr scliar jaquelina marcelinoJosé Arimatéia da Silva
 
O tempo e o vento o arquilpel - erico verissimo
O tempo e o vento   o arquilpel - erico verissimoO tempo e o vento   o arquilpel - erico verissimo
O tempo e o vento o arquilpel - erico verissimoPatrick François Jarwoski
 
Mensagens para Refletir
Mensagens para RefletirMensagens para Refletir
Mensagens para Refletirveronikdigital
 
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Braga
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina BragaContos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Braga
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Bragaprofesfrancleite
 
Língua port 9º sem edição
Língua port 9º  sem ediçãoLíngua port 9º  sem edição
Língua port 9º sem ediçãoAustonio Santos
 
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_ProfaJosi
 

La actualidad más candente (20)

Livro - Contos de terror - 5º ano "E"
Livro - Contos de terror - 5º ano "E"Livro - Contos de terror - 5º ano "E"
Livro - Contos de terror - 5º ano "E"
 
Zeli pausa
Zeli pausaZeli pausa
Zeli pausa
 
Pausa
PausaPausa
Pausa
 
Situação de aprendizagem texto pausa moacyr scliar jaquelina marcelino
Situação de aprendizagem  texto pausa  moacyr scliar  jaquelina marcelinoSituação de aprendizagem  texto pausa  moacyr scliar  jaquelina marcelino
Situação de aprendizagem texto pausa moacyr scliar jaquelina marcelino
 
Contos assombracao
Contos assombracaoContos assombracao
Contos assombracao
 
O tempo e o vento o arquilpel - erico verissimo
O tempo e o vento   o arquilpel - erico verissimoO tempo e o vento   o arquilpel - erico verissimo
O tempo e o vento o arquilpel - erico verissimo
 
Cinzas do norte
Cinzas do norteCinzas do norte
Cinzas do norte
 
Contos curtos
Contos curtosContos curtos
Contos curtos
 
Lendas e causos
Lendas e causosLendas e causos
Lendas e causos
 
Mensagens para Refletir
Mensagens para RefletirMensagens para Refletir
Mensagens para Refletir
 
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Braga
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina BragaContos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Braga
Contos produzidos pelos alunos do 7º ano A e B 2014 - Escola Batistina Braga
 
Oficinas de escrita
Oficinas de escritaOficinas de escrita
Oficinas de escrita
 
Ilustrações
IlustraçõesIlustrações
Ilustrações
 
Man repeller trecho
Man repeller trechoMan repeller trecho
Man repeller trecho
 
Língua port 9º sem edição
Língua port 9º  sem ediçãoLíngua port 9º  sem edição
Língua port 9º sem edição
 
O Crânio de Cristal
O Crânio de CristalO Crânio de Cristal
O Crânio de Cristal
 
Um amor proibido
Um amor proibidoUm amor proibido
Um amor proibido
 
Rei Arthur
Rei ArthurRei Arthur
Rei Arthur
 
Conto-meu tio jules
Conto-meu tio julesConto-meu tio jules
Conto-meu tio jules
 
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_
Literatura relato de_um_certo_oriente_analise_
 

Destacado

Holy saturday 2014 19th april 2014
Holy saturday 2014 19th april 2014Holy saturday 2014 19th april 2014
Holy saturday 2014 19th april 2014zintokazi
 
Ejercicios de excel. nathypptx
Ejercicios de excel. nathypptxEjercicios de excel. nathypptx
Ejercicios de excel. nathypptxNathaly Delgado
 
Comportamiento actual frente al VIH.
Comportamiento actual frente al VIH.Comportamiento actual frente al VIH.
Comportamiento actual frente al VIH.XEMIDE
 
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...SOMPirineu
 
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02uand
 
3 pràctica seguretat
3 pràctica seguretat3 pràctica seguretat
3 pràctica seguretatEVAMASO
 
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.Ma-De
 
Fácil y difícil
 Fácil y difícil Fácil y difícil
Fácil y difícilAldo Rojas
 
Bengali islam god
Bengali islam godBengali islam god
Bengali islam godNisreen Ly
 
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIRO
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIROiFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIRO
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIROBitcoin Btc
 
Daños al sistema respiratorio.
Daños al sistema respiratorio.Daños al sistema respiratorio.
Daños al sistema respiratorio.Paola Valdez
 
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes,
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes, Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes,
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes, bepedronunes
 
