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Sumário
I. Apresentação do Manual                          2

II. A Prevenção de Acidentes com Crianças          3

III. Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre              4

IV. Como a Educação pode contribuir para a
Prevenção de Acidentes no Trânsito                 7

V. Dados sobre acidentes de trânsito               10

VI. O Comportamento das crianças no trânsito
– Cuidados para uma Criança Segura Pedestre        12

VII. Prática: Sugestões de Atividades              14

VIII. Para ir além: dicas de sites referentes ao
tema e Bibliografia                                32
I. Apresentação do Manual
                       “Todo futuro é a criação que se faz pela transformação do presente”
                                                                               Paulo Freire




                      Olá!
                      Este material foi elaborado pela equipe do Programa
                      Criança Segura Pedestre de São Paulo com o intuito
                      de fornecer subsídios para o desenvolvimento dos
                      temas Trânsito e Prevenção de Acidentes na sala de
                      aula.

Apresentamos aqui, dados, informações, referências e atividades práticas
para consulta do professor/a, educador/a e demais interessados em multipli-
car este tema. Acreditamos que as ferramentas disponibilizadas podem servir
de impulso para a criação de tantas outras, na escola, na comunidade, no
município.

Gostaríamos de conhecer experiências e ações desencadeadas a partir da
temática aqui abordada. Para isto, convidamos vocês a nos escrever -
pedestre@criancasegura.org.br - comentários, sugestões e críticas serão
bem-vindos e, seguramente, enriquecerão nossa proposta.

Obrigada e bom trabalho!


Equipe CRIANÇA SEGURA Pedestre




                                       2
II. Os acidentes com crianças no Brasil

No Brasil, os acidentes matam mais crianças de 1 a 14 anos que qualquer
outra causa, incluindo doenças e homicídios. Segundo dados do Ministério da
Saúde, aproximadamente 6 mil crianças até 14 anos morrem em decorrência
dos acidentes. Estima-se que 40 mil ficam com seqüelas permanentes, o que
representa um alto custo social e econômico para o país. Esse panorama nos
coloca o desafio de promover a conscientização e a mudança de
comportamento.




CRIANÇA SEGURA Safe Kids Brasil

A CRIANÇA SEGURA é uma organização não governamental sem fins
lucrativos, atuante no Brasil desde 2001, dedicada à prevenção de acidentes
com crianças e adolescentes de até 14 anos.

Presente nas cidades de São Paulo, Recife, Curitiba e São José dos Campos,
a organização atua das seguintes formas: Mobilização para a prevenção (onde
estão inseridos os programas educativos); comunicação e políticas públicas.



                                   3
III. Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre
              “Uma revolução de valores acontece quando a calçada atravessa a rua e o carro
                                                                pede licença ao pedestre”
                                                                         Nazareno Affonso


O Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre São Paulo nasceu em 2002 com o
objetivo de reduzir o número de mortes de crianças por atropelamentos, em
bairros periféricos da capital paulista. Consiste em um programa
multidisciplinar de educação, sob uma perspectiva de humanização do
trânsito, que visa envolver as escolas e as comunidades locais na prevenção
de atropelamentos de crianças, através da informação, sensibilização e ações
concretas.

Desde o início, a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego atuou como
parceira do programa.


Histórico

Temos como proposta a realização deste programa em uma mesma região,
dentro do município de São Paulo, por um total de 5 (cinco) anos, visando a
criação de um pólo sensibilizado com a causa, que possa, por um lado, se
fortalecer internamente para continuar semeando a educação para o trânsito
e, por outro lado, servir como exemplo, impulsionando outras localidades a
estarem atentas ao tema. A Zona Sul foi a primeira região trabalhada em São
Paulo.




                                        4
Metodologia

A aplicação do Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre está dividida nas
seguintes etapas, sendo que algumas delas podem acontecer
concomitantemente:

1. Análise de dados e seleção da área a ser trabalhada
Através da análise de dados e informações disponibilizadas pelo órgão de
trânsito local, entre outros que possam contribuir, direcionamos nossas ações
às regiões de maior incidência de atropelamentos de crianças e às escolas
próximas aos locais de risco (avenidas, cruzamentos, entre outros).

2. Diagnóstico Local
Uma das primeiras ações do programa é a realização de uma pesquisa de
meio ambiente e comportamento, através da aplicação de questionários com
alunos e pais. O objetivo é identificar os principais problemas enfrentados
pela comunidade em relação ao trânsito (condições das vias, calçadas,
sinalização, entre outros), assim como, a postura adotada pelos mesmos
(cuidados na travessia, nas brincadeiras de rua, entre outros).

Com isso, pode-se elencar as prioridades de ação de acordo com as necessi-
dades reais, buscando soluções locais ou através do encaminhamento de
solicitações de melhoria aos órgãos públicos competentes.

3. Trabalho nas Escolas
O trabalho nas escolas é realizado com os professores/as das escolas públi-
cas locais, que atuam como agentes multiplicadores, desenvolvendo o tema
com seus alunos em sala de aula, através de muita reflexão e aplicação de
atividades. Esta ação tem como objetivo promover a adoção de uma postura
crítica e cuidadosa no trânsito pelos alunos e demais pessoas envolvidas na
escola, para atuarem como multiplicadores da causa, mesmo após o término
do programa.

4. Envolvimento com a comunidade
O envolvimento da comunidade local é fundamental para o sucesso do
projeto, pois somente desta forma pode-se conseguir a apropriação da causa
(cuidado no trânsito e valorização da vida), por parte dos maiores
interessados – a própria comunidade.

Para promover o envolvimento da comunidade são realizadas atividades com
os pais dos alunos (pesquisas, eventos, entre outros); participação da equipe
                                     5
do projeto nas reuniões de pais; convite à participação nos processos de
reivindicação de melhoria (tanto na busca de soluções, como na elaboração
dos pedidos e abaixo-assinados); entre outros. Também são realizadas
parcerias com entidades locais, para desenvolvimento de ações conjuntas.

5. Realização de evento comemorativo
Todos os anos são realizados eventos finais para celebrar a realização do
projeto e proporcionar um dia agradável com atividades, brincadeiras relacio-
nadas ao tema, assim como, exposição dos trabalhos de trânsito realizados
pelos alunos ao longo do ano. Cada ano o evento acontece com alguma
particularidade, como “caminhadas seguras” envolvendo alunos, pais e
professores; apresentações de circo e teatro; oficinas educativas com jogos e
vídeos, entre outros que foram e poderão ser criados nas próximas edições.
IV. Como a educação pode contribuir
para a Prevenção de Acidentes no Trânsito
    “Gente foi feita para inventar o mundo de novo, para mudar e desmudar carregando alegria.”
                                                                                     Betinho

Cultura de Prevenção

Os acidentes (lesões não intencionais) são considerados pela maioria da
população brasileira como uma fatalidade, algo que acontece ao acaso e que
não pode ser evitado. Porém, ao contrário do que se pensa, 90% dos aciden-
tes podem ser evitados, através da adoção de medidas simples, baseadas na
conscientização e na mudança de comportamento dos pais e responsáveis
no cuidado com as crianças, dentro e fora de casa.

Um bom exemplo aconteceu nos Estados Unidos através da atuação da Safe
Kids (organização-mãe da Criança Segura). Neste país, ações de mobilização,
informação e educação, multiplicadas por pessoas dos mais variados
segmentos da sociedade, reduziram em 40% o número de mortes de crianças
por acidentes em 14 anos.


A Escola como parceira

A Escola é um local de compreensão e reflexão acerca da realidade do
indivíduo, com a possibilidade de estimular as ações dos alunos enquanto
sujeitos históricos, ou seja, conhecendo seus direitos e deveres, e atuando
conscientemente em suas práticas no mundo. Pensando nisto, a proposta
que apresentamos neste manual, está baseada no reconhecimento da
importância de uma ação pedagógica voltada para a promoção da humaniza-
ção do trânsito, pautada em questões como respeito, ética, direito à saúde,
meio ambiente, entre outros, visando disseminar a cultura da prevenção e do
cuidado.

Neste ambiente, o professor tem a possibilidade de, em conjunto com os
alunos, construir novos padrões de comportamento, não só direcionando as
atividades para os problemas do trânsito, mas, principalmente, incentivando a
reflexão e criticidade dos mesmos, conciliando o conhecimento à realidade
do aluno. Assim, o tema trânsito não deve ser “ensinado”, nem tão pouco
“apreendido” apenas através de regras e normas de conduta, mas sim, com
muitas reflexões e ações que promovam um ambiente mais seguro e
democrático para todos.
                                    7
Referências na Legislação Brasileira

Apresentaremos agora as principais referências de Educação para o Trânsito
na legislação brasileira:

1. LDB – Leis de Diretrizes e Bases na Educação Nacional

Atualmente, a Lei nº. 9394 - LDB (Leis de Diretrizes e Bases na Educação
Nacional) apresenta considerações que ajudam a compreender a importância
do tema trânsito no ensino escolar. Cada escola, sob uma perspectiva
curricular de educação básica, possui autonomia para a elaboração e
execução de seu projeto político-pedagógico, onde consideramos de suma
importância a inclusão do tema Educação para o Trânsito.

De acordo com a LDB, cada conteúdo escolar deve seguir as seguintes
diretrizes:

      a) Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres
      dos cidadãos e do respeito ao bem comum;
      b) Desenvolvimento da capacidade de aprender e criar condições aos alunos
      para manifestação de idéias;
      c) Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, e
      tecnológico, propiciando aos alunos o acesso igualitário á informação, assim
      como valorizando o saber e a cultura, ampliando assim, seus horizontes.



2. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais

O PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), aborda a prevenção de acidentes
inserida nos temas transversais, sendo melhor detalhada nos temas de
Saúde. O objetivo fundamental é educar, sensibilizar e conscientizar os alunos
sobre o direito à saúde. Os principais tópicos abordados são:

      a) Compreender que a saúde é um direito de todos;
      b) Compreender que as condições de saúde dependem do meio físico,
      econômico e sociocultural, sendo identificados nestes meios, como fatores de
      risco a saúde pessoal e coletiva;
      c) Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades
      de utilização de serviços voltados para a proteção e recuperação da saúde;
      d) Abordar a questão dos acidentes tanto do ponto de vista das medidas
      práticas de prevenção, como da aprendizagem de medidas de primeiros
      socorros ao alcance das crianças.
                                         8
3. CTB - Código de Trânsito Brasileiro

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro), sancionado pela lei nº. 9503, prevê em
seu código uma perspectiva de inserção da educação para o trânsito. Como
podemos verificar abaixo:


      Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever
      prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.

      Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas
      escolas do 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coorde-
      nadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e
      de Educação.

      Esta educação deve proceder:

      1º. Na adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
      interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança do
      trânsito;

      2º. Na adoção de conteúdos relativos á educação para o trânsito nas
      escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores
      e multiplicadores.




                                     9
V. Dados sobre acidentes de trânsito

Para auxiliar e gerar repertório ao professor no trabalho com o tema trânsito,
selecionamos alguns gráficos que contém características e perfil dos
atropelamentos na cidade de São Paulo.




                                       10
11
VI. O comportamento das crianças no
trânsito             “Paz a gente é que faz, na vida e no trânsito”.
                                                                       Rua Viva


Apresentamos agora algumas questões referentes ao comportamento seguro
no trânsito. Sabemos que muitas das dicas aqui apresentadas, não podem
ser praticadas pelos professores, nem tampouco transmitidas diretamente
aos alunos, mas sim, trabalhadas com os responsáveis pelas crianças (pai,
mãe, avó, entre outros), em reuniões de pais, reuniões de conselho, e outros
tantos momentos possíveis.


Como prevenir que os pequenos pedestres sofram acidentes

• O mais importante que se pode fazer para ensinar um comportamento de
pedestre seguro é praticá-lo, o bom exemplo é a melhor mensagem;

• Crianças menores de 10 anos não devem atravessar a rua sozinhas. A
supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e
capacidade de julgamento do trânsito;

• Entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamentos não
são locais seguros para as crianças brincarem;

• Tenha certeza de que as crianças sempre usam o mesmo trajeto para
destinos comuns (escola, padaria, entre outros). Procure conhecer os destinos
da criança para identificar o caminho mais seguro. É sempre mais aconsel-
hável escolher o trajeto mais reto, com poucas ruas para atravessar;

• Uma lanterna ou materiais reflexivos nas roupas da criança podem evitar
atropelamentos.



Ensine a criança

• Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar
quando a rua estiver livre e continuar olhando para os lados enquanto
atravessa;

                                    12
• Utilizar a faixa de pedestres sempre que possível. Mesmo na faixa, a criança
deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta;

• Compreender e obedecer aos sinais de trânsito;

• Não atravessar a rua entre os carros e demais veículos ou por trás de
árvores e postes, pois os veículos em movimento podem não ver o pedestre;

• Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar - seja para pegar uma bola,
o cachorro ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente para a rua é
a causa da maioria dos atropelamentos fatais com crianças;

• Em estradas ou vias sem calçadas, caminhar de frente para o tráfego (no
sentido contrário aos veículos) para as crianças verem e serem vistas;

• Observar os carros que estão virando ou dando ré;

• Sempre que estiver com mais crianças, é preciso caminhar em fila única;

• Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente e aguar-
dar que ele se afaste para atravessar a rua.


Saiba mais

A grande maioria das crianças menores de 10 anos de idade não consegue
lidar seguramente com o trânsito. Aqui estão as razões:

• Crianças têm dificuldade de julgar a velocidade em que os carros estão se
movendo, a qual distância eles se encontram e de que direção os sons do
trânsito estão vindo;

• Crianças pequenas muitas vezes têm opiniões equivocadas e fantasiosas
sobre carros, como pensar que os veículos podem parar instantaneamente e,
se elas podem ver o motorista, eles também podem vê-las;

• Alto volume de tráfego, alto número de veículos estacionados na rua, limites
altos de velocidade estabelecidos, ausência de uma rodovia dividida e
poucos dispositivos de segurança de pedestres, como passarelas e lombadas
eletrônicas, são fatores que aumentam a probabilidade de atropelamentos.


                                     13
VII. Prática: sugestões de atividades
                           “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
                                                                           (Cora Coralina)



Com o intuito de auxiliar o professor no desenvolvimento do tema trânsito em
sala de aula, apresentaremos aqui, um Plano de Atividades para que possa
aprofundar as discussões, assim como, desenvolver o tema de forma lúdica
com seus alunos. É importante frisar que todas as atividades propostas,
podem ser modificadas de acordo com a realidade de cada escola, como
também, cada uma delas pode ser trabalhada em diferentes disciplinas ao
mesmo tempo, ou seja, na matéria de História, de Matemática, de Artes, entre
outras.

As atividades estão apresentadas em quatro fases:

1) Diagnóstico;
2) Desenvolvimento do Tema;
3) Análise da Realidade; e
4) Busca de Soluções.

Cada professor/a tem a liberdade para aplicá-las na seqüência que achar
melhor e mais adequada à realidade de seus alunos. O público recomendado
para as atividades aqui selecionadas vão dos alunos do ensino infantil – 4 a 6
anos – aos alunos do ensino fundamental I – 7 a 10 anos.


1ª FASE - DIAGNÓSTICO

As primeiras atividades propostas, têm como objetivo proporcionar ao
professor/educador um diagnóstico sobre o conhecimento prévio dos alunos
em relação ao tema trânsito e a forma como eles atuam neste ambiente. A
idéia é conhecer como os alunos se locomovem, qual a
realidade do entorno deles - escola, casa, bairro – quais
os principais problemas enfrentados e quais os
aspectos positivos do trânsito local.




                                      14
Atividade 1 - Como nos locomovemos?

Públicos:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

bjetivo:
Ener os meios de locomoção utilizados pelas crianças e descobras principais
características dos caminhos onde circulam.

Descrição:

[1ª Etapa]
Através de uma roda de conversa, realizar as seguintes perguntas aos alunos:

1. Quem vem para a escola caminhando a pé?
2. Quem vem para a escola de “perua”?
3. Quem vem para a escola de carro?
4. Quem vem para a escola de ônibus?
5. Quem vem para a escola de bicicleta?
6. Quem vem para a escola de moto?
7. Quem vem para a escola a cavalo?
8. Quem vem para a escola (outra opção)?

A idéia é que, através das respostas obtidas, os próprios alunos construam
um gráfico do perfil da classe. Este gráfico pode assumir diferentes estilos de
acordo com a idade/série trabalhada. No ensino infantil, as crianças podem
desenhar a maneira como se locomovem até a escola e construírem conjunta-
mente um gráfico a partir destes desenhos. Já no ensino fundamental o
professor pode relacionar esta atividade com a disciplina de matemática e
propor a construção individual do gráfico da classe.

É importante conversar com os alunos sobre seus comportamentos: se
andam na calçada, atravessam na faixa de pedestre, usam cinto de segu-
rança, usam capacete na moto, entre outros. Assim como, conversar sobre o
entorno: se existe sinalização de trânsito nas ruas, se as calçadas são
adequadas, se o caminho é agradável, entre outros.

[2ª Etapa]
Para lição de casa, peça para as crianças elaborarem um mapa que indique o
caminho percorrido por elas, inserindo os principais pontos de referência, ou
seja, nome de rua, supermercados, padarias, lojas, entre outros, que facilitem
a localização da casa. É importante que no mapa das crianças contenha, em
                                     15
seu trajeto: semáforos, faixas de pedestre e outras sinalizações. Esta
atividade pode ser discutida na próxima aula, trocando os mapas entre os
alunos, para que eles possam conhecer o local onde o colega de sala mora.

Dica:
Exemplo de construção de gráfico:

À pé = 20 alunos
Carro = 6 alunos
Ônibus = 10 alunos
Bicicleta = 3 alunos
Moto = 1 aluno




Atividade 2 - “Mural de Pedestre”

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Acompanhar o desenvolvimento do Programa Pedestre, as atividades aplica-
das, os trabalhos dos alunos e, consequentemente, o entendimento dos
alunos em relação ao tema. Será também uma importante ferramenta para
divulgar trabalhos para que outras pessoas (alunos, professores,
funcionários), possam ter um contato com o tema do Programa Pedestre.

Descrição:
Montar um mural com uma lista de atitudes de um motorista responsável e
uma lista de atitudes de um pedestre consciente. Este mural, também pode
ser incrementado com recortes de jornais, desenhos, e outros, para que se
torne um informativo do que foi realizado em cada sala e como os alunos
compreenderam o tema.
                                    16
2ª FASE - ESENVOLVIMENTO DO TEMA

Nesta fase, iniciam-se a sensibilização dos alunos para a importância de
conhecer o trânsito, como atuar, como ser cuidadoso, quais as regras e
condutas que permeiam as relações humanas no trânsito, entre outras
questões.

Atividade 3 - Espaço vivencial de trânsito na Escola

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Criar um espaço que permita aos alunos vivenciarem situações de trânsito
dentro da escola.

Descrição:
Fazer a demarcação de vias, calçadas, faixas de pedestre, entre outros,
traçadas no pátio da escola. Nesta atividade, podem ser exploradas as
relações sociais vivenciadas no trânsito, os papéis que podem ser assumidos
e as regras de circulação para pedestres, passageiros e ciclistas.

Dica 1:
Para que esta atividade reflita a realidade do trânsito local no entorno da
escola, podem ser utilizados, no momento da elaboração do espaço vivencial,
os mapas desenhados pelos alunos (2ª etapa da atividade 1). Pode-se
também, realizar pesquisas nos arredores da escola, observando o espaço de
trânsito e anotando todos os detalhes de sinalizações, características e
espaços de circulação, para que depois, em sala de aula, o professor possa
unir a atividade com os problemas locais do trânsito no entorno da Escola e
ou bairro.

Dica 2:
Pode-se explorar o conceito de via, fazendo a distinção entre calçada e pista
e a utilização correta desses espaços, lembrando que, ao valorizar a calçada
e sua utilização, estamos valorizando o pedestre.

Dica 3:
Como recurso, o professor poderá utilizar cartolinas, latas, papelão, cola
tesoura, tintas guache, caixas de papelão, giz, tampinha de refrigerante, entre
outros.

                                      17
Atividade 4 - As vias e os meios de transporte

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Discutir e entender o significado das placas de sinalização.

Descrição:
Conversar com os alunos sobre o que são placas de trânsito, por que elas
existem e qual sua utilidade. É importante pedir aos alunos que descrevam as
placas conhecidas por eles e, propor como nova atividade, uma pesquisa
para que eles próprios descubram o significado daquelas que desconhecem e
tragam a informação para a sala.




