1) Heidegger critica a definição ocidental do homem como animal racional, afirmando que a essência humana é a capacidade de questionar e criar radicalmente.
2) A armação é a essência da técnica moderna e revela o ser como recurso, mas não deve ser vista como dominadora do homem ou como seu destino final.
3) A armação pode ser uma estação intermediária onde homem e ser se provocam mutuamente, encaminhando para além da metafísica ocidental e talvez do próprio homem.
2. Metafísica ocidental
• É, em si mesma, humanista pretende definir a
essência do homem
• Não está em busca do que é a verdade
• Nem da história e do modo de ser do ente
• Romanos redefinição do homem como
ANIMAL RACIONAL
• Onde ANIMAL vem de ANIMA (alma) e RAZÃO
de RATIO (cálculo)
• Ao invés do animal que fala (zoológico)
• Heidegger vai além dessa proposta limitada
3. Para Heidegger…
• Não somos animais
racionais, apenas somos
seres com capacidade de
questionar
• Essência humana –
capacidade de empregar
pensamento CRIAR e
PERGUNTAR forte e
radicalmente
4. • Na metafísica ocidental o humano não tem
essência a existência do homem ocorre
através de mundos que o interpelam
historicamente
• Humano é o PASTOR DO SER veículo das
interpelações
• Nietzsche a humanidade existe e nada mais
• Heidegger diz que primeiro é preciso definir o
homem em sua essência para depois entender
seu sentido no mundo
5. Violência
• Quando a metafísica é dependente ou subordinada ao
império da armação tecnológica fim da
HUMANIDADE
• O mundo é a totalidade daquilo que nos interpela
• Conferências de Bremen Armação essência da
técnica moderna ato fundador (COMANDO)
assegura que a natureza tenha condição de recurso
• A metafísica ocidental trata do SER como algo
estável, fixo mas não deveria
• Heidegger explica que a armação não é a essência
da técnica como um gênero, mas, sim, como um
princípio de instituição do humano DESTINO
6. O risco da armação
• Consiste na exigência que nos coloca
• Pode levar ao esquecimento da essência da verdade (abertura e
fechamento) ou a supressão do próprio ser humano
“Desejamos sem parar produzir algo
que possa funcionar sem nós e
nossa assistência, criar instrumentos
que nos tornem supérfluos, através
dos quais nos eliminemos, nós nos
liquidemos. Pouco importa se essa
meta final esteja longe de ser
concretizada, importante é a
tendência e seu motto é: sem nós
(Anders apud Van Dijk, 2000, p. 34)”
7. • Heidegger o pensamento poético corresponde mais
ao apelo do ser
• O pensamento tecnológico provém da reinterpelação
do homem pela armação
• ARMAÇÃO é perigosa porque é MISTERIOSA
• No entanto, o império da técnica favorece o pensamento
em torno da essência do homem
• Mas o homem se torna cada vez mais inútil
• A armação possui um aspecto poético o pensamento
meditativo
• Pensamento poético (da presença) X pensamento
tecnológico (da armação)
8. Poética e armação
• Produtor poético
• Explorador armador
• A armação se superpõe ao SER e é veiculada pela técnica
• Modo de revelação do SER A revelação depende
de vários processos
• Vontade de vontade destino CONVOCADO pelo ser
• SER é o que oculta-se na técnica
• Seria o fim da metafísica?
• Transferência para o pensamento tecnológico
• Visões de mundo
• Conversão do mundo em imagens
• TECNIFICAÇÃO das atividades cotidianas
9. Metafísica (logos)
• A moral jamais controlará a técnica seu sentido não é
humano
• O homem tem poder, graças a armação, mas não
dominará
• A vontade de poder é a essência de um mundo em
que o homem vive tecnicamente em unidade com essa
mesma vontade
• Nesse mundo, o homem jamais encontra realização
• O cálculo se autonomiza torna-se impulsivo e
TOTALITÁRIO
• A técnica, em si mesma, é qualquer coisa que o homem
não domina
10. Evento apropriador ou
apropriação
• Ser e ente se apropriam mutuamente, indicando
a proveniência de um e de outro
• A apropriação não é uma espécie de ser, nem
vice-versa não é sua forma de expressão
• O reposicionamento do homem e a
reconfiguração do mundo são efeitos de um
evento que acontece ao ser, mas que não lhe
corresponde
• O fato tem origem no ente aciona a figura do
homem, mas não é de responsabilidade deste
11. A técnica
A questão da técnica é, pois, se seremos, alguns de nós pelo
menos, capazes de voltar a pensar livremente o ser, isto é, não
metafisicamente, mantendo nossa condição ainda metafísica
(misteriosa, diria o filósofo) de entidades pensantes; ou se, ao invés
disso, seremos, virtualmente todos, convertidos em um organismo
cibernético, cujo destino final é a obediência a um modo de vida
totalmente programado e maquinístico (Rüdiger, 2006, 155-156)
12. A solução
• Livre relacionamento com a técnica
• Voltar a meditar sobre o SER
• A essência do humano não condiz com sua
humanização a essência pode ser atribuída a outras
entidades que não o homem (Nietzsche)
• Metafísica consumada conversão do mundo em
organismo maquinístico
• O problema?
• Kant o que é o homem?
• Heidegger o que é a humanidade?
• Evitar a perda da humanidade
13. • A técnica moderna tem por essência a revelação da
armação
• A produção artística e a maquinística têm algo em
comum ambos são MODOS de produção, modos de
DESVELAMENTO
• As épocas encobrem a distinção inicial do SER como
presença
• A fenda entre a metafísica da presença e a da armação
que permite a meditação sobre o perigo chamado
homem
• Corremos o risco de perdermos a capacidade de
mutação de nos revelarmos distintos no futuro
• Não deve-se estarrecer diante da técnica e suas
realizações
• Nem, tampouco, tentar dominar a técnica
14. Então…
• A armação pode ser
entendida como uma estação
intermediária entre o fim da
metafísica ocidental e o que
está por vir talvez não haja
mais nem ser nem ente
chamado homem
• A armação faz o homem
calcular o ser reuni homem
e ser, a fim de que se
provoquem reciprocamente
• A história do ser toca seu final