OSTEOLOGIA ANATOCRANEO
OSTEOLOGIA ANATOCRANEOOSTEOLOGIA ANATOCRANEO
OSTEOLOGIA ANATOCRANEOanatogral
 

Destacado (20)

Holy saturday 2014 19th april 2014
Holy saturday 2014 19th april 2014Holy saturday 2014 19th april 2014
Holy saturday 2014 19th april 2014
 
C05 4085
C05 4085C05 4085
C05 4085
 
Ejercicios de excel. nathypptx
Ejercicios de excel. nathypptxEjercicios de excel. nathypptx
Ejercicios de excel. nathypptx
 
Comportamiento actual frente al VIH.
Comportamiento actual frente al VIH.Comportamiento actual frente al VIH.
Comportamiento actual frente al VIH.
 
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...
CURS MADE IN PIRINEUS: Certificacions, distintius i marques. Oportunitats per...
 
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02
Chitaemposlogamslovaiz3h 140710035529-phpapp02
 
3 pràctica seguretat
3 pràctica seguretat3 pràctica seguretat
3 pràctica seguretat
 
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.
Objeto nômade - ideia desenvolvida para a comunicação de uma agência.
 
Manual de usuario
Manual de usuarioManual de usuario
Manual de usuario
 
Similar Figures
Similar FiguresSimilar Figures
Similar Figures
 
Fácil y difícil
 Fácil y difícil Fácil y difícil
Fácil y difícil
 
Bengali islam god
Bengali islam godBengali islam god
Bengali islam god
 
Portafolio de presentación 14nov2014
Portafolio de presentación 14nov2014Portafolio de presentación 14nov2014
Portafolio de presentación 14nov2014
 
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIRO
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIROiFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIRO
iFreex - APLICATIVO QUE GERA DINHEIRO
 
Daños al sistema respiratorio.
Daños al sistema respiratorio.Daños al sistema respiratorio.
Daños al sistema respiratorio.
 
Ga log
Ga logGa log
Ga log
 
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes,
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes, Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes,
Relatório de avaliacao 2012-13 da Biblioteca Escolar Pedro Nunes,
 
Remya.C.V
Remya.C.VRemya.C.V
Remya.C.V
 
Foods
FoodsFoods
Foods
 
OSTEOLOGIA ANATOCRANEO
OSTEOLOGIA ANATOCRANEOOSTEOLOGIA ANATOCRANEO
OSTEOLOGIA ANATOCRANEO
 

Similar a Contos pechosos

Similar a Contos pechosos (20)

D 11.pptx
D 11.pptxD 11.pptx
D 11.pptx
 
A chave do_tamanho_de_monteiro_lobato
A chave do_tamanho_de_monteiro_lobatoA chave do_tamanho_de_monteiro_lobato
A chave do_tamanho_de_monteiro_lobato
 
Conto
ContoConto
Conto
 
The Dead Zone
The Dead ZoneThe Dead Zone
The Dead Zone
 
A decisão de Amanda - Por Beatriz Rodrigues
A decisão de Amanda - Por Beatriz RodriguesA decisão de Amanda - Por Beatriz Rodrigues
A decisão de Amanda - Por Beatriz Rodrigues
 
Minha fama de mau erasmo carlos
Minha fama de mau   erasmo carlosMinha fama de mau   erasmo carlos
Minha fama de mau erasmo carlos
 
Agualusa 2
Agualusa 2Agualusa 2
Agualusa 2
 
Dias de verão a4
Dias de verão a4Dias de verão a4
Dias de verão a4
 
Lendas e causos
Lendas e causosLendas e causos
Lendas e causos
 
PORQUE AS BORBOLETAS VOAM
PORQUE AS BORBOLETAS VOAMPORQUE AS BORBOLETAS VOAM
PORQUE AS BORBOLETAS VOAM
 
Cap.1
Cap.1Cap.1
Cap.1
 
A decisão de Amanda
A decisão de Amanda A decisão de Amanda
A decisão de Amanda
 
Skins the novel
Skins   the novelSkins   the novel
Skins the novel
 
DUAS HORAS MUITO LOUCAS I
DUAS HORAS MUITO LOUCAS IDUAS HORAS MUITO LOUCAS I
DUAS HORAS MUITO LOUCAS I
 
Identificar livros e autores
Identificar livros e autoresIdentificar livros e autores
Identificar livros e autores
 