Seguindo a mesma proposta, peça para as crianças organizarem as placas
por tipos, como no exemplo abaixo:




                                                               Dica:
                                                               No ensino
                                                               infantil, as
                                                               professoras
                                                               podem trabalhar
                                                               com as cores do
                                                               semáforo.




                                    18
Atividade 5 - Entendendo o semáforo

Público:
Ensino Infantil

Objetivo:
Trabalhar e reconhecer as cores do semáforo

Descrição:
Para iniciar a atividade, todos os alunos deverão ficar de pé, afastados uns
dos outros, de frente para o professor. Lembre aos seus alunos que, no
trânsito, o verde significa seguir em frente, o vermelho parar, e o amarelo
atenção. Solicite a todos que dancem e se movimentem, sem sair do seu
lugar. Quando você mostrar o circulo de uma determinada cor, os alunos
deverão se comportar de acordo com o significado dessa cor no trânsito.
Exemplo: com o verde, eles podem continuar dançando. Ao mostrar o ama-
relo, eles deverão diminuir o ritmo dos movimentos; com o vermelho, as
crianças vão virar “estátuas”.

Dicas:
Os círculos podem ser feitos de qualquer material.


Atividade 6 - Vamos Pintar?

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental - 1ª e 2ª série

Objetivo:
Conhecer as cores do semáforo e as atitudes que as crianças podem tomar
com relação ao trânsito.

Descrição:
Entregar xérox ou desenhar na lousa o quadro abaixo. Proponha aos seus
alunos, que pintem de verde as atitudes que os tornam úteis no trânsito e de
vermelho as atitudes que trazem perigo para eles ou outras pessoas.

Dicas:
Essa atividade também pode ser proposta da seguinte forma: O educador
desenha na lousa os quadrados com as atitudes e propõe para juntos as
classificarem em benéficas e perigosas, incentivando alunos a pintarem na
lousa.
                                    19
Atividade 7 - Valores no trânsito

Público:
Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries

Objetivo:
Trabalhar alguns conceitos e práticas de valores humanos no trânsito e na
escola.

Descrição:
O educador deverá propor aos alunos um debate sobre quais as posturas
necessárias para o convívio saudável em sociedade (como por exemplo,
respeitar o “outro” no trânsito). O objetivo desta atividade é construir em
conjunto os passos para uma convivência harmoniosa no trânsito e maior
respeito pela vida humana.

Entre todos, especificar as situações da vida escolar em que essas práticas
estão presentes.
            Respeito Compromisso Gentileza Cooperação Outros

Atividade 8 - Atitudes seguras no Trânsito

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Conscientizar os alunos sobre atitudes seguras no trânsito.

Descrição:
O educador pode mimeografar o quadro abaixo e ou escreve-lo na lousa.
                                      20
Atividade 7 - Valores no trânsito

Público:
Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries

Objetivo:
Trabalhar alguns conceitos e práticas de valores humanos no trânsito e na
escola.

Descrição:
O educador deverá propor aos alunos um debate sobre quais as posturas
necessárias para o convívio saudável em sociedade (como por exemplo,
respeitar o “outro” no trânsito). O objetivo desta atividade é construir em
conjunto os passos para uma convivência harmoniosa no trânsito e maior
respeito pela vida humana.

Entre todos, especificar as situações da vida escolar em que essas práticas
estão presentes.
            Respeito Compromisso Gentileza Cooperação Outros

Atividade 8 - Atitudes seguras no Trânsito

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Conscientizar os alunos sobre atitudes seguras no trânsito.

Descrição:
O educador pode mimeografar o quadro abaixo e ou escreve-lo na lousa.
                                      20
Solicitar aos alunos que escrevam como podem ter atitudes de segurança nas
seguintes situações de trânsito:




Atividade 9 - Quantos papéis eu posso assumir?

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Identificar quais os papéis que a criança pode assumir no trânsito e as princi-
pais regras relacionadas a esses papéis.

Descrição:
Desenhar em quadros os papéis que a criança pode assumir na idade em que
se encontra e de acordo com suas condições de desenvolvimento: pedestre,
ciclista, passageiro, motorista e motociclista. Peça para que comentem quais
as atitudes corretas que devem tomar em cada papel, ou seja, por exemplo,
um ciclista, por onde deve pedalar: na rua, na calçada, nas áreas de lazer,
entre outros. Identificar e observar, nos diversos papéis, quais ações podem
fazer sozinhas e quais necessitam da companhia de adultos.

Dica 1:
O educador deverá propor que os alunos desenhem os papéis já vivenciados:
quando bebê, no colo da mãe, nos primeiros anos de vida no carrinho,
andando na calçada em companhia de um adulto, em sua primeira bicicleta,
como passageiro em ônibus ou automóveis. É necessário que o educador
esteja atento às narrativas dos alunos, pois poderão ocorrer relatos de ações
incorretas. Este momento é importante para que as ações incorretas sejam
discutidas com os alunos e que propostas para a mudança dessas ações
sejam encaminhadas e também discutidas com as famílias das crianças,
buscando maior abrangência nas ações educativas.

Dica 2:
“História em quadrinhos”: Como continuidade da atividade acima, pode-se
montar uma história em quadrinhos com os desenhos feitos pelos alunos.

                                      21
Para tanto, no momento de solicitar os desenhos, é importante que os alunos
se organizem em grupos e façam os desenhos em forma de tiras. A junção
das tiras formará a história em quadrinhos


Atividade 10 - Cruzadinha Segura

Público:
Ensino Fundamental - 1ª e 2ª série

Objetivo:
Relacionar as atitudes de convivência adequadas ao convívio em uma socie-
dade, com o trânsito do seu bairro.

Descrição:
Proponha a cruzadinha
ao lado. O educador
deverá desenhá-la na
lousa e depois convidar
os alunos para irem à
lousa completar a
cruzadinha.




                                     22
Atividade 11 - Trânsito e cidadania

Público:
tal 1

Objetivo:
Conscientizar os alunos sobre as atitudes, os direitos, os deveres e o que as
crianças podem e não podem fazer no trânsito.

Descrição:
Montar grupos de quatro alunos, propor conversas sobre as atitudes das
pessoas no trânsito e em seguida pedir para os alunos preencherem
(individualmente) um quadro com as seguintes colunas:

            O que eu devo:
            Parar de fazer! Começar a fazer! Continuar fazendo!
Depois, peça para eles escreverem em uma frase o que significa: “Cidadania
no Trânsito”. As melhores frases podem ser expostas na sala de aula ou na
própria escola.

Dica:
Pode-se também, discutir sobre responsabilidade no trânsito, onde o educa-
dor deverá explorar as ações de responsabilidade que os alunos assumem no
dia-a-dia: cuidar dos próprios materiais, ajudarem a manter a escola limpa,
chegar no horário certo para a aula, até que possa fazer a relação com as
situações de trânsito.


Atividade 12 - Entrevista

Público:
Ensino Fundamental

Objetivo:
Conhecer melhor os condutores e pedestres.

Descrição:

[1ª Etapa]
O educador deverá organizar a sala em grupos para que eles entrevistem
                                     23
alguns motoristas que trabalhem na escola (professores, coordenadores, entre
outros). Cada grupo, deve escolher algumas palavras e descobrir com o
entrevistado o seu significado. Sugestões: “faixa de pedestre”, “fila dupla”,
“agente de trânsito”, “fluxo de pedestres”, “fluxo de veículos”, “sinalização
escolar”.

[2ª Etapa]
Entreviste um pedestre e procure saber como ele transita em ruas com e sem
calçadas e quais as precauções que ele toma ao fazer travessia das vias.

Dicas:
O educador pode modificar as frases, para atitudes no trânsito, ou seja,
violência, desrespeito às regras, dentre outras. No caso esta atividade pode
ser trabalhada com as 3ª e 4ª séries também.


Atividade 13 - Deveres dos Pedestres

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Entender as sinalizações de trânsito.

Descrição:
Faça cartazes sobre os deveres dos Pedestres e distribua-os pela escola, para
que todos aprendam seus deveres enquanto pedestres. Crie com seus alunos
também, algumas placas de sinalização para a sua escola com o intuito de
mostrar os valores adequados de convivência social, como por exemplo, “é
proibido jogar lixo no chão”, “respeito: siga em frente”, dentre outras placas.
Estas placas poderão ser expostas na Cantina, na Biblioteca, na sala de aula,
e outros espaços de convivência entre os alunos.


Atividade 14 - Trabalhando com o Trânsito na alfabetização

Público:
Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries

Objetivo:
Criar palavras para a confecção de cartazes, semáforos, lembretes e notícias
com manchetes, visando explorar a linguagem e os símbolos da circulação.
                                      24
Descrição:
1) Confeccionar semáforos e explorar seu significado, com relação à circula-
ção como, por exemplo, ter a função de organizar o movimento de pessoas e
veículos, evitando assim a ocorrência de acidentes em locais de grande fluxo
de tráfego (veículos e pessoas) representando, portanto, segurança. O educa-
dor deve também escrever os significados de cada cor do semáforo, relativa-
mente à ação esperada;
2) Confeccionar lembretes e cartazes para expô-los na escola, enfatizando
regras para circulação interna, inspiradas nos regulamentos de trânsito, como
por exemplo: “Correr pela escola pode gerar acidentes”.

Dica:
O educador poderá realizar dinâmicas de grupo ou jogos, por exemplo: jogo
da Forca para formação de uma palavra relacionada ao trânsito.


Atividade 15 - Concurso

Público:
Ensino Fundamental - 3ª e 4ª séries

Objetivo:
Gerar alerta público, pelos alunos, sobre segurança no trânsito.

Descrição:
O educador deverá propor aos alunos a criação de slogans sobre segurança
no trânsito. Os alunos deverão seguir os seguintes passos: 1) Elaborar a
mensagem; 2) Analisar a mensagem; 3) Selecionar as melhores mensagens de
acordo com as regras estabelecidas pelo educador; 4) Divulgar na escola as
mensagens através de faixas e cartazes.

Os melhores slogans deverão ser colocados nas áreas mais comuns da
escola, para que todas as crianças possam vê-los. O professor também
poderá montar um júri na sala de aula para a escolha dos melhores slogans.
Eles devem ser avaliados de acordo com os critérios estabelecidos pelo
professor, tais como: 1) Qualidade da mensagem (clareza, objetividade e
adequação); 2) Criatividade (formas, cores, desenhos).

Dica:
É importante para as crianças, escolherem os melhores cartazes, pois assim,
se sentirão parte do processo.

