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INTRODUÇÃO À MODELAGEM DA CAMADA
         LIMITE PLANETÁRIA




    XVIII Semana Acadêmica da Meteorologia
            Prof. André Becker Nunes
O QUE É CAMADA LIMITE PLANETÁRIA?
O que é Turbulência?
• É um fenômeno provocado por movimentos aleatórios
  (perturbações) de diversas escalas, alterando o
  comportamento do escoamento.




• Os maiores movimentos, ou turbilhões (eddies), são os
  mais energéticos e tendem a ter a dimensão do
  escoamento
• Os menores atuam principalmente dissipando a energia.
Hierarquia de Vórtices – Cascata de Energia
• Richardson (1920): Grandes vórtices “alimentam”
  vórtices menores com sua ECT. Estes menores
  vórtices alimentam vórtices menores ainda, até a
  escala de viscosidade (milímetros).
• Kolmogorov (1941): A taxa de transferência de
  energia entre os vórtices é de -5/3.
Fatores geradores de turbulência na CLP
• Fator mecânico (intermitente): Vento, cisalhamento
  do vento.
   – Camada Limite Neutra, Camada Limite Estável,
     Camada Limite Convectiva.




• Fator Térmico: Aquecimento superficial, fluxo
  vertical de calor sensível.
   – Camada Limite Convectiva.
Exemplo de ação dos grandes vórtices na
            dispersão de poluentes
• Basicamente, pode-se resumir os grandes vórtices
  convectivos em termos de correntes ascendentes (plumas) e
  descendentes.
Turbulência em função do Fluxo de Calor na
                   Superfície




• Durante o dia: Superfície aquece a camada por baixo.
• Durante a noite: Superfície resfria a camada por baixo – inversão térmica.
• Nas fases de transição, ou em algumas condições de céu nublado: Camada
  Neutra.
CICLO DIURNO DA CLP
O que é modelagem atmosférica?
• Descrição ou interpretação dos fenômenos
  meteorológicos por meio de equações.

• Modelagem analítica ou teórica: Resolução das
  equações analiticamente.

• Modelagem numérica: Simulação da atmosfera por
  meio da resolução numérica (computacional) das
  EDPs para cada ponto de grade.
   • Modelagem Numérica = Modelagem analítica +
                  Métodos Numéricos
Escalas Características
• Camada Limite Superficial: Teoria da Similaridade de Monin-
  Obukhov.




• Parâmetros principais: velocidade de fricção, comprimento de
  rugosidade, função do perfil do vento, constante de Von
  Karman e fluxo de calor na superfície.
• Camada de Mistura:
   – Escala de velocidade convectiva:




   – Escala de tempo convectivo:




• Camada Neutra ou Estável:
   – Escala de velocidade:
   – Escala de tempo:


• Camadas em Transição: Funções exponenciais da CLC.
ECT do Ciclo Diurno de acordo com as
           características espectrais
• Camada Convectiva:
          nS ic ( n )                                            ( z / zi ) 2 / 3 f
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                            (1,5)   5/3
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                                                                              
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• Camada Neutra ou Estável:
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                                                           2/3
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                               * n+ s
                                          53
                                                   1,5 f     
                                             1 + * n + s 5 3 
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                                             
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                                                     fm i     
                                                                )    ]
• Decaimento da convecção (Camada Vespertina):




• Crescimento da convecção (Camada Matutina):
Espectro de ECT para uma camada matutina –
              transição noite-dia:




• Variação da escala espacial do vórtice mais energético:
MODELAGEM NUMÉRICA DA CLP
• Vários modelos.
• Filosofia do modelo de Simulação de Grandes
  Vórtices (Large-Eddy Simulation - LES):
“Grandes vórtices (mais energéticos) são simulados, os
  pequenos (escala de subgrade) são parametrizados”.
• Escala resolvida: grandes vórtices, simulação direta.
• Escala de subgrade: pequenos vórtices,
  parametrizados.
• Principal aplicação: CLC – grandes vórtices mais bem
  definidos.
• Principal fonte de erro dos modelos numéricos
  micrometeorológicos: parametrização de subgrade.