A história de Florzinha
A história de FlorzinhaA história de Florzinha
A história de Florzinha
 
O Primeiro Telefonema do Céu _ Trecho
O Primeiro Telefonema do Céu _ TrechoO Primeiro Telefonema do Céu _ Trecho
O Primeiro Telefonema do Céu _ Trecho
 
Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book
 
2ª fase Modernismo (1930-1945)
2ª fase Modernismo (1930-1945) 2ª fase Modernismo (1930-1945)
2ª fase Modernismo (1930-1945)
 
José vaz (1)
José vaz (1)José vaz (1)
José vaz (1)
 

Último

Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 

Último (20)

Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 

Contos pechosos

  • 1. Contos Pechosos Sinopse: Contos Pechosos é uma coletânea de contos curtos sobre diversificados assuntos. Você poderá ler sobre diferentes assuntos, em diferentes épocas, em diferentes lugares. Classificação: História Curta; Científica; Ficcional; Violência; Linguagem Imprópria; Ação; Drama; Mistério; Suspense; Faixa Etária: +13 Nota da Autora: Contos Pechosos é uma coletânea de contos curtos sobre diversificados assuntos. Você poderá ler sobre diferentes assuntos, em diferentes épocas, em diferentes lugares. Você poderá se encontrar com Aimée, uma jovem do Rio de Janeiro; Ernani, um jovem paulista trabalhador. Você irá rir, chorar, se assustar e se apaixonar. Espero que se divirta lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo. Dedico essa coletânea a Ernani Valente e Marcella Alcantara. Obrigada por me inspirarem. Paranoia Estávamos em 1933, Getúlio Vargas estava na presidência. Apesar das boas coisas que Vargas criou, não estava fácil para muita gente. O presidente bom e mal, mas não vamos falar de política. Iremos falar do que ocorreu comigo há uns dias. Li em um jornal que uma empresa científica precisava de dois cavalheiros e três damas para alguns testes. Os voluntários receberiam poucos cruzeiros, mas o suficiente para eu pagar o aluguel e comprar algum brioche. Segui para o endereço anotado no guardanapo – único lugar que eu conseguiria para anota-lo. Era um prédio alto, conservado e moderno. Entrei no local e falei com um cavalheiro o qual me direcionou a sala 358, no quarto andar. Uns cavalheiros, com jalecos brancos, fizeram-me esperar em uma sala que continha apenas um sofá branco e revistas sobre evolução científica e o futuro. Horas se passaram e eu continuava no mesmo cômodo branco. Já estava tarde, mas eu realmente precisava dos cruzeiros. Retirei minhas sapatilhas e estiquei minhas pernas no sofá, mantendo-as cobertas pelo vestido. Eu não queria ser deselegante. Mas algo aconteceu, pois acordei em um lugar diferente. Os cavalheiros e as damas usavam trajes unificados, calças de um tecido diferente e camisas com mangas curtas. As pessoas trajavam pequenas roupas íntimas em público, expostas para todas. O que mais me impressionou foi o fato de que todas as mulheres trabalhavam, andavam sem a companhia de um homem e não eram paradas por policiais ou olhadas como vulgares. Olhei para uma foto em uma parede que mostrava o ano de 2014. - Século XXI? – sussurrei enquanto arrancava a folha do muro. - Sim, em que época pensou que estamos moça? – perguntou um senhor que passava dando uma bela gargalhada. Logo depois, tudo ficou escuro e acordei na sala branca novamente. Continuava a vestir o meu vestido longo. Fui liberada pelos cientistas que falaram que já tinham do que precisavam. Voltei à casa um pouco aturdida, mas com o dinheiro de que tanto precisava. Século XXI? Ri sozinha jogando as moedas para o alto e pagando-as no ar. Eu estava