                                      25
3ª FASE - ANÁLISE DA REALIDADE
Após trabalhar os conceitos de segurança no trânsito, propomos algumas
atividades que proporcionem ao aluno, uma reflexão sobre as condições de
segurança de seu entorno e se existe algo que podem fazer a respeito.


Atividade 16 - Pensar como “gente grande”

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Conscientizar os alunos sobre os problemas do trânsito e auxiliá-los a
entender que suas ações podem modificar o ambiente do trânsito.

Descrião:
O educador deverá propor um debate em sala sobre as dúvidas/problemas no
trânsito. Todos têm dúvidas no trânsito. É fundamental procurar ajuda para
solucioná-las. Enumere, junto com a classe, as que mais os preocupam.
Após o debate e escrita dos itens colocados na lousa, pedir que cada aluno
escolha uma dúvida/problema e escreva como é possível resolve-la.

Dicas:
Essa atividade, também poderá ser realizada da seguinte forma: o educador
junto com os alunos fará uma votação das dúvidas mais comuns. A mais
votada, será trabalhada com a sala no intuito de produzir soluções para
melhorar o problema. Feito isso, o educador deverá colocar na lousa, as
soluções encontradas pelos alunos ao lado das dúvidas levantadas anterior-
mente.


Atividade 17 - A minha rua

Público:
Ensino Fundamental 1 - 3ª e 4ª séries

Objetivo:
Refletir o entendimento dos alunos sobre o espaço público, vias e segurança
no trânsito.

Descrição:
O educador poderá propor a construção de uma maquete, que simulará uma
                                    26
rua ideal, na qual os alunos devem imaginar que são os donos desta rua. O
educador deve dividir a sala de aula em grupos. Com estas idéias, proponha
as seguintes perguntas:

1) O que teria de diferencial nesta rua das ruas reais? Existiriam carros,
ônibus, bicicletas?
2) Como e onde as pessoas circulariam?
3) Como esta rua seria sinalizada?
4) Qual o nome que a criança daria a rua?
5) Como esta rua seria utilizada?

Dica:
Ao invés de uma maquete, o professor pode entregar uma folha em branco
propondo as mesmas idéias, só que desenhadas individualmente.


Atividade 18 - Confecção de uma maquete: “Minha Cidade”

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Proporcionar aos alunos a possibilidade de refletir sobre os problemas locais
de trânsito e como buscar soluções, no entorno, para aproximar a cidade real
da cidade ideal, trabalhada na atividade acima.

Descrição:
Construir uma maquete “real” que simulará o entorno da escola, com a
participação de todos os alunos. É importante avaliar através da construção
da maquete, quais as regras de circulação, sinalização e uso dos espaços
recordados pelos alunos.

Dica 1:
Forme 3 grupos que desempenharão diferentes tarefas na composição da
cidade.

[Grupo 1] pintará ou riscará as ruas, calçadas, praças e calçadas na placa de
isopor;
[Grupo 2] confeccionará carrinhos, ônibus, motos, bicicletas, pedestres,
agentes de transito, casinhas, praças, lojas, escolas, etc.;
[Grupo 3] confeccionará a sinalização: faixas de pedestre, semáforos, placas
de sinalização e montará a cidade.
                                     27
O educador poderá propor situações a serem vivenciadas pelas crianças,
como por exemplo, relacionadas à prática da cidadania: ajudar um idoso a
atravessar a rua, jogar o lixo no lixo, tirar um obstáculo da calçada, e assim
por diante.

Dica 2:
Esta atividade pode unir-se a atividade 17, ou seja, as mesmas perguntas
levantadas podem ser discutidas com os alunos, servindo de alicerce para a
construção desta cidade, é importante que permaneça o mesmo grupo que
construiu a maquete da rua ideal.


Atividade 19 - Trabalhando nossas emoções

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Dramatizar em sala de aula, diversas situações que ocorrem e que podem
ocorrer com as crianças no trânsito. Utilizar os brinquedos das crianças para
que esta atividade se torne mais lúdica.

Descrição:
O material utilizado ajudará exteriorizar os sentimentos através das dramatiza-
ções (alegria, tristeza, aborrecimento, etc).

Dica 1:
Cada professor pode utilizar vários temas, dentre eles, atropelamento;
travessia de rua com sucesso; travessia de rua sem sucesso; andar na
calçada longe do meio-fio.

Dica 2:
O educador poderá utilizar outros temas e as idéias apresentadas em sala
pelos alunos, numa peça de teatro, que poderá ser apresentada na escola, a
fim de conscientizar outros alunos de outras séries.




                                    28
4ª FASE - O QUE PODEMOS FAZER PARA MODIFICAR A NOSSA
REALIDADE?
Este é o momento de trabalhar com os alunos as perspectivas e possibili-
dades de ações concretas de transformação do entorno, que podem ser
alavancadas por eles mesmos, em conjunto com a escola e a comunidade
local, vislumbrando uma melhor qualidade de vida para todos.


Atividade 20 - Riscos versos Segurança

Público:
Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Construir gradativamente a consciência de participação na criança, no
ambiente trânsito, com o intuito de melhorar a qualidade de vida no entorno.
Identificar os principais riscos que a criança poderá vivenciar no trânsito,
procurando construir em conjunto soluções seguras.

Descrição:
Discutir com os alunos, quais as possíveis soluções para não haver acidentes,
identificando ruas de maior risco em seu bairro, as modificações que podem
ser realizadas neste espaço físico e quais os tipos de comportamentos
seguros que as pessoas devem ter. Proponha uma ação em conjunto com os
alunos, pais, professores, e direção da escola para a construção de um ofício
direcionado aos órgãos públicos competentes (CET, Sub-Prefeituras, entre
outros).


Atividade 21 - Observando o trânsito

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Observar o trânsito em volta de casa e da escola e propor soluções para
melhorá-lo.

Descrição:
Durante uma semana, observem nos meios de comunicação (jornal, rádio,
televisão), as reportagens referentes aos acontecimentos no trânsito. Com
base na sua observação, relate um deles.
                                   29
Se você observou um acidente no trânsito, relate o que poderia ser feito para
evitá-lo. Verifique junto com seus colegas de sala, quais foram os problemas
que mais apareceram (transito e meio ambiente) e, com o auxilio de sua
professora, organize uma campanha para resolvê-los.

Dica:
Construa cartazes e faixas de conscientização dos problemas levantados; crie
abaixo assinados para encaminhamento aos órgãos públicos.


Atividade 22 - Educando para o trânsito

Público:
Ensino Fundamental 1

Objetivo:
A plena cidadania das pessoas com deficiências, envolve toda sua possibili-
dade de trabalho, educação e lazer, pois elas dependem de um conjunto de
requisitos que assegurem acessibilidade com segurança e autonomia. O
objetivo desta atividade é mostrar para as crianças que o portador de neces-
sidades especiais, possui o direito ao livre acesso a rua, as calçadas e outros
espaços públicos.

Descrição:
Elaborar um conjunto mínimo de requisitos necessários no sistema de
trânsito, para dar segurança e acessibilidade às pessoas portadoras de
deficiências.

[1ª Etapa]
Faça uma pesquisa sobre as dificuldades de locomoção enfrentadas pelos
portadores de necessidades especiais (cegos, usuários de cadeiras de roda,
entre outros);

[2ª Etapa]
Desenhar a planta da escola ou do bairro, localizando e pintando de verde os
lugares em que seria necessária a existência de guias rebaixadas ou rampas
para facilitar o acesso das pessoas portadoras de deficiências físicas e
outras.

[3ª Etapa]
Reunir a sala em trios e pedir que eles criem uma história utilizando as

                                      30
seguintes palavras: longe, trânsito, guias rebaixadas, deficiente físico,
cuidadoso, shopping, biblioteca, perigo, cooperação e auxílio, levando em
conta o seguinte roteiro:

1) Qual a trama da história?
2) Como o problema surgiu?
3) Este problema poderia ter sido evitado?
4) Faltou o quê? Atenção, informação, calma, cuidado ou cooperação?
Outros?


Atividade 23 - Boas Notícias

Público:
Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1

Objetivo:
Mostrar para os alunos que no trânsito podemos construir também ações que
beneficiem as pessoas.

Descrição:
O educador deverá propor para a classe criar uma folha de jornal só com
boas notícias e expor na escola e colocá-las no “Mural do Pedestre”,
proposto na atividade 2, Fase1, deste manual.
VIII. Para ir além: dicas de sites referentes
ao tema e bibliografia
             “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”.
                                                                                    André Maurois

www.transitocomvida.ufrj.br – Portal de Educação para o Trânsito dirigido aos profes-
sores e alunos

www.monica.com.br/institut/transito/welcome.htm - Campanha criada por Maurício de
Souza: Segurança no Trânsito – Carinho por Você

www.denatran.se.gov.br/jogos.asp - Jogo de Trânsito

www.ruaviva.org.br – Instituto pela Mobilidade Sustentável

www.canalkids.com.br/cidadania/transito - Dicas de comportamento seguro no
trânsito em linguagem juvenil

www.institutoparadigma.org.br – Organização sem fins lucrativos que promovem a
inclusão social como fator de desenvolvimento humano.

www.cetsp.com.br – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET

www.abraspesp.org.br – Associação Brasileira de Pedestres de São Paulo

www.transito.hpg.ig.com.br/pdicas.htm - Dicas de comportamento Seguro de Pedes-
tres

Educação de Transito: também se aprende na escola. Brasília: Associação Brasileira
dos Departamentos de Trânsito – ABDET, 1999.

Rodrigues, Juciara. Educação de Trânsito no Ensino Fundamental: caminho aberto à
cidadania. Brasília: Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito – ABDET,
1999.

Manual do Professor: 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. CETET – Centro de
Treinamento e Educação de Trânsito da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego,
São Paulo/SP.

Wilde, Gerald J. S. O Limite Aceitável de Risco: Uma Nova Psicologia de Segurança e
Saúde. Trad. Dr. Reinier J. A. Rozestraten. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Hoffmann, Maria Helena; Cruz, Roberto Moraes; Alchieri, João Carlos. O Comporta-
mento Humano no Trânsito. São Paulo: Editora Casa do Psicólogo, 2003.

                                         32
Uma organização presente no mundo inteiro

A CRIANÇA SEGURA é integrante da rede internacional, SAFE KIDS Worldwide,
que soma mais de 15 países espalhados pelos 5 continentes.