• Quanto maior a resolução do modelo, menor o
  tamanho da escala resolvida e maior o número de
  grandes vórtices simulados.
• Resolução do modelo depende da estrutura
  computacional, porém, para a CLC, grande
  resoluções são desnecessárias.
Tempo computacional de simulação
• Para o exemplo proposto (Degrazia et al. 2007),
  usando uma única máquina em modo sequencial:




• Ou seja, no caso da CLC, pode-se poupar muito
  tempo computacional.
Exemplo de aplicação do LES:

• Simulação da ECT do ciclo diurno, para uma camada
  noturna neutra. Escala resolvida e subgrade/resolvida :
REFERÊNCIAS:
•   http://www.iahrmedialibrary.net/db/i1/eddies%20turbulent%20boundary%20layer.htm
•   http://www.iag.usp.br/meteo/labmicro/
•   STULL, R. B. An Introduction to Boundary Layer Meteorology. Boston: Kluwer Academic
    Publishers, 1988. 666p.
•   http://www.fem.unicamp.br/~im450/Textos&Transparencias/aula-2/aula-
    2_arquivos/frame.htm
•   DEGRAZIA, G. A., ANFOSSI, D., CARVALHO, J., MANGIA, C., TIRABASSI, T., CAMPOS VELHO, H.
    Turbulence parametrization for PBL dispersion models in all stability conditions. Atmos.
    Environment., v.34, p.3575-3583. 2000.
•   GOULART, A.; DEGRAZIA, G.; RIZZA, U.; ANFOSSI, D. A Theoretical model for the study of
    convective turbulence decay and comparison with large-eddy simulation data. Bound.-Layer
    Meteorol., v. 107, p. 143-155. 2003.
•   NUNES, A. B. ; Campos Velho, H. F. ; Satyamurty, P. ; Degrazia, G. ; Goulart, A. ; Rizza, U. .
    Morning Boundary-Layer Turbulent Kinetic Energy by Theoretical Models. Boundary - Layer
    Meteorology , p. 1, 2009.
•   MOENG, C-H. A large-eddy simulation model for the study of planetary boundary layer
    turbulence. J. Atmos. Sci., v. 41, 1984. p. 2052-2062.
•   DEGRAZIA, G. A.; NUNES, A. B.; SATYAMURTY, P.; ACEVEDO, O. C.; CAMPOS VELHO, H. F.;
    RIZZA, U.; AND CARVALHO, J. C. Employing Heisenberg´s turbulent spectral transfer theory to
    parameterize sub-filter scales in LES models, Atmos. Environ. v. 41, p. 7059-7068. 2007.