  • 2. ficando paranoica. Nunca que as mulheres teriam tanta liberdade e poder assim. O cansaço estava definitivamente afetando a minha mente. Aspirina Para Toda Obra Não importa em qual lugar do país você mora – a não ser que more em uma fazenda, sítio ou algo semelhante – você irá sofrer com o caos causado pelas obras públicas. Barulho das máquinas aqui, homens trabalhando ali e engarrafamento por todo lado. Pegue um trânsito congestionando e olhe para o lado, provavelmente, verá alguém tentando distrair-se ou querendo matar-se por causa de um enorme dor de cabeça causada pelo barulho. Há poucos dias venho lendo alguns relatos de pessoas, geralmente trabalhadores, mas um em especial chamou-me a atenção. Uma bela moça estava em seu carro tentando distrair-se com um jornal do dia anterior enquanto sua dor de cabeça aumentava. Como saberia que não sairia dali tão cedo, avistara um canteiro de obra que seria perfeito para estacionar o carro e esperar o congestionamento diminuir. Encostara o carro na obra e voltara a ler o jornal. Sua dor de cabeça aumentara tanto que sua visão estava turva. Encostou a cabeça no volante e fechou os olhos. Alguém batendo na janela de seu carro a acordou de seu transe. - Está se sentindo bem, senhora? – perguntou um operador de obra assim que ela abaixou o vidro. - Apenas com dor de cabeça, mas já estou controlando-a – mentiu dando o seu sorriso mais convincente. - A senhora quer Aspirina? Eu sempre carrego alguns comprimidos comigo por causa desse barulho infernal – perguntou retirando algumas cartelas do bolso da calça. Aceitou e tomou os comprimidos com água que também foi lhe oferecida. Logo sua dor de cabeça passou e pode seguir para casa. Quando se vive em uma cidade grande, umas cartelas de Aspirina é sempre pau para toda obra. A Morte Me Assaltou Levantar da cama, tomar café da manhã e ir trabalhar. Um cotidiano comum de muitos brasileiros, ainda mais daqueles que vivem na cidade grande, como São Paulo. Ernani, um jovem no auge de seus vinte e cinco anos, tinha acabado de sair da faculdade de Metalurgia. Trabalha na empresa de seu pai, não mais como empresário, e, sim como metalúrgico. Tudo estava ocorrendo como ele desejava. Outro dia, estava o jovem ido ganhar a vida, todo sorridente, como só ele. Seu emprego ficava no outro lado da cidade. Então, pegou o metro lotado e, em alguns minutos já estava em seu destino. Trabalhou o dia todo, incansavelmente como um bom empregado. Ele era o filho do chefe, precisava dar o exemplo. Quando o dia acabara, Ernani se direcionou a estação de metro, mas próxima para poder descansar em sua residência. Só que morar em capitais tem um grande problema, os inúmeros assaltos. - Qual é tio? Passa tudo. Isso é um assalto – falou um adolescente segurando uma arma calibre trinta e seis. - Desculpa meninos, estou sem nada – respondeu o trabalhador. O assaltante, não conformado, revistou o jovem e percebeu que ele só tinha alguns
  • 3. trocados para a passagem de volta a casa. O trombadinha empurrou os pertences contra o peito de Ernani fazendo-o cair. - Ainda posso roubar-te uma coisa – vociferou o garoto atirando logo em seguida contra o corpo do metalúrgico – A vida. O adolescente correu deixando o corpo do rapaz ensanguentado ali, em praça pública até o dia seguinte, quando policiais avistaram o cadáver no chão. Um jovem inocente que mal começara a vida morreu. Entre muitos pensamentos, o último de Ernani foi: - A vida passou tão rápida. Abantesma Bem, o meu nome é Aimée e preciso contar uma coisa a vocês. É muito ruim quando você tem um dia estragado por uma coisa, certo? Então imagine que duas coisas acabam com o seu dia. Horrível não? Ok, vocês devem estar se perguntando onde eu quero chegar ou pedindo para que eu vá logo para a ação. Eu tinha viajado para um desses locais no litoral, que só são conhecidos por causa das praias, com a minha mãe. A viagem foi ótima, o problema foi a volta. Minha mãe tinha planejado tudo perfeitamente até que o barco onde voltaríamos sumiu e o piloto estava com as mãos abanando. Não podendo ficar nem um dia a mais naquele lugar, arrumamos um jeito de voltar com uns nativos da praia que tinham um barco de pequeno porte. Já não bastasse o fato de os nativos me assustarem com seus dentes serem pontiagudos e dourado sujo, ainda teria que voltar a casa em uma canoa. Durante o percurso, me mantive a certa distância daqueles homens exóticos. Eu tinha uma vasta sensação de que a qualquer momento eles amaldiçoariam minha família e me comeriam viva. Os meus problemas passaram de inconvenientes a péssimos quando uma tempestade forte começou. Ondas fortes foram formadas e estava prestes a ver a canoa embaixo de mim se