Fundada pelo cirurgião pediatra Dr. Martin Eichelberger, a organização nasceu
nos Estados Unidos em 1987, com a missão de combater a causa número um de
mortes entre crianças e adolescentes até 14 anos: os acidentes (lesões não-
intencionais). Desde o seu início, o índice de mortes proveniente de acidentes
com crianças, nos Estados Unidos, apresentou uma queda considerável de 40%.

A SAFE KIDS Worldwide teve um importante papel neste decrescente índice,
principalmente por meio de sua grande atuação junto à comunidade, com
programas de prevenção, estratégia de comunicação e intenso trabalho
realizado junto aos órgãos públicos. �




                 Patrocinador do Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre �




                             Patrocinadores fundadores: �




                         Escritório Nacional                São Paulo (11) 3371.2384
                         Rua Teodoro Sampaio, 1020          Recife (81) 3223.0598
                         Conjunto 1008                      Curitiba (41) 3023.7070
                         Pinheiros - São Paulo
                         05406-050��                        www.criancasegura.org.br��

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Educação para o trânsito na escola

  • 1.
  • 2. Sumário I. Apresentação do Manual 2 II. A Prevenção de Acidentes com Crianças 3 III. Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre 4 IV. Como a Educação pode contribuir para a Prevenção de Acidentes no Trânsito 7 V. Dados sobre acidentes de trânsito 10 VI. O Comportamento das crianças no trânsito – Cuidados para uma Criança Segura Pedestre 12 VII. Prática: Sugestões de Atividades 14 VIII. Para ir além: dicas de sites referentes ao tema e Bibliografia 32
  • 3. I. Apresentação do Manual “Todo futuro é a criação que se faz pela transformação do presente” Paulo Freire Olá! Este material foi elaborado pela equipe do Programa Criança Segura Pedestre de São Paulo com o intuito de fornecer subsídios para o desenvolvimento dos temas Trânsito e Prevenção de Acidentes na sala de aula. Apresentamos aqui, dados, informações, referências e atividades práticas para consulta do professor/a, educador/a e demais interessados em multipli- car este tema. Acreditamos que as ferramentas disponibilizadas podem servir de impulso para a criação de tantas outras, na escola, na comunidade, no município. Gostaríamos de conhecer experiências e ações desencadeadas a partir da temática aqui abordada. Para isto, convidamos vocês a nos escrever - pedestre@criancasegura.org.br - comentários, sugestões e críticas serão bem-vindos e, seguramente, enriquecerão nossa proposta. Obrigada e bom trabalho! Equipe CRIANÇA SEGURA Pedestre 2
  • 4. II. Os acidentes com crianças no Brasil No Brasil, os acidentes matam mais crianças de 1 a 14 anos que qualquer outra causa, incluindo doenças e homicídios. Segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 6 mil crianças até 14 anos morrem em decorrência dos acidentes. Estima-se que 40 mil ficam com seqüelas permanentes, o que representa um alto custo social e econômico para o país. Esse panorama nos coloca o desafio de promover a conscientização e a mudança de comportamento. CRIANÇA SEGURA Safe Kids Brasil A CRIANÇA SEGURA é uma organização não governamental sem fins lucrativos, atuante no Brasil desde 2001, dedicada à prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. Presente nas cidades de São Paulo, Recife, Curitiba e São José dos Campos, a organização atua das seguintes formas: Mobilização para a prevenção (onde estão inseridos os programas educativos); comunicação e políticas públicas. 3
  • 5. III. Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre “Uma revolução de valores acontece quando a calçada atravessa a rua e o carro pede licença ao pedestre” Nazareno Affonso O Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre São Paulo nasceu em 2002 com o objetivo de reduzir o número de mortes de crianças por atropelamentos, em bairros periféricos da capital paulista. Consiste em um programa multidisciplinar de educação, sob uma perspectiva de humanização do trânsito, que visa envolver as escolas e as comunidades locais na prevenção de atropelamentos de crianças, através da informação, sensibilização e ações concretas. Desde o início, a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego atuou como parceira do programa. Histórico Temos como proposta a realização deste programa em uma mesma região, dentro do município de São Paulo, por um total de 5 (cinco) anos, visando a criação de um pólo sensibilizado com a causa, que possa, por um lado, se fortalecer internamente para continuar semeando a educação para o trânsito e, por outro lado, servir como exemplo, impulsionando outras localidades a estarem atentas ao tema. A Zona Sul foi a primeira região trabalhada em São Paulo. 4
  • 6. Metodologia A aplicação do Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre está dividida nas seguintes etapas, sendo que algumas delas podem acontecer concomitantemente: 1. Análise de dados e seleção da área a ser trabalhada Através da análise de dados e informações disponibilizadas pelo órgão de trânsito local, entre outros que possam contribuir, direcionamos nossas ações às regiões de maior incidência de atropelamentos de crianças e às escolas próximas aos locais de risco (avenidas, cruzamentos, entre outros). 2. Diagnóstico Local Uma das primeiras ações do programa é a realização de uma pesquisa de meio ambiente e comportamento, através da aplicação de questionários com alunos e pais. O objetivo é identificar os principais problemas enfrentados pela comunidade em relação ao trânsito (condições das vias, calçadas, sinalização, entre outros), assim como, a postura adotada pelos mesmos (cuidados na travessia, nas brincadeiras de rua, entre outros). Com isso, pode-se elencar as prioridades de ação de acordo com as necessi- dades reais, buscando soluções locais ou através do encaminhamento de solicitações de melhoria aos órgãos públicos competentes. 3. Trabalho nas Escolas O trabalho nas escolas é realizado com os professores/as das escolas públi- cas locais, que atuam como agentes multiplicadores, desenvolvendo o tema com seus alunos em sala de aula, através de muita reflexão e aplicação de atividades. Esta ação tem como objetivo promover a adoção de uma postura crítica e cuidadosa no trânsito pelos alunos e demais pessoas envolvidas na escola, para atuarem como multiplicadores da causa, mesmo após o término do programa. 4. Envolvimento com a comunidade O envolvimento da comunidade local é fundamental para o sucesso do projeto, pois somente desta forma pode-se conseguir a apropriação da causa (cuidado no trânsito e valorização da vida), por parte dos maiores interessados – a própria comunidade. Para promover o envolvimento da comunidade são realizadas atividades com os pais dos alunos (pesquisas, eventos, entre outros); participação da equipe 5
  • 7. do projeto nas reuniões de pais; convite à participação nos processos de reivindicação de melhoria (tanto na busca de soluções, como na elaboração dos pedidos e abaixo-assinados); entre outros. Também são realizadas parcerias com entidades locais, para desenvolvimento de ações conjuntas. 5. Realização de evento comemorativo Todos os anos são realizados eventos finais para celebrar a realização do projeto e proporcionar um dia agradável com atividades, brincadeiras relacio- nadas ao tema, assim como, exposição dos trabalhos de trânsito realizados pelos alunos ao longo do ano. Cada ano o evento acontece com alguma particularidade, como “caminhadas seguras” envolvendo alunos, pais e professores; apresentações de circo e teatro; oficinas educativas com jogos e vídeos, entre outros que foram e poderão ser criados nas próximas edições.
  • 8. IV. Como a educação pode contribuir para a Prevenção de Acidentes no Trânsito “Gente foi feita para inventar o mundo de novo, para mudar e desmudar carregando alegria.” Betinho Cultura de Prevenção Os acidentes (lesões não intencionais) são considerados pela maioria da população brasileira como uma fatalidade, algo que acontece ao acaso e que não pode ser evitado. Porém, ao contrário do que se pensa, 90% dos aciden- tes podem ser evitados, através da adoção de medidas simples, baseadas na conscientização e na mudança de comportamento dos pais e responsáveis no cuidado com as crianças, dentro e fora de casa. Um bom exemplo aconteceu nos Estados Unidos através da atuação da Safe Kids (organização-mãe da Criança Segura). Neste país, ações de mobilização, informação e educação, multiplicadas por pessoas dos mais variados segmentos da sociedade, reduziram em 40% o número de mortes de crianças por acidentes em 14 anos. A Escola como parceira A Escola é um local de compreensão e reflexão acerca da realidade do indivíduo, com a possibilidade de estimular as ações dos alunos enquanto sujeitos históricos, ou seja, conhecendo seus direitos e deveres, e atuando conscientemente em suas práticas no mundo. Pensando nisto, a proposta que apresentamos neste manual, está baseada no reconhecimento da importância de uma ação pedagógica voltada para a promoção da humaniza- ção do trânsito, pautada em questões como respeito, ética, direito à saúde, meio ambiente, entre outros, visando disseminar a cultura da prevenção e do cuidado. Neste ambiente, o professor tem a possibilidade de, em conjunto com os alunos, construir novos padrões de comportamento, não só direcionando as atividades para os problemas do trânsito, mas, principalmente, incentivando a reflexão e criticidade dos mesmos, conciliando o conhecimento à realidade do aluno. Assim, o tema trânsito não deve ser “ensinado”, nem tão pouco “apreendido” apenas através de regras e normas de conduta, mas sim, com muitas reflexões e ações que promovam um ambiente mais seguro e democrático para todos. 7
  • 9. Referências na Legislação Brasileira Apresentaremos agora as principais referências de Educação para o Trânsito na legislação brasileira: 1. LDB – Leis de Diretrizes e Bases na Educação Nacional Atualmente, a Lei nº. 9394 - LDB (Leis de Diretrizes e Bases na Educação Nacional) apresenta considerações que ajudam a compreender a importância do tema trânsito no ensino escolar. Cada escola, sob uma perspectiva curricular de educação básica, possui autonomia para a elaboração e execução de seu projeto político-pedagógico, onde consideramos de suma importância a inclusão do tema Educação para o Trânsito. De acordo com a LDB, cada conteúdo escolar deve seguir as seguintes diretrizes: a) Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos e do respeito ao bem comum; b) Desenvolvimento da capacidade de aprender e criar condições aos alunos para manifestação de idéias; c) Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, e tecnológico, propiciando aos alunos o acesso igualitário á informação, assim como valorizando o saber e a cultura, ampliando assim, seus horizontes. 2. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais O PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), aborda a prevenção de acidentes inserida nos temas transversais, sendo melhor detalhada nos temas de Saúde. O objetivo fundamental é educar, sensibilizar e conscientizar os alunos sobre o direito à saúde. Os principais tópicos abordados são: a) Compreender que a saúde é um direito de todos; b) Compreender que as condições de saúde dependem do meio físico, econômico e sociocultural, sendo identificados nestes meios, como fatores de risco a saúde pessoal e coletiva; c) Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades de utilização de serviços voltados para a proteção e recuperação da saúde; d) Abordar a questão dos acidentes tanto do ponto de vista das medidas práticas de prevenção, como da aprendizagem de medidas de primeiros socorros ao alcance das crianças. 8