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  • 1. INTRODUÇÃO À MODELAGEM DA CAMADA LIMITE PLANETÁRIA XVIII Semana Acadêmica da Meteorologia Prof. André Becker Nunes
  • 2. O QUE É CAMADA LIMITE PLANETÁRIA?
  • 3. O que é Turbulência? • É um fenômeno provocado por movimentos aleatórios (perturbações) de diversas escalas, alterando o comportamento do escoamento. • Os maiores movimentos, ou turbilhões (eddies), são os mais energéticos e tendem a ter a dimensão do escoamento • Os menores atuam principalmente dissipando a energia.
  • 4. Hierarquia de Vórtices – Cascata de Energia • Richardson (1920): Grandes vórtices “alimentam” vórtices menores com sua ECT. Estes menores vórtices alimentam vórtices menores ainda, até a escala de viscosidade (milímetros). • Kolmogorov (1941): A taxa de transferência de energia entre os vórtices é de -5/3.
  • 5. Fatores geradores de turbulência na CLP • Fator mecânico (intermitente): Vento, cisalhamento do vento. – Camada Limite Neutra, Camada Limite Estável, Camada Limite Convectiva. • Fator Térmico: Aquecimento superficial, fluxo vertical de calor sensível. – Camada Limite Convectiva.
  • 6. Exemplo de ação dos grandes vórtices na dispersão de poluentes • Basicamente, pode-se resumir os grandes vórtices convectivos em termos de correntes ascendentes (plumas) e descendentes.
  • 7. Turbulência em função do Fluxo de Calor na Superfície • Durante o dia: Superfície aquece a camada por baixo. • Durante a noite: Superfície resfria a camada por baixo – inversão térmica. • Nas fases de transição, ou em algumas condições de céu nublado: Camada Neutra.
  • 9. O que é modelagem atmosférica? • Descrição ou interpretação dos fenômenos meteorológicos por meio de equações. • Modelagem analítica ou teórica: Resolução das equações analiticamente. • Modelagem numérica: Simulação da atmosfera por meio da resolução numérica (computacional) das EDPs para cada ponto de grade. • Modelagem Numérica = Modelagem analítica + Métodos Numéricos
  • 10. Escalas Características • Camada Limite Superficial: Teoria da Similaridade de Monin- Obukhov. • Parâmetros principais: velocidade de fricção, comprimento de rugosidade, função do perfil do vento, constante de Von Karman e fluxo de calor na superfície.
  • 11. • Camada de Mistura: – Escala de velocidade convectiva: – Escala de tempo convectivo: • Camada Neutra ou Estável: – Escala de velocidade: – Escala de tempo: • Camadas em Transição: Funções exponenciais da CLC.
  • 12. ECT do Ciclo Diurno de acordo com as características espectrais • Camada Convectiva: nS ic ( n ) ( z / zi ) 2 / 3 f 2/3 (1,5) 5/3 ciκ 2/3 Ψε 2 = 5/3 [( f ) ] w   * * c 5/3  f  m i 1 + 1,5 *   fm [( ) ] c i    • Camada Neutra ou Estável: nS is ( n ) 2/3 1,5ci fΦ ε = 2   [( f ) ] u* 53 * n+ s 53  1,5 f  1 + * n + s 5 3  m i   [( fm i   ) ]
  • 13. • Decaimento da convecção (Camada Vespertina): • Crescimento da convecção (Camada Matutina):
  • 14. Espectro de ECT para uma camada matutina – transição noite-dia: • Variação da escala espacial do vórtice mais energético:
  • 15. MODELAGEM NUMÉRICA DA CLP • Vários modelos. • Filosofia do modelo de Simulação de Grandes Vórtices (Large-Eddy Simulation - LES): “Grandes vórtices (mais energéticos) são simulados, os pequenos (escala de subgrade) são parametrizados”. • Escala resolvida: grandes vórtices, simulação direta. • Escala de subgrade: pequenos vórtices, parametrizados. • Principal aplicação: CLC – grandes vórtices mais bem definidos.
  • 16. • Principal fonte de erro dos modelos numéricos micrometeorológicos: parametrização de subgrade. • Quanto maior a resolução do modelo, menor o tamanho da escala resolvida e maior o número de grandes vórtices simulados.
  • 17. • Resolução do modelo depende da estrutura computacional, porém, para a CLC, grande resoluções são desnecessárias.
  • 18. Tempo computacional de simulação • Para o exemplo proposto (Degrazia et al. 2007), usando uma única máquina em modo sequencial: • Ou seja, no caso da CLC, pode-se poupar muito tempo computacional.
  • 19. Exemplo de aplicação do LES: • Simulação da ECT do ciclo diurno, para uma camada noturna neutra. Escala resolvida e subgrade/resolvida :
  • 20. REFERÊNCIAS: • http://www.iahrmedialibrary.net/db/i1/eddies%20turbulent%20boundary%20layer.htm • http://www.iag.usp.br/meteo/labmicro/ • STULL, R. B. An Introduction to Boundary Layer Meteorology. Boston: Kluwer Academic Publishers, 1988. 666p. • http://www.fem.unicamp.br/~im450/Textos&Transparencias/aula-2/aula- 2_arquivos/frame.htm • DEGRAZIA, G. A., ANFOSSI, D., CARVALHO, J., MANGIA, C., TIRABASSI, T., CAMPOS VELHO, H. Turbulence parametrization for PBL dispersion models in all stability conditions. Atmos. Environment., v.34, p.3575-3583. 2000. • GOULART, A.; DEGRAZIA, G.; RIZZA, U.; ANFOSSI, D. A Theoretical model for the study of convective turbulence decay and comparison with large-eddy simulation data. Bound.-Layer Meteorol., v. 107, p. 143-155. 2003. • NUNES, A. B. ; Campos Velho, H. F. ; Satyamurty, P. ; Degrazia, G. ; Goulart, A. ; Rizza, U. . Morning Boundary-Layer Turbulent Kinetic Energy by Theoretical Models. Boundary - Layer Meteorology , p. 1, 2009. • MOENG, C-H. A large-eddy simulation model for the study of planetary boundary layer turbulence. J. Atmos. Sci., v. 41, 1984. p. 2052-2062. • DEGRAZIA, G. A.; NUNES, A. B.; SATYAMURTY, P.; ACEVEDO, O. C.; CAMPOS VELHO, H. F.; RIZZA, U.; AND CARVALHO, J. C. Employing Heisenberg´s turbulent spectral transfer theory to parameterize sub-filter scales in LES models, Atmos. Environ. v. 41, p. 7059-7068. 2007.