desfazer. Enquanto minha mãe e eu segurávamos na borda da canoa esperando não sermos levadas pelas ondas temerosas. E os nativos sumiram. Estávamos sozinhas no meio do mar debaixo de uma tempestade, que poderia perfeitamente imitar a do filme Poseidon. Uma onda enorme – ela não era enorme, mas grande o suficiente para aquela canoa – virou o barco pequeno. Tentei me segurar em alguma coisa, mas tudo já tinha virado nada. Minha mãe ergueu-me para que pudesse voltar a respirar. Fomos atingidas por uma corrente de ferro que era presa a um poste no meio do mar. Ela continha triângulos metálicos enormes que semelhavam aos dentes dos nativos. Um tremor passou por todo meu corpo. Não sei o que aconteceu em seguida, não sei se adormeci ou desmaiei, porém quando acordei, estava jogada na areia da praia da minha cidade com os meus pertences ao meu lado. Madre e eu decidimos não discutir sobre o ocorrido, acontecimentos demais para um dia só. Seguimos para casa andando, já que não era tão longe dali. Eu morava com meus pais e minha irmã em um apartamento pequeno em um bairro requintado do Rio de Janeiro. Entrei no banheiro e sorri na frente do espelho por finalmente estar em casa e sem mais problemas. Olhei meu sorriso e gritei. Manchas pretas, que faziam meus dentes parecerem pontiagudos e conterem um buraco em forma cilíndrica, dominavam minha arcada dentária. Não sei o que tinha acontecido, mas meus dentes estavam idênticos ao dos nativos estranhos da praia. Minha mãe com a maior simplicidade do mundo falou apenas para que eu escovasse os
  • 4. dentes. Ela não percebia tudo que podia estar atrás disso? O sumiço dos nativos, a nossa aparição na praia da capital sem mais nem menos e, agora, meus dentes de repente estarem assim? Não sabia o que fazer. Uma parte de mim desejava chorar em posição fetal até virar pó e a outra queria pegar uma lupa e investigar o caso ala Sherlock Holmes. Entretanto, fiz a escolha mais sensata, escovei os dentes. Olhei para o lado e, então, lembrei-me dela. Madeleine estava lá me fitando com aqueles olhos vazios. Madeleine era a filha da irmã da minha mãe. Como os meus tios não tinham tempo para cuidar dela, deixavam-na com a gente. Até hoje não entendi o motivo de ela sempre ficar no banheiro, era desconfortante. Madeleine era pequena, parecia ter uns três anos, olhos grandes como um filhote de gato e cabelo preto escorrido sempre preso de lado. A minha prima, que eu não considerava ser prima, estava sempre lá fitando o nada, como em um estado vegetativo. Não tinha escutado a voz dela em momento nenhum desde que veio para cá, há cinco anos. Certas vezes ela me assustava, pois algo nela me passava terror. Ela tinha um ar demoníaco. - Por que mesmo a gente ainda cuida da Madeleine? – gritei à minha mãe indo à sala onde ela estava. - Você sabe que seus tios não têm condição e tempo para cuidar dela, Aimée – lançoume um olhar repreendendo-me por falar tão alto. - Não tem como devolvê-la? Eu poderia dizer que ela só ocupa espaço, mas nem isso. Ela está lá quando eu olho, mas quando viro novamente, ela sumiu. Parece um fantasma, é assustador. Por favor, Mãe, eu não quero fazer parte de algum filme de exorcismo – sussurrei. - Aimée, não seja boba. Sua prima só gosta de ficar sozinha – respondeu voltando ao quarto. Segui-a até o cômodo onde minha irmã também se encontrava. Olhei para porta do banheiro esperando a garota sair de lá girando a cabeça em 360º e andando como uma aranha. - Mãe, eu também acho que você devia devolvê-la aos meus tios. Já se passaram cinco anos, eles empurraram o encosto para gente – cortou minha irmã levantando-se da cama. Ouvi um barulho no banheiro, porém a conversa paralela de minha madre e minha irmã continuaram como se os ouvidos delas estivessem inercies ao ruído. A luz acendeu e a porta do banheiro caiu como se estivesse fechando o cômodo erroneamente. Minha respiração sumiu e eu só conseguia apontar e gaguejar. Os barulhos continuavam como se todo o banheiro estivesse sendo destruído então começou um grito agudo que fazia todo o meu corpo estremecer. Madeleine tinha feito alguma coisa e isso seria impossível por causa