  • 10. 3. CTB - Código de Trânsito Brasileiro O CTB (Código de Trânsito Brasileiro), sancionado pela lei nº. 9503, prevê em seu código uma perspectiva de inserção da educação para o trânsito. Como podemos verificar abaixo: Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas do 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coorde- nadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação. Esta educação deve proceder: 1º. Na adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança do trânsito; 2º. Na adoção de conteúdos relativos á educação para o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores e multiplicadores. 9
  • 11. V. Dados sobre acidentes de trânsito Para auxiliar e gerar repertório ao professor no trabalho com o tema trânsito, selecionamos alguns gráficos que contém características e perfil dos atropelamentos na cidade de São Paulo. 10
  • 12. 11
  • 13. VI. O comportamento das crianças no trânsito “Paz a gente é que faz, na vida e no trânsito”. Rua Viva Apresentamos agora algumas questões referentes ao comportamento seguro no trânsito. Sabemos que muitas das dicas aqui apresentadas, não podem ser praticadas pelos professores, nem tampouco transmitidas diretamente aos alunos, mas sim, trabalhadas com os responsáveis pelas crianças (pai, mãe, avó, entre outros), em reuniões de pais, reuniões de conselho, e outros tantos momentos possíveis. Como prevenir que os pequenos pedestres sofram acidentes • O mais importante que se pode fazer para ensinar um comportamento de pedestre seguro é praticá-lo, o bom exemplo é a melhor mensagem; • Crianças menores de 10 anos não devem atravessar a rua sozinhas. A supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito; • Entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamentos não são locais seguros para as crianças brincarem; • Tenha certeza de que as crianças sempre usam o mesmo trajeto para destinos comuns (escola, padaria, entre outros). Procure conhecer os destinos da criança para identificar o caminho mais seguro. É sempre mais aconsel- hável escolher o trajeto mais reto, com poucas ruas para atravessar; • Uma lanterna ou materiais reflexivos nas roupas da criança podem evitar atropelamentos. Ensine a criança • Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar quando a rua estiver livre e continuar olhando para os lados enquanto atravessa; 12
  • 14. • Utilizar a faixa de pedestres sempre que possível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta; • Compreender e obedecer aos sinais de trânsito; • Não atravessar a rua entre os carros e demais veículos ou por trás de árvores e postes, pois os veículos em movimento podem não ver o pedestre; • Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar - seja para pegar uma bola, o cachorro ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente para a rua é a causa da maioria dos atropelamentos fatais com crianças; • Em estradas ou vias sem calçadas, caminhar de frente para o tráfego (no sentido contrário aos veículos) para as crianças verem e serem vistas; • Observar os carros que estão virando ou dando ré; • Sempre que estiver com mais crianças, é preciso caminhar em fila única; • Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente e aguar- dar que ele se afaste para atravessar a rua. Saiba mais A grande maioria das crianças menores de 10 anos de idade não consegue lidar seguramente com o trânsito. Aqui estão as razões: • Crianças têm dificuldade de julgar a velocidade em que os carros estão se movendo, a qual distância eles se encontram e de que direção os sons do trânsito estão vindo; • Crianças pequenas muitas vezes têm opiniões equivocadas e fantasiosas sobre carros, como pensar que os veículos podem parar instantaneamente e, se elas podem ver o motorista, eles também podem vê-las; • Alto volume de tráfego, alto número de veículos estacionados na rua, limites altos de velocidade estabelecidos, ausência de uma rodovia dividida e poucos dispositivos de segurança de pedestres, como passarelas e lombadas eletrônicas, são fatores que aumentam a probabilidade de atropelamentos. 13
  • 15. VII. Prática: sugestões de atividades “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” (Cora Coralina) Com o intuito de auxiliar o professor no desenvolvimento do tema trânsito em sala de aula, apresentaremos aqui, um Plano de Atividades para que possa aprofundar as discussões, assim como, desenvolver o tema de forma lúdica com seus alunos. É importante frisar que todas as atividades propostas, podem ser modificadas de acordo com a realidade de cada escola, como também, cada uma delas pode ser trabalhada em diferentes disciplinas ao mesmo tempo, ou seja, na matéria de História, de Matemática, de Artes, entre outras. As atividades estão apresentadas em quatro fases: 1) Diagnóstico; 2) Desenvolvimento do Tema; 3) Análise da Realidade; e 4) Busca de Soluções. Cada professor/a tem a liberdade para aplicá-las na seqüência que achar melhor e mais adequada à realidade de seus alunos. O público recomendado para as atividades aqui selecionadas vão dos alunos do ensino infantil – 4 a 6 anos – aos alunos do ensino fundamental I – 7 a 10 anos. 1ª FASE - DIAGNÓSTICO As primeiras atividades propostas, têm como objetivo proporcionar ao professor/educador um diagnóstico sobre o conhecimento prévio dos alunos em relação ao tema trânsito e a forma como eles atuam neste ambiente. A idéia é conhecer como os alunos se locomovem, qual a realidade do entorno deles - escola, casa, bairro – quais os principais problemas enfrentados e quais os aspectos positivos do trânsito local. 14
  • 16. Atividade 1 - Como nos locomovemos? Públicos: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 bjetivo: Ener os meios de locomoção utilizados pelas crianças e descobras principais características dos caminhos onde circulam. Descrição: [1ª Etapa] Através de uma roda de conversa, realizar as seguintes perguntas aos alunos: 1. Quem vem para a escola caminhando a pé? 2. Quem vem para a escola de “perua”? 3. Quem vem para a escola de carro? 4. Quem vem para a escola de ônibus? 5. Quem vem para a escola de bicicleta? 6. Quem vem para a escola de moto? 7. Quem vem para a escola a cavalo? 8. Quem vem para a escola (outra opção)? A idéia é que, através das respostas obtidas, os próprios alunos construam um gráfico do perfil da classe. Este gráfico pode assumir diferentes estilos de acordo com a idade/série trabalhada. No ensino infantil, as crianças podem desenhar a maneira como se locomovem até a escola e construírem conjunta- mente um gráfico a partir destes desenhos. Já no ensino fundamental o professor pode relacionar esta atividade com a disciplina de matemática e propor a construção individual do gráfico da classe. É importante conversar com os alunos sobre seus comportamentos: se andam na calçada, atravessam na faixa de pedestre, usam cinto de segu- rança, usam capacete na moto, entre outros. Assim como, conversar sobre o entorno: se existe sinalização de trânsito nas ruas, se as calçadas são adequadas, se o caminho é agradável, entre outros. [2ª Etapa] Para lição de casa, peça para as crianças elaborarem um mapa que indique o caminho percorrido por elas, inserindo os principais pontos de referência, ou seja, nome de rua, supermercados, padarias, lojas, entre outros, que facilitem a localização da casa. É importante que no mapa das crianças contenha, em 15
  • 17. seu trajeto: semáforos, faixas de pedestre e outras sinalizações. Esta atividade pode ser discutida na próxima aula, trocando os mapas entre os alunos, para que eles possam conhecer o local onde o colega de sala mora. Dica: Exemplo de construção de gráfico: À pé = 20 alunos Carro = 6 alunos Ônibus = 10 alunos Bicicleta = 3 alunos Moto = 1 aluno Atividade 2 - “Mural de Pedestre” Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Acompanhar o desenvolvimento do Programa Pedestre, as atividades aplica- das, os trabalhos dos alunos e, consequentemente, o entendimento dos alunos em relação ao tema. Será também uma importante ferramenta para divulgar trabalhos para que outras pessoas (alunos, professores, funcionários), possam ter um contato com o tema do Programa Pedestre. Descrição: Montar um mural com uma lista de atitudes de um motorista responsável e uma lista de atitudes de um pedestre consciente. Este mural, também pode ser incrementado com recortes de jornais, desenhos, e outros, para que se torne um informativo do que foi realizado em cada sala e como os alunos compreenderam o tema. 16
  • 18. 2ª FASE - ESENVOLVIMENTO DO TEMA Nesta fase, iniciam-se a sensibilização dos alunos para a importância de conhecer o trânsito, como atuar, como ser cuidadoso, quais as regras e condutas que permeiam as relações humanas no trânsito, entre outras questões. Atividade 3 - Espaço vivencial de trânsito na Escola Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Criar um espaço que permita aos alunos vivenciarem situações de trânsito dentro da escola. Descrição: Fazer a demarcação de vias, calçadas, faixas de pedestre, entre outros, traçadas no pátio da escola. Nesta atividade, podem ser exploradas as relações sociais vivenciadas no trânsito, os papéis que podem ser assumidos e as regras de circulação para pedestres, passageiros e ciclistas. Dica 1: Para que esta atividade reflita a realidade do trânsito local no entorno da escola, podem ser utilizados, no momento da elaboração do espaço vivencial, os mapas desenhados pelos alunos (2ª etapa da atividade 1). Pode-se também, realizar pesquisas nos arredores da escola, observando o espaço de trânsito e anotando todos os detalhes de sinalizações, características e espaços de circulação, para que depois, em sala de aula, o professor possa unir a atividade com os problemas locais do trânsito no entorno da Escola e ou bairro. Dica 2: Pode-se explorar o conceito de via, fazendo a distinção entre calçada e pista e a utilização correta desses espaços, lembrando que, ao valorizar a calçada e sua utilização, estamos valorizando o pedestre. Dica 3: Como recurso, o professor poderá utilizar cartolinas, latas, papelão, cola tesoura, tintas guache, caixas de papelão, giz, tampinha de refrigerante, entre outros. 17
  • 19. Atividade 4 - As vias e os meios de transporte Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Discutir e entender o significado das placas de sinalização. Descrição: Conversar com os alunos sobre o que são placas de trânsito, por que elas existem e qual sua utilidade. É importante pedir aos alunos que descrevam as placas conhecidas por eles e, propor como nova atividade, uma pesquisa para que eles próprios descubram o significado daquelas que desconhecem e tragam a informação para a sala. Seguindo a mesma proposta, peça para as crianças organizarem as placas por tipos, como no exemplo abaixo: Dica: No ensino infantil, as professoras podem trabalhar com as cores do semáforo. 18
  • 20. Atividade 5 - Entendendo o semáforo Público: Ensino Infantil Objetivo: Trabalhar e reconhecer as cores do semáforo Descrição: Para iniciar a atividade, todos os alunos deverão ficar de pé, afastados uns dos outros, de frente para o professor. Lembre aos seus alunos que, no trânsito, o verde significa seguir em frente, o vermelho parar, e o amarelo atenção. Solicite a todos que dancem e se movimentem, sem sair do seu lugar. Quando você mostrar o circulo de uma determinada cor, os alunos deverão se comportar de acordo com o significado dessa cor no trânsito. Exemplo: com o verde, eles podem continuar dançando. Ao mostrar o ama- relo, eles deverão diminuir o ritmo dos movimentos; com o vermelho, as crianças vão virar “estátuas”. Dicas: Os círculos podem ser feitos de qualquer material. Atividade 6 - Vamos Pintar? Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental - 1ª e 2ª série Objetivo: Conhecer as cores do semáforo e as atitudes que as crianças podem tomar com relação ao trânsito. Descrição: Entregar xérox ou desenhar na lousa o quadro abaixo. Proponha aos seus alunos, que pintem de verde as atitudes que os tornam úteis no trânsito e de vermelho as atitudes que trazem perigo para eles ou outras pessoas. Dicas: Essa atividade também pode ser proposta da seguinte forma: O educador desenha na lousa os quadrados com as atitudes e propõe para juntos as classificarem em benéficas e perigosas, incentivando alunos a pintarem na lousa. 19
  • 21. Atividade 7 - Valores no trânsito Público: Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries Objetivo: Trabalhar alguns conceitos e práticas de valores humanos no trânsito e na escola. Descrição: O educador deverá propor aos alunos um debate sobre quais as posturas necessárias para o convívio saudável em sociedade (como por exemplo, respeitar o “outro” no trânsito). O objetivo desta atividade é construir em conjunto os passos para uma convivência harmoniosa no trânsito e maior respeito pela vida humana. Entre todos, especificar as situações da vida escolar em que essas práticas estão presentes. Respeito Compromisso Gentileza Cooperação Outros Atividade 8 - Atitudes seguras no Trânsito Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Conscientizar os alunos sobre atitudes seguras no trânsito. Descrição: O educador pode mimeografar o quadro abaixo e ou escreve-lo na lousa. 20
  • 22. Atividade 7 - Valores no trânsito Público: Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries Objetivo: Trabalhar alguns conceitos e práticas de valores humanos no trânsito e na escola. Descrição: O educador deverá propor aos alunos um debate sobre quais as posturas necessárias para o convívio saudável em sociedade (como por exemplo, respeitar o “outro” no trânsito). O objetivo desta atividade é construir em conjunto os passos para uma convivência harmoniosa no trânsito e maior respeito pela vida humana. Entre todos, especificar as situações da vida escolar em que essas práticas estão presentes. Respeito Compromisso Gentileza Cooperação Outros Atividade 8 - Atitudes seguras no Trânsito Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Conscientizar os alunos sobre atitudes seguras no trânsito. Descrição: O educador pode mimeografar o quadro abaixo e ou escreve-lo na lousa. 20
  • 23. Solicitar aos alunos que escrevam como podem ter atitudes de segurança nas seguintes situações de trânsito: Atividade 9 - Quantos papéis eu posso assumir? Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Identificar quais os papéis que a criança pode assumir no trânsito e as princi- pais regras relacionadas a esses papéis. Descrição: Desenhar em quadros os papéis que a criança pode assumir na idade em que se encontra e de acordo com suas condições de desenvolvimento: pedestre, ciclista, passageiro, motorista e motociclista. Peça para que comentem quais as atitudes corretas que devem tomar em cada papel, ou seja, por exemplo, um ciclista, por onde deve pedalar: na rua, na calçada, nas áreas de lazer, entre outros. Identificar e observar, nos diversos papéis, quais ações podem fazer sozinhas e quais necessitam da companhia de adultos. Dica 1: O educador deverá propor que os alunos desenhem os papéis já vivenciados: quando bebê, no colo da mãe, nos primeiros anos de vida no carrinho, andando na calçada em companhia de um adulto, em sua primeira bicicleta, como passageiro em ônibus ou automóveis. É necessário que o educador esteja atento às narrativas dos alunos, pois poderão ocorrer relatos de ações incorretas. Este momento é importante para que as ações incorretas sejam discutidas com os alunos e que propostas para a mudança dessas ações sejam encaminhadas e também discutidas com as famílias das crianças, buscando maior abrangência nas ações educativas. Dica 2: “História em quadrinhos”: Como continuidade da atividade acima, pode-se montar uma história em quadrinhos com os desenhos feitos pelos alunos. 21
  • 24. Para tanto, no momento de solicitar os desenhos, é importante que os alunos se organizem em grupos e façam os desenhos em forma de tiras. A junção das tiras formará a história em quadrinhos Atividade 10 - Cruzadinha Segura Público: Ensino Fundamental - 1ª e 2ª série Objetivo: Relacionar as atitudes de convivência adequadas ao convívio em uma socie- dade, com o trânsito do seu bairro. Descrição: Proponha a cruzadinha ao lado. O educador deverá desenhá-la na lousa e depois convidar os alunos para irem à lousa completar a cruzadinha. 22
  • 25. Atividade 11 - Trânsito e cidadania Público: tal 1 Objetivo: Conscientizar os alunos sobre as atitudes, os direitos, os deveres e o que as crianças podem e não podem fazer no trânsito. Descrição: Montar grupos de quatro alunos, propor conversas sobre as atitudes das pessoas no trânsito e em seguida pedir para os alunos preencherem (individualmente) um quadro com as seguintes colunas: O que eu devo: Parar de fazer! Começar a fazer! Continuar fazendo! Depois, peça para eles escreverem em uma frase o que significa: “Cidadania no Trânsito”. As melhores frases podem ser expostas na sala de aula ou na própria escola. Dica: Pode-se também, discutir sobre responsabilidade no trânsito, onde o educa- dor deverá explorar as ações de responsabilidade que os alunos assumem no dia-a-dia: cuidar dos próprios materiais, ajudarem a manter a escola limpa, chegar no horário certo para a aula, até que possa fazer a relação com as situações de trânsito. Atividade 12 - Entrevista Público: Ensino Fundamental Objetivo: Conhecer melhor os condutores e pedestres. Descrição: [1ª Etapa] O educador deverá organizar a sala em grupos para que eles entrevistem 23
  • 26. alguns motoristas que trabalhem na escola (professores, coordenadores, entre outros). Cada grupo, deve escolher algumas palavras e descobrir com o entrevistado o seu significado. Sugestões: “faixa de pedestre”, “fila dupla”, “agente de trânsito”, “fluxo de pedestres”, “fluxo de veículos”, “sinalização escolar”. [2ª Etapa] Entreviste um pedestre e procure saber como ele transita em ruas com e sem calçadas e quais as precauções que ele toma ao fazer travessia das vias. Dicas: O educador pode modificar as frases, para atitudes no trânsito, ou seja, violência, desrespeito às regras, dentre outras. No caso esta atividade pode ser trabalhada com as 3ª e 4ª séries também. Atividade 13 - Deveres dos Pedestres Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Entender as sinalizações de trânsito. Descrição: Faça cartazes sobre os deveres dos Pedestres e distribua-os pela escola, para que todos aprendam seus deveres enquanto pedestres. Crie com seus alunos também, algumas placas de sinalização para a sua escola com o intuito de mostrar os valores adequados de convivência social, como por exemplo, “é proibido jogar lixo no chão”, “respeito: siga em frente”, dentre outras placas. Estas placas poderão ser expostas na Cantina, na Biblioteca, na sala de aula, e outros espaços de convivência entre os alunos. Atividade 14 - Trabalhando com o Trânsito na alfabetização Público: Ensino Fundamental - 1ª e 2ª séries Objetivo: Criar palavras para a confecção de cartazes, semáforos, lembretes e notícias com manchetes, visando explorar a linguagem e os símbolos da circulação. 24
  • 27. Descrição: 1) Confeccionar semáforos e explorar seu significado, com relação à circula- ção como, por exemplo, ter a função de organizar o movimento de pessoas e veículos, evitando assim a ocorrência de acidentes em locais de grande fluxo de tráfego (veículos e pessoas) representando, portanto, segurança. O educa- dor deve também escrever os significados de cada cor do semáforo, relativa- mente à ação esperada; 2) Confeccionar lembretes e cartazes para expô-los na escola, enfatizando regras para circulação interna, inspiradas nos regulamentos de trânsito, como por exemplo: “Correr pela escola pode gerar acidentes”. Dica: O educador poderá realizar dinâmicas de grupo ou jogos, por exemplo: jogo da Forca para formação de uma palavra relacionada ao trânsito. Atividade 15 - Concurso Público: Ensino Fundamental - 3ª e 4ª séries Objetivo: Gerar alerta público, pelos alunos, sobre segurança no trânsito. Descrição: O educador deverá propor aos alunos a criação de slogans sobre segurança no trânsito. Os alunos deverão seguir os seguintes passos: 1) Elaborar a mensagem; 2) Analisar a mensagem; 3) Selecionar as melhores mensagens de acordo com as regras estabelecidas pelo educador; 4) Divulgar na escola as mensagens através de faixas e cartazes. Os melhores slogans deverão ser colocados nas áreas mais comuns da escola, para que todas as crianças possam vê-los. O professor também poderá montar um júri na sala de aula para a escolha dos melhores slogans. Eles devem ser avaliados de acordo com os critérios estabelecidos pelo professor, tais como: 1) Qualidade da mensagem (clareza, objetividade e adequação); 2) Criatividade (formas, cores, desenhos). Dica: É importante para as crianças, escolherem os melhores cartazes, pois assim, se sentirão parte do processo. 25