dos problemas de saúde dela. Pude, pelo canto do olho, ver as expressões chocadas de minha genitora e minha irmã. Em um supetão, a luz apagou e a porta voltou à posição inicial, como se nada tivesse acontecido. A porta da sala abriu avisando a chegada do meu pai. Nós três corremos até o homem robusto que mal pisara o pé dentro de casa. Gritávamos contando o ocorrido naquele dia enquanto ele tentava absorver toda a informação que compreendia. Após muito tempo, meu pai conseguiu nos acalmar e pudemos contar exatamente o que aconteceu. - Do que vocês falando? – ele indagou unindo as sobrancelhas – Os tais nativos não existem desde a chegada das caravelas portuguesas no solo brasileiro, e Madeleine morreu há três anos.
  • 5. Tão Longe Com Você Os dois estavam ali, se amando, após uma daquelas discussões constantes. Aquela paixão resplandecente e um amor eminente. Os seus lábios se tocavam com volúpia e as mãos bobas que acariciavam o corpo um do outro, à procura de saciar o fogo do desejo. Léo e Bela, enamorados, se adoravam em um quarto escuro da casa da menina. - Amo-te – falou Léo assim que descolou os lábios de sua amada, e assim, novamente – Por todo o sempre. - Não diga isso – retrucou Bela interrompendo os atos de seu namorado, ainda com os olhos fechados. - Por quê? Tu não me amas mais? – gaguejou o garoto, com olhar inocente, temendo a resposta da garota em seus braços. - Oh não, Léo – respondeu dando um sorriso puro e apreciando a ingenuidade do garoto a sua frente – Eu o amo. Amo-te mais do que qualquer outro alguém. - Então o que há? - indagou Leonardo, sentando na cama, confuso com as palavras de sua querida. - Sempre é tempo demais - replicou Isabela sentando ao lado de seu adorado e segurando sua mão - Um dia você irá encontrar alguém que vai te amar tanto quanto eu - sua voz ficou embargada mostrando que aquilo era tão difícil para ela quanto para ele O que sentes por mim é algo passageiro. - Não é possível. Meu sentimento por você é algo que jamais senti antes. Nem o tempo e nem outro alguém poderá amenizar o que eu sinto por você - cortou segurando o resto de Isabela com suas duas mãos. - Que seja infinito enquanto dure - suplicou após balançar a cabeça negativamente desistindo daquela breve discussão. - E que dure para sempre - completou Léo tomando os lábios de Bela. O amor e a paixão alcançou o casal novamente. Os dois se completavam com duas peças de um quebra-cabeça. Léo e Bela. Uma atração que iria além do "até que a morte os separe". Soberano Uma lembrança que vem como uma nuvem mágica ou um correr ligeiro de uma fita de filme antigo. Cores, cheiro, sons e pensamentos vindos um de cada vez, respectivamente, como em uma marcha lenta de lesmas. Então, quase de supetão, o sorriso nostálgico aparece juntamente com as sensações calorosas e o arrepio inebriante. Amplo espaço com idas e vindas, voltas e retas, paradas e contínuas. Número avantajado de pessoas falando aqui e ali, respirando para lá e vivendo mais para cá. Livros amontoados e enfileirados por todos os cantos, de todas as formas, tamanhos e cores. Autores brasileiros,
  • 6. estrangeiros e aqueles que não podem ser considerados autores, mas escrevem seus versinhos. Uma brilhante tirada de fôlego para qualquer leitor nato, viciado e apaixonado. Entretanto não é deste lugar esplêndido que venho lembrar, talvez em partes, mas sim, do abraço apertado, dos olhos incandescentes e o sorriso terno. Abraços que poderiam quebrarlhe as costelas, porém completamente aconchegantes. Olhos que sorriam e brilhavam como um amanhecer. Sorriso que transparecia a alma feliz e elegante. Dois conhecidos se encontrando pela primeira vez em atos e sentimentos de saudade que a outros olhos parecem impossíveis. Um cheiro estranhamente bom e uma textura suave que serão lembradas até quando o tempo e a idade brincarão de amnésia comigo. A primeira vista de dois estranhos no que parecia ser o melhor lugar do mundo. A quase perfeição em pessoa, o meu príncipe. Não há mente criativa o suficiente para tornar o dia mais especial da minha vida em algo melhor. Ah, esse espetáculo de 2013 vai deixar saudades.