  • 28. 3ª FASE - ANÁLISE DA REALIDADE Após trabalhar os conceitos de segurança no trânsito, propomos algumas atividades que proporcionem ao aluno, uma reflexão sobre as condições de segurança de seu entorno e se existe algo que podem fazer a respeito. Atividade 16 - Pensar como “gente grande” Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Conscientizar os alunos sobre os problemas do trânsito e auxiliá-los a entender que suas ações podem modificar o ambiente do trânsito. Descrião: O educador deverá propor um debate em sala sobre as dúvidas/problemas no trânsito. Todos têm dúvidas no trânsito. É fundamental procurar ajuda para solucioná-las. Enumere, junto com a classe, as que mais os preocupam. Após o debate e escrita dos itens colocados na lousa, pedir que cada aluno escolha uma dúvida/problema e escreva como é possível resolve-la. Dicas: Essa atividade, também poderá ser realizada da seguinte forma: o educador junto com os alunos fará uma votação das dúvidas mais comuns. A mais votada, será trabalhada com a sala no intuito de produzir soluções para melhorar o problema. Feito isso, o educador deverá colocar na lousa, as soluções encontradas pelos alunos ao lado das dúvidas levantadas anterior- mente. Atividade 17 - A minha rua Público: Ensino Fundamental 1 - 3ª e 4ª séries Objetivo: Refletir o entendimento dos alunos sobre o espaço público, vias e segurança no trânsito. Descrição: O educador poderá propor a construção de uma maquete, que simulará uma 26
  • 29. rua ideal, na qual os alunos devem imaginar que são os donos desta rua. O educador deve dividir a sala de aula em grupos. Com estas idéias, proponha as seguintes perguntas: 1) O que teria de diferencial nesta rua das ruas reais? Existiriam carros, ônibus, bicicletas? 2) Como e onde as pessoas circulariam? 3) Como esta rua seria sinalizada? 4) Qual o nome que a criança daria a rua? 5) Como esta rua seria utilizada? Dica: Ao invés de uma maquete, o professor pode entregar uma folha em branco propondo as mesmas idéias, só que desenhadas individualmente. Atividade 18 - Confecção de uma maquete: “Minha Cidade” Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Proporcionar aos alunos a possibilidade de refletir sobre os problemas locais de trânsito e como buscar soluções, no entorno, para aproximar a cidade real da cidade ideal, trabalhada na atividade acima. Descrição: Construir uma maquete “real” que simulará o entorno da escola, com a participação de todos os alunos. É importante avaliar através da construção da maquete, quais as regras de circulação, sinalização e uso dos espaços recordados pelos alunos. Dica 1: Forme 3 grupos que desempenharão diferentes tarefas na composição da cidade. [Grupo 1] pintará ou riscará as ruas, calçadas, praças e calçadas na placa de isopor; [Grupo 2] confeccionará carrinhos, ônibus, motos, bicicletas, pedestres, agentes de transito, casinhas, praças, lojas, escolas, etc.; [Grupo 3] confeccionará a sinalização: faixas de pedestre, semáforos, placas de sinalização e montará a cidade. 27
  • 30. O educador poderá propor situações a serem vivenciadas pelas crianças, como por exemplo, relacionadas à prática da cidadania: ajudar um idoso a atravessar a rua, jogar o lixo no lixo, tirar um obstáculo da calçada, e assim por diante. Dica 2: Esta atividade pode unir-se a atividade 17, ou seja, as mesmas perguntas levantadas podem ser discutidas com os alunos, servindo de alicerce para a construção desta cidade, é importante que permaneça o mesmo grupo que construiu a maquete da rua ideal. Atividade 19 - Trabalhando nossas emoções Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Dramatizar em sala de aula, diversas situações que ocorrem e que podem ocorrer com as crianças no trânsito. Utilizar os brinquedos das crianças para que esta atividade se torne mais lúdica. Descrição: O material utilizado ajudará exteriorizar os sentimentos através das dramatiza- ções (alegria, tristeza, aborrecimento, etc). Dica 1: Cada professor pode utilizar vários temas, dentre eles, atropelamento; travessia de rua com sucesso; travessia de rua sem sucesso; andar na calçada longe do meio-fio. Dica 2: O educador poderá utilizar outros temas e as idéias apresentadas em sala pelos alunos, numa peça de teatro, que poderá ser apresentada na escola, a fim de conscientizar outros alunos de outras séries. 28
  • 31. 4ª FASE - O QUE PODEMOS FAZER PARA MODIFICAR A NOSSA REALIDADE? Este é o momento de trabalhar com os alunos as perspectivas e possibili- dades de ações concretas de transformação do entorno, que podem ser alavancadas por eles mesmos, em conjunto com a escola e a comunidade local, vislumbrando uma melhor qualidade de vida para todos. Atividade 20 - Riscos versos Segurança Público: Ensino Fundamental 1 Objetivo: Construir gradativamente a consciência de participação na criança, no ambiente trânsito, com o intuito de melhorar a qualidade de vida no entorno. Identificar os principais riscos que a criança poderá vivenciar no trânsito, procurando construir em conjunto soluções seguras. Descrição: Discutir com os alunos, quais as possíveis soluções para não haver acidentes, identificando ruas de maior risco em seu bairro, as modificações que podem ser realizadas neste espaço físico e quais os tipos de comportamentos seguros que as pessoas devem ter. Proponha uma ação em conjunto com os alunos, pais, professores, e direção da escola para a construção de um ofício direcionado aos órgãos públicos competentes (CET, Sub-Prefeituras, entre outros). Atividade 21 - Observando o trânsito Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Observar o trânsito em volta de casa e da escola e propor soluções para melhorá-lo. Descrição: Durante uma semana, observem nos meios de comunicação (jornal, rádio, televisão), as reportagens referentes aos acontecimentos no trânsito. Com base na sua observação, relate um deles. 29
  • 32. Se você observou um acidente no trânsito, relate o que poderia ser feito para evitá-lo. Verifique junto com seus colegas de sala, quais foram os problemas que mais apareceram (transito e meio ambiente) e, com o auxilio de sua professora, organize uma campanha para resolvê-los. Dica: Construa cartazes e faixas de conscientização dos problemas levantados; crie abaixo assinados para encaminhamento aos órgãos públicos. Atividade 22 - Educando para o trânsito Público: Ensino Fundamental 1 Objetivo: A plena cidadania das pessoas com deficiências, envolve toda sua possibili- dade de trabalho, educação e lazer, pois elas dependem de um conjunto de requisitos que assegurem acessibilidade com segurança e autonomia. O objetivo desta atividade é mostrar para as crianças que o portador de neces- sidades especiais, possui o direito ao livre acesso a rua, as calçadas e outros espaços públicos. Descrição: Elaborar um conjunto mínimo de requisitos necessários no sistema de trânsito, para dar segurança e acessibilidade às pessoas portadoras de deficiências. [1ª Etapa] Faça uma pesquisa sobre as dificuldades de locomoção enfrentadas pelos portadores de necessidades especiais (cegos, usuários de cadeiras de roda, entre outros); [2ª Etapa] Desenhar a planta da escola ou do bairro, localizando e pintando de verde os lugares em que seria necessária a existência de guias rebaixadas ou rampas para facilitar o acesso das pessoas portadoras de deficiências físicas e outras. [3ª Etapa] Reunir a sala em trios e pedir que eles criem uma história utilizando as 30
  • 33. seguintes palavras: longe, trânsito, guias rebaixadas, deficiente físico, cuidadoso, shopping, biblioteca, perigo, cooperação e auxílio, levando em conta o seguinte roteiro: 1) Qual a trama da história? 2) Como o problema surgiu? 3) Este problema poderia ter sido evitado? 4) Faltou o quê? Atenção, informação, calma, cuidado ou cooperação? Outros? Atividade 23 - Boas Notícias Público: Ensino Infantil e Ensino Fundamental 1 Objetivo: Mostrar para os alunos que no trânsito podemos construir também ações que beneficiem as pessoas. Descrição: O educador deverá propor para a classe criar uma folha de jornal só com boas notícias e expor na escola e colocá-las no “Mural do Pedestre”, proposto na atividade 2, Fase1, deste manual.
  • 34. VIII. Para ir além: dicas de sites referentes ao tema e bibliografia “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”. André Maurois www.transitocomvida.ufrj.br – Portal de Educação para o Trânsito dirigido aos profes- sores e alunos www.monica.com.br/institut/transito/welcome.htm - Campanha criada por Maurício de Souza: Segurança no Trânsito – Carinho por Você www.denatran.se.gov.br/jogos.asp - Jogo de Trânsito www.ruaviva.org.br – Instituto pela Mobilidade Sustentável www.canalkids.com.br/cidadania/transito - Dicas de comportamento seguro no trânsito em linguagem juvenil www.institutoparadigma.org.br – Organização sem fins lucrativos que promovem a inclusão social como fator de desenvolvimento humano. www.cetsp.com.br – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET www.abraspesp.org.br – Associação Brasileira de Pedestres de São Paulo www.transito.hpg.ig.com.br/pdicas.htm - Dicas de comportamento Seguro de Pedes- tres Educação de Transito: também se aprende na escola. Brasília: Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito – ABDET, 1999. Rodrigues, Juciara. Educação de Trânsito no Ensino Fundamental: caminho aberto à cidadania. Brasília: Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito – ABDET, 1999. Manual do Professor: 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. CETET – Centro de Treinamento e Educação de Trânsito da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, São Paulo/SP. Wilde, Gerald J. S. O Limite Aceitável de Risco: Uma Nova Psicologia de Segurança e Saúde. Trad. Dr. Reinier J. A. Rozestraten. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. Hoffmann, Maria Helena; Cruz, Roberto Moraes; Alchieri, João Carlos. O Comporta- mento Humano no Trânsito. São Paulo: Editora Casa do Psicólogo, 2003. 32
  • 35. Uma organização presente no mundo inteiro A CRIANÇA SEGURA é integrante da rede internacional, SAFE KIDS Worldwide, que soma mais de 15 países espalhados pelos 5 continentes. Fundada pelo cirurgião pediatra Dr. Martin Eichelberger, a organização nasceu nos Estados Unidos em 1987, com a missão de combater a causa número um de mortes entre crianças e adolescentes até 14 anos: os acidentes (lesões não- intencionais). Desde o seu início, o índice de mortes proveniente de acidentes com crianças, nos Estados Unidos, apresentou uma queda considerável de 40%. A SAFE KIDS Worldwide teve um importante papel neste decrescente índice, principalmente por meio de sua grande atuação junto à comunidade, com programas de prevenção, estratégia de comunicação e intenso trabalho realizado junto aos órgãos públicos. � Patrocinador do Programa CRIANÇA SEGURA Pedestre � Patrocinadores fundadores: � Escritório Nacional São Paulo (11) 3371.2384 Rua Teodoro Sampaio, 1020 Recife (81) 3223.0598 Conjunto 1008 Curitiba (41) 3023.7070 Pinheiros - São Paulo 05406-050�� www.criancasegura